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Acetazolamida Inibe a Anidrase carbonica inibindo a I: Glaucoma, doença das montanhas, edema com
Alcaliniza a Urina:
Carbonica
Furosemida
I: Edema Pulmonar, ICCC, Hipercalemia e Sinergismo ototóxico:
Inibe o transportador simporte Na/K/2Cl no
Butametanida Hipercalcemia, IRA, Superdosagem de ânions (Iodeto, aminoglicosídeo,
ramo ascendente da alça de Henle. Não
Brometo, Fluoreto). RA: ↓dos Íons, Ototoxicidade, cisplatina, plazitaxel.
Ac. Etacrínico ocorrendo reabsorção desses e de Ca e Mg (por
Hiperuricemia (Compete com transportadores - ↑ anticoagulação.
não ocorrer a ≠ de potencial).
Gota), Hiperglicemia(↓K), Parestesia, DTGI, rash. TUDO
Tarsemida
Hidroclorotiazida
Tiazídicos
Inibem o transportador simporte Na/Cl no I: Hipertensão, IC, Edema, DIN (deficiencia de ADH). ↓efeito de
Hidroflumetiazida túbulo convoluto proximal. O ↑ de íons na RA: Hipotensão, ↓(K, Na, Cl, Mg), Hiperlipidemia, anticoagulantes,
Bendroflimetiazida região luminal ↓reabsorção de H2O. ↑HDL, colesterol, glicemia. ↑efeito anestesico
Indicado: Hipocalemia devido a autros agentes
Poupadores de Potássio
Amilorida
Bloqueia canais de Na nos túbulos coletores, diuréticos. Reduz poliúria (Li); Reduz a retenão de Na Sempre em
não tendo ↑[Na] e atividade Na/K ATPase. e a perda de K;↑ a depuração de Li. combinação. Inicio e
Triantereno término lentos. RA:
Hipercalemia,
Indicado: Aldosteronismo; Hipocalemia; Pós infarto ginecomastia (Espiro),
Espironolactona Antagonista da Aldosterona (tubulo coletor) e AMH, Irregularidade
do Miocárdio na Cirrose Hepática; Reduz reteção de
Eplerona antagonista fraco de receptor de androgênio Menstrual
Na e perda de K; Antagonismo da Aldo nos rins e S2.
Filtrados pelo glomérulo, mas não reabsorvidos intraocular (Glaucoma), ↑Remoção de Toxinas renais
Glicerina caso de sangramento
pelo túbulo renal provocando retenção de H2O
craniano; RA: Náusea,
Isossorbida no compartimento vascular Desidratação, Hipernatremia, perda muito
vômito, cefaléia.
H2O>Soluto
Ureia
ANTIHIPERTENSIVOS
Diuréticos Tiazídicos São mais usados por não promoverem uma ↓ ↓Reabsorção de Na → ↑Excreção de Na e H2O → ↓Volemia →↓ DC
(Hidroclorotiazida) na volemia grande →↓Pressão Arterial. Isto leva as céls justaglomerulares a secretar Renina.
Angiotensinogênio + Renina →Angiot.I→ECA→Angiot.II→ Vasoconstrição
de Alça - Furosemida ↑ Queda de volemia (Rebate - Arritimia)
→↑RVP→↑Liberação de Aldosterona→↑Canais de Na no Ducto
Poupadores de Na Potencia baixa - usar em Associação coletor→↑Reabsorção de Na e H2O→↑ Volemia e DC
Bloqueador
Carvedilol (α1 tbm) ↓Atividade β1 →↓atividade cardíaca → ↓Força, frequencia e velocidade Hipertensão e IC
de condução (Inotropismo, conotropismo e donotropismo negativo) → ↓DC
Β-
Atenolol (β1) → ↓PA →↓Renina (Céls Justaglomerulares)→↓Ang.II→↓RVP→↓PA → ↓ Impedem a estimulação cardíaca simpática e a
Propanolol (β1 e β2) Aldosterona →↓Na e H2O reduzem a secreção de Renina
Captopril Podem ser associados a Antagonistas de Angiotensina II
Inibidores da
Lisinopril produção de NO, PGDs, ppt PGE2 - (suspendes IECA), Hipopotassemia (Devido a influencia na cascata),
Teratogênico (Usa α-metildopa). Substitui-se estes por Enalapril ou Losartana
Vasodilatação)
Benzepril em caso de RA.
