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Conteudista
Prof. Me. Pascoal Fernando Ferrari
Revisão Textual
Prof.ª Aline de Fátima Camargo da Silva
Sumário
Objetivos da Unidade.............................................................................................................3
Contextualização................................................................................................................... 4
Introdução............................................................................................................................... 5
Atividades de Fixação.........................................................................................................24
Material Complementar..................................................................................................... 25
Referências............................................................................................................................ 26
Gabarito................................................................................................................................. 27
Objetivos da Unidade
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VOCÊ SABE RESPONDER?
Observe a interação entre uma criança e sua família durante situações cotidianas,
tais como refeições, brincadeiras ou momentos de leitura. Como você percebe que
essas interações influenciam o desenvolvimento da linguagem da criança? Quais es-
tratégias e práticas da família você identifica como promotoras do enriquecimento
do vocabulário e da fluência verbal da criança?
Contextualização
A ideia de correlacionarmos os conceitos Pensamento, Linguagem e Desenvolvi-
mento Humano, suscita diversos questionamentos. Sendo assim, iremos fazer, a
princípio, uma breve revisão histórica a respeito do surgimento da linguagem falada
e da língua escrita. Em seguida, estudaremos o pensamento e a linguagem dentro da
dimensão interacionista com base nas contribuições de Vygotsky e Piaget. E, finali-
zaremos a unidade buscando entender e refletindo sobre a importância da interação
social no desenvolvimento do pensamento e da linguagem.
Leitura
Para o momento de contextualização, suge-
rimos que leia o breve artigo, da revista Nova
Escola, “O que ensinar em Língua Portuguesa”,
disponível no QR Code ao lado. A leitura do tre-
cho “Concepções de linguagem alteram modo
de ensinar” é importante para que você enten-
da por que a prática diária da leitura e da escri-
ta, em atividades mediadas pelo professor, é
fundamental quando se considera a linguagem
uma forma de interação social.
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Introdução
Nesta unidade, estudaremos a construção do pensamento e da linguagem humana
com base em uma perspectiva interacionista. A matriz do conhecimento interacio-
nista, na Psicologia, está associada principalmente à teoria de Lev Vygotsky e Jean
Piaget, além de outros autores.
Reflita
A ideia de correlacionarmos os conceitos Pensamento, Lingua-
gem e Desenvolvimento Humano suscita diversos questiona-
mentos. Pensamos em forma de palavras ou imagens? Como a
linguagem e o pensamento podem influenciar o nosso desen-
volvimento? Qual a importância da linguagem e do pensamento
para o processo de comunicação humana? Qual a relação entre
linguagem, pensamento e a educação?
São tantos questionamentos possíveis que poderíamos nos perder no meio de tan-
tas palavras e interrogações. Todavia, para podermos trocar ideias e chegarmos a
alguma conclusão ou construirmos conhecimento a respeito do tema, teremos que
nos comunicar mediante uma linguagem. A Língua ou o sistema de comunicação
e expressão verbal ou não verbal permite que os indivíduos expressem suas ideias,
seus pensamentos, suas emoções e desejos. Esse sistema de comunicação, que se
manifesta por diferentes maneiras de falar ou escrever, está intimamente ligado à
sua época e ao local do acontecimento. Para ressaltarmos a importância da comuni-
cação entre as pessoas, vamos fazer referência à história bíblica da “Torre de Babel”.
Você se lembra dessa história?
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Figura 1 – A Torre de Babel, por Pieter Bruegel
Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma pintura clássica intitulada “A Torre de Babel”, criada por Pieter Brue-
gel. A cena retratada é uma representação da famosa narrativa bíblica sobre a sua construção. A pintura apre-
senta uma cena movimentada e detalhada, repleta de personagens e elementos arquitetônicos. No centro da
composição, vemos a enorme estrutura da torre, que se ergue majestosamente ao longo de toda a imagem. A
torre é representada como uma construção maciça, com múltiplos andares. Fim da descrição.
