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Aprovisionamento e

Gestão de stocks

O Prof.: Luís Saraiva


Momentos de avaliação

• Testes • Fichas de trabalho

• 01/02/2016 Ficha de trabalho 1 –


• 15/02/2016 Teste 1 Prática sobre sistemas de
inventariação de mercadorias.
• 02/03/2016 – Ficha de trabalho 2 –
Prática sobre gestão económica de
stocks
• 09/03/2016 Teste 2
Na empresa, temos…

Inputs
Produção/ Output
Venda s
Função aprovisionamento

Bens e Utilizadores
Fornecedores
serviços internos

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O aprovisionamento é:
Função da empresa

Forma mais racional de aquisição de inputs

Representa quase sempre 50% do custo total e 65%


do valor das vendas
Para aumentar o seu lucro, a empresa pode:

Atuar do lado das aquisições


• Reduzindo custos

Atuar do lado das vendas


• Marketing
Importa reter:
Desta forma, para garantir a disponibilidade
dessas existências no momento certo, é
necessário, por um lado, ter um sistema
logístico de abastecimento eficaz e, por outro,
constituir stocks de artigos que, na sua falta,
possam comprometer o pleno funcionamento da
empresa.
Conceito de aprovisionamento
É um conjunto de atividades, tendo por
objetivo colocar à disposição da empresa os
bens e serviços de que necessita para exercer
a sua atividade, na quantidade necessária, no
momento oportuno e ao menor custo
possível.
Elementos do aprovisionamento
Determinação
da quantidade Qualidade dos
de bens a bens a adquirir Prazos de entrega
adquirir

Tempo certo para


Preços de bens
adquirir
Determinação da quantidade de bens a adquirir.
Tempos de
Rapidez de
Encomenda
utilização
Entrega

Previsão de
Gestão de
venda a
quantidade /
curto/médio
Custo do stock
prazo
Qualidade dos bens a adquirir
É a base de
É requisito da
relação com o
empresa
cliente

Equilíbrio
Fator decisivo entre a
da aquisição quantidade de
qualidade
Prazos de entrega
Seleção de
Pode parar a
fornecedores
empresa
cumpridores

Prejudica a
sua imagem
Preço dos bens
Preço elevado -
Baixo preço –
não garante boa
baixa qualidade
qualidade

Prospeção preço
baixo sem pôr
em causa a
qualidade
Tempo certo para adquirir
Stock a menos
Stock a mais
paragem de
custo mais
produção

Stock a menos
não satisfação
imediata do
cliente
TIPOS DE APROVISIONAMENTO
Existem dois tipos de aprovisionamentos:
• - aprovisionamento de BENS
• - aprovisionamento de SERVIÇOS

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Aprovisionamento de Bens
• Aqui vamos tratar, em especial do
aprovisionamento de BENS,
porque nos interessa principalmente
tudo aquilo que tenha relação direta
com a PRODUÇÃO.

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Sobre o aprovisionamento de SERVIÇOS
Importa salientar alguns aspetos, tais como:
• Os contratos que se estabelecem episodicamente ou de forma
regular com entidades prestadoras de serviços.
• Será o caso da aquisição de serviços especiais de manutenção,
de serviços de segurança, de serviços de higiene e limpeza, de
serviços de consultoria e formação profissional ou ainda de
auditorias, certificações e ensaios de qualidade.
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A informática e o aprovisionamento
Intervenientes
Parceiros Distribuidore
comerciais s

Fornecedores Clientes
As relações entre clientes e fornecedores
beneficiam de:

Mais
Mais dinamismo
simplicidade

Processos de
Preços mais
aprovisionament
vantajosos
o mais eficientes
Os sistemas
e-prourement
• Sistemas de aprovisionamento eletrónico

Sítio na internet
Há vários em Portugal e no
Estrangeiro
Caracterização dos sistemas
– catálogos eletrónicos
Eletrónicos e Dotados de
restritos palavra - passe

