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Edite Estrela

Maria Almira Soares


Maria José Leitão

SABER ESCREVER UMA TESE


E OUTROS TEXTOS
2.a edição

DOMSIXOTE

r, _+.- -
ÍNDICE

lNTRODUçÃO

A. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO DE CARÁCTER CIENTÍFICO ........ 13

1. PARTES E CAPíTULOS
1.1. PARTE PRÉ-TEXI.UAL

1.1.1. Capa e págma de rosto


1.1.2. Dedicatória
1.1.3. Epígrafe

®
Publíaçõcs Dom Q`iiiote
Ediflcio Afcis
R. Ivonc Silvi, n.° 6 -2.°
1.1.4. Agradecimentos
1.1.5. Resumo
i.i.6. Sumário
1.1.7. Advertência
1.1.8. Lista de siglas e abreviaturas

1050-124 Lmboa . Portugal


1.1.9. Prefácio
1.2. PARTE TEXTUAL
Rcscnndos (odos os dircitos
dc acordo com a lcgisJação em vigor 1.2.1. Introdução

© 2006. Editc Esqela, Maria ALmm Soarcs c Maria /osé Lcitão 1.2.2. Materiais e métodos
© 2006, Publicações Dom Quixote
1.2.3. Resultados e discussão
Capa: Atelier Hcnrique Cayattc 1.2.4. Conclusões

Revisão: Fermnda Ab[cu 1.3. PARTE PóS-TEXTUAL

1.3.1. Notas
1.. cdição: Agosto de 2006
2.' cdição: Setcmbro de 2006 1.3.2. Posfacio
Dcpósi[o lcgal n.° 247 908/06
l'igimção: Foiocompográfica, l|1a. 1.3.3. Apêndices e anexos
l mprcssão c acaba[ncnto: Manuel Barbosa & Filhos, I.da.
1.3.4. Bibliografia
lsBN: 972-20-3173-2 1.3.5. Índices
1.3.5.1. Modelos de índice 7. PARÁFRASE
1.3.5.2. Função dos índices 8. PLÁGlo :`,' h,
1.3.5.3. Adequação dos índices 9. DATA 81

1.3.5.4. Elaboração dos índices 10. NOTAÇÃO DO TEMPO 82


1.3.6. Errata 11. MEDIDAS 82
1.4. TfTULoS E SUBTfTULoS 12. MOEDAS 83

13. LETRAS MAIÚSCULAS 83

8. ESTiLO E DiscuRSO 14. NOTAS 85

15. NÚMEROS 86
1. PESSOA DO DISCURSO
16. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 88
2. DESTINATÁRIO
17. FICHA BIBLIOGRÁFICA 92
3. FÓRMULAS DISCURSIVAS
18. TRANSLITERAÇÃO DE ALFABETOS NÃO LATINOS ......... 93
4. USO DE FORMAS VERBAIS
5.. REGISTO
E. TIPOLOGIAS DE TFiABALHOS ESCFtlTOS 95

1. RELATÓRIO 97
C. ARFIANJ0 E COMPoslçÃO GRÁFICA
2. RECENSÃ0 99
1 . MANCHA GRAFICA E ESPAÇOS EM BRANCO
3. MONOGRAFIA 101
2. ESPAÇAMENTO E MARGENS
4. DISSERTAÇÃO 103
3. PARÁGRAFO
4.1. DISSERTAÇÃO COMO I)ESENVOLVIMENTO DE UM TEMA PROPOSTO ...... 103
4. APRESENTAÇÃO DE IMAGENS, MAPAS, QUADROS,
4.2. DISSERTAÇÃO DE LICENCIATURA OU DE MESTRADO
ESQUEMAS E GRAFICOS
5. ENSAIO
5. VARIAÇÕES TIPOGRÁFICAS
6. TESE
5.1. Tipos DE LETRA
7. ACTA
5.2. Tipos GRÁFicos
8. REQUERIMENTO
5.2.1. Itálico
9. CURRICULUM VITAE
5.2.2. Negrito
10. PRojECTO
5.2.3. Sublinhado
11. CARTA DE APRESENTAÇAO

J
D. MODOS DE FtEPRESENTAÇÂO GRÁFICA
F. ADVERTÊNciAS FiNAis
1. ABREV[ATURA
BIBLIOGFtAFIA
2. SIGLA
ÍN DICE REMISSIVO
3. ACRÓNIMO
4. SÍMBOLO
5. Asl,AS

6. CITAÇÃO

J-_ -J
lNTRODUÇÃO

0 projecto deste livro nasceu da percepção de uma necessidade e do


estímulo recebido de investigadores amigos. Apercebemo-nos de que, quan-
do se trata de preparar, redigir e apresentar um trabalho científico, há hesi-
tações e dúvidas de natureza metodolóãca e estruturai que podem ser
resolvidas pelo conhecimento e adopção de um conjunto de norrnas.
As nossas próprias motivações de aprofi]ndar e desenvolver um assunto de
inegável interesse e actuaJidade deram o impulso final.
Raros são os privilegiados que não se intimidam perante a página em
branco. Escrever nem sempre rima com prazer ou facilidade. Um trabalho
técnico ou científico não é um texto literário, mas obedece a um detemi-
nado modelo de organização e deve respeitar o rigor teminolótico, a uni-
fomiização de critérios e a correcção 1inguística. 0 trabalho científico não é
compatível com improviso, fàlta de rigor, atentados à gramática.
A produção científica pressupõe conhecimentos sólidos e capacidade de
comunicação. Saber escrever um trabalho científico é ser capaz de conciliar
o saber investigar com o saber comunicar. Como acontece noutros secto-
res, há na comumdade científica pessoas de grande saber, mas que não
domimm as estratégias de comunicação ou que sentem dificuldades na sis-
tematização e transmissão da infomação recolhida. Nada que algumas pre-
cauções não possam ajudar a ultrapassar. Uma parte das dificuldades que
os investigadores enfientam não decorre da fàlta de experiência ou de
conhecimentos, mas do desconhecimento das técnicas de trabalho e de certos
procedmentos que fàcilitam a tarefa de orgamzação e de redacção.
S4bcr E5crew Uma Tcse e Owfros TCA:fos pretende ser iim auxiliar útil para
a comunidade científica, em geral, para estudantes e investigadores que têm
de apresentar um trabalho cieritífico ou técnico, uma tese de mestrado ou
de doutoramento, ou dar a conhecer o resultado da sua investigação. Mas o
12

()bjectivo deste livro é mais ambicioso: visa responder a necessidades comu-


TROOUçÁO nicacionais dos fflantes indiferenciados, apresentando-lhes um conjunto de
orientações práticas. Os destinâtários são, pois, todos os que, no exercício
das suas fimções, de form regular ou esporádica, têm de elaborar diferentes
tipos de trabalhos escritos: relatório, recensão, monografia, dissertação,
ensaio, acta, requerimento, cwm.c#/wm t/Í'fac, projecto, carta de apresenta-
ção, etc.
0 livro é constituído por seis capítulos, orgamzados de foma sequen-
cial e coerente, procurando responder às perplexidades dos diferentes desti-
natários: organização do texto de carácter científico; estilo e discur-
so; arranjo e composição gráfica; modos de representação gráfica;
tipologias de trabalhos escritos; advertências finais.
Procurámos que o presente trabalho representasse a aplicação prática das
regras enunciadas. Resolvemos ainda incluir um índice remissivo para faci-
A.
litar a consulta.
OF=GANIZAÇÃO
Pesejamos que este livro possa ser útil e... bom trabalho!
DO TEXTO
As Autoras
DE CARÁCTER
CIENTÍFICO

~(i/4: Toda` as págims reproduzidas a título de exemplo, cuja fonte não é refenda, pertencem
•t} livro ó'4ócr E§cm/cr S4b# F4/4r das mesrms autoras e editora.
Um texto de carácter científico deve obedecer a um modelo de organi-
zação claro que garanta a inteligibilidade e facilite a consulta.

As partes e os capítulos são divisões a considerar na estrutura de um


trabalho de carácter científico. Em geral, este está dividido em três
partes: pré-textual, textual e pós-textual. A segunda, o corpo do traba-
lho, é constituída por capítulos ordenados de acordo com uma se-
quência lógica.

Na orga zação de um trabalho científico, distinguem-se as três partes


seguintes:

Parte pré-textual (elementos colocados antes do corpo do texto):


Capa
Páãna de rosto
Dedicatória (não é obrigatória)
Epígrafe (não é obrigatória)
Agradecimentos (não são obngatórios)
Resumo
Sumário (sobretudo em teses)
Advertência (não é obrigatória)
Lista de siglas e abreviaturas
Prefácio (não é obrigatório)

__J
10

Parte textual (corpo do trabalho dividido em capítulos) :


A.
A capa e/ou a pádna de rosto podem também incluir o nonie do orit.ii-
Introdução
ORa^NmçÃo tador da tese e o título académico do autor.
Materiais e métodos
o0 TEXTO Na capa deve utilizar-se um material mais resistente e mais atraente
DE CARÁCTER Resultados e discussão
(cartão, cartolina, couro, plástico...) do que o papel em que está escrito o
CIENTÍFICO Conc]usões
trabâlho. A párina de rosto é escrita no mesmo tipo de papel utilizado para
o corpo do trabalho.
Parte pÓs-textual (elementos relacionados com o corpo do texto e Entre a capa e a párina de rosto deve existir uma folha em branco.
colocados depois deste):
Notas (não são obngatórias) 1.1.2. Dedicatória
Posfácio (não é obrigatório)
Apêndice(s) (materiais produzidos e/ou trabalhados pelo autor) A dedicatória dirige-se a alguém a quem o autor está ligado afectiva-
Anexos(s) (documentos não elaborados pelo autor) mente e/ou cujo apoio foi relevânte para a execução e sucesso do tra-
Referências bibliográficas balho.
Índice(tambémsepodecolocarnoiníciodotrabalho)
Errata (não é obrigatória)
A dedicatória deve caracterizar-se pela concisão e sobriedade, mesmo
Note-se que este modelo de organização não é ríãdo e que nem todas quando é reftrido alguém por quem se tem grande estima ou respeito.
as subdivisões são imprescindíveis, dependendo algumas delas da natureza Pode dedicar-se o trabalho a um familiar, a um amigo, a um professor, a
do trabalho e da opção do autor. alguém digno de apreço, evitando contudo nomear-se um número exage-
rado de pessoas. É habitua]mente colocada do lado direito de página reser-
vada para o efeito.
1.1. PARTE I>RÉ-TEXTUAI,

Exemplo:
1.1.1. Capa e página de rosto

A capa, além de proteger o trabalho, tem a fiinção de o identificar e de


contnbuirparadivulgaronomedoautoreainstituiçãoaqueseencon- Ao Zé Pedro, sempre
tra ligado. A página de rosto apresenta, geralmente, mis elementós de À Marta e à Madalena
infomação do que a capa, mas não possui nenhuma ilustração.

A capa e a página de rosto devem apresentar o título do trabalho, o


1.1.3. Epígrafe
nome do autor, a indicação da instituição onde é apresentado (mmstério,
universidade/faculdade, ínstituto, etc.); se for caso disso, o grau acadéinico
A epígrafe consiste na citação de u" máxima, de um verso ou frig-
que se pretende obter e, ainda, o local e a data de execução.
mento de um poem, de um versículo da Bíblia,`de uma fiase de um
Deve escolher-se um títu]o conciso e adequado à área desenvolvida,
pensador, etc., que serve.de mote ou resume o tema e que motiva a
podendo mesmo haver necessidade de criar um subtítulo que esclareça
leitura do texto.
sobre a finalidade do trabalho.

1,
A epígrafe deve figurar a seguir à dedicatória. Em livros, a epígrafe é
0 resumo de um tese não deve exceder as trezentas palavras c o dc
A. utilizada com ffequênciâ no início de capítulo, seguida imediatamente do
um artigo científico deve conter entre cem a duzentas e cinquenta palavras. A.
A redacção do resumo em duâs ou mais línguas é aconselhável quando OmM"
DO Tlm
E£C^AÍR:m£:;eáxá:,aeà:at=aebdhosdeíndo[„[entífica,háumaúmcaepígafe]mc]dem se ambiciona a divulgação do trabalho em circuitos intemacionais. DE C^flAC`
CiENTímo A epígrafe não se coloca entre aspas porque a(s) fi.ase(s) não pertence(m)
CIENT'm
ao corpo do trabalho. 0 nome do autor da citação e o título do livro de
Exemplo de um resumo em português e em inglês:
onde foi retirada devem ser referidos.

RESUM0
Exemplo:
0 trabalho quc se apresenta centra-se no domínio dos métodos de natureza técnico-
-económica no projecto de edificios, desenvolvendo-se um conjunto de métodos, alguns
deles originais, para acompanhamento da elaboração do projecto ao longo das suas diversas
A gramática é a arte de escreuer e falar correctamente. Todos aprendem a fases -finmciamento, programa, estudo prévio, mteprojecto e projecto de execução. Pro-
sua língua no berço; mas se acaso se contentam com essa notícia, nuncajalarão
como homens doutos.

Lu£s Antôrio Vemey, Verdadeiro Método de Estudar


;u!:pi;Íeii!,iíp;o;t:;;|:sçii-iee;;;:ijaioãijc;;ia;:!aiíjiÊi:v;!:%:Í:i:;ciov;#:íei:::aí;i;oiis#Í
rã;t3::.pr.;eç,a.E:Tr:cT.éaÉâàe-:::;:edno-,u.mn.mít:::,::#üdep::;:t:iàompâEi:fJ:=V%:
1.1.4. Agradecimentos
geT,é.t::omtpr*õ£o.:uus::g.obb,:Í::;T::,laitome.Toâ:#:na:rü?ao'ãç*:oúvá,dJe:n#:

Os agradecimentos devem incluir os indivíduos ou instituições que


Ífísc:ü:o:í;k'reéoáa;j;;Ííti:diosu:::nÊvld::àlí::#%?-?Içj:F,#:ie:;a:C:c:aoí:Aophkaç:::
tenham contribuído parâ a elaboração do trabalho.
SUM-Y
Nos agradecimentos, devem ser nomeados os orientadores e aqueles desià:eAWsoe`,k.Pfl::#:dd:os:C:ro;háefi:'do:àt:à*Càev=|d.;::n,:Ts:.sT:áhã:eTagoTa*g
que de algum modo colaboraram com o autor, assim como todas as entida-
des ®ibliotecas, museus, editoras, centros de pesquisa...) que facilitaram o
ih::;á.p;:u:e.ã:e.#àgs:àdgr:?ttep-hpa:e,ss:,:ona::àneg,toprcoo¥n¥:h:ua*:t?r:fp:àd#
acesso a materiais de consulta ou a reprodução de obras sujeitas à lei dos
direitos de autor.
Deve ser reservada uma páSna para os agradecimentos. Se o texto for
curto, pode figurar na parte superior ou inferior direita da páãna; se for lon-
: ---- __---_
go e incluir vários parágrafos, deve seguir o formato do corpo do trabalho.
gramming. The method of life-cycle costing amlysis is developed in detail in Chapter V],

1.1.5. Resumo
iíd:ài:o¥|:g£bec;:a#::àúú::d;#;es;ei¥ui:m:;,=éhdr,¥:#mqí¥É?iii
and conclusions and suggests ways for fiiture activity.
0 resumo contém uma síntese do trabalho, salientando os seus aspec-
BEZE:ij=À, Àr`:Üi Àdri&no Al:ves, Economía no Projecto de Edif lcíos,
tos fúndamentais e mais inovadores.
volume i, Lisboa,1981.
20 21

o resumo deve apresentar o objectivo do traba|ho' a metodo,oãa 1.1.7. Advertência


A. adoptada, os principais resultados, as implicações deconentes do estudo A.
a^Nmçlo
efectuado e as conclusões. Não deve conter abreviaturas, nem fazer referên- OROANIZ^çAi
00 TEXTO
A advertência é um texto curto no qual é dado um esclai.ecimento D0 TEXTO
E CAflACTEFI
cia a tabelas, figuras e fómulas, nem a outros autores; só pode mencionar
DE CAFIACTE
ou é feita um observação que fàcilita a leitura do corpo do trabalho.
CIENTÍFICO aspectos tratados no corpo do trabalho. CIENTIFICO

0 resumo pode ser descritivo ou infomativo. 0 resumo descritivo


incide sobre o conteúdo do trabalho, sem destacar os resultados; o resumo A advertência só se justifica se houver necessidade de fomecer ao lei-
infomiativo salienta os resultados e as conclusões mais relevantes. tor dados circunstanciais ou pessoais cujo desconhecimento poderia preju-
Há quem considere vantajoso redigir o resumo antes de se desenvolver dicar a compreensão do trabalho. As informações contidas na advertência
o texto, porque essa metodologia ajuda o autor a seguir o mesmo fio con- contribuem para uma leitura mais esclarecida.
dutor. No entanto, muitos autores preferem rediã-lo no fim, por conside-
rarem que tal procedimento facilita a condensação da iriomação. Qual- 1.1.8. Lista de siglas e abreviaturas
quer que seja a opção, é importante que o resumo permita ao leitor
compreender o tem versado no traba]ho, sem que seja necessáno lê-lo na
íntegra.
As siglas são sequências de letras utilizadas em substituição de palavras
inteiras; as abreviaturas são formas reduzidas de palavras.

i.i.6. Sumário
A lista de siglas e abreviaturas insere-se, de preferência, antes do pre-
0 sumário enumera apenas as principais partes do trabalho, não fácio. Embora a sua localização possa variar, deve anteceder sempre o empre-
devendo ultrapassar uma página. go das sidas/abreviaturas que contém. A inclusão da lista justifica-se quando
a quantidade e a vanedade de abreviaturas ou sists utilizadâs no texto o exigem.
A lista de siglas e abreviaturas devidamente descodificadas deve figurar
0 sumário só é necessário quando o índice geral surge no fim do tra- em página própria.
balho; se este for colocado no início, o sumário não se justifica.
Enquanto o resumo é uma síntese do trabalho, o sumário é uma síntese 1.1.9. Prefficio
do índice.
0 sumário consiste na enumeração dos capítulos e das suas divisões,
0 prefa?cio apresenta as razõ'e3 p-essoais e as circunstâncias que leva-
apresentados pela ordem do texto, com a respectiva paginação. Os títulos
ram à elaboração do trabalho científico (tese ou relatório), as condi-
dos capítulos são escritos em letra maiúscula e estão ligados ao número da
ções em que este se realizou e as etapas mais importantes da investiga-
página por uma linha de pontos. A identificação das páginas é feita em alga-
ção efectuadà.
rismos árabes, à excepção da parte pré-textual, onde são usados números
romanos.
A seguir ao sumário, podem ser apresentadas listas de tabelas, figuras, 0 prefácio distingue-se da introdução por não versar o conteúdo do
mapas e gráficos, com a indicação das páginas correspondentes. trabalho. É utilizada a primeira pessoa porque não trata o tema, desenvolvido
no corpo principal do traba]ho.
0 prefácio apresenta geralmente as seguintes características:
• É paginado em números romanos.
• Não deve ser extenso (uma ou duas páginas).
22 23
• Menciona os destimtários, isto é, o tipo de público a quem interessa o
Em dissertações, teses ou relatórios, a introdução pode tomar-se extensa.
A. trabalho. Neste caso, é necessário separar e dar átulos aos diferentes pontos focados. A.
oRaANlzAÇAo
• Descreve as circunstâncias relaciomdas com a escolha e tratamento do OpO^Nu^ç
00 TEXTO Em artigos científicos, a introdução é curta, pelo que basta separar por
DO TEX,(
DE CAFIACTEFI
tema.
parágrafos os diversos aspectos. I)E CMACT
• Circunscreve o âmbito do trabalho.
CIENT`FICO No relatório de trabalhos de fim de curso, a introdução apresenta, em C'ENT'F€(
• Contém desculpas por eventuais fàlhas ou lacunas.
apenas uma página, a razão do trabalho e os seus objectivos.
• Inclui o local, a data e a assinatura do seu autor.

1.2.2. Materiais e mé.odos


Noí4: No caso de o prefacio não ser da responsabilidade do autor da tese ou relatóno,
deve conter u" apreciação crítica e documentada do trabalho.
0 capítulo consagrado aos materiais e métodos descreve-os de for-
1.2. PARTE TEXTUAi. ma rigorosa e completa, de modo a possibilitar a reprodução da pes-
quisa por um outro investigador, se tal for necessário.
1.2.1. Introdução

Este capítulo começa pela descrição dos materiais utilizados. No caso


A introdução é escrita peio autor do trabalho. Indica o tema, justifica de terem sido produzidos para o trabalho em causa, devem ser ilustrados
a sua importância, apresenta a metodoloria e o(s) objectivo(s) preten- por fotografias ou desenhos técnicos.
dido(s).
É convemente fomecer as seguintes informações:
• Época e loca] onde foi realizada a investigação.
A fúnção da introdução é dar a conhecer a tese que se pretende de- • Instrumentos utilizados (quando a natureza do instrumento o justi-
monstrar. Segundo Umberto Eco, in Co#co Sc F4z Uw Tcsc cm aéwcfcü ficar, devem ser indicados, entre parênteses, o nome e a morada do
H#m4w4s, a introdução tem de «estabelecer qual é o cemtro e qual a periféria fabricante).
da tese». • Especificações técnicas, quantidade, fonte ou método de preparação
A introdução deve contemplar os seguintes aspectos: dos materiais.
• Definir e delimitar o assunto ou o tema-problema investigado. • Equipamentos.
• Apresentar as razões que levaram ao estudo desse tema, sintetizar o • Estratérias utilizadas para obter o consentimento de pessoas que parti-
estado actual da pesquisa e dos resultados obtidos, descrever o pro- ciparam m pesquisa, nomeadamente na Íàse do trabalho de campo.
blem que subsiste e dar a conhecer as questões a que se pretende
responder (Qual o estado actual do tema? 0 tema-problema gera Depois da apresentação dos materiais, descrevem-se os métodos pela
controvérsia? Tem consequências positivas/negativas? Qual a ori- ordem cronolóãca por que foram usados. Explica-se a foma como foi feita
ginalidade do trabalho? Acrescenta novos dados? Altera o que está a investigação e a razão por que certos métodos foram utilizados. No caso
estabelecido?). de haver várias possibilidades, deve justificar-se a opção feita. É ainda neces-
• Descrever, de fórma clara e sucinta, a metodologja adoptada (os méto-
sáno referir quaisquer deficiências detectadas nos méto`dos adoptados.
dos utiüzados durante a investigação são tratados pormemorizadamente
Quando os métodos são conhecidos, não é necessária uma descrição
no capítulo Materiais e métodos).
• lnformar sobre as fontes e os cntérios de escolha.
pomenorizada; basta indicar o nome do método, o seu autor e o ano em
que foi pela primeira vez descrito. Se a metodologia adoptada tiver soffido
• Apresentar a estrutura do trabalho, reftrindo os objectivos a alcançar.
alterações, toma-se indispensável a sua descrição.
24
21
A análise estatística, a entrevista, o inquérito, a recolha de amostras, são • Propor unia nova teoria ou apresentar novos caminhos para a pesqui-
maAfLwo exemp1°S de métodos utilizados num trabalho de investigação. sa, na sequência dos dados obtidos. A.
onaANmçA
[D°cATREAm£R i.2.3. Resultados e discussão 00 TEXTO
1.2.4. Conclusões
C'Emmo I)E C^llACTE

clEmFICO
0 capítulo resultados e discussão pemiite relacionar os objectivos
As conclusões sintetizam os resultados, isto é, resumem as respostas
alcançados com os recursos utilizados e amlisar os resultados em fiin-
encontradas no corpo do trabalho para as questões fomuladas na
ção dos problemas identificados.
introdução.

Depois de identificado o tema-problem na introdução e descritos os


materiris e métodos utilizados para o analisar e resolver, apresentam-se e ex- As conclusões devem reflectir e condensar os resultados parciais a que
plicam-se os resultados no capítulo Resultados e discussão. se foi chegando ao longo da investigação.

