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UNIDADE 2
A logística assim como qualquer outra área é composta de rotinas básicas, que incluem
processos de compras, de armazenagem ou estocagem, de transportes e movimentações,
enfim, de gestão da cadeia de suprimentos.
Pois bem, primeiramente vamos discorrer sobre algumas definições, como por exemplo
o fato de ser conhecida como supply chain (cadeia de abastecimento, cadeia de suprimentos)
e, isso requer gestão.
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Porter (2014) cita que o poder de negociação do comprador determina uma vantagem
competitiva das empresas, pois representa uma fonte de alavancagem dos resultados através
da redução de custos decorrentes da aquisição da matéria prima e da administração de
estoques.
Então, tecnologias como EDI (Eletronic Data Interchange) e Internet, além de outras
inovações tecnológicas têm auxiliado esses processos.
Todavia, o processo de compras ocorre em um ciclo que contempla cinco etapas, a saber:
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⮚Controle do recebimento
Seu principal objetivo é o de comprovar se o que está sendo entregue confere com o
solicitado, em termos de especificações técnicas, quantitativo e qualitativo (conferência
física), além dos aspectos documentais, como nota fiscal eletrônica e pedido (conferência
administrativa).
Neste sentido, o gerador da compra é o pedido do comprador, que servirá para gerar a
nota fiscal a ser entregue, juntamente com a mercadoria ou carga.
EXEMPLO PRÁTICO
Imagine que determinada área de recebimento possui um pedido de 15 caixas de do produto
“X”, a quantidade entregue foi de 14 caixas e na NF constava 14 caixas.
Vejam que o quantitativo físico corresponde ao registrado na NF, emitida pelo fornecedor.
Então, se o conferente considerar apenas a NF, poderia afirmar que a quantidade entregue
estava correta, por isso não basta apenas a NF num momento de conferência, é preciso
conhecer o quantitativo do pedido de compras.
De todo modo, o conferente deve ficar atento no ato de recebimento da mercadoria, pois
se houver discrepâncias:
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b) Para menos, em relação ao pedido solicitado, a empresa fica diante de uma situação
de prejuízo pela falta de uma mercadoria que poderá interferir numa situação de pedido sob
encomenda, por exemplo, na qual conta-se com a mercadoria para fins imediatos e
específicos.
A situação mais grave e, talvez pouco comum, é o conferente receber mercadoria não
solicitada, pois o fornecedor emitiu a nota e enviou a mercadoria e o conferente a recebeu
porque tem o hábito de conferir apenas com a NF, sem considerar e/ou acessar o pedido de
compras.
Também existe a conferência via cega, que parte de uma lista das mercadorias, onde
o conferente, à medida que efetua a contagem física, registra o quantitativo encontrado ao
lado da mercadoria, na lista.
Essa prática é muito usual, com o intuito de o conferente não ter a contagem da
mercadoria influenciada pela Nota Fiscal ou o pedido de compra, por exemplo.
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Já a conferência administrativa leva em consideração que esta etapa pode ser feita
antecipadamente à conferência física, pois o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED,
permite à empresa acessar os dados da NF-e (DANFE), ou seja, pode-se efetuar a conferência
antes da chegada da mercadoria, na descarga.
Por fim, entregas divergentes e imprecisas, nem sempre é falha de conferência e/ou
contagem física, pois as mercadorias/cargas passam por um fluxo que envolve manuseio,
movimentação e transporte que pode comprometer a integridade destas, por exemplo, é
expedida/carregada no fornecedor, segue pela transportadora (terceirizada ou própria),
descarregada no comprador (docas de recebimento). Por isso, requer atenção e cautela em
todas as suas fases.
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1. Classificação
Classificação e separação do material por tipos, de acordo com as
especificações de armazenagem, manuseio e utilização de cada item.
2. Identificação
Escolha do sistema de identificação de cada material, dentro do
almoxarifado e depósito que se adapte às necessidades da empresa e
característica do material ou produto. O sistema pode ser por código
alfanumérico, etiquetas ou código de barras.
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O inventário físico dos estoques pode ser do tipo geral (quando todos os itens são
contados e verificados) e rotativo (quando ocorre a contagem e verificação de alguns itens pré-
selecionados).
E, diante de distorções, estas devem ter suas origens identificadas para que ocorra a
correção das falhas operacionais, que deram causa às diferenças encontradas.
