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PCL - Planejamento e Controle Logístico -

Indicadores de Desempenho

Prof. Bruno Silvestre de Souza


e-mail: brunosilvestre@yahoo.com.br
dicadores de Desempenho Logístico
• Estratégia X Indicadores de Desempenho
• As estratégias servem como guia para as empresas desenvolverem
e utilizarem recursos chaves, para se atingir os objetivos desejados
em um ambiente dinâmico e competitivo. No entanto, os impactos
que as estratégias tem nas operações são dependentes de como
elas são transmitidas para a organização e da sistemática de
avaliação delas.
• O desenvolvimento de um comportamento operacional compatível
com a estratégia definida é fortemente influenciado pelo
acompanhamento de indicadores que monitoram as atividades que
agregam valor ao negócio. Ou seja, os indicadores de desempenho
são um meio para se analisar o cumprimento dos objetivos
previamente traçados pelo planejamento estratégico.
icadores de Desempenho Logístico
• Os indicadores tornaram-se tão populares para controlar a qualidade da manufatura
que passaram a serem usados em outras áreas para outras finalidades. Na logística,
eles avaliam e auxiliam o controle da performance logística.
• Classificação dos Indicadores de Desempenho Logístico
• A busca por eficiência tem como pré-requisito a alta qualidade dos serviços
prestados ao cliente final. No entanto, atualmente para se atingir esse objetivo não
basta apenas ter o aprimoramento das atividades internas da empresa. É
fundamental também que exista um alto nível de integração entre os parceiros de
uma mesma cadeia.
• As empresas cada vez mais estão conscientizando-se de que não é possível atender
às exigências de serviço dos clientes e, simultaneamente, cumprir com os objetivos
de custo da empresa sem trabalhar de forma coordenada com outros participantes
da cadeia de suprimentos .
• Assim, os indicadores de desempenho logístico podem monitorar a qualidade das
atividades logísticas internas à empresa ou a de seus parceiros (fornecedores).
abela – Classificação dos Indicadores
quanto ao Âmbito
Quanto ao âmbito, podem ser:

Âmbito Processos
Interno Monitoram o desempenho dos processos
internos à empresa (Ex.: giro de estoques,
ruptura de estoque, etc.)
Externo Monitoram o desempenho dos serviços
prestados pelos parceiros (fornecedores) da
empresa. (Ex. entregas realizadas dentro do
prazo, tempo de ressuprimento do fornecedor,
etc.)
Indicadores de desempenho para o planejamento e controle
de estoques Leandro Callegari Coelho (07.04.2011)
• Sobre indicadores de desempenho, existem exemplos de
métricas para avaliar os transportes e também a logística
interna (movimentação e armazenagem). E o objeto do
transporte e da armazenagem? Estamos falando dos produtos
que estarão disponíveis para venda.
• Manter os estoques no nível adequado não é uma tarefa fácil.
Requer coordenação entre compras, vendas, previsão e
planejamento da demanda. Estoques muito alto garantem o
atendimento da demanda mas incorrem em custos elevados.
Estoques baixos garantem baixos custos de manutenção mas
corre-se o risco de perder vendas, que representam um custo
intangível muito elevado.
Vejamos alguns indicadores de performances para
gestão de estoques:
• Acuracidade do inventário: é preciso ter em mãos dados confiáveis e precisos sobre o
volume de estoque mantido. Assim, este indicador mede a diferença entre o estoque físico
(aquele que de fato está armazenado) e a informação contábil dos estoques. É calculado
como a divisão entre o estoque físico e a informação sobre o estoque no sistema. Quanto
mais próximo de 100% melhor, e se estiver abaixo de 99% já deve despertar alertas.
• Stock outs ou falta de estoque: como destacado, a falta de estoque acarreta um custo
normalmente impossível de ser calculado com exatidão. Além do lucro não realizado com a
venda, o que mais a empresa pode ter perdido? Outras vendas, imagem, ou até mesmo a
perda do cliente. Como calcular estes elementos? Antes que isso aconteça, é melhor evitar
perder-se uma venda. Este indicador pode medir o número de vendas perdidas por falta de
estoque ou o tamanho das vendas perdidas. Deve ser adaptado para cada caso.
• Percentual de estoque indisponível para venda: se o estoque foi mal acomodado e
armazenado, ele sofrerá avarias. Se a gestão do armazém não for eficiente, alguns produtos
podem passar de seu prazo de validade. Por diversos motivos, alguns produtos tornam-se
indisponíveis para vendas, e não queremos que isto ocorra. Este indicador mede o
percentual de itens em estoque indisponíveis para vendas. Pode ser calculado como o custo
do estoque indisponível sobre o custo dos estoques totais.
• Percentual de utilização da capacidade: este indicador avalia se o espaço alocado para
os estoques está pequeno ou grande demais. Em qualquer um dos casos, a situação é
indesejada.
• Deve ser calculado como o volume (em m³, ou pelo número de posições) utilizado
pelos estoques dividido pela capacidade do armazém (também em m³ ou em posições
disponíveis). Se for muito baixo, o espaço é grande demais e poderia ser melhor
utilizado por outras áreas da empresa. Se for acima de 100%, significa que existem
estoques em áreas onde não deveriam existir, como espaços para movimentação ou
mesmo corredores).
• Nível médio dos estoques: este indicador avalia quantos dias de venda estão
estocados. Em outras palavras, por quantos dias a empresa consegue operar com os
estoques atuais. É medido dividindo-se a quantidade de itens em estoque dividida pela
demanda média diária. Quanto mais baixo, mais próximo de um sistema lean está
sendo utilizado. Valores muito altos para este indicador são normalmente
desaconselháveis.
• Estes são apenas alguns exemplos de indicadores de desempenho para a gestão dos
estoques. Eles devem ser adaptados para medir processos e áreas relevantes para cada
empresa.
Cenário Atual
• Vivemos em um ambiente de grande competição, com a globalização obrigando as
organizações a serem cada vez mais ágeis nas tomadas de decisões em seu ramo
de atuação.

