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ESCRITA CIENTÍFICA – UM RÁPIDO OLHAR

Rosane Toledo
UENF/CCT/LCFis, setembro de
2019

As Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), aplicadas à escrita


científica, muitas vezes assustam gerando dificuldades para a sua utilização. O principal objetivo
desta síntese é buscar as informações básicas e mais atualizadas, de acordo com as últimas
revisões e diretrizes da ABNT e do que está em vigor no momento. Também são apresentados
alguns assuntos e termos específicos de natureza científica. Destaca-se que todas as dúvidas
surgidas quanto às regras da escrita devem ser dirimidas nas normas citadas a seguir.

RELAÇÃO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT APLICADAS À ESCRITA CIENTÍFICA


(INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO)

ABNT NBR 6022 (2018)  Artigo em publicação periódica técnica e/ou científica – Apresentação
ABNT NBR 6023 (2018)  Referências – Elaboração
ABNT NBR 6024 (2012)  Numeração progressiva das seções de um documento – Apresentação
ABNT NBR 6027 (2012)  Sumário – Apresentação
ABNT NBR 6028 (2003)  Resumo – Apresentação (em Revisão1)
ABNT NBR 6034 (2004)  Índice – Apresentação
ABNT NBR 10520 (2002)  Citações em documentos – Apresentação (em Revisão2)
ABNT NBR 12225 (2004)  Lombada – Apresentação (Esta Norma estabelece os requisitos para a
apresentação de lombadas e aplica-se exclusivamente a documentos em caracteres latinos,
gregos ou cirílicos)
ABNT NBR 14724 (2011)  Trabalhos acadêmicos – Apresentação (Esta Norma especifica os
princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros),
visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores,
especialistas designados e/ou outros))
ABNT NBR 15287 (2011)  Projeto de pesquisa – Apresentação
IBGE (1993) – Normas de apresentação tabular3 (Recomendada pela NBR 14724)
INMETRO (2012) – Sistema internacional de unidades
INMETRO (2013) – Grafia de grandezas e unidades

1
Pode ser acompanhada em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2003. Acesso em 14-08-2019.
2
Pode ser acompanhada em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2074. Acesso em 14-08-2019.
3
Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv23907.pdf. Acesso em 14-08-2019.
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BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS NORMAS

Seguindo as recomendações das normas ABNT, IBGE e INMETRO em vigor, relacionadas


anteriormente, foi feita uma coletânea com observações apropriadas sobre alguns aspectos
relevantes na escrita científica.

 TRABALHOS ACADÊMICOS

Considerando a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2011), NBR 14724, resumem-se


recomendações importantes:
a) as margens devem ser: para o anverso, esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior
de 2 cm; para o verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm;
b) para a paginação devem contar as folhas ou páginas pré-textuais, mas não numerá-las.
Portanto, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas
sequencialmente, considerando somente o anverso. A numeração deve figurar, a partir
da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da
folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da
folha;
c) recomenda-se a fonte tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se
citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de
catalogação na publicação, legendas e fontes das ilustrações e das tabelas, que devem
ser em tamanho menor e uniforme;
d) todo texto deve ser digitado com espaçamento 1,5 entre as linhas, excetuando-se as
citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e
das tabelas, natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é
submetido e área de concentração), que devem ser digitados em espaço simples. As
referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples
em branco;
e) a estrutura interna de um trabalho acadêmico deve seguir a sequência seguinte:
elementos pré-textuais:
 folha de rosto (obrigatório);
 errata (opcional);
 folha de aprovação (obrigatório);
 dedicatória (opcional);
 agradecimentos (opcional);
 epígrafe4 (opcional);
 resumo na língua vernácula (obrigatório);
 resumo em língua estrangeira (obrigatório);
 lista de ilustrações (opcional);
 lista de tabelas (opcional);

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Podem também constar epígrafes nas folhas ou páginas de abertura das seções primárias.
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 lista de abreviaturas e siglas (opcional);


 lista de símbolos (opcional);
 sumário (obrigatório).
elementos textuais5:
 introdução;
 desenvolvimento;
 conclusão;
elementos pós-textuais:
 referências (obrigatório);
 glossário (opcional);
 apêndice (opcional);
 anexo (opcional);
 índice (opcional).
f) agradecimentos, dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração
do trabalho, é um texto feito pelo autor;
g) apêndice6, texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua
argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho;
h) anexo7 é um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração;
i) equações e fórmulas, para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se
necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses e alinhados à direita.
Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que
comporte seus elementos (expoentes, índices, entre outros);
j) a apresentação de tabelas deve seguir as orientações das Normas de apresentação
tabular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1993), digitalizada em 20133.

 NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012), NBR 6024, faz algumas recomendações
relevantes quanto à numeração das partes de um trabalho acadêmico:
a) errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e
siglas, lista de símbolos, resumo, abstract, sumário, referências, glossário, apêndices,
anexos e índice devem ser centralizados e não numerados, escritos em caixa alta, com o
mesmo destaque usado nas seções primárias e preferencialmente em negrito;

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A nomenclatura dos títulos dos elementos textuais fica a critério do autor.
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Elemento opcional. Deve ser precedido da palavra APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelo respectivo título. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando
esgotadas as letras do alfabeto. Exemplo:
APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias.
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As mesmas orientações para a construção gráfica de apêndice devem ser observadas para a inserção de anexos.
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b) títulos com indicação numérica, que ocupem mais de uma linha, devem ser, a partir da
segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título;
c) os títulos das seções devem ser destacados tipograficamente, de forma hierárquica, da
primária à quinaria;
d) podem ser utilizados os recursos gráficos de maiúscula, negrito, itálico ou sublinhado,
entre outros;
e) seção primária representa a principal divisão do texto de um documento; é a
numeração arábica 1, 2, 3, 4, 5, sem a inserção de “ponto”, com destaque em negrito;
f) seção secundária é a subdivisão do texto a partir de uma seção primária: 1.1, 1.2, 1.3,
1.4, 1.5; 2.1, 2.2, 2.3; 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5; etc., cuja colocação de um ponto posterior
ao primeiro numeral, caracteriza a seção enquanto secundária e deve ser assentada
com destaque;
g) seção terciária é a subdivisão do texto a partir de uma seção secundária: 1.1.1, 1.1.2,
1.1.3, 1.1.4; 2.1.1, 2.1.2, 2.1.3, 2.1.4, 2.1.5; cuja colocação de mais dois números
arábicos, separados por ponto, caracteriza a seção como terciária, mas não leva
destaque;
h) seção quaternária é a subdivisão do texto a partir de uma seção terciária: 1.1.1.1;
1.1.1.2; 2.1.1.1;
i) seção quinária é a subdivisão do texto a partir de uma seção quaternária: 1.1.1.1.1;
1.1.1.1.2; 1.1.1.1.3;
j) deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinária;
k) o título das seções (primárias, secundárias, terciárias, quaternárias e quinárias) deve ser
colocado após o indicativo de seção, alinhado à margem esquerda, separado por um
espaço. O texto deve iniciar em outra linha;
l) ponto, hífen, travessão, parênteses ou qualquer sinal não podem ser utilizados entre o
indicativo da seção e seu título;
m) todas as seções devem conter um texto relacionado a elas;
n) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1;
o) o indicativo de uma seção secundária é constituído pelo número da seção primária a
que pertence, seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assunto e
separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em relação às demais seções;
p) os diversos assuntos que não possuam título próprio, dentro de uma mesma seção,
devem ser subdivididos em alíneas, tendo o texto que antecede as alíneas terminado
por dois pontos;
q) as alíneas devem ser indicadas alfabeticamente, em letra minúscula, seguida de
parêntese. Utilizam-se letras dobradas, quando esgotadas as letras do alfabeto;
r) as letras indicativas das alíneas devem apresentar recuo em relação à margem
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esquerda;
s) o texto da alínea deve começar por letra minúscula e terminar em ponto e vírgula,
exceto a última alínea que termina em ponto final;
t) o texto da alínea deve terminar em dois pontos, se houver subalínea;
u) a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do
texto da própria alínea;
v) se houver subalínea, deve seguir as orientações seguintes:
as subalíneas devem começar por travessão seguido de espaço;
as subalíneas devem apresentar recuo em relação à alínea;
o texto da subalínea deve começar por letra minúscula e terminar em ponto e
vírgula. A última subalínea deve terminar em ponto final, se não houver alínea
subsequente;
a segunda e as seguintes linhas do texto da subalínea começam sob a primeira letra
do texto da própria subalínea.

