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Reconhecida pela portaria nº 821 MEC – D.O U de 01/06/1994.

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E PROFISSIONAL DO AMAPÁ


Regulamentada pelo parecer nº 016/2004 CEE/AP – D.O E. de 25/01/2005

MANUAL DE NORMAS PARA


ELABORAÇÃO DE TRABALHOS
ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE
VALE DO ACARAÚ - AP

ORGANIZADORES:

Profª Ediléia Soares Pires


Profª Efigênia das Neves Rodrigues
Profª Héryka Cruz Nogueira
Profª Isabel Lúcia dos Santos Oliveira
Profº Oswaldo Júnior Rossato
Profº M. Sc. Robson Silvestre da Conceição
Profª Rosângela dos Santos Costa
Profº Romualdo Tavares de Oliveira

REVISORES:

Profº M. Sc. Robson Silvestre da Conceição


Profª M. Sc. Simone do Socorro Freitas do Nascimento

Macapá
2010
REITOR
Prof. Antonio Colaço Martins

VICE-REITOR
Gregório Maranguape da Cunha

DIRETOR-GERAL
Daniel Farias Silveira

GERENTE DE OPERAÇÕES ESTADUAIS


Alessandro Silva Souza Oliveira

COORDENADOR DE SUPORTE EDUCACIONAL


Valdiney Valente Lobato de Castro

ASSESSOR PEDAGÓGICO / AP
Carlos Nilson da Costa

ASSESSORA PEDAGÓGICA / AP
Efigenia das Neves Barbosa Rodrigues
SUMÁRIO

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) 5


2 FORMATAÇÃO DAS PÁGINAS DE TRABALHOS ACADÊMICOS 5
Elemento 5
Pré-textuais 5
Textuais 5
Desenvolvimento 5
Pós-textuais 5
2.1 EXEMPLO DA DISPOSIÇÃO DO TRABALHO 6
3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 7
3.1 CAPA 7
3.2 LOMBADA 7
3.3 FOLHA DE ROSTO 8
3.4 ERRATA 8
3.5a FOLHA DE APROVAÇÃO 9
3.5b FOLHA DE APROVAÇÃO PARA TCC 9
3.6 DEDICATÓRIA 10
3.7 AGRADECIMENTOS 10
3.8 EPÍGRAFE 11
3.9 RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA 11
3.10 RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 12
3.11 LISTA DE ILUSTRAÇÕES 12
3.12 LISTA DE TABELA 13
3.13 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 13
3.14 LISTA DE SÍMBOLOS 14
3.15 SUMÁRIO 14
4 ELEMENTOS TEXTUAIS 15
4.1 ELEMENTOS TEXTUAIS PARA O TCC 15
4.1.1 Introdução 15
4.1.2 Desenvolvimento 15
4.1.3 Conclusão 16
4.2 ELEMENTOS TEXTUAIS PARA O PROJETO DE PESQUISA 16
4.2.1 Elementos geralmente usados em projeto de pesquisa: 16
4.3 ELEMENTOS TEXTUAIS PARA O RELATÓRIO (ESTÁGIOS E PROJETOS) 17
4.3.1 Elementos geralmente usados em relatórios técnicos: 17
5 ELEMENTOS DE APOIO PARA A PARTE TEXTUAL 17
6 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 24
REFERÊNCIAS 24
ENTREVISTA 29
GLOSSÁRIO 31
APÊNDICES E ANEXOS 32
ÍNDICE 32
NORMAS PARA ENCADERNAÇÃO 32
TERMOS LATINOS 33
ANEXO A EXEMPLO DE ARTIGO CIENTÍFICO 34
4

3 cm

A) Margens

 Superior: 3 cm
 Direita: 2 cm
 Esquerda: 3 cm
 Inferior: 2 cm
 Fonte: Times New Roman ou Arial, Tamanho 12.

B) Espacejamento

O espacejamento que você deve adotar no seu trabalho


é:

a) Espaço 1,5:
- todo o texto entre linhas

3 cm 2 cm
b) Dois espaços 1,5:
- separa cada título das seções e subseções do texto
que os precede e os sucedem
- separa o texto das citações longas que os precede e
que os sucede

c) Espaços simples:
- citações longas,
- notas de rodapé,
- referências,
- legenda e fonte das ilustrações e tabelas,
- natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a
que é submetida e área de concentração

d) Dois espaços simples;


- entre uma referência e outra, na lista de referências
ao final do trabalho.

e) Entre parágrafos em todo texto: (referência microsolt


world)
- antes 6 pt.
- depois 6 pt

2 cm
5

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT)

É o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base


necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro
Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de
24.08.1992.
É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da
COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação
Mercosul de Normalização).

ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica


científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p.
ABNT. NBR6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro,
2002. 24 p.
ABNT. NBR6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de
um documento. Rio de Janeiro, 2003. 3p.
ABNT. NBR6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 2 p.
ABNT. NBR10520: informação e documentação: citação em documentos. Rio de
Janeiro, 2002. 7 p.
ABNT. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.
Rio de Janeiro, 2005. 6 p.
Consultar atualizações: http://www.abnt.org.br

2 FORMATAÇÃO DAS PÁGINAS DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Estrutura Elemento
Capa (obrigatório)
Lombada (opcional)
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória(s) (opcional)
Agradecimento(s) (opcional)
Epígrafe (opcional)
Pré-
textuais Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
Textuais Desenvolvimento
Conclusão
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Pós- Apêndice(s) (opcional)
textuais Anexo(s) (opcional)
Índice(s) (opcional)
6

2.1 EXEMPLO DA DISPOSIÇÃO DO TRABALHO


7

3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

3.1 CAPA

De acordo com a ABNT capa é a proteção externa do trabalho e sobre a qual se


imprimem as informações indispensáveis à sua identificação.

3 cm

Logotipo da instituição (30x25mm)


(download www.uvaamapa.com.br)
Nome da instituição
(maiúsculo, 12) UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ

Nome completo do autor (a) caso se mais


de um, dispor em ordem alfabética, CARLOS ALBERTO MONTEIRO
3 cm maiúsculo, fonte 12,espacejamento entre 2 cm FERNANDO AZEVEDO LIMA
linhas 1,5, centralizado

Título do trabalho em maiúsculo (negrito)


se houver subtítulo escrita normal, fonte 12,
espacejamento 1, 5, centralizado.
O ESPAÇO DA INFORMAÇÃO: dimensão
de práticas, interpretações e sentidos.

Cidade
Ano
(fonte 12, centralizado, espacejamento 1,5)
Macapá
2010

2 cm

3.2 LOMBADA

Conforme a NBR 12225 (ABNT, 1992), a lombada é elemento opcional, onde as


informações devem ser impressas da seguinte forma:
Nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da
lombada. (Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido
horizontal, com a face voltada para cima);
Título do trabalho, impresso da mesma forma que o autor;
Elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v. 2.
8

3.3 FOLHA DE ROSTO

A folha de rosto deve conter os mesmos elementos da capa, acrescidos de


informações complementares necessárias à perfeita identificação, como a natureza do
trabalho.
3 cm

Nome completo do autor (a) caso se mais CARLOS ALBERTO MONTEIRO


de um, dispor em ordem alfabética,
FERNANDO AZEVEDO LIMA
maiúsculo, fonte 12,espacejamento 1,5,
centralizado
O ESPAÇO DA INFORMAÇÃO: dimensão
Título do trabalho de práticas, interpretações e sentidos.
3 cm 2 cm
Trabalho apresentado à
Natureza do trabalho
(resumo,resenha,fichamento disciplina de Metodologia
,trabalho de conclusão –TCC, Científica, como requisito
trabalho acadêmico de sala de avaliativo do curso de
aula,projeto de pesquisa, Licenciatura Plena em
relatório)) e objetivo Matemática da
(aprovação em disciplina ou Universidade Vale do
grau pretendido e outros; nome
da instituição a que é Acaraú, orientado pelo
submetido, professor.(arial, Prof. Rafael Márquez de
times new Roman, fonte 10, Almeida.
espacejamento simples, recuo
8cm)
Macapá
Cidade
ano 2010

2 cm

3.4 ERRATA
É uma lista de erros, encontrados na monografia, mesmo após todas as
revisões. Não se deve publicar um trabalho ou arquivá-lo em biblioteca, sem que haja
certeza de sua exatidão. Por mais que se verifique, mesmo outras pessoas que não o
autor, freqüentemente surge pequenos erros. A errata pode ser encadernada ou
apresentada em folha solta.
3 cm

ERRATA ERRATA

Arial, Times New Roman, Folha Linha Onde se lê Leia-se

fonte 12, espacejamento 1,5, 13 6 Mastro Macro


3 cm 2 cm 25 2 Producto Produto
centralizado.
47 5 A moderna A moderna
administração administração
prega o uso sugere o uso
de EDI de EDI
78 18 CPRM CRM

2 cm
9

3.5a FOLHA DE APROVAÇÃO

Folha que contém os elementos essenciais à aprovação do trabalho.


