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Aspectos Jurídicos da Internet

e Comércio Eletrônico

Profº Carlos Junior Roque da Silva


carlos@prof.una.br
Ética na Internet
Três principais serviços disponíveis na internet relativos à
disponibilização de informações são:

• Troca de mensagens (correio eletrônico)


• Transferência de arquivos (ftp: file transfer protocol)
• O acesso a informações armazenadas na WWW (Web,
World Wide ( teia em todo o mundo)
Utilizando de forma ética a internet

Weckert e Adeney (1997 apud MASEIRO, 2000)


discutem 3 pontos sobre o uso ético da Internet:

• Liberdade de informação;
• Manipulação de imagens digitais;
• Censura;
Utilizando de forma ética a internet

Qual informação as pessoas podem ter acesso pela


Internet e o que elas podem fazer sobre a manipulação
de imagens?

Como se comportar em relação à censura de material


armazenado no site, que é de responsabilidade dos
usuários?
• Segundo Weckert e Adeney (1997 apud MASEIRO, 2000)
• "... a liberdade de acesso à informação disponível na
Internet envolve o direito de acesso e a habilidade de
acessar. Esse direito leva ao tema da censura."
Liberdade de Informação na Internet
Liberdade de Informação na Internet
Ofensa
É um tipo de estado de infelicidade, angústia mental ou algum tipo de
sofrimento.

Uma ofensa só pode causar dano a uma pessoa se ela se sentir ofendida.

Muitas vezes a mesma frase dita a diferentes pessoas pode ofender umas
e não ofender outras. Exemplo:

 linguagem sexualmente explícita, nudez, figuras etc.;


 ridicularizarão sobre crenças e comportamentos;
 linguagem racista ou sexista.
Liberdade de Informação na Internet
Situações que dão origem a censura:

• pornografia;
• linguagem odiosa;
• informação que pode apoiar atividades perigosas;
• "dano virtual“.
Liberdade de Informação na Internet
A questão da censura na Internet envolve alguns
elementos novos:
• A dimensão global;
• A facilidade com que os materiais são transmitidos
e recebidos;
• A relativa privacidade de quem os divulgam
Caso Fabiola
Pornografia na Internet
A princípio a pornografia na Internet
está disponível da mesma forma que
em outras mídias. Porém tem suas
particularidades.
• Controle é mais difícil;
• Incentivos a uma precocidade sexual;
• A restrição do uso deste tipo de
material na Internet é complexo pois
lida com questões de liberdade de
expressão
• A pornografia infantil deveria ser
evitada, não apenas censurada.
Linguagem odiosa
• Materiais provenientes de
grupos que divulgam
mensagens de ódio e racismo
sem nenhum controle.
• Algo que não conseguiriam
usando outras mídias
• Exemplo: como fabricar
bombas
Dano Virtual
É aquele que, embora pareça e figure como real, ocorre em um
mundo fictício. Exemplo:

• O jogo, em si, não tornará uma pessoa mais violenta. Mas


aqueles que já tiverem uma predisposição para a violência
sentirão mais confortáveis em cometer um ato criminoso após
jogarem esses jogos.

• Estupro virtual Apesar de simulado e ocorrer no plano virtual,


pode causar danos psicológicos ao envolvido.

• Roubo eletrônico e outros.


Dano Virtual
Manipulação de Imagens Digitais
Atualmente com a facilidade de
acesso a aplicativos de edição
de imagens, é fácil manipular
imagens e compartilhá-las na
rede.
• Isto corresponde a uma
forma de mentira e de
engano,
• E se as imagens causarem
danos a terceiros, pode estar
sujeito a censura
Exemplo:
• vazamento de fotos íntimas
da atriz Carolina Dieckmann
Mensagens eletrônicas

• A constituição brasileira garante a inviolabilidade


das comunicações de dados, exceto em casos em
que a justiça autorizar, para investigação de crimes e
processo penal.
• Lei 9 296, de 24/07/1996
Mensagens eletrônicas no trabalho
• Mensagens pessoais, como cartas, portanto, não
podem ser lidas ou abertas antes de chegar ao seu
destino.
• Algumas empresas colocam cláusulas nos contratos
dos empregados, alertando que as mensagens
eletrônicas utilizando equipamentos da empresa
poderão ser violadas e lidas a qualquer momento
sem a autorização do remetente.
Mensagens eletrônicas no trabalho
Políticas empresariais:
• Os arquivos e mensagens dos empregados podem ser
revisados a qualquer momento, sem aviso prévio.

• Os funcionários não devem esperar que qualquer conteúdo


que eles criem, armazenem, enviem ou recebam em seus
computadores (na empresa) sejam privados.

