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INSTITUICÃO DE ENSINO FACULDADE SERRA DOURADA

Curso de Graduação de Bacharel em Direito


3° Período

MARCO CIVIL DA INTERNET/ LEI N° 12.965 DE 23 DE ABRIL DE 2014

Barbara da Silva Holanda

Gustavo Brayan Fernandes Farias

Wilson Lemos da Silva


MARCO CIVIL DA INTERNET/ LEI N° 12.965 DE 23 DE ABRIL DE 2014

Resumo sobre os Direitos dos Usuários


estabelecidos no artigo 7 da lei 12.965 de 23 de abril
de 2014, referente à disciplina de Direito Digital e
Proteção de Dados.

Professora: Karem luz.


A lei n° 12.965 de 23 de abril de 2014, foi a primeira legislação que tratou
especificamente do ambiente virtual aqui no Brasil. Antes dessa lei existir, os temas eram
tratados à luz da Constituição, referente a invasão de privacidade e proteção de dados
pessoais. É importante destacar que no marco civil a internet foi reconhecida como um
direito de todo cidadão brasileiro. A partir da concepção de uso da internet, políticas
públicas foram formuladas. Outro aspecto importante presente no Marco Civil foi a
garantia da liberdade de expressão.

Em sumo, especificamente no artigo 7, está previsto os direitos e garantias dos


usuários. Que parte do pressuposto de que a intimidade, a vida privada do usuário e o que
ele faz na sua casa, contanto que não esteja ferindo o direito de nenhuma outra pessoa
com suas práticas, independente de suas opções, isso lhe pertence, é algo exclusivo de
cada um, não se pode invadir isso. Todas as informações que são transitadas em redes
sociais, acessos a páginas, dados entre outros, só podem ser acessados por terceiros por
meio de uma ordem judicial, fundamentada por um pedido do Ministério Público ou da
polícia, porém para que o juiz tome qualquer decisão, é necessário antes, haver indícios
consistentes para isso.

Atualmente, é muito comum que empresas optem pelo atendimento via


WhatsApp, porque além de tornar o processo cada vez mais automatizado, todo o
conteúdo gerando entre cliente e prestador de serviço, fica armazenado e se preciso, pode
ser usado como provas em um processo ou investigação.

É indubitável, que nos dias de hoje a internet não é usada apenas como um mero
meio de comunicação, algumas dessas comunicações são altamente relevantes, pois
muitas vezes fazem parte do trabalho de alguém, facilita o acesso a programas do governo
e até mesmo faz parte do exercício da própria cidadania. Por isso não se pode extinguir o
completo acesso de alguém, salvo em caso de débitos.

Apesar de ser pouco registrada, é facilmente encontrada diversas reclamações


sobre a qualidade da internet, o que na verdade não deveria ocorrer já que está previsto
no inciso V a manutenção da qualidade do serviço. Além disso os provedores têm
obrigações em relação aos registros tanto de conexões quanto de aplicações que foram
utilizados. Informações essas que precisam ser deixadas bem claras ao consumidor,
incluindo como é a política desse gerenciamento de rede que pode afetar a qualidade do
serviço. Da mesma forma, quando os dados do cliente são coletados, precisam se
restringir somente aquilo que é relevante para a situação, dados estes, que não podem ser
repassados a terceiros e que não podem ser descartados antes do prazo mínimo exigido
por lei. As políticas de uso, de privacidade, como serão utilizados os dados, ou como
ocorre o fornecimento do serviço, precisam ser de fácil compreensão para quem está
consumindo.

Além do mais, esta lei visa proteger e amparar também as pessoas que possuem
algum tipo de deficiência, garantindo assim, mais acessibilidade independente de suas
diferenças.

Pode-se observar uma dicotomia entre a sua aplicação e o seu descumprimento. A


"Inviolabilidade da intimidade e da privacidade" emerge como uma das legislações mais
respeitadas e valorizadas pela sociedade brasileira. Reconhecida como um direito
fundamental pela Constituição do país, a proteção da privacidade é vista como crucial
para a preservação da dignidade humana e o exercício pleno da cidadania. Nesse sentido,
há uma consciência social ampla sobre a importância de proteger a intimidade e a
privacidade dos indivíduos, tanto no ambiente online quanto offline.

Entretanto, contrastando com essa valorização, a lei que versa sobre o "Não
fornecimento a terceiros de dados pessoais, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei" é uma das mais violadas no Brasil. Apesar
de ser crucial para proteger a privacidade das pessoas, a falta de clareza por parte das
empresas e a falta de regras eficazes contribuem para que essas questões continuem
acontecendo. Muitas organizações negligenciam o consentimento explícito dos usuários
ao coletar e compartilhar dados pessoais, comprometendo diretamente o direito à
privacidade. Essa violação continua a nos preocupar cada vez mais, o que requer uma
atenção especial das autoridades para assegurar que a lei seja cumprida e que os direitos
individuais dos cidadãos sejam protegidos. Enquanto a "Inviolabilidade da intimidade e
da privacidade" é profundamente respeitada e valorizada, a garantia do "Não
Fornecimento a terceiros de dados pessoais" enfrenta desafios significativos em sua
aplicação efetiva.

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