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Planejamento acadêmico janeiro 2024


Turma: Técnico em Logística - Manhã APRT0062023032 - 1
UC - Gestão de Suprimentos – Carga Horária: 68h
Organizado por: Sérgio Reis

Conceito e importância da previsão de demanda na logística


O correto gerenciamento do estoque é crucial para o bom funcionamento de
uma empresa e a previsão de demanda é fundamental para isso. A
previsibilidade, nesse contexto, é a base para fazer planejamentos
relacionados aos setores de produção, vendas, financeiro, de transporte, entre
outros.
Mas como é possível prever as demandas que ainda virão? Qual a importância
disso para as empresas?
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O que é previsão de demanda na logística?


Como o nome indica, previsão de demanda na logística significa antever o
futuro em relação às demandas de mercadorias. Basicamente, uma empresa
irá, através de análises, identificar a quantidade de itens que deverá produzir
ou adquirir para atender os pedidos dos clientes.

A partir dessa previsão, é elaborado todo o planejamento de ações do


empreendimento. Mas, claro, sempre considerando que se trata de um possível
cenário e não de algo que irá acontecer exatamente como o previsto. Além
disso, os cenários futuros são desenhados considerando dados e fatos.

Por exemplo, uma fábrica de brinquedos sabe que o seu maior pico de vendas
acontece por causa do Dia das Crianças, em outubro, e do Natal, em
dezembro. Isso sem contar nos dados do histórico de vendas nesses e em
outros meses.

Através das informações reunidas, os gestores conseguem criar possíveis


cenários com a média de vendas dos anos anteriores em cada mês, entre
outros dados. A noção proporcionada por essas informações facilita o
planejamento e a tomada de decisões relacionadas a:

Pedidos de mercadorias ou matéria-prima a fornecedores;


Definição de custos relacionados aos processos;
Planejamento do transporte;
Criação de metas de venda realistas para cada período.
Conheça os tipos de previsão de demanda
A previsão de demanda deve ser feita considerando as necessidades de cada
empreendimento. Mas, de modo geral, pode ter viés quantitativo ou qualitativo,
entenda melhor a seguir.

Previsão de demanda quantitativa


É a previsão de demanda mais objetiva, porque é focada em números e dados
históricos. Então, é feito um levantamento das vendas em anos anteriores e
calculada uma média para formar o cenário.
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Previsão de demanda qualitativa


A previsão de demanda qualitativa considera as percepções dos
colaboradores, como os vendedores, que estão em contato direto com os
clientes. Eles irão compartilhar lembranças sobre vendas e períodos passados,
as necessidades mais comuns dos clientes e assim por diante.

Duas visões que se completam


As previsões de demanda quantitativa e qualitativa se completam. Enquanto a
primeira foca nos números, a segunda é voltada para nuances que muitas
vezes eles não conseguem captar.
Para criar cenários realistas e utilizá-los como base para planejar os próximos
meses, é interessante considerar esses dois lados.

Por que a previsão de demanda é importante para as empresas?


Até aqui foi possível entender o conceito de previsão de demanda na logística,
certo? Mas por que essa previsibilidade é importante para as empresas? Veja
abaixo!

Permite a criação de um planejamento efetivo


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Dados são grandes aliados dos gestores, pois possibilita uma tomada de
decisão embasada em fatos e não em suposições. Hoje, com a ajuda de
sistemas gerenciais, é muito mais simples realizar essas análises, porque os
dados são coletados constantemente. Quanto mais informações se tem, mais
detalhadas serão as análises feitas sobre elas.

Evita estoques volumosos


Manter um estoque gera custos, por isso, as empresas estão buscando cada
vez mais reduzir seus armazéns. Através da previsão de demanda, é possível
trabalhar com estoques menores sem prejudicar os negócios. Assim, se evita
grandes sobras e os custos relacionados são otimizados.