 INDICATIVO DE SEÇÕES NO TEXTO

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012, p 8), NBR 6024, seguem
alguns exemplos de como apresentar citações de seções no texto:
a) ... na seção 3 ...
b) ... ver 2.3 ...
c) Na alínea a, da seção 4.1 ...
d) Na primeira subalínea, da alínea d ...
e) ... em 3.1.1.3, § 1º... ou ... 1º parágrafo de 3.1.1.3...

 SUMÁRIO

Considerando a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012), NBR 6027, algumas


recomendações importantes são listadas:
a) a enumeração das divisões, seções e outras partes de um documento devem ser
apresentadas no sumário, na mesma ordem e grafia em que a matéria aparece no
documento;
b) em monografias, dissertações e teses, o sumário deve ser o último elemento pré-
textual;
c) deve iniciar no anverso de uma folha, concluído no verso, se necessário;
d) os indicativos das seções que compõem o sumário, se houver, devem ser alinhados à
esquerda;
e) os títulos e subtítulos , se houver, sucedem os indicativos das seções. Recomenda-se
que sejam alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso, inclusive os
elementos pós-textuais;
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f) a palavra sumário, independente do idioma, deve ser centralizada e com o mesmo tipo
de fonte utilizada para as seções primárias;
g) os elementos pré-textuais não podem constar no sumário;
h) a paginação deve ser apresentada à margem direita sob uma das formas: número da
primeira página (ex.: 7), números das páginas inicial e final separados por hífen (ex.:10-
55) ou números das páginas em que distribui o texto (ex.: 15, 18, 20-28);
i) segue exemplo de um sumário (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012,
p 2), como ilustração:
1 INTRODUÇÃO 9
2 ARQUIVOS DE SISTEMA 15
3 TESTES DE PERFORMANCE E OCUPAÇÃO DE DISCO 25
3.1 Primeiro teste: ocupação inicial de disco 25
3.2 Segundo teste: escrita em disco 27
3.3 Terceiro teste: ocupação final de disco 31
3.3.1 Tempo de arquivo em disco 32
3.3.2 Tempo de deleção em disco 35
4 CONCLUSÃO 40
REFERÊNCIAS 43
APÊNDICE A – FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS 50

 RESUMO

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003, p 1-2), NBR 6028, ainda
em vigor, mas já em revisão1, são feitas as seguintes observações:
a) o resumo é uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento;
b) o resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do
documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo
(informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento
original;
c) o resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo
inserido no próprio documento;
d) o resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de
enumeração de tópicos;
e) recomenda-se o uso de parágrafo único;
f) a primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A
seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo
de caso, análise da situação etc.);
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g) deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular;


h) as palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão
Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto;
i) devem-se evitar:
símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
fórmulas, equações, diagramas, etc., que não sejam absolutamente necessários;
quando o seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que
aparecerem;
j) quanto a sua extensão, os resumos devem ter:
de 150 a 500 palavras para os trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e
relatórios técnico-científicos;
de 100 a 250 palavras para os artigos de periódicos;
de 50 a 100 palavras para os destinados a indicações breves.

 CITAÇÕES8

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p 1-7), NBR 10520, ainda em vigor, mas
já em revisão2, faz as seguintes recomendações:
a) considere citação direta como a transcrição textual de parte da obra do autor
consultado;
b) já a citação indireta é representada por um texto baseado na obra do autor consultado;
c) as citações no texto devem ser apresentadas pelo sobrenome do autor, pela instituição
responsável ou título incluído na sentença em letras maiúsculas e minúsculas; mas
quando estiverem entre parênteses, devem estar em letras maiúsculas;
d) especificar no texto a(s) página(s), volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte
consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vírgula e
precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas citações
indiretas, a indicação da(s) página(s) consultada(s) é opcional;
e) as citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas
duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação;
f) as citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo
de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas;
g) devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaques, do
seguinte modo:
supressões: [...]
interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
ênfase ou destaque, grifo ou negrito ou itálico;

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O uso do ponto final após as citações deve atender às regras gramaticais.
8

h) quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se as iniciais de


seus prenomes; se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por
extenso;
i) as citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano,
são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data
e sem espacejamento, conforme a lista de referência;
j) as citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos
diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas datas separadas por vírgula;
k) as citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados
simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula e colocadas em ordem
alfabética;
l) a expressão apud – citado por, conforme, segundo – pode, também ser usada no texto.
Exemplo:
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um
processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da
esquerda para a direita de forma linear.

