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Marco Civil da Internet

André Nardi, José Fernando, Laura e Talles


Magno
 O Projeto de Lei 2126/11, mais conhecido como Marco Civil tem sido assunto de debate
no país desde 2009. Sendo chamado também de Constituição da Internet Brasileira, o
projeto ganhou força, quando foram descobertas as práticas de espionagem usadas pelo
governo americano contra o Brasil e outros países. O receio é que a aprovação de tal lei
crie uma espécie de censura à atual liberdade que existe no ambiente online.
 Além de ser divulgada por certos sites como um novo tipo de censura, a proposta ainda
tem como Google e Facebook como opositores de certos itens. A oposição dessas empresas
se dá principalmente a um ponto, em que a lei era particularmente taxativa: a criação de
data centers nacionais para as empresas de internet, uma atitude drástica em relação à
espionagem norte-americana.
Neutralidade

 Sobre a Neutralidade da Rede - Ficam obrigadas as operadoras a prestar um serviço


adequado com objetivo de manter a estabilidade, segurança, integridade e funcionalidade
da Rede, observando alguns requisitos como a restrição de Spam, controle de navegação e
ataques.
Neutralidade

 Fica permitido - para preservar a estabilidade e segurança da rede - que as operadoras


façam o gerenciamento das redes utilizando medidas técnicas estabelecidas pelo padrão
internacional. Ficam obrigadas as operadoras a prestar um serviço adequado com objetivo
de manter a estabilidade, segurança, integridade e funcionalidade da rede, observando
alguns requisitos como a restrição de Spam, controle de navegação e ataques.
Neutralidade

 O trecho mais polêmico do projeto de lei trata sobre a neutralidade da web. De acordo com
este princípio os provedores de serviços de internet não podem ofertar serviços de
conexões diferenciadas, como por exemplo, pacotes somente para acesso a e-mails, ou
somente vídeos ou redes sociais.
Neutralidade

 A neutralidade foi o princípio que causou mais debate durante todo o processo, já que em
sua forma original, o texto prevê que as empresas de telecomunicação que oferecem
serviços de internet sejam neutras no tráfego de dados, não importando a sua origem ou o
seu destino.
Neutralidade

 Com isso, o usuário continua livre para usar toda a velocidade de conexão contratada, para
acessar qualquer tipo de conteúdo, sem a preocupação de traffic shaping, ou ver a sua
velocidade dar prioridade em certos tipos de serviços, que demandem mais banda, como
streaming de vídeos, por exemplo.
Armazenamento de dados

 Qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, dados


pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet, em
que um destes atos ocorram em território nacional, deverá ser obrigatoriamente respeitada
a legislação brasileira, os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo
das comunicações provadas e dos registros.
Armazenamento de dados

 A lei tem como um dos seus grandes pilares a Liberdade de Expressão, e este foi um dos
textos que se manteve e foi aprovado. Com isso as aplicações e provedores de acesso não
serão mais responsabilizados por postagens de seus usuários, e as publicações só serão
retiradas, obrigatoriamente do ambiente online, mediante a ordem judicial. As empresas só
serão responsabilizadas por danos gerados por usuários se não acatarem a ordem judicial.
Marketing

 Com a aprovação do Marco vem a proibição do marketing dirigido. As empresas não


poderão mais utilizar os dados de seus clientes e usuários em estratégias com fins
comerciais. A decisão atinge principalmente gigantes como Google e Facebook, que
formam bases de dados com informações dos usuários para lhes enviar anúncios e
propagandas que sejam pertinentes com suas buscas, comentários e curtidas.
Marketing

