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Saudações do Ministérios Público

em Júri Simulado
Boa noite! É com grande satisfação que o Ministério Público se faz presente
hoje nessa sessão de julgamento, afim de defender os interesses do Estado
em prol da sociedade.

JUIZES: Gostaria de dirigir os cumprimentos aos Excelentíssimos Doutores


Presidentes desse Egrégio Tribunal do Júri, assim como parabeniza-los pelo
excelente trabalho que Vossas Excelências vêm desenvolvendo nessa
Comarca, a qual tenho plena convicção de que está sendo muito bem
representada pelos Senhores. Recebam os nossos mais sinceros
cumprimentos.

PROMOTORES: Aos ilustríssimos representantes do Ministério Público,


incessantes e destemidos defensores da justiça, com os quais tenho a honra
de poder dividir o trabalho nesta noite, recebam os meus cumprimentos.

ADVOGADOS: Aos nobres advogados, aqui presentes, estes na missão de


defensores dativos, é de grande importância que tenhamos profissionais iguais
aos Doutores que exerçam com tamanha maestria a defensoria dativa. Tenho
certeza que será um trabalho de muita técnica, sem quaisquer problemas
pessoas. Recebam os nossos cumprimentos.

SERVENTUÁRIOS E POLÍCIA MILITAR: Aos serventuários da justiça, bem


como a polícia militar aqui presente, recebam os nossos cumprimentos.

PLATÉIA: A todos os demais aqui presentes, gostaria de agradecer pela


presença bem como cumprimenta-los em nome do Ministério Público.

RÉU: Ao Senhor FULANO, réu hoje sob julgamento, gostaria de cumprimentá-


lo, bem como deixar claro que o Ministério Público não tem nada contra a
pessoa do réu, todavia, estamos aqui por busca de justiça.

JURADOS: E por fim, nossas saudações aos mais importantes neste plenário.
Senhoras e Senhores, membros do Conselho de Sentença, elevados nessa
ocasião ao grau de autoridade máxima. Vossas Excelências, hoje aqui são
juízes de fato, para julgar os crimes dolosos contra a vida. A missão dada a
Vossas Excelências se reveste na mais democrática das instituições brasileira.
Hoje os Senhores estão aqui para exercer o legitimo ato de cidadania. Peço
aos Excelentíssimos Senhores que decidam de acordo com suas consciências.
Que não tenham medo de condenar o réu se acharem que este, de fato é
culpado pelo crime que lhe está sendo imputado. Vocês hoje representam aqui
a sociedade, a decisão dada por Vossas Excelências neste julgamento é
soberana. São vocês quem irão condenar ou absolver o réu. Portanto, mais
uma vez peço que julguem com suas consciências, com a certeza de que
estarão fazendo o melhor não somente para si, mas como para a sociedade
também.

TESE DE ACUSAÇÃO:

Com a licença dos Senhores, vamos aos autos do processo.

O Ministério Público ofereceu denúncia em face do Réu FULANO, onde recai


sobre este o crime de TENTATIVA DE Homicídio, previsto no artigo 121, § 2º,
inciso II concuminado com o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal.

No dia 20 de maio de 2014, em uma comunidade pequena do município de


Içara, o réu subiu em uma calçada com seu veículo, ocasião em que quase
atropelou os sobrinhos da Vitima, Wilker. A Vitima então chamou a atenção do
réu pelo seu ato imprudente. O réu já conhecido como sendo uma pessoa
truculenta, que gosta de uma confusão, disse então que iria buscar sua arma
de fogo para matar a vitima. E foi isso que o réu fez Excelências, voltou até o
local da discussão, portando sua arma de fogo e efetuou três disparos. Vejam
Excelências, três disparos em direção a vitima. Porém o réu não conseguiu
consumar o delito, por forças alheias a sua vontade, qual seja, por erro de
pontaria o réu não conseguiu matar a vitima.

Percebam Excelências, que o crime foi impulsionado por motivo fútil, motivo
fútil nada mais é do que um motivo insignificante, motivo pequeno de pouca
importância. Simplesmente por não ter gostado de ter sido chamado a atenção,
decidiu então tentar tirar a vida da Vitima.

Pensem senhores, é esse tipo de pessoa que vocês gostariam de ter como
vizinho? Vocês sentiriam segurança em deixar seus filhos em casa sozinhos,
sabendo que tem um vizinho que por qualquer motivo insignificante decide tirar
a vida de alguém. Acredito que não é esse tipo de vizinhos que Vossas
Excelências gostariam de ter morando próximo de suas residências.

As 5 testemunhas que foram até a delegacia depor, conforme vocês podem


acompanhar às folhas 17 a 21 dos autos, dizem conhecer o réu por ser este
uma pessoa truculenta, que gosta de confusões e que tem por hábito jogar seu
carro pra cima das pessoas.

Excelências, percebam que há indícios e provas suficientes, que comprovam a


intenção que tinha o réu de matar a vitima. Está clarividente nos autos o
animusnecandi, ou seja, o Réu tinha a intenção de matar a vitima. Não o
matando por forças alheias a sua vontade, por erro de pontaria não conseguiu
consumar o delito.

Vejam Senhores o réu precisa responder por seus atos, pois Vossas
Excelências o absolvendo hoje, irão dar a chance de este cometer novos
delitos. Pois como já dito, estamos aqui diante de uma pessoa encrenqueira,
que por motivos pequenos resolve sair por ai tentando tirar a vida de outra
pessoa.

Por sorte, no dia 20 de maio de 2014 o réu não conseguiu matar a vitima como
pretendia, mas quem garante que em uma próxima discussão esse não
consiga atingir seu alvo, as vezes até podendo ser um parente, um filho de
Vossas Excelências. Reflitam a respeito da falta de segurança que teriam os
Senhores ao terem um vizinho como este.

Portanto Excelências, ao final deste julgamento, serão formulados alguns


quesitos aos Senhores. Dentre eles será perguntando a Vossas Excelências se
foi o Réu quem atirou na vitima. Se o réu tinha a intenção de matar
BELTRANO. Peço que votem com suas consciências, lembrando que uma
decisão mal tomada hoje, irá refletir no amanhã de cada um de vocês.
Lembrem-se que a decisão dos senhores é soberana, que são vocês quem
decidiram se o réu aqui sob julgamento é culpado ou inocente. Hoje a missão
de julgar é tão-somente dos Senhores. Então, como já mencionei, não tenham
medo de condenar o réu se assim entenderem, e as provas mostram que sim,
que FULANO de fato quis matar a Vitima, devendo ao final deste julgamento
ser condenado por Vossas Excelências.

Obrigada, e com a palavra agora, Doutora FULANA

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