Na apresentação dos resultados, devem observar-se os seguintes pro- Exemplo:


cedimentos:
• Destacar os aspectos mais relevantes e ilustrá-los com gráficos, qua- CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÓES
dros, tabelas ou outras figuras.
• Não duplicar a informação, isto é, não repetir no texto as ideias das As considerações e conclusões tidas como pertinentes foram já enun-
figuras, ms sim reforçá-las para melhor esclarecimento do leitor. ciadas ao longo do trabalho. Assim, neste capítulo, procurar-se-á
• Incluir todos os dados importantes (não as conclusões) sobre as des- sobretudo efectuar a respectiva listagem ou síntese e sumariar os aspectos
cobertas feitas no decurso da investigação e evitar os pomenores essenciais do trabalho que se desenvolveu.
desnecessários. [...]

• Fazer a análise estatística, interpretando os números referidos.


• Seleccionar os resultados da análise estatística e, no caso de serem em BBZBLc.A.. Àrtm Àdria:no Al:ves, Economia no Proúeck) de Ed.flícios,
volume i, Lisboa, 1981.
grande número ou muito pomenorizados, apresentá-los no apêndice.

A discussão pode ser feita juntamente com a apresentação dos resultados


Assim, as conclusões surgem a seguir à parte mais longa do trabalho, isto
ou ser incluída num outro capítulo. Trata-se, contudo, de aspectos intima-
é, aos capítulos onde se descrevem os materiais e os métodos utilizados e
mente relacionados, uma vez que a discussão se baseia nos resultados obtidos.
onde se apresentam os resultados obtidos e a sua discussão. As conclusões
Na discussão - considerada a parte mais importante do tmbalho - têm
decorrem, pois, da discussão e devem realçar as implicações da pesquisa rea-
de ser observados diversos procedimentos:
hzada e as possibilidades que se abriram para posteriores trabalhos sobre o
• Interpretar os resultados a que se chegou durante a investigação e rela-
mesmo assunto; devem, ainda, conter sugestões e recomendações decor-
cioná-los com os que foram obtidos por outros estudiosos.
rentes da reflexão e do ponto de vista do autor do trabalho.
• Salientar os aspectos que estão em discordância ou em concordância
com outros trabalhos publicados.
As conclusões devem ser breves, concisas e redigidas num tom convin-
• Expor as razões que levam a crer que os resultados comprovam ou
cente, defendendo e valorizandà as contnbuições dadas pelo trabalho à área
ri`futam uma teoria comuinmente aceite.
de conhecimento em questão.

-.L_-- _ _
2® 27
1.3. PARTE PóS-TEXTUAi. Exemplo de um apêndice:
A. A.
OnoANizAÇÁo
1.3.1. Notas oRaANIZA
DO TEXTO
DOT"
OE CARÁ¢TER
I)E CMA(
CIEtlTÍFICO
As notas fomecem infomações ou explicações suplememares, que CIEHT'F''
A pRopósiTo DA n`rFLuéNaÀ DE FicHTE
podem figurar no final do trabalho ou do capítulo ou ainda em roda- NO PENS^MENTO DE AS: 0 EU ^BSOLUTO,
INTulçÀo rNTBI.Ec'I't/^L E ^ NoÇÀo
pé.
DE ^-ADE

0 conceito de Eu Absoluto (ou transcer`dental, ou superior) é om-


As notas constituem uma parte e são incluídas no finaJ do trabalho ou nipresente e]i` toda a obra de AS. Ao longo do nosso texto tentámos
em final de capítulo, quando a sua quantidade desaconselhe a inclusão em mostrar os seus diferentes matizes -a sua inspiração kantiana )93, o
rodapé. As notas distinguem-se dos anexos pela sua dimensão reduzida. É o que incorpora da psicologia cognitiva, etc. 0 facto de o Eu Absoluto
cu)a essênda é actividade (no que ambos os pensadoreg concordam) sur-
caso de textos curtos, pequenos quadros, datas e outras breves informações Sr no seu esplendor, pela primeira vez, na obra de Fichte (1762-1814),
numencas. remete-nos para a investigação do grau de influência que o primeiro
terá tido sobre o segundo, isto é, do «rigort> com que eBsa inspiração
foi traduzída no pensamento sergiano. No nosso esboço dessa tentati-
1.3.2. Posfácio va começaremos por asginaJar as referências a Fichte na obra de AS,
apresentando um texto onde a vizinhança de pensamento é flagrante;
passar.i,e-á depois à exposição e análise, breves, de uma interpretação
episbemológica dos princípios fichtianos, recorrendo a ami)las citações
0 posíácio contém uma adenda, uma explicação ou um alteração de Fichte, em particular de textos que julgamos não se encontrarem
traduzidos; teminamos com um comentário a referências feitas por
que já não foi possível introduzir no corpo principal do texto. estudiosos de AS sobze este tema.
[. . .]

0 posíácio é geralmente breve e surge no final do trabalho. Não é


In PRINcipB. ]o~ao, Rj.zão e Cíéncia em António Sépgio`
obrigatório e só se justifica quando é essencial para a compreensão do
Lisboa, IN-CM, 2004, pág. 245.
assunto tratado.

1.3.3. Apêndices e anexos

Os apêndices e os anexos são dados suplementares que, apesar de


não fazerem parte do texto, o fundamentam ou completam.

Enquanto os apêndices contêm materiais produzidos pelo autor do

J
trabalho científico, os anexos incluem documentos de outros autores.

--.---
2e 20
Excmplo de um anexo: Tanto os apêndices como os anexos contêm elementos de inforimção
A.
m^N"çÃO
DO TEXTO :ocruJvae!:T;|niãtoa::oep:,=c::: :::s:dgeur:ed:senmãonoe:::f:|::Sdâpcéo-m::eaecne::: o%`!Eàng
[ CMÁCTER do texto, mas de manifesto interesse para o tema. Apesar do proveito que DE CMACT[
CIENTIFICO
o leitor tenha em consultar esses elementos, eles não devem ser introdu- CiEhmFico
zidos no texto-base por poderem perturbar o encadeamento das ideias;
F4cd#Á._~_jftúgâ!S_.._ no entanto, deve, aí, ser feita referência ao material em apêndice ou em
anexo.
São, então, colocados em apêndice ou em anexo documentos dos
Ráor da Umcrsidaàc de I±sboa
seguintes tipos:

„ .!)d.l:B .@[ ,-'1 •u-;---tqrifü • Citações extensas.


• Séries de quadros.
• Tabelas de valores extensas e complexas.
• Modelos de questionários utilizados m recolha de dados e formulários

iffiiiiÉE•pl1 de inquéritos.
• Quadros estatísticos oririnais.

Dü-*lp,.®,..`.,c*la®(o =-d-ftÉ==
rddbzbm4bbü,m._ft.
• Descrições pormenorizadas da metodologia.
• Documentos de amostragem.
• Giossários.
du.]ado la.c.mr.a. cornio auao
• Bibliografias respeitantes a assuntos laterais.
=,=::#=
O-*-u,_ m. .adsim. a bagctni iadi.a7áp. . zLeo mmào abmgtdo ph do+
• Ilustrações que provem a qualidade ou a quantidade de material utili-
zado.
po.Lçoe. do. a*. 1.. db Deeráo n.. elÀSL,
• Fac-símiles de documentos não Íúndamentais.

:=:::::# • Programa de computador feito pelo autor do trabalho.

1.3.4. Bibliografia
u*L4É"ü8
Or.-l.vL Na bibliografia ,
•TT-.-., Bühcb de i^~.t*.A?
ao tema do trabalho.
©v^çoEsiá}8odi.iooqvdu.tbb.:.ií±"l

A apresentação da bibliografia, geralmente por ordem alfabética,


!i!g\Jff%¥ylF#bãe:%&ffE:m;:,:eb=:'-=' é imprescindível. A bibliografia contribui para a leatimação do trabalho e
demonstra a qualidade das leituras feitas. Deve respeitar certas disposições.
ln CuNHA, Antó"> Manuel dos Santos, Sophía de Mello Breyner Andresen.

J
Mitos Gregos e Encontro [om o Real. lN-CM.

(:úpia de documenio de renovação de matricula de Soph.a de Mello Breyner Andresen


ailn(iiie ao ano lectiuo de 1938-1939 na Faculdade de li.tras de Ltsboa.
90 31

1.3.5. Índices Estes índices facilitam a consulta, designadamente a procura de um coii-


A. A.
`.i`ito, nome, expressão, tabela ou fotografia.
ORO`N"çÃO OROAN"Ç^O
00 TEXT0 Os hdices são listas organizadas de assuntos (índice geral) e de ilus- Estes índices chamam-se remissivos, porque remetem o leitor para a pá- Do TEmo
DE CARACTEFI mções ou de autores (índices particulares), que sistematizam a in- gma em que se encontra a gravura, o conceito ou o autor procurados. Em DE CARACT[R
CIENT'mo trabalhos na área de História - seja história universal seja história das ideias CIENtiFN}O
formação e facilitam a consulta, permtindo encontrar rapidamente o
()u história de arte - recomenda-se a inclusão de índices cronolóricos (da-
que se procura.
ti\s, acontecimentos, períodos, etc.).
Todos eles devem ser apresentados por ordem alfabética e com indica-
Ção da página onde se encontra a referida entrada.
1.3.5.1. Modelos de índice
1.3.5.2. Função dos índices

0 índice geral é uma lista de todos os assuntos, ou seja, de todos os 0 índice geral é indispensável, a menos que o trabalho tenha poucas pá-
elementos que identifiquem o conteúdo do trabalho.
rinas (menos de cem). 0 índice rem]ssivo não substitui o índice geral. Têm
funções diferentes. 0 índice remissivo representa uma possibilidade adicio-
nal de pesquisa do conteúdo do texto ao nível do pomenor.
0 índice geral deve reproduzir, com a indicação das respectivas pági- Embora a tradição editorial portuguesa recomende a colocação de to-
nas, a titulação de:
dos os índices no fim do trabalho, há, todavia, quem defenda, por razões
• Partes
• capítulos pedagógicas, a inclusão do índice geral logo no princípio, tornando des-
necessário o sumário. Não havendo uma regra rígida, nas teses, disserta-
• divisões e subdivisões dos capítulos
ções e outros trabalhos académicos, o índice geral tanto pode aparecer no
• anexos e apêndices
início como no fim do trabalho. Se a opção for pela colocação do índice
• índices particulares
geral no início, os índices particulares serão incluídos depois do índice
geral. Se o índice geral for inserido no fim, os índices particulares de-
vem-no anteceder. Todos os índices analíticos devem constar do índice
Os índices particulares ou analíticos são listas ordenadas de autores
citados, de palavras/conceitos, de mapas, de gravums ou de tabelas, em geral. 0 índice remissivo coloca-se no fim do trabalho. Se o índice geral
for colocado no início, não devem figurar nele as páginas que o prece-
Íúnção da especificidade do trabalho científico.
dem.

Os índices particulares, em fiinção da especificidade do trabalho 1.3.5.3. Adequação dos índices


científico, podem ser: Os títulos e subtítulos das diferentes partes e capítulos do trabalho são
• de autores
reproduzidos i.p5i'5 t;crb!.5, isto é, com o mesmo número de ordem, o mes-
• de obras
mo tipo de letra e outras características gráficas. Para venficação da con-
• de figuras
formidade do índice com o corpo do texto, recomenda-se que, depois de
• de fotografias
concluído o trabalho, se faça uma leitura comparati.va dos títulos e do
• de mapas
índice geral.
• de quadros
0 sistema de hierarquização das entrâdas usado no índice deve ser coe-
• de palavras
rente com a estrutura do trabalho.
32 ®3

1.3.5.4. Elaboração dos índices A elaboração de um índice de autores compreende duas etapas:
A. • Selecção de todos os autores citados. A.
ORGANIZAÇÁO A organização de um índice geral deve reflectir a estrutura do trabalho ORaANmçAi
• junção dos números das párinas correspondentes.
1)0 TEXTO em todos os aspectos. A reprodução dos títulos das partes e capítulos do tra- DO TEXTO
DE CARÁCTEFI Há programas informát]cos que fazem automaticamente a associação do
balho deve ser fiel, mantendo o mesmo tipo de letra. A numeração das par- DE C^FIACTt
CIENTÍHCO
tes também deve ser exactamente reproduzida. Se foram usadas letras, estas ii()me à página em que ocome. CIENtiflco

devem constar do índice. Se foram usados números romanos ou árabes, são


Exemplo:
estes que devem constar do índice. As relações de interdependência entre as
partes tambêm devem ser evidentes. 0 próprio alinhamento deve clarificar ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES CITADOS
a hierarquia.
AGuiLAR, Irondmo de -171 BREciiT, Bertolt - 282
A parinação é indispensável em qualquer trabalho, pois permite a loca-
ALENCAR, ]osé de - 94 BRiTo, Casimiro de -172
lização exacta de cada capítulo ou secção. A"EiDA, Napoleão Mendes de -72 BROMBERGER, Chrismn -136
As páãnas em branco e as que separam as partes principais não são nu- AMARAL, Vasco Botelho de -125, 214 BRUNswicK - 188
ANDRADE, Eugénio de -172, 250 BUEscu, M. leonor -105
meradas, mas contam para a sequência da numeração. Estas últimas, no
ANTUNEs, António Lobo -113 BÜLHER, Karl -64, 145
entanto, são incluídas no índice geral com indicação da respectiva páãna. AJuSTARCo -105
r Os índices iniciam página nova. ARisTÓTELEs -103, 182 CAciRo, Alberto - 124
AULETE, Caldas -68, 73,187,188,190 CAi.vET, Louis-jeân - 274
As páginas que precedem a introdução devem ser numeradas em núme-
CÂMARA Ur.), ]. Mattoso -12
ros romanos (i, ii, iii, iv, v, vi, etc.), a começar na folha de anterrosto e in- BABo, Maria Augusta - 89 CAMÕEs -49, 58, 87,167,179, 207, 257
cluindo também o índice geral. A página 1 (em numeração arábica) co- BAiLLy, A. - 237
BAKHTiNE, Mikhil -106,142 3:::::âigvoas:Teo-d;,l:2á:!;;`4,216
meça na introdução e segue até ao fim do trabalho. As páginas que iniciam
BAi.Ly, Charles -146 mNo - 1 05
capítulos contam para a numeração, mas não têm o número explícito. BAmTA, josé Oliveira - 284 CARMELo, Frei Luís do Monte -196
BARBosA, Rui - 247 ChsERiN, Eugénio - 54, 55
BARBosA, jeronymo Soares -78, 130, 131, CASTELEiRo, Malaca - 289
Exemplo, 196 CASTRo, Pires de - 202
BARRETo, Mário -30, 216 CiNTRA, Lindley -79, 93,117,130,131,
BARONi, Constante -232 202, 269
BARRos,joão de -15,17, 241 CoEi.Ho, Jacinto do Prado - 70
BARTHEs, Roland -108,185, 205, 206, CoRRÊA,Nereu-248
214, 253, 294 CosTA, Alexandre de Carvalho -63, 138
BASTos, Silva -216 CRAssus, Marcus Licimus - 60
BATLON, Christian -146 CuNm. Celso -58, 59, 74,117,130,131,
BELTmNi, Luca - 232 202, 285
BENVÉNisTE, Émile -228, 231
BERGSTRÕM, Magnus -21 DENis, R.ey - 272
BÍvAR, Artur - 110, 234 DERRiDA, )acques - 124, 289
BoCAGE - 32 DESCÁRTES - 200
Bopp, lêon - 152 DloNfslo, Mário -114
BRAGA, Mana Ondina - 82 DUARTE, R.0lo - 249
BRÁNco, Camilo Castelo -45, 67, 88, 157, DUBois,]ean -149,150, 278
214 DucROT, Oswald -132,154
BRANDÃo, Diogo - 51 DysKOLos, Apouoniós -105

In Edite EsC.e+a. Dúvidas do Falar Português 111.


Lisboa, Editonal Notícias,1991, p. 303.
38
34
0 processo de elaboração de um índice remissivo é complexo, porque 1.3.6. Erra.a
A.
A. exige uma escolha criteriosa dos elementos a incluir. Se o crivo for muito ORaAN"
VnDUoi:"xTTV
OflGANIZAÇÁO largo, resultará uma hsta muito extensa e muitas páginas, o que dificultará a
A errata apresenta, num folha habitualmente mais pequena quc o DO TEX.

DE CMAt
oE CARÁCTER Pesquisa, Perdendo o índice toda a utilidade. texto nomal ou até de outra cor, uma lista de erros de redacção ou
C'Emm
CIENtiFICO i`()mposição gráfica e respectivá correcção.
Na elaboração de um índice remissivo de expressões ou temos téc-
nicos, são necessários três momentos:
• Ij:vantamento das palavras-referência.
A errata justifica-se quando, publicado o trabalho, se verifica que há
• Elaboração da lista que, comojá foi dito, não deve ser muito extensa.
``i-ros que é necessário corriãr. A mdicação das correcções efectuadas obe-
• Confimiação da coerência das escolhas.
`li`ce à seguinte ordem:
• Verificação das repetições ou esquecimentos.
Página/finha/Ondeselê/Deueler-se.

Para o seu ordenamento alfabético, recorre-se a competente programa


Exemplo:
infomático.
Págína Linha Onde se lê Deue ler-se
Exemplo:

32 7 D. João IV D. João V
ÍNDICE REMISSIVO DE PALAVRAS, EXPRESSÕES E ASSUNTOS

102 26 não está incluído está incluído


A., 45 Accntotórico, Àdjectivostemu~ aü, 33
ahaüzor, 54 37,112 nadcs em ú, or. qftmcrlaana,
4bdlúar,134 Acentos 72 235
4bém4 64 secundários, 37 Àdjectivos term- Aglutmação, 69,
abmçoe, 33 ¢amiar, 32 mdos em ii, i, 112.113
1.4. TÍTULoS E SUBTÍTULOS
abolw. 32. 79 uepçao. 36 •L-m.-s,-z, 72, 4gricoh32
abotoai, 32 aáTi", 74 74 agriculm 32
^br€vutura,187- ¢aesso. 35 ^djectivos oemi- 4grorionib.117
-igo acóriao, 33
Os títulos e subtítulos devem reflectir o conteúdo das partes e capí-
nados em ü?, agro-ftoismo,118
ábsoridohbsmo, aconlo, 67, 327 72. 74 Águ 32 tulos, revelando a hierarquia dos temas, através do tipo e corpo de
80 açoriaito, 3l, 230 Adjectivos temi- ágiia-deiolánÀi,
letra, do espaçamento e da numeração progressiva.
abstmçõo, 54 Acrónimo.191- mdos em -& -u. 112
absmcto, 36 -193 72 qgiianíma?,113
ahstrir,136 actiiaftaar, 54 admissao. 35 aLca{Êta, ós
acçÃo, 3Ó 4cmar, 36 adqpçao, 36 4Jcoóbm, 324
acciomsia. 36 acuàiT, 83 adopúü. 36 aldaÃo , 3l Os títulos devem ser:
aod:.ado/a¢eito, adeqúL, 39 adorno. 67. 327 aldeoh 31
curtos
aedie, 80 adianiar. 3\ 4diich 32 Àlegona.180
accndido/aaeso.80 Adjectivo.6l,72- Advéibjo.61.96- aJém-mr,42 • concisos
Acento, 37m -74,102,103, -98, ]03,108, Alfibeto, 29, 207 • específicos
Acentoagudo.37, 105-107,111, 112,146,147. Alfabeto Íonético
38 130,131-133 149,152 inteTmcloml, • apelativos
Acento circunflc- Adjectwo ad"r, 87 20
xo, 37, 39 adiu;rbial.13l aemdLibe,118 alf lqgenu, 53
^cento gTáftco. Àdjectwo substan- /qio, 36 aüüuüú- 42 Todas as partes e capítulos do trabalho devem ser titulados:
188 tivado,131 4ecftt, 3ó aJJbBe, 53
• Títulos para os capítulos.
^ccm)giave,37, Àdj«tivoscom- 4b"r,134 AJgarismos, 204.
4\ pos.os, 72 dlSgiào|qflieo, 80 205 • Subtítulos para as secçõe.s.

_J
3ô 37
Exemplo: A importância e hierarquia das pârtes e capítulos devem ser logo
A. A.
.`i.ri`ensíveis pela leitura dos respectivos títulos.
OROANIZAÇÃO OROMmt
D0 TEXTO
A variação do tipo e do corpo da letra é um auxiliar determinante para DO TEX,l

DE CARÁCTER w distinguirem os títulos dos subtítulos: DE CMACI


CIENTÍFICO • Os títulos dos capítulos devem ser escritos em maiúsculas e nunca são CIENT'm

sublinhados.
• Os subtítulos das secções devem ser escritos em caixa alta/baixa em
negnto.

Por vezes, há necessidade de introduzir numa secção do trabalho vários


A morfologia é a parie da gramática que estuda a naturcza e a forma das i`arágrafos versando diferentes assuntos. Quando tal acontece, justifica-se
pahvras, segundo a classe, o género, o número, o grau. a pessoa, o tempo, (iue cada parágrafo tenha um título distinto. Para não sobrecarregar o texto,
o mcklo e a VoZ.
o título deve ser a primeira palavra ou expressão do parágrafo e, por isso, é
tn;afadaemnegnto.
As palavras estão disml)uídas pelas seguintes classes: substantivo, adjecti-
vo, veTbo, pronome, artigo, numeral, advérbio, preposição, conjunção e intcr- 0 arranjo gráfico dos títulos deve obedecer às seguintes nomas:
jeição.
• Os títulos das partes principais colocam-se sempre no terço superior

1.1. SUBSTJ~O
de uma nova pásta.
• 0 espaço que segue o título deve ser menor que o espaço que o pre-
Os substantivos designam os seres em geTal - substantivo aomm - ou um
indívíduodaespécie-substam]vopr4rio, cede.
Os substantivos que desigmm os s€res propriamente ditos, is[o é, pessoas, • Dois títulos, ainda que de níveis diferentes, são, regra geral, separados
lugares, instituições, animais ou coisas pertenccntes ao mundo fisico são
chamados comcrms: Mria, rpaz, Coimha, Pbriamm&o, serpente, aowi.Âador. Por texto.
Os substantivos qLie refercm noções, estados, acções e qualidades são cha-
mados abstmm: libcriade, am4"", `úagprn, og.üo.

1.1.1. Flexão emgénero

Pertencemaogéneromasciizhoossubstantivosaquesepodeanteporoou
tm; pertencem ao género/riho aqueles a que se pode antepor 4 ou (maL

Os substantivos qLie designam sercs inanimados têm um género fixo, im-


posto pela lingua. chamado génem gramatical: o a¥lado, a cancta.
Ossubstantivosquedesignampessoaseanimaistêm,geralmente,ummas-
culinoeumíeminino,dependendodosexodoservivoaqueserefeTem,ouseja
•êm génem i"turaJ: o gam/a ga¢a, o getiro/a nom

J
3e
30
Exemplo,
A. Recomendações para a elaboração dos títulos:
OROANIZAÇÃO • Os títulos devem exprimir o essencial do capítulo ou da parte quc A.
DO TEXTO OROANIZA(
encabeçam.
DE CARÁCTER DO TEXT
• Os títulos não devem conter perguntas, nem fómulas, símbolos ou DE CAR^C
clEmFICO
abreviaturas. CIENTIFIC

• Uma fiase não dá um bom título.


• São de evitar determinadas formulações genéricas que nada acrescen-
Os sinais diacfficns (ou notaçúes kricas) são elcmentos gráficos auxiimres °m"m' tam e que são pouco rigorosas como, por exemplo, «Introdução âo
da escrlta que servem pôra indicar a pronúncia exacta dô palavia: acen.o,
apósmfi), cedilha, til. .neim e hífen. estudo de...» ou «Considerações sobre...» ou ainda «Algumas obser-
Ó.l. À- vações sobre...».
• Para garantir uma melhor adequação de cada título ao assunto versado
0accntopodeserqgiido('),grame(`)ecírciqdko(^).
•£,Ej:agqdoéanpmgadoparaassinalarüvpgaisóm":p4péhonúd, e para haver correspondência e harmonia entre eles, os titulos defini-
tivos só devem ser escolhidos depois de concluído o trabalho.
:8=£8ri-rim"¥m#ümdg¥ü::á=:oÀt#mgc.hadodü
vogais 4, . c o orais e riasaLs em síhtm tónica: Gó~, dêem, avô e cÁnüco,
influêncu* Pôncb.

a-fflíâi£=vost=¥=ffiriicadE¥==à;:mü=®:Éã=±o
quc as outras. sflaba tónlca.
Mesmo quaiido urria pa]avra (em mais quc uina sflaba pronmciada fim
mentc,hisempre`imapredominanteeénelaqueitcaioacdtotóni(n,gráfico
OLlnão:J-.
•óri::oEo:astiaá=t:ssfisthTzfLf¥à.."oa*®-üg%:ap"#háaáE,o:
cupN=Pá=¥o';o=iE-iEitoc=ü£ógàHá#=
nibrh E há casos cm quc o acen(o giáfioo não coJTespmde à sílaba tó"ca:
àqu&.

