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• Você saberia dizer exatamente quanto dos seus impostos pagos atualmente
foi investido para pavimentar uma determinada rua de sua cidade, ou qual
percentual foi aplicado em incentivo a pesquisas na área da saúde ou em
incentivo ao esporte?
Foi a partir dessa ideia que surgiu o conceito de open data, ou dados abertos,
que faz parte de uma tendência global de fornecer informações que possam
ser utilizadas de forma livre, reutilizadas e redistribuídas por qualquer pessoa,
sujeitas, no máximo, à exigência de atribuição à fonte original e ao
compartilhamento pelas mesmas licenças em que as informações foram
apresentadas.
Segundo o Guia Open Data a definição da Open Definition pode ser
resumida da seguinte forma:
Disponibilidade e acesso
✓ inovação;
Quando falamos de uma nova economia que é liderada principalmente pela transformação
digital, podemos citar diversos benefícios, como agilidade no processo de decisão, redução de custos
operacionais, descentralização de informações, além da quebra de paradigmas como o open finance,
open insurance e open everything.
No entanto, com toda essa evolução, é preciso reconhecer que as ameaças também evoluíram na
mesma proporção. E a chave principal para estar alinhado ao mercado é estar sempre pronto para
garantir a segurança máxima das informações, mas, a quarta edição da pesquisa de Maturidade do
Compliance no Brasil, realizada pela KPMG (ANO), mostra que, dentre nove indicadores, análise de dados
e tecnologia obteve a menor nota, o que indica que as empresas não possuem o hábito de monitorar
seus indicadores, e muitos afirmam que não conhecem ou não utilizam tecnologia para as iniciativas de
compliance.
Compliance digital
Compliance digital é um conceito que diz respeito ao conjunto de regras e ações internas que
regulam as atividades desenvolvidas pelas empresas para garantir a proteção dos dados particulares e
de informações de seu público na internet a partir de protocolos de segurança e cumprimento de leis
vigentes. Por exemplo, um código de conduta, auditorias e políticas de privacidade que asseguram o
cumprimento de uma lei.
Lei Geral de Proteção de Dados
De acordo com a referida lei, fica proibido utilizar informações que, de forma isolada ou em conjunto,
possam revelar a identidade de clientes, exceto em casos de consentimento. São considerados dados
pessoais:
✓ nome;
✓ endereço;
✓ número de documentos;
✓ telefone;
✓ e-mail.
Lei Geral de Proteção de Dados
A relação entre o compliance digital e a LGPD é simples e direta: ao lidar com os dados de
pessoas, é necessário utilizar a Lei Geral de Proteção de Dados para criar diretrizes e um código de
conduta corporativo, a fim de obter amparo jurídico e se resguardar de possíveis ameaças.
Infelizmente, não é incomum vermos casos de vazamento de dados, como o megavazamento de dados
de mais de 220 milhões de brasileiros, que incluía informações como CPF, fotos, endereços e benefícios
sociais. Ou mesmo grandes redes sociais, plataformas de streaming e empresas de varejo que sofreram
ataques recentes. E isso aconteceu mesmo após as leis entrarem em vigor.
Pode até soar contraditório, mas um dos grandes desafios das leis de privacidade é manter
um equilíbrio entre a privacidade dos dados e os benefícios de manter os dados abertos.
Para garantir a privacidade, todas as análises e o tratamento dos dados devem ser de forma
anonimizada, ou seja, quem está tratando os dados não sabe de qual cidadão se trata, e também deve
seguir o consentimento, mantendo todas as atividades de acordo com as regras de governança de
dados da organização.
Assim, podemos concluir que é necessário um compliance digital, que cubra todos os pontos previstos
na LGPD para se extrair o máximo de vantagens do uso de dados, garantindo a privacidade e o uso
consentido das informações.