Losartam Mais seguros que IECA. Menos tosse, por não ↑Bradicinina. Risco de
BRAII
carga simpática central pela ↓ de norepinefrina tbm abstinencia de drogas Anemia hemolítica
Metildopa
INSUFICIENCIA CARDÍACA
Remodelamento Cardíaco por hipertrofia gerada por ativação dos receptores de Noradrenalina, AngiotensinaII e Aldosterona. Para controlar a doença e previnir o
remodelamento cardíaco faz-se uso de: IECA, ARAII, β - Bloqueador e Antagonistas dos Receptores de Aldosterona.
IECA Diminui a concentração de Angiotensia II, melhorando o quadro de hipertrofia gerado por esta molécula.
ARAII Diminui a atividade da Angiotensina II por Bloquear os receptores de Angiotensina II
β- Cuidado, há piora dos problemas cardíacos por inibir atividade cardíaca; Início: Doses baixas → titula lento e gradativamente. Pode causar cansaço. Interage
Bloquea com tiazídicos e diuréticos de Alça, pois ↑ depleção de K. RA: Arritimias, Desorientação, Alucinação, Náusea, Diarréia, Agitação e Convulsão, Ginecomastia.
Antagonistas dos Receptores
de Aldosterona Sem intuito de diurese e sem previnir a hipertrofia, esta previne o remodelamento cardíaco, e aumentam a sobrevida do paciente.
(Espironolactona)
Digoxina Bloqueia a ação da Na/K ATPase, ↑[Na] Possui janela terapeuica
Não apresenta uma Boa
Na intoxicação adm intracelular e promovendo seu efluxo pela pequena (2 comp. Interage c/ Colestiramina(↓abs de
Digitálicos
remoção em
KCl IV. E bomba de Na/Ca da membrana. Isto ↑[Ca] tóxico), contudo é o Digoxina), Antiácidos (↓[Digo]),
hemodiálise. Necessita
antiarritmico intra, e estimula dos canais de Ca no Retículo único que se apresenta Propofenina, quinidina e Verapamil
de Ajuste de Dose em
Lidocaína(tbm Sarcoplasmático, saindo mais Ca. Isto na forma Oral, o (diminuem a eliminação)
pacientes com IR.
anestésico local) promove ↑contração. restante é parenteral.
Fosfodiesterase III
São ionotrópicos positivo que são administrados por via intravenosa e parenteral,
de Ca, ↑a contração → Inotropismo positivo
(PDEIII)
FÁRMACOS ANTIANGINOSOS
Doador de NO, ativa a guanililciclase,
B.canais de Ca Nitratos
Inibe ou reduz a secreção de VLDL, havendo uma redução de Colesterol RA.: Vasodilatação cutânea e coceira, náuseas e
Niacina (Vitamina plasmático, ppt o LDL. No figado, reduz a síntese de TG quanto a desconforto intestinal (c/alimento↓), agrava a
B3) esterificação dos Ac.Graxos. ↓TG→↓VLDL→↓LDL. Além de ↑atividade da resistencia a insulina, Hepatotoxicidade, ↑Ác.
LPL→↑depuração do quilomicrons e dos TG do VLDL. Úrico (Não usar em histórico de Gota)
Em associação Inibe a absorção intestinal do colesterol. Os sequestradores de Ac. Biliares RA.: Miopatia. Não usar na gravidez e
Ezetimiba
c/Estatinas vão impedir a absorção dela. amamentação
ANTICOAGULANTES
Irritação Gastrointestinal, condições
AAS Inibição da Síntese de Tromboxano A2 por meio de acetilação irreversível da COX hipersecretórias
Ticlopina Nauseas, dispesias e diarréia, hemorragia, e leucopenia (Raro)
Bloqueiam de forma irreversível o receptor de ADP nas plaquetas
Clopidogrel Púrpura trombocitopênica trombótica e neutropenia (Raros)
inibindo a agregação plaquetária.