6.1.1. Vbcábtdos áomos

##:¥°:u::¥uF=T:rmA¥#£P%¥a:nei*uqd:pPo#d:
São átonos os seg`iintes monossflabos.

/. 0 artiso deflnido (o, a, as as) e o indefi"do (tpn um);


2.08pronomespea5oaisoblíquoa(mc,te,s..o.a,as,as.mc,Íhcsnos,vos)e
sms combinaçõcB (ma. mo, m ü., Lh47 [b, etc.);

.=.+ _ J_I
B.
ESTILO
E DISCURSO

_-LJ
Estilo é o uso da língua expressamente marcado por características de- Ü
teminadas por fàctores pessoais, de intenção estética ou outras, ou por
particularidades derivadas de adequação a circunstâncias específicas de
comunicação.

0 estilo utilizado na redacção de trabalhos científicos, embora dependa


do tipo de texto, do tema versado e da finalidade ou intenções com que foi
escrito, deve obedecer a certos princípios que evitem a ambiguidade e que
garantam a correcta compreensão do assunto que se quer comunicar, por
mais complexo que seja.

A pessoa do discurso geralmente utilizada nos trabalhos científicos é a


1.@ pessoa do plural (~ós) dos verbos e dos pronomes. Com esta opção
discursiva cria-se o efeito de expressão de um pensamento colectivo, suavi-
zando o modo impositivo das afimações.
Ex.: Q##cmos, com i.sfo, di.zcr qwc é nossa intenção demonstrar cientifi-
camente o nosso ponto de vista.

0 adjectivo, porém, mantém-se no singular e no. género da pessoa que


optou por usar o plural de modéstia (Üós) :
Ex... Passaremos, agora, aà segundo aspecto desta questão, sobre a qual estai-
mos amplamente do cumentada.

Jú.
44 41
0 uso da forma impessoal também está bastante generalizado, o que • Expressões de vcrificação (scgwwdo o csfwdo/4 ob5cmfõo, w4 5cqwénci.4 dti
B. não significa que os autores queiram dissimular a autoria do seu trabalho. 8.
cxame /da experiêmia, primeira/última obseruação, relaciona-se com/incidc
EST'LO
Ex. : Pass4-sc c#fão À/asc scgw!.i¢fc c fom.iula-se uma nova teoria. EmLO
E DiscuRSO sobre /trata de, etc.).
E DlscuR"
• E>c:pressões de enu:mera.ção ®or um lado/por outro, em primeiro lugar/em
0 relatório, sem prejuízo da sua objectividade, admte não só a 1.a pes-
último, em seguída. assim como. além disso, etc.).
soa do plural (wós) mas também a 1.a pessoa do singular (cw), para descre- • Expressões de exemplificação (Í4j como, por c#emp/o, 4ssi.m, p4r4 t./wsír4r/
ver, expor, formular uma opimão ou umjulgamento.
exempíífica,.etc.].
Ex... Expus os metais a eleuadas temperaturas para determinar o seu ponto de
Comentário e j ulgamento
• V e;rbos ±r\trodu`ónos Ü ulgar, precísar, estimar, apreciar, assinalar, sublinhar,
Convém, no entanto, salientar que, qualquer que seja a opção do autor aceitar. recusar. refiÀtar, etc .) .
do trabalho relativamente à pessoa do discurso, esta terá de ser mantida do • Adjectivos de avaliação positiva ou negativa (i.mfcrcjs¢#fc, e#ccJcmíc, 4dc-
princípio ao fim. Por exemplo, o plural de modéstia (#ó5) não poderá alter- quado, aceitável, medíocre, inútil, imoerente, etc).
nar com o singular (cw) ou com a foma impessoa]. • Expressões de causa (com c/ei.fo, vi.sÍo 4we, por c4#s4 dc, etc.).
• Expressões de consequência (dc fflj m4#ci.r4 qwc, i.jso !.mp/i.ü qwc, por co%-

sequêmia, etc.).
• Expressões de oposição (em co#Ír4p4#i.d4, 4pcf4r dc, cmborti, e#qw4nío, etc.).
Antes de iniciar a redacção de um trabalho científico, é necessário
conhecer o destinatário qeitor ou ouvinte). Este condiciona as estratégias Propostas
de comunicação utilizadas na apresentação do trabalho, designadamente as • Expressões de desejo, de intenção (dc5cjamos qwc, cjpcr4mos qwc, fcmo§ 4
características do discurso, a linguagem e o estilo. Assim, enquanto um tra- intenção de, etc.) .
balho dirigido a uma comunidade científica deve privileriar o rigor e adop- • Expressões de aconselhamento (rccoí7Ü#d4mos, pÍopomo5, scri.4 opoÍíwmo/
tar uma terrinologia científica e uma estrutura minuciosa, um trabalho /essencial/uantajoso,e`c.).
destimdo a um público menos restrito deve, sobretudo, preocupar-se com • Expressões para definir objectivos, propósitos (mcJhor4r, 4pcJei.Çom, d4r
a clareza e recorrer a uma termnologia e estrutm smplificadas. seguimento, estieitar laços, alargar, reftrçaf as relações com, mudar, tomar em
consíderação, etc.) .
• Expressões de fim, de conclusão (cm 5wm4, em cowj#jão, cm rcswmo, pm4
concluír, etc .) .
Nos trabalhos de índole científica devem ser utilizadas fómiulas para
expri-r:

Descrição e explicação Em cada secção do trabalho deve manter-se o mesmo tempo verbal
• Verbos .intrc]dut6rios (obseruar, examínar, considerar, def inir, descrwer, ®resente do indicativo ou pretérito perfeito).
comparar. conf iontar, apresentar, sa,tentar, constatar, expor, rea,tzar, etc ].
• Presente gnómico ou atemporal
Noía: Em trabalhos cienáficos, o verbo «realizar» usa-se fiequentemente em fiases do Usa-se o presente gnóinico ou atemporal nos seguiptes casos:
npo de Rc4/i.z4r4m-sc i.wwéníos. Rc4/i2íow wm4 c:Àpen.éríaa No entanto, por influêncn do in- - em sentenças e definições científicas, produzindo o efeito de anula-
glês, há quem use «reahzaD>, indevidamente, com o sentido de «compreender»: Ex.: Ter ção do tempo
minada a expenêruia , realizei [compreendi] que os resultados obMos ultrapassavam as expectatiw
Ex... Os mamíüeros são animais uertebrados.
47
4e
- para relatar factos científicos conhecidos voz passiva, pois, ao acentuar os actos ou as funções, toma o discurso
8. 8.
Ex... 0 dióxido de carbono gera um ef iíto de estuf ii na atmosfiera. mais pesado e impessoal.
EST'LO
ESTILO
Ex... Voz a.ctiva. - Todos os elementos da equipa realiza[ram esta experiên- E Di§CURSO
E DISCURSO
- na análise estatística cia. (Em vez da voz passLwa -Esta experiênciajbi reauzada por todos os
Ex... Estatisticamente, está prouado que a anorexía aficta sobretudo adoles- elementos da equipa).
centes do sexofeminino. No entanto, embora a voz activa tome o discurso mais vivo, a voz
passiva é fiequentemente usada em artigos científicos, dissertações e
• Presente histórico teses, como modo de obuectivar e distanciar.
Usa-se o presente histórico para refenr o passado ou descrever trabalhos
publicados, produzindo o efeito de lhes sobrepor o tempo presente.
Ex... Agora, vejamos: em 1688, Isaac NeuJton publica a sua ol)ra-mestra, na

qual expõe a teoria da atracção unii}ersal.


A qualidade lmguística de um comunicação científica é fimda-
• Pretérito perfeito mentâlmente assegurada p elas seguintes características:
Usa-se, geralmente, este tempo do passado nos seguintes capítulos:
Clareza: precisão, ordem, propriedade.
- Materiais e métodos Correcção: rigor.
Ex.-. As amostras, que os astronautas recolheram na última expedição, Pureza: vemaculidade.
f bram chssí!ficadas pelos aentistas .

- Resultados A clareza da linguagem permte o correcto entendimento e a boa


Ex... As exi)eriénctas mostraram que a adminístração de hormona£ acele- compreensão do que se deseja comumcar. Obtém-se pela utflização das pa-
rou o crescimento dos animais. lavras apropriadas, colocadas na ordem adequada às relações de sentido que
se quer estabelecer.
• Presente e pretérito perfeito A correcção obtém-se quando o uso da língua obedece às regras gra-
Podem usar-se estes dois tempos na parte da Discussão. maticais dessa mesm língua e assenta no princípio do rigor. No discurso
Ex= A obseruação da substância mostrou as alterações de cor, mas é necessário científico, o rigor consiste na referência a conceitos bem definidos e na in-
esperar algum tempo para obter dados seguros sobre ofenómeno. terpretação correcta e objectiva dos dados de pesquisa, de forma a conseguir
resultados precisos.
• Futuro e condicional A pureza consiste no uso de uma linguagem respeitadora do carácter
Num trabalho de índole científica, a parte das Conclusões reveste por da língua. A constante entrada na língua portuguesa de elementos provin-
vezes a natureza de projecto, tomando-se assim necessário o uso destas dos doutrâs línguas não deve impedir que, em cada momento, se tenha a
fomas. noção clara dos limites do conceito de vemaculidade ou se assinale cons-
Ex... Será importante... cientemente todo o uso que extravase estes limites.
Seria desejáuel que . . . Assim, o autor de um trabalho científico deve:
• Adoptar um discurso ot¥ectivo, preciso e rigoroso do ponto de vista
• Verbos na voz activa/passiva científico, recorrendo a uma linguagem clara, simples, sintética, essen-
Nas comunicações científicas apresentadâs oralmente, deve evitar-se a cialmente infomativa.

_--
4e

• Dominar com segurança a terminoloria científica do ramo do conhe-
• Delinear uma estratégia discursiva condicionada pelas seguintes atitu-
B. cimento de que trata o trabalho.
E§T'Lo des e princípios comunicativos: 8.
Os cermos novos devem ser antecipadamente seleccionados e defim-
E Discmso Alta definição temmolóaca. ESTILO

dos, quando se introduzem pela primeira vez, podendo constar de um E D'8Cm


Avaliação da eficácia da recepção.
glossário anexado, sobretudo em relatórios ou monografias. As ex- Carácter repetitivo: temos de alta ftequência.
pressões só compreensíveis para um grupo muito restrito devem tam- Competência linguística de qualidade.
bém ser explicadas com clareza e definídas as noções que esses temos
C onsciência psicolinguística.
técmcos referem.
Estrita coerência referencial.
• Elaborar períodos curtos, procurando ser simples e directo.
Explicitação total do sentido.
Aconselha-se moderação no uso de pronomes e de orações subordina-
Implicação cultural/científica.
das. Os parágrafos devem ter no máximo três ou quatros períodos, de
Uso de metáforas e analogias: meios de acesso à reftrência abstracta.
modo a que haja pausas que proporcionem ao leitor tempo para
Ponderação sociolinguística.
acompanhar o raciocínio e absorver a infomação.
Rigor semântico.
• Utilizar correctamente a pontuação.
Chama-se especialmente a atenção para os seguintes sinais de pontuação:
0 autor de um trabalho científico não deve:
os dori po%fo5 introduzem, geralmente, listas, exemplos, enumeração de • Utilizar um d]scurso erudito e hemiético, comprometendo a inteliri-
questões ou definições; o powfo c ti'gw/a é, muitas vezes, usado pâia coor- bilidade do texto pelo uso excessivo de arcaísmos ®alavras ou expres-
demrfiasesdamesmanature2aouparasepararitensdeumalistigem.
sões antiquadas e caídas em desuso), neologismos (termos novos, cria-
• Evitar os estrangeirismos para os quais existem temos corresponden-
dos num dado momento, para designar novas realidades) , eruditismos
tes em portugiiês-. conluio, conspiração em vez de «complot».. diligénáas,
(palavras pouco difiindidas que, pela fomação ou significação, se
tentatíi/as em vez de «démarches», etc.
encontram muito próximas do étimc> e produzem um registo muito
Podem, contudo, usar-se certas palavras ou expressões estrangeiras,
clássico) e barbarismos ou estrangeirismos (galicismos, anglicismos,
muito fiequentes e sem equivalentes ou com imperfeita correspon-
italiamsmos, espanholmmos, etc.).
dêncía em port\iguÊs.. ateliê, fied-back, handicap, ír; uítro. stresse, ;arke- • Empregar um vocabulário vulgar ou recorrer a provincianismos (ter-
Í!.ng, twrk§4op, etc. É sobretudo o caso de temos da linguagem infor-
mos e expressões peculiares de certas províncias, deslocados para o
màt±ca, taís como, hardware, sof tuiare, modem, input, e`c.
reristo corrente) e a plebeísmos (temos ou expressões peculiares de
• Actualizar a ortografia dos nomes próprios de personalidades do passa-
meios restntos ou de usos pouco cuidados da língua em contexto
do, excepto quando se ti-ata de uma edição crítica:
de linguagem corrente).
Eça de Queirós (e nÃo Eça de Queiroz) • Usar construções sintácticas excessivamente longas e desnecessaria-
Teóf tlo Braga (e nãao Theophilo Braga»
mente complicadas devido a:
Luís de Montalvor (e rLãa:o IÁ4tz de Montaluôr) -Parênteses muito fiequentes e muito extensos (interrupção da fiase
Adolf t Coelho (e não Adolpho Coelhoh, etc.
por palavras ou expressões parentéticas).
Não pode, porém, alterar-se a grafia adoptada por alguns escritores -Intercalações muito ffequentes (ocorrência de expressões no meio
mesmo quando esta não segue o padrão nomal:
do discurso que interrompem temporariamente a sua fluência ló-
AI Berto
glca).
Ruy Belo -Períodos demasiado longos (fiases que se prolongam por uma se-
Sophía de Mello Breyner Andresen
quência muito extensa de orações, expriinindo um conjunto muito

_-
Vergílio Ferreira, etc.
numeroso de ideias).
50
- Inversões de ordem sintáctica desnecessárias (alteração da ordem di-
8. recta dos elementos da fi-ase: sujeito, predicado, complementos, sem
ESTILO
nenhuma intenção estilística).
E Dls¢mso
- Multiplicação excessiva do uso de aspas (abuso das aspas, sem que
estejam a desempenhar a sua fimção própna de indicar uma transcri-
ção.)
• Abusar de adjectivos, sobretudo daqueles que se transformaram em
lugares-comuns, como por exemplo: A !'#j!4fão g4Íopmíc é rcspomsÁvc/
pela notória e penosa subida dos preços. 0 resultado do inquérito era um
amarga decepção.
• Pôr o artigo antes de um nome própno como, por exemplo, o E.msícc.Í!
ou o Tolstoi.
• Personalizar o discurso científico, abusando da primeira pessoa: o 4Í/Íor

que citei., penso que.. o que a mínha tese demonstra., a conclusão que eu tiret,
etc.
Deve antes optar-se por expressões mais impessoais: o ciwíor ¢MÍcn'or-
ARRANJO
mente citado., deue concluir-se:, daí decorre., como se obsewa, etc.
E COMPOSIÇÃO
GRÁFICA
0 arranjo e a composição gráfica são muito importantc.s em qual-
quer trabalho escrito. Tal como o deJÍÉ% de um objecto e â textura ou
a cor de um tecido podem fazer a diferença, também uma cuidada e
criteriosa apresentação gráfica de um macrotexto pode ser determi-
nante para causar uma primeira boa impressão.

A apresentação do trabalho deve ser previamente pensada e decidida,


uma vez que é obngatório manter, ao longo de todo o texto, as escolhas
Íeitas.
Devem ser observadas as seguintes etapas:
• Escolha do tipo e corpo dos caracteres a utilizar no texto e nos títulos.
• Selecção do espaçamento entre linhas e o tamanho das margens.

Actualmente, a maior parte dos trabalhos científicos é digitada em


word. As possibilidades gráficas de um processador de texto são numerosas.
Uma das vantagens em relação às antigas máquinas de escrever consiste na
possibilidade de construir os chamados csfi.jo5 de parágrafos e caracteres.
Os estilos permitem formatar:
• Os níveis de títulos e de parágrafos.
• As transcrições longas.
• Os índices e outras listas.
• A bibliografia.
54 6B

C. C.
ARRANJO AF'"
E COMPO§lçÃO E Colpo
A mancha gráfica corresponde à parte escrita em oposição ao espaço 0 espaçamento e as margens variam em fiinção da natureza e
GRÁFicA Gnm
em branco. da extensão do trabalho. De qualquer modo, o espaçamento entre as
diferentes partes do trabalho deve ser bem marcado.

A mancha gráfica deve obedecer a um conjunto de regras previamen-


te definidas, que valonzem o conteúdo e reforcem o estilo do autor. 0 entrelinhamento pode fazer-se:
Não obstante a arbitrariedade das escolhas, elas não deixam de ser con- • a um espaço
dicionadas por critérios estéticos e, sobretudo, de simplicidade, clareza e • a espaço e meio
fiincionalidade. Estes critérios são flexíveis, mas as opções devem ser bem • a dois espaços

ponderadas, porque a apresentação estética do trabalho pode tomar a leitura Alguns aspectos a ter em conta no entrelinhamento:
mais apelativa. Pelo contrário, uma página uniforme, sem espaços e sem • Se o texto for muito denso e extenso, deve ser digitado a espaço e
variações tipográficas, pode desmotivar o leitor. meio, para tomar as páginas mais atraentes. 0 mesmo espaçamento se
Os espaços em branco realçam, por contraste, a parte escrita. usa em trabalhos atê cinquenta páginas.
A mancha do texto deve ser processada a espaços diferentes em fi]nção • Se o trabalho for muito extenso, mas incluir muitos gráficos ou qua-
do tamaiiho e do tipo de letra. Uma mancha gráfica harmoniosa ajuda à dros, o entrelinhamento deve ser a um espaço, porque reduz o núme-
compreensão do conteúdo e toma a párina mais atraente. ro de págmas sem prejudicar a apresentação.
• Os dois espaços reservam-se para situações especiais, como, por exem-
Exemplo:
plo, mudança de secção ou de parágrafo.
1 • 0 espaçamento entre uma figura e o texto que se lhe segue ou que a
l^,. h--.l- c. precede deve ser mantido ao longo do trabalho.
0!pmome!htcr""do.ftiürio.pariÉcmübJu"peqpm8 -
dktm au ü-' • Por razões estéticas, se a opção for pelo entrelinhamento a um espaço,
[]

Ql-lqu-c- recomendam-se parágrafos curtos e separados entre si por dois espaços.


N..bàb-am.q\.®dmh
b"h3"d)4ó~[. -1. Como noutros casos, também neste o bom senso poderá recomendar a
FPumh_wLbm
adaptação destas regras a novas situações.
ú .cii. mho c. # tm 4d q.m mi. . .
Fl-^"MLS-
As margens são indispensáveis por razões estéticas e de leãbilidade (por
d- vdiffi
bmm
h- exemplo, pam evitar perda de texto na encademação ou na reprodução)
drBú 4P" dri 4Ú4d
mas também por razões práticas (anotações do leitor).
As margens (esquerda e direita) também podem ser usadas para destacar
pLd
qmq- 4üf- o assunto dessa páãna ou uma ideia-chave.
lA^ pmoll-dEmo. Com um processador de texto é possível dmensionar adequadamente

•\-.-__-- as diferentes margens:

-- FIJ»B^ E"K^. 5-
•7b4fkmp~#nÃom

"Í"àí®-qàa'
F`xb n ^Nt-^t- 0. Amo - J»hdo
• superior
• inferior
• esquerda
• dlreita

..1
57
56
No arranjo gráfico do texto e, concretamente, na criação de margens,
C.
C. são recomendadas as seguintes regras: AF'll"O
AFIFIANJO • A margem superior de cada página deve ter 3,0 cm, excepto na pri- E CONPO8¢
E COMPosiçÃO
meira páãna de um capítulo que oscila entre os 5,0 cm e os 10 cm.
0 parágrafo pode fimcionar como uma parte do trabdho científico. GRA";^
GRÁFicA
• A rmgem inferior deve ser menor que a superior, ficando-se pelos 2,5 cm. A sua maior ou menor importância depende da valorização atnbuída
• A margem esquerda deve ter 3,0 cm. às outras divisões do trabalho e ao sistema de numerâção escolhido.
• A margem direita deve ter 2,5 cm.

Se o trabalho for publicado, as margens podem ser usadas para destacar Um parágrafo pode ter subparágrafos:
• Os parágrafós ajudam a dividir uma página de texto.
títulos ou partes do texto e, nestes casos, podem ser maiores.
• Os subparágrafós ajudam a dividir um parágrafo longo.
Num trabalho científico, se as margens forem demasiado largas e a man-
cha gráfica muito pequena, pode parecer que o autor do trabalho tem fàlta
Distinguem-se os parágrafos dos subparágrafos pela numeração.
de ideias ou não se esforçou o suficiente para recolher mais infomação e
Há sistemas muito complexos de numeração dos títulos e subtítulos,
quer disfarçar essas insuficiências alargando os espaços em branco.
Como cada capítulo deve iniciar uma nova página, pode acontecer que i){irágrafos e subparágrafos, mas os métodos mais eficâzes ainda são os mais
`imples. Há três possibilidades:
uma parte da página anterior fique em branco. • Numerar os capítulos (1, 2, 3...) e as secções (1.1,1.2,1.3...).
A numeração das páãms é, regra geral, colocada no canto inferior
• Numerar os capítulos (1,11,111... ou A, 8, C... ou 1, 2, 3...), os pará-
direito, embora também possa ser no canto superior direito.
grafos (1, 2, 3... ou 1.1,1.2,1.3...) e os subparágrafos [(a), @), (c)... ou
Exemplo: (1), (2), (3)... ou 1.1.1,1.1.2,1.1.3]...
• Numerar apenas os parágrafos (1, 2, 3...).

cmpnéstmosd.origenalcD! Exemplo:
armn)ar fddspato mnqiim valsa
cobaJp lo/a q.iartzo vemute

cnpristinogdeorigmnecrhnd-
a]narTar bomborda quemesse
bacalhaii hctc
^ oo"08i. ê a partc da gnmitki qu. cmxla . n.rLirc2i . . Ám. du
enpréstiDosdeorigencscriinava paLi`m8. ng`.»do . ¢L.a., o ÔéoÊm. o dúmcro, o Bmi, - p.!.o., o mpo.
o oxdo e . we
géisa níquel
q r.Pr.``1]ü Lmú lmúmwl:.±`q
eopffimos de origm roasi
cz.r mmuú `oAúJúPúpmp~¥#¥edpcbri!¥vgb¥mú"kspoT==±
jóçb.-

emprÉsthogdeorigmhcbnica l_L S"-


alduia hossam sábado 0! nLb..iitóTu dcdgmm o. saa ari gml -nbstintho -- o. `d

É#±ri:-ãÉ£r=ú=ff-=.
Osaib-.nü`o!qu.rcónmnó{&5.a.doi.-ücq..bde.-cL-
mdcc .han: Bbod4ft. 4mag.m, Ap aqp"o
Só €ncarada idealmente como um sistema cstavel. um lhgua podc seT`rir
l|... FLlbdsam `
dc rcfcrência para quc neb se dlferencicm varledades iegioiius e dlalectais.
Esia divers`dade exist€me dentro da mcsma língua é provocada por Tazões Pcrmimo>ric®-miboo!ntiltiúmiq`-#pd._.-
-;paia.amu.gbmp4...q`ide!aq`--pod..np.a..-
sociais.culturais,históricas.cocmómlcas.DccTdrcas`orLedadesrcgístadas.tiá
uma adopúda como p.drio. & que é pnícrcnciaLmcnte ob)ccto de ensino •`.`:.`.:...:..:..,:.`.ii.i...':.:.;``-.._'.;;é`.:..:`iLi:
cxplícitomcsoolaedcusoinstitucioml.