3 cm

Nome completo do autor (a) CARLOS ALBERTO MONTEIRO


FERNANDO AZEVEDO LIMA
Título do trabalho O ESPAÇO DA INFORMAÇÃO: dimensão de

Natureza do trabalho e práticas, interpretações e sentidos.


objetivo; nome da
instituição a que é Trabalho apresentado à
3 cm submetido, professor (arial 2 cm disciplina de Metodologia
Científica, como requisito
ou times new roman 10, avaliativo do curso de
espacejamento simples, Licenciatura Plena em
recuo 8cm) Matemática, da Universidade
Vale do Acaraú, orientado pelo
Prof. Rafael Márquez de
Avaliado por: Almeida.
_______________________
Nome do professor Avaliado por:
Nota: _______ _____________________________
Data: ___/ ___ / ___ Prof. Rafael Márquez de Almeida
(Minusculo, fonte 12, centralizado Nota: _______
Data: ___/ ___ / ___

Cidade Macapá
ano 2010
2 cm

3.5b FOLHA DE APROVAÇÃO PARA TCC

3 cm

Nome completo do autor (a) CARLOS ALBERTO MONTEIRO


FERNANDO AZEVEDO LIMA

Título do trabalho O ESPAÇO DA INFORMAÇÃO: dimensão de


práticas, interpretações e sentidos.
Natureza do trabalho e objetivo; nome da
instituição a que é submetido, professor (arial ou Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca
times new roman 12, espacejamento simples, examinadora, como requisito parcial à obtenção do
justificado)) grau de Licenciatura Plena em Matemática, da
Universidade Vale do Acaraú,
3 cm 2 cm
BANCA EXAMINADORA BANCA EXAMINADORA
(Maiúsculo, fonte 12, centrlizado):
_______________________
_______________________
Nome do professor (orientador) Carlos Augusto Ribeiro (orientador)
__________________________
__________________________ Roberto Silva Marquez
Nome do professor (convidado)
__________________________
__________________________ Sandra Soares Barbosa
Nome do professor (convidado)

Nota: _______ Nota: _______


Data: ___/ ___ / ___ Data: ___/ ___ / ___
(Minúsculo, fonte 12, centralizado)

Macapá
Cidade
ano 2010

2 cm
10

3.6 DEDICATÓRIA

Elemento opcional, onde o escritor poderá dedicar seu trabalho a alguém que
considera especial e essencial a realização do estudo. Quanto às normas de digitação,
a dedicatória fica no final da página no canto direito. Não se coloca a palavra
dedicatória.

3 cm

3 cm 2 cm

Alinhamento do texto à
direita na parte inferior da Dedico a Deus, fonte de toda criação
página, arial ou times new sustentação e domínio.
Roman, espacejamento Aos meus amigos e meus pais, cujo
1,5, fonte 12 doce espírito habita estas páginas e
inspira a linguagem do meu coração.

2 cm

3.7 AGRADECIMENTOS

Diferente da dedicatória, os agradecimentos têm o objetivo de apresentar os


votos de reconhecimento, àqueles que contribuíram para que o trabalho fosse
realizado. É um elemento opcional e a palavra AGRADECIMENTOS, vem em negrito,
maiúsculo e centralizado.

3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, AGRADECIMENTOS


centralizado Foram muitos, os que me ajudaram a
concluir este trabalho.
Alinhamento do texto justificado, Meus sinceros agradecimentos à minha
fonte 12, espacejamento entre linhas família, pela confiança e pelo apoio;
3 cm 2 cm A Carlos Menezes, por sua força,
1,5. conhecimento e disposição, diante das minhas
limitações;
Às amigas da graduação, pelas conversas e
pela amizade;
Às professoras Ana Clara e Maria Augusta,
pelas valiosas sugestões, na banca de avaliação.

2 cm
11

3.8 EPÍGRAFE

A Epígrafe, elemento também opcional, é uma citação que marcou o escritor ao


longo de suas leituras e que agora fará parte das páginas iniciais de seu texto. Não se
coloca a palavra epígrafe.
3 cm

3 cm 2 cm

Alinhamento do texto a “A imaginação é mais importante


direita na parte inferior que a ciência, porque a ciência é
da página, limitada, ao passo que a imaginação
espacejamento entre abrange o mundo inteiro.”
linhas 1,5, fonte 12 Albert Einstein

2 cm

3.9 RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA

O resumo é a apresentação dos pontos relevantes de um texto, devendo


fornecer de forma rápida as idéias centrais do conteúdo. Usa-se em trabalhos de
natureza técnico-científica: trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações,
teses e artigos científicos.

Obs: Não se admite em um Resumo, parágrafos, nem citações. Ele é um parágrafo só


(inteiro).
3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, RESUMO


centralizado Estudos vêm demonstrando a importância da
argumentação no ensino de ciências, em
particular, nas discussões de aspectos sócio-
De acordo com a NBR-6028/2003, quanto a científicos. Neste artigo, apontamos como a
sua extensão os resumos devem ter: argumentação pode contribuir em tais
3 cm 2 cm discussões e a necessidade do desenvolvimento
a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos de intervenções pedagógicas pelo professor que
acadêmicos (teses, dissertações, TCC e outros) contribuam para aumentar a capacidade
e relatórios técnico-cientifícos; argumentativa dos alunos. A análise qualitativa
de um estudo de caso, em que o professor
b) de 100 a 250 palavras os de artigos de planejou um debate para desenvolver a
periódicos; argumentação dos alunos, indica que o uso de
perguntas que solicitem ao aluno que justifique
c) de 50 a 100 palavras os destinados a os seus pontos de vista.
indicações breves. Palavras-chave: Ensino.Sala de
Aula.Pedagogia.
(Fonte: arial ou times new roman, fonte 12,
justificado, espacejamento 1,5)

2 cm
12

3.10 RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

Elemento obrigatório em trabalhos de conclusão de curso ou de pós-graduação,


com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado em folha
separada em inglês com o nome de Abstract. Deve ser seguido das palavras
representativas do conteúdo do trabalho, isto é, Key-words (palavras-chave).

3.11 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada
no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do
respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista
própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,
gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros).

3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, LISTA DE ILUSTRAÇÕES


centralizado.
Figura 1 – Medidas transversais do cérebro 28
Figura 2 – Vista parcial do cérebro 34
Alinhamento do texto justificado,
fonte 12, espacejamento 1,5.
3 cm 2 cm

2 cm
13

3.12 LISTA DE TABELA


Elemento opcional, elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da
página.

3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, LISTA DE TABELAS


centralizado. TABELA 1 - Abastecimento de água segundo o 14
Município – 2000
Alinhamento do texto justificado, TABELA 2- Abastecimento de água – Rio 19
Grande do Sul – 2000
fonte 12, espacejamento 1,5. TABELA 3 – Abastecimento de água Região 35
3 cm 2 cm Urbana
TABELA 4 – Abastecimento de água Região 38
Rural
TABELA 5 - Moradores por abastecimento de 41
água

2 cm

3.13 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A lista é relacionada em ordem alfabética, seguida pelos seus significados. Na


primeira vez que as siglas aparecem no trabalho científico devem ser apresentadas por
extenso e separadas por um traço ou colocadas entre parênteses.

3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, LISTA DE SIGLAS


centralizado. ABNT – Associação Brasileira de Normas técnicas
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento
Alinhamento do texto justificado, Científico e Tecnológico
COMUT – Programa de Comutação Bibliográfica
fonte 12, espacejamento 1,5. CONCITEC – Conselho Estadual de Ciência e
Tecnologia
3 cm 2 cm EAD – Ensino a Distância
FACINTER – Faculdade Internacional de Curitiba
IBGE – Instituto de Geografia e Estatística
IES – Instituições de Ensino Superior
ONU – Organização das Nações Unidas

2 cm
14

3.14 LISTA DE SÍMBOLOS

Em relação à lista de símbolos é um elemento opcional, que deve ser elaborado


de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado.
3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, LISTA DE SÍMBOLOS


centralizado. Força F
Delta
Alinhamento do texto justificado,
fonte 12, espacejamento 1,5. Velocidade inicial v0
3 cm 2 cm

2 cm

3.15 SUMÁRIO

É a enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um trabalho,


na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, acompanhadas dos
respectivos números das páginas. Para elaboração deve consultar a NBR-6027/2003.
3 cm

Fonte 12, maiúsculo, negrito, SUMÁRIO


centralizado
1 INTRODUÇÃO 7
A palavra sumário deve ser centralizada e
negrito. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
Os itens do sumário devem ser destacados 2.1 AS RAÍZES DA PEDAGOGIA 9
3 cm pela apresentação tipográfica utilizada no texto: 2 cm 2.1.1 Pedagogia enquanto ciência 15
* seção primária (maiúsculo, negrito)
* seção secundária (maiúsculo, sem negrito) 2.1.1.1 O pedagogo no processo histórico 19
* seção terciária (apenas a primeira letra 2.1.1.2.1 Áreas de atuação do pedagogo 25
maiúsculo exceto nomes próprios, negrito)
3 METODOLOGIA 27
* seção quaternária (apenas a primeira letra
maiúsculo exceto nomes próprios, sem negrito) 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 29
* seção quinária (apenas a primeira letra REFERÊNCIAS 33
maiúsculo exceto nomes próprios, itálico) APÊNDICES 35
Os elementos pré-textuais não devem constar
no sumário. ANEXOS 40
Os elementos pós-textuais como,
REFERÊNCIAS, APÊNDICE(s), ANEXO (s)
não possuem número de seção.

2 cm

Obs: Elementos Pré e Pós-Textuais não usam numeração já todos os elementos


Textuais são precedidos de número arábico.
15

4 ELEMENTOS TEXTUAIS

Diversas são as formas de apresentação elementos textuais de trabalhos


acadêmicos, variando de acordo com o trabalho (projeto, relatório, TCC, artigos),
sempre cabe ao orientador (professor) que solicitou o trabalho indicar as partes que
compõem esses elementos, pois não existe uma forma padrão para todos os trabalhos,
mas cabe a metodologia científica a orientação dessas partes.