• Os computadores que os empregados usam pertencem à


empresa e só devem ser usados para propósitos profissionais.

• As mensagens eletrônicas devem ser escritas e enviadas com o


mesmo cuidado que qualquer outra forma de comunicação.
Habeas Data e Privacidade
• Clientes ao comprarem
produtos são solicitados
preencher um formulário com
dados pessoais “apenas” para
registro.
• Estas informações passam a
constar no banco de dados das
empresas.
• Cliente passa a receber
correspondências, ligações ou
e-mails com ofertas de
lojas/produtos e serviços.
• Essa é uma forma de invasão
de privacidade
Habeas Data e Privacidade
• No Brasil foi criado o habeas data (1988)
• É um remédio constitucional posto à disposição de pessoa
física ou jurídica para tomar conhecimento ou retificar as
informações a seu respeito, constantes nos registros e bancos
de dados de entidades governamentais ou de caráter público
(Art. 5º, LXXII,"a", Constituição Federal do Brasil de 1988)
• Exemplo:
• Uma pessoa cujo nome, por engano, conste na relação de
maus pagadores do Serviço de Proteção ao Crédito, poderá
impetrar habeas data contra essa instituição (caso um pedido
administrativo formal já tenha sido negado ou ignorado), para
que deixe de constar no cadastro de devedores.
Comércio Eletrônico
(E-commerce)
O que é
Comércio Eletrônico?

É a compra e venda de
produtos ou prestação de
serviços, realizados em
estabelecimento virtual.
Segurança e E-commerce
Os requisitos para garantir a
segurança das relações:

• Transparências
• Segurança nas informações
• Ferramenta de identificação
das partes.
Segurança e E-commerce
O cumprimento da exigência de transparência de
informação faz com que não se caia na modalidade de
culpa que responsabiliza por danos causados devido à
omissão de informações relevantes, estando o mesmo
principio presente tanto no Código Civil Brasileiro
como no Código de Defesa do Consumidor.

O bom funcionamento do comércio eletrônico pode


ser solucionado pela aplicação da legislação vigente e
de algumas exigências vividas.
Divisão do Comércio eletrônico
B2C Business-to-consumer é o comércio eletrônico
entre a empresa e o consumidor pela internet, sem
intermediários. Negócio direto com consumidor.
Divisão do Comércio eletrônico
B2B (Business to Business) é a sigla utilizada no comércio
eletrônico para definir transações comerciais entre empresas.
Em outras palavras, é um ambiente (Plataforma de E-
Commerce) onde uma empresa (indústria, distribuidor,
importador ou revenda) comercializa seus produtos para outras
empresas.
Consumidor on-line e o Código de Defesa do Consumidor

• As regras previstas pelo Código do Consumidor


aplicam-se tanto ao mundo real como ao virtual. No
ambiente eletrônico, porém, pelas partes estarem
de modo não presencial, não haver manuseio de
produto, ter a possibilidade de distorções de
tamanho, cor e outras características no uso de
imagens em sítios de comércio.
Em análise geral, a Lei 8.078/90 tem princípios e artigos válidos
inclusive para as relações eletrônicas e não presenciais.

1. O reconhecimento dos Direitos difusos e coletivos nas relações de


consumo;
2. A definição de consumidor – Art. 2° do CDC;
3. Imputação da responsabilidade direta e de forma objetiva ao
fornecedor;
4. O fabricante, vendedor ou prestação de serviços tem o dever de
informar;
5. A propaganda tem força vinculante, integra o contrato e obriga o
anunciante ao cumprimento de todas as promessas anunciadas, inclusive
quanto ao preço, se mencionado;
6. Se a oferta ou venda foi por telefone ou reembolso postal, o consumidor terá
sete dias para desistir da compra, com direito à devolução das quantias
eventualmente pagas;
7. Proteção contra práticas abusivas contra o consumidor – Art. 9°, CDC;
8. Responde pelos danos patrimoniais e morais que causar, proteção fundamental
especialmente na internet, com a facilidade de usos de dados dos consumidores;
9. Permite apenas maiores em seu estabelecimento se explorar comercialmente
jogos ou apostas;
10. Fazer orçamento – Art. 40, §§ 1º a 3º, CDC;
11. Ampliação da responsabilidade solidária, com garantia do direito de regresso, o
que na internet ocorre com frequência – Art. 13º, CDC;
12. Proteção de bancos de dados de consumidores e a questão de privacidade, hoje
muito discutida no âmbito da internet em que se aplicam os artigos do CDC e
CF/88;
13. Inversão do ônus da prova em favorecimento ao consumidor.

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