1] iàn-naa\n*oeBo/.e-,oemm|.|n

58
• Entre dois parágrafos de um texto, só excepcionalmente se deve dei-
A numeração dos parágrafos facilita a locahzação das referências que, de
xar espaço em branco. C.
C. outro modo, só poderão ser encontradas pela leitura de toda a página. ARRANJ
ARRANJO • 0 título de um novo capítulo deve ser colocado no terço superior de E cnonMnp.ó;|
Se num parágrafo houver apenas um ou dois subparágrafos ou uma lista
E COMPoslçÃO
uma nova páÉna, grafado em caracteres destacados.
GRÁFicA
de palavras, não há necessidade de numeração. GFiÁFicA

Exemplo:

As imagens, mapas, quadros, esquemas e gráficos servem para


ilustrar ou exemplificar uma asserção.

0 corpo do trabalho é apresentado sob foma descritiva. Mas, num tra-


0 léxico português, basicamente de origem latina, formou-se a partir do
balho científico, é natural o recurso a diferentes tipos de figuras para refor-
romanço lusitano transforrnado historicamente pelos contactos dos fdantes çar os argumentos, i]ustrar as ideias e enriquecer o texto.
com realidades linguísticas muito diversificadas. Há vários tipos de figuras:
As popu]ações nativas ibéricas assimilaram o núcleo lexical de base latina
• tabelas
popularetransformaram-noatravésdecontribuiçõespré-romanas.Verifica-
ram-se,depois,contributoscomorigemempovosdepresençapós-romanana
• desenhos técnicos
Península lbérica e outros advindos da coexistência e inter-relação de várias • plantas
línguas. • fotografias
No desenvolvimento do léxico portugues foi havendo sempre participação
• diagramas
de um grande número de empréstimos de outras línguas e, até, em fases pos-
teriorcs à da formação, do próprio latim (termos eruditos tomados do latim . mapas
clássico a partir do século xvi). • esquemas
Assim,paraalémdoléxicogenericamentedeorigemlatina,podemosregis-
• gráficos
tar a existência ria língua portuguesa de:

vocábiilos de origem pré-romana: céltica e celtibérica Usadas com moderação e a propósito, as ilustrações valorizam o traba-
abóbora canto (= ângulo) lho. Sem excessos nem repetições escusadas, porque mais importante que a
barranco carrasco (= planta)
quantidade é a sua qualidade. As figuras precisas e simples são as de mais
barro coelho
fácil compreensão e, portanto, as mais eficazes.
bezerro 8arTa
bico gordo A utilização de ilustrações obedece a determnadas nornias:
broa lapa • A apresentação das ilustrações deve ser feita de acordo com o desen-
bruxa légua
volvimento do trabalho.
cabana mante,ga
Cama morro (= monte) • As üustrações devem ser numeradas sequencialmente em numeração
arábica.
• Cada tipo de ilustração deve ter a sua numeração própria.
A disposição gráfica do texto é muito importante, já foi afimado. E há
• Não se devem confimdi£ na numeração, por exemplo, gráficos e foto-
regras que devem ser observadas, como as que se seguem:
• A primeira linha de cada parágrafó de um texto deve ser recuada qua- grafias.
• Na numeração das ilustrações não se devem usar abreviaturas.
tro espaços em relação à vertical da margem esquerda do mesmo.
01
eo
• As ilustrações devem ser legendadas de form clara e concisâ.
C.
C. • As ilustrações podem ser apresentadas no corpo do texto. AFIFIANJO
AFIFIANJO • Os mapas ou gáficos mais longos (não exageradamente longos, porque E Collposl'
E COMPO§lçÃO As variações tipográficas são indispensáveis em qualquer trabalho GRAFICA
desaproveitam espaço) podem ser colocados em apêndice ou em anexo.
GFiÁFicA científico. Permitem realçar a diferença e gerar contrastes, o quc faci-
• Os gráficos relacionados entre si devem ser colocados na mesma páãna,
lita a leitura. e a percepção do essencial.
o que representa economia de espaço e facihta a leitura comparativa.
• As legendas devem ser suficientemente explicativas para que o leitor
Os novos processadores de texto têm recursos gráficos quase inesgotá-
perceba, de imediato, o que está em causa sem necessitar de recorrer a
mais infomações. veis, capazes de satisfazerem todas as necessidades.
• Cada figura deve ter indicada com precisão a fonte ou a forma como 0 autor do trabalho dispõe actualmente de variados tipos de letra e de
foi elaborada e a partir de que elementos. diferentes tamanhos. Para além disso, os novos programas infomáticos
•Aslegendasdasilustraçõesdevemserescritasemletmdetainanhoinferior contêm todos os sinais diacríticos das línguas europeias, bem como as letras
à do texto e inseridas m mesm páãna que a ilustração a que respeitam. dos outros alfabetos não latinos (cirílico, grego, aramaico, etc.) e permtem
mudar rapidamente de um tipo de caracteres para outro. Mas é contrapro-
Exemplo de págma com tabela: ducente utilizar vários tipos misturados, porque dificultaria a inteliãbili-
14,
dade do trabalho sem qualquer outra vantagem.

5.1. Tipos DE LETRA


Bomis d. m.a-Co cfiis.olar
E-
-
1"1^- mv'^- •1L. Vck:^1lvo
DEs~TÁRm
E-
.. ,] .L.

fttdJ" d4Bqúbna En-


Vosg vÉL' Eirctqdrih
Sddm oxxo. d.
Os tipos de letra permitem introduzir variações na escrita e valorizar
pa"P,tsm esteticamente o texto.
'uc v-E- vü_. EL- S'- 0- d'pc-hüd.

pnxv-doRq- v-E- Êxc- EL-S' bd.pcEdpn-


v_ É1`

pp-d Os tipos de letra escolhidos devem ser mantidos ao longo de todo o tra-
dl
balho.
Mb- " ÊgdÊDCI v. EL` EB-
scDh~
h_s'.a-d.Ft3")bonbo...
Devem ser utilizados os tipos de letra que permtem maior legibilidade:
-úJ-dl vagE- v. EL' E-sdJ" El - S' Ú- d'f"Dqxdb
Times New Roman
Embúriof Vcü Ex- vk. Ezct-sedbx EL- S` (-úpd-_ Arial
Bookman Old Style
cónd Vóg EB- v_ EL' E-sú h- S, ü d.pcricoú. +ffi+
Courier New
Rdta, dcunJ- VÓ" E- yh. NqpffiRcm L-6riPd'pabm-Hdmd,uni-_ Garamond
Centuy

hp. vo~S- vS_ smúdmpri s-FdftPp Para o corpo do texto, poder-se-á utilizar um tipo `do género:

Cudcd uEm- vÊm. Emü-SaihrCm En-SohDodanmd`pd


Times New Roman
cm. Arial

r,'`lt ,,t 1 '.,, ¥(,-,l.t --1 !ri-


Bookman Old Style

-- `- .
e9
62
No interior dos quadros, o Courier pode ter vantagem, porque witencionalmente mal escrita. Para além da função genérica de destaque, o
C.
C. mantém as mesmas distâncias para todos os caracteres e para os espaços em it.'ilico tem usos específicos. AFIFIANJO
ARRANJ0
branco. Emprega-se o itálico: E COWPoslçAO
CowposiçÃo • em vocábulos, fiases ou excertos em língua estrangeira intercalados GFIÁF€A
GFiÁFICA
0 tamanho dos caracteres varia com a fiinção. Assim, emprega-se:
• 0 corpo 12 no texto corrido e em subtítulos em negnto. num texto português;
• 0 corpo 14 nos títulos principais. • em preficios, posfácios, apresentações, notas do editor e, de uma ma-
• 0 corpo s ou 9 para as notas de rodapé. neira geral, nas partes de uma obra que não sejam do autor;
• em dedicatórias colocadas no início de uma obra ou de um capítulo,
5.2. Tipos GRÁFicos regra geral, alinhadas à direita e sem ponto;
• na referência dos títulos de obras literárias, jomais, revistas e outras

publicaçõ es similares ;
Os tipos gráficos são: o romano (caracteres redondos e perpendi- • em locuções usadas fora do texto com uma fimção documental: cowíi-
culares à linha), o i.fá/i'co (tipo de impressão inclinado para a direita) e o
nuação., f im., a transportar=, contínua.,
negrito (tipo de impressão de traço mais encorpado que o nomal). • no nome próprio de navios, aeronaves, marcas, etc.: o navio-escola
S4gíc5; o vaivém Di.fcot/cr, um/4gw¢r (marca de carro);
Em relação ao romano, que ê o tipo de impressão mais fiequente, o í.Íá- • na grafia de cognomes ou apodos, quando se seguem ao nome:
ÍÍ.co e o negrito são as vanações tipográficas mais usuais, cuja fimção é desta- D. ]oão 11, o Pn'#cí.pc Pc¢cÍ.Ío; exceptuam-se os apodos ou sobrenomes
car a palavra, expressão ou fiase escrita em caracteres diferentes do resto do de reis ou personagens históncas, que se escrevem em romano, quan-
texto. Para chamar a atenção do leitor para uma palavra, um fi.ase ou uma do não acompanhados do nome própno: o Rei Sol, os Reis Católicos;
• em títulos de produções artísticas e obras de arte em geral (filmes, qua-
passagem que se pretende pôr em evidência, pode usar-se o itálico ou o ne-
dros, peças musicais, pinturas, esculturas, etc.): o Porío d4 M!.wh4 JM/%ff-
gnto. É conveniente não utilizar indiferenciadamente os dois tipos de varia-
ção tipográfica, mas manter um critério consistente em todo o texto. ci.¢ de Manoel de Oliveira; a Gwcr#i`c6 de Picasso; a A!.d4 de Verdi;

Quando se grafam palavras ou expressões em negrito ou em itálico, com o D4yi.d de Miguel Ângelo;
fiinção de destaque, em texto citado, deve indicar-se, por meio de expressões • nos nomes próprios de animis ou de objectos quando personificados:
como #cgro #osfo, i.Íá/!.co do awfoí, quem é o responsável pelo destaque. o Mi.ró (cão); o MÍ.mhoft7 (cavalo); a Li.c4s (gata); a D#ri.#d4Íffl (a espada

Deve fazer-se um uso moderado destas variações tipográficas, pois a sua de Orlando);
utilização abusiva anula o efeito pretendido. • nos trabalhos científicos, em letras que representam variáveis: a incóg-
nita x; a referência ÍÓ;
• nas locuções latinas: Í.Íi t;i.íro; 4 jJosfcnorí'; 5!.c;
5.2.1. Itálico
• em nomes científicos de animais e vegetais: GÍossi'ím p4/paJis (mosca
tsetse);
0 !.fóíí.m é um tipo gráfico que consiste na letra impressa inclinada para
• na forrm abreviada da identificação do autor de uma nota: (N. do T.),
a dlreita.
(N. do E.), respectivamente nota do tradutor e nota do editor.

Nom Quando um texto está todo grafado em itálico, o destaque faz=se usando o romano
0 itálico emprega-se para destacar um palavra ou uma fi-ase. Seja por-
A pontuação msenda numa expressão .em itálico ou aquela com que essa expressão temi-
que se trata de uma palavra estrangeira ou porque se pretende chamar a m e ainda lhe pertence devem ser grafadas em itálico.
atenção do leitor para um termo técnico a reter ou para uma expressão 0 sinal de pontuação que sucede imediatamente ao itálico, mas delejá não faz parte, deve
idiomática utilizada num reãsto diferente ou, ainda, para uma palavra scr grafado em romano.
06

64
5.2.3. Sublinhado C.
5.2.2. Negrito AflFIANJO
C. E CONPO9m
AFIFIANJO
0 sublinhado é mais uma possibhdade tipográfica, disponível no pro-
GRÁficA
E COMPoslçÃO 0 negrito é um tipo de impressão de traço mais grosso e escuro. cessador de texto, e que comiste na impressão da palavra tendo por
GFiÁFicA baixo uma linha recta.

Recomenda-semoderaçãonousodonegnto,especialmenteemrelató-
nos. Nas teses e dissertações, os caracteres em tipo negro usam-se: 0 sublinhado não se recomenda, a menos que já se tenham esgotado
• em alguns títulos e subtítulos; o negnto, as
i()dos os outros recursos distintivos, designadamente, o itálico,
• para pôr em destaque uma palavra ou uma expressão que não entre
ll.tras malúsculas, etc.
nos critérios do emprego do itálico.
Exemplo:
Exemplo:

E.
E"
0léxicoportuguês,basicamentedeorigemlatina,formou«apartirdo
romanço1usitanotransfomadohistoricamentepeloscontactosdosfdantes :::íâsod::a:®:Í:ti::mmdp?£nr::f::e,am=ffletsg;iÊ:::c::s::o:sà=ü:;Ía:d::.ü*-[
comrealidadeshnguisticasmuitodiversificadas. carácterdalínguaouseassimleconscieniementciodoousoqu¢extravase
Aspopulaçõesnativasibêricasassímilaramonúcleolexicaldebas€latina destc5 limites.
Poroutrolado,alíngua.nasuaevoluçãom[uralcomofcnómenosck:ial
popularetransformaram-noatravésdecontribuiçõcspré-romanas.Verifica-
ram-se,dcpois,contributoscomongemempovosdepresençapós-romanana
Peninsula n]érica c outros advindos da coeristencia e inter-relação de várias rg¥£ffàH;ásoe;*nc:jnu:c:gF:uàd£#s¥ap:EUÊi-T=ds:
línguas. A£vamntessodaü,queconweirinousodalíngua,nãodevemhped»o
Nodesenvolvimcntodolé"coportuguêsfoihavendosempreparticipação seu utcntc de teT . dam noção da norm, que é a reíérihcia fundamental dc
todas essas dlíemnchçõcs.
dcumgrandenúmerodeempréstimosóeoutraslínguase,até,emfasespos-
terioresàdaformação,doprópriolatim(termoserudítostomadosdolatim Vlaos Q(/Ê mEruDlc^]. ^ p(/mz^ m lINGu^cEw
clássicoapartirdoséculoxvi).
• Barbarisinos oü.strangeirismos:
Assim.paraalémdoléxicogenericamentedeorigemlatina,podemosregis-
- Gaücisfbos (Palavms ou corctniçõ€s Francesas.)
tar a existência na língua portuguesa de..

vocábulosdeorigcmpré-romana:célricaeceltibérica NÂo
:.:.,..,,.i...,.,.`.i`:`..hJ...:,..:.,:..:;::.....:...,,.,....::.i,.l:=..:.`.`..:,`:;...`;,::`.,:.:.:l`-`..

canto (= ângulo) - ^ndicisnos qblavras ou consmiçõcs `nglesas.)


carTasco (= planta)
coelho
garra
gordo
lapa
ENÂo
;.;..:i.;.,..;_:.i:.;:.:,:..:i;,:.:...:J....::.:.:-::!À:.:;=;..`.::.`..:`.i;i.:.`::.,S.::'-::.``.:::;.`;``.';:`:l

AobmdoÁ=±[sçgup-scodaspmdütosqghicdasbcbidasdiai
légua - Italiarios (Pala`iras ou construções italianas.)
mantci8a
morro (= monte)

Effiúm#_d«mftEd"E##=*4n¥nd-f#®,#
c d qumú
- Esi)anholis-nos Oalavras ou construções espanhohs.)

ToitddcüiinsmzÊBlasto4oSchc"dcÍ4h.
MODOS
DE REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA
A representação gráfica de várias situações específicas é um dos
aspectos com o qual é necessário grande rigor, quando se elabora um
trabalho escrito.

A representação gráfica subordmada às norinas existentes e adequa.da a


uiiialeãbilidadeproficuaéumfàctordegranderiportânciaparaqueseevitem
ambiguidadesdesignificaçãoeintenção.Qualque[trabamoescrito,quenãose
concretize dentro das nonms de representação gáfica existentes, é gravemente
atinãdonasuaclareza,nasuacoerênciaenaconsistênciadasuaapresentação.
As questões gráficas não são questões de mera aparência: elas pamlham o cui-
dado de tomar a redacção de um trabalho adequada às suas finalidades.
Processos sobre os quais o modo de grafar tem incidência particular-
-;-~;:-dedecisiva
mente aspas.,são
a citação.
o uso adeparáfiase e o pMgio.,
abrct;i.4Íwít2s, a .no`.aç~ao
5iÉj4s, ±o etemp`o.
4cró#i.mos .das aTedi?^=:
símboíos; utiliza-

das mocd4s, dos w¢mcros; o uso das Jef/4s m4i.úfcwJ4s; a foma de inserir #oí4s;
a refierência bibliográf ica e a. f icha bibliográf ica.
De todas estas questões se tratará a seguir, esclarecendo, exemplifican-
do, expondo as nomas que as regulam
70 71

As abreviaturas empregam-se desde a Antiguidade (1. N. R. 1. -Jcsws


D. ~"soe:::e::e:,àeuvelasteu::s:P:::Ttpaàrn:x:nmüpT:,'eà"ns desvlos tis conven- D.
N4z4rew# Rcx Jwd¢co"Í%/ e muitas abreviaturas correntes procedem do
MODOS DE
latim (etc. -cf c4cíer4). Destinam-se a economizar tempo e espaço. Não se - uitrapassar a primeira consoante da segunda sílaba (abrev. - abrevia- RE#::L::
REPAESENTAÇÃO

GRÁFicA
deve, no entanto, abusar do seu emprego. Deve apresentar-se sempre, na tura); GRÁFicA
-escrever as duas primeiras letras ü)l. -plural);
parte pré-textual de um trabalho, a lista das abreviaturas utilizadas e reme-
ter-se para essa lista, sempre que se usa pela primeira vez uma abreviatura. -escrever a primeira e últlma letras Ur. -Júmor);
Nunca se deve começar uma fiase por uma abreviatura, até porque se -juntar, à letra inicial, qualquer outra letra suficientemente identifica-

pode dar o caso de esta ser obrigatoriamente de letra minúscula. Pela mesma dora da palavra (fl. -folha);
razão, não se deve iniciar uma nota com uma abreviatura, mas, se tal for mes- -juntar, à primeira palavra monossilábica de uma expressão, a letrâ ini-
mo necessário, esta manterá a sua letra minúscula habitual, se for esse o caso. cial da suâ segunda palavra (etc. -cf c4cfcr4/;
Devido ao processo da sua constituição, as abreviaturas têm uma apa- -pôr a parte final em expoente e, neste caso, colocar o pontc> antes da(s)
rência gráfica d]ferente da que é própria das palavras de uma língua, mas letra(s) sobrelevada(s): Ex.a -Excelência;
tendem, por vezes, a adaptar-se ao sistem linguístico e, em alguns casos, - usar qualquer conjunto de letras suficientemente identificadoras (Ld.a
dão origem a palavras novas (snob -palavra inglesa, de s. nob. -si.#e nobi./t.- -Li,mtada);
f4fc, expressão latim que sigiifica «sem nobreza, plebeu»). - usar grafemas que reproduzem parte do som da palavra (Lx. - Lis-
boa);
0 uso de abreviaturas deve respeitar as convenções existentes: -incluir sinais gráficos como a b4rí¢ (/) (c/ - conta; c/c - conta cor-
- a noma geral para abreviar pdavras consiste em escrever ou a pri- rente);
meri letra seguida de ponco (s. -substantivo) ou a primeira sílaba e a -indicar o plural através de dupl]cação (AA. -autores).

primeira letra da segunda sílaba, seguidas de ponto (arc. - arcaico);


caso a primeira letra da segunda sílaba seja vogal, deve escrever-se até É de uso flexionar as abreviaturas:
à próxima consoante, inclusive (neol. - neologismo); se a segunda -em género Úrof./prof.a -professor/professora; Dr./Dr.a -Doutor/
sílaba começar com duas consoantes, as duas fàrão parte da abreviatura /Doutora; Sr./Sr.a - Senhor/Senhora; Ex.m°/Ex.ma -Excelentíssi-
(decr. -decreto); mo/Excelentíssima);
-devem eliminar-se, pelo menos, três letras da. expressão oridnal, para ~ em número (n.°/n.°S -número/números; pág./págs. -página/pági-
que valha a pena fazer um abreviatura; nas; vol./vols. -volume/volumes; A./AA. -autor/autores).
- existem abreviaturas em que se usa a letra maiúscula (D. -Dom/Do-
na) e outras que são escritas com minúscula (n. -nota); A maioria dos ramos da ciência e das artes tem um conjunto de abrevia-
- todas as abreviaturas devem termimr com ponto; quando há várias turas próprias que são, quase sempre, universalmente usadas e entendidas.
abreviaturas seguidas, devem ser separadas por um espaço ®. ex. - As abreviaturas mais usuais são de natureza bibliográfica, comercial, militar
por exemplo); e científica.
- depois do ponto de abreviatura, pode colocar-se qualquer sinal de

pontuação, excepto outro ponto (- Vi.sfc o 4#Íómí.o Ferreí+4/r. .?) ;


-se a palavra abreviada tiver acento gráfico, este será conservado, caso
esteja colocado sobre a primeira sílaba ®ág. -página);
-as abreviaturas de vocábulos compostos, cujos elementos se ligam por

.1
hífen, mantêm este sinal, se fórem escritas com letras minúsculas
(m.-q.-p. -mais-que-perfeito) .
73
72
LISTA DE Al,GUMAS ABREVIATURAS
D.
D.
MODOS 0E
MODOS DE A. - autor m.-q.-p. -mais-que-perfeito
REPFIESEN"
FIEPFIESENTAÇÃO a. C. -antes de Cristo n. - nota A sigla é uma abreviatura geralmente formadà pela sequência das ini- GFiÁFicA
GFIÁFICA abrev. - abreviatura N. 8. -no/4 bc#c (expressão latina que
ciais das palavras-chave que fomam o nome completo de uma entida-
adj. -adjectivo significa «nota bem.»)
al. - alemão n.° - número de, constituindo uma nova denominação (CGTP por Confederação
arc. - arcaico neol. - neologismo Geral dos Trabalhadores Portugueses; PJ por Polícia ]udiciária; PSP
arq.°/arq.a - arquitecto/a; ob. cit. -obra citada por Polícia de Segurança Pública).
ar..° - artigo obs. -obseNação
C.a -companhia (em sentido op. cit. -opws ci'Íaíwm (expressão latim
comercial) que significa «obra citada») Na simples abreviatura pronunciam-se por inteiro as palavras abreviadas
c/ - conta p. ex. -por exemplo
c/c - conta corrente P. F. - por fàvor (n.m° e Sr. lêem-se i.jwsín's5!.mo e scÍ.hor); as siglas soletram-se, pronuncian-
cap. - capitão p. f. - próximo Íhturo do-se o nome de cada letra em sequência (SA por Sociedade Anónima;
cap.o - capítulo P. M. P. - por mão p[ópm ADN por ácido desoxirnbonucleico). Este é o traço fiindamental que dife-
cf. - conírontar p. ou pág. - página rencia as siglas das abreviaturas simples.
cit. - citação p. p. - próximo passado Algumas das siglas usadas têm origem em línguas estrangeiras (SOS por
D. -Dom, Dona P.e - Padre
Sm Owr SowÍs = Salvem as nossas almas; DVD por DiÉi.f4J Vcrs4ÍÍ./c Di.sk =
d.C. -depois de Cristo pl. - plural
Dr./Dr.a -Doutor/a disco digital versátil).
pp. ou págs. - páginas
Eng.°/Eng.@ - engenheiro/a i)rof. /prof.. -professor/a A formação e o uso de siglas estão sujeitos a algumas normas:
etc. -c! c4eicr4 (expressão latina que q.b. -quanto baste • geralmente as siglas escrevem-se em maiúsculas e sem pontos nem
sigufica «e o resto») Rev. - Reverendo espaços entre as letras que as fomam;
Ex.L Excelência S. -São, Santo • não deve ser utilizada uma sigla cuja constituição originaria uma
Ex.mo/. - Excelentíssimo/a s. ou subst. - substantivo
f. ou Íl. ou fol. - folha S. S. -Sua Sanddade sequência com mis de seis letras;
fut. - fiituro séc. -século
• as sig[as não se dividem no fim de uma linha, sendo tomadas como
gén. - género s. f. f. - se faz favor uma palavra indivisível;
gram. ~ gramática sing. - singular • quando se utiliza uma sigla pela primeira vez, esta deve ser identifica-
i. e. -J'd csf (expressão latim que Sr. / Sr.a ~ senhor/senhora
da, salvo se for sobejamente conhecida ou muito facilmente reconhe-
sigmfica ((isto é») Ss. - seguintes
cível pelo sentido imediato do texto;
ibid. - i'b!'dcm ®alavra latim que tel. - telefone
• em cartas oficiais e documentos legais, deve usar-se a nomenclatura
significa «no mesmo lugar») V. Ex.a - Vossa Excelência
id. -i.dcm ®alavra latina que significa v. g. -vcrbi.gr4Íi.4 (expressão latina que extensa e não a sigla;
«o mesmo») significa «por exemplo») • as sidas não fomam plural (as ONG por as Organizações Não Gover-
Jr. -Júnior v. s. f. f. -volte, se fàz fàvor namentais);
lat. - latltude V./`r`l.-Ver>Íl/Ve:Bffs
• as siglas dobradas (ou isoacrónimos) são usadas para designar pes-
long. - longitude vd. - ".dc (imperativo de verbo latino
|.d.' ou L.da -Limitada soas Íàmosas cujo nome e apelido têm a mesma .letra inicial (88 por
que significa «vê»)
Lx. - Lisboa vol. - volume Brigitte Bardot) .