Desse modo, Deus parou a construção com uma grande ventania e depois
castigou os homens, fazendo com que eles falassem várias línguas, a fim
de que não se entendessem mais e não pudessem voltar a construir uma
torre com esse propósito. Essa história é usada para explicar a existência de
muitas línguas entre os homens.
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Reflita
Agora, pense na relação professor aluno e observe o quanto é
importante falarmos a mesma “língua” na escola. Para construir-
mos conhecimento a respeito de determinado tema, é necessá-
rio estabelecer um processo de comunicação entre o professor
e o aluno e também entre os próprios alunos.
Nesse processo, devemos considerar que a língua a qual usamos para nos comuni-
car é, em certo sentido, volátil e muda dependendo do tempo e do lugar. É o caso da
internet, que, paulatinamente, vem incluindo novas palavras e expressões ao nosso
vocabulário cotidiano, ou, o caso das gírias, que também acrescentam palavras ao
nosso repertório, ocasionando, assim, uma mudança constante em nossa forma de
expressão e comunicação, em nossa forma de falar e escrever. Sendo assim, a esco-
la e o professor devem ficar atentos às mudanças ocorridas em nossa língua.
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Durante esse processo, surgiu a necessidade de grafar essas ideias e o homem pas-
sou a fazer registros em suas cavernas, os quais são encontrados, até hoje, na Arte
Rupestre. Arte Rupestre é a denominação dada a desenhos e registros iconográficos
feitos pelos homens pré-históricos nas cavernas onde moravam; são representa-
ções artísticas realizadas há mais de 40.000 anos a.C., ainda no período Paleolítico.
É a fase da História que precede a escrita. Veja a imagem:
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Pensamento, Linguagem e os
Interacionistas
Iniciaremos nossos estudos a partir do pensamento de Lev Semenovich Vygotsky,
que nasceu em 1896, na Bielorrússia, e morreu em 1934, e desenvolveu seus estudos
na Universidade de Moscou. Com o fim da chamada “Guerra Fria”, nos anos 1980, en-
tre os Estados Unidos e a União Soviética, seu trabalho se expandiu para todo o mun-
do e suas ideias se propagaram com força na educação contemporânea mundial.
Figura 3 – Vygotsky
Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: a imagem mostra um retrato de Lev Vygotsky. Ele é representado como um homem de
meia-idade, com cabelos escuros e olhos penetrantes. Ele está vestindo um terno formal e está posicionado de
frente para a câmera. Seu rosto transmite uma expressão séria. Fim da descrição.
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Com base na abordagem interacionista, partiremos da premissa de que pensamento
e linguagem se inter-relacionam de forma complexa e sofrem influências recíprocas,
apesar de serem fenômenos humanos distintos.
Observe que Vygotsky defende a ideia de que pensamento e linguagem são fe-
nômenos distintos e de que o desenvolvimento de ambos é modificado por sua
própria influência.
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Vygotsky (2001) estudou com profundidade o tema, criticou os estudos anteriores
aos dele por não considerarem a questão da mutabilidade no desenvolvimento do
pensamento e da linguagem. Com muito respeito, faz observações sobre a obra
de Piaget, principalmente no que tange às questões do egocentrismo na infância.
Igualmente, levanta questionamentos acerca da teoria da Gestalt por não considerar
a transformação do significado das palavras.
Glossário
A Semântica, que é o estudo do significado das palavras de uma
língua, dedica-se a verificar as relações entre os signos e aquilo
que eles significam.
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Quando nossos sujeitos adquiriram alguma educação e tiveram partici-
pação em discussões coletivas de questões sociais importantes, rapida-
mente fizeram a transição para o pensamento abstrato.
VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2005, p. 52
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Figura 4 – Piaget
Fonte: Filosofando, 2023
#ParaTodosVerem: a imagem retrata Jean Piaget. Ele é representado em uma fotografia em preto e branco.