 TABELAS

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2011, p 11), NBR 14724, a tabela é a
forma não discursiva de apresentar informações das quais o dado numérico se destaca como
informação central. Devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que
se referem e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística3 (1993), IBGE.
Exemplo:
Tabela 1 – Perfil socioeconômico da população entrevistada, no período de julho de 2009 a abril de 2011.

De acordo com a norma Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1993), a


estruturação dos dados numéricos e dos termos necessários à compreensão de uma tabela deve
ser feita com, no mínimo, três traços horizontais paralelos. O primeiro para separar o topo. O
segundo para separar o espaço do cabeçalho. O terceiro para separar o rodapé.
Quando, em uma tabela, houver a necessidade de se destacar parte do cabeçalho ou parte
dos dados numéricos, estes devem ser estruturados com um ou mais traços verticais paralelos
adicionais.
A moldura de uma tabela não deve ter traços verticais que a delimitem à esquerda e à
direita.
Toda tabela deve ser precedida da palavra tabela, seguida de seu número de ordem de
ocorrência no texto, em algarismos arábicos, de travessão e do respectivo título. Imediatamente
após a tabela, deve-se indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja
produção do próprio autor). A tabela deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível
do trecho a que se refere.
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Toda tabela que ultrapassar as dimensões da página deve obedecer ao que se segue:
a) cada página deve ter o conteúdo do topo e o cabeçalho da tabela ou o cabeçalho da
parte;
b) cada página deve ter uma das seguintes indicações: continua para a primeira, conclusão
para a última e continuação para as demais.

 ILUSTRAÇÕES (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, P 15), NBR 14724

Qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identificação aparece na parte superior,
precedida de sua palavra designativa (figura, desenho, esquema, fluxograma, fotografia, gráfico,
mapa, organograma, planta, quadro, retrato, imagem, entre outros), seguida de seu número de
ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, de travessão e do respectivo título.
Imediatamente após a ilustração, na parte inferior, deve-se indicar a fonte consultada
(elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras
informações necessárias à sua compreensão (se houver). A ilustração deve ser citada no texto e
inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere.

 REFERÊNCIAS

Considerando a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2018), NBR 6023, destacam-se


