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Bases de Micologia Prof. MSc.

Brunno Pinho
Panorama inicial
Micologia
Questionamentos:

1) O que são fungos?

2) Qual a importância deles para o meio ambiente?

3) Qual a importância deles para os seres humanos?

4) Representam risco para a sociedade?


Micologia
Micologia
Características gerais
Introdução à micologia
Características gerais:
- Organismos eucariotos com
características intermediárias entre
vegetais e animais;

- Características únicas levaram a criação


de um reino separado – Reino Fungi;

- Podem ser unicelulares (leveduras) ou


multicelulares (fungos filamentosos e
cogumelos)
Introdução à micologia
Características gerais:
- Responsáveis pela manutenção da
estabilidade geoquímica da biosfera;

- Possuem importância econômica,


sendo utilizados na produção de
alimentos e medicamentos;

- Responsáveis pela deterioração de


alimentos e materiais.
Introdução à micologia
Características gerais:
Introdução à micologia
Características gerais:
Introdução à micologia
Características gerais:
Introdução à micologia
Características gerais:
Introdução à micologia
Introdução à micologia
Características gerais:
- Aeróbios obrigatórios ou facultativos;

- Apresentam comportamento quimiotrófico.


Introdução à micologia
Características gerais:
- Infecções fúngicas são denominadas
micoses;

- Em sua maioria, os fungos patogênicos


são exógenos;

- Micoses de maior incidência são


causadas por fungos endógenos
Introdução à micologia
Características gerais:
- Micoses podem ser classificadas como:
(1) Superficiais;
(2) Cutâneas;
(3) Subcutâneas;
(4) Sistêmicas
Estrutura e morfologia
fúngica
Introdução à micologia
Estrutura fúngica:
- Formas de vida eucariotas, podendo
ser divididas em:
(1) Unicelulares;
(2) Multicelulares (hifas).
Introdução à micologia
Estrutura fúngica:
Parede celular;
Membrana citoplasmática
(ergosterol);
Núcleo;
Ribossomos;
Mitocôndria;
Complexo de Golgi;
Retículo endoplasmático
Introdução à micologia
Morfologia fúngica:
- De acordo com a forma podem ser
classificados como:
1. Leveduras (micro);
2. Fungos filamentosos/bolores (micro/macro);
3. Cogumelos (macro).
Introdução à micologia
Morfologia microscópica de leveduras:
- Aspecto individual: Unicelulares, esféricos ou ovais, com
tamanho superior ao da maioria das bactérias.
Introdução à micologia
Morfologia macroscópica de leveduras:
Aspecto coletivo: Colônias normalmente arredondadas, de
aspecto liso ou rugoso, pastosas ou cremosas, de coloração
variada (laranja, branca, creme, preta).
Introdução à micologia
Morfologia de leveduras:
Características complementares: Reprodução por
brotamento, com possível formação de pseudo-hifa.
Introdução à micologia
Morfologia de leveduras:
Características complementares: Algumas leveduras
apresentam cápsula de mucopolissacarídeo envolvendo
externamente a célula.
Introdução à micologia
Morfologia microscópica de fungos filamentosos:
- Organismos multicelulares com formato filamentoso;

- Filamento único recebe a denominação de hifa, podendo


formar um aglomerado chamando de micélio.
Introdução à micologia
Micélio vegetativo
- Pode ser septado ou contínuo (cenocítico);

- Pode formar estruturas de propagação, resistência ou


fixação
(1) Artroconídeo;

(2) Clamidioconídio.
Introdução à micologia
Morfologia macroscópica de fungos filamentosos:
Introdução à micologia
Morfologia fúngica:
- Fungos dimórficos podem existir nas duas
formas, dependendo das condições de
crescimento (temperatura);

- Fungos com essa capacidade possuem


maior potencial patogênico.
Introdução à micologia
Dimorfismo fúngico:
Reprodução fúngica
Introdução à micologia
Reprodução fúngica:
- Leveduras realizam reprodução
assexuada por brotamento ou fissão
binária;
Introdução à micologia
Reprodução fúngica:
- Filamentosos realizam reprodução assexuada e sexuada;

- Estruturas bases são os esporos que variam de acordo com a


sua forma de produção (sexuada/assexuada);

- Podem variar nomenclatura de acordo com o seu local de


formação, sendo esse interno (endósporo) ou externo
(ectósporo).
Introdução à micologia
Reprodução fúngica:
- Ectosporos de origem assexuada (conídios) representam o
modo mais comum de reprodução assexuada;
Introdução à micologia
Reprodução fúngica:
- Endosporos assexuados (esporangiosporos) originam-se em
estruturas chamadas de esporângios
Introdução à micologia
Reprodução fúngica:
- Ectosporos sexuados (basidiósporos) originam-se da união
entre núcleos haploides de células doadora e receptora,
formando um zigoto.
Introdução à micologia
Reprodução fúngica:
- Endosporos sexuados (ascósporos) originam-se da união
entre núcleos haploides de células doadora e receptora,
formando um zigoto.
Perguntas
1) Dê a função das estruturas a seguir:
a) Ascósporo
b) Conídio
c) Basidiósporo
d) Artroconídeo
e) Clamidioconídio
Perguntas
2) Os fungos filamentosos e leveduriformes
são microorganismos que apresentam
estrutura celular típica procariótica e todos
possuem hifa septada ou contínua

a) Verdadeiro
b) Falso
Perguntas
3) Os fungos filamentosos e leveduriformes
são microorganismos que apresentam
estrutura celular típica eucariótica e podem
formar hifas septadas ou contínuas e
pseudohifas

a) Verdadeiro
b) Falso
Perguntas
4) Fungos patogênicos se apresentam da
mesma forma em vida parasitária e
saprofítica

a) Verdadeiro
b) Falso
Perguntas
5) Cite quatro fatores de influência externa
na morfologia ou reprodução fúngica
Metabolismo fúngico
Fisiologia fúngica
Características gerais:
- Organismos eucariotos uni (leveduras)
ou multicelulares (filamentosos),
heterotróficos;

