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JUÍZA (Emilia ):A senhora tem ciência de que se tal não acorrer, será
incriminada por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
RÉ (Keylla): 52 anos.
JUÍZA (Emilia):A senhora tem ciência de estar sendo julgada pelos crimes
de ameaça, homicídio qualificado, cárcere privado, abuso de poder,
usurpação e violência psicológica contra menores?
RÉ (Keylla): Sim.
JUÍZA (Emilia):Advirto a ré que terá o direito de permanecer calada, a se
tratar do momento próprio de dar sua visão dos fatos.
RÉ (Keylla):Sentia sim, doía ver meu povo executado de tal maneira mas,
aquela é a lei do meu país, e precisa ser cumprida!
RÉ (Keylla): Não.
RÉ (Keylla): Sim.
DEFESA (Raquel): Como foi seu encontro com Alice?
Defesa (Vitória): Senhorita Alice, o que te fez chegar até o país das
maravilhas?
Defesa (Vitória): Por você ser menor de idade, porque estava em um país
totalmente fora de sua realidade sem um responsável?
Vítima (Sofia): Não sabia que seguir um coelho iria me levar a um reino de
uma rainha assassina.
DEFESA (Vitória): Você pediu permissão para entrar na residência da
Rainha?
VÍTIMA (Sofia): Não, entrei pelo fundo da casa, não havia ninguém lá.
DEFESA (Vitória): Por que aceitou participar do chá com a Rainha, se você
não a conhecia?
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não acorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
TESTEMUNHA (Miguel): Pelos boatos que ouvi, sua infância foi difícil, ela
teve vários traumas. Os mais ousados dizem que teve até mesmo casos de
abuso sexual, onde a Rainha foi vítima. Porém, não acredito que tudo isso
seja real. Acredito que isso seja uma mentira contada estrategicamente
para vitimizar a Rainha.
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não ocorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não ocorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
TESTEMUNHA (Jayane): Mal. Ela era egoísta e além disso era contra os
direitos humanos de seus empregados. Incluindo eu. Ela me gritava,
ameaçava, xingava e desprezava.
TESTEMUNHA (Jayane): Não. Porque até mesmo com o Rei, seu marido,
ela fala aos gritos, sempre dando ordens como se fosse um subordinado
qualquer.
DEFESA (Alessa): Em alguma momento a Rainha já lhe ameaçou para que
não compartilhasse algum segredo?
TESTEMUNHA (Jayane): Não. Na verdade ela não tinha o que esconder ela
só ia lá e fazia.
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não ocorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não ocorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
TESTEMUNHA (Antônio): Sim, gostamos dela, pois ela nos acolheu desde
o início.
DEFESA (Joseane): O senhor já recebeu alguma ordem da Rainha de
Copas para executar alguém?
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não ocorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
DEFESA (Joseane): Então o Sr. afirma também que ela pode estar sendo
acusada injustamente? Por que?
JUÍZA (Emilia): O senhor tem ciência de que se tal não ocorrer, será
incriminado por perjúrio, podendo sofrer punições na forma da lei?
FIM DO INTERROGATÓRIO.
JUÍZA (Emilia): Com palavra a Dra. Maria Gabrielly de Barros Padilha que
terá cinco minutos para prosseguir a acusação.
ACUSAÇÃO (Gabrielly): Quero, de antemão, cumprimentar a senhora
Rainha de Copas, ré hoje sob julgamento, e assegurá-la de que receberá
de minha parte o respeito deste tribunal do júri para que possamos,
efetivamente, fazer valer a justiça nesta data.
Senhores jurados, peço a total atenção de Vossas Excelências. A decisão
dos senhores é de grande importância, visto que estão aqui
representando a sociedade. A decisão tomada hoje afetará diretamente
no que Vossas Excelências querem para suas vidas e para a vida da
comunidade em geral.
Senhores do júri, minha cliente, a senhorita Alice alega que a ré aqui
citada praticou os crimes de: Cárcere privado, previsto no artigo 148 do
Código Penal Brasileiro; Abuso de poder em conformidade, previsto no
artigo 74. A senhora Rainha de Copas é acusada de cárcere privado e
abuso de poder pela senhorita Alice e os habitantes do País das
Maravilhas. Mantidos em cárcere privado, seus soldados a denunciaram
por tamanha injustiça e crueldade. Foram impedidos de seguirem outra
profissão e saírem do reino, caso isso acontecesse eles teriam suas
cabeças cortadas. Quando ameaçavam abandonar a Rainha e seguir um
novo destino, eram presos na masmorra, sem direito à água, comida e
higiene pessoal básica.