Prasugrel Parecido com Clopidogrel, sem efeito do P450
FLUIDOS E ELETRÓLITOS
Farmaco Mecanismo de ação Funções Indicações Desvantagem
Indicações: reposição volêmica. Preferida em pacientes com comprometimento
Composisçao: NaCl. Fluido isotônico, ligeiramente hipertônica
da barreira hemato-encefálica (BHE), Hipotensão, Depleção de ACT, período pré-
em relação ao plasma (IV) distribui-se no compartimento
Salina operatório, quimadura, hiponatremia– ex. TCE – alcalose metabólica
extracelular fornecendo substituição ao FEC. Rápida
0,9% hiperclorêmica e hiponatremia.
restauração do volume intravascular e do DC, melhorando
Desvantagem: acidose metabólica hiperclorêmica com potencial redução da
significativamente a microcirculação.
perfusão de órgãos-alvo e hipernatremia.
Soluções cristalóides
Solução de Dextrose em H2O (5%) - Isotônica. Proporciona uma Hipernatremia grave - dilui, ↑do Hipoglicemia - Usa [soro glicosado] maiores
Dextrana pequena quantidade de calorias, mas não eletrólitos. Diluição volume do sangue - sem (10, 25 ou 50%). Expansão de volume,
do medicamento em pequena quantidade. acrescentar sódio. tratamento de edema.
Colóides
- Sintomas: Oligúria, astenia, dificuldade de concentração mental, alterações de personalidade, taquicardia, tendência a choque circulatório, delírio, coma.
- Causas: Ingestão insuficiente (Dieta hipossódica em pacientes nefropatas), perda renal ou extra renal exagerado (Poliúria, diarreia crônica, nefropatia depletora de Na,
uso abusivo de diuréticos).
- Tratamento: - Manutenção: Perda de H20 prevista nas primeiras 24h e Na é calculado para definir a [salina hipertônica] (OBRIGATÓRIO).
Grave – SALINA HIPERTONICA - Reparo: Quantidade já perdida (déficit de Na) no início, distribuído em 2 dias para evitar os efeitos adversos do sódio.
- Sintomas: Sede, Oligúria, Mucosa seca, Febre, Alterações Neurológicas podendo levar a coma, tremor, confusões mentais.
- Causas: Perda de H2O muito proporcionalmente maior que de Na, ocorre em Diabetes Insípidos, Melitos, Febre, Insolação e Hiperventilação (perde água). Redução da
ingestão hídrica, administração excessiva de solutos em pacientes c/ problema renal, devido ao aumento de [Na] na sonda, diurético osmótico em excesso e diálise
peritoneal (perde muito líquido).
- Tratamento: Suspensão da ingestão de Na / Cl. Reposição hídrica com SOLUÇÃO GLICOSADA 5%, pois ↑ a volemia, diminuindo a [Na] e [Cl], sem adição de eletrólitos.
Administração: INICIO – Metade nas primeiras 12 horas Porque? Evitar o edema cerebral porque aumenta a volemia
RESTANTE – Em 48 horas. rapidamente levando a absorção de água pelo interstício.
Tratamento: XAROPE KCl ou Drágeas, ASCORBALTO de K (Comprimidos efervescentes). Intravenosa: SORO ou RINGER. Com cuidado pq pode gerar parada cardíaca,
por alteração no potencial de ação.
Sintomas: Alterações sensoriais, paralisia cardíaca, arritmia e parada cardíaca. Causas: Insuficiência renal, Doença de Addison, Queimaduras, Traumatismo
Tratamento: Dialise peritoneal ou das secreções intestinais (No caso de hipercalemina não grave), supressão da dieta de K, Extração de K por RESINAS DE TROCA IÔNICA
(via oral ou retal); CLORETO DE Ca ou GLUCONATO DE Ca (IV) - Neutraliza a ação do K no músculo cardíaco; BICARBONATO DE SÓDIO em pacientes com acidose
metabólica (promove a entrada de K para o meio intracelular); GLICOSE + INSULINA, faz com que o K entre na célula junto com a glicose.