4.1 ELEMENTOS TEXTUAIS PARA O TCC

4.1.1 Introdução

A introdução é uma das partes essenciais e fundamentais do trabalho, portanto,


deve ser clara e objetiva visando o pronto entendimento do leitor. Ela tem, acima de
tudo, um caráter didático de apresentação, levando-se em conta o leitor a que se
destina e a finalidade do trabalho.
Conforme Köche (citado por MÜLLER, 2003, p. 76) o objetivo principal da introdução é
situar o leitor no contexto da pesquisa. O leitor, além de perceber claramente o que
será analisado, deverá conhecer o alcance da investigação e suas bases teóricas
gerais, assim como identificar quais foram às limitações encontradas.
A introdução de um trabalho científico deve indicar o tema tratado, o porquê de
se pesquisar esse assunto, onde o escritor pretende chegar com esse texto, o
questionamento principal da problematização do tema, a metodologia utilizada para a
realização do estudo e as partes que compõe o texto.
Resumidamente, a introdução deve abordar os seguintes assuntos: tema,
justificativa, objetivos, metodologia e identificação da estrutura do trabalho.

4.1.2 Desenvolvimento

Segundo a NBR 14724, o desenvolvimento “é a parte principal do texto, que


contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e
subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método” (ABNT, 2005,
p.6).
Este é o corpo do trabalho ou da pesquisa onde devem ser apresentadas as
fundamentações, teorias dos autores estudados para a realização do trabalho, assim
como a descrição da pesquisa de campo (se houver) e resultados obtidos. É nesse
momento que o tema principal é desenvolvido.
Esse capítulo pode ser dividido com subtítulos dependendo da necessidade do
escritor, porém o texto deve ser apresentado em uma seqüência lógica do assunto.
Diferente do que ocorre com os termos: introdução e conclusão, a palavra
desenvolvimento deve ser substituída por um título, como por exemplo:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, REFERENCIAL TEÓRICO ou PRESSUPOSTOS
TEÓRICOS.
16

4.1.3 Conclusão

Como o próprio nome menciona é a conclusão, a síntese do trabalho. Neste


momento verificamos se o estudo atingiu o objetivo da pesquisa.
Apresentamos de forma sintética as idéias essenciais do referencial teórico, da
metodologia, dos resultados e da análise.
Comparamos os dados finais ao objetivo geral que norteou a pesquisa,
estabelecendo e descrevendo brevemente o quanto foi alcançado em relação ao
objetivo proposto.

4.2 ELEMENTOS TEXTUAIS PARA O PROJETO DE PESQUISA

A ABNT NBR 15287:2005 sugere que os elementos textuais para elaboração de


um projeto devem ser constituídos de uma parte introdutória, na qual devem ser
expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando
couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s). É
necessário que sejam indicados o referencial teórico que o embasa, a metodologia a
ser utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessários à sua consecução.

4.2.1 Elementos geralmente usados em projeto de pesquisa:

Elementos pré-textuais
Justificativa
Problema
Hipótese
Objetivos: Geral e Específicos
Referencial Teórico
Metodologia
Cronograma
Referência
Apêndice
Anexo
17

4.3 ELEMENTOS TEXTUAIS PARA O RELATÓRIO (ESTÁGIOS E PROJETOS)

Segundo a NBR10719 o relatório técnico científico é o documento que relata


formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e
desenvolvimento ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica. O
relatório técnico-científico apresenta, sistematicamente, informação suficiente para um
leitor qualificado, traça conclusões e faz recomendações. É estabelecido em função e
sob a responsabilidade de um organismo ou de pessoa a quem será submetido.
A estrutura de relatórios técnicos, assim como os projetos de pesquisa, seguem
normas próprias das instituições de ensino superior que objetivam o aperfeiçoamento
do processo ensino-aprendizagem através de uma interação entre teoria e a prática.
Lembramos que qualquer espécie de relatório é antecipada da construção e da
apresentação de um projeto. O relatório implica uma descrição detalhada dos
resultados obtidos durante a vivência do projeto que foi construído, com objetivos bem
definidos. (OLIVEIRA, 2008)

4.3.1 Elementos geralmente usados em relatórios técnicos:


Elementos pré-textuais
Introdução
Desenvolvimento
Análise e interpretação dos dados
Conclusão

5 ELEMENTOS DE APOIO PARA A PARTE TEXTUAL

A) Numeração progressiva das seções de um documento escrito

Tem como objetivo auxiliar na elaboração das seções que são as partes em que
se divide o texto de um documento, que contém as matérias consideradas afins na
exposição ordenada do assunto de acordo com NBR 6024/2003.

Regras gerais de apresentação

 São empregados algarismos arábicos na numeração.


 O indicativo de seção é alinhado na margem esquerda, precedendo o título, dele
separado por um espaço. Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal
após o indicativo de seção ou de seu título.
 Deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinária.
 Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando os recursos de
negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal e outro (vide sumário no pré-
textual).
 Todas as seções devem conter um texto relacionado com elas.
18

 Quando for necessário enumerar os diversos assuntos de uma seção que não
possua título, esta deve ser subdividida em alíneas (cada uma das subdivisões de
um documento, indicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses).

Seção primária Seção secundária Seção terciária Seção quaternária Seção quinária
1 1.1 1.1.1 1.1.1.1 1.1.1.1.1
2 2.1 2.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1.1
3 3.1 3.1.1 3.1.1.1 3.1.1.1.1
. . . . .
. . . . .
. . . . .
8 8.1 8.1.1 8.1.1.1 8.1.1.1.1
9 9.1 9.1.1 9.1.1.1 9.1.1.1.1
10 10.1 10.1.1 10.1.1.1 10.1.1.1.1
11 11.1 11.1.1 11.1.1.1 11.1.1.1.1
Fonte: NBR 6024:2003, pg. 2

B) Formatação (Tipo de papel, Tamanho de fonte, Margens)

Para dar início à formatação do trabalho você deve obedecer as seguintes


regras:
a) Utilizar papel branco, formato A4 (21,0 X 29,7 cm)
b) Digitar o texto da cor preta
c) Ilustrações podem ser coloridas
d) Fonte tamanho 10 para citações longas, notas de rodapé, legendas
(identificação) das ilustrações, tabelas e paginação
e) Primeira linha do parágrafo com recuo de 2 cm a partir da margem esquerda
f) Citação longa (com mais de 3 linhas) com recuo de 4 cm a partir da margem
esquerda
g) A natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetido e a
área de concentração, que aparecem na folha de rosto e na folha de aprovação,
devem constar, a partir do meio da folha para a margem direita.

C) Paginação

 Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas


seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da
primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior
direito da folha.
 No caso do trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida
uma única seqüência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume.
 Havendo apêndice(s) e anexo(s), as suas folhas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento a do texto principal e
seguir até a última página.
19

 Lembramos que as páginas que não permitem a inclusão de números também


são contadas (mapas, documentos e ilustrações, etc.).

D) Citações

Segundo Muller (2003, p.31), citar não é “pecado” nem errado, mas todas as
informações obtidas devem ser obrigatoriamente, citadas em notas de rodapé ou em
lista de referências.
Segundo a NBR10520 (2002) a citação “é a menção no texto de informação
extraída de outra fonte para esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado”. É
um trecho do material que está fundamentando seu texto, do material que você está
lendo para escrever seu trabalho.
As citações só vêm a enriquecer o seu texto, ajudam a concretizar suas idéias e
tornam sua escrita científica.
Entre os tipos de citações podemos citar três principais:

 Diretas: transcrição dos conceitos do autor consultado. Podem ser curtas ou


longas.

 Indiretas: transcrição livre do texto do autor consultado.

 Citação de Citação: transcrição direta ou indireta de um texto em que não se


teve acesso ao original.

 Diretas

Citação curta
É uma citação com até três linhas, transcrita no texto, entre aspas duplas. “As
aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação”. (NBR 10520,
2002, p. 2). Utilizamos para identificar nas citações o autor do texto (identificado pelo
último sobrenome), o ano de publicação e a página de onde foi retirada a citação.
Outras regras que devemos observar são:
Quando o autor está inserido na frase só a primeira letra de seu sobrenome é em
letra maiúscula. O ano e a página devem ser colocados entre parênteses.
Exemplo: Para Larroyo (1982, p. 15) a educação é “um fato que se verifica desde as
origens da sociedade humana”.
Se a identificação do autor ocorrer no final da frase, seu sobrenome é inteiro em
letras maiúsculas e é colocado dentro dos parênteses com o ano e a página.
Exemplo: A educação é “um fato que se verifica desde as origens da sociedade
humana” (LARROYO, 1982, p. 15).
É importante observar que após uma citação o aluno deve fazer seus
comentários, interpretações e complementação ao assunto tratado, pois não é objetivo
20

de um trabalho científico apresentar uma citação atrás da outra sem o aluno emitir os
seus próprios pensamentos.
Exemplo: Desta forma, pode-se observar que......

Citação longa
A citação longa tem mais de três linhas e deve ser transcrita com recuo de 4 cm
da margem esquerda com letra menor que a do texto utilizado (Arial, ou Times New
Roman, tamanho 10) e sem aspas”. (NBR 10520, 2002, p.2).
Deve ser apresentada em parágrafo distinto, deixando-se espaço simples entre
as linhas e um espaço duplo entre a citação e os parágrafos anterior e posterior.
Quando iniciado outro parágrafo o texto inicia na margem normal (ANJOS, 2005, p.4).
Exemplo:
É interessante apresentar um aspecto teórico que colaborou para a crise do
paradigma newtoniano. Conforme Moraes (2001, p. 65), este aspecto foi o

avanço do conhecimento nos domínios da química e da biologia


ocorrido nos últimos trinta anos. As investigações desenvolvidas
pelo físico Ilya Prigogine, prêmio Nobel de Química de 1977, por
sua teoria das estruturas dissipativas e pelo princípio da ordem
através das flutuações, vêm sendo de grande relevância para o
desenvolvimento da ciência a partir da inclusão da probabilidade e
da irreversibilidade nas leis da natureza.