Actualmente é muito fiequente o uso de siglas em todo o tipo de liii-


guagem, seja culta ou coloquial, assim como em publicações de carácter

74
CIA - Central lntelligence Agency D.
científico ou cultural. No entanto, a bem da claieza, o uso de siglas deve ser
CIP - Confederação da lndústna Portuguesa MODOS Dt
D. sempre moderado.
MODOS DE
EMGFA -Estado-Maior-General das Forças Amadas REPRESEN1.M
GFIAF'C^
REPRESENTAÇÃO EP - Empresa Pública
GRÁFicA

:Eâk-_EET,:::s.adpeúÊ::,aag:ni.ffdaesà'àr:;íees:às:::
0 acrónimo é uma sigla que se ajusta às regras fonológicas da língua FAO-Organização(dasNaçõesUmdas)paraaAlimentaçãoeaAgncultura
portuguesa, pronunciada de foma contínua como uma palavra nor- FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Rerional
mal e não soletrada. FLAI) - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento
FMI - Fundo Monetário lntemacional
G 7 - Grupo dos 7 Países mais industrializados)
Exemplos de acrónimos :
- ONU por Organização das Nações Umdas; IApml - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas lndustriais
-uNEstcopárUnitedNatior"EducationalScientificand_C.ultural_or?ani- IN-CM - Imprensa Nacional-Casa da Moeda
INATEL - Instituto Nacional para Aproveitamento dos Tempos Livres
sation--OianizaçãodasNaçõesunidaspanaEducação,Ciênc.aecultura.,
- ovni por objecto voador não identificado; IPIB - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas
-\&ser Lpor liiiht ampltf ication by stimulated emíssion of radiation = arrLp\iB- RS - Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares
RC - Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas
cação de luz por radiação estimulada.
IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado
0 acrónimo foma-se geralmente com as letras iniciais, mas pode con- LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil
ter outras let[as: LNETI -Laboratório Nacioml de Engenhana e Tecnoloria lndustnal
-Frelimo por Frente de Hbertação de Moçambique; NATO - North Atlantic Treaty Organisation (= OTAN)
-TelexporTclq)~.WE#c#4Mgc=correspondênciaportele-impressão; OGMA - Oficinas Gerais de Material Aeronáutico
-GestapoporGchci.mcSfm#Poli.2;ci.=PolíciaSecretadoEstado; OLP - Organização de Libertação da Palestim
-RadarporÍadi.o-dcfccíi.o#4#dÍ4Mgmg=localizaçãoedetecçãoporrádio; ONU - Orgamzação das Nações Unidas
- Sonar por Sow#d N4viÉ4Íi.o# R4#gi.#g = 1ocalização por navegação OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (= NATO)
orientada pelo som. PALOP - Países Afiicanos de Língua Oficial Portuguesa
PCP - Partido Comunista Português
Há situações em que coexiste a soletração da sigla com a pronúncia não PEV -Partido Ecologista <(Os Verdes»
soletrada do acrómmo: PT-Polícia]udiciária
- CD-ROM por comp# di.5¢ Íc4d-oMjy mcmoqí = disco compacto com
PREC - Processo Revolucionáno em Curso
memória só de leitura. PRODEP-ProgramadeDesenvolvimentodaEducaçãoemPortugal
PS - Partido Socialista
LISTA I)E ALGUMAS SIGIAS E ACRÓNIMOS
PSD - Partido Social-Democrata
PSP - Polícia de Segurança Pública
BBC -British Broadcasting Corporation
RDP - Rádio Difiisão Portuguesa
BE - Bloco de Esquerda
RFA - República Federal Alemã
CDS-PP - Centro Democrático Social -Partido Popular
RGA - Reunião Geral de Alunos
CEMGFA - Chefe de Estado-Maior-General das Forças Amadas
RGP - Reunião Geral de Professores
CEr`goR - Centro de Formação de Tomalistas
_JI
76 77
x §'F£Íff€*ãj##£fç8-iB¥!#t •-'-h , , ,-ri #r,t#;;
SGPS - Sociedade de Gestão de Participações Sociais Símbolos de medidas D.
D. SIDA - Síndroma da lmunodeficiência Adquirida ée ppúuoa. d"
4. emprimenio slmMo acs.peçde d®bolo HODOS DE
MODOS DE
SPGL - Sindicato dos Professores da Grande Lisboa quilómetro quadrado km2 quilolltro kl REPRESENTAÇA
REPRESENTAÇÃO quilómetro km
STAPE - Secretariado Técnico dos Assuntos Políticos e Eleitorais hectómem hm hectómetro quadrado hm2 hectolitro hl GRAFicA
GRÁFicA
decâmetro dam decâmetro quadrado dam2 decalitro dal
TAP - Transportes Aéreos Portugueses
mefto m metro quadrado m2 1ltro 1
UGT - União Geral dos Trabalhadores decímefto dm decimetro quadrado dm2 decilitro dl
cencímetro cm centímetro quadrado cm2 cendhtro cl
mJlímebo mm milímetro quadndo mm2 mililitro ml

d. maaaa itmbdo é. oob.mc slmbolo 4riú d"


toneLâda t metro cúbico m3 imriare ma
decímetTo cúbico dm3 hectaTe ha
0 símbolo é um abreviatura espead que representa uma noção ou con- qulnd q
centímetTo cúbico cm3 area
quilogram kg
ceito por meio de letras. Trata-se de um modo de representação gáfica hectogra" hgdecagramadag8rama8 milímetro cúbico mmJ CentiaTe ca

que se baseia num relação de significado estabelecida convenciomlmente.


nas nudems:
decigram dg decastere dasc
centlgrama Cg este,e St
Os símbolos do sistema métnco (m = metro), por exemplo, são uma
ril,gra- mg decistere dst
convenção intemacional e a sua grafia é a mesma em todas as línguas que üknm-," xti"
ü.empoahm .Iabolo d.cao "'€ \Y, `\ dnb.b
utilizam o alfàbeto latino.
grau Celsius/centígrado °C bel8 dnd
Existem algumas normas reguladoras do uso de símbolos: decibel dB hora h
grau Fahrenheit oF
• Os símbolos de medidas escrevem-se geralmente sem ponto e são in- grau Réaumur oR watt Vr mmuto min
miliwact mvlr segundo s
vanáveis, usando-se unicamente no singular. Assim, o símbolo m é
usado tanto para mcfro como para mcíros.
de anÊ*loa slmb®I® dc clotiriddode /mag"etismo shbob fta~ stHúri
• Os símbolos escrevem-se com mmúsculas, excepto quando têm ori- ânrio recto R ampere A candeh cd
ampere-hora Ah lúmen lm
grau
gem em nomes próprios: A = ampere, do nome do cientista Ampêre. mlnuto ampere-volta Avt lux lx
• Os símbolos empregam-se unicamente a seguir a números: J m; nos segundo ampere-voltapormetro Avt/m nit nt
coulomb C lúmen-segundo lm/s
grado gT
outros casos, usam-se os nomes das unidades por extenso: 4rcscí!fc o decigndo dgr firad F lux-segundo lx/s
resultado em metros. cenrigrâdo cgr Gauss Gs dloptm d
• Os símbolos são colocados à direita e na mesma linha dos números miligrado mgr HemH
heftz Hz
a que se referem e não sobrelevados nem intercalados entre a parte joule J
inteira e a decimal, que os números possivelmente tenham 4 Íomc Ícm maxwell Mx
miliampe[e Mâ
20,9 m de aliura. Ohm W,0
• Quando há necessidade de referir vários números, todos eles são
acompanhados dos respectivos símbolos: Dc 4 m cm 4 m/flz-sc #m4 inF®ea.ti.a.
quilojoule
slmbsto quilovolt
quilovolt-ampere
kj
kv
kvA
d'"m
abertura. Se o peso uariar entre 6 kg e 15 kg, não hwerá problema. esteno sn quilowatt (quilovádo) kw Pressão de 1 kg por
• Os símbolos °C e °F colocam-se junto à numeração a que se referem newton N volt V càiúmetTo qLiâdmdo kg/cm2

quilogâmetro kgm volt-ampere VA


sem qualquer espaço intervalar: 3 7°C. cavalo-vapor CV watt W
• Quando o símbolo se escreve por extenso, a foma do plural obtém-se barcstockesSt weber V[n>

acrescentando apenas j, sem interposição de qualquer vogal: w4fí/w4ff§;


volt/uolts.
7e 70

D. D.
MODOS DÊ
MODO§ DE
REPRE§ENTAÇ
REPRESENTAÇÃO
As aspas (« »; " "; ` ') são um sinal gráfico que se coloca antes e depois Citação é a inserção, no decorrer de um texto, de uma informação GRÁflcA
GRÁFicA
de uma citação, de um título ou de palavras ou expressões a realçar. pertencente a um fonte identificada, quando são reproduzidas as pró-
pnas palavras da fonte citada.

Os vários tipos de aspas existentes costumam ser desigmdos assim:


« » aspas francesas A citação deve corresponder exactamente ao original e ser acompa-
" "vírgulas dobradas ou aspas duplas
nhada de informação rigorosa da sua fonte, incluindo a da(s) página(s) con-
` ' vírgulas simples ou aspas simples
sultada(s).
Uma citação de extensão breve (ocupando até três linhas) ocorre no
0 uso das aspas é regulado do seguinte modo: corpo do texto pnncipal e é apresentada entre aspas. Quando uma citação
• apresentam-se entre aspas as citações curtas que ocupam até três linhas
está contida noutra escreve-se entre aspas simples.
e ocorrem no copo do texto; Uma citação longa (mais de três lmhas) deve constituir um parágrafo
• as aspas simples indicam citação dentro de citação, como a seguir se independente, recolhido em relação à margem, digitado com menor
e;xe:rn:pÜÂca... Qiiando penso nas tuas palauras: «nunca mais me esquecerei de espaço.
que me disseste "sou um `verdadeiro' amigo" e cumpriste» , fico comoúdo., A remissão para a indicação da fonte de uma citação pode ser feita por
• quando um título em itálico inclui o título de uma outra obra, este úl- sistem numénco ou por autor-data.
timo deve ocorrer em itálico e entre aspas fi.ancesas: P4n] #m4 /c!.fwr4 Jc Sistema numérico - No fim da citação (após todos os sinais de pon-
«Folhas Caídas »:. tuação, excepto o travessão), insere-se um número qigeiramente sobreleva-
• na redacção oficial, em traiiscrições com mais de um parágrafo, colo-
do, em corpo menor ou entre parênteses) que remete para a referência
cam-se aspas no início de cada parágrafo e no fim do último; completa dos dados da fonte, colocada na mesma págim em nota de roda-
• o recurso às aspas com objectivo eníático deve restringir-se apenas aos
pé, no fim de cada capítulo ou no fim do texto (é preferível que seja na pró-
casos de deslocação de sentido niais invulgares ou raros, devendo pro-
pria página para faciJidade do leitor). A reinissão para as fontes é efectuada
curar-se que a ênfase pretendida seja dada, de preferência, pela própria
por numeração única e consecutiva para todo o texto ou para cada capítulo
força da palavra escolhida. Este uso de aspas para obter um efeito de e não recomeçando em cada página. Em vez de números, também podem
destaque deve ser moderado, sob pena de a sua quantidade abusiva ser usadas letras em sequência alfabética. 0 asterisco pode ser usado quando
anular o objectivo pretendido; a obra integrar poucas notas.
• as aspas colocadas por baixo de palavras ou de linhas sigmficam o mes-
Sistema autor-data - Para evitar intempção na sequência de leitura
mo que ÍÉtMÍ, !.cíem, a mcsm4 co!.s4 e, neste caso, são utilizadas por razões do texto, a indicação da fonte citada sucede imediatamente à citação. É colo-
de economia de tempo ou de esforço: cada entre parênteses e constituída pelo apelido do autor ou, se for caso
Mw!.fo i.nfcícs54m!c - superlativo absoluto analítico disso, pelo título de entrada (seguido de vírgula), pelo ano de publicação
lnteressantíssimo - " " s;ír\têúco
(seguido de dois pontos), e pela(s) página(s) onde está localizada a informa-
ção citada. A identificação completa de todos os dadós da fonte é possível
através da consulta da respectiva entrada na bibliografia geral do trabalho.
Uma vez adoptado um dos métodos, este deve ser seguido de forma
consistente, ao longo de todo o trabalho.
01
00
Alguns aspectos particulares a ter em conta na citação:
D.
D. • A citação pode ser directa (reproduzida a partir de consulta do texto MODOS DE
MODOS DE
original) e indirecta (reproduzida de fonte não-oririnal) . Neste último REmESENTAÇAo
REPFIESENTAÇÀO Plágio é a utilização de um texto ou de uma passagem sem referir o GFiÁFicA
GRÁFICA
caso, deve utilizar-se. antes da referência da fonte, a fórmula apud
seu autor e apresentando-os como da autoria da pessoa que os utiliza.
®alavra latina que significa «junto de») ou citado por.
• Quando, numa citação, se faz o registo linear de dois ou mais versos,
deve colocar-se uma barra [/] no fim de verso e bam dupla [//] no A ausência da indicação da fonte e do reconhecimento da autoria de um
fim de estrofe. texto, que se reproduz literalmente num trabalho, ê uma acção incompatí-
• A citação de excertos de peças de teatro deve apresentar o nome das
vel com o rigor e a honestidade intelectual, o chamado plágio directo: apre-
personagens em maiúsculas e as indicações cémcas entre parênteses e sentar como seu o trabalho de uma outra pessoa.
em itálico. Outro tipo de plágio é o que resulta não de uma cópia literal ms de
• Os títulos de filmes ou de obras de arte são citados em itálico.
uma leve reformulação, da mudança de algumas palavras, apresentando,
assim, um texto ligeiramente alterado sem, mais uma vez, referir a sua fon-
te, como se a sua autom fosse de quem fez a cópia vagamente disfàrçada.
Referir as fontes daquilo que se inclui num trabalho e não é origiml do
' A paráftase é a refomulação de um texto, por meio de palavras dife- autor desse trabalho, quer se trate de citações literais quer se trate de pará-
frases, é um procedimento básico de honestidade intelectual. Acresce ainda
rentes das oriãmis, sem, contudo, lhe modificar o sentido nem o
que a apresentação das referências bibliográficas é um factor de valori-
ponto de vista.
zação, legitimando o trabalho e demonstrando a qualidade das leituras
realizadas.

Quando alguém fàz uma paráfiase, mntém as ideias do texto original,


mas usa as suas própnas palavras, ao contrário do que faz quando cita literal
e directamente.
A paráfrise é incluída na sequência normal de um texto, sem utilização
A data escreve-se em números árabes e da seguinte fórma: em primei-
de quaisquer aspas, ms tem de ser referenciada. A referência da fonte para-
ro lugar o dia, depois o mês e, por fim, o ano. Entre o dia e o mês e
fraseada é colocada entre parênteses, sem o registo do número da página,
entre este e o ano coloca-se sempre a preposição dc: 2J dc Novcmbro dc
dado que não se trata de uma citação, rnas com indicação do nome do autor
1_996.
e data da publicação, de modo a conduzir o leitor para a bibliografia final do
trabalho. Num texto que inclui uma paráfiase deve ser notório quando esta
se inicia, temina ou é interrompida. Na representação abreviada da data, os meses são indicados por um nú-
Parafi-asear um passagem de um texto que se leu tem como obüectivo . mero árabe de acordo com a sua o[dem de sucessão anual e não se usa a
não só referir as suas ideias, como interpretá-las, comentá-las e tomá-las
preposição dc..
como ponto de partida para outros desenvolvimentos. A paráfiase pode ser- 25.11.1996 ou 25-11-1996 ou 25 / 11 / 1996
vir também para apresentar de modo mais acessível textos de dificil enten- Nas referências temporais entre duas datas, os números inclusivos
dlmento. devem ser indicados sempre até ao algarismo das dezenas: 1990-94.
Quando se trata de um períódo que decorre em dois anos consecutivos,
estes são separados por:
e3
82
• um hífen, se o período abrange a totalidade dos dois anos: f990-199]; A referência de medidas inserta num quadro estatístico, grafa-se em nú-
D.
D. • uma barra, se não for esse o caso: A#o Jecfi.t/o de 1990/1991. meros seguidos do respectivo símbolo:
MODOS DE
MOE'OS DE Dístâncias quilométricas
Na referência aproximada de uma data usa-se c., abreviatura de ci.rc4 REPRE§ENT^çA
REPRESENTAÇÃO GFIAFIC^
GFIÁFicA ®alavra latina que sígnifica «cerca de»): N4sc!.mc#fo de Gi.j Vi'ccwfe -c. 146J.
Lísboa ao Porto - 31 4 km
A referência do século faz-se em numeração romana: sécwJo xiv;
Lisboa a Évora -150 km
séculos xiv-xv.
A referência de uma década deve fazer-se com o recurso à palavra anos,
década ou decénio: Nos 4#os 60; %4 c!éc4d¢ dc 60; o dccé#i.o 1960-r970.

A designação das mo`edas, inserta num texto, escreve-se por extenso.


0 símbolo de hora(s) é h (unidade de medida de tempo que equivale a No preenchimento de quadros estatísticos, usa-se a respectiva sigla.
60 minutos)
0 símbolo de mnuto(s) é min (unidade de medida de tempo equiva-
lente a 60 segundos) Uma quantia simples de dinheiro de uma determinada moeda deve
0 símbolo de segundo(s) é s escrever-se por extenso:
Custou cinco mil euros.
Se se tratar de uma quantia complexa, o seu registo fica simplificado
A maneira correcta de grafar as horas, tanto no singular como no plural, com o recurso à anotação dos algarismos: CwsÍow 942 3j4, 80 cwros.
é usando o h mnúsculo, sem ponto e sem espaço: 12ti /dozc hor45/.
Quando o registo das horas implica a referência de horas, minutos e se-
gundos, usam-se os respectivos símbolos, sem espaço entre os números e
sem ponto. No entanto, só se assinala o número dos minutos com a abre-
viatura min, se a indicação especificar a hora até ao número dos segundos: 0 uso da letra maiúscula iiiicial obedece a determinadas regras. Há,
5hl5 (cinco horas e quinze minutos) no entanto, a liberdade de se reconer às maiúsculas para realçar uma
20hl5minl 3s (rinte horas, quinze mínutos e treze segundos) palavra ou expressão.
Na referência das horas deve usa[-se o arcigo: d4s 12 ৠ14 hor4§; às s ho-
ras.
A letra maiúscula pode, pois, ser usada como um recurso semelhante
Quando a primeira unidade referida é o minuto, é com ela que se deve
ao sublinhado ou ao itálico, quer aplicada apenas na letra inicial quer na
£azer`a concoràâncía,.. E,e chegou aos t5 para ds g tdos ]5 m,r.utos para as g ho..
totalidade do vocábulo.
").
«Fazei a apologia da Força e da lnteligência.
Fazei despertar o cérebro espontancamente geniâl da Raça Latim.
Tentai vós mesmos o Homem Defimtivo.»
ÀLM^DA\ NÊGREiRos, Textos de lntenienção
As medidas, em contextos não estatísticos, devem ser grafadas por
ex`enso.. Ontem andei dois quilómetros a pé.
`++
es
e4
«NATAL.. . Na província neva.
• nas formas pronominais e adjectivas que se referem a entidades sagra-
D.
D. Nos lares aconchegados, das: 4mcí#o-I,o (a Deus);
MODOS DE
MODOS DE Um sentimento conscrva • nos títu,os de ,|Vros, Pub||Cações Periód|Cas e Produções artísticas: os RE;'à-E:É:T:üo
EPRESENTAÇÃO Os sentimentos passados.)) Maias, Finisterra, Expresso, Guemica, Didonário de ]ormlismo-, GRAflcA
FERNANDo PEsSOA, C4Mcioíici'ro
GFiÁFicA • nos nomes, adjectivos, pronomes e expressões de tratamento cortês ou

A letra maiúscula emprega-se:


de reverência: D. (Dom/Dona), DÍ. Poutor), Sr. (Senhor), E#."
• em começo de período ou citação; (Excelentíssima), V.M. Vossa Majestade), V.E.4 Wossa Excelência),
• nos nomes próprios (antropónimos) , nomes que designam filiação ou S.S. (Sua Santidade), V.S.4 Wossa Senhoria);
• em certas abreviaturas de palavras ou expressões que se escrevem com
linhagem, cognomes e alcunhas, entidades reliriosas e designações de
iniciais mnúsculas: V. (você), A. (autor), E. D. (espera deferimen-
crenças e actos com elas relacionados: 4#fó#Í.o, M4n.¢, Hc#n'4wcs, o
to);
C:onquistador, Deus, Céu, Natal. Páscoa.,
• na linguagem epistolar quando, por deftrência, consideração ou res-
• nos nomes que designam povos, habitantes de um lugar, tribos e castas
(nomes étnicos): Porfwgwcsc5, Si.#Írcmscs;
peito, se quer realçar o nome: Caro AmiÉo, Qwcn.d4 Mãc, Prt'2'4do PÍo-
• nos nomes de entidades mitolóricas e astronómicas: yé#w5, 84co, Teí- H Ssor.,
• nos nomes comuns a que se pretende dar especial destaque: 4/wsÍ!.fa,
ra, Lua, Ursa Maior:,
• nos nomes dos pontos cardeais e colaterais quando designam regiões: a lgualdade, o Amor, a Virtude, o Poeta, o Profissor.

Norte, Sul, Nordeste, Uste.,


• nos nomes de continentes, países, reÉões, cidades, vilas, aldeias e lu-

gares (topónimos): Ewrop4, Powwga/, j4forcs, Li.jbo4, C4mzcd4 dc A#-


siães. Beluer, Magoito;
• nos nomes de vias e logradouros públicos: PoMÍc Va5co d4 G4m4, P4r- As notas são observações ou aditamentos feitos em certos momentos
dos textos. Podem ser colocadas em pé de página, mas, quando são
que das Nações, Praça de Espanha, Rua das Quíntas-,
• nos nomes relativos ao calendáno de qualquer povo, a eras históricas, abundantes ou extensas, devem ser colocadas no fim do trabalho ou de
a épocas notáveis e a festas públicas tradicionais: Owfwbro, Ren4scÍ.men- cada um dos seus capítulos.

to, Prirrwera, Camaual..