Identifica oportunidades para ampliar as vendas


Ao realizar a previsão de demanda, dá para identificar oportunidades de
ampliar as vendas em épocas mais fracas. Afinal, já se tem a informação de
que o empreendimento tem capacidade para suprir demandas mais elevadas.
Dessa forma, basta buscar estratégias para atrair pedidos nos demais
períodos.

Promove a redução de custos


Uma vantagem crucial da previsão de demanda na logística é a redução de
custos. Afinal, um planejamento baseado em dados é realizado com
estratégias direcionadas aos resultados desejados. Isso possibilita o uso
inteligente de recursos, evitando também desperdícios que encarecem a
operação.

Boas práticas para uma previsão de demanda eficiente


Já sabemos a importância que a previsão de demanda tem na logística, mas
qual é a melhor forma de obter essa previsibilidade? Conheça boas práticas a
seguir!

Uso de sistemas de gestão


Primeiramente, é válido que a empresa utilize sistemas de gestão com funções
que atendam às suas necessidades de acordo com o segmento. Ferramentas
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voltadas para o gerenciamento de estoque, pedidos e transporte são algumas


das mais usadas.

Definição do tempo a ser considerado


Quando se fala em previsibilidade de demanda, é necessário definir qual será o
tempo compreendido na análise. Uma empresa pode criar cenários prevendo
um trimestre, semestre, ano ou o período que julgar necessário.

Identificação de fatores que influenciam a demanda


Um passo importante é a identificação de fatores com influência sobre a
demanda, como:
 Fatores internos
 Qualidade dos produtos;
 Qualidade do atendimento;
 Preço;
 Diferenciais oferecidos;
 Investimentos em divulgação.
 Fatores externos
 Preços praticados pelos concorrentes;
 Tendências de consumo;
 Cenário econômico;
 Leis e normas.
 Análise do histórico de pedidos
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Por fim, temos a análise do histórico de pedidos, uma etapa facilitada quando a
empresa utiliza sistemas de gestão. Nesse caso, os relatórios podem ser
criados em poucos minutos, com os dados que forem considerados
necessários.

A utilização da previsão de demanda é necessária para facilitar o planejamento


da empresa, evitando faltas ou excessos.
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Créditos: www.unisoma.com.br

7 indicadores fundamentais de cadeia logística


Começamos destacando os sete principais indicadores de cadeia logística que
devem ser acompanhados de perto pelas equipes de gestão, a fim de ampliar a
eficiência, competitividade e melhorar o desempenho de negócio. Confira!

1. Indicadores gerais de estoque


Fundamental à indústria, refere-se à análise dos pontos de estocagem de
acordo com as diferentes matérias-primas, materiais intermediários e produtos
acabados, considerando os níveis de retirada, entrada e ocupação percentual
de estoque em cada nível.

2. Controle de matéria prima


Indica ao time de suprimentos as diferentes necessidades de compras no
momento ideal. Isso evita que matérias primas fiquem muito tempo em estoque
ou que impactem a produção com a sua ausência. A otimização, por meio de
processos estruturados de compras, é capaz de acompanhar as altas e baixas
do mercado, respondendo às diferentes demandas e minimizando os impactos.
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3. Custo de transporte
Constitui uma das contas mais altas em uma operação logística, motivo pelo
qual é tão estratégico e deve ser monitorado atentamente. Aqui, é fundamental
avaliar as opções disponíveis em relação a custos, condições e lead times.
Assim, será possível identificar o que é mais adequado a ser aplicado nos
planos de curto, médio e longo prazo. Dependendo do volume de carga
transportada, é possível negociar com a transportadora para alterar as rotas ou
trocar o tipo de frota, evitando, desta maneira, contratações de fretes
emergenciais a custos mais altos.

Imagine a seguinte situação: é melhor comprar novamente uma matéria prima


para determinada fábrica ou transferir de outra unidade o estoque já existente?
Como calcular o impacto de cada uma das decisões no planejamento futuro
das fábricas?

