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UNIVERSIDADE ROVUMA

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTE, TURISMO E COMUNICAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

Escolha intertemporal e escolha em situações de incerteza

1º Grupo

Ancha Arlindo António

Celina Cândido Marino

Nagiba Cláudio

Saide Lucas Sijelo

Selemane Sircate

Sheila Albano Artur Barreiros

Nacala-Porto

2022
UNIVERSIDADE ROVUMA

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTE, TURISMO E COMUNICAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

Escolha intertemporal e escolha em situações de incerteza

1º Grupo

Ancha Arlindo António

Celina Cândido Marino

Nagiba Cláudio

Saide Lucas Sijelo

Selemane Sircate

Sheila Albano Artur Barreiros

O presente trabalho é de carácter avaliativo a


ser entregue na cadeira de Microeconomia II,
no curso de Gestão de Empresas 2º ano.

Docente: Paulo Luís Castro Cardoso - MA

Nacala-Porto

2022
Índice

1. Introdução............................................................................................................................................4
Objectivos................................................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo geral........................................................................................................................4
1.1.2. Objectivos específicos.............................................................................................................4
1.2. Metodologia.................................................................................................................................4
2. Escolha intertemporal..........................................................................................................................5
2.1. Restrição orçamentária................................................................................................................6
2.2. Escolha óptima de consumo em dois períodos.............................................................................8
3. Escolha em situação de incerteza.........................................................................................................9
3.1. Modelagem das incertezas.........................................................................................................10
3.2. Teoria de Utilidade....................................................................................................................11
4. Conclusão..........................................................................................................................................14
5. Bibliografia........................................................................................................................................15
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1. Introdução

O trabalho a seguir trata-se de uma abordagem sobre as escolhas intertemporal e situação de


incerteza. A investigação sobre a escolha intertemporal apresenta-se em franco crescimento nas
últimas décadas. Cada vez mais é reconhecido o seu contributo e devida importância na vida
económica, pois a grande maioria das decisões tomadas em contexto económico abrange vários
períodos de tempo, o que faz com que seja indispensável o recurso a análises intertemporais
(e.g., comportamentos de poupança, de consumo, de investimento).

Nos estudos psicológicos sobre a escolha intertemporal, os participantes são normalmente


confrontados com escolhas diádicas entre resultados menores mais cedo e resultados maiores
mais tarde. Exemplos do terreno são consumir agora ou poupar para o futuro, e fumar agora ou
viver em melhor saúde no futuro. Um exemplo de estudos laboratoriais é a escolha entre receber
€100 agora ou €150 daqui a 1 ano.

Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Análisar as escolhas intertemporal e em situação de incerteza.

1.1.2. Objectivos específicos

São objectivos específicos deste trabalho:

1. Apresentar o comportamento do consumidor perante as escolhas.

1.2. Metodologia

Para a execução do trabalho em causa recorreu-se a pesquisas bibliográficas e bibliotecas


virtuais. Tendo em conta os objectivos preconizados, o trabalho é desenvolvido apoiando-se em
resultados de investigação sobre a matéria, para enriquecer os conhecimentos sobre o tema do
trabalho.
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2. Escolha intertemporal

Escolhas intertemporais definem-se como escolhas que envolvem trocas entre custos e benefícios
que ocorrem em diferentes pontos temporais (Loewenstein, Read, & Baumeister, 2003).

As escolhas intertemporais podem ser definidas como “decisões que envolvem um compromisso
entre custos e benefícios que ocorrem em diferentes momentos” (Frederick, Loewenstein, &
O’Donoghue, 2002)

A escolha intertemporal pode ser definida como a opção entre dois bens. Mas em lugar de
escolher entre o produto X e Y, a decisão passa a ser entre consumir hoje e amanhã. Assim, Y
representa a aquisição de bens no período presente e X a compra no futuro.

Mapa de indiferença

A curva de indiferença, nesse caso, reflete as diferentes combinações de consumo – presente e


futuro – de forma a ter a mesma utilidade. A inclinação da curva corresponde à Taxa Marginal de
Substituição (TMS). Ela quantifica trocas possíveis de um bem por outro de forma a manter a
mesma utilidade e, nesse caso, dimensiona as preferências intertemporais. Ou seja, reflete a
disposição do consumidor de trocar consumo actual por futuro.