- Grande maioria é aeróbio obrigatório,


exceto leveduras fermentadoras
anaeróbias;

- Oferta de oxigênio influencia na forma


de reprodução fúngica.
Fisiologia fúngica
Características gerais:
- Não possuem capacidade de produção
energética por fotossíntese;

- Podem ser classificados como:


(1) Saprofíticos;
(2) Parasitas;
(3) Simbiontes.
Fisiologia fúngica
Características gerais:
- Absorção de nutrientes envolve a ação
de enzimas exógenas (lipases,
invertases, lactases, amilases,
proteinases);

- Algumas espécies possuem a


capacidade de hidrolisar substâncias
orgânicas complexas.
Fisiologia fúngica
Metabolismo fúngico:
- Meio de cultivo mais importante na
micologia é o meio de Sabouraud;

- Crescimento é dependente de fator


nutritivo e umidade relativa do ar,
temperatura e pH;

- Crescimento lento, com período de


incubação de 7 a 15 dias.
Micoses
Micoses
Aspectos gerais:
- A interação com elementos fúngicos
pode causar três tipos de doenças:
(1) Alérgicas;

(2) Tóxicas;

(3) Infecciosas.
Micoses
Aspectos gerais:
- As micoses podem ser classificadas em:
(1) Superficiais, de localização na pele e
anexos;

(2) Subcutâneas, encontradas na pele e


nos tecidos subcutâneos;

(3) Micoses sistêmicas, atingindo órgãos


internos e vísceras.
Micoses
Aspectos gerais:
- As micoses podem ser epidêmicas em
regiões com a maior presença do
fungo;

- Fatores como idade, sexo e profissão


influenciam na frequência de certas
micoses;

- Fatores do patógeno também


influenciam na ocorrência da doença.
Micoses
Patogenicidade:
- Principais fatores de virulência são:
(1) Variabilidade fenotípica;

(2) Aderência nos tecidos do hospedeiro;

(3) Produção de toxinas e enzimas.


Micoses
Mecanismos de defesa do hospedeiro:
- Mecanismos podem ser inespecíficos
ou específicos;

- Inespecíficos (Defesas locais – Pele,


membrana de mucosas e imunidade
inata);

- Específicos (Imunidade adquirida).


Atividade
Atividade avaliativa
Elaborar mapa mental com as seguintes informações:

a) Fatores predisponentes a infecções fúngicas;

b) Fatores de virulência fúngica;

c) Resposta imune frente a infecções fúngicas.


Diagnóstico laboratorial
Diagnóstico laboratorial
Diagnóstico microbiológico:
- Realizado pela verificação do fungo no
material coletado;

- Na maioria dos casos, é empregado a


microscopia direta;

- Material clínico a ser utilizado depende


do tipo de micose.
Diagnóstico laboratorial
Diagnóstico microbiológico:
- Exame microscópico direto é o método
mais usado no diagnóstico de rotina;

- A técnica envolve a clarificação e


aquecimento;

- Colorações adicionais podem ser


usadas a depender da espécie fúngica.
Diagnóstico laboratorial
Técnicas complementares:
- Imunofluorescência;

- Corantes vitais;

- Biópsia.
Atividade
Atividade avaliativa
Descreva a técnica, com particularidades relacionadas às
espécies fúngicas e as principais vantagens e desvantagens
das mesmas:

a) Cultura fúngica;

b) Pesquisa de antígenos fúngicos circulantes;

c) Testes intradérmicos;

d) Pesquisa de anticorpos séricos


Micoses superficiais
Micoses superficiais
Definição: Crescimento fúngico nos tecidos epiteliais, sem
invasão de tecido vivo e sem provocar resposta inflamatória no
hospedeiro;

Exemplos: Pitiríase versicolor, tinea nigra (pele); piedra negra e


piedra branca (pelos).
Micoses superficiais
Classificação
Podem ser divididas em:
(1) Ceratofitoses (miscelâneas);

(2) Dermatofitóses;

(3) Leveduroses.
Micoses superficiais
Ceratofitoses
Grupo heterogêneo de micoses superficiais, ocasionadas por
diversos agentes e com variadas lesões dermatológicas;

Traço comum do grupo é de que não há reação de


hipersensibilidade cutânea relacionada a infecção;

Incluem-se neste grupo:


- Piedras – Branca e petra;
- Pitiríase versicolor;
- Tinea nigra
Micoses superficiais
Dermatofitoses
Agentes que promovem lesões pruriginosas com contornos
arredondados e bordas vesiculosas

São produzidas por fungos conhecidos como dermatófitos,


cujo elemento típico é a presença de esporos grandes, passível
de crescimento em meio de cultivo, não presente no tecido
parasitado.
Micoses superficiais
Leveduroses
Agentes na morfologia de leveduras, caracterizados por lesões
geralmente exsudativas, de localização preferencial
intertriginosa, com cobertura esbranquiçada;

Principal agente conhecido é a candida sp.