Essa sociedade do século XX foi caracterizada como sociedade de produção em


massa.

OU
É interessante apresentar um aspecto teórico que colaborou para a crise do
paradigma newtoniano:

avanço do conhecimento nos domínios da química e da biologia


ocorrido nos últimos trinta anos. As investigações desenvolvidas
pelo físico Ilya Prigogine, prêmio Nobel de Química de 1977, por
sua teoria das estruturas dissipativas e pelo princípio da ordem
através das flutuações, vêm sendo de grande relevância para o
desenvolvimento da ciência a partir da inclusão da probabilidade e
da irreversibilidade nas leis da natureza (MORAES, 2001, p. 65).
21

Essa sociedade do século XX foi caracterizada como sociedade de produção em


massa.
Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou
destaques, do seguinte modo:
a) supressões: [...]
b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.

Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com a
expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da citação, ou grifo do autor,
caso o destaque já faça parte da obra consultada.
Exemplos:
“[...] para que não tenha lugar a producção de degenerados, quer physicos quer
moraes, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade.” (SOUTO, 1916, p. 46, grifo
nosso).
“[...] b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que, aparecendo o
classicismo como manifestação de passado colonial [...]” (CANDIDO, 1993, v. 2, p. 12,
grifo do autor).

 Indiretas

A citação indireta é quando o autor do trabalho transcreve com suas palavras as


idéias de outro(s) autor (es). Porém, embora com palavras diferentes, devemos
apresentar exatamente o que o autor quer dizer em seu material. Temos que ter
cuidado para não mudar a idéia do autor que estamos lendo e citando.
A citação indireta pode aparecer sob a forma de paráfrase (explicação do texto
por meio de outras palavras) ou de condensação (resumo da idéia central de um livro
ou de vários parágrafos). Em ambos os casos seguimos as mesmas regras de
apresentação da citação direta, identificando o autor (sobrenome), ano, a indicação
da(s) página(s) consultada(s) é opcional.
Exemplo:
De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se
considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já previamente
disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976, p. 3).
Merriam e Caffarella (1991) observam que a localização de recursos tem um
papel crucial no processo de aprendizagem autodirigida.

 Citação de Citação

Utilizam-se quando não se tem acesso a obra original, isto é, quando está lendo um
texto e encontra uma citação pronta que vai ao encontro do que gostaria de dizer em
seu texto. Na impossibilidade de encontrar o livro original da citação por motivo deste
estar esgotado, por exemplo, pode usar o que chamamos de citação de citação, que é
22

a menção de um documento que se tomou conhecimento por citação em outro trabalho.


A expressão latina apud “citado por” é usada para indicar a obra que foi retirada a
citação.

Exemplo:

Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]


“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política
de 1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172
apud SEGATTO, 1995, p. 214-215).
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um
processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo
da esquerda para a direita de forma linear.

F) Notas de Rodapé

As notas de rodapé podem ser explicativas (de conteúdo) ou de referência


(indicando a fonte consultada).
Devem aparecer ao pé das páginas em que foram indicadas. Conforme
recomendação da NBR-10520 (2002, p. 5), utilizar o sistema autor-data para as
citações no texto e o sistema numérico para notas explicativas.
As notas de rodapé compreendem:
Notas de referência: são usadas para indicações das fontes e quando se adota o
sistema numérico, numeração única, seqüencial e em algarismos arábicos;
Notas explicativas: De acordo com Vieira (2002, p.59) “São usadas para a
apresentação de comentários, esclarecimentos ou considerações
complementares que não possam ser incluídas no texto e devem ser breves,
sucintas e claras”. Sua numeração, também, deve ser feita em algarismos
arábicos e seqüenciais em todo documento.
Expressões latinas devem ser usadas apenas em notas de rodapé e só podem
ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem (NBR 10520,
2002, p. 6).

Exemplos:

a) Idem - Id. - mesmo autor:


Usar quando duas obras de um mesmo autor forem referenciadas em notas
seqüenciais.

Na nota de rodapé:
_______________
23

1
SILVA, Sérgio Nogueira Duarte da. O português do dia-a-dia: como falar e escrever
melhor. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. p. 47.
2
Id., 2004, p.95.

b) Ibidem - Ibid. - na mesma obra:


Usado quando a citação da mesma obra de um autor aparecer seqüencialmente no
texto.
Na nota de rodapé:
________________
1
CIPRO NETO, Pasquale. Inculta e bela. São Paulo: Publifolha, 2000. p.30.
2
Ibid., p. 60.

c) Opus citatum - op.cit. - obra citada:


Usar quando uma mesma obra aparecer mais de uma vez citada no texto,
independentemente da seqüência das citações anteriores.

Na nota de rodapé:
________________
1
CIPRO NETO, Pasquale. Inculta e bela. São Paulo: Publifolha, 2000. p.30.
2
CIPRO NETO, op.cit., p. 55.

d) Loco citato – loc.cit. – no lugar citado:


Usar quando mencionar a mesma página de uma obra anteriormente citada, mas
havendo intercalação de outras.

Na nota de rodapé:
_________________
1
CASTRO, Marcos de. A imprensa e o caos na ortografia. Rio de Janeiro: Record,
1998. p. 78-85.
2
CASTRO, loc.cit.

e) Apud – citado por, conforme, segundo – empregada para indicar uma citação de
citação. É a única das expressões citadas que pode ser usada no texto:

No texto:
Norton (1999 apud REZENDE e ABREU, 2000, p. 90) considera “dados, quando a eles
são atribuídos [...]
No rodapé:
_________________
NORTON, Peter. Introdução à informática São Paulo : Makron Books, 1996.
24

6 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

REFERÊNCIAS

As referências conhecidas como referências bibliográficas em normas mais


antigas, é uma reunião de elementos que apresentam alguns dados da obra que os
alunos podem citar em seu texto.
Na verdade a própria palavra por si só já mostra o seu significado, vai referenciar
algo que li e utilizei no texto. Para cada tipo de material temos uma forma de fazer a
referência, é isso que vai distingui-las na lista de referências, que é utilizada ao final de
cada trabalho científico. Consultar NBR-6023/2002.
As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de
forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e
separadas entre si por espaço duplo.

LIVROS, FOLHETOS. (NO TODO)

SOBRENOME, Nome. Título: sub-título. Tradução Fulano de Fulano de Tal. Edição.


Local de publicação(cidade): Editôra, Ano publicação. volumes ou total de páginas.
(Série) Notas
Obs: Local de publicação, quando trouxer varias cidades e não estiver em destaque, mencionar a
primeira. Editora, não colocar designações Ltda, livraria, editora

Um Autor

SCHÜTZ, Edgar. Reengenharia mental: reeducação de hábitos e programação de


metas. Florianópolis: Insular, 1997. 104 p.

No texto: De acordo com Schütz (1997, p.5)


ou (SCHÜTZ, 1997, p.5)

Dois Autores

SÓDERSTEN, Wellington; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London:


MacMillan, 1994. 714 p.

No texto: De acordo com Sódersten e Geofrey (1994, p. 23)


ou (SÓDERSTEN; GEOFREY, 1994, p. 23)

Três Autores

NORTON, Peter; AITKEN, Washington; WILTON, Richard. Programação: a bíblia do


programador. Tradução: Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campos, 1994. 640 p.
No texto: De acordo com Norton, Aitken e Wilton (1994, p.57)
ou (NORTON; AITKEN; WILTON, 1994, p.57)
25

Mais de três autores

Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro,


acrescentando-se a expressão et al.

BRITO, Edson Vianna et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de
consulta diária. 6. ed. atual. São Paulo: Frase, 1996. 288 p.

No texto: De acordo com Brito et al. (1996, p. 54)


ou (BRITO et al., 1996, p. 54)

Responsabilidades (Organizadores, compiladores, editores, adaptadores,


coordenadores etc)

Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra,


em coletâneas de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável,
seguida da abreviação, no singular, do tipo de participação (organizador, compilador,
editor, coordenador etc.), entre parênteses.

FERREIRA, Léslie Piccolotto (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo:


Summus, 1991.

MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São


Paulo: Sarvier, 1993.

LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. Tradução Sonia da Silva. 3. ed.
São Paulo: Aquariana, 1993. 167 p.

Autoria desconhecido ou publicação anônima

Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título. O termo anônimo


não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.

A ÉTICA da informação no mercado do ano 2000: o papel da fonte e da imprensa. Rio


de Janeiro: CVM, FENAJ, 1999. 80p..

No texto: A ética... (1999, p. 28)


ou (A ÉTICA... 1999, p. 28)

AVES do Amapá: banco de dados. Disponível em: <http://www.bdt.


org/bdt/avifauna/aves>. Acesso em: 30 maio 2002.

No texto: Aves... (2002)


ou (AVES... 2002)
26

Autor entidade

As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas,


associações, congressos, seminários etc.) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio
nome, por extenso.

BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do H. de León Aragón. Varsóvia:


Editorial Científica Polaca, 1972. 82 p.

No texto: De acordo com a Biblioteca Nacional (1972)


ou (BIOBLIOTECA NACIONAL,, 1972)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São Paulo,


São Paulo, 1993. 467 p.
No texto: Conforme a Universidade Federal de São Paulo (1993)
ou (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, 1993)

Com diferentes locais de publicação e editoras

NASH, W. A. Resistência dos materiais: resumo da teoria, problemas resolvidos,


problemas propostos. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil ; Brasília: INL, 1970. 165 p.
(Coleção schaum)

Com mesmo local de publicação e editoras diferentes

SANTOS, M. C. L. Doces e geléias: teoria e pratica. São Paulo: Ed.