A escolha racional óptima implica em maximizar a escolha intertemporal dada a restrição


orçamentária. Dessa forma, deve-se escolher o quanto gastar da renda hoje versus no período
futuro. A opção é obviamente difícil, pois faltam informações sobre esse futuro para realizar uma
selecção adequada. Há riscos associados como inflação maior que a esperada, a morte, a
ocorrência de desemprego etc. Mas, de qualquer forma, difícil ou não, as escolhas são efectuadas
com base nas probabilidades de ocorrência dos eventos conhecidas.

Considere uma renda de R$ 1.000,00. É possível gastá-la toda no período actual ou no futuro. A
compra de bens no período actual depende dos preços dos produtos no período (P Y) e a aquisição
futura depende desses preços no período futuro (P X). Muito parecido com a escolha de dois bens.
Mas há um elemento que deve ser considerado: não consumir hoje aumenta a possibilidade no
futuro! Afinal, é possível aplicar os recursos não gastos no período actual e ganhar juros. Assim,
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a renda disponível para gasto no período presente é maior que a renda do período futuro. No
futuro a renda deverá ser igual a R(1 + r), considerando r como a taxa de juros real, ou seja,
descontada a inflação.

2.1. Restrição orçamentária


Suponha que a quantidade de dinheiro que o consumidor terá a cada período seja representada
por (D1, D2) e que são adoptadas como hipóteses simplificadoras inexistência de juros,
possibilidades de empréstimos e inflação. Dessa forma, os preços actuais serão iguais aos preços
futuros e a taxa de juros (i) é zero. A única forma de o indivíduo consumir mais do que o
respectivo limite de renda (D2) no futuro é aumentando a poupança no período presente. Nesse
caso, transfere parte do poder de aquisição actual para o período futuro sem ganhar juros. A
restrição orçamentária que representa essa escolha está desenhada abaixo e Y corresponde à
quantidade de consumo no período futuro, X a quantidade de consumo no período actual, D 1 a
renda no período 1, D2 a renda no período 2 e a inclinação da recta é representada por ΔY/ΔX, ou
seja, a variação do consumo futuro para uma dada variação no consumo actual. Dessa forma,
como só é possível aumentar o consumo futuro, diminuindo o consumo actual, a inclinação é –1.

Restrição orçamentária e consumo além do limite da renda

Para essa função de restrição orçamentária há duas escolhas: o consumidor pode gastar
integralmente a renda nos dois períodos – gastando D1 no período 1 e D2 no período 2 –, ou pode
consumir menos no primeiro período de forma a poder fazê-lo em quantidade maior no segundo.

Na vida real, sem as hipóteses simplificadoras, a segunda escolha – consumir menos no primeiro
período – permite um ganho de juros. Dessa forma, a poupança pode ser definida como renda
menos consumo (D1 – X) e o ganho de juros será denominado r. Isso modifica a capacidade de
gasto no segundo período que era originalmente D 2. Agora, o indivíduo poderá gastar
adicionalmente em D2 o valor correspondente a (D1 – X) × (1 + r), ou:

D2 + (D1 – X) × (1 + r)

Mas também é possível escolher o oposto. Gastar mais hoje e sacrificar o consumo futuro. Esse é
o caso em que são tomados empréstimos para financiar o consumo. Caso o consumo no período
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presente seja maior do que a renda (D1) permita, isso implica em conseguir empréstimos no
cartão de crédito, no cheque especial ou em outra forma de financiamento. Os juros incorrerão
em todas elas. Nesse caso, a quantidade de consumo no primeiro período será maior que D 1 ou X
será maior que D1. Será necessário pagar juros pelo serviço de empréstimo. Então, no segundo
período o consumidor pagará (X – D 1) × (1 + r). Logo, no segundo período, a restrição
orçamentária será:

Y = D2 – (X – D1) × (1 + r)

Em resumo, quando se gasta mais do que a renda no primeiro período, são pagos juros no
período subsequente, sendo menor a quantidade de bens que se pode adquirir. Caso haja
poupança naquele primeiro período, pode-se ampliar o consumo no futuro em função do ganho
de juros e do valor poupado.