Ceratofitose
Pitiríase versicolor
Ceratofitose caracterizada por manchas cutâneas que variam de
hipo a hiperpigmentação, com distribuição frequente em
tronco, membros superiores e face;

Agente etiológico é a Malassezia spp. Habita normalmente a


pele humana, especiamente nos tecidos e estados seborreicos;

Desbalanço imunológico, falta de asseio, fatores carenciais,


desequilíbrio orgânico por doenças de bases e tratamentos
antibacterianos mal conduzidos são fatores de risco.
Ceratofitose
Pitiríase versicolor
Ceratofitose
Pitiríase versicolor
Diagnóstico: Por exame direto, com uma gota de KOH 10%;

Parasita apresenta-se de forma ovalada, em aglomerados de 5-


30 elementos (Blastoconídios em cacho);

Ao lado das formas agrupadas, comumente são observados


hifas curtas, retas ou curvas.
Ceratofitose
Pitiríase versicolor
Ceratofitose
Tinea nigra
Ceratofitose caracterizada por manchas não pruriginosas com
tonalidade negra ou café-com-leite, tendo distribuição
preferencial em região palmar;

Agentes etiológicos são Phaeoannellomyces werneckii;


Exophiala werneckii e Stnella araguata;

Presente naturalmente na pele do hospedereiro humano, não


possui fatores predisponentes bem descritos.
Ceratofitose
Tinea nigra
Ceratofitose
Tinea nigra
Diagnóstico pela análise de raspado das lesões, com NaOH
20%, revela hifas escuras e septadas;

Cultura em Ágar Sabouraud faz-se com facilidade, colônias


aparecem com pontos negros, brilhantes, como se fossem
leveduras negras.
Ceratofitose
Tinea nigra
Ceratofitose
Piedras
Também conhecidas como tricomicoses nodulares, pois
mantém-se sob a forma de nódulos duros, consistência pétrea
nos pelos e cabelos, coloração escurecida ou ainda
esbranquiçada;

Variedade preta é produzida pelo ascomiceto Piedraia hortae, a


variedade esbranquiçada é produzida por Trichosporon beigelli.
Agentes comumente isolados de raspados cutâneos de região
crural e de pelos inguino-escrotais.
Ceratofitose
Piedras
Ocorrência possui relação com fatores ambientais como banho
nos rios de regiões endêmicas (pedra preta) e possui
mecanismo desconhecido, parasitando comumente o homem
(pedra branca).
Ceratofitose
Piedras
Ceratofitose
Piedras
Diagnóstico por microscopia direta, de amostra em NaOH 20%,
revelando nódulo piédrico ao redor de pelo, de coloração
característica;

Cultura de Piedraia hortae forma colônias escuras ou preto-


esverdeadas;

Cultura de Trichosporon aparece bem a partir do terceiro dia,


com colônias cerebriformes, com cobertura composta por hifas
esbranquiçadas.
Ceratofitose
Piedras
Ceratofitose
Dermatofitoses
Também conhecidas como tineas, são micoses de perfil
superficial e cutâneo, que causam lesões de contornos
arredondados;

Lesões podem se apresentar em qualquer região do corpo, mas


ocorrem preferencialmente em regiões intertriginosas (pé-de-
atleta);

Grupo possui capacidade de produzir esporos específicos


(Closterosporo) em cultura.
Ceratofitose
Dermatofitoses
Agentes etiológicos se organizam em 3 gêneros: Trichophyton,
Microsporum e Epidermophyton;

Pode ter origem endógena (antropofítica) ou exógena (zoofítica


e geofítica);

Facilitadas pelo atrito da pele de zonas intertriginosas,


principalmente em pés e região genital.
Ceratofitose
Dermatofitoses
Podem ser divididas nos grupos:

- Tinea corporis: Manifestações fora do couro cabeludo (Ex.:


pedis, cruris, barbae...);

- Tinea capitis
Ceratofitose
Dermatofitoses
No couro cabeludo, o parasitismo exerce efeito direito sobre os
cabelos, enfraquecendo-os, produzindo placas tonsurantes.
Ceratofitose
Dermatofitoses
Diagnóstico é realizado por exame direto, cultura e
eventualmente teste de sensibilidade;

Exame direto: Realizado por meio de análise de material


coletado das bordas de lesões circulares;

Material é colocado em lâmina, misturado em solução de KOH


10-40% ou NaOH 20%, seguido de observação imediata;

Aparecem longas hifas sepatadas, hialinas e ramificadas.


Ceratofitose
Dermatofitoses

(200x) (400x)
Ceratofitose
Dermatofitoses
Para realização de cultura, tem-se duas indicações:

(1) Material com riqueza de parasitas (incluindo bactérias):


Cultivar em 3 tubos;

(2) Material com difícil identificação de parasitas: Cultivar em 5


tubos.

Podem ser utilizados meios Ágar Sabouraud, Mycosel ou meios


que contenham penicilina e estreptomicina.
Ceratofitose
Dermatofitoses
Crescimento em cultura ocorre a partir de uma semana,
podendo levar até 30 dias para confirmação de resultado
negativo;

Colônias podem ser granulosas, algodonosas ou glabras.