FARMACOLOGIA DA HEMATOPOIESE
Farmaco Mecanismo de ação Funções Indicações Desvantagem
Eritropoetina Anemia (Sangramento, nutrição
Agentes que induzem Agentes estimulantes de
Hidroxiuréia divisão. Assim ocorre o bloqueio na divisão dos precursores Falciforme. Manter a síntese de
plaquetas (Não seletivo)
eritropoieticos que expressam a Hbδ, o que desencadeia, de HbF e não diferenciar para Hbδ.
algum modo a divisão de um padrão fetal de expressão de Isto aumenta a síntese de
hemoglobina na tentativa de manter a produção de eritrocitos. Hemoglobina Fetal.
RA: Dor óssea, mal estar, sintomas da
Análogo do fator de estimulação ↑mielopoiese c/ Transplante de MO, Neutropenia
gripe, febre, diarreia, desanimo,
Sargramostim de colônias de granulócitos- ↑contagem absoluta de de MO autóloga, Mielodisplasia,
Produção de Leucócitos
É capturado pelo sistema reticulo endotelial (macrófagos) onde IV: Mais confiável após dose teste
IM profunda: Quando é IV é inacessível,
Ferro Dextrana se dissocia em ferro e dextrana a seguir o Fe é incorporado as (pequena para avaliar reação
somente após dose teste.
reservas ou transportado pela transferrina anafilática)
Não ocorre processamento pelos
Usado como agente periférico para
Gliconato Férrico de Hidratado de oxido férrico ligado a quelatos de sacarose com MO. 80% é liberado p/
terapia parenteral com Fe, tendo menor
Sódio gliconato (IV) transferrina e 20% no sangue
risco de gerar reações anafiláticas
(Ação rápida)
Ferro Sacarose Capturado pelos MO se dissocia em Fe e Sacarose (IV) Melhor tolerado causando menos efeitos adversos que a Ferro Dextrana
Relação de Preferencia: Gliconato Férrico de Sódio > Ferro Sacarose > Ferro Dextrana
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12: Replicação anormal do DNA - Incapacidade de completar as divisões nucleares - A maturação citoplasmática segue normal -
ProdUção de células morfologicamente anormais - Eritropoiese megaloblastica (VCM ↑) - Afeta todas as linhagens hematopoieticas (PANCITOPENIA) - Elevada taxa
de renovação celular. Na dficiencia de FI (Fator Intrínseco) - ANEMIA PERNICIOSA/ ANEMIA MEGALOBLASTICA. Diag. inicial: ANEMIA MACROCÍTICA ou algum
distúrbio neurológico inexplicável
A vitamina funciona como um Co-Fator em diversas Manifestações: Parestesias, Via parenteral. Em caso contínuo - Via IM ou SC. Intravascular causa exantema
reações bioquimicas, síntese de DNA e função mudança de personalidade, e anafilaxia. Uso profilático: Vegetarianos, gastriectomizados e portadores de
neurológica. demencia, depressão, AVC doenças intestinais (geralmente interfere no FI). Deficiencia mascarada por AF
DEFICIENCIA DE ÁCIDO FÓLICO: ANEMIA MEGALOBLÁSTICA, diarreia, estomatite, dificuldade de concentração, fadiga, palpitações, hipotensão postural, defeito no
tubo neural (feto - durante a concepção). O ácido fólico pode mascarar a deficiência de vitamina B12 (demora a ser percebida - 6 meses a 1 ano)
ÁCIDO FÓLICO Uso em associação (Vitamina B12/ Nutrição Parenteral/ Eritropoetina). Oral (EFICIENTE); Injetável - só na má abs por via oral.