algumas observações relevantes. No entanto, recomenda-se observar e seguir os muitos exemplos
apresentados pela norma, ao longo das suas 74 páginas, que foi revisada e atualizada em 2018:
a) a referência é constituída de elementos essenciais e, havendo necessidade, pode
receber acréscimos de elementos complementares, que são retirados do próprio texto,
refletindo os dados do documento consultado; na inexistência desses dados, podem ser
utilizadas outras fontes de identificação, indicando-as entre colchetes;
b) os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados em
sequência padronizada;
c) as referências devem ser elaboradas em espaço simples, alinhadas à margem esquerda
do texto e separadas entre si por uma linha em branco de espaço simples;
d) a pontuação deve ser uniforme para todas as referências;
e) os elementos essenciais devem refletir os dados do documento referenciado. São as
informações indispensáveis à identificação do documento;
f) para documentos online, além dos elementos essenciais e complementares, deve-se
registrar o endereço eletrônico, precedido da expressão Disponível em:, e a data de
acesso, precedida da expressão: Acesso em:;
g) as referências de mesmo tipo devem ser padronizadas quanto ao recurso tipográfico
(negrito, itálico ou sublinhado) para destacar o elemento título, bem como padronizar a
adoção dos elementos complementares. Isso não se aplica às obras sem indicação de
autoria, ou de responsabilidade, cujo elemento de entrada seja o próprio título, já
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destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, incluindo artigo (definido
ou indefinido) e palavra monossilábica (se houver);
h) o autor deve ser indicado pelo último sobrenome, em letras maiúsculas, seguido do
prenome e de outros sobrenomes, abreviados ou não, conforme consta no documento.
Os autores devem ser separados por ponto e vírgula, seguidos de um espaço.
Recomenda-se padronizar os prenomes e sobrenomes para o mesmo autor, quando
aparecerem de formas diferentes em documentos distintos;
i) quando houver até três autores, todos devem ser indicados;
j) quando houver quatro ou mais autores, convém indicar todos. Permite-se que se
indique apenas o primeiro, seguido da expressão et al.;
k) as obras de responsabilidade de pessoa jurídica (órgãos governamentais, empresas,
associações, entre outros) têm entrada pela forma conhecida ou como se destaca no
documento, por extenso ou abreviada. Recomenda-se, no entanto, que se padronizem
os nomes para o mesmo autor, quando aparecerem de formas diferentes em
documentos distintos;
l) alguns exemplos de referências (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018,
p 12-19), NBR 6023:
os elementos essenciais para livro e/ou folheto são: autor, título, subtítulo (se
houver), edição (se houver), local, editora e data de publicação. Quando necessário,
acrescentam-se elementos complementares;
 exemplo com elementos essenciais
LUCK, Heloisa. Liderança em gestão escolar. 4. Ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
 exemplo com elementos complementares
LUCK, Heloisa. Liderança em gestão escolar. 4. Ed. Petrópolis: Vozes, 2010. 165 p., 18 cm.
(Cadernos de gestão, v. 4). Bibliografia: p. 149-155. ISBN 978-85-3263-62-01.
exemplo para trabalho acadêmico, cujos elementos essenciais são: autor, título,
subtítulo (se houver), ano de depósito, tipo de trabalho (tese, dissertação, trabalho
de conclusão de cursos e outros) e curso entre parênteses, vinculação acadêmica,
local e data de apresentação ou defesa. Quando necessário, acrescentam-se
elementos complementares à referência para uma melhor identificação;
 com elementos essenciais
AGUIAR, André Andrade de. Avaliação da microbiota bucal em pacientes sob uso crônico
de penicilina e benzatina. 2009. Tese (Doutorado em Cardiologia) – Faculdade de
Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
 com elementos complementares
RODRIGUES, Ana Lúcia Aquilas. Impacto de um programa de exercícios no local de
trabalho sobre o nível de atividade física e o estágio de prontidão para a mudança de
comportamento. Orientador: Mario Ferreira Junior. 2009. 83 f. Dissertação (Mestrado em
Fisiopatologia Experimental) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2009.
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exemplo de documento disponível online:


 com elementos essenciais
BAVARESCO, Agemir; BARBOSA, Evandro; ETCHEVERRY, Katia Martin (org.). Projetos de
filosofia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2011. Ebook. Disponível em:
http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/projetosde filosofia.pdf. Acesso em: 21 ago. 2011.
 com elementos complementares
BAVARESCO, Agemir; BARBOSA, Evandro; ETCHEVERRY, Katia Martin (org.). Projetos de
filosofia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2011. Ebook (213 p.). (Coleção Filosofia). ISBN 978-85-
397-0073-8. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/projetosde filosofia.pdf.
Acesso em: 21 ago. 2011.
partes de uma obra, incluindo seção, capítulo, volume, fragmento e outras partes,
com autor e/ou título próprios. Os elementos essenciais são: autor e título da parte,
seguidos da expressão In: ou Separata de:, e da referência completa da obra
(monografia) no todo. No final da referência, deve-se indicar a descrição física da
parte. Quando necessário, acrescentam-se informações complementares para
melhor identificar o documento consultado:
 com elementos essenciais
RODRIGUES, Ana Lúcia Aquilas. Aspectos éticos. In: RODRIGUES, Ana Lúcia Aquilas.
Impacto de um programa de exercícios no local de trabalho sobre o nível de atividade
física e o estágio de prontidão para a mudança de comportamento. 2009. Dissertação
(Mestrado em Fisiopatologia Experimental) – Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2009. f. 19-20.
 com elementos complementares
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHIMIDT, J.
(org.). História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras,
1996. p. 7-16. ISBN 85-7164-555-8.
partes de uma publicação periódica, incluindo artigo, comunicação, editorial,
entrevista, reportagem e outros. Os elementos essenciais são: autor, título do artigo
ou da matéria, subtítulo (se houver), título do periódico, subtítulo (se houver), local
de publicação, numeração do ano e/ou volume, número e/ou edição, tomo (se
houver), páginas inicial e final e data ou período de publicação. Quando necessário,
acrescentam-se informações complementares para melhor identificar o
documento:
 com elementos essenciais
DOREA, R. D.; COSTA, J. N.; BATITA, J. M.; FERREIRA, M. M.; MENEZES, R. V.; SOUZA, T. S.
Retuculoperitonite traumática associada à esplenite e hepatite em bovino: relato de caso.
Veterinária e Zootecnia, São Paulo, v. 18, n. 4, p. 199-202, 2011. Supl. 3.
ROCKE, Hans; ROSS, Johanna C. Online catalogs for and by librarians. Techinical Services
Quarterly Greeley, v. 2, n. 3/4, p. 1-9, Spring/Summer 1985.
 com elementos complementares
MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era do código aberto.
Entrevistado: Mitchekk Baker. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-
12