Ceratofitose
Dermatofitoses
Ceratofitose
Leveduroses
Leveduroses superficiais são ocasionadas exclusivamente por
espécies do gênero Candida, comensais do homem;

Para que o organismo ultrapasse a condição saprofítica torna-


se necessário que o corpo sofra alterações, como
microtraumatismos, associado a umidade e possível falta de
higiene;

Pode ocorrer em regiões intertriginosas como espaços


interdigitais, região inguino-crural, sulco mamário, dobras de
tecido adiposo...
Ceratofitose
Leveduroses
Fatores carenciais possuem importante relação com a infecção,
como deficiência alimentar ou presença de doenças crônicas;

Ex.: Leucoses, câncer, tuberculose, cirrose hepática, mieloma


múltiplo, diabetes mellitus, AIDS...

Outros fatores envolvem desenquilíbrio ecológico de flora


bacteriana, por causa hormonal ou por uso de
antibioticoterapia ou corticoterapia.
Ceratofitose
Leveduroses
Normalmente formam lesões úmidas com cobertura
esbranquiçada descamativa. Lesões que cronificam podem
formar pápulas, vesículas bolhosas, de superfície erosada, com
cor avermelhada e ardência.
Ceratofitose
Leveduroses
Normalmente formam lesões úmidas com cobertura
esbranquiçada descamativa. Lesões que cronificam podem
formar pápulas, vesículas bolhosas, de superfície erosada, com
cor avermelhada e ardência.
Ceratofitose
Leveduroses
Diagnóstico facilmente realizado por meio de exame direto do
exsudato das lesões;

Gênero Candida é caracterizado pela presença de pseudo-hifas


em exame direto e cultura;

Em cultura formam colônias de aspecto cremoso, bordas


arborecentes (presença de pseudo-hifas).
Ceratofitose
Leveduroses
Exame micológico de pele
Método diagnóstico: Exame micológico da pele

Indicação: Identificação microscópica da forma parasitária de


fungos patógenos retirados de uma lesão.
Exame micológico de pele
Método
(1) Obter por raspagem, com bisturi, material escamoso das
bordas das lesões, raspados de manchas de pele, unhas ou
ainda de pústulas;

(2) Colocar a amostra em lâmina, adicionar hidróxido de


potássio a 10% (deixar em repouso por 2-5 minutos para
cabelos e até 10 minutos para unhas);

(3) Aquecer o KOH (Dissolução da queratina, revelando os


elementos fúngicos).
Exame micológico de pele
Método
Material pode ser processado de forma a fresco, em solução
fisiológica, clareado com KOH, em KOH + DMSO, corado com
tinta-da-China, Gram, entre outros;

Pode-se conservar o material colhido por vários dias, porém


após o clareamento, deve ser realizada a leitura no mesmo dia.
Casos clínicos
Perguntas
1) ERT, 45 anos, branca, do lar, procurou
serviço de dermatologia para tratamento de
lesão na unha. O dermatologista observou
lesão subungueal distal no hálux direito, com
onicólise e alteração da coloração. Foi
coletado material subungueal e enviado ao
laboratório. O exame direto mostrou
numerosos artroconídios. A cultura em ágar
Sabouraud em temperatura ambiente
permitiu caracterizar o agente etiológico.
Resposta
Diagnóstico: Tinea pedis

Trichophyton sp. . Micromorfologia da


colônia. Presença de hifas septadas hialinas,
microconídios globosos, hifa em espiral ou
gavinha. O macroconídio em lápis
característico do gênero Trichophyton não
está presente nesta lâmina.
Perguntas
1) Menina de 5 anos foi conduzida por sua
mãe ao posto de saúde para tratamento de
lesões no cabelo, que a mãe relacionou com
lêndeas. O médico cortou alguns fios de
cabelo e enviou ao laboratório para
diagnóstico. O exame direto mostrou
alterações no pelo (lâmina 02) e a cultura em
ágar Sabouraud (lâmina 03 -
micromorfologia da colônia com lactofenol
azul-algodão) permitiu caracterizar o agente
etiológico.
Resposta
Diagnóstico: Pedra branca ou Trichosporon
sp.

Exame direto clarificado com soda 10%.


Presença de nódulo claro aderido ao pelo
formado de artroconídios e blastoconídios.
Pedra branca.

Trichosporon sp.. Micromorfologia da


colônia com lactofenol azul-algodão, 400X.
Presença de hifas septadas verdadeiras,
pseudo-hifas, artroconídios e blastoconídios.
Perguntas
1) Jovem de 17 anos, branca, praticante de
voo livre apresentava lesão entre os dedos
da mão direita (4 e 5 quirodactilos), que
relacionou após ter sofrido uma queda na
mata. O exame micológico direto do raspado
mostrou presença de estruturas fúngicas. A
cultura em ágar Sabouraud diagnosticou o
provável agente etiológico –
micromorfologia da colônia (lâmina 04).
Resposta
Diagnóstico: Tinea nigra ou tinha negra ou
Hortaea werneckii (Exophiala werneckii)

Hifas septadas castanhas e conídios com um


septo (didimosporos)
Perguntas
1) Uma senhora de 30 anos, residente em
São Luiz, Maranhão, procurou o serviço de
dermatologia para tratar de suas duas filhas
que apresentavam “carunchos” no cabelo. O
médico dermatologista retirou uma amostra
do cabelo parasitado e enviou ao laboratório
de microbiologia. O exame direto clarificado
confirmou o diagnóstico (lâmina 06). A
cultura em ágar Sabouraud isolou um fungo
filamentoso de cor preta.
Resposta
Diagnóstico: Pedra preta

Piedra preta. Exame direto do pelo


clarificado com lactofenol. Presença de
nódulos castanhos aderidos ao pelo
Perguntas
1) CCO, 20 anos, masculino, estudante de
medicina, procurou o serviço de
dermatologia do Hospital da Gamboa, RJ,
devido ao surgimento de lesão hipocrômica
única na coxa direita. O exame micológico
direto do raspado cutâneo mostrou
estruturas fúngicas com presença de
colarete.
Resposta
Diagnóstico: Pitiríase versicolor.