Piaget é um homem de meia-idade, com cabelos brancos e usa óculos. Ele está vestindo uma roupa formal, com
uma gravata. Sua postura é ereta e sua expressão é séria. Fim da descrição.
Jean Piaget foi um psicólogo suíço que nasceu em 1896 e morreu em 1980. Desenvol-
veu sua pesquisa na Universidade de Genebra, na qual foi professor. Foi o precursor
da ciência denominada Epistemologia Genética, teoria do conhecimento embasada
no estudo da gênese psicológica do pensamento infantil. Sua teoria aponta para o
desenvolvimento humano por estágios, o que o destacou na educação mundial.
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Figura 5 – Desenvolvimento humano
Fonte: Freepik
Adrián Montoya, pesquisador brasileiro, fez alguns estudos a respeito da teoria pia-
getiana e muito contribuiu para o entendimento dessa teoria. Veja, a seguir, o que
ele diz a respeito dos estudos de Jean Piaget:
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Figura 6 – A socialização
Fonte: Freepik
Montoya continua, ainda, com seus argumentos a respeito da teoria de Jean Piaget
ou da Epistemologia Genética:
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é capaz de sequenciar ideias ou eventos. É o período das construções lógicas, em
que ela estabelece relações entre as coisas e com pontos de vista diferentes. Piaget
aponta, em sua pesquisa, para uma transição dos esquemas sensório-motores para
os esquemas conceituais da mente.
Podemos, então, admitir que exista uma função simbólica mais ampla que a
linguagem, englobando, além do sistema de signos verbais, o do símbolo no
sentido restrito. Pode-se dizer, então, que a origem do pensamento deve ser
procurada na função simbólica. Mas também se pode, legitimamente, susten-
tar que a função simbólica se explica pela formação das representações [...].
PIAGET, 1972, p. 85
Figura 7 – Linguagem
Fonte: Freepik
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Mas como a linguagem só é uma forma particular da função simbólica
e, como símbolo individual é, certamente, mais simples que o signo co-
letivo, conclui-se que o pensamento precede a linguagem e que esta se
limita a transformá-lo, profundamente, ajudando-o a atingir suas formas
de equilíbrio através de uma esquematização mais desenvolvida e de uma
abstração mais móvel.
PIAGET, 1972, p. 86
Esses dois trechos nos remetem a pensar acerca da natureza construtiva da aqui-
sição tanto do pensamento quanto da linguagem. Entretanto, Piaget alerta que o
pensamento antecede a linguagem, a qual interfere na construção do pensamento.
A representação e a simbologia que criamos sobre coisas e acontecimentos mere-
cem destaque em sua teoria.
Pensamento, Linguagem e a
Palavra Escrita
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos.
Carlos Drummond de Andrade
Reflita
Você pode imaginar a diversidade linguística que a humanida-
de criou? Imagine a quantidade de línguas e dialetos falados no
mundo? E as variações de sotaques, que são tipos de pronúncias
relativas a uma determinada região, quantas existem no Brasil e
no mundo? Se possuímos inúmeras formas de falar uma mesma
língua, como, então, grafamos ou registramos essas formas de
falar? Assim nasce a necessidade da língua escrita. Vamos pen-
sar um pouco na história da escrita.
A escrita apareceu em várias culturas: nas dos Sumérios, no Oriente Médio; nas dos
povos Maias, nas Américas, ou ainda nas dos povos Orientais, como os chineses.
Provavelmente, a necessidade da escrita surgiu como imperativo do desenvolvi-
mento da economia e da sociedade. A primeira forma de escrita registrada é a escri-
ta denominada Cuneiforme, que surgiu por volta do ano 3500 a.C., na Mesopotâmia,
desenvolvida pelo povo Sumério.
Escrita Cuneiforme, feita em argila e muito usada no comércio pelo povo Sumério,
na antiga Mesopotâmia.