Pode estar
Dá acesso aos
integrado na
catálogos do
contabilidade da
fornecedor
empresa
Catálogos eletrónicos - conceito

São sites direcionados para a venda,


substituindo o catálogo de papel. Oferecem uma
procura rápida e fácil dos produtos, a
possibilidade de efetuar várias compras num
único sítio. Há locais que normalizam dados
referentes a produtos de diversas empresas,
facilitando as transações e as comparações.
E-marketplaces
Sem acordo entre intervenientes - livre

Os mercados são abertos

Precisam de autorização do gestor de plataforma


E – Marketplace - conceito
Locais virtuais onde os compradores
e vendedores se encontram.
Subdividem- -se em comunidades,
catálogos, portais de
aprovisionamento, leilões, locais de
troca e portais colaborativos.
Atividades da função Aprovisionamento
• Manutenção das
• Procura • Atividade física existências a um • Movimentação
contínua e e administrativa nível que rápida segura e
dinâmica. • Visa proteger o assegure o económica de
• Mercado interno produto. abastecimento todos os bens
e externo. • Insere—se numa regular. necessários.
• Satisfação das ótica de redução • Com o mínimo
necessidades ao de custo. custo.
menor custo. • Condições Os
O ótimas. transporte
As compras armazenamento
A gestão de s
stocks
Tarefas dos Transportes
Verificar que:
A quantidades e os preços das tarifas dos bens
transportados estão corretos.

A rota utilizada pela empresa transportadora é


adequada.

Os custos totais apresentados na fatura da


companhia transportadora estão adequados.
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Organização
administrativa de stock

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Objetivos da Gestão Administrativa de Stocks
Conhecer a qualquer momento:

Quantidade dos Quantidade dos


bens entrados bens saídos

Análise de desvios
Quantidades
entre: quantidades
existentes de cada
existentes e as que
um dos bens
deviam existir
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Tarefas básicas da Gestão administrativa de stocks
Registo de existências realizado com base em
guia de remessa
• Guia de entrada.
• Guia de saída
Elaboração das fichas de stock – Fichas de
armazém
• Ficha de armazém de acordo com o inventário de
existência 29
O contrato de compra e venda

Abordagem simples, de
forma a dominar a cadeia
documental:
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Fases do contrato de compra e venda

Encomenda Entrega

Liquidação Pagamento

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Descrição das fases
Comprador comunica O vendedor envia as
ao vendedor o que mercadorias- executa a
deseja adquirir encomenda.
Fase em que o Encerra o contrato de
vendedor indica ao compra e venda e consiste
na entrega pelo
comprador o montante comprador do valor da
em dívida transação
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Documentação - Encomenda
Nota de Encomenda
• Documento onde o comprador especifica a quantidade
da mercadoria pretendida.
Nota de venda – após contacto direto
• Documento preenchido pelo comprador (triplicado)
• Original - comprador
• Duplicado – vendedor
• Triplicado – empresa que distribui (caixeiro-viajante)
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Documentação Encomenda – cont.
Requisição
• No comércio a retalho, serve para o comprador
levantar de imediato as mercadorias no armazém do
vendedor.
Guia de remessa
• Acompanha a mercadoria e serve para o comprador
proceder à conferência dos artigos recebidos.
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Documentação Entrega

Guia de remessa
• É preenchida em triplicado ou
quadruplicado
• Original – comprador
• Acompanha uma ou duas cópias, servindo
uma delas como talão de receção. 35
Documentação de liquidação
Fatura
• É o mais importante documento do contrato de compra e venda.
• É este o comprovante oficial da compra.
Neste documento, o vendedor indica ao comprador o
valor:
• Das mercadorias
• Dos descontos e abatimentos
• Das despesas efetuadas por sua conta
• Do IVA
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Após a conferência do comprador, pode haver erro:
Ter o vendedor faturado mais do que devia
• Neste caso, é necessário reduzir o valor da fatura, corrigindo-o.
• Emite-se, para o efeito, nota de crédito.
Ter o vendedor faturado menos do que devia
• Neste caso, é necessário aumentar o valor da fatura, emitindo uma
nota de débito.