Exame direto de raspado cutâneo clarificado


com lactofenol. Presença de blastoconídios
em cacho, com colarete, e hifas curtas e
curvas, lembrando macarrão com
almondega. Malassezia sp
Perguntas
1) Faça a descrição da lâmina observada a
seguir
Resposta
Diagnóstico: Candida albicans – Candidíase

Pseudo-hifas, blastoconídios e
clamidoconídios / Candidíase profunda.
Exame micológico direto de biópsia de
tecido clarificado com soda 20%. Pseudo-
hifas e blastoconídios
Atividade
avaliativa
Perguntas
1) Organize em forma de fluxo esquemático
roteiro de avaliação de amostra biológica
cutânea que permita a identificação das
principais caractérísticas dos patógenos
relacionados a:
- Piedra branca e preta;
- Tinea nigra;
- Candidiase;
- Pitiriase versicolor;
- Dermatofitoses.
Micoses profundas
Micoses profundas
Definição: Micoses que ocorrem abaixo da camada superficial,
recebendo nomenclaturas como subcutâneas, sistêmicas e
oportunistas;

São constituídas por 3 grupos:


(1) Agentes etiológicos arredondados: Blastomicoses,
granulomatoses blastomicóides, granulomatoses não
blastomicoides;
(2) Micetomas: Forma de grãos em tecido parasitado;
(3) Micoses oportunistas: Forma de micélio ou hifa
Micoses profundas
Grupo Subgrupo Micose Agente
Blastomicose Criptococose C. neoformans/gattii

Paracoccidiodomicose, Paracoccidiodes
histoplasmose, brasiliensis, Histoplasma
Granulomatose
esporotricose, Jorge capsulatum, Sporothrix
blastomicoide spp, Lacazia loboi,
Lobo, blastomicose norte
I Blastomyces dermatitidis
americana
Cromoblastomicose, Fonsecaea pedrosoi,
Granulomatose não coccidiodomicose, Coccidioides immittis,
blastomicoide rinosporidiose, Rhinosporidiose seeberi,
adiaspiromicose Chrisosporidium parvum

Madurella spp,
II Micetoma Micetoma eumicótico Acremonium spp,
Scedosporium spp
Ordem mucorales e
Zigomicose Zigomicose
entomophthorales
III
Aspergillus spp, Exophiala
Micoses profundas
Criptococose
Micose de padrão oportunista, de foco inicial pulmonar,
disseminando na maioria das vezes para o SNC, pele, mucosa e
olhos;

É considerada uma doença definidora de AIDS;

Agente etiológico: Cryptococcus neoformans e gattii;

Possui importante associação com fezes de pássaros (pombos).


Micoses profundas
Criptococose
Mecanismo de infecção envolve o contato com atmosfera
contaminada por fezes de pombos;

Usualmente a infecção é controlada, porém deficiências imunes


facilitam a sua patogenia;

Além de HIV e linfomas, uso de esteroides e imunossupressores


predispõe à criptococose.
Micoses profundas
Criptococose
Manifestações pulmonares: tosse, expectoração mucoide, perda
de peso, febre branda, dispnéia e dores pleuríticas;

Manifestações meningo-encefálicas: cefaléia progressiva,


náuseas, vertigens, papiledema (efeito de massa), sinais de
kernig e brudzinski;

Manifestações cutâneas: Variados tipos de lesões


dermatológicas (pápulas, nódulos, gomas, pústulas, úlceras),
não existindo tipo patognomônico.
Micoses profundas
Criptococose
Micoses profundas
Criptococose
Diagnóstico por exame direto, material biológico pode ser
líquor, escarro ou pus;

Pode ser utilizado tinta nanquim, para observar cápsula.


Micoses profundas
Criptococose
Micoses profundas
Paracoccidiodomicose
Micose de Lutz, é uma granulomatose blastomicóide, com
destaque para o acometimento linfático, além de localização
orofaríngea, pulmonar e supra-renal;

Agente etiológico é o Paracoccidioides brasiliensis;

Habitat natural do agente é o solo e vegetais, em clima úmido;

Via de infecção ocorre por inalação de esporos e lesão primária


pulmonar, com disseminação linfática ou hematogênica.
Micoses profundas
Paracoccidiodomicose
As sequelas de paracoccidiodomicose envolve o intenso
processo fibrótico no desenvolvimento curativo da doença.
Micoses profundas
Paracoccidiodomicose
Diagnóstico por meio de exame direto;

No exame direto observa-se forma arredondada com parede


birrefringente e multigemulação.
Micoses profundas
Esporotricose
Infecção crônica expressa na forma cutaneolinfática-nodular,
podendo atingir tecidos ósseos e nervosos;

Agente etiológico: Sporothrix schenckii;

Presente no solo, especialmente em material vegetal, pode


infectar também animais como gatos, cães, ratos e aves;

Possui importante associação com ocupações que lidam com


animais e vegetais.
Micoses profundas
Esporotricose
Após atingir a pele, desenvolve-se lesão ulcerada que não
cicatriza, evoluindo com nódulos linfáticos sucessivos;

Vasos linfáticos endurecidos que drenam pus.