Essencial para o crescimento e desenvolvimento de osso e Carência: Cegueira noturna,
Toxicidade: Criança - Hipervitaminose,
dente, formação de fitopigmentos da visão, renovação e Xerostomia, Danos na pele
protuberância das fontanelas, pseudo
VIT A manutenção da integridade do tecido epitelial, prevenção da (secura, descamação da
tumor cerebral, ↑P do liquor. Adulto -
xeroftalmia, influencia na resposta imunológica. Não usar queratina, enrugamento na da
Vomito, irritabilidade, alteração cutânea.
glicocorticoides. pele)
Se fixa a cromatina ou MC
D3 ou D2 - (fígado) -
Vitaminas lipossolúveis
Fomotidina
Omeprazol
Inibidores da bomba de prótons (H+/K+
Pantoprazol
*São fármacos que são ativados em ambientes ácidos; *As formulações orais são de revestimento entérico,para prevenir a ativação prematura.
*Pro-fármaco convertido a sua forma sulfenamida ativa no ambiente canalicular ácido e a sulfenamida reage com um resíduo de cisteína da bomba de
prótons,formando ligação dissulfeto permanente. A ligação covalente do fármaco inibe irreversivelmente a atividade da bomba de prótons.
Anticolinérgico
Sais de docurato
Mecanismo: Reduzem a tensão superficial das
Supositório de
fezes com o objetivo de facilitar a mistura das EA: Interferência na absorção de vitaminas lipossolúveis
fecais
glicerina
substãncias aquosas e gordurosas
Oléo mineral
Laxantes
Mecanismo: Fármacos solúveis, porém não absorvíveis que retém água no intestino por sua ação osmótica estimulando a peristalse
osmóticos
SerotoniNérgicos ANTIEMÉTICOS
Ondansertrona
MA: Bloqueiam os receptores SHT3 de
Antagonistas
MA: Bloqueiam receptores D2 da zona de RA: Metoclopramida: Inquietação, sonolência. Insônia, ansiedade e agitação,
Metoclopramida
gatilho quimioterápico e no centro do vômito, efeitos extrapiramidais (distonia,acatsia, e manifestações porkinsonianas):
resultando em ação antináusea e Devido ao bloqueio de receptores dopamínicos. Domperidona: Bem tolerada,
antiemética. Metocloramida possui ação não atravessa BHE. Obs: Uso - Doença de refluxo gastro-esofágico,
agonista nos receptores 5-HT4 e antagonista gastroparesia, náuseas, profilaxia de vômitos induzidos por quimioterapia.
Domperidona
sobre receptores 5-HT3 vagais e centrais. Tomar 30 min antes da refeição. E ao deitar.
Fenotiazi
Hidroxizina
Agentes Anti-
HIOSCINA MA: Inibe competitivamente os receptores RA: Boca seca, taquicardia, OBS.: Um dos melhores para a prevenção de
gico
Ag.
Dexametosona
Agentes
MA: Não é bem elucidado! prevenção de náuseas e vômitos de pacientes submetidos a esquemas
Metilpredinisolona quimioterápicos.
Benzoadiazepínicos -
Diazepam
RA: Sonolencia , confusão Obs: Contra indicado uso de outros
MA: Liga e provoca alteração
Ansiolitico e Lorazepam amnésia, comprometimento depressores do SNC. Depressão
hipnótico:
conformacional do receptor GABA a que
da coordenação motora , respiratória e morte. *Seus Efeitos
Midazolam conformacional afinidade pelo GABA.
náusea, vômito , dificuldade sedativos, amnésicos e ansiolíticos são
GABA a frequência de abertura dos
Fluritrazepam (Boa Noite cognitiva cefaléia, turvação uteis para reduzir o componente
canais de Cl.
Cinderela) visual. excitatório das náuseas e vômitos
Agente conabinóides
*Devido sua metabolização hepática principalmente pelB27:F48a CYP 3A4 causa interações c/ fármacos que possuem essa mesma via de metabolização.