A restrição orçamentária do indivíduo que decide poupar está representada no Gráfico a seguir:

Gráfico - Restrição orçamentária quando existe a decisão de poupar

Admitindo que a escolha seja adquirir zero no período actual e tudo no período futuro, é então
admissível consumir Y = D1 × (1 + r) + D2. No entanto, se a escolha for esgotar toda a renda
futura hoje, será possível consumir X = D1 + D2/ (1 + r).

Note que uma mudança na taxa de juros altera as possibilidades de escolha no presente e no
futuro. Um aumento nessa variável eleva as possibilidades de consumo futuro e desloca o
intercepto do eixo Y para cima. Ao mesmo tempo, um aumento na taxa de juros reduz as
possibilidades de gasto no período presente, deslocando o intercepto do eixo X para a esquerda.
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Gráfico - Curva de restrição orçamentária e elevação da taxa de juros

De forma análoga, uma redução nos juros desloca a função de restrição orçamentária, permitindo
menor procura por bens no futuro e punindo menos quem consome no presente:

Gráfico - Curva de restrição orçamentária e redução da taxa de juros

2.2. Escolha óptima de consumo em dois períodos


Simplificando, admitindo três tipos de consumidores: o regular, o gastador e o poupador. O
regular é aquele que escolhe gastar integralmente a renda nos dois períodos sem tomar recursos
emprestados ou poupar. O gastador caracteriza o indivíduo que opta por comprar mais no
primeiro período presente e X é maior que D 1. Nesse caso, ele não poderá gastar integralmente a
renda no período futuro, pois pagará juros sobre os empréstimos feitos. Então Y fica reduzido. O
gastador tem preferência por consumir no presente e está disposto a sacrificar consumo futuro
para fazê-lo. Já o poupador gasta menos no período presente, poupando para ampliar as
possibilidades de despesa no futuro. O poupador tem preferência por consumo futuro.
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Não importa a alteração na taxa de juros, essas preferências estão dadas. Um aumento na taxa de
juros, no entanto, pode alterar as escolhas do gastador e do poupador mudando as respectivas
cestas de consumo.

Dessa forma, um aumento na taxa de juros diminui as possibilidades de consumo para os


indivíduos do tipo gastador e aumenta para indivíduos poupadores. O inverso é verdadeiro. Uma
redução de juros estimula e amplia as possibilidades de consumo do indivíduo gastador,
diminuindo, assim, essas possibilidades para o cidadão poupador, reduzindo o estímulo a poupar.

3. Escolha em situação de incerteza


Problema de decisão sob incerteza, como o próprio nome sugere, são problemas que contemplam
variáveis aleatórias em algum dos dados de sua instância, de forma a caracterizar a incerteza para
a qual o agente tomador de decisão está sujeito. Além disso, deve existir um subconjunto de suas
variáveis de decisão (denominadas decisões de primeiro estágio) que deverão ser seleccionadas
ex ante sem a informação prévia da realização das incertezas (que se realizarão no
segundo estágio, ex post), mas somente com base na distribuição de probabilidade destas.

Grande parte dos problemas de decisão da vida real são problemas de


decisão sob incerteza, contudo, é bastante usual substituir os parâmetros incertos por suas
previsões (por exemplo, o valor esperado). Em alguns casos tal procedimento simplifica bastante
a solução e torna os modelos muito mais amigáveis e intuitivos, entretanto em casos onde as
decisões sejam bastante sensíveis às variáveis de incerteza e que estas apresentem um
considerável grau de variabilidade, torna-se importante que o modelo considere em suas decisões
de primeiro estágio a “dispersão” ou o risco das possíveis realizações das incertezas e os seus
respectivos impactos.

A palavra dispersão foi utilizada entre aspas por não “expressar” todas as possíveis preocupações
que se possa eventualmente exigir nestes modelos, mas já introduz o conceito de que, de alguma
forma, as decisões de primeiro estágio deverão considerar toda uma gama de possíveis cenários
que as incertezas podem proporcionar. Além disso, a importância que cada agente atribui aos
possíveis resultados caracteriza o seu perfil de preferências. Este perfil também
deve ser levado em consideração na selecção das variáveis de segundo estágio.