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Após boa cobrança

O recibo
• É o documento que é emitido pelo
vendedor, após a confirmação de boa
cobrança dos valores.
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Para a Gestão de stocks
Interessa o documento que acompanha o produto
• Guia de remessa

Funções
• Acompanhar a mercadoria
• Proceder à conferência dos artigos
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Após a conferência
Os artigos entram no sistema de gestão de
Stocks
• Guia de entrada
• Após conferência das existências:
Ficha de armazém (por produto)
• Onde se procede à gestão das entradas e saídas do produto.

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Circuito Administrativo da Gestão de Stocks
Na compra

Registo de
entrada Ficha de
Guia de Remessa
Armazém
Guia de entrada

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Circuito Administrativo da Gestão de Stocks
Na venda

Registo de
saída Ficha de
Requisições
Armazém
Guia de Saída

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A gestão do Stock

É centralizada
• Ficha de Armazém
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A gestão administrativa de stocks
Permite saber
• A quantidade disponível de bens nos armazéns da
empresa;
• O valor das perdas e deteriorações sofridas pelos bens do
armazém;
• Determinar com segurança qual o momento em que se
deve desencadear um novo processo de requisição de
bens; 44

• Evitar a deterioração dos bens armazenados.


Organização das compras de stocks
O serviço de compras centralizado
• Contactar o mercado abastecedor de uma maneira
exaustiva;
• Entrevistar os vendedores;
• Conhecer os processos de fabrico de bens a comprar
através de visita às fábricas das empresa fornecedoras;
• Assistir a feiras e reuniões de natureza comercial;
• Acompanhar flutuações dos preços dos bens; 45
Fases de um processo de compra

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Passos do processo de compras
Constatação da Escolha do
Pesquisa do Receção e controlo
necessidade de fornecedor e
fornecedor das entregas
compra efetivação pedido
• O serviço não • Ficheiro por bens • Escolhido o • Serviço de receção
encomenda sem comprados fornecedor (confere Guia de
solicitação • Ficheiro de • Elabora-se a Nota Remessa)
• Requisição fornecedores de Encomenda • Serviço de Compras
• Catálogos e listas (procede à gestão
de preços documental).
• Informações dos • Serviço de
fornecedores. contabilidade(proced
e ao pagamento)

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Organização de
Arquivo e Documentos

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A desorganização :
Provoca desperdício de tempo

Implica refazer o trabalho

Aumenta o stress entre funcionários


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Funções do arquivo

Guardar

Recuperar
• Informações de forma segura.
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Conceito de arquivo

É toda a coleção de
documentos conservados,
visando a utilidade que terão
futuramente.
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Métodos de arquivo
Numérico Alfanuméric
Alfabético
simples o

Especifico
ou por Simplificado
assunto
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Métodos do arquivo
Número Combinação
Letra
número/letra

Não é propriamente um método.


Assunto (dificuldade
em especificar) (Reúne num só móvel as vantagens
de todos eles).
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Tipos de arquivo
Prosseguimento Ativo Inativo Morto
(Folow –up) (Temporário) (Intermédio) (Permanente)
• São arquivadas • Inclui os • Contém • Documentos
cópias de documentos de documentos de que já não se
documentos uso corrente . menor utilizam (no
que aguardam frequência de uso corrente); a
proveniências uso, que ainda possibilidade
em datas podem ter de virem a ser
determinadas. relevância no usados é
trabalho praticamente
diário. nula.
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Organização material
de stocks

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O que é um Stock?