CLASSES QUE INTERFEREM NA PAREDE CELULAR
β – Lactâmicos:
Penicilinas, Cefalosporinas, Monobactâmicos e Carbapenêmicos
Mecanismo de ação: Inibem uma ou mais transpeptidases (proteínas de ligação a penicilina) do processo de biossíntese do peptidoglicano bacteriano presente
na parede celular das bactérias, devido ao anel beta-lactâmico serem um análogo do substrato dessa enzima. Assim não ocorre a ligação
peptídica (D-ALA – D-ALA), havendo um enfraquecimento da parede celular, levando a lise celular e morte bacteriana. Apresenta
efeito Bactericida para as bactérias em divisão ativa. Bactericida tempodependente (eficácia relacionada com o tempo acima da MIC).
Espectro de ação: Amplo espectro: são aqueles que são ativos quanto a Gram-positiva e Gram-negativa. Devem ser capaz de atravessar a membrana
externa (aqueles com características hidrofílicas), através das porinas, das proteínas Gram-Negativas para agirem na síntese da parede
celular.
Espectro estreito: são aqueles ativos apenas para Gram-Positivas.
Obs: Existem diversos subtipos de transpepitidases, podendo haver variação dentro da mesma espécie ou de uma espécie para outra.
Quanto maior for a afinidade do antibiótico pelas transpeptidases e maior for sua capacidade de atravessar a membrana externa e a
parede celular (as enzimas estão na membrana celular) maior será a sua atividade.
Mecanismos de resistência: - O mais comum é a produção de enzimas beta-lactamase que fazem a clivagem hidrolítica do anel beta-lactâmico causando a
inativação do antibiótico. Ex: K. pneumonia e E. coli (SBL – beta-lactamase de espectro estendido) e Enterobacter (AMPC –
hiperexpressão de beta-lactamase de amplo espectro).
- Podem ocorrer também modificações estruturais das proteínas de ligação à penicilina, levando a uma perda da capacidade de
ligação delas aos beta-lactâmico. Quanto mais tipos de transpeptidases a bactéria tiver menor vai ser a chance dela criar resistência por
esse mecanismo. Ex: S. aures – MRSA (meticilina).
- Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações das porinas. Mecanismo
desenvolvido pelas bactérias Gram Negativas.
Penicilinas:
Indicações: infecções sinusite, pneumonia, Efeitos adversos: hipersensibilidade (choque anafilático), desconforto gastrointestinal gerando náuseas, vômito e
endocardite, profilaxia cirúrgica, infecções do trato diarreia. Nefrite (meticilina), flebite e tromboflebite (IV), neurotoxicidade (com alguma disfunção renal –
superior. convulsão).
Penicilinas Naturais (benzilpenicilinas): São de espectro restrito (hidrofóbicas). A cristalina é usada em administração IV e as outras duas IM. A cristalina
Penicilina G – cristalina (pura). só atravessa a barreira hematoencefálica em caso de inflamação. A Cristalina tem um tempo de ação curto (pico alto
Penicilina G - procaína – tempo de ação curto), logo foram feitas as associações para manter o nível plasmático por mais tempo. A procaína
Penicilina G – benzatina diminui o pico máximo mas amplia o tempo de ação. E a benzatina é de depósito.
Aminopenicilinas: São de amplo espectro – hidrofílicas. Possui um grupo amino de carga positiva na cadeia lateral o que confere a
Ampicilina capacidade de atravessar as porinas, contudo não resistem as beta-lactamases. Logo são usados em associação com
Amoxicilina inibidores das beta-lactamases. Amoxicilina é usado como profilaxia em cirurgias dentárias.
Penicilinas de resistência as penicilinases: É de espectro restrito (hidrofóbica). Resistente a beta-lactamase (penicilinase), mas não pode ser usada em infecção
Oxacilina contra Gram Negativo, pois não atravessa as porinas.
Penicilinas de amplo espectro: São hidrofílicas. O grupo carboxila da cadeia lateral confere carga negativa possibilitando a passagem pelas porinas.
Carbenicilina A ticarcilina tem um espectro de ação é mais amplo que o das Amoxicilinas.
Ticarcilina
Penicilinas de amplo espectro obtidas pela O ácido Clavulônico (liga-se irreversivelmente às beta-lactamases impedindo que ela haja nos fármacos), Sulbactam,
associação com inibidores das beta-lactamase: Tozobactam são inibidores das beta-lactamases.