É importante ressaltar de que as decisões de primeiro e segundo estágios não estão


necessariamente associadas às decisões do primeiro e segundo período, no sentido de unidade
temporal. O primeiro e o segundo estágios se distinguem exclusivamente pela posse da
informação das realizações dos parâmetros de incerteza.

Por exemplo, se um “dado produtor industrial” deve contratar hoje os montantes de suprimento
firme de matéria prima para a sua produção para os próximos três meses a preços pré-fixados,
essas podem ser encaradas como decisões de primeiro estágio. Desta maneira, se no decorrer
destes três meses subsequentes de produção a demanda pelos seus produtos superar a quantidade
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respaldada pelos montantes de matéria prima já contratados, o industrial deverá buscar tais
insumos no mercado de curto prazo ou à vista (spot), caso haja disponibilidade para os montantes
requeridos e o preço seja interessante. Assim, as compras no mercado à vista são decisões do
segundo estágio que dependem de três factores de incerteza: (i) demanda pelos produtos em cada
período, (ii) preço dos insumos no mercado à vista e (iii) disponibilidade da quantidade
requisitada no mercado à vista.

Como estas decisões são tomadas após a verificação da realização das incertezas de cada
período, tais decisões são funções das incertezas e das decisões de primeiro estágio.

Decisões de primeiro estagio em problemas de decisão sob incerteza.

Diagrama de decisões (primeiro e segundo estagio) em problemas de decisão sob incerteza.

É importante notar que existe um contexto mais geral que o descrito anteriormente, onde as
decisões sob incerteza são tomadas ao longo do tempo, ou seja, à medida que as informações
parciais das incertezas são reveladas. Este caso é denominado multi-estágio e pode ser visto
como uma sucessão de problemas de dois estágios acoplados entre si. Tais problemas sofrem do
“mau da dimensionalidade” por serem constituídos de uma árvore de decisão que cresce
exponencialmente com o número de períodos.

3.1. Modelagem das incertezas


Nos modelos de decisão sob incerteza serão caracterizadas através de Simulações de Monte
Carlo que produzirão amostras das variáveis aleatórias e processos estocásticos. Tais amostras
aproximaram as distribuições de probabilidade reais e proporcionam propriedades desejáveis
pelos modelos de optimização e de precificação de activos.
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Devido à alta complexidade de se caracterizar a distribuição conjunta de variáveis aleatórias


multivariadas, a aproximação por cenários tornou-se bastante comum com o crescimento do
poder de processamento dos computadores. Neste sentido, uma descrição completa das
incertezas, dada por complexas funções de probabilidade de natureza não linear, é trocada por
um conjunto de dados (amostras de dados) suficientemente grande para caracterizar as
dependências e momentos das variáveis aleatórias de forma aproximada. Desta forma, uma vez
que a aproximação dada pelos cenários de ocorrência e suas respectivas
probabilidades seja aceita, a variável aleatória pode ser tratada como uma variável de
distribuição discreta e, portanto, incorporada de forma eficiente em modelos de programação
linear para se resolver os problemas de decisão sob incerteza.

Além disso, existem processos estocásticos para os quais não se tem acesso às distribuições
analíticas, pois são originários de procedimentos computacionais complexos envolvendo,
inclusive, processos de optimização dentro da formação de suas realizações. Assim sendo, estes
só podem ser caracterizados através dos seus cenários simulados.

3.2. Teoria de Utilidade


A teoria de utilidade de von Neumann-Morgenstern (1944) apresenta uma forma analítica de
comparação e de representação de preferências entre variáveis aleatórias (v.a.). Neste trabalho,
as v.a.’s são representadas por um conjunto de resultados de uma “loteria”, ou jogo, e
comparados segundo o valor esperado da utilidade. Desta maneira, se um agente tomador de
decisão diz que uma determinada v.a. é preferível frente a outra, então, o valor esperado da
utilidade desta primeira deverá ser maior que o da segunda.

A função de utilidade (FU) leva em consideração toda a gama de cenários, atribuindo uma
utilidade ao consumo de cada cenário de receita financeira. Neste caso, o agente tomador de
decisão buscará tomar suas decisões de forma a maximizar a utilidade esperada das rendas
futuras, onde a função utilidade do agente descreve sua atitude frente ao risco (seu “perfil de
risco”), que pode ser de aversão, neutralidade ou propensão a risco.