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Figura 8 – Escrita Cuneiforme
Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: a imagem retrata uma tabuleta de argila com escrita cuneiforme, uma das primeiras formas
de escrita conhecidas na história da humanidade. A tabuleta é plana e retangular, com linhas de escrita incisas
em sua superfície. Fim da descrição.
Vale ressaltar que, nesse mesmo período, houve o surgimento da escrita Hieroglífi-
ca, no Egito Antigo.
A escrita Hieroglífica era feita em papiro, precursor do papel, feito pelos egípcios.
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Não podemos nos esquecer do povo Maia, na América, e do povo oriental, como os
chineses e indianos, os quais, também, desenvolveram uma forma de representar e
registrar as palavras.
Saliente-se que a língua de um povo se revela como identidade, visto que construí-
mos uma identidade linguística e, apesar da diversidade de sotaques, reconhecemos
nosso idioma imediatamente, quando o ouvimos em qualquer lugar do mundo em
que possamos estar.
Reflita
O fato de grafar uma palavra não significa que ela passa a ad-
quirir uma precisão terminológica. Claro que um bom dicionário
dará esclarecimentos sobre o significado da palavra, mas, em
nosso cotidiano, quando usamos a linguagem para uma comu-
nicação entre pessoas, será que temos o significado linguístico
de cada palavra que falamos? E a pessoa que ouve essas pala-
vras, será que atribui o mesmo significado a elas? Será que a en-
tonação que damos à palavra não modifica o seu significado? E
a palavra escrita, garante um entendimento único? Nesse caso,
como a escola faz para equacionar essas questões?
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Letramento: produto da participação em práticas sociais que usam a es-
crita como sistema simbólico e tecnologia. São práticas discursivas que
precisam da escrita para torná-las significativas. Dessa concepção decor-
re o entendimento de que, nas sociedades urbanas modernas não existe
grau zero de letramento, pois nelas é impossível não participar, de alguma
forma, de algumas dessas práticas.
BRASIL, 1998, p. 121
O texto se refere às práticas discursivas tanto do ponto de vista oral quanto escrito.
Uma pessoa alfabetizada e letrada significa uma pessoa que, além de decifrar os
códigos escritos da linguagem, também é capaz de discernir os diversos usos da
escrita, podendo diferenciar um texto jornalístico ou informativo de uma poesia, ou,
uma escrita escolar de um bilhete caseiro, compreendendo a comunicação dessa
escrita. E ainda, conforme pontua Paulo Freire, acerca da dinâmica da leitura das
palavras e do contexto:
Então, podemos concluir que a alfabetização, razão primeira da escola, não pode
prescindir também do letramento, pois o uso social da escrita deve considerar a
realidade na qual ela acontece, ou seja, podemos deduzir que a palavra lida interfere
na compreensão do mundo e vice-versa.
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Portanto, Freire (1989) vê a alfabetização como um ato político que enfrenta e supe-
ra a ingenuidade de uma leitura não crítica da palavra. É a dimensão social do pen-
samento e da linguagem, natural do ser humano. É a opção democrática da escola.
Assim, ler uma palavra e compreendê-la é quase uma magia; apropriar-se do sentido
da palavra é como reinventá-la dentro da própria mente. Todavia, lembremos Drum-
mond: talvez a determinação de escrever a palavra nos impeça de conjugarmos tan-
tos outros verbos.
A Integração Social no
Desenvolvimento do Pensamento
e da Linguagem
A criança, após o domínio da fala, utiliza a linguagem oral – mesmo que, no início, de
forma singular – para brincar, comunicar-se e expressar sentimentos e desejos; é por
meio dela que a criança pode relatar suas vivências mais significativas e comparti-
lhá-las com outras pessoas.
Importante
Como já mencionado, pensamento e linguagem são fenômenos
distintos, mas que se encontram e se modificam mutuamente.