Amoxicilina + Ácido Clavulônico (oral).
Ticarcilina + Ácido Clavulônico (par).
Ampicilina + Sulbactam (IV e IM).
Piperacilina + Tozobactam (parenteral).
Cefalosporinas:
Dividem-se em 4 gerações baseado na atividade antimicrobiana e características farmacocinéticas. É mais estável as beta-lactamases que as Penicilinas.
1ª Geração: Cefalexina, Cefadroxila, Cefalotina e 1ª geração: boa atividade contra cocos Gram-Positivo e atividade muito limitada contra alguns GramNegativo.
Cefazolina. Não tem atividade contra MRSA.
A cefalexina e cefadroxila são por VO e não atravessam a barreira hematoencefálica e as Cefalotina e Cefazolina
atravessam a barreira hematoencefálica e são por via parenteral. A Cefazolina apresenta uma boa penetração nos
tecidos, sendo então o fármaco de escolha na profilaxia cirúrgica.
2ª Geração: Cefaclor (O), Cefoxitina (I), Cefuroxima 2ª geração: começa a ter uma maior atividade contra Gram-Negativos, apresentam a capacidade de atravessarem
(I), Acetil-cefuroxima (C) e as porinas. Maior resistência a beta-lactamase quando comparados as de 1ª geração.
Cefprozil (O). Indicada para infecções de pele, profilaxia em cirurgia de colón.
3ª Geração: Cefotaxima (I), Ceftriaxona (I), 3ª geração: atividade ampliada contra Gram-Negativos. Alguns atravessam a barreira hematoencefálica. Sensíveis a
Ceftazidima (I). beta-lactamase AMPC.
4ª Geração: Cefepime (a). Via injeção. 4ª geração: cobertura ampliada contra microrganismos Gram-Negativos, agem sobre Enterobacter sp (G- e
anaeróbica) produtora de beta-lactamase AMPC. Penetra o liquido cefalo-raquidiano.
Reações Adversas: Hipersensibilidade, flebite, tromboflebite, náuseas, vômito, diarreia, Nefrotoxicidade, Hepatotoxicidade,
Hemorragia e Reações tipo de Dissulfiram (dissulfiram inibe a metabolização do álcool logo não deve ser
ingerido álcool).
Monobactâmicos:
Aztreonam.
Reações Adversas: dor no local da aplicação Indicação: pode ser utilizada em pacientes com grave alergia a Penicilina e que apresentam infecções causadas
intramuscular, por via IV flebite (administrar de forma por Gram-Negativos resistentes. Meia-vida curta e em doses frequentes, sendo usado apenas a nível hospitalar (IV
lenta), pode também causar náuseas, vômito e rash e IM). Ativo apenas contra Gram-Negativo e sem atividade contra GramPositivos. Ele é uma alternativa aos
cutânea. Pode causar aumento das transaminases aminoglicosídeos por não ser nem nefro ou ototóxicos. Tem a capacidade de ser ativo em meio ácido por isso é
hepáticas, voltando ao normal após a suspensão muito utilizado em tratamento de abscesso (é ácido).
(hepatotoxicidade leve). Para evitar o risco de resistência ele não é a primeira escolha, sendo sempre utilizado como alternativa.
Carbapenens:
Imipenem, Meropenem e Ertapenem.
Reações Adversas: hipersensibilidade, flebite no local Espectro: amplo espectro de ação para uso em infecções sistêmicas e são estáveis à maioria das betalactamases.
de administração, Imipenem+Cilastatina podem Usados principalmente a nível hospitalar, sendo seguros e com boa penetração tecidual. São ativos sobre Gram-
diminuir o limiar convulsivo levando ao quadro de Negativos, Positivos e anaeróbicos. Não ativos para MRSA. São usados para microrganismos multiresistentes e
convulsões (idosos ou com disfunção renal). em pacientes com granulocitopenia.