• nos nomes que designam altos conceitos reliriosos, políticos ou nacio-
As notas de pé de página/rodapé separam-se do texto por um filete a
nais, quando se empregam individualmente, sem qualificativQs: 4 RCJt.-
um terço, meia linha ou linha a toda a largura; também podem ser separadas
gião, a lgreja, a Caridade, o Ramadão. o Estado. o I.aís, a.Nação,.a Lín_gua.,
• nos nomes de artes, ciências, cursos e disciplmas escolares: Arfc, Pi.#fw- por uma linha em branco. Devem ser compostas a um espaço, num corpo
inferior ao do texto (nomialmente dois pontos).
ra, Música, Escultura, Direito , Filologia Clássica, Matemática, Literatura.,
• nos nomes de repartições públicas, agremiações. escolas e estabeleci- 0 primeiro elemento da nota é o número (asterisco ou letra) corres-

mentos de qualquer tipo: <4jscwb/ci.4 d4 Rcpúbíi.", C4s4 dc Trjís-os- pondente à sua chamada, presente no decorrer do texto, seguido de traves-
-Montes, Academia das C:iências, Sociedade de Língua Portuguesa, Escola são.
As notas muito extensas podem ser divididas por várias páginas; quando
Superior de Belas-Artes, Faculdade de IAtras, Museu do Brinquedo, Casa
uma nota extensa tiver de continuar na páãna seguinte, Lão deve ser divi-
Fermndo Pessoa.,
• nos nomes de altos cargos, postos, dignidades e títulos, quando se pre- dida no local em que a pontuação seja dois pontos.
Duas notas iguais na mesm página devem ser substituídas po[ uma só,

H
`ende vtiorizà-+os.. Presidente da República. Papa, Patriarca, Embaixador,
Ministro , Govemador,
chamada pelo mesmo número repetido.
e7
86
• Os números fi.accionários escrevem-se geralmente por extenso, mas as
Se uma nota se destina a referir a mesma fonte já referida na nota ante-
D. rior, emprega-se i'dem (palavra latina que significa «o mesmo») para substi-
MODOS DE
:::;õ::v=mssce:me:ch::a=u:aon:odedn=:aodsoreasíp::or|odseà"a::álán::::RErROEEiT:E"
tuir o nome do autor e i'Ói.dcm ®alavra latina que sigiifica «no mesmo lu-
REPRESENTAÇÃO apropriados; se se escreverem por extenso, emprega-Se o sufix0 4W5: GfiÁFicA
GFiÁFicA gar») para substituir o título da obra, seguindo-se as outras indicações:
1 júlio Din]s, Um4 Fami`Íi.4 Jwg/esa, vol. i, p. 190. Um quinto dos alunos teue nota positiua.
2 Jdem, i'óidcm. vol. ii, p.191. Feità as contas, veriyicou-Se que Cab,a a Cada um Pagar 1 /22 (ou um uin-
te e dois ai/os) da despesa.

Se a chamada para uma nota se encontrar dentro de um quadro, a nota


correspondente deve ser colocada no seu interior. Não deve ser separada • Os números decimais devem ser sempre escritos com algansmos.
• As percentagens, se surgirem com pouca fiequência no texto, devem
por filete, quando vai seguida de uma tabela guamecida de filetes.
ser escritas por extenso, mas se forem fi-equentes e incluírem fi.acções
ou números decimais, devem ser escritas com algarismos; se o número
for escrito por extenso, a expressão por ccM deverá também sê-lo; se o
'` Os números inseridos num texto são considerados como palavras e número for expresso por algarismos, poderá usar-se ou a expressão por
cc#fo ou o sinal de percentagem Í%/.
escrevem-se geralmente por extenso. Todavia, a notação dos números • Utilizam-se geralmente os algarlsmos para escrever os números cons-
deve seguir, como regra geral, a simplificação facilitadora da ledbili- tantes de tabelas, relatórios financeiros, enunciados matemáticos, esta-
dade e da compreensão. tísticas, resultados eleitorais ou desportivos, endereços, numeração de
páglnas.
• Os números em séries muito extensas, que vão até à casa dos milhões e
Em confomúdade com esta regra, devem acatar-se as seguintes onenta-
dos biliões, grafam-se da seguinte rnaneira:
ções:
• Os números redondos até cem são escritos por extenso: F4j!am dez
- se forem números redondos, escrevem-se os algarismos referentes ao
dias para ofim do mês.
valor de cada casa, seguidos da palavra biliões, milhões e mil, respec-
• Um número constituído por uma série longa de algarismos geralmen-
tivamente:
te n~ao se escieNe por extenso.. Tinham já passado 2325 dias desde que se
Estauam inscritos 20 milhões e 450 mil eleitores.
en£ontrava preso . -se não forem números redondos, escreve-se com algarismos toda a
• As datas, os números de telefone, as quantias exactas de dinheiro e as
série; até quatro algarismos, são grafadosjuntos; a partir de cinco, in-
medidas exactas de todos os tipos são geralmente grafados numerica-
clusive, cada ordem é separada por um ponto ou, de preferência,
mente:
por um espaço sem ponto.
Abstiveram-se 1.856.451 (ou 1856 451) eleitotes.
Aconteceu em 5 de Janeiro de 1995 .
0 anf iteatro tem uma lotação de 1098 lugares.
Ii3mbrwa-se de qie o número do telef tne era o 212121212. Naquela
Í4rdeg"Íow 5332 ct/ros. • Os números constituídos por séries de algarismos, quando escritos por
Esta sala tem 10,45 m de comprimento.
extenso, devem ser graíàdos- com vírgulas e com a conjunção c, segundo
o segrite padrão-. -2324 -doü mil, trezentos e rinte e qua:r:; 142 354 -
Mas:
cent; e quarenta e dois mil, trezentos e ánquenta e quatro. Note-se que a
Percorreu uma distância de cerca de trezentos metros.
_-

8e
centena é separada do milhar por vírgula, enquanto as suas umdades Existem normas que regulam o aspecto gráfico dos elementos que cons-
D.
D. intemas são articuladas por e. tituem a referência bibliográfica:
MODOS DE

REPFiE§EmAÇÃo
Outras recomendações a ter em conta na escrita de números: :rrtàraT:pae:1edhodàe;:rdaed:e:oorp:|ro=damdeon:eo;:ias:o"tloddoodeempomnàoú:cuuia:REFàoERíF*Two
GRÁFicA
• Em documentos oficiais (actas, cheques, testamentos), é conveniente e, se for esta a opção, ela deve ser mantida em todas as referênciâs de
uma lista bibliográfica;
que os números, nomeadamente as quantias de dinheiro e as datas,
sejam escritos por extenso para evitar a fi-aude e a interpretação incor- título - em itálico, com iniciais maiúsculas em todas as palavras signifi-
recta. cativas, termnando com um ponto ou uma vírgula;
• Nunca se deve começar uma fi-ase com um algarismo, até porque este volume - a referência do número do volume, geralmente abreviada
não é susceptível de variação minúscula/maiúscula. (vol. n.°), deve ser grafada em algarismos árabes, seguida de ponto ou
• Os números decimais escrevem-se com vírgula e não com ponto de vírgula; a partir daqui todos os elementos devem ser seguidos de
vírgula;
(1,2J).
• As colunas de números devem ser escritas de modo que as vírgulas das n.° de edição - quando a obra foi editada pela primeira vez há muito
casas decimais se encontrem alinhadas umas por baixo das outras. tempo e tem um grande número de edições posteriores, é aconselhável
• A numeração romna utiliza-se na identifiçação de papas, reis e rai- indicar a data da 1.a edição;

nhas, dinastias; nas referências a partes de obras, tomos, ca.pítulos, colecção -deve ser grafada entre aspas;
actos e cenas de peças teatrais; m indicação dos séculos. lugar de publicação - quando se trata da referência de um obra
• Na transcrição de títulos de congressos, seminários, encontros, confe- estrangeira (na língua oririnal ou em tradução portuguesa), deve refe-
rências, colóquios e outms reuniões, deve respeitar-se a grafia dos nu- rir-se o lugar de publicação em português, desde que a sua tradução
merais adoptada pelos promotores das iniciativas. exísta.. 1|)ndres em vez de IDndon.,
editor - o nome da editora não deve ser abreviado; se se tratar de
uma edição de autor, esse facto deve ser referenciado assim: Edição de
Autor;
data - se a data não estiver indicada, deve usar-se a abreviatura s. d.,
Referência bibliográfica é o conjunto das informações que pemi- mas se, apesar disso, for possível apurar a data da publicação, deve fazer-
-se assim: s. d. [1888];
tem identificar um livro, um jomal, um revista., um artigo, um texto,
uma página da intemet, enfim, qualquer obra ou parte de obra publi- página(s) -é o elemento que encerra a referência seguido de ponto.
cada.
Exemplos:

RiBEiRo, Bemardim. Oórfl5 CompJcÍ45. vol. 2, 3.a ed., col. «Clássicos Sá da Costa»,
0 nome do autor, o título, o local de edição, a editora e a data de pu-
Lisboa, Sá da Costa,1982.
blicação são os principais elementos que fazem parte de uma referência SussAMs, ]ohn E., Cow F4zw wm Rc/4Íón.o. Tradução dejúlio Soares Pereira, col.
bibliográfica. Um lista de referências bibliográficas ou bibliografia ordena- «Biblioteca de Gestão Modema», Lisboa, Editorial Presença, 1987.
-se por ordem alfabética dos apelidos dos autores. FRANÇA, josé-Augusto. A ,4Ífc cm Porfwg4Í m Sécwío XJX. 2 vols., Lisboa, Livram
Bertrand,1996.
A referência bibliográfica completa deve apresentar os vários elementos
TORGA, Miguel. Dián.o.12.° vol., 2.a ed., Coimbra, Edição de Autor,1977.
que a constituem de acordo com o modelo seguinte: GÉNouvRiER, Emile e PEyTARi), Jean. Li.mgwí.s/i.4wc cf EmciÉ#cmcrií dw Fr4nf4i.j,
Autor./, fi'fwJo./, volume./, n.° de edição, tradutor, colecção, lugar de Paris, Larousse, 1970.

publicação, editor, data, párina(s).

_+_
01

90
Exemplo:
A referência bibliográfica de um artigo que fiz parte duma publicação D.
NODOS DE
D. colectiva de amgos de diversos autores faz-se do seguinte modo: CAMiios, 1. F., «0 Cybervoyerismow Víao.. No li'mt.Íc d4 dejjc"dém.a, 2000. REPRESEm^ÇI
MODOS DE
autor: apelido e nome (seguidos de ponto ou de vírgula); www.vircio. org/cyber, consultado em 4/4/01. GFIÁF'C^
REPRESENTAÇÃO
título do artigo: entre aspas, sem itálico, com maiúsculas iniciais das
GRÁFicA
palavrassignificativas(seguidodepontooudevírgula);
título da publicação: em itálico, precedido de in (seguido de ponto Algunsaspectosparcicularesateremcontamreferênciabibliográfica:
ou de vírgula) ;
volume (seguido de ponto ou de vírgula) ; Autor
n.° da edição (seguido de vírgula);
• a articulação dos nomes de vários autores estrangeiros fiz-se com a
nome do tradutor (seguido de vírgula) ;
local de publicação (seguido de vírgula); conjunção coordenâtiva portuguesa c;
• quando a referência bibliográfica é apresentada imediatamente no
editor (seguido de vírgula);
data (seguida de vírgula) ; final de um texto, não se faz a inversão do nome próprio/apelido
do autor;
página(s) (seguida de ponto).
• na referência de várias obras do mesmo autor, o seu nome não neces-

Exemplo: sita ser repetido; basta colocar, no seu lugar, um traço seguido de um
Ponto;
BLooM, Harold. «The One With the Beard ls God, the Other ls the Devil», in • quando a obra apresenta mais de três autores, refere-se o nome do pri-
Po#wgw%Li.jcí4ry8Cw/íwreSíwdm-0#S""ovol.6,UmversityofMassa- meiro seguido de cf 4J. (abreviatura de cÍ 4JÍ.i., expressão 1atina que sig-
chusetts Dortmouth, Primavera de 2001, i)ág.155.
nifica «e outros»);
• na referência de uma obra colectiva, o lugar destinado ao nome do au-
tor será preenchido do seguinte modo: AA. VV. (Autores Vários);
Na referência bibliográfica, os títulos de poemas (ou o seu primeiro
• quando a obra não tem autor, mas director ou organizador, a seguir
verso, no caso de não terem título), de capítulos de um livro, de contos in-
aos seus nomes colocam-se entre parênteses as abreviaturas de organi-
tegrantes de um livro, de textos pertencentes a uma antologia, de ensaios,
zador/es ou director/es, conforine o caso: (org.) (dir.);
de amgos de revistas e jomais, não são grafados em itálico, mas apresentam-
• quando, para além do título, a obra apresenta subtítulo, também este é
-se entre aspas.
A referência bibliográfica de material recolhido na intemet faz-se do grafado em itálico e separado do título por um travessão ou dois pon-
tos;
seguinte modo:
• quando o título de uma obra integra o título de outra, todo o conjun-
autor(grafadodeacordocomanomadequalquerpublicação);
to é escrito em itálico, mas o título inserido apresenta-se entre aspas
título do texto ou artigo (entre aspas, sem itálico, com maiúsculas
Írincesas.
iniciais das palavras significativas, seguido de ponto ou de vírgula);
ti'tulo da página (em itálico, seguido de ponto ou de vírgula);

J
Edição
data da produção do texto ou artigo, se estiver disponível (seguida de
ponto); • Uma edição revista ou uma edição aumentada são referenciadas, res-
endereço da página (seguido de vírgula);
data da consulta (algumas párinas têm uma duração breve). pectivamente, com as seguintes abreviaturas: ed. rev.; ed. aum.
®3
92
Exemplo:
D.
D. NODOS l)E

MODOS DE
BELL 0udith) REPRESENTAçlo
REPFIESENTAÇÂO GRIFICA
Uma ficha bibliográfica é constituída pelos elementos de identifica-
GFiÁFicA Como Realizar Um Projecto de lwestigação
Ção essenciais de um livro, revista, jomal, artigo, os quais servirão para
(Um Guia para a Pesquisa em Ciências Sociais e da Educação)
a elaboração fiitura de bibliografias-base de um trabalho de investiga-
ção, e ainda por outros indicadores que possam auxiliar um trabalho Doing Your Research Ptoject: A Guidefir First-Time Researchers in Educa-
de investigação. tion and Social Science

Podem elaborar-se fichas por título ou por assunto, mas o tipo mais uti- | .a edição

lizado é o das fichas bibliográficas por autor. Os dados identificadores (idên-


Lisboa, Gradiva,1997, 212 p.
ticos aos que se usam na referência bibliográfica), que se inscrevem nesta
ficha, seguem a mesma noma. Devem, no entanto, ser dispostos grafica-
(Revisão científica de josé Machado Pais)
mente em coluna para fàcilitar a sua consulta:
Autor (inversão nome próprio/apelido todo grafado em maiúsculas) Gráficos , quadros, bibliografia.
Título
n.o de edição
tradutor
colecção
lugar da edição
edltor
A transliteração é a transcrição de palavras para um sistema alfabético
data
diferente do oririnal. feita fonema a fonema, de modo a conseguir a
páãnas máxima aproximação à forma gráfica foneticamente correspondente,
No caso de um título ser muito extenso, pode optar-se por não o re- de tal modo que seja possível a reconstituição por alguém que conheça
os dois alfabetos.
produzir integralmente, registando apenas as primeiras palavras, desde que
suficientemente identificadoras, e fazendo-as termnar por reticêiicias.
0 [egisto do número da edição justifica-se pelo facto de, por vezes,
A transliteração é feita seguindo um pronúncia aproximada, dada a im-
existirem diferenças significativas de edição para edição.
Para além destes elementos, toma-se útil registar também, no verso da possibilidade de reproduzir exactamente, quando os recursos fonéticos de
línguas diferentes apresentam assinaláveis diferenças.
ficha, o índice dos capítulos, se este não for extenso. Se o livro apresentá
Actualmente, dado que os alfàbetos não latinos se encontram disponí-
glossário, gráficos, quadros, bibliografia, ou outros elementos relevantes, veis no computador, existe sempre a possibilidade de escrever no alfabeto
esses dados devem ser inscritos na ficha, assim como o título oririnal, caso
oriãnal, no pressuposto de que o leitor o entende.
se trate de tradução. Anotar num canto da ficha a cota da biblioteca onde o
A transliteração é usada sobretudo no vocabulário Ónomástico de lín-
livro se encontra pode ser também de grande utilidade.
guas que usam alíàbetos ou sistemas gráficos diferentes do latino: cirílico,
0 registo de dados num ficha bibliográfica deve ser minucioso, já que
g[ego. aramaico, árabe, chinês, japonês. De um modo geral, os topónimos,
ele será a base de elaboração da bibliografia e esta deverá possibilitar a tarefà
antropónimos, nomes históricos e outras palavras dessas línguas, que não
do leitor que queira comparar as citações com o original.

______. _fl
94
tenham correspondente em português, devem ser transliteradas: Jt/4# Twr-
D.
guenieu., Theo Angelopoulos; Amos Oz.
MODOS DE
A necessidade de transliterar, com mais fiequência, ocorre em línguas
REPFIESENTAÇÂO

GFiÁFicA
como o árabe, o chinês, o grego, o hebraico, ojaponês e o russo.
Não há propnamente um sistema oficial de transliteração de um alíàbe-
to para outro, mas existem alguns usos e práticas aceites que convém respei-
tar. Assim, vejamos algumas situações pontuais que constituem dificuldades
na transliteração :
• Muitas vezes o primeiro interveniente na transliteração são as agências
de notícias, que a fazem para uma língua que não o português; neste
caso, deve posteriomente fazer-se a devida adaptação para o sistem
gráfico português; é conveniente, por exemplo, substituir o sb por ch.
• No entanto, quando os topónimos e antropónimos chegam ao portu-

guês através de outras línguas para as quais já foram transliterados, por


vezes, o uso consagra uma pronúncia influenciada por esse circuito TIPOLOGIAS
verbal e, daí, também a sua transliteração.
• A acentuação gráfica das palavras transliteradas deve ser feita de acordo DE TRABALHOS
com as nomas do português; se a sílaba tónica for desconhecida, pres-
cinde-se do acento gráfico. ESCFZITOS
• Na transliteração do árabe, é necessário ter cuidado com o artigo 4/

que, em nomes próprios, nunca deve ser eliminado, pois pode ser par-
te importante do sentido desse nome; deve ser grafado em minúscula
e sem hífen antes do nome que se lhe segue: A#ww a/ S4J4Í; numa se-
gunda menção, em que já se não use o primeiro nome, o 4/ deve ser
grafado com maiúscula; se, numa sequência fiásica, ocorrer o artigo
antes de um temo árabe com 4/, deve supriinir-se o ârtigo árabe para
evítar redundância.. o líder da Fatah e não o líder da al Fatah-, caso rr"tc]
diferente é o das palavras de origem árabe já existentes em português:
o algodão, o ákool, o Alcorão.
• Na transliteração do árabe o grafema H pode aparecer em qualquer
situação, pois ele marca um grande quantidade de tonalidades foné-
mÂticas.. Fatah.
• Na transliteração do chinês, embora tenha entrado em vigo[, em
1979, um sistema de transliteração oficial, não devem ser alteradas for-
mas de transhterarjá anteriomente consagradas, como: Pe4w!'m (e não
Bcij.Í.Íçg); N4wq#ím (e não Nam/.i.Íçg); devem também manter-se grafias já
consagradas de antropónmos, como: M4o T5c-!w]g, Cftow Ew-/4!.,
Chiang Kai-shek.
No conjunto dos trabalhos escritos, configuram-se várias tipoloÉas
com características e finalidades diferentes e que requerem tratamento indi-
vidualizado. Tratar-se-á, seguidamente, das tipologias mais fi.equentemente
usadas, cuja elaboração, por vezes, suscita dúvidas e necessita de orientação:
relatório, recensão, monografia, dissertação, ensaio, acta, requerimento,
cwm.cwíwm t;!.f4c, projecto, cafta de apresentação.

Um relatório é um escrito que apresenta o relato final, completo e


definitivo, de um estudo, de uma investigação ou de uma pesquisa.
Escrevem-se relatórios para fomecer informações a partir das quais
poderão ser tomadas decisões.

0 relatório não é uma mera transcrição de materiais estudados ou in-


vestigados, um conjunto de anotações desconexas, mas, sim, uma parte
essencial de um trabalho de estudo e investigação. Assim, a competência
para elaborar um relatório é parte integrante do desempenho do estudioso,
investigador ou qualquer profissional que o faça.
A designação de relatório aplica-se a uma multiplicidade de textos de-
terminada pelos contextos do seu uso, podendo, assim, um relatório variar
em exteiisão, profiindidade e alcance dos seus objectivos`. Desde o memoíümdo
(relatório curto e muito circunscrito) até à d!.sJcífafão ou íesc (relatório de

L
uma investigação desenvolvida e aprofundada) , o relatório abarca um con-
junto de escritos, que, não obstante as suas significativas diferenças, obede-

___-
00
98
cem, em linhas gerais, a uma mesma norma de elaboração e implicam a E.
E. existência de um mesmo tipo de características. TipoLoOW
TIPOLOGIAS
DE TR^B^Lll
0E TFIABALHOS
LINHAS GERA]S PARA EIABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO
Uma recensão é um escrito elaborado com o objectivo fimdamental ESC"
EsCRrTos
de proceder à apresentação de um livro/texto publicado, identifican-
do-o e dando conta do conteúdo/matérias nele tratados.
• Visão nítida do tema (questão central). • Presença difusa do tema.
• Inclusão da mfomação pertinente. • Acumulação de infomação supérflua.
• Especificação e esclarecimento dos • Referências genéricas, subentendidos, A recensão, também chamada recensão crítica, como a própria palavra
dados. implícitos.
indica, fàz o recenseamento, isto é, regista a existência de um dada publi-
• Aplicação de cnténos de adequação • Indiferenciação de limites,
i.i`ção. Ao fazê-lo, dá-lhe visibilidade, inventaria com rigor o seu assunto
e eficácia. discriciomriedade, arbitrariedade.
• Atenção ao destimtário. • Desatenção ao destinatáno. i` as suas características, faz dela uma leitura sucinta, marcada pelo ponto
* * {te vista de quem recenseia. Podem fazer-se recensões críticas de textos de
• Organização, ordenada • Ausência de uma ordem lógica
vários tipos, desde o científico ao literário.
e proporcionada, em partes: organizativa: mescla desconexa
Uma recensão é um texto curto, não explicitamente dividido em par-
introdução; revisão da literatura de tópicos não classificados;
imperccptibilidade de uma linha
tcs, mas com uma estrutura intema coerentemente articulada. 0 seu de-
(relatório científico clássico) ; métodos,
materiais, rcsultados (classificados condutora. `i`nvolvimento vertical segue o processo de leitura da obra recenseada,
e ordenados); conclusões * t)artindo dos aspectos mais gerais e mais objectivos para os mais específicos
e recomendações. • Lingmgem desnecessariamente
i` susceptíveis de problematização e termnando com uma abordagem mais
* expressiva, detemimda pela intenção
concentradamente opinativa/avaliativa. Esta linha preferencial de desen-
• Escrita em estilo corrente, não de impressionar, marcada por
redundâncias, coloquiaJismos,
volvimento, muito dependente do próprio teor do texto a ser recenseado,
coloquial.
• Adequação vocabular; uso ponderado superabundância de tec cismos iião deve, contudo, impedir o enquadramento na área do saber em que se
de termos técmcos e de linguagem e temos abstractos. integra, através da relacionação com outros textos com os quais regista
abstracta. * i\finidades.
• Sequências fiásicas longas e confiisas,
*
• Sequencialização e partição fiásica clara interpoladas de explicações oconentes,
e objectiva, apoiada em exemplos obngando a parágrafos muito extensos.
e analoãas e organizada em parágrafos *
de extensão moderada. • Divisão em secções sem elementos

* identificadores.
• Apresentação atraente e legível. • Numeração de partes demasiado
• Aspecto rifico fomalizado desmultiplicada.
e consequente. • Divisão de págim em quebra
• Facilitação da leitura: geral/por de sequência e de legibilidade.
secções/rápida localização • Vamção frequente e pouco criteriosa
de assuntos/tópicos/itens. do tipo de letra.