UNICAMP/Hemus/ Edgard Blucher, 1985. 144 p.

LIVROS (Considerados em parte)

SOBRENOME, Nome (autor do capítulo). Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome


(autor ou editor do livro). Título do livro: sub-titulo Trad. de Fulano de tal. Edição. Local
de publicação (cidade): Editora, Ano. volume, capítulo, página inicial-final. (Série)

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J.
(Org.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.

SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In: ______. História do Amapá,


1o grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3.
27

PERIÓDICO NO TODO

TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local de publicação (cidade): Editora, Ano. volume.

Publicações periódicas consideradas em parte: fascículo no todo. (suplemento,


número especial, etc.

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL. Rio de Janeiro: IBGE, 1988. v. 24.

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939

CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 empresas do Brasil. Rio de Janeiro,v. 38, n. 9,


set. 1984. Edição especial.

DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.

ARTIGOS DE PUBLICAÇÃO PERIÓDICOS

SOBRENOME, Nome (autor do artigo). Título do artigo. Título do Periódico, Local de


publicação (cidade), n volume, n do fascículo, página incial-página final, mês
abreviado, ano. {Separata, suplemento, caderno especial, In press ou No prelo, etc.}

PANNETA, J. C. Os parasitas da carne e seus reflexos econômicos. Revista Nacional


da Carne, São Paulo, v. 1, n. 4/5, p. 24-25, abr./maio, 1980.

RASHID, M. M.; NEMAT-NASSER, S. Modeling very large plastic flows at very large
strain rates for large-scale computation. Computers and Structures, London, v. 37,
n.2, p. 119-132, 1990. Special issue.

REED, G. H. Foodborne illness (Part 9) viruses. Dairy Food Environmental


Sanitation, Des Moines, v. 12, n. 4, 1994. In press.

DISSERTAÇÕES, TESES E TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO

SOBRENOME, Nome. Título: sub-título. Ano de publicação. n páginas. Categoria


(Grau e área de concentração). Nome da faculdade ou instituto, Nome da universidade,
Cidade onde defendeu, ano de defesa.
28

NOTA – A folha é composta de duas páginas: anverso e verso. Alguns trabalhos, como
teses e dissertações, são impressos apenas no anverso e, neste caso, indica-se f.

MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso


(Especialização)–Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São
Paulo, 1990.

ARAUJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de


museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f. Dissertação (Mestrado
em Ciências Sociais)– Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São
Paulo, 1986.

SAN MARTIN MARTINEZ, E. Efeito do processo de extração na formação de


complexos amido-monoglicerídeos. 1980. 108 f. Tese (Doutorado em Tecnologia de
Alimentos) - Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas, 1980.

ALENTEJO, Eduardo. Catalogação de postais. 1999. Trabalho apresentado como


requisito parcial para aprovação na Disciplina Catalogação III, Escola de
Biblioteconomia, Universidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1999.

CONGRESSO, CONFERÊNCIAS...

NOME DO EVENTO, n ., Ano de realização, Local de realização(cidade). Título. Local


publicação (cidade): Editôra, Ano de publicação. n pág. ou volume.

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 6., 1981, Recife. Anais. Recife:


Sociedade Brasileira de Fruticultura, 1981. v. 4

SANGUINO, A. Estrias vermelhas de cana-de-açucar. In: SEMINÁRIO COPERSUCAR


DA AGROINDUSTRIA AÇUCAREIRA, 4., 1976, Águas de Lindóia. Anais. São Paulo:
Copersucar, 1977. p. 67-69.

MALAGRINO, W. Estudos preliminares sobre os efeitos de baixas concentrações


de detergentes amiônicos na formação do bisso em Branchidontas solisianus.
Trabalho apresentado ao 13º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e
Ambiental, Maceió, 1985. Não publicado.

LEIS E DECRETOS

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Lei n , Data (dia, mês e ano). Ementa.
Dados da publicação que transcreveu a lei ou decreto.
29

BRASIL. Lei n 5.517, de 23 outubro de 1968. Dispõe sobre o exercício da profissão de


médico-veterinário e cria os conselhos federal e regional de medicina. Belo Horizonte:
Conselho Regional de Medicina Veterinária, 1970. 48 p.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 12.486, de 20 de outubro de 1978. Aprova normas


técnicas especiais relativas a alimentos e bebidas. Diário Oficial, Estado de São
Paulo, 21 out. 1978. 42 p.

PORTARIAS, RESOLUÇÕES

ENTIDADE COLETIVA RESPONSÁVEL PELO DOCUMENTO. Ementa (quando


houver). Típo de documento n ,e data (dia, mês e ano). Dados da publicação que
transcreveu.

CONSELHO NACIONAL DE CINEMA. Resolução n 45, de 30 novembro de


1979.Documento, Brasília, n.230, p.295-296, jan.1980.

COMISSÃO NACIONAL DE NORMAS E PADRÕES PARA ALIMENTOS. Aprova


Normas Técnicas Especiais do Estado de São Paulo. Resolução n 12, de 24 julho
de1978. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDUSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO
(Comp.). Compêndio da legislação de alimentos: consolidação das normas e
padrões de alimentos. 5. rev. São Paulo, 1992. v. 1A.

ARTIGO DE JORNAL

SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do jornal, Local (cidade), dia, mês abrev.
ano. n ou título do caderno, seção ou suplemento, página inicial-final.

AZEVEDO, D. Sarney convida igrejas cristãs para diálogo sobre o pacto. Folha de São
Paulo, São Paulo, 22 out. 1985. Caderno economia, p. 13.

NOTAS DE RODAPÉ

_____________________
* PARANA. Secretaria de Estado do Planejamento. Departamento Estadual de
Estatística. Normas de apresentação tabular e gráfica. 2. ed. Curitiba, 1983.
**AUNSHOLT, K. E. (Kryolitselskabet Oresung A/S, Dinamarca). Comunicação
pessoal, 1981.

ENTREVISTA

NOME DO ENTREVISTADO. Ementa da entrevista . Local (Cidade), data.

WATKINS, M. Entrevista concedida a Maria Helena Negrão Iwersen. Curitiba, 20


out. 1980.
30

NOME DO ENTREVISTADO. Título incluindo função ocupado pelo entrevistado,


instituição e o local . Local (Cidade), data.

DECOURT, E. Entrevista concedida pelo Diretor do Centro de Processamento de


Dados da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. Curitiba, 04 abr. 1990.

NOME DO ENTREVISTADO. Título da entrevista. Referenciação do documento. Nota


indicativa de entrevista

FIUSA, R. O ponta-de-lança. Veja, São Paulo, n. 1124, p. 9-13, 04 abr. 1990.


Entrevista.

NOME DO ENTREVISTADO. Título da entrevista. Referenciação do documento. Nome


do entrevistador
Nota: A nota de entrevista ao final da referência deve ser omitida quando figurar no título.

FERREIRA, J. I. A carta de Vitória. Veja, São Paulo, n. 1586, p. 11-13, 24 fev.


Entrevista concedida a Consuelo Dieguez. 1999.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

Com a grande facilidade da internet é possível encontrarmos diversos


documentos bibliográficos disponíveis online (livros, artigos, leis, outros), as
referências devem obedecer aos padrões indicados para os documentos já
citados, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico. O mesmo valendo para CD-ROM, DVDs.

MENSAGEM OBTIDA VIA INTERNET

AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal]. Mensagem


recebida por <e-mail do destinatário> em dia, mês abrev. e ano
Nota: As mensagens que circulam por intermédio do correio eletrônico devem ser referenciadas somente quando não se dispuser
de nenhuma outra fonte para abordar o assunto em discussão. Mensagens trocadas por e-mail têm caráter informal, interpessoal e
efêmero e desaparecem rapidamente, não sendo recomendável seu uso como fonte científica ou técnica de pesquisa.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca Setorial de


Matemática. Custo cópia. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
<sedoc@ipardes.gov.br> em 03 jun.1996.

RESMER, Maria José. Citação de documentos eletrônicos. [mensagem pessoal].


Mensagem recebida por <biblio@lepus.celepar.br> em 01 out. 1996.
31

WWW

AUTOR. Título. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês abrev. e
ano

MOURA, G. A C. Citações e referências a documentos eletrônicos. Disponível


em:<http:www.elogica.com.br/users/gmoura/refet>. Acesso em: 9 dez. 1996.

FERREIRA, S. M. S. P.; KROEFF, M. S. Referências bibliográficas de documentos


eletrônicos. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/sueli/index.htm>. Acesso em:
28 jul. 1998.

PERIÓDICOS ELETRÔNICOS

AUTOR. Título do artigo. Titulo do periódico, volume, número do fascículo, ano.


Disponível em: <Endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês abr. e ano

MARTORELL, R. Obesity in Latin American women and children. The Journal of


Nutrition, v.128, n.9, p.1464-1473, 1998. Disponível
em:<http://www.nutrition.org/cgi/content/full/12>. Acesso em: 8 Sept. 1998.

CD-ROM

SOBRENOME, Nome. Título: sub-título. Trad. de Fulano de Tal.


Local de publicação(cidade): Editôra, Ano publicação. (Série) CD-ROM Produzido por...

FAO. Codex standard for apple juice preserved exclusively by physical means. In: FAO.
Codex alimentarius. Rome, 1996. v.6. (Codex STAN 48-1981) CD-ROM. Produzido
por ...