EXEMPLO PRÁTICO:
Considerando que determinada empresa necessita inventariar seu estoque e depara-se com
a quantidade listada de 350 peças ao custo de R$22,00, totalizando R$7.700,00. Ao término
do inventário constatou-se, pela contagem, que existiam 259 peças com um valor total de
R$5.698,00. Qual o % da acurácia física?
Acurácia física = número de itens contados / número de itens listados
Acurácia física = = 259 /350
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EXEMPLO PRÁTICO:
Considerando que determinada empresa necessita inventariar seu estoque e depara-se com
a quantidade listada de 350 peças unitárias ao custo de R$22,00, totalizando R$7.700,00.
Ao término do inventário constatou-se, pela contagem, que existiam 259 peças unitárias com
um valor total de R$5.698,00. Qual o % da acurácia financeira?
Acurácia financeira = valor de itens contados / valor de itens listados
Acurácia financeira = 5.698,00 / 7.700,00
Acurácia financeira = = 0,74 X 100 = 74% em relação à quantidade.
Ao interpretarmos os resultados, consideramos que na acuracidade física, a quantidade
da contagem é menor que a quantidade constante no sistema, indicando uma perda de 91
unidades. Enquanto, na acurácia financeira, temos uma perda de R$2.002,00.
DICA!
Simule outros exemplos com seu professor.
Numa operação ideal, o material deve fluir sem interrupções por meio do processo,
devendo parar somente para receber atividades de acréscimo de valor.
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Todavia, não tem como falarmos em canais de distribuição, sem pensarmos no frete,
que é a forma com que os meios de transportes são remunerados para transportar a
mercadoria/carga. Eles são divididos em Free on board – FOB e Cost, Insurance and Freight –
CIF.
A sigla FOB (Free On Board ) em português pode ser traduzida por “Livre a bordo”. Neste
tipo de frete, o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria,
assim que ela é colocada a bordo do navio (ou seja, é pago pelo comprador, no destino). Por
conta e risco do fornecedor, fica a obrigação de colocar a mercadoria a bordo, no porto de
embarque designado pelo importador.
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A sigla CIF (Cost, Insurance and Freight) em português significa “Custo, Seguros
e Frete”. Neste tipo de frete, o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a
entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete (ou seja, quem paga é o
embarcador, na origem). Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de
destino designado pelo comprador.
Utilizada, também, nas transações nacionais, na qual o CIF quem paga o frete é a origem
da carga/mercadoria e o FOB quem paga o frete é o destinatário da carga/mercadoria. Por
isso, numa operação de coleta, deve-se investigar quem será o responsável pelo pagamento
do frete, origem ou destino.
Nos CDs essas cargas são fracionadas, a fim de agrupar os produtos em quantidade e
sortimento corretos. Após são encaminhadas para os pontos de vendas mais próximos.
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Docas são os portões de entrada que permitem acesso ao interior do depósito, armazém
ou do cross docking (terminal de cargas).
Tais entradas devem ser pensadas considerando a largura das carrocerias dos
caminhões e, estar na mesma altura dos veículos, para facilitar o recebimento (a descarga),
inclusive para caminhões com plataformas hidráulicas.
Os layouts (arranjos físicos) dessas estruturas, ou seja, a disposição das docas e das
plataformas de descargas podem ser diagonais ou transversais (essa é a mais comum e
funcional), figura 6.
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Lembrando que essa disposição deve ser o mais funcional possível para as
operações de manobras, inclusive e, que as docas devem estar identificadas de alguma forma,
letras ou números para fins de o motorista saber onde deve encostar o caminhão.
Algumas logísticas possuem docas de recebimento separadas das docas de expedição
(estruturaram o armazém ou CD neste formato, que é o ideal), porém existem situações em
que são utilizadas as mesmas docas e em mesmos turnos (a estrutura do espaço não
contemplou docas distintas), nesse caso é preciso atenção com o uso das docas, qualificação
dos profissionais que atendem o recebimento e dos profissionais que atendem a expedição.
O ideal é evitar de usar a mesma doca no mesmo horário, para distintas operações, ou seja,
tentar agendar os recebimentos em horários diversos da expedição, sempre que possível.
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Muitas vezes, a logística necessita ofertar mão de obra de descarga na chegada da carga
ao cliente ou até mesmo manter uma equipe de logística dedicada na “planta” do cliente,
dependendo das negociações contratuais.
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