106, set./out. 2008.

PALAVRAS ESTRANGEIRAS NO TEXTO E EXPRESSÕES LATINAS EMPREGADAS NAS CITAÇÕES DEVEM


SER ESCRITAS EM ITÁLICO?
De acordo com o Prof. Alejandro Knaesel Arrabal9, de fato, esta é uma das questões de
grande divergência nos tratados e manuais sobre redação científica. Encontram-se orientações no
sentido de empregar o itálico em palavras não incorporadas ao vocabulário, em expressões latinas
ou até mesmo em termos específicos de determinadas áreas do conhecimento. Ocorre que o
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa vigente não trata deste assunto.
Especificamente em relação às expressões latinas utilizadas como recurso para abreviar
citações, a NBR 10520 não utiliza o itálico; no entanto, a NBR 6023 (2018) utiliza o itálico no et
al..
Portanto, a sugestão é usar o itálico em palavras estrangeiras não incorporadas ao
vocabulário. Para saber se uma determinada palavra já foi incorporada, consulte o Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)10. Quanto às expressões latinas, a ABNT, em suas normas
apresenta, por exemplo: apud e et al.. O mais importante é adotar o mesmo tipo de grafia para todo o
trabalho.

VALORES E UNIDADES DE GRANDEZAS – GRAFIA

Recomenda-se que a apresentação dos valores e unidades das grandezas deva ser de
acordo com as diretrizes do Inmetro1112, que indica:
a) quando escritos por extenso, os nomes de unidades começam por letra minúscula,
mesmo quando têm o nome de um cientista (ex: ampere, kelvin, newton, etc.);
b) o nome da unidade de temperatura grau Celsius, símbolo °C, não é uma exceção à regra
de se escrever o nome das unidades com letra minúscula, visto que a unidade grau
começa pela letra “g” minúscula e o adjetivo “Celsius” começa pela letra “C” maiúscula,
pois este é um nome próprio. A exceção para que o nome de uma unidade comece com
letra maiúscula, ocorre tão somente quando estiver localizado no início da frase ou em
sentença com letras maiúsculas, como em um título;
c) quando o nome da unidade é justaposto ao nome de um prefixo, não há espaço, nem
hífen entre o nome do prefixo e o nome da unidade. O conjunto formado pelo nome do
prefixo e o nome da unidade constitui uma única palavra, independente das orientações
do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa;

9
Disponível em: http://www.praticadapesquisa.com.br/2013/03/palavras-estrangeiras-e-expressoes.html. Acesso em:
07-08-2019.
10
Disponível em: http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario?sid=2. Acesso em: 07-08-2019.
11
Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC002050.pdf. Acesso em: 12/08/2019.
12
Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/si_versao_final.pdf. Acesso em: 12/08/2019
13