4. Crédito acumulado de ICMS


Dependendo de como as movimentações de produtos e operações de compra
e venda são executadas na malha, gera-se um acúmulo elevado de crédito
tributário que pode ser difícil de monetizar em curto ou médio prazo. Nesse
caso, é essencial avaliar, em conjunto com outras variáveis, o desempenho de
cada SKU - Stock Keeping Unit (Unidade de Manutenção de Estoque) em
cada mês e ao longo do horizonte de planejamento a fim de identificar:

Os melhores estados e localizações para posicionamento dos estoques e das


instalações da cadeia de distribuição;
Os melhores Centros de Distribuição (CDs) para realizar a operação de
abastecimento (sourcing) dos pontos de venda;
Que filiais devem atender quais clientes.
5. Nível de ocupação das operações
Diz respeito ao recebimento, estocagem e expedição em centros de
distribuição e em lojas. O benefício é identificar ociosidades que podem ser
mais bem aproveitadas e gargalos capazes de comprometer a operação, além
de oportunidades de redimensionamento de filiais.
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6. Estoque de segurança
Este indicador impacta diretamente o nível de serviço, portanto deve ser
observado com atenção tanto nos centros de distribuição (CDs) quanto nas
lojas. É fundamental ter clareza sobre o gatilho que indica a necessidade de
um novo pedido, evitando sua indisponibilidade. Seja pelo lead time de entrega
do produto na loja ou diretamente para o consumidor.

7. Nível de serviço
Uma ruptura de demanda, ou seja, o não atendimento da demanda por
indisponibilidade de produto, e o prazo médio de entrega ao cliente são fatores
que impactam diretamente na satisfação do cliente final. Quando o nível de
serviço é alto, sem rupturas, pode ser responsável por um aumento na
demanda e, consequentemente, do market-share.

Além de mais controle, a análise de indicadores viabiliza uma visão sistêmica e


ampliada das operações logísticas no presente, gerando benefícios para o
planejamento futuro. Por meio de uma gestão sistematizada, suportada por
tecnologias de modelagem matemática e ferramentas avançadas de análises
preditivas ou prescritivas, é possível extrair um conhecimento valioso a partir
dos dados.

Viabilizando, desta maneira, antever gargalos ou problemas – muitas vezes


imperceptíveis em uma análise exclusivamente humana –, facilitando sua
resolução e, consequentemente, evitando desgastes e minimizando os riscos.
Da mesma forma, permite identificar oportunidades e tendências. E isso gera
insumos para tomadas de decisões orientadas e analíticas, ampliando o
potencial de geração de valor e a lucratividade.
Créditos: www.unisoma.com.br

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Índices de rentabilidade – Conceito:

Crédito: Évilin Matos.

Índices de rentabilidade são as evidências de que a empresa é – ou não –


rentável. De que ela dá lucro. Assim sendo, os índices de rentabilidade são
aqueles que mais interessam aos sócios e gestores, porque demonstram o
retorno dos recursos aplicados em um empreendimento ou em um projeto.

Por isso, é um dos principais indicadores de desempenho de um negócio.


Estão ao lado de índices de endividamento, margem líquida e de tantos outros
dados financeiros.
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Créditos: https://www.ideris.com.br/blog/o-que-e-fifo-e-fefo/

O que é FIFO?
A sigla FIFO refere-se à expressão em inglês “First in, First out”. Em português
significa “Primeiro a entrar, Primeiro a sair”, também conhecido por PEPS.
Como o próprio nome sugere, é uma estratégia para gerenciamento de estoque
baseada na fila de espera: os produtos que estão há mais tempo armazenados
serão os primeiros a sair.
Desse modo, o método FIFO (ou método PEPS) é utilizado por
empreendimentos que trabalham com produtos perecíveis, ou seja, produtos
com prazo de validade menor e com mais água em sua composição. Portanto,
é indicado para e-commerces que vendem itens alimentícios com vencimento a
curto prazo.