Alterações hematológicas são raras, sendo as mais Imipenem sempre com Cilastatina: ele é inativado por uma enzima presente no sistema renal humano chamada
comuns trombocitose e eosinofilia. Pode haver Desidropeptidase I. A cilastatina inibe essa enzima, aumentando os níveis séricos do Imipenem, tempo de meia-
reações cruzadas em pacientes alérgicos a penicilina. vida e diminuindo a sua toxicidade renal.
Glicopeptídeos:
Vancomicina e Teicoplamina
Mecanismo de ação: inibidores de síntese de paredes bacterianas, pois inibem a ação Fármacos: Vancomicina, que é muito tóxica devendo ser utilizada apenas quando
das transglicosilases, que são responsáveis por unir o ácido nacetilglicosamina ao há resistência a outros fármacos. Já se observa a resistência a Vancomicina. Outro
ácido n-acetilmurânico. Impedindo assim a formação do polímero de açúcar. fármaco análogo é a Teicoplamina (tempo de meia-vida maior – 1 vez ao dia).
Indicação: tem atividade bactericida contra bacilos e cocos Gram-positivos, Reações adversas: irritante para os tecidos, causando flebite. Rubor cutâneo ou
incluindo aqueles resistentes a Meticilina. Vancomicina por via oral só é indicada em exantema (Síndrome do homem vermelho), nesses casos diminuir a velocidade de
caso de infecções do trato gastrointestinal, pois apresenta pouca absorção nesse local. infusão. Nefrotoxicidade e ototoxicidade, raras e leves, particularmente quando
Sua administração é por via IV. associados com os aminoglicosídeos. Febre medicamentosa, exantema por
hipersensibilidade e neutropenia.
Polimixinas:
Polimixina B e a Colestina (Polimixina E).
Mecanismo de ação: Interagem com as moléculas de polissacarídeos da membrana externa de bactérias Gram-Negativas, retirando a cálcio e o magnésio,
necessário para manter a estabilidade da molécula de polissacarídeo. Assim ocorre uma diminuição da estabilidade da membrana,
aumentando a permeabilidade, desencadeando a morte celular. Sua ação independe da entrada do fármaco na célula.
Mecanismo de resistência: - Resistência natural das Gram-Positivas está relacionada à incapacidade da droga atravessar a parede celular. - Nas
Gram-Negativas pode ocorrer uma diminuição na ligação do fármaco a membrana.
Propriedades farmacológicas: - Concentra-se no fígado e rins
- Apresenta baixa passagem pela barreira hematoencefálica, mesmo quando inflamada.
- São excretados por filtração glomerular devendo ser feito ajuste de dose em pacientes com IR.
Indicação Clínica: São muito pouco utilizados, sendo reservado para infecções graves por bactérias multiresistentes como a P. aeruginosa e para infecções
na corrente sanguínea relacionados a uso de cateteres contaminados.
Efeitos Adversos: São muito tóxicos, principalmente a nível renal. Eles levam a uma lesão renal por destruir a membrana celular do túbulo renal, o que
aumenta a permeabilidade dessas células, ocorrendo o influxo de cátion, ânion e água, levando a morte celular.
Daptomicina:
Mecanismo de ação: Liga-se a membrana celular bacteriana levando a rápida despolarização, perda do potencial de membrana, o que determina a abertura
de canais voltagem-dependente ocorrendo o influxo e efluxo de íons descontrolado, a inibição da síntese de proteínas, RNA e DNA,
além do extravazamento de conteúdo citoplasmático e então a morte bacteriana. Ainda não foi detectado nenhum mecanismo de
resistência a esse antibiótico.
Espectro de ação: Ela é incapaz de atravessar a membrana externa das bactérias Gram-Negativas, portando somente é ativa em bactérias Gram-Positivas,
pois ela é capaz de atravessar a parede celular. É efetiva contra bactérias Gram-Positivas resistentes a vancomicina e linezolida. É usada
em infecções causadas por estafilococus resistentes à oxacilina e os enterococos.
Propriedades farmacológicas: - Só é administrada por via IV.
- A eliminação é predominantemente renal.
Efeitos Adversos: Pode causar mialgia, artralgia e fraqueza muscular distal