BRASIL. Decreto-Lei n.º 986, de 21 de outubro de1969. Institui normas básicas para
alimentos. In: FOOD STAFF (Comp.). Food base: legislação sobre alimentos. São
Paulo: ABIA, 1996. CD-ROM. Produzido por Vox Editora

ABELL, M. L.; BRASELTON, J. P. Mathematica by example. 2.ed. San Diego:


Academic Press, 1997. 603p. Acompanha CD-ROM.

GLOSSÁRIO

Elemento opcional que apresenta lista de palavras em ordem alfabética,


utilizadas no texto, com suas respectivas definições.
Exemplo:

Anexo – parte do trabalho que está incorporada no final de uma obra.


32

Bibliografia – entende-se como descrição minuciosa de determinada obra intelectual.


Periódico – designação utilizada para publicações que se repetem com intervalos
regulares.
Título – indicação de um assunto. É uma designação que se coloca no princípio de uma
obra.

APÊNDICES E ANEXOS

Apêndice – materiais produzidos pelo pesquisador. Devem ser apresentados após as


referências.

Anexos – materiais produzidos por outros autores: mapas, leis, cópias de páginas de
jornal, demais documentos.
Os anexos são apresentados após os apêndices
As páginas recebem título e são numeradas
Exemplo:

APÊNDICE 1 Questionário realizado com os professores.


ANEXO 1 Reportagem revista Nova Escola.

ÍNDICE

Conforme a NBR 14724, índice é a “Lista de palavras ou frases, ordenadas segundo


determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto”.
(ABNT, 2005, p. 2). Elemento opcional.
Exemplo:

Abreviação, 123, 150


Agradecimentos, 134
Biblioteca, 101.

NORMAS PARA ENCADERNAÇÃO

Os trabalhos de final de curso como TCC ou MONOGRAFIA, deverão ser


encadernados em capa dura, com letras douradas na frente e na lombada, com as
cores especificadas abaixo:
Cursos de Licenciaturas e Seqüenciais: cor azul-marinho;
Especialização LATO SENSU: cor vinho.
Obs: TCC  Mínimo de 30 páginas (Elementos Textuais)
33

TERMOS LATINOS

ibid. (ibidem = na mesma obra)


id. (idem = do mesmo autor)
loc. Cit. (loco citado = no lugar citado
op. Cit. (opus citatum = na obra citada )
passim (aqui e ali)
seq. (sequentia = seguinte ou que segue)
et al (e outros)
apud (citado por)
s.n. (sine nomine = sem editor) |
s.l. (sine loco = sem local) |
s.n.t.( sem notas tipográficas)
s.d. (sine data = sem data).
34

ANEXO A EXEMPLO DE ARTIGO CIENTÍFICO


OBS: Para formatação dos artigos científicos devem ser consultado instituição
que será submetida, pois as mesmas apresentam formas específicas.

ANÁLISE DOS CUSTOS HOSPITALARES EM UM SERVIÇO DE


EMERGÊNCIA

MESQUITA, Gerardo Vasconcelos1, OLIVEIRA, Fernando Amaro Farias Veloso de 2, SANTOS, Ana Maria Ribeiro dos3, TAPETY,
Fabrício Ibiapina4, Maria do Carmo de Carvalho e Martins5, CARVALHO, Carmem Milena Rodrigues Siqueira6

1 Doutor em Cirurgia Traumato-Ortopédica. Professor do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e
Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI). Professor Adjunto Universidade Federal do Piauí (UFPI). Piauí, Brasil. E-
mail:gvmesquita@uol.com.br
2 Fisioterapeuta da Clínica Corpus. Piauí, Brasil. E-mail: s.amaro.09@hotmail.com
3 Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade NOVAFAPI. Professor Assistente do
Centro de Ciências da Saúde da UFPI. Piauí, Brasil. E-mail: ana.mrsantos@gmail.com
4 Doutor em Odontologia Clínica. Professor do Curso de Graduação em Odontologia NOVAFAPI. Piauí, Brasil. E-mail:
ftapety@novafapi.com.br
5 Doutora em Ciências Biológicas. Professora do Curso de Graduação em Medicina NOVAFAPI. Piauí, Brasil. E-mail: ccarvalho@
novafapi.com.br
6 Doutora em Dentística e Endodontia. Professora da Faculdade NOVAFAPI e do Centro de Ciências da Saúde UFPI. Piauí,
Brasil. E-mail: ccarvalho@novafapi.com.br

RESUMO: Atualmente os acidentes e violências são classificados pelo Ministério da Saúde, conforme a
Classificação Internacional de Doenças como Causas Externas. Este estudo objetivou analisar os custos
hospitalares por causas externas em um Serviço de Emergência de Teresina-PI. Estudo descritivo, com
abordagem quantitativa cujos dados foram coletados através do Sistema de Informações Hospitalares do
Hospital Getúlio Vargas, referentes aos anos de 2005 a 2007. Os resultados mostram que no Piauí a
situação tem sido semelhante ao restante do país, observando-se que em Teresina as causas externas
vêm aumentando o número de ocorrências e elevando o custo das admissões hospitalares. Constatou-se
crescente aumento das admissões (19,5%) e dos custos hospitalares (114,9%) decorrentes destas
causas. Conclui-se que estes dados podem subsidiar a implementação de políticas públicas que
previnam e combatam esse problema, como também sensibilizar os profissionais de saúde, haja vista a
grande demanda de vítimas por essas causas, exigindo profissionais qualificados.
DESCRITORES: Causas externas. Violência. Acidentes. Custos hospitalares.

ANALYSIS OF THE HOSPITAL COST IN AN EMERGENCY SERVICE

ABSTRACT: Currently, accidents and violence are classified in Brazil by the Ministry of Health, according
to the International Classification of Diseases as External Causes. The objective of this study is to analyze
hospital costs resulting from external causes at the Emergency Ward in Teresina-PI, Brazil. The data was
collected through the Hospital Information System at Getúlio Vargas Hospital from 2005 to 2007. The
results presented in show that the situation in Teresina, Piauí has been similar to the rest of the Brazil,
given that in Teresina, external causes have been increasing in number of occurrences and has elevated
the cost of hospital admissions. An increase in admissions (19.5%) and hospital costs (114.9%) because
of these causes was observed. One concludes that this data may aid in the implementation of public
policies which prevent and combat this problem, as well as sensitize health care professionals, since a
great number of the external cause victims require qualified professional assistance.
DESCRIPTORS: External causes. Violence. Accidents. Hospital costs.
______________________________________________________________________________
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2009 Abr-Jun; 18(2): 273-9.
35

INTRODUÇÃO atender os efeitos da violência e também de


promover a sua prevenção. Do ponto de vista
Os acidentes e violências representam econômico, a violência representa um custo
um desafio para a saúde pública, tanto no seu difícil de ser mensurado, porém, elevado, visto
combate e controle, quanto no planejamento de que afeta principalmente uma faixa etária
estratégias preventivas visando à redução de populacional produtiva que é arrancada
suas ocorrências que causam vários danos à bruscamente do meio e da forma em que vive,
população, dentre eles, os sociais, psicológicos seja pela morte prematura ou pela ocorrência de
e físicos, abrangendo altos índices de seqüelas, na maioria das vezes, graves e
1
morbimortalidade e elevados custos hospitalares irreversíveis. As pessoas mais jovens e os
decorrentes do tratamento e reabilitação de suas homens são os que sofrem maior ocorrência de
vítimas. A violência apesar de ter conceito morte por causas violentas fazendo com que a
amplo, complexo e polissêmico, pode ser sociedade deixe de contar com a força de
definida de forma genérica como ações trabalho e a contribuição de indivíduos na faixa
6
realizadas por indivíduos, grupos, classes ou etária em que são mais produtivos.
nações que provocam danos físicos ou morais a No Brasil, vem ocorrendo um importante
si próprios ou a outros, embora não seja um crescimento das causas externas, que tem
5
evento de responsabilidade da saúde, gera alterado a morbimortalidade da população. Os
1
sérios efeitos nesta área. dados revelam que o Brasil passou de 59,0
Os acidentes e as violências configuram, mortes por causas externas (acidentes e
assim, um conjunto de agravos à saúde que violências) por 100 mil habitantes na década de
2-7
podem ou não induzir a vítima ao óbito, no qual 1980, para 72,5 em 2002.
estão inseridas as causas ditas acidentais – Tais causas conferem ônus econômicos
geradas pelo trânsito, trabalho, quedas, e sociais elevados, incluindo custos
envenenamentos, afogamentos e outras formas hospitalares. As internações por causas
de acidentes – e as causas intencionais externas tendem a ser mais caras do que a
(agressões e lesões autoprovocadas). Esse média das hospitalizações pagas pelo Sistema
conjunto de agravos consta na Classificação Único de Saúde (SUS).5 Assim, enquanto o
Internacional de Doenças (CID) sob a valor pago, em média, por cada internação de
2
denominação de causas externas. causa natural corresponde a R$ 239,40, as
A Organização Pan-Americana da hospitalizações por causas externas custam, em
Saúde em seu documento sobre o tema destaca média, cerca de 37% a mais, ou seja R$
8-9
que a violência é reconhecidamente um 328,785.
problema social e de saúde pública em vários Verifica-se, assim, que os acidentes e as
países do mundo e alerta sobre a sobrecarga violências são dois grandes responsáveis pelos
que suas lesões e seqüelas impõem aos atendimentos na saúde pública. Embora,
serviços de saúde em decorrência das atualmente, existam muitas pesquisas referentes
necessidades de cuidados especializados que ao assunto, somente algumas delas são
3
suas vítimas apresentam. direcionadas para a organização dos serviços e
10
As lesões traumáticas são um dos das despesas hospitalares.
maiores problemas de saúde pública no mundo. As internações oriundas de lesões
Nos Estados Unidos, tais ferimentos causam geradas por causas externas nos hospitais
cerca de 150.000 mortes anualmente, com 31 próprios ou conveniados com o SUS no ano
milhões de ferimentos não fatais nos setores de 2000, representaram cerca de 6% do total de
emergência. Assim, estes setores representam hospitalizações. Esse valor parece ser baixo,
uma relevante fonte de informação referente a porém representa algo em torno de 700 mil
4
tais lesões. internações/ano. Ainda analisando os custos
O banco de dados do Major Trauma hospitalares, foi possível observar que, no
Outcome Study dos Estados Unidos é estado de São Paulo, esse valor equivale a algo
reconhecido como o de maior impacto na próximo de 8% do total despendido, o que deixa
análise da morbidade hospitalar por trauma e, claro que o paciente traumatizado é mais
seus estudos têm sido vitais para a avaliação da oneroso, com gasto/dia 60% mais elevado em
gravidade e dos atendimentos nesta relação a pacientes internados devido a causas
5 1
especialidade. naturais.
A área da saúde pública tem, aos No Brasil, em 2005, foram realizadas
poucos, direcionado suas ações no intuito de 11.429.133 internações em hospitais próprios ou
______________________________________________________________________________
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2009 Abr-Jun; 18(2): 273-9.
36