Em abuso de poder, temos as acusações de que a Ré obrigava que todos
trabalhassem para ela conforme ordenasse. Também, sem a consultoria
de demais autoridades criou leis próprias para o seu país, leis
extremamente abusivas e de grande desumanidade. Diante disso,
milhares de pessoas foram mortas por esta lei que por ela foi criada.
Senhores jurados, após lhes apresentar estas contundentes e nítidas
provas, peço que Vossas Excelências façam cumprir a lei e condenem essa
criminosa por seus atos.
JUÍZA (Emilia): Com a palavra ao Dr. Nicolas Kauê Santos Wanderlei que
terá cinco minutos para prosseguir a acusação.
JUÍZ (Emilia): Com a palavra, a Dra. Vitória Maria da Silva Umbelino, que
terá cinco minutos para promover a defesa da ré.
DEFESA (Joseane):
JUÍZA (Emilia): Vossa Excelência está com a palavra. Terá cinco minutos
para a réplica.
RÉPLICA PROMOTORA (Rakely): Sobre todos vós do júri hoje recai uma
grande e decisiva responsabilidade: analisar bem e minuciosamente os
fatos que aqui estão sendo apresentados com clareza. A defesa pede para
que a ré seja absolvida e falar isso é pedir para que a justiça não seja
exercida, pois aqui não estão sendo julgados só “erros”, mas sim “crimes”,
que exigem que a lei seja cumprida em sua plenitude.
Agora é para levarmos em consideração que a senhorita Alice é uma
criança e ainda tem a curiosidade e inocência de uma, esquecendo que a
criminosa causou tramas que a garota vai levar por toda a vida? Preciso
ressaltar os perigos que o povo vai voltar a ter caso a ré seja livre? A
defesa ainda alega que estamos diante de um transtorno dissociativo de
personalidade, que é uma reação a um trauma como forma de ajudar uma
pessoa a evitar memórias ruins. Mas, em que momento alguém
presenciou a ré demonstrar atitudes que diferem das aqui citadas? Tendo
isso em vista, esse argumento é descabível e incoerente.
Quando a senhorita Alice entrou no jardim da ré, foi apenas por ter sido
atraída pela beleza das flores e pela sua curiosidade em saber e ver o que
os jardineiros estavam fazendo. A criminosa não gostou de sua presença e
a chamou para um jogo somente para a humilhar. A ré constrange a vítima
sempre que pode no decorrer da partida, além de exaltar sua
superioridade e habilidades ao longo do jogo. Os seus subordinados
tentavam constantemente dar avisos a Alice para que desistisse do jogo
caso não quisesse morrer. Por isso, tal fato não só aparenta, mas é, de
fato, crime de ameaça. Ela agiu assim porquê é egocêntrica e mau caráter.
Além disso, as recorrentes mortes, os traumas causados as vítimas de
ameaças, a prisão de cidadãos inocentes e o constante abuso de poder é
algo evidente e que não se pode negar. Alice não é a única vítima de tais
atos de imensa crueldade, friamente premeditados pela rainha. A vítima
era tida como “vulgar e inconsequente” e a mesma foi condenada sem
razão. O motivo que levou a ré a cometer os crimes não é explícito, foi
simplesmente sua vontade e pura maldade que a levou a cometer tais
crimes.
Isso mostra a frieza da criminosa que, além de ter ordenado os
homicídios, abusou fisicamente e psicologicamente de suas vítimas.
Agindo com imprudência, incompetência e negligência a respeito do seu
marido, povo e reino.
Devemos descartar qualquer hipótese da ré ter problemas mentais.
Durante todo o seu reinado não apresentou nenhuma deficiência em
momento algum. Outro caso de sua falta de justiça foi o julgamento que
montou para descobrir quem tinha roubado sua torta de maçã e apanhou
somente pessoas as quais não simpatizava e as julgou
inconsequentemente.
Excelências, percebam que há indícios e provas suficientes que
comprovam a culpabilidade da ré. Por isso, é uma verdadeira criminosa,
precisa de fato responder por seus atos. Se Vossas Excelências a
absolverem hoje, irão dar a chance a esta de cometer novos crimes, pois
irá achar que a lei não prevaleceu e a justiça não foi feita.
JUÍZA (Emilia): Vossa Excelência está com a palavra. Terá cinco minutos
para a tréplica.
RELATÓRIO DO JÚRI
INTERVALO DA VOTAÇÃO.