Esta agilidade só será possível se a organização possuir um sistema interligado de


informações interdependentes de seus diversos departamentos, para que o
resultado final almejado seja alcançado.

Dentre as diversas áreas da organização, a Logística merece um tratamento


diferenciado, considerando a posição estratégica da mesma, e seu amplo
relacionamento com demais setores. Faria e Costa (2005), destacam que “é de
extrema importância mensurar os fatores logísticos de sucesso que estão
vinculados ao plano estratégico da organização, pois o desempenho econômico-
financeiro da Logística que está além do nível de custo afeta positivamente o
negócio”.
O papel da informação na logística
• O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas.
Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos
armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de
informações logísticas.

• Antigamente, o fluxo de informações baseava-se principalmente em papel, resultando em


uma transferência de informações lenta, pouco confiável e propensa a erros. O custo
decrescente da tecnologia, associado a sua maior facilidade de uso, permitem aos executivos
poder contar com meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados com maior
eficiência, eficácia e rapidez.

• A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma


oportunidade de reduzir os custos logísticos através da sua melhor coordenação. Além disso,
permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria da oferta de
informações aos clientes.
• Tradicionalmente, a logística concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal de
distribuição. O fluxo de informações muitas vezes foi deixado de lado, pois não era visto
como algo importante para os clientes. Além disso, a velocidade de troca/transferência de
informações limitava-se à velocidade do papel. Atualmente, três razões justificam a
importância de informações precisas e a tempo para sistemas logísticos eficazes.

 Os clientes percebem que informações sobre status do pedido, disponibilidade de produtos,


programação de entrega e faturas são elementos necessários do serviço total ao cliente;

 Com a meta de redução do estoque total na cadeia de suprimento, os executivos percebem


que a informação pode reduzir de forma eficaz as necessidades de estoque e recursos
humanos. Em especial, o planejamento de necessidades que utiliza as informações mais
recentes, pode reduzir o estoque, minimizando as incertezas em torno da demanda;

 A informação aumenta a flexibilidade permitindo identificar (qual, quanto, como, quando e