conveniados do SUS. As lesões e física; agressão física com arma branca;


envenenamentos decorrentes de acidentes e agressão física com arma de fogo; agressão
violências foram responsáveis por 786.768 física doméstica; atropelamento;
internações (6,8%), ocupando o 6º lugar no perfil envenenamento; espancamento; pancada no
7
de morbidade geral da população do país. olho; perfuração do olho; queda; queimadura e
No Nordeste, o custo médio de uma queimadura com fogos de artifício.
internação por acidente e violência representa As demais ocorrências foram reunidas
para o SUS 89% a mais do que o custo médio no grupo denominado de outras causas, que
das demais inter-nações, enquanto no país, correspondia às internações por: cansaço;
essa diferença gira em torno de 37%.8 A cidade choque elétrico; consulta de retorno; corpo
de Teresina possui elevadas taxas de estranho (indefinido) na garganta, no nariz, no
mortalidade por causas externas e em relação à ouvido, no olho; desmaio; diarréia; dor
morbidade por estas causas, apresentou em abdominal, de cabeça, de ouvido, lombar, na
2005, uma proporção de 6,64 internações por perna, no olho, no peito; epistaxe; febre; mal
lesões, envenenamentos e outras causas súbito; miíase; náusea; parecer/ tratamento
externas, com uma taxa de 383,3 por 100 mil odontológico; urticária; vômitos. Foi constituído
habitantes, correspondendo à terceira maior do ainda um terceiro grupo que correspondeu às
Nordeste. Portanto, semelhante aos valores admissões sem causa especificada, chamado
apresentados pela nação, de 6,68 internações, de causas ignoradas.
com uma taxa de 390,7 por 100 mil habitantes. Dentro desses três grupos acima
Em relação a lesões corporais registradas na citados, foram levantados além do número de
Polícia Civil, em 2003, foi observada uma admissões, os respectivos custos hospitalares,
concentração de ocorrências na capital, que foram obtidos mensalmente e a seguir
correspondendo a 92,2% dos casos, quase que agrupados anualmente.
a totalidade das ocorrências registradas no A análise descritiva dos dados foi
estado do Piauí. Sobre os acidentes de trânsito realizada através da obtenção das distribuições
registrados em Teresina, no ano de 2002, absolutas e percentuais na plataforma Excel
referentes a vítimas fatais e não fatais, os 2007, permitindo uma melhor observação e
valores foram 138,5 e 5,4 respectivamente. análise das variações do número de admissões
Estas informações são de grande relevância no e dos seus respectivos custos hospitalares,
desenho das políticas públicas de todas as facilitando a compreensão dos resultados
esferas de governo, auxiliando no planejamento obtidos.
das ações em saúde em qualquer nível de O estudo foi aprovado pelo Comitê de
7
complexidade. Ética em Pesquisa da NOVAFAPI, sob o Nº
Por todo este contexto, este estudo 017/08 e contou também com autorização da
objetivou analisar os custos hospitalares Comissão de Ética em Pesquisa da instituição
decorrentes de causas externas em um Serviço na qual foram coletados os dados (HGV),
de Emergência de Teresina-PI. atendendo aos preceitos da Resolução Nº
196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estudo descritivo com abordagem
quantitativa, cujos dados foram coletados Os traumas e lesões oriundos das
através do Sistema de Informações Hospitalares causas externas são um problema grave no
do Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado em Brasil, e em Teresina foram responsáveis pelo
Teresina-PI, referente ao período de janeiro de aumento do número de admissões, bem como
2005 a dezembro de 2007. Foram levantadas por grande parte dos custos hospitalares no
todas as admissões realizadas no Serviço de HGV, que é o principal serviço de referência em
Emergência do referido hospital, e a seguir a trauma da região. É um sério problema que
seleção e agrupamento dessas admissões afeta também a área da Fisioterapia, que tem
baseando-se na CID 10. evoluído enquanto ciência, com novas
As admissões por lesões e tecnologias e formas de tratamento, sendo
envenenamento abrangeram as seguintes responsável pela reabilitação de vítimas,
ocorrências: acidentes de bicicleta, de geralmente politraumatizadas, elevando custos e
motocicleta, no trabalho, de veículo estrada/ dificultando o tratamento.
zona rural, de veículo zona urbana; agressão
37

A Tabela 1 mostra os custos se aproximam em valor percentual dos custos


hospitalares por causas externas, outras causas hospitalares por outras causas (58,4%),
e causas ignoradas, nos anos de 2005, 2006 e verificando-se assim que as causas externas
2007, respectivamente, evidenciando a geram despesas hospitalares elevadas,
dimensão dos custos hospitalares representados evidenciando seu alto custo terapêutico. Os
pelas causas externas em relação às demais custos hospitalares por causas externas
causas de admissão. envolvimento multiprofissional na abordagem
Observa-se que no ano de 2005, os das vítimas, geralmente politraumatizadas,
custos hospitalares por causas externas (41,4%) tornando assim a internação mais cara.

Tabela 1 - Custos hospitalares segundo grupo de causas no Serviço de Emergência do Hospital


Getúlio Vargas. Teresina - PI, 2005 a 2007

Custos hospitalares
2005 2006 2007
* * *
R$ % R$ % R$ %
Causas externas 232.626,91 41,4 287.097,30 49,7 500.031,70 63,9
Outras causas 327.697,75 58,4 290.252,60 50,2 270.962,10 34,6
Causas ignoradas 1.087,25 0,2 626,88 0,1 11.468,27 1,5
Total 561.411,91 100,0 577.976,78 100,0 782.462,07 100,0
* Valores em reais

A literatura afirma que as internações despesas hospitalares, entre causas externas e


por causas externas tendem a ser mais outras causas de aproximadamente 50% para
onerosas do que a média das hospitalizações cada grupo neste último ano.
pagas pelo SUS, embora representem uma O aumento dos custos hospitalares com
proporção relativamente menor em relação ao as causas externas no HGV, na transição do
total de dias de hospitalização, com tempo ano de 2005 para 2006, foi atribuído ao aumento
médio de internação de 5,2 dias, comparado das internações por estas causas, que pode ser
com 6,1 dias para todas as outras causas.8 No fruto do desconhecimento da população em
HGV, segundo indicadores mensais de 2006, a relação à existência e função dos postos de
média de permanência hospitalar geral é de 5,47 saúde, responsáveis pela resolução de
dias. O maior custo médio das internações por problemas de baixa e média complexidade ou
causas externas indica que estas talvez a inadequação desses postos para o
hospitalizações apresentam um custo/dia atendimento, aumentando assim a demanda de
significativamente maior (60%) que a média pacientes para o HGV. Também, os vários anos
geral dos casos, correspondendo a R$ 63,11 de prestações de serviço do referido serviço e
comparados com R$ 39,44 das demais causas. seu alto poder de resolução, talvez mantenham
Isto implica em atendimentos de casos mais a credibilidade de grande parte da população
agudos e que, portanto, tendem a consumir que busca seu atendimento emergencial
8
recursos de maneira mais intensiva. Este fato gerando esse crescente número de internações
foi confirmado ao se observar nas Autorizações e, conseqüentemente, os elevados custos
de Internação Hospitalar, que praticamente 70% hospitalares com causas externas.
das internações devido às causas externas Associando-se os custos entre os dois
foram classificadas como cirúrgicas, enquanto últimos anos, constata-se aumento percentual
essa proporção foi 22,6% para o total das dos custos hospitalares com causas externas
hospitalizações. em 2006, verificando-se o mesmo em 2007. No
Comparando os custos hospitalares dos ano de 2006 o percentual correspondente aos
dois primeiros anos, percebe-se que em 2005 o custos com causas externas foi 49,7%,
custo hospitalar com causas externas passando em 2007 para 63,9%, ou seja, um
correspondia a 41,4%, passando a 49,7 em percentual mais elevado que o observado na
2006. Ocorreu em contrapartida, uma redução transição do ano de 2005 para 2006 que foi 8%.
nos custos com outras causas de 58,4% em Sobre os custos hospitalares com outras causas
2005 para 50,2% em 2006, resultando em um o fenômeno também se repete, observando-se
equilíbrio percentual, no que diz respeito às
38

uma queda para 34,6%, representando uma oxigênio utilizado em ventilação mecânica
redução em torno de 15%. invasiva e não-invasiva, nutrição parenteral e
As razões que podem levar ao aumento outros. Estes custos podem variar, dependendo
dos custos hospitalares com as causas externas do tipo de causa externa, da magnitude do
podem estar relacionadas ao aumento do trauma e do tempo de permanência hospitalar,
consumo de materiais e medicamentos exigindo abordagem diferenciada.
hospitalares verifica dos nestas causas, assim Na Tabela 2 observa-se a quantidade de
como a variação de seus valores no mercado. A admissões por causas externas, causas
grande maioria destes produtos é de utilização ignoradas e outras causas, nos anos 2005, 2006
constante, baixa vida útil e elevados preços de e 2007, evidenciando o aumento percentual das
aquisição, como sondas, cateteres, drenos, fios causas externas e a redução das outras causas.
cirúrgicos, fixadores externos, curativos,