É uma maneira inteligente para minimizar as perdas causadas pela má gestão


de estoque. Quer um exemplo? Vamos supor que você comprou dois lotes de
creme de leite para o seu e-grocery. O lote 1 chegou no dia 5 de maio,
enquanto o lote 2 entrou duas semanas depois no seu estoque. Os pedidos
feitos por creme de leite no seu e-commerce receberão os produtos do lote 1,
até que sejam esgotados.

Vantagens do método FIFO (PEPS)


Evita o desperdício de mercadorias e o envio de itens fora da validade ou muito
próximos de vencer (o prazo de entrega é importante para essa análise);
Reduz a necessidade de criar grandes estoques de produtos e, em alguns
casos, é possível operar com um centro de armazenagem mais enxuto e assim
reduzir custos;
Facilita a precificação de mercadorias, pois elas ganham maior rotatividade –
simplifica o controle dos custos de entrada e preços de saída;
Ao criar uma metodologia de armazenagem, você consegue agilizar a
expedição de pedidos (localização no estoque, separação, embalagem e
envio).
Como utilizar o FIFO (PEPS)
Separamos duas dicas para utilizar o método First in, First out no seu e-
commerce.
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Defina a capacidade máxima de armazenagem


Para implementar essa metodologia de maneira eficiente, é necessário definir a
capacidade máxima para armazenagem. O que isso significa? Criar um limite
de espaço/vagas na fila. Quando chegar no número definido por você, o
processo precisa ser interrompido para evitar excesso de estoque.

Respeite a sequência das peças


É preciso rigor. Nenhuma mercadoria pode ultrapassar a outra na fila de
espera. A escala de prioridade é importante: o primeiro que entra é o primeiro a
sair. Dessa forma, você garante que o fluxo seja suave e constante, conforme
prevê a metodologia.

O que é FEFO?
No modelo “First expired, First out” (FEFO), ou em português “Primeiro a
vencer, primeiro a sair” (PVPS), a data de validade dos produtos é o que vai
definir a prioridade na ordem de despacho. A diferença para o método FIFO é
que aqui não interessa quais foram estocados primeiro. A validade é o critério
determinante.

Portanto, o método FEFO ou PVPS também é indicado para varejistas que


vendem itens perecíveis (tais como alimentos, cosméticos, produtos químicos,
entre outros). Dessa forma, você garante que o consumidor vai receber apenas
produtos frescos ou recentemente fabricados.

Assim como o FIFO, o FEFO é uma estratégia recomendável para


almoxarifado, armazém ou Centro de Distribuição (CD). São ótimas
metodologias para quem trabalha com e-commerce.

Vantagens do método FEFO (PVPS)


Permite identificar os itens que ficam obsoletos prematuramente e quais serão
os custos dessas possíveis perdas para a contabilidade da empresa;
Reduz o tempo de procura no estoque por mercadorias em bom estado ou
dentro da validade;
Beneficia a imagem da marca, no sentido de sempre enviar produtos em bom
estado.
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O que é LIFO
Em inglês, LIFO significa “Last In, First Out”, ou “Último que entra é o Primeiro
que Sai” (UEPS). É o método menos comum para questões estratégias de
venda, se comparado a FIFO e FEFO. Para poder aplicá-lo, o produto não
deve ter data de vencimento. Ou seja, mais resistência em relação ao tempo e
com potencial para pico de vendas.

É mais indicado para quem trabalha com produtos que sofrem os efeitos da
moda, como roupas, smartphones e carros. A lógica é simples: o lançamento
desses produtos costuma atrair mais vendas, se comparado aos produtos que
já estavam ofertados antes, que ficam defasados ou deixam de ser top de
linha.

Por que a gestão de estoque é importante?


No e-commerce, otimizar o tempo significa economia de dinheiro e satisfação
do cliente. Portanto, além de metodologias como PEPS, PVPS e UEPS, é
necessário haver uma cultura de organização nos setores de
estoque/armazenagem e expedição. Não esqueça: estoque é dinheiro.

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