d) na expressão do valor numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita
por extenso ou representada pelo seu símbolo (por exemplo, milivolts por milímetro ou
mV/mm), não sendo admitidas combinações de partes escritas por extenso com partes
expressas por símbolo;
e) quando os nomes de unidades são escritos ou pronunciados por extenso, a formação do
plural obedece às seguintes regras básicas:
os prefixos SI são invariáveis;
os nomes ou partes dos nomes de unidades não recebem a letra “s” no final,
quando:
 terminam pelas letras s, x ou z. Por exemplo, siemens, lux, hertz, etc.;
 quando correspondem ao denominador de unidades compostas por divisão. Por
exemplo, kilometros por hora ou quilômetros por hora, lumens por watt, watts
por esferorradiano, etc.;
 em palavras compostas, são elementos complementares de nomes de unidades
e ligados a estes por hífen ou preposição. Por exemplo, anos-luz, unidades
(unificadas) de massa atômica, etc.;
os nomes de unidades recebem a letra “s” no final de cada palavra:
 quando são palavras simples13. Por exemplo: amperes, becquerels, candelas,
curies, decibels, farads, grays, henrys, joules, kelvins, mols, parsecs, pascals,
kilogramas ou quilogramas, roentgens, volts, webers, etc.;
 quando são palavras compostas em que o elemento complementar de um
nome de unidade não é ligado a este por hífen. Por exemplo: metros quadrados,
milhas marítimas, unidades astronômicas, etc.;
 quando o nome da unidade é um termo composto por multiplicação, em que os
componentes podem variar independentemente um do outro, o plural do nome
da unidade pode ser feito de duas maneiras – os nomes das unidades devem ser
separados por hífen ou um espaço, podendo ser indicados como seguem os
exemplos: ampere-hora ou ampere hora (singular) com os plurais: amperes-
horas ou amperes-hora ou amperes horas ou amperes hora;

f) na forma oral, os nomes dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades devem ser
pronunciados por extenso, prevalecendo a sílaba tônica da unidade;
g) assim sendo, os múltiplos e submúltiplos decimais do metro devem ser pronunciados
com acento tônico na penúltima sílaba (mé), por exemplo, megametro, kilometro,
hectometro, decametro, decimetro, centimetro, milimetro, micrometro (distinto de
micrômetro, instrumento de medição), nanometro, etc. No entanto, no Brasil, as únicas
exceções a esta regra, que admitem dupla pronúncia, consagradas pelo uso com o

13
Segundo esta regra, o plural do nome da unidade não desfigura o nome que a unidade tem no singular, não se
aplicando aos nomes de unidades, certas regras usuais de formação do plural de palavras, como por exemplo,
becquerels e não “becqueréis”, decibels e não “decibéis”, mols e não “moles”, pascals e não “pascais”, etc.
14

acento tônico deslocado para o prefixo, são as palavras quilômetro, hectômetro,


decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro;
h) os símbolos das unidades, qualquer que seja o tipo empregado no texto onde eles
aparecem, devem ser impressos em alfabeto latino (na vertical);
i) os símbolos são invariáveis, não sendo admitido colocar, após o símbolo, seja ponto de
abreviatura, seja “s” de plural, sejam sinais, letras ou índices. Por exemplo, o símbolo do
watt é sempre W, qualquer que seja o tipo de potência a que se refira: mecânica,
elétrica, térmica, acústica, etc.;
j) o símbolo do litro constitui uma exceção à regra. Foi aprovada a utilização das letras L
(maiúscula) ou l (minúscula) como símbolo do litro a fim de evitar confusão entre o
algarismo 1 (um) e a letra l (ele);
k) somente é utilizado um prefixo SI justaposto a uma unidade de medida. Assim, não
devem ser usados termos com dois prefixos como milimicro, por exemplo;
l) o valor de uma grandeza deve ser expresso como o produto de um número por uma
unidade. Entre o número e a unidade deve haver um espaço 14, que deve atender à
conveniência de cada caso (Ex.: 0,25 mm; 15 km; 2 pF). Por exemplo, em frases de
textos correntes, é dado normalmente o espaçamento correspondente a uma ou a
meia letra;
m) os números que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias,
bens ou serviços em documentos para efeitos fiscais, jurídicos e/ou comerciais, devem
ser escritos com os algarismos separados em grupos de três, a contar da vírgula para a
esquerda e para direita, com pontos separando esses grupos entre si.

CELA OU CÉLULA UNITÁRIA?