 Todos os itens dizem respeito direto ao internauta, mas este último atinge em cheio os
últimos escândalos sobre o sigilo que as empresas de internet mantêm sobre seus dados, e
o uso que fazem deles. De acordo com o item sobre sigilo e privacidade, as empresas só
poderão guardar os dados dos usuários durante o período de seis meses, e desde que isso
esteja especificado em contrato aceito pelo usuário.
Então, com esta lei, o que muda efetivamente
na minha vida?
 Embora não seja uma visão partilhada por todos, o Marco Civil representa uma grande
evolução na regularização. E não estamos dizendo que com isso perderemos liberdade. Na
verdade a lei veio para garantir justamente que esta liberdade não seja enfraquecida ou
ignorada pelas grandes corporações. O Brasil é um dos países que mais utiliza a rede
mundial de computadores, e o Marco nos coloca em patamares parecidos com o Chile e a
Holanda, que já possuem leis parecidas.
Então, com esta lei, o que muda efetivamente
na minha vida?
 A criação da lei, que já foi elogiada pela ONU e pelo próprio criador da internet, Tim
Berners-Lee, pode se tornar um importante mecanismo de defesa contra danos à
privacidade dos internautas, além de garantir também, que cada um tenha responsabilidade
por aquilo que publica e compartilha.
Então, com esta lei, o que muda efetivamente
na minha vida?
 A criação da lei, que já foi elogiada pela ONU e pelo próprio criador Os usuários saberão
exatamente o que esperar do ambiente online, tanto no que diz respeito aos seus dados,
quanto à consequência de suas atitudes online. De qualquer maneira essa lei pode ser
apenas o primeiro passo de algo maior, já que é a primeira lei do tipo no país.
A remoção de conteúdo da internet após a edição do novo Marco
Civil

 O provedor de aplicação somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos


decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar
as providências para tornar indisponível o conteúdo indevido, ressalvadas as disposições
legais em contrário, como é o caso de divulgação de pornografia infantil, por exemplo, nos
moldes do caput do artigo 19 do aludido diploma.
A remoção de conteúdo da internet após a edição do novo Marco
Civil

 Somente às vítimas de divulgação de conteúdo relacionado a nudez ou a atos sexuais na


rede o direito de buscar a remoção extrajudicial, o que se não for observado pelo provedor
de aplicação lhe ensejará responsabilidade pelos prejuízos causados a tais vítimas.
A remoção de conteúdo da internet após a edição do novo Marco
Civil
Pornografia da vingança: Marco
Civil da Internet facilita punição e
obriga sites a tirar vídeos íntimos
do ar
Publicado: 28/03/2014 21:00 BRT Atualizado: 31/03/2014 10:05 BRT

Júlia Rebeca, 17 anos, de Parnaíba (PI).


Fran, 19 anos, de Goiânia (GO).
Priscila Lopes, 20 anos, de Cuiabá (MT).
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Essas três jovens sofreram por ter a intimidade violada e exposta na internet.
Os vídeos de sexo ou nudez em que apareciam foram compartilhados na velocidade
das redes, de celular para celular, por milhares de pessoas.
A viralização de um momento tão íntimo e pessoal deixou traumas e provocou
atésuicídio.
As vítimas de violação da intimidade ganharam um importante apoio nesta
semana com a aprovação do Marco Civil da Internet na Câmara Federal.
O texto final, aprovado pelos deputados, facilita localizar os responsáveis pela
distribuição de cenas de nudez e atos sexuais sem a autorização de um ou mais
participantes.
A chamada 'constituição da internet' também estende a punição ao site ou provedor
de conteúdo que mantém no ar esse tipo de material, a partir do momento que ele
for notificado pela pessoa exposta.
Fran e Júlia foram alvo da prática chamada de pornografia de
vingança(revenge porn, em inglês).
Elas consentiram a gravação das cenas de sexo, mas em nenhum momento
cogitavam a divulgação.
Fontes:

 http://
www.brasilpost.com.br/2014/03/28/pornografia-da-vinganca-marco-civil_n_5052468.html
 www.conjur.com.br/2014-jul-10/rubia-araujo-remocao-conteudo-internet-marco-civi
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
Fim

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