É toda a matéria, produto ou


mercadoria que se encontra
armazenado na empresa, à espera de
uma futura utilização pelos serviços
utilizadores.
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Diferenças de Stock
Empresa Industrial Empresa Comercial
• Matérias- primas • Mercadorias
• Matérias subsidiárias • Embalagens
• Produtos em curso
• Produtos acabados
• Produtos sobresselentes
• Combustíveis
• Embalagens
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A questão principal do stock
Manutenção de stocks elevados Pequenas quantidades de stock
• Fazer face à penúria; • Economizar espaço de armazenagem;
• Assegurar o consumo regular do • Evitar a deterioração de determinados
produto; produtos;
• Usufruir benefícios económicos pela • Menor possibilidade de se
compra de grandes quantidades; constituírem monos;
• Evitar compras demasiado • Menor capital investido.
frequentes;
• Finalidades especulativas.
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As atividades da gestão material de Stock
Conjunto de tarefas que têm como objetivo arrumar, movimentar e
defender os bens nos armazéns próprios ou alugados pela empresa.
• Minimizar os custos de armazenagem;
• Evitar a deterioração dos materiais armazenados;
• Facilitar a correta identificação de cada material ou produto;
• Racionalizar as movimentações dentro do armazém, tanto nas
operações de receção como de fornecimento aos serviços
requisitantes;
• Promover o oportuno e correto fornecimento dos bens
requisitados. 59
Uma outra forma de Gestão
Just in Time
• Sistema de administração da produção que determina que nada
deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora
certa;
• Setor que mais beneficia – setor automóvel.
A filosofia do JIT
• O stock de matérias é mínimo;
• Suficiente para poucas horas de produção;
• Fornecimento em pequenos lotes, na frequência desejada (treina-
se os fornecedores). 60
Vantagens

• Redução de custos;
• Melhoria da qualidade;
• Aumento da flexibilidade, através da resposta do sistema, atingido pela
redução dos tempos de processamento;
• Aumento do fluxo;
• Maior confiança na qualidade do produto, atingida através da melhor
visibilidade dos problemas e soluções dos mesmos. 61
Desvantagens
• Precisa de procura estável para gerir o fluxo, o que sabemos não ser
possível pelas oscilações do mercado.
• Muita variedade de produtos tende a complicar o roteiro de produção.
Há ainda o risco de interrupção da produção por falta de stocks, aliado a
problemas como quebras, greves, entre outros problemas.
• Em muitas empresas, a visão que têm de JIT é usar a filosofia de forma
míope, apenas para reduzir custos e aumentar lucros. Essa visão é
enganosa, uma vez que se trata de um processo de longo prazo,
dinâmico e que envolve outros fatores (qualidade e satisfação do cliente)
como visão estratégica. 62
Comparação entre JIT e a visão tradicional
Item Visão tradicional Just in time
Qualidade Conseguida com muito Decorrência natural do trabalho
investimento e custo alto. benfeito na primeira vez.
Mão –de- obra Obedece às ordens superiores. Participa e influencia a produção.
Erros São aceitáveis, resta corrigi-los. Base do processo de melhoria.
stocks Mantêm a produção, Ocultam problemas, devem ser
funcionando. evitados
Lead-time – Maior tempo, melhor produção. Deve ser reduzido ao mínimo.
Tempo de
espera
Filas Necessárias para manter a Não deve haver filas, a produção
velocidade máxima das deve ser a tempo (just in time),
máquinas. sem paragens. 63
Comparação entre JIT e a visão
Item
tradicional
Visão tradicional Just in time

Custos Redução, através do incremento Redução, através da velocidade


no uso de máquinas; altas taxas com que o produto passa pela
de fábrica.
produção.
Flexibilidade Pelo excesso da capacidade, de Pela redução de todos os tempos
equipamentos, de stocks e de gastos em todas as etapas
despesas administrativas. internas da organização.

Fluxo Empurrado através da fábrica. Puxado através da fábrica.

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