Segundo Brunelli; Paiva-Santos, M. L.; Paiva-Santos, C. O. (2004), a Sociedade Brasileira de


Cristalografia, atual Associação Brasileira de Cristalografia recomenda que use cela unitária (em
inglês é chamada de unit cell) para representar o conjunto de pontos mais simples que pode existir
no retículo tridimensional de um cristal, ou seja, a menor porção da matéria a exibir a simetria
completa do cristal. Adota-se cela porque é vista como uma caixa, como cela de prisão, apesar de
alguns pesquisadores no Brasil preferirem usar a palavra célula. Desta forma, recomenda-se que
reserve a palavra célula para representar sistemas biológicos ou representações macroscópicas.
Ex.: célula combustível, célula fotoacústica, célula fotoelétrica, etc.. E a palavra cela associada à
prisão em cadeias e à menor representação dos reticulados cristalinos. Não confundir com sela de
cavalo ou sela do verbo selar.

ALGUMAS DICAS PARA A ÁREA DE GEOCIÊNCIAS

Para as pesquisas que envolvem a área de Geociências, aconselha-se a leitura do livro do

14
Quando houver possibilidade de fraude, não se deve usar espaçamento.
15

geólogo Pércio Branco (BRANCO, 2014). Foram selecionadas algumas dicas do livro apresentadas a
seguir:
a) traduzir ou não? Na dúvida de uma tradução confiável, é melhor manter a forma
original de palavras ou expressões em outra língua. Apresente-as com um grifo que as
diferencie: em geral, a sugestão é usar o itálico, mas o Branco (2014) também indica
apresentá-las entre aspas ou grifadas. O mais importante é adotar um único estilo de
grafia para todo o trabalho. Branco ainda ressalta que as palavras de ciência são
internacionais, melhor não desfigurá-las ou substituí-las;
b) para os substantivos de nomes próprios estrangeiros, a tradução em princípio, deve
conservar a raiz da palavra (o nome próprio), adaptando apenas a terminação. Para
centenas de nomes de minerais e rochas, essa orientação deve ser adotada: mantendo a
raiz inalterada e substituindo o sufixo para ita (minerais) e ito (rochas). Ex.: brookita (de
Brook), charnockito (de Charnock). Nomes já consagrados na forma aportuguesada,
melhor mantê-los, como caulinita, caulim (de Kao Ling). Há casos de nomes que
preservam o radical e também aparecem apotuguesados como illita/ilita,
allanita/alanita, entre outros. Há nomes que são usados só na forma que preserva o
radical, mesmo aparecendo aportuguesado no VOLP, como kunzita e não cunzita,
kernita e não quernita, entre outros;
c) prefira feldspato potássico a K-feldspato, gipsita a gipso ou gesso, muscovita a
moscovita (apesar do VOLP registrar as duas formas);
d) escreva caulinita e não caolinita, gibbsita e não gibsita, goethita e não goetita, grafita e
não grafite, microclínio e não microclíneo ou microclina.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6022: informação e documentação: artigo em
publicação periódica técnica e/ou científica: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023: informação e documentação:


referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6024: informação e documentação:


numeração progressiva das seções de um documento: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6027: informação e documentação: sumário:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028: informação e documentação: resumo:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6034: informação e documentação: índice:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520: informação e documentação: citações
em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
16

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12225: informação e documentação: lombada:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14724: informação e documentação: trabalhos
acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15287: informação e documentação: projeto
de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

BRUNELLI, Tamara Fernanda Totta; PAIVA-SANTOS, Maria Luiza; PAIVA-SANTOS, Carlos O. Para entender
alguns termos da cristalografia. Jornal do LabCaCC, Araraquara, 23 jul. 2004.

BRANCO, Pércio de Moraes. Guia de redação para a área de geociências. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE: Normas de apresentação tabular. Rio de


Janeiro: IBGE, 1993. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv23907.pdf. Acesso
em 14-08-2019.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA. INMETRO: Grafia de grandezas e unidades. Rio de Janeiro:


INMETRO, 2013. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC002050.pdf. Acesso
em: 12/08/2019.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA. INMETRO: Sistema internacional de unidades. Rio de


Janeiro: INMETRO, 2012. Disponível em:
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/si_versao_final.pdf. Acesso em: 12/08/2019.

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