J
• Enquadramento gráfico do conteúdo • Instabilidade da composição gráfica
de llstas.
que lhe pemta: ser percomdo
superficialmente/compreendido cm
profindidade/assimilado/recapitulado.
100 101

LINHAS GERAIS PARA EIABORAÇÃO DE UMA RECENSÃO


E. E.
TIPOLOGLAS TlpoLOol/

DE "ABALHOS DE Tfl"l
• Identificação imcial do ot)Üecto • Antecipação prccipitada de uma Um monografia é um escrito, metódico e completo, sobre um tem
EscFin.os EscRrTo
da recensão aivro/texto): autor, título, entrada opinativa/avüativa. wpecífico e preciso, resultante de um trabalho ngoroso de pesquisa
tradutor (se for caso disso), editora, • Omissão/dispersão dos elementos
lugar e data de edição. identificadores/categorizadores da obra pomenorizada e aprofimdada sobre esse tema claramente definido.
• Caracterização da obra recenseada recenseada.
quanto à tipologia e género. *
* • Adição inconsciente e apócrifa de A monografia, como a própria palavra indica, ocupa-se do estudo de
• Descrição ngorosa e neutral do assunto, elementos estranhos à obra, meramente uiii só tem específico e bem delimitado. Embora, em sentido lato, a desig-
explicitando as suas linhas fiLndamentais produzidos por reacções subj ectivas ii.`ç`ão de monografia seja, por vezes, usada para trabalhos de nível universi-
e posições m s relevantes. durante a leitura.
• Distinção de aspectos • Acumulação desordemda i.'`rio em geral, aqui está a ser assumida como um género específico de tra-
essenciais/acessórios e momentos de dados/notas recolhidos durante l```lho científico. Neste sentido, a monografia é um trabalho académico,
fortes/fiouxos. a leitura. \iuase sempre de conclusão de curso, não tão curto como um artigo nem
* * i,-`o longo como um dissertação ou tese, que descreve, analisa e problema-
• Análise crítica fiindamentada, através • Apreciação insistentemente
riza minuciosamente um determinado tema.
de referências e citações, dos processos impressionista, eníaticamentc
de elaboração e do teor das linhas
Para escrever cientificamente sobre um problema específico, dentro de
pessoalizâda, sem explicitação dos
mesms da obra recenseada: critérios utilizados nas apreciações feitas tli`termnado assunto, é necessário restringir e dominar o seu campo, através
coerência/pertinência/propriedade/ nem fiindamentação das opiniões. `li. um trabalho intelectual de leitura, levmtamento de dados, reflexão e
/clanvidência/consecução de * ii`terprecação.
objectivos/competência/autoridade/ • Tomadas de posição pouco claras.
• Desconsideração de aberturas
A pedra-de-toque de uma monografia é a sua estrita unidade temática.
/crédito/influência/valia.
*
^ssim, a circunscrição do campo em estudo é que determma a relevância
para potenciais novos ângulos
• Expressão de concordâncias/ de abordagem. th informação a recolher, o âmbito dos nexos científicos a estabelecer, a
/discordâncias. * `i.lecção dos elementos fundamentadores. A estrutura intem de uma mo-
• Admissão de abertura para novos • Atomização do texto, dividmdo em
i`()grafia admite um leque significativo de variações, confome a área do
ângulos de abordagem. secções a sua natural brevidade.
• Quebra da sequencialização do texto {`()nhecimento a que se refere. Nunca deixa, porém, de: explicitar os
*
• Sequenciahzação textual contínua, e dâ produtividade da sua leitura, ut)jectivos e o objecto do estudo; descrever a metodoloria utilizada; apresen-
sem divisão em partes ou secções. com citações muito fiequentes t.ir os dados recolhidos e fazer a sua análise; intepretar resultados e extrair
• Proporciomhdade claramente e muito extensas e com inserção `.onclusões.
minoritária das citações, em relação de notas de rodapé.
ao texto próprio. 0

• Integração de citações e identificação


de fontes no decorrer do texto,

-
prescindindo de notas de rodapé.
10®
102

LINHAS GERAIS I>ARA EIABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA E.


E. Tlpoloa'I,
TIPOLOGIAS
DE TRAB^"OI
DE TRABALllos • Abrangência panorâmica de vários
• Delimitação precisa e claramente Uma dissertação é um escrito em que é feita um demonstração atra- EscFirTo8
EscRrros
reconhecível do assunto. assuntos. vés de uma cadeia estruturada de afirmações, assente num reflexão
• Abordagem de um único term, • Ambiguidade/contiguidade de áreas
temáticas.
geral e apoiada num argumentação ponderada e oportum.
circunscrito à análise dc um problema
específico. • Intercalação/cruzamento/mistura de
• Esgotamento/tratamento intensivo aspectos relativos a diferentes assuntos.
do tema seleccionado. • Tratamento genérico e extensivo. 0 temo dissertação serve para designar, tanto certos trabalhos inseri-
* * `lm no ensino de nível secundário ou em provas para concursos, como
• Identificação da ongem e delimitação • Ocultação das coordemdas
t.`tudos científicos produzidos no ensino superior: dissertação de licencia-
do tem no espaço e no tempo. e do histórico do tema.
• Fomulação de objectivos exorbitantes t`ir.i, dissertação de mestrado.
• Estabelecimento de obj ectivos
directamentc rclacionados com em relação ao tema.
Embora semelhantes em alguns dos seus princípios básicos e com
a questâo tratada. • Extrapolação da fiindamentação .ilgumas analogias metodológicas (demonstração, reflexão, argumenta-
• Fundamentação teórica limitada às teórica. ``í~`o) , ressalvadas as devidas proporções, a quantidade e qualidade das dife-
contnbuições ma]s ligads ao assunto. • Desvio da proximidade
wnças justificam um tratamento separado destes dois usos do termo disser-
• Pesquisa direccionada segundo o tema do tema/pesquisa de elementos ociosos
t.,ção.
seleccionado. e supérfluos.
* *
• Trabalho de extensão consonante • Prolongamento gratuito da extensão 4.1. DissERTAÇÃo COMO i)ESENVoi.VIMENTO I)E UM TEMA PROPOSTO
com os limites do tema. do trabalho.
• Estrutura coerente. • Acumulação desordemda de dados, A dissertação, que tantas vezes surge incluída em provas de exame ou
• Agrupamento ordemdo das etapas infomações, resultados , conclusões. `lc concurso, configura a exposição, discussão ou interpretação de um tema.
e resultados do estudo. * l'ressupõe a análise crítica desse tema e o desenvolvimento de um racio-
*
• Mera adopção e subscrição das
iínio lógico, claro, coerente, objectivo.
• Contnbuição com elementos inéditos fontes pesquisadas, perfilhando
A estrutura do texto dissertativo é constituída pela i'#frodwção, que apre-
ou revisão de um tema segundo um os conhecimentosjá existentes, sem
nada acrescentar. \.`nta a ideia principal a ser desenvolvida, chamando a atenção para os
ponto de vista diferente.
• Presença de sentido de utilidade para • Vacuidade e generalidade. t`bjectivos do texto, para os limites e ângulo de análise do tema e para a po-
outros estudos. * `i``ão que vai ser defendida; pelo dcsemvoJt/!.mc%Ío, durante o qual são expostos
• Demonstração de perícia e especialização. • Redacção descuidada, ao correr
m elementos fundamentadores da ideia principal, através de argumentação,
* da pem e ao sabor das impressões
• Elaboração textual cuidada. subjectivas, como se se tratasse `lc` especificação de pomenores, de ilustração com exemplos, de indicação
• Discurso impessoal assente no recurso de um texto expressivo/criativo. `li` causas e consequências, de apresentação de definições e de dados perti-
à terceira pessoa e no uso da voz • Desrespeito das normas textuais iientes; pela cowcJwsÕo, onde a ideia principal é retomada com convicção,
passiva. próprias de um trabalho científico. \iiiia vez que já foi fundamentada ao longo do desenvolvimento.
• Redacção predominante no passado
e no Presente gnómico ou atemporal.

._1
10®
104

LINIIAS CERAIS PARA EIABORAÇÃO DE UM TEXT0 DISSERTATIVO Sendo um texto extenso, deve ser dividido em capítulos, geralmente
E.
TIPOLOGLAS
: ,,,,::,o: ,.„á,;á"Í-:,,em:,:í£,r mí,cáav,.ss,ã,.cs:'::í:sn',:„:.s:ã:aepíc:"1Có:S:omÉse::õbe
DE TRABALHOS • Conhecimento deficiente ou confiiso
• Pleno domínio do terna. wbsecções. EscRrTo.
EscFin.os • Fidelidade ao tema. do tema.
• Afastamento do tema.
Todas as orientações relativas às nomas textu s de um trabalho cientí-
• Podcr de selecção (dentre a totalidade
• Ausência de selecção criteriosa de l`ico devem ser cumpridas com escrupuloso rigor, nomeadamente as que
de conhecimentos possíveis) orientada
conhecimentos, descarregando-os tlizem respeito aos modos de representação gráfica.
por um pensamento próprio, coerente,
oriãnal. indiscriminadamente , sem qualquer 0 cuidado a ter com a correcção linguística é, também, um factor fiin-
* discemimento. `lamental da elaboração de um dissertação de licenciatura ou de mestrado.
• Estruturação do texto planeada • Afirmações gratuitas e meramente
segundo linhas de raciocínio lógico impressivas.
e coerente. *
• Aigumentação rigorosa • Estruturação do texto segundo
e fimdamentada. progressão temporâl.
• Ausência de ambiguidade. • Ausência de planeamento.
*
• Substituição do rigor e da
• Clareza, precisão e fluência fi]ndamentação por uma retónca
na organização sequencial do discurso. expressiva, contra-sensos
* e ingenuidades.
• Linguagem objectiva, denotativa. *
• Discurso impessoal. • Progressão em ritmo precipitado
• Adaptação ao enquadramcnto e irreflectido, oriãnando enganos,
nomativo da prova: extensão, tempo, repetições, omissões, regressos
tom. extemporâneos e injustificados.
*
• Frases feitas, lugares-comuns,
ffaseoloria sup erficial sem conteúdo
preciso.
• Mero resumo de textos alheios.
• Prevalência do estilo pomposo sobre
o rlgor.
• Desatenção às normas enquadradoras.

4.2. DISSERTAÇÃO DE LICENCIATURA OU DE MESTRAI)O

Uma dissertação de licenc]atura ou de mestrado é um escrito que apre-


senta um trabalho de invesdgação, abrangendo a reflexão teórica, a exposição
dos elementos da pesquisa, a discussão dos resultados e as respectivas conclusões.

Neste caso, a dissertação é um trabalho extenso, apresenta-se sob o fór-


mato de livro e, por isso, para além do corpo do trabalho, é necessáno dar
atenção à presença de alguns elementos obrigatórios ou Íàcultativos.

__J
107
106

LINHAS GERAIS PARA EIAB0RAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO


E.
E. DE LICENCIATURA OU MESTRADO T'poloo'^®
TipoLOGiA§
DE TFIAEl^LHO
DE TRABALHO§
() ensaio é um escrito de índole dissertativa, pois nele é feita demons- EscFin'o8
EscRrTos
• Organização básica (embora adaptável) • Desrespeito das relações hierárquicas tração, mas não é um texto cuja principal vocação seja a de dar respos-
nos cinco capítulos canónicos. m sucessão das partes. ta ou mostrar conhecimentos previamente programados para serem
• Manutenção do fio condutor • Dispersão e menorização da linha
aprendidos. Não é um trabalho de resposta, mas de proposta.
da sequência das ideias e da sua relação directnz da exposição.
com um orientação gerâl integradora. • Extensão excessiva e prejudicial
• Atenção à legibilidade nos pontos de à unidade do trabalho e à concentração
articulação de novas fàses da exposição, no te". Existem algumas zonas de contiguidade e pontos de identidade entre o
evitando soluções de continuidadc. • Perda ou quebra da sequência ii.xto dissertati;o como exercício de deseywolvimento de um tema proposto e o escri-
• Atenção a simações de início: do pensamento. m que se designa como ensaio. Este será, no entanto, objecto de um trata-
• Rupturas, desfasamentos, incoerências.
perspectivação, localização, iiiento diferenciado, porque não resulta de um pedido nomalizado e não se
formulação , antevisão da abordagem • Citações feitas em excesso ou de forma
e do tratmento. desorgamzada.
`ubmete a teim programado e proposto por outrem.
• Atenção a situaçôes de fecho: • Desconexão entre as citações Bom eco desta üÂerença £aJz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa a.o
destaque, reumão , síntese, abertura e a dinâi"ca do raciocímo. il:`r as seguintes defimções:
de perspectivas. * ttDissertação: trabalho escrito feito por estudantes como exercício ou
• Zelo e rigor na referência das fóntes. • Pouco cuidado com os títulos, inicial
como prova, versando algum ponto das matérias estudadas.»
* e interiores, relativamente à sua fiinção
• Adequação do título ao conteúdo. orientadora da leitura.
«Ensaio: prosa livre que versa sobre um tema específico, sem o esgotar,
• Condicionamento da existência de • Indiferença pela captação do interesse reunindo dissertações inenores, menos definitivas que as de um tratado
subtítulo à sua fimção complementar. do leitor. fomal feito em profundidade.»
• Colocação dos índices no princípio • Ausência de critério e consistência
A liberdade e autonomia na escolha do seu próprio tema e na constitui-
do trabalho, a seguir ao resumo e aos da composição formal.
agradecimentos, se for caso disso. • Incumpnmento de nomas relativas ``ão do seu principal problema desobrigam o ensaio de certas normas mais
• Brevidâde e legibilidade do resumo. à organ]zação dobaJ. i"agmáticas, formais e circunstanciais, mas fazem recair sobre ele uma
• Função e colocação adequadas * ii`aior amplitude e oririmlidade no trabalho de reflexão e construção do
de anexos e apêndices. • Ausência de critérios e de acatamento
si.u conteúdo, que, por sua vez, exigem cuidados específicos.
* de nomas relativamente à paginação.
As linhas gerais para elaboração de um ensaio, que a seguir se apresen-
• Inclusão de uma folha de guarda • Sobrecarga e vamção não critenosa
t:`m, pressupõem (e por isso delas prescindem) aquelas que já foram dadas
(folha em branco que protege o início dos elementos gráficos.
do livro) . * i)ara a di.sserf4fão, por serem notoriamente necessárias à redacção dos dois
• Inclusão de folha de rosto que repete • Abuso de situações de reforço /, tipos de texto. São, por isso, orientações que incidem naqueles aspectos
os elementos constantes da capa. e enfatização, através, por exemplo,
• Sobriedade e contenção da orgamzação
que, por estarem isentos de uma nomalização muito estrita, ficarão a dever
da utilização excessiva de advérbios.
• Emprego de expressões de significado
•) equilíbrio, o acerto, a conveniência do scu tratamento, a opções e decisões
gráfica e consistência da fomatação.
autónomas do autor.
* pouco preciso e alcance não
• Empenho escrupuloso em cultivar dellmltado.

J
a propriedade e conecção verbais.
108 10,

LINHAS GERAIS PARA EIABORAÇÃO DE UM ENSAIO


E. E.
TIPOLOGIAS TipoLoa'M
I)E TRAEIALHOS DE TRAIIALH(
• Oriãmlidade, ideias relevantes • Apagamento de marcas de pensamento
EscRrros A designação de tese é usada para um escrito produzido por quem EsCFirTo8
e produtivas. original/tmnscrição de ideias alheias.
• Evidência de boa compreensão das
iiueira especializar-se como investigador científico, desenvolver acti-
• Apresentação de conhecimentos feitos,
leituras feitas.
vidade académica, seguir a carreira universitária e queira, por isso,
sem os submeter a discussão
• Curiosidade intelectua]. e argumentação. obter o doutoramento. De um modo geral, a !ese dc dowfoíc!mc#fo de-
• Argúcia. • Relato do histoml do problema sem Sigm um estudo original, extenso e profimdo, capaz de acrescentar
• Erudição necessária e pertinente, o vincular à tese do autor. conhecimentos novos à área de saber em que se integra.
indiciando investigação e sólida *
infomação. • Exposição confiisa, indiciando um
* pensamento pouco claro.
• Explicação da motivação pessoal. • Expressão de ideias pouco consolidadâs A tese de doutoramento resulta de um demorado e amadurecido traba-
• Empenho em infomar, esclarecer, e apreendidas muito superficialmentc. ll`o e pressupõe um conhecimento sólido dos estudos já existentes sobre o
avaliar, ampliar o conhecimento. • Repetiçõcs desprovidas de qualquer .i`sunto de que se ocupa. Deve, para além disso, procurar a sistematização
• Aprcsentação muito clara do tópico int€nção orientadora da leitura. `li` ideias sobre a matéria, porventura dispersas, mas, sobretudo, revelar
central em demonstração. *
• Justificação das iiiferências menos • Uso de fómulas fixas de composição
.ilL"ma coisa de verdadeiramente novo e original.
e articulação das partes, como quem
Como outros escntos de carácter dissertativo (o ensaio, a dissertação a
presumíveis a partir do enunciado
inicial do tema. apllca um receita. ttartir de tema proposto, a dissertação de licenciatura ou de mestrado), a tese
• Pressuposição e levantamento • Om]ssão de ligações temáticas entre `Ie doutoramento tem carácter demonstrativo, nunca perdendo de vista o
de ot)Üecções às ideias defendidas. as várias etapas do trabalho: flta
• Desenvolvimento de respostas
i`sforço posto em Íàzer convergir todas as infomações e deduções para as
de coesão.
às possíveis objecções. • Rupturas entre caracterizaçôes gerais `.onclusões finais.

* e abstractas e os exemplos que Trata-se de uma comunicação altamente especializada e dirigida a um


• Organização textual cm fiinção dos as deveriam ilustrar. .icademia científica, cuja finalidâde fiindamental é demonstrar uma hipótese
materiais própnos e específicos, mais • Subordimção da clareza aos processos tiue se elaborou inicialmente, isto é, provar uma tese.
do que de um padronamento retórlcos. A redacção de uma tese de doutoramento é feita em circunstâncias sufi-
Preexistente. *
• Marcação com clara evidência • Opção pela quantidade e profusãc) (.ientemente produtoras da devida informação e nomalização: o contexto
afirmativa do ponto mais importante de argumentos em detnmento da sua universitário. No entanto, algumas linhas orientadoras dessa mesma redac-
do ensaio. `..io, pela sua eventual utilidade prática, poderão sempre ser lembradas.
qualidade e solidez.
• Relacionação entre o geral
l)entre as orientações dadas para a redacção de outros textos de carácter
e o partlcular.
• Explicação do significado de temos ilcmonstrativo, serão, decerto, fàcilmente reconhecíveis algumas linhas ge-
muito específicos ou aos quais está a ser mis também necessárias à redacção de uma tese e que, por isso, aqui se não
atnbuída uma nova significação. ri.petem. Não obstante, insiste-se em alguns pontos já referidos, por serem
* i``uito importmtes.
• Adequação da mplitude/
/simplificação/expansão do te"
à abordagem seleccionada.

_,'-
iET
110

LiNIIAS GERAIS I>ARA ELABORAÇÃO DE UMA TESE DE DOUTORAMENTO E.


E. TipoLoai^o
TIPOLOGiAS DE TflAB^Lm
E TRASALHO§
• Exposição ordenada. • Perda de controlo da dinâmica Uma acta é um manuscrito elaborado para relatar o decurso de um Escmo8
EscRrTos • Raciocínios bem encadeados. da ideia condutora do raciocínio reunião. com o fim de manter um reàsto oficial, destimdo a consultas
• Desenvolvimento dinâmico do texto, em desenvolvimento. e verificações fúturas.
segundo a progressão do pensamento. • Digressões, derivas, cortes, na evolução
• Expansão da ideia condutora, através das referências e reflexões.
da progressiva inclusão das ideias • Colocação de dificuldades à leitura
desenvolvidas nas diferentes partes. de um demonstração longa. É pelo ficto de a infomação, que uma acta fomece, ter de obedecer a
• Construção fluente e coerente de um * •.ntériosderigorosafidedignidade,queelaésempresubmetidaaaprovação,
discurso que, sendo linear, há-de • Ausência imprevidente da elaboração
tior parte dos participantes na reunião a que diz respeito. Deve ser redigida
cumprir a fimlidade de refenr de um plano prévio de redacção.
•le modo que não seja possível qualquer modificação posterior.
realidades complexas. *
• Intercalação de sínteses intemédias • Paráfrases, fiases feitas, expressões sem Um acta é um documento oficial e. por isso, a sua redacção deve
valor científico. `cguirumaordemnomalizadaecontemplardeterminadoselementosobri-
que facilitam a leitura de um trabalho
longo. • Uso de terminolorias impenetráveis.
gatórios: indicação do número de ordem da acta; data, hora e local da reu-
• Pontuação expressiva e irónica.
* iiião; referência à orgânica do funcionamento da reunião (identificação
• Elaboração prévia de um plano • Linguagem conotativa.
{lo/da presidente; identificação do/da secretáno/a; orientação dos traba-
de redacção, diferente do plano • Obscurecimento oratório.
• Excessiva pessoalização do discurso. lhos) ; indicação das pessoas presentes e ausentes da reunião; transcrição dos
de trabalho.
• Escri¢a de versões várias no intuito • Imprudência no carácter autoritáno pontos da agenda que foram tratados (ordem de trabalhos); referência aos
de aperfeiçoar. das afimiações e proposições. documentos e relatórios submetidos à assembleia; relato fiel da sequência
* cronolóãca das ocorrências e das intervenções (comunicações, avisos,
• Exigência de um alto nível de clareza.
declarações, propostas, debates, deliberações), indicando as votações e res-
• Metalinguagem crítica compreensível.
• Linguagem referencial e unívoca. pectivos resultados. Se a acta for circunstanciada, deve transcrever, ainda
• Definição dos temos técnicos que são que resumidamente, o teor de cada intervenção.
categorias-chave do discurso. Sendo um documento oficial, a acta obedece a certos fomalismos que
• Pontuação ordemdora e clarificadora.
`e manifestam na ritualização verbal da sua abertura:
• Uso de algumas figuras de retórica, de ~, pelas _ horas e _ mmu-
Aos _ dias do mês de
se representarem uma necessidade
tos....,
de tomr a argumentação mais incisiva
e convincente. e-i-;aà-a
do seumais
fecho:
havendo a tratdr fti ,awada a presente acta que, depois de ltda
• Prioridade à compreensão, em
detnmento da beleza estilística. eaprovada,uaiserassinadapelopresidenteepormimqueasecretariei.
• Construções impessoais do tipo: daqwi.
se dq)reende., comprwa-se que., impõe-se
verificar..édecori{luir...
• Uso de verbos de sentido modal
e advérbios de ffise que permtem
relativizar as asserções: parcccr, Íc#der
para, ai)ontar para.. possivelmerite ,
prwauelmente`.`
112 113

LINHAS GERAIS PARA EIABORAÇÃO DE UMA ÀCTA 0 texto do requerimento inicia-se com o voc4fi.vo, usando a fómula de
E. E.
tratamento epistolar própria do cargo da pessoa a quem é diriãdo. Seguem-
TIPOLOGLAS TIPOLoalA®
_se dez linhas deixadas em branco ou dez espaços (aproximadamente) até ao DEi;;;;|~Ho,
DE TRABALHOS
• Escrita dos números por extenso para • Uso de algarismos, de modo que não
EscFtnos início do corpo do requerimento. Este abre com a identificação e qualifica- EscFirTo9
assegurar fiabilidade, evitar dúvidas assegura eficazmente a pemanência
e interpretações inconectas. da fiabilidade dos dados reastados.
`.ão do requerente. A seguir, usando sempre a terceira pessoa, começa a ex-
• Inexistência de espaços em branco, • Existência de linhas não ocupadas pela iior a sua solicitação com a fómula t/cm rcqwcící 4 ®essoa a quem
que devem, todos eles, ser trancados, escrita ou não trancadas por traços. `c dirige referida através da fó[mula de tratamento correspondente ao voca-
evitando qualquer acrescento • Uso de abreviaturas. tivo usado), seguida do objecto do requerimento, expresso por uma oração
de palams. • Texto rasurado.
iniciada por qwc ou por um substantivo abstracto (ex.: ... vcm Ícqwcrcr 4 V.
• Incxistência de abreviaturas. • Uso de corrector.
• Inexistência de rasuras. • Udlização de folhas sem linhas, soltas
Ex.a que permita„. ou... uem requerer a V. Ex.a perrriissão. ..). 0 requer\mento
• Emenda de erros ou lapsos, através e não numeradas. termma com a fómula Pcdc dc/cn.mcíiío, data e assinatura, cada um em sua
da palavra rectificativa diÉo. seguida • Ilegibilidade da caligrafia. linha, separadas entre si por três lmhas (ou espaços) de intervalo.
do reristo correcto do que se pretendia. • Er[os de linguagem.
• Rectificação de erros ou omissões, após • Aspecto gráfico confi]so e pouco LINHAS GERAIS PARA EIABORAÇÃO DE UM REQUERIMENTO
lavrada a acta, através da expressão: Em l-po.
deuido temi)o se declara que onde se lê ......
se deve ler ....... • Incumprimento das nomas
• Respeito da nomalizaçâo.
• Utilização, como suporte, de um
• Rigor no uso das fómulas adequadas. estabelecidas.
livro cartomdo de folhas pautadas • Falta de rigor m escolha das fómulas
• Clareza e propnedade m exposição
e numeradas.
do objecto. a usar.
• Cuidado com a leabilidade
• Registo de língua corrente ou cuidado. • Insistências e repetições.
da caligrafia. • Impropriedade vocabular.
• Sobriedade de estilo.
• Conecção linguística.
• Obj ectividade. • Registo de língua familiar.
• Uso dos verbos no prctérito perfeito
• Tratamento económico do assunto. • Estilo pomposo.
do indicativo. • Abordagem empolada.
• Linguagem denotativa.
• Limpeza e clareza do aspecto gráfico
• Tom fomal. • Tratamento expansivo do assunto.
em geral. • Linguagem retórica.
• Conecção linguística.
• Cuidado gáfico. • Tom afectivo.
• Linguagem pouco cuidada.
• Apresentação descuidada.