Tabela 2 – Admissões segundo grupo de causas no Serviço de Emergência do Hospital Getúlio


Vargas. Teresina - PI, 2005 a 2007

Custos hospitalares
2005 2006 2007
n % n % n %
Causas externas 20.992 22,9 23.717 30,7 25.104 34,9
Outras causas 70.254 76,6 53.384 69,0 44.537 61,8
Causas ignoradas 442 0,5 212 0,3 2.416 3,3
Total 91.688 100,0 100,0 72.057 100,0

Em 2005 as admissões por causas Vários fatores podem ser responsáveis


externas corresponderam a 22,9% e em 2006 por este acontecimento, dentre eles: o fato de
passaram a representar 30,7%. As outras Teresina, capital do estado do Piauí ser uma
causas apresentaram um decréscimo metrópole em constante desenvolvimento
percentual, pois em 2005 foram 76,6% e em urbano e crescimento populacional, sendo que
2006 caíram para 69%. Na transição do ano de paralelo a isso cresce também a violência e os
2006 para 2007, percebe-se novo aumento acidentes que representam traumas mais
percentual das causas externas, visto que em agudos e carecem de uma abordagem intensiva
2006 correspondem a 30,7% e em 2007 somam e multidisciplinar o que torna a intervenção mais
34,9%. Com relação às outras causas, houve onerosa. Teresina apresentou em 2003, a
decréscimo percentual na quantidade de segunda maior taxa de lesões corporais
admissões, em 2006 representaram 69% e em registradas na Polícia Civil do Brasil, sendo esta
2007, 61,8%, mantendo uma redução percentual de 92,2%, perdendo apenas para Manaus-AM.
considerada constante no decorrer dos anos. Este é um dos fatores que refletem o
Assim, observa-se que com o aumento do crescimento populacional juntamente com a
número de admissões por causas externas, carência de políticas públicas para a prevenção
ocorreu redução das admissões por outras e combate das causas externas, dentre elas as
causas no HGV. lesões corporais, não deixando também de ser
Entretanto, chama a atenção a ausência um reflexo da falta de oportunidade envolvendo
7
de relação entre número de admissões e custos desemprego e falta de acesso à educação.
hospitalares, visto que se observou aumento de Na maioria das capitais das regiões
8% no número de admissões por causas metropolitanas, a participação das causas
externas do ano de 2005 para 2006 e de 4% do externas nas hospitalizações é cada vez mais
ano de 2006 para 2007 portanto, metade do intensa, demandando número cada vez maior de
aumento observado no período anterior. No leitos hospitalares, situando-se entre a segunda
7
entanto, os custos hospitalares não e quarta causa de internação. No Piauí não é
acompanharam essa redução. Na realidade diferente, através destes dados evidencia-se a
observa-se um processo inverso, pois os custos repercussão das causas externas, gerando
hospitalares por estas causas praticamente custos cada vez mais elevados para o HGV,
dobraram no ano de 2006 para 2007.
39

pois na grande maioria dos casos, essas vítimas CONCLUSÃO


necessitam de uma abordagem intensiva.
Existem algumas justificativas para tal Conclui-se que as causas externas são
fato, uma delas refere-se à segurança pública. um problema crescente e de grande
Infere-se que o número de policiais tem sido repercussão social em Teresina-PI. Quanto aos
insuficiente para coibir a violência na cidade, custos hospitalares, os resultados mostram que
agravada pelos períodos de greve da Polícia as causas externas são, além de causa
Militar do Piauí. Acredita-se que os baixos importante de admissão hospitalar no HGV
salários associados às precárias condições de também responsáveis por um elevado e
trabalho da PM-PI, desmotivam o trabalhador na crescente aumento de custos hospitalares no
execução do seu serviço, contribuindo para o período estudado. Ressalta-se que de 2005 a
crescimento da violência em Teresina. 2007, no HGV, foram gastos R$ 1.019.755,90
Outro aspecto importante em relação ao com admissões por causas externas, enquanto
aumento dos custos hospitalares devido a por outras causas, no mesmo período, foram
causas externas no HGV pode estar relacionado despendidos R$ 888.912,44.
ao aumento do consumo de bebidas alcoólicas e Estas informações são muito
até mesmo o uso de drogas ilícitas durante as importantes no desenho das políticas públicas
atividades de lazer, sendo estas, talvez, as de todas as esferas de governo. Podem também
grandes responsáveis pelo aumento do número auxiliar no planejamento das atividades de
de agressões notadamente entre jovens. Esses saúde, em especial, ações de promoção e
incidentes ocorrem também em locais de grande prevenção, no sentido de refletir e discutir sobre
aglomeração como shows e micaretas, dentre as causas destes acidentes e admissões, a fim
outros, os quais ocorrem, geralmente, nos finais de subsidiar campanhas de prevenção, em
de semana. Verifica-se que a maior parte todos os níveis de assistência e complexidade
desses agravos (47,9%) ocorre as sextas, do sistema.
sábados e domingos, dias mais utilizados para o Embora as limitações dos dados tenham
lazer da população, sendo os dias do meio da impedido um estudo mais aprofundado em
semana (quarta e quinta-feira) o período de termos de custos, bem como a incorporação de
9
menor ocorrência desses eventos. vários elementos particularmente importantes,
Além do que já foi citado como espera-se que estes resultados sirvam de
responsável pelo aumento dos custos estímulo a novas investigações e
hospitalares e das internações por causas aprofundamentos sobre o tema em nossa
externas, assinala-se o fato de Teresina realidade.
apresentar uma grande influência na saúde da
região, assistindo, aproximadamente, 5.000.000 REFERÊNCIAS
pessoas de vários estados, tornando-se um dos
pólos de referência em Saúde do Brasil, 1. Jorge MHPM. Violência como problema de
12
principalmente no eixo Meio-Norte. O saúde pública. Ciênc Cult. 2002 Jun-Set;
desenvolvimento da rede hospitalar de Teresina, 54(1):52-3.
e dos demais estabelecimentos de saúde, tem 2. Ministério da Saúde (BR). Política nacional de
sido acompanhado pelo crescimento tecnológico redução da morbimortalidade por acidentes e
da engenharia médico-hospitalar e dos recursos violências: Portaria MS/GM n° 737 de 16 de
13
humanos em todos os níveis e profissões. maio de 2001 publicada no Diário Oficial da
Esses fatores desencadeiam União N° 96 de 18 de maio de 2001 Brasília
deslocamentos de pacientes de alguns estados (DF): MS; 2001.
da federação em busca de atendimento 3. Krug EG, Dahlberg LL, Mercy JA, Zwi AB,
hospitalar em Teresina, sendo grande parte Lozano R, editors. World Report on violence and
atendida no HGV, vindos principalmente de health [CD-Rom]. Geneva (SW): World Health
estados vizinhos como o Maranhão com Organization; 2002.
53.530/ano e Ceará com 18.025/ano, 4. Odero W, Tierney W, Einterz R, Mungai S.
correspondendo a cerca de 93.825 migrantes Using an electronic medical record system to
11
vindos de todo o Brasil para o Piauí. describe injury epidemiology and health care
utilization at an innercity hospital in Indiana. Inj.
Control Saf Promot. 2004 Dec; 11(4):269-79.
5. Jorge MHPM, Koizumi MS. Gastos
governamentais do SUS com internações
40

hospitalares por causas externas: análise no 10. Jedrzejczyk T, Zarzeczna-Baran M,


Estado de São Paulo, 2000. Ver Bras Epidemiol. Nowalinska M. Health services provided for
2004 Jun; 7(2):228-38. victims of traumas and accidents in the Gdansk
6. Feijó MCC, Portela MC. Variação nos custos metropolitan area. Wiad Lek. 2002;
de interações hospitalares por lesões: os casos 55(Supl.1):178-83.
dos traumatismos cranianos e acidentes por 11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
arma de fogo. Cad Saúde Públ. 2001 Mai-Jun; [página na Internet]. IBGE Cidades@. [acesso
17(3):627-37. em 2008 Mai15]. Disponível em:
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urbana do Brasil e suas capitais. Ciênc Saúde cidadesat/default.php.
Col. 2006; 12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
11(Supl.1): 211-22. Teresina em dados. População migrante de
8. Iunes RF. Impacto econômico das causas Teresina segundo a unidade da federação de
externas no Brasil: um esforço de mensuração. origem [CDRom]. Teresina (PI): Prefeitura
Rev. Saúde Públ. 1997; 31(Supl.4):38-46. Municipal de Teresina; 2000.
9. Mesquita Filho M, Jorge MHPM. 13. Sociedade Brasileira de Cardiologia [página
Características da na Internet]. Senador pretende unir governo e
morbidade por causas externas em serviço de instituições. [acesso em 2008 Mai 15].
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ABNT. NBR6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de


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