O desenvolvimento dos dois fenômenos só é possível nas inte-
rações sociais. É na interação social que surge a necessidade de
comunicação e de trocas de ideias, impulsionando-nos a utilizar
a linguagem para a realização dessa necessidade.
São as interações construídas por nossas vivências que nos permitem o incremento
da linguagem e do pensamento humano. Nesse sentido, a escola é lugar privilegiado
para desenvolvermos e incentivarmos a oralidade do educando, já que ele ainda não
domina os códigos da linguagem escrita ou a leitura das palavras.
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Em resumo, podemos caracterizar quatro competências linguísticas básicas. Veja o
fluxograma a seguir:
Competências
linguísticas
Importante
Considerando as mudanças sofridas pela palavra, tanto do pon-
to de vista gramatical quanto semântico, podemos dizer que a
língua, sob os pontos de vista histórico e cultural, carrega certa
identidade que incorporamos, uma identidade linguística que
construímos com base na língua que falamos.
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Reafirmamos, aqui, que a instituição escolar é um espaço privilegiado para o exercí-
cio e o desenvolvimento da linguagem, no qual o trabalho com a linguagem oral e a
linguagem escrita se traduz na possibilidade de ampliação das capacidades de co-
municação e expressão e de acesso ao mundo das letras e conceitos pelas crianças.
Além disso, a prerrogativa de ser um espaço privilegiado faz dela, também, um espa-
ço de natureza democrática. A livre expressão da palavra deve estar no seu currículo,
anunciando, em primeira página, sua opção política. Essa opção político/profissional,
no entanto, apenas se valida em sua prática cotidiana, uma prática democrática na
escola, a qual como indica Freire (1989, p. 16): “Nem sempre, infelizmente, muitos de
nós, educadoras e educadores, que proclamamos uma opção democrática, temos
uma prática em coerência com o nosso discurso avançado”.
Em Síntese
Para finalizar a unidade, vamos poetizar o texto, lembrando que,
talvez, o melhor das palavras faladas ou escritas, como nos ensi-
nam as crianças, é que podemos delas nos apropriar e com elas
brincar como fazem os poetas e compositores, entre eles Chico
Buarque na música “Tantas Palavras”:
Tantas palavras
Que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas palavras
Que ela adorava
Saíram de cartaz
Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui
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Atividades de Fixação
INGENUIDADE – ALFABETIZAÇÃO
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Material Complementar
Sugerimos, para complementar seus estudos, quatro músicas, para que você, ao
ouvi-las, possa refletir a respeito da palavra e da linguagem. As músicas e as letras
poderão ser encontradas nos sites indicados abaixo. Clique no link e acompanhe a
música e a letra de cada canção. Observe que, nas letras, são inventadas algumas
palavras; outras aparecem, mas com sentido figurado. Ouça com atenção e pense
sobre as palavras e os seus significados.
Leituras
Uma Palavra
https://bit.ly/3q5qupU
Mama Palavra
https://bit.ly/44ZHPiU
Tantas Palavras
https://bit.ly/4753gRs
Outras Palavras
https://bit.ly/3rNMiXL
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Referências
PIAGET J. Seis estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice M. D’Amorim e Paulo Sérgio
L. Silva. Coleção culturas em debate. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1972.
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Gabarito
Questão 1
A primeira forma de escrita registrada é a escrita denominada ESCRITA CUNEIFORME.
Ela surgiu por volta do ano 3500 a.C., na Mesopotâmia, com o povo SUMÉRIO.
Questão 2
d) Escutar, falar, ler e escrever.
Questão 3
a) Egocêntrico.
Questão 4
Paulo Freire (1989) vê a ALFABETIZAÇÃO como um ato político, que enfrenta e
supera a INGENUIDADE de uma leitura não crítica da palavra. É a dimensão social do
pensamento e da linguagem, natural do ser humano.
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