Micoses profundas
Esporotricose
Cancro esporotricótico + cadeia de nódulos linfáticos
Micoses profundas
Esporotricose
Exame direto não possui capacidade de identificação de patógeno;

Cultura é o método de escolha, patógeno cresce bem em meio


Sabouraud, acrescido de penicilina e estreptomicina;

Formam colônias brancas inicialmente, evoluindo para amareladas


e finalmente negras;

Observação de lâminas de cultura permite identificar conídios em


forma de margarida (gemulante).
Micoses profundas
Esporotricose
Micoses profundas
Doença de Jorge Lobo
Micose crônica granulomatosa, cutânea, de aspecto queloidiforme,
sem disseminação visceral ou linfática, também conhecida como
blastomicose queloidiana;

Agente etiológico é Lacazia loboi, sem consenso com relação a


transmissão, possui característica antropofílica, não sendo
encontrado em outros animais ou vegetais;

Parasita localiza-se na derme e aproveita quebra da barreira


cutânea para infectar cronicamente o hospedeiro.
Micoses profundas
Doença de Jorge Lobo
O agente possui baixa capacidade toxígena, dificilmente ativa a
imunidade inata/adaptativa;

Grande quantidade de patógeno é visível ao exame direto, devido


ao acúmulo progressivo e não impedido por anos;

Porém formas encontradas são mortas, por isso o fungo não possui
característica cultivável.
Micoses profundas
Doença de Jorge Lobo
Nódulos queloidianos, devido à reação fibrosa do fungo.
Micoses profundas
Doença de Jorge Lobo
Diagnóstico por meio de exame direto, amostra é tecido cortado
em pequenas porções;

Amostra observada com 1-2 gotas de lactofenol;

Técnicas de coloração permitem melhor diferenciação, sendo a


preferencial a coloração por Grocott;

Fungos possuem forma arredondada, membrana espessa, de 3-8


formas ligadas a formação tubular.
Micoses profundas
Doença de Jorge Lobo
Micoses profundas
Cromoblastomicose
Doença fúngica que ocasiona lesões na forma nodular verrucosa;

Possui vários agentes etiológicos, sendo o mais importante o


Fonsecaea pedrosoi;

Infecção envolve a lesão cutânea em região de mata, com contato


direto com o agente, lesão verrucosa inicial e progressão linfática;

Promove bloqueio linfático e características de elefantíase.


Micoses profundas
Cromoblastomicose
Micoses profundas
Cromoblastomicose
Diagnóstico realizado por meio de exame direto, sendo a amostra o
exsudato de lesões, dissolvido em 1-2 gotas de lactofenol;

Parasito possui forma arredondada e coloração acastanhada.


Micoses profundas
Coccidiodomicose
Infecção de tecido pulmonar, geralmente benigno, que possui
gravidade quando apresenta disseminação;

Habitat natural em regiões áridas ou semi-áridas;

Agente etiológico: Coccidioides immitis e C. posadasii;

Infecção inicia pela inalação de esporos, com período de


incubação de 7-28 dias, gerando afecção respiratória comum.
Micoses profundas
Coccidiodomicose
Invasão pode ser de padrão cutâneo, assumindo aspecto
cancroide, com reação linfática satélite regional.
Micoses profundas
Coccidiodomicose
Exame direto de escarro, pus ou exsudato de lesões viscerais;

Exame a fresco com lactofenol revela forma endosporulada,


arredondada, paredes espessas, podendo ocorrer hifas.
Micoses profundas
Micetoma
Doenças granulomatosas caracterizadas por aumento do
volume da região comprometida, fistulização múltipla e
supuração;

Diferente de outras micoses, possuem predomínio em climas


frios e temperados;

Vivem em condição saprofítica ao TGI do homem, em


condições de trauma bucal inicia a proliferação.
Micoses profundas
Micetoma
Principal característica fisiopatológica é a formação de processo
inflamatório crônico, supurativo, fibrosante que atinge por
contiguidade todos os tecidos;

Formam-se pequenos abscessos e condutos intercomunicantes,


originando múltiplas fistulizações.
Micoses profundas
Micetoma
Micoses profundas
Micetoma
Diagnóstico realizado por exame direto, pela identificação do
grão de micetoma, material biológico é o pus de fistulizações.
Micoses profundas
Zigomicose
A infecção ocasionada divide-se em Murcomicose e Zigomicose
subcutânea;

A primeira possui associação com a ordem Mucorales,


ocorrendo em pacientes com estado mórbido pre-existente,
sendo consideradas graves e de difícil tratamento;

O segundo grupo possui maior associação com jovens,


ocorrendo de forma nodular indolor, respondendo bem a
tratamento.
Micoses profundas
Zigomicose
Micoses profundas
Zigomicose
Diagnóstico da zigomicose subcutânea deve considerar a
distribuição dos tumores em pouca profundidade, confirmando
em análise histopatológica;

Achados histopatológicos devem ser: hifas de grande


espessura, septadas e ramificadas.
Micoses profundas
Zigomicose
Diagnóstico da murcomicose é difícil, especialmente na
vigência de outras doenças de base;

Devido a característica de afetar tecidos profundos (SNC e


pulmonar), deve-se realizar cultura e histopatológico de peças
cirúrgicas e/ou biópsias;

Pode-se perceber hifas contínuas (asseptadas), ramificadas;

Cultivo em ágar Sabouraud.