Um requerimento é um documento escrito dirigido a um serviço


público, por meio do qual se faz, à autoridade competente, um pedido
ou uma solicitação sobre um assunto que é do interesse do requerente.
0 "i.ric#!wm ".f4c, designação latina que significa «carreira de vida», é
um escrito que agrupa um conjunto de indicações e infomações de
índole pcssoal, académica e profissional.
A designação de requerimento aplica-se a um texto administrativo,

J
manuscrito ou processado no computador, possível de ser subscrito por
uma só pessoa, por um gnipo com identidade própna, ou por várias pes- 0 cwi+i.c#Jwm iü.f4c, de um maneira geral, destina-se a solicitação di.
soas, podendo, neste último caso, revestir a fimção de abaixo-assinado. i'mprego, pedido de bolsas ou subsídios, inscrições, apresentação de projec-
114 118

tos, concursos, apresentação como conferencista, avaliação de qualificações. EXEMPLo DE cLrRRrcuLUM wr:AE pARA soLlclTAÇÃo DE EMPREGo
E. A sua estrutura geral e a suâ apresentação devem manter-se, seja qual for a
TIPOLOGIA§ DADOS PESSOAIS
variação dos itens nele incluídos. Pode, no entanto, ser mais ou menos cir-
DE TRABALHOS Nome: ]oana da Ega
EscfirTos
cunstanciado, dar priondade a infomiação de uma área ou de outra, confor-
ldade: 36 anos
me a finalidade com que é apresentado.
Estado civil: solteira
Os dados e infomiações, apresentados de forma sintética, coerente e or-
Morada: Praça do Ramalhete, n.° 202
denada num c#rricwíwm t/i.f4c, contemplam os seguintes itens: identificação
Cidade: Lisboa
(nome; nacionalidade; mturalidade; data do nascimento; filiação; residência Código postal: 3333-333 Lisboa
e outros contactos; número, data e arquivo do búhete de identidade); for- Telefone : 212121212
mação escolar (diplomas, menções recebidas e classificações); outros cursos E-mail:jega@goodmail.pt
e especializações obtidos; funções profissionais e carreira profissional; está-
gios, bolsas, destacamentos; actividades científicas desenvolvidas; publica- ESC0IARIDADE

ções; conferências, colóquios, jomadas, reuniões e congressos científicos; Curso superior


associações, sociedades ou órgãos científicos, profissionais, culturais, téc- Especialidade: Administração de Empresas
nicos, em que foi admitido; actividades de formação realizadas; participação Cursos de fomação em:
• Recrutamento e selecção de pessoal
em júris; actividades administrativas desempenhadas; comissões e cargos
Local: Instituto Superior de Ciências Empresanais
exercidos; prémios, distinções, títulos conferidos; outras actividades;
• Cargos e salários
conhecimemo de línguas e de informática.
Local: Instituto Supenor de Ciências Empresariais

LINHAs GERAls pARA ELABORAÇÃo DE uM cuRRTcuLL" vmAE


EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Empresa: Evidex, Assessoria Empresarial
Cargo: directora do departamento de recursos humanos
• Apresentação de informação objectiva, • Inserção de comentários pessoais
Admissão: 03/06/98
selectiva e inteliável. ou juízos de valor sobre si próprio
• Estrutura apropmda: rubricas Saída: 06/06/2004
ou outrem.
destacadas umas das outras. • Ausência de uma matnz formal. Função: recrutamento e selecção de pessoal e desenvolvimento de
• Ordenação cronológica dos dados. • Desordem cronolórica dos dados projectos na área dos recursos humanos
• Coerência entre o grau fomecidos. Empresa: Citrex S/A
^ de pomenorização dos itcns • Extensão despropositada e enfadonha. Cargo: analista de recunos humanos
e o fim a que se destina. • Estilo empolado.
Admissão: 05/09/92
• Estilo conciso. •Usodeabreviaturasousidas..` `
Saída: 29/03/98
• Referência por extenso das designações • Linguagem incorrecta e inadequada.
Função: elaboração e execução de rotinas de pessoal, folha de
de estabelccimentos, órgãos, enddades, • Rasuras e emendas.
empresas, associações, etc. • Descuido dos aspectos gráficos. pagamento, análise e descrição de cargos.
• Correcção verbal.
• Aprcsentação gráfica cuidada CARGO PRETENDII)O
e coerente. Gerente de Recursos Humanos

PRETENSÃO SAIARIAI.
A negociar
117
116

LINIIAS GERAIS I>ARA EIAB0RAÇÃO DE UM PRO]ECTO


E.
E.
TIPOLOoiA®
TIPOLOGLAS
DE TFIAB^"
DE TRABALHOS • Indicação do título (e subtítulo), • Ausência de identificação
Designa-se como projecto um escrito composto pela descrição de Escllm8
E§cFirros da entidade, do coordenador, da data da proveniência/autoria
um conjunto de actividades, devidamente inter-relacionadas e coor-
e do local (na capa). e das coordenadas circunstanciais. .
denadas, delineadas dentro de objectivos precisos, limites de tempo e • Especificação clara do tema. • Referências difusas, indiciando pouca
de orçâmento, que constituem uma obra a rea]]zar, ainda m sua fase • Delimitação explícita da abordagem. segurança no domínio do terna.
• Apresentação convincente • Abrangência excessiva do ponto
de planeamento.
da importância do tema. de vlsta.
• Exposição das bases teóricas. • Ausência de apresentação do tem
• Revisão bibliográfica. pelo ângulo da sua importância.
A correcção e qualidade de um projecto são importantes para o(s) seu(s) • Definição de termos técnicos usados. • Depreciação dos fiindamentos teóricos.
autor(es), não só como elemento fundamental orientador da prossecução • Cálculo e descnção precisa de cada • Isolamento/ignorância em relação
do seu trabalho, mas também como investimento numa provável aprovação uma das etapas do trabalho. a outros trabalhos na mesma área.
• Correcção verbal. • Uso de l]nguagem técnica não
a que, de um modo geral, os projectos estão sujeitos.
• Apresentação gráfica cuidada esclarecida.
Emborâ um projecto deva incluir itens obrigatórios, que pemitem • Referências pouco controladas
e coerente.
identificar determinadas informções, necessárias à sua clara leábilidade e ao tempo de execução previsível.
avaliação, é a natureza de cada projecto que detemim a inclusão de outros • Linguagem incorrecta e imdequada.
tópicos esp ecíficos. • Rasuras e emendas.
• Descuido dos aspectos gráficos.
Assim. a estrutura de qualquer projecto deve necessariamente preen-
cher, pelo menos, as seguintes rubricas: apresentação, objectivos, justifica-
ção, objecto, metodologia, materiais, c[onograma, orçamento, bibl]ografia.
Como elementos pré-textuais, um projecto deve apresentar uma capa,
uma folha de rosto e um índice. 0 texto do projecto propriamente dito,
incluindo as rubricas obrigatónas e outras julgadas necessárias, deve ser orga- A carta de apresentação é um escrito no qual alguém pretende
nizado segundo a seguinte ordem introdução (identificação do tema/pro- mostrar-se como candidâto idóneo para um certo posto de trabalho,
blema que vai ser objecto do trabalho; hipóteses de resultados a obter; sublinhando essa sua quahdade e disponibilizando-se para iniciação de
objectivos; justificação) ; referencial teórico fundamentador; metodologia a contactos.
usar; bases matenais do trabalho; cronogrma de actividades; estimativa de
custos; reférências bibliográficas; anexos.
A carta de apresentação acompanha o envio do cwm.cwJwm tJ!.f4c, pre-
tendendo chamar a atenção da pessoa que o recebe e sublinhando muito
`inteticamente a relevância do seu conteúdo. Pode ser escrita tanto para res-
ponder a um anúncio de oferta de emprego como para tomar a iniciativa de
iima candidatura.
A carta de apresentação não substitui o cwm.cwJwm `vÍ.f4c, de cujo envio.
.iliás, deve informar; deve ser breve, fórmal, simples e linguisticamente cor-
recta, para não desacreditar a imagem dada por aquele.
Os elementos fi]ndamentais que uma carta de apresentação deve conter,
11®
118

colocados numa ordem lóãca, são os seguintes: identificação do anúncio a EXEMPLO DE CARTA DE APRESENTÀÇÃO
E.
E.
que responde incluindo a referência, se a tiver; identificação do candidato TlpoLoal^,
TIPOLOGIA§
(a) através do nome, morada e contactos; indicação do destinatário (nome, joana da Ega DE TFl^B^"
DE TRABALHOS
cargo, morada); data; assunto (indicação do posto de trabalho a que se can- Praça do Ramalhete, n.°202 Escnnoi
EscRn.os
didata, respectiva empresa e departamento); saudação inicial; justificação e 3333-333 Lisboa
motivação da candidatura; referência ao cwm.cwJ%m t;i.fac em anexo; dispom- Telefone:212121212

bilização para contactos posteriores; saudação final; assinatura. E-mail:jega@goodmail.pt

LINHAS GERAIS PARA EIAB0RAÇÃO DE UMA CARTA DE APRESENTAÇÃ0 Ex.m° Senhor


Director de Recursos Humanos da Litex, SA
Rua de Santa Olávia, n.° i
• Cumprimento das fomalidades • Imdequação das fómulas 4444-444 Lisboa
adequadas à posição de quem escreve. de tratamento, saudação e despedida.
• Concisão. • Menção de aspectos que não estão
Lisboa, 20 de Setembro de 2004
• Sobriedade. relacionados com a candidatura.
• Autenticação finú, atravês • Envio de fotocópia.
de assinatura. • Ausência de assimtura no final. Ex.m° Senhor:
• Correcção verbal. • Linguagem incorrecta e inadequada.
• Uso do presente do indicativo • Rasuras e emendas.
Venho, por este meio, apresentar a miiiha candidatura para o car-
e do modo condicional. • Descuido dos aspectos gráficos.
• Apresentação gráfica cuidada • Demasiado volume de texto. go de Gerente de Recursos Humanos que a vossa empresa anunciou
e coerente.
na edição de 19 de Setembro do/omaJ Mafi'#4/.
• Extensão máxima de um párim. ]unto envio, em anexo, o meu c#m.cwJwm tJi.f4c que apresenta a mi-
nha fórmação escolar, assim como a experiência profissional nesta
área, adquirida em anteriores empregos.
Gostaria, no entanto, de aprofundar os motivos da minha candida-
tura numa possível entrevista.
Na expectativa de um próximo contacto, subscrevo-me com os
melhores cumprimentos.
JoaRa. do` EgA

.-
ADVERTÊNCIAS
FINAIS
Elaborar um trabalho científico de modo claro, sintético e rigoroso exi-
ge que se tomem certas precauções e que se ultrapassem dificuldades rela-
cionadas com a redacção.
Os problemas que os autores/investigadores enfientam não decorrem,
muitas vezes, da £úta de conhecimentos ou da escassa experiência de inves-
tigação, mas, sobretudo, da ignorância de certos procedimentos que faci-
litam a tarefa e das dificuldades de organização e expressão.
Por estas razões, relembram-se, sob forma de advertência, alguns proce-
dimentos anteriomente desenvolvidos:

1 . Na escolha do tema, o investigador deve ter em atenção os seguintes


aspectos: tema original, de foma a poder ser desenvolvido com ele-
mentos novos; tema nem demasiado restnto nem demasiado geral,
que seja possível fiindamentar e tratar com rigor e obedecendo ao
plano definido.
2. Quando se redige um trabalho científico é necessário definir previa-
mente o destinatário do trabalho.
3. No capítulo «Resultados e discussão», é necessário ter em considera-
ção os dados obtidos durante a investigação para provar deteminada
teoria previamente concebida. Quando dados novos põem em dúvi-
da essa teoria, não se deve insistir nem forçar os resultados.
4. Para esclarecer um conceito mâis complexo é útil recorrer a exem-
plos ou a analorias. Estas são introduzidas por expressões do tipo
é como (se), é mais ou menos. semelhante a, da mesma maneira que, etc.
5. Abrir um parágrafo corresponde a introduzir uma nova ideia, não se
/ devendo, portanto, abusar desta prática.
121
124
] 3. A formaç.ão de adjectivos, a partir de nomes próprios, deve obede-
6. Se se recear que o destinatário não domine a gíria utilizada, é ne-
cer às regras de ortografia da língua Portuguesa: 5hakcspc4n." (de ADVEflFTiNc,
F. cessário esclârecer os termos técnicos num glossário.
ADVERTÊNCIAS Shakespeare), sÍc%dh4J!.4wo (de Stendhal), gorkt.mo (de Gorky)... FIN^18
7. Todos os quadros e figuras devem ser legendados.
FINA]S 14. Além da qualidade linguística, o trabalho científico é avaliado pela
8. Sempre que possível, devem preferir-se os substantivos concretos
sua pertinência e exequibilidade.
aos abstractos.
A pertinência imphca que o trabalho seja importante e tenha inte-
9. Uma elevada proporção de verbos na voz activa e de substantivos
resse para a comunidade científica ou para o público a quem se des-
concretos e uma baixa proporção de adjectivos e advérbios tomm
tina.
a comunicação mais eficaz.
A exequibilidade pressupõe que os resultados obtidos se destinem a
10. As palavras neutras, vazias de sentido, devem ser substimídas por
ser publicados ou divulgados oralmente.
outras mais expressivas e adequadas à intenção de comunicação.
15. Relativamente ao estilo, deve recusar-se o subjectivismo (a expres-
são de emoções ou gostos pessoais não se coaduna com o carácter
Ex.: 0 OÍÇ4mcMÍo dc Esf4do t/4i. melhorar/piorar o nível de vida...
científico do trabalho), o humor e o tom sensaciomlista, que con-
E:m vez de.. 0 0rçamento de Estado vai afictar o nível de vida. . .
trariam a seriedade e exigência que caracterizam o acto de inves-
A5 rc/omcü beneficiaram/prejudicaram/revoltaram os traba-
tlgação.
lhadores...
Em vez de.. As reformas atíngiram os trabalhadores. . .

11. A honestidade intelectual exige que todas as fontes utilizadas sejam


mencionadas; a sua omissão, além de revelar fàlta de rigor, é conde-
nável. Contudo, a indicação de fontes é desnecessána nas referên-
cias a noções universalmente aceites.
12. Em muitos trabalhos científicos, recorre-se a fontes estrangeiras,
ocorrendo erros de tradução, sobretudo em áreas técnicas novas.

A tradução requer um especial cuidado nas seg`rintes circunstâncias:


- quando as palavras em língua estrangeira são semelhantes às da
língua portuguesa, embora tenham significados diferentes: fi. gé-
#!.c, com o siguficado de «génio» mas também «engenhana»; ing.
Í.wgcM#i.fy, «engenho» (e não ingenuidade); ing. 4t;4i.J4b/c, :(disponí-
vel» (e não avaliável);
-ao subsdtuir palavras portuguesas por palavras incorrectamente
decalcadas nas estrangeiras: ing. chcc¢, «confi-ontar», «verificar
contas» (e não checar); ing. pn.#f, «imprimir» (e não printar);
-nâs referências a unidades de medida do sistema inglês (milhas,
libras, onças...), que não devem ser apenas traduzidas mas con-
vertidas ao Sistema lntemacional de Umdades.

/
r- J±
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abreviatura(s), 20, 21, 39, 59, 69, capa,15,16,17, 32,106,116,117


carta de apresentação, 97,117,118,
70, 71, 72, 73, 76, 82, 85, 89, 91,
112,114 119

acrónimo(s), 69, 74 citação/citações,17,18, 29, 69, 72,


acta(s), 88, 97,111,112 78, 79, 80, 81, 84, 92,100,106
adenda, 26 colecção, 88, 89, 92
adequação dos índices, 31 composição gráfica, 35, 51, 53, 98
advertência(s),15, 21,121,123 conclusão/conclusões, 16, 19. 20,
agradecimentos, 15, 18, 32, 106 24, 25, 45, 46, 50, 98,101,102,
amostragem, 29 103, 104, 105, 109
amostras, 24, 46 c#m.cÍ/JtJm tJi.f4c, 97, 113.114,115,

análise estatística, 24, 46 117,118,119

anexo(s), 16, 26, 28, 29, 30, 60,data(s), 16, 22, 26, 31, 79, 80, 81,
106,116,118,119 82, 86, 88, 89, 90, 92,100,111,
apêndice(s), 16, 24, 26, 27, 29, 30, 113,114,117
60, 106 década, 82
arranjo gráfico, 37, 56 dedicatória(s), 15, 17, 18, 63
desenhos técnicos, 23, 59
aspas,18, 50. 69, 78, 79, 80, 89, 90,
91 destinatáno(s), 22, 44, 98,118,123,
autor, 16, 17, 18, 20, 22, 23, 25, 124
diagramas, 59
26, 29, 31, 44, 47, 49, 50, 54, 56,
discussão, 16, 24, 25, 46, 103, 104,
61, 62, 63, 71, 72, 79, 80, 81, 85,
86, 88, 89, 90, 91, 92,100,107, 105, 108. 123
108,116 dissertação de licenciatura, 103,104,
bibliografia(s), 29, 53, 79, 80, 88, 105, 109
92, 93,116 dissertação de mestrado, 103
130 131

ed]ção/edições, 32, 48, 88, 89, 90, 1etra(s) maiúscula(s), 20, 65, 69, 70, século(s), 72, 82, 88
plágio, 69, 81
91, 92, 93,100,119 83, 84 segundo(s), 22, 43, 45, 77, 82, 87,
iNDICE
plantas, 59
ÍNDICE
editor, 63, 88, 89, 90, 92 lugar de publicação, 88. 89
FIEMISSIVO por extenso, 76, 82, 83, 86, 87, 88, 102,104,110,116 FIEMISSW
elaboração dos índices, 32 mancha gráfica, 54, 56 112,114 sida(s),15, 21, 69, 73, 74, 83,114
ensaio(s), 19, 90, 97, 107, 108, 109 mapas, 20, 30, 59, 60 símbolo(s), 39, 69, 76, 77, 82, 83,
posfácio(s),16, 26, 63
entrevista, 24, 119 margem/margens, 53, 55, 56, 58, 87
preficio(s),15, 21, 22, 63
epígrafe,15,17,18 79 projecto(s), 19, 25, 46, 93, 97, 115,sublinhado(s), 37, 65, 83
errata, 16, 35 materiais, 16, 18, 22, 23, 24, 25, 116,117 subtítulo(s), 16, 31, 35, 37, 57, 62,
espaçamento, 35, 53, 55 26, 46, 97,105,108,116 quad[o(s), 24, 26, 29, 30, 32, 55, 64, 91,106,117
espaços em branco, 54, 56, 112 medida(s), 69, 76, 77, 82, 83, 86, 59, 62, 63, 83, 86, 92, 93, 124 sumário, 15, 20, 31
esquema(s), 32, 59 124 tabela(s), 20, 24, 29, 30, 31, 59, 60,
quadros estatísticos, 29, 83
fac-símiles, 29 memorando, 97 86, 87
quantia complexa, 83
ficha bibhográfica, 69, 92 método(s), 16, 18, 19, 22, 23, 24, tese(s), 15, 17, 19, 21, 22, 23, 31,
quantia simples, 83
figura(s), 20, 24, 30, 32, 55, 59, 60, 25, 46, 57, 79, 98, 105 recensão, 97, 99, 100 32, 47, 50, 64, 97,101,108,109,
110,124 minuto(s), 77, 82, 111 referência bibliográfica, 69, 88, 89, 110
btografia(s), 23, 30, 31. 59 moeda(s), 69, 75, 83 90, 91, 92 tipos de letra, 61
fimção dos índices, 31 monografia.(s), 48, 97,101,102 relatório(s), 21, 22, 23, 32, 44, 48,tipos gráficos, 62
glossário(s), 29, 48, 02,124 negrito, 37, 62, 64, 65 ó4, 87, 97, 98, 111 título(s), 16, 17, 18, 20, 23, 31, 32,
gráfico(s), 20, 24, 37, 55, 56, 59,negro nosso, ó2 remissão, 79 35, 37, 39, 53, 56, 57, 59, 62, 63,
60, 61, 62, 78, 92, 93, 94, 98, nota(s), 16, 22, 26, 29, 44, 62, 63, requerimento, 97,112,113 64, 78, 79, 80, 84, 85, 86, 88, 89,
106,113,117 69, 70, 72, 79, 85, 86, 87, 100 resultado(s),16, 19, 20, 22, 24, 25, 90, 91, 92,100,106,114,117
hora(s), 77, 82, 111 notação do tempo, 69 tradução, 89, 92, 124
44, 46, 47, 50, 87, 98,101,102,
ilustração/ilustrações, 16, 29, 30, notas de rodapé, 29, 62, 100 104,105,111,116,123,125 transhteração, 93
59, 60, 103 numeração rornana, 82, 88 variações tipográficas. 54, 61, 62
resumo,15,18,19, 20, 32, 45,104,
imagem/imagens, 59, 117 número(s), 17, 20, 21, 24. 31, 32, 106 volume,19, 25, 71, 72, 77, 88, 89,
índice(s),16, 20, 30, 31, 32, 33, 34, 33, 55, 69, 71, 72, 76, 79, 80, 81, romano, 62 90,118
53, 92,106,116 82, 83, 85, 86, 87, 88, 89, 92,
índice geral, 20, 30, 31, 32 111,112,113,114
índice remissivo,12, 31, 33, 34 números decimais, 87 `
índices analíticos, 31 números fiaccionários, 87
índices particulares, 30, 31 páÉna(s), 15, 16, 17, 18, 20, 21, 23,
inquérito(s), 24, 29, 44, 50 30, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 54, 55,
introdução/introduções, 16, 21, 22, 56, 57, 58, 59, 60, 70, 71, 72, 79,
23, 24, 25, 32, 39, 98, 103, 105, 80, 85, 87, 88, 89, 90, 92, 98,118
116
página de rosto, 15, 16, 17
isoacrónimos, 73 paráftse(s), 69, 80, 81,110
itálico, 62, 63, 64, ó5, 78, 80, 83,
parágrafo(s), 18, 23, 37, 48, 53. 55,
89, 90, 91 57, 58, 59, 7j3, 79, 98, 123

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