onde) os recursos que podem ser utilizados para que se obtenha vantagem estratégica.
Logística: Uma Visão Geral e a Importância
do Controle de Estoques
• No cenário econômico atual, marcado pela globalização e pela
alta competitividade em que vivemos, toda área de uma
determinada organização tem a sua importância, pois não
pode haver nenhum desperdício ou perda financeira. Há,
porém uma área que, devido ao seu amplo campo de atuação,
tanto interno quanto externo à organização, destaca-se por
sua relevância. Esta área ou departamento é a Logística, tendo
em vista sua vasta área de abrangência, desde o momento da
busca de um determinado componente para a produção até a
entrega do produto final acabado, passando pelo controle
físico destes insumos ou produtos acabados.
Indicadores de desempenho
para transportes
• Custo de frete por unidade: este indicador é calculado dividindo o
custo total do frete pelo número de unidades expedidas num
determinado período (mês, semana, bimestre). É utilizado quando
as unidades expedidas são padrões (kg, litros, toneladas) ou os
produtos são sempre idênticos. Pode ser detalhado calculando-se
também por modal de transporte (para caminhões, trens, barcos,
aviões, ou mais detalhados ainda: carga cheia, fracionada,
intermodal, etc).
• Custo de transporte outbound (saída) como percentual das
vendas: divide-se os custos de frete (de entrega) pelas receitas de
vendas de um determinado período. Evidentemente o percentual
varia muito em função dos produtos vendidos, mas são um ótimo
indicador para avaliar a performance financeira do setor de
transportes.
Concessionárias preparam operação especial para a Páscoa
Estradas apresentaram grande volume de tráfego entre os dias 5 e 8
de abril (05.04.2012)
• As concessionárias de rodovias se preparam para realizar a Operação Páscoa nas Estradas
para garantir a segurança e o conforto do motorista, que redobraram a atenção no período,
devido à expectativa de tráfego intenso nas principais vias brasileiras.
• Grupo CCR
• O Grupo CCR, responsável pelas concessionárias CCR Ponte, CCR NovaDutra, CCR ViaLagos,
CCR RodoNorte, CCR AutoBan, CCR ViaOeste, CCR RodoAnel, Renovias e CCR SPVias, previu
que aproximadamente 2,7 milhões de veículos passassem por seus 2.437 quilômetros de
rodovias entre os dias 5 e 8 de abril.
• A previsão de maior movimento foi entre quinta-feira, 5 de abril, das 14h00 às 23h00, e
sexta-feira, 6 de abril, das 7h00 às13h00. No retorno no domingo, o tráfego foi intenso a
partir das 14h00.
• Para garantir a segurança nas estradas, os serviços SOS Usuários do Grupo CCR foram
intensificados, com mais colaboradores e viaturas na pista prestando atendimento ao
motorista. A companhia ainda oferece uma estrutura com 61 bases operacionais, 2.026
telefones de emergência, 153 painéis de mensagens viárias e 245 câmeras.
OHL Brasil
• O Grupo OHL – responsável pelas concessionárias Autovias, Centrovias,
Intervias, Vianorte, Autopista Fernão Dias, Autopista Fluminense,
Autopista Litoral Sul, Autopista Planalto Sul e Autopista Régis Bittencourt
– operou com serviços extras para agilizar o atendimento às ocorrências,
além dos recursos que normalmente estão disponíveis nas rodovias.
• Foram 190 guinchos para socorro mecânico e 87 ambulâncias para
atendimento pré-hospitalar de emergência, além de veículos de inspeção
de tráfego, caminhões de apoio ao combate a incêndios, carretas para
apreensão de animais na pista, sinalização especial em acessos e
entroncamentos de algumas rodovias e reforço no atendimento nas
praças de pedágio e na disponibilização de informações em painéis de
mensagens.
Conclusão
• Mais e mais empresas percebem a necessidade de interagir com ambiente
externo. Esta tendência está exigindo delas novos posicionamentos, a
partir do uso de modernas metodologias ou práticas de gestão. Para que
as melhorias ou ações implementadas na cadeia produtiva não falhem é
necessário que os resultados sejam constantemente mensurados,
avaliados e aplicada medidas corretivas adequadamente. A competição
global, os altos custos do desenvolvimento dos produtos, as expectativas
de alta qualidade, as expectativas de baixos custos, os ciclos de vida mais
curtos dos produtos e as exigências individuais dos clientes estão
acelerando a mudança para parcerias controladas. Por isso, muitas
empresas formam redes formais ou informais de financiamento, de
engenharia, de fabricação e de fornecedores. Estes relacionamentos são
caracterizados por uma aproximação no desenvolvimento dos produtos e
dos negócios.
O Segredo
• Como melhorar suas operações usando indicadores de
desempenho? Por refletirem aspectos estratégicos da empresa,
os indicadores de desempenho devem ser cuidadosamente
selecionados, para que os colaboradores possam olhar para o
indicador, tentar melhorá-lo, e com isso, melhorar o
desempenho geral da empresa. Assim, servem para direcionar
os esforços da equipe para aquilo que a alta gerência considera
importante.
• Mas quais são os indicadores mais indicados para cada
empresa? O segredo é customizar a seleção dos indicadores,
para que eles reflitam uma situação que é única para cada
empresa. Não se deve utilizar todos os indicadores disponíveis,
isto seria uma enorme perda de tempo.
Bibliografia
• CONCEIÇÃO, S. V. ; QUINTAO, R. T. . Avaliação do
desempenho logístico da cadeia brasileira de suprimentos
de refrigerantes. Gestão e Produção (UFSCar), São Carlos - SP,
v. 11, n. set-dez, p. 441-453, 2004.;
• FARIA, Ana Cristina, COSTA, Maria de Fátima Gameiro. Gestão
de Custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2005;
• http://www.logisticadescomplicada.com/indicadores-de-
desempenho-para-o-planejamento-e-controle-de-estoques/;
• http://www.tecnologistica.com.br/servico/concessionarias-
preparam-operacao-especial-para-a-pascoa/;
• TIPERLOG Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.
Indicadores de Desempenho Logístico. São Paulo, 2005.

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