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À medida que o uso da Internet aumentou ao longo dos anos, também aumentou a importância
da privacidade de dados. Sites, aplicativos e plataformas de redes sociais geralmente precisam
coletar e armazenar dados pessoais sobre usuários para fornecer serviços. No entanto, alguns
aplicativos e plataformas podem exceder as expectativas dos usuários quanto à coleta e uso de
dados, deixando os usuários com menos privacidade do que imaginavam. Outros aplicativos e
plataformas podem não colocar proteções adequadas em torno dos dados que coletam, o que
pode resultar em violação de dados, o que compromete a privacidade do usuário.
Os dados pessoais podem ser usados indevidamente de várias maneiras, se não forem mantidos
em sigilos ou se as pessoas não tiverem a capacidade de controlar como suas informações são
usadas:
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As entidades podem vender dados pessoais a anunciantes ou outras partes
externas sem o consentimento do usuário, o que pode resultar no recebimento de
marketing ou publicidade indesejados pelos usuários.
Quando as atividades de uma pessoa são rastreados e monitoradas, isso pode
restringir sua capacidade de se expressar livremente, especialmente sob governos
repressivos.
Para os indivíduos, qualquer um desses resultados pode ser prejudicial. Para uma
empresa, esses resultados podem prejudicar irremediavelmente sua reputação,
além de resultar em multas, sanções e outras consequências legais.
Além das implicações no mundo real das violações de privacidade, muitas
pessoas e países afirmam que a privacidade tem um valor intrínseco:
Que a privacidade é um direito humano fundamental para uma sociedade livre,
como o direito à liberdade de expressão.
Quais são as leis que reagem a privacidade dos dados?
À medida que os avanços tecnológicos melhoraram a coleta de dados e os
recursos de vigilância, governos em todo o mundo começaram a aprovar leis que
regulamentam os tipos de dados que podem ser coletados sobre os usuários, como
esses dados podem ser usados e como os dados devem ser armazenados e
protegidos.
Algumas das estruturas regulatórias de privacidade mais importantes e serem
conhecidas incluem:
Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR): regulamenta como os dados
pessoais dos titulares de dados da União Europeia (UE), ou seja, indivíduos,
podem ser coletados, armazenados e processados e concede aos titulares dos
dados o direito de controlar seus dados pessoais (incluindo um direito ao
esquecimento).
Leis nacionais de proteção de dados: muitos países, como Canadá, Japão,
Austrália, Singapura e outros, possuem leis abrangentes de proteção de dados de
alguma forma. Alguns, como a Lei Geral de proteção de Dados pessoais do Brasil
e a Lei de proteção de Dados do Reino Unido, são bastante semelhantes ao
GDPR.
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Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA): requer que os
consumidores estejam cientes de quais dados pessoais são coletados e dá aos
consumidores o controle sobre seus dados pessoais, incluindo o direito de dizer às
organizações para não venderem seus dados pessoais.
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respostas inovadoras, quer em termos normativos quer em termos institucionais. Veja-se que os
direitos pessoais, particularmente o direito à privacidade, constam da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, instituída a 10 de dezembro de 1948, pela Organização das Nações Unidas.
É neste sentido que a maioria das constituições nacionais, no caso particular a Constituição da
República Portuguesa, introduziu tais direitos fundamentais nos seus textos constitucionais. Foi
assim que em 1995, a União Europeia, através do seu Parlamento, aprovou a Diretiva 95/46/CE,
de 24 de outubro, um instrumento importante, na medida em que impele os Estados-membros
para a necessidade e importância de se proteger as informações e garantir os direitos pessoais,
dentro e fora da União Europeia, evitando o tratamento e utilização abusivos dos dados pessoais
por terceiros, acautelando igualmente o direito à privacidade e à vida privada.
Outros instrumentos normativos e instituições igualmente importantes, quais sejam a Lei nº
67/98, de 26 de outubro, a Lei de Proteção de Dados Pessoais, o Regulamento Geral de Proteção
dos Dados e a Comissão Nacional de Proteção de Dados, em Portugal, se apresentaram como
importantes e determinantes em matéria de proteção de dados e, em consequência, na defesa
desses direitos fundamentais. Estes e outros instrumentos, anteriormente referidos, vieram
colmatar algumas lacunas antes existentes, em razão até das características da atual sociedade
digital e de novas realidades, em que os dados se transformaram numa nova matéria-prima,
podendo ser comercializados em mercados transfronteiriços. Pois, as informações se
«converteram na nova matéria-prima» importante para a criação e definição do perfil dos
consumidores.