Por exemplo, um investidor avesso a risco apresentaria uma FU côncava, como se vê na


Figura a. Neste caso, a perda devida a um “mau” resultado não é “compensada” pelo ganho
advindo de um “bom” resultado de mesma magnitude. Já um investidor indiferente a riscos
apresentaria uma FU linear, como, na Figura b. Isto significa que um aumento de receita tem o
mesmo impacto (em módulo) que uma redução. Finalmente, um investidor que arrisca (propenso
a risco) teria uma função de utilidade convexa, conforme se vê na Figura c.
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Função de Utilidade e perfil de risco

Na sequência abaixo são ilustrados os conceitos de aversão, neutralidade e propensão a risco


apresentados para três indivíduos (indivíduos “k”, “y” e “z” – respectivamente avesso, neutro e
propenso a risco) cujas funções utilidades são as mesmas da figura anterior:

Características do perfil de aversão a risco.

A principal característica do agente “k” (avesso a risco ou dito “conservador”) é que este é muito
mais sensível a perdas do que a lucros. Por exemplo, para uma mesma variação de +d em torno
do ponto ro (representando um aumento da renda), o “ganho” da utilidade do indivíduo é menor,
em módulo, que o decréscimo de utilidade resultante da mesma variação negativa (–d) em torno
de ro, ou seja, DU+ ≤ DU-. Matematicamente isso pode ser explicado através de uma
característica de funções côncavas diferenciáveis, na qual a segunda derivada é negativa, ou seja,
decresce a primeira derivada ao longo do domínio da função. Assim, à medida que se avance no
sentido positivo de r (aumento da renda), o benefício marginal da utilidade (primeira derivada) é
decrescida de forma monótona.
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Características do perfil de neutralidade a risco.

Para o perfil do agente “y” (neutro a risco), como a utilidade apresenta primeira derivada
constante ao longo de todo o domínio, variações positivas e negativas de mesmo módulo, em
torno de um mesmo ponto, proporcionam variações idênticas (em módulo) de utilidade, ou seja,
DU+ = DU-

Característica do perfil de propensão ao risco.

No perfil do agente “z” (propenso ao risco), ocorre o oposto do caso de aversão. O agente dá
muito mais “valor” a variações positivas do que às variações negativas de mesma magnitude, em
torno de um mesmo ponto. Por isso a unidade deste tipo de perfil é convexa, ou seja, a primeira
derivada aumenta à medida que a renda cresce.
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4. Conclusão
Uma escolha racional que permita a maximização da satisfação compreende o reconhecimento
de que as decisões de hoje estão relacionadas com as possibilidades de escolha futura.

Vimos que a escolha intertemporal também considera o custo de oportunidade. A renúncia de


comprar hoje para adquirir amanhã vem acompanhada de um ganho de juros. O valor futuro do
bem a ser adquirido pode ser medido hoje, descontando esse ganho de juros, fazendo-se a
operação matemática inversa. O custo de oportunidade das escolhas no período presente é a
renúncia de possibilidades de consumo futuro.

Contudo, o termo incerteza utilizado em todo o escopo desta trabalho devera ser compreendido
como o risco devido a uma distribuição de probabilidade objectiva, que assumiremos que possa
ser estimada pelos agentes.
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5. Bibliografia

Frederick, S., Loewenstein, G., & O’Donoghue, T. (2002). Time discounting and time reference:
A critical review. Journal of Economic Literature, 40, 351-401.
Pyndyck, Robert S.; Rubinfeld, Daniel L. (2013) Microeconomia. 8. Ed. Tradução de Eleutério
Prado Et Al. São Paulo: Pearson Education do Brasil.

Stiglitz, Joseph E.;WALSH, Carl E. (2003)Introdução À Microeconomia. Tradução De Helga


Hoffmann. Rio de Janeiro: Campus.

Varian, Hal R. (2012) Microeconomia: Uma Abordagem Moderna. Tradução De Elfio R.


Doninelli E Regina C. De Macedo. Rio De Janeiro: Elsevier.

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