Micoses profundas
Zigomicose
Micoses profundas
Aspergilose
Infecções ocasionadas por fungos do gênero Aspergillus,
possuem grande variabilidade entre si;

Distribuição do patógeno é universal, porém as formas


pulmonares da infecção predominam em países de agricultura
bem desenvolvida (grãos de cereais);

Possuem fácil isolamento e regularmente são encontrados em


grãos e material fecal.
Micoses profundas
Aspergilose
Acometem múltiplos sistemas, destacando-se o tegumento e o
pulmonar;

Condições de imunodeficiência e imunossupressão agravam o


risco associado a infecção;

Aproveitam-se de lesões prévias para infectar tecido e formar


aspergilomas.
Micoses profundas
Aspergilose
Diagnóstico pode ser presumido por meio de exame direto, das
amostras de escarro, cerume do ouvido, exsudato ocular e pus;

Resultados comumente são inconclusivos, indicando hifas


septadas hialinas e ramificadas;

Cultivo do material em Ágar Sabouraud revela gênero e espécie;

Organismo sobrevive a temperatura de 37-45°C, sendo a


temperatura utilizada para eliminar outras cepas na amostra.
Micoses profundas
Aspergilose
Micoses profundas
Aspergilose
Micoses profundas
Pneumocistose
Infecção ocasionada pelo agente Pneumocystis jirovecii;

Acomete principalmente crianças distróficas e adultos


imunodeprimidos;

Ocasionam pneumopatias graves de curso normalmente fatal;

Pneumonia atípica
Micoses profundas
Pneumocistose
Amostra biológica avaliada: biópsia pulmonar transbrônquica;

Coloração de Grocott evidencia patógenos, de forma


arredondada, contendo no interior 8 merozoítos com núcleo
visíve e/ou esporângios.
Micotoxinas e Miscetismo
Toxinas fúngicas
- Micotoxicoses: Intoxicações resultanges da ingestão de
alimentos contaminados com micotoxinas (metabol.
Fungos);

- Miscetismo: Intoxicação ou envenenamento causado pela


ingestão de fungos macroscópicos (cogumelos).
Toxinas fúngicas
- Micotoxinas podem ser divididas em:
(1) Aflatoxinas: Gênero aspergillus
(2) Ocratoxinas: Gênero aspergillus e penicillium
(3) Fusariotoxinas: Gênero fusarium
(4) Alternariol: Gênero alternaria

Efeito agudo mais frequente envolve a deterioração das


funções hepática e renal, sendo fatal em alguns casos;

Podendo também causar imunodeficiência extrema ou


neurotoxicidade (expressa por tremor).
Casos clínicos
Perguntas
1) SER, 26 anos, feminina, empresária,
apresentou lesão ulcerada na face, com
alguns meses de evolução, de difícil
cicatrização com uso pomadas com
antibióticos. Foi realizada uma biópsia e
enviado ao laboratório. O exame micológico
direto mostrou estruturas leveduriformes
pequenas. A cultura em ágar de Sabouraud e
Mycosel isolou o agente etiológico –
micromorfologia da colônia
Resposta
Diagnóstico: Sporothrix sp.

Presença de hifas septadas hialinas, conídios


globosos ao longo das hifas e conidióforo
com conídios implantados em forma de
flores
Pergunta
1) SER, 40 anos, masculino, servente de
obras, procurou serviço especializado
(dermatologia) para tratamento de lesão na
mão direita. Realizada biópsia da lesão e
enviada ao laboratório em soro fisiológico. O
exame micológico direto mostrou estruturas
sugestivas de uma patologia. A cultura em
ágar Sabouraud e Mycosel permitiram
identificar o agente etiológico –
micromorfologia da colônia
Resposta
Diagnóstico: Micetoma eumicótico. Agente
etiológico Acremonium sp

Presença de hifas septadas hialinas, conídios


globosos ao longo das hifas e conidióforo
com conídios implantados em forma de
flores
Pergunta
1) SRR, 56 anos, branco, prefeito de cidade
do Piauí, com lesão em placa pruriginosa no
braço e outra verrucosa na face esquerda,
procurou serviço dermatológico para
diagnóstico e tratamento. Relatava que a
lesão do braço surgiu há dois anos, após
arranhão com resto de babaçu. Foi
submetido à biópsia das duas lesões e
material enviado ao laboratório em soro
fisiológico. O exame micológico direto
clarificado com soda 20% esclareceu o
diagnóstico
Resposta
Diagnóstico: Cromomicose ou
cromoblastomicose.

Cromomicose. Exame direto de biópsia


clarificado com lactofenol. Estruturas
arredondadas castanhas com divisão por
cissiparidade ou divisão binaria – corpo ou
célula fumagóide.
Pergunta
1) FER, branco, 32 anos, médico, natural de
Minas Gerais, apresentou lesão verrucóide na
orelha esquerda após arranhadura com
espinho de vegetal há 3 meses. O exame
micológico direto do tecido obtido por
biópsia e o histopatológico corado pelo HE
esclareceu a doença.
Resposta
Diagnóstico: Cromomicose ou
cromoblastomicose.

Cromomicose. Exame direto de biópsia


clarificado com lactofenol. Estruturas
arredondadas castanhas com divisão por
cissiparidade ou divisão binaria – corpo ou
célula fumagóide.
Pergunta
1) JAC, 57 anos, lavrador, natural do
Maranhão, procurou serviço de dermatologia
para tratamento de lesão tumoral no braço
esquerdo, com 7 anos de evolução. Foi
realizada biópsia da lesão, que fragmentada
foi colocada em dois frascos um com formol
10% e outro com soro fisiológico. O exame
direto micológico e histopatológico corado
pelo Grocott mostrou as estruturas
sugestivas de fungo. As culturas em ágar
Sabouraud foram negativas após 40 dias
incubadas em temperatura ambiente.
Resposta
Diagnóstico: Micose de Jorge Lobo.

Paracoccidioides loboi ou Lacazia loboi.


Exame histopatológico corado pelo Grocott.
Presença de estruturas arredondadas parede
duplo contorno, bem refringente, todas do
mesmo tamanho, com gemulação catenular
ou em cadeia, algumas estruturas
apresentam uma ponte ligando uma célula a
outra. Parasito até hoje não cultivado.
Pergunta
1) Paciente de 37 anos, natural da Bahia,
procurou serviço médico devido a tumor na
face. Realizada biópsia para diagnóstico. O
exame histopatológico corado pelo HE
diagnosticou a doença. A cultura em ágar
Sabouraud isolou fungo filamentoso e a
micromorfologia da colônia caracterizou o
agente etiológico
Resposta
Diagnóstico: Zigomicose subcutânea.

Conidiobolus coronatus. Micromorfologia da


colônia. Presença de hifas largas ramificadas
em ângulo reto e conídios grandes esféricos.
Pergunta
1) JCO, 36 anos, agricultor, branco, natural
de Maceió, Alagoas, procurou serviço de
dermatologia para tratamento de nódulo
verrucoso no braço direito e face. Foi
realizada uma biópsia da lesão e enviada ao
laboratório no soro fisiológico. O exame
micológico direto clarificado com soda
diagnosticou a doença. A cultura em ágar
Sabouraud e Mycosel isolou fungo demácio.
A micromorfologia da colônia permitiu
caracterizar o agente etiológico
Resposta
Diagnóstico: Cromomicose. Fonsecaea
pedrosoi

Nota-se presença de hifas septadas


castanhas irregulares, correspondendo a fase
filamentosa do agente etiológico, quando
este encontra-se na superfície da parte
cutânea sendo excretado pelo tecido
Pergunta
1) RES, 40 anos, natural de São Luiz,
Maranhão, apresentou lesão granulomatosa
no lábio inferior. Realizada biópsia da lesão e
enviada ao laboratório em soro fisiológico
para pesquisa. O exame micológico direto e
histopatológico mostrou às mesmas
estruturas do provável agente etiológico
auxiliando no diagnostico a doença. A
cultura em ágar Sabouraud e Mycosel foi
negativa para fungo
Resposta
Diagnóstico: Micose de Jorge Lobo

Paracoccidioides loboi ou Lacazia loboi.


Exame histopatológico corado pelo Alcion
blue. Presença de numerosas estruturas
arredondadas de parede de duplo contorno
e gemulação catenular.
Pergunta
1) JVO, 15 anos, procurou o infectologista
devido a febre e dor no pescoço. O médico
palpou gânglios aumentados de volume no
pescoço. Foi feito drenagem de um dos
gânglios cervicais e a secreção obtida
enviada na própria seringa ao laboratório. O
exame direto foi sugestivo para micose. A
cultura em meio seletivo isolou fungo
filamentoso à temperatura ambiente e a
micromorfologia da colônia isolada na estufa
a 36º.C mostrou as mesmas estruturas do
exame direto
Resposta
Diagnóstico: Paracoccidioidomicose

Paracoccidioides brasiliensis.
Micromorfologia da colônia corada pelo
azul-algodão. Presença de estruturas
arredondadas parede birrefringente com
gemulação múltipla.
Pergunta
1) MSB, 35 anos, apresentou sintomatologia
de pneumopatia, com febre, expectoração
amarelada mucoide e dor pleural. O exame
radiológico de tórax mostrou imagem
hipotransparente no ápice direito. O exame
do escarro corado com Gram foi sugestivo
de uma micose pulmonar e o exame
histopatológico corado caracterizou melhor
o agente etiológico. A cultura em ágar de
Sabouraud isolou colônia leveduriforme
relacionada ao agente etiológico.
Resposta
Diagnóstico: Criptococose

Criptococose. Cryptococcus sp.


(Cryptococcus neoformans e C. gattii). Exame
histopatológico corado pelo PAS e Alcion
blue. Presença de estruturas gemulantes com
cápsula.
Atividade avaliativa
Atividade
1) Organize mapa mental com 5 espécies
fúngicas, indicando as suas características
microscópicas, doenças que causam e
sintomas presentes na infecção.
Obrigado
Brunno Pinho

brunnogpinho@gmail.com

www.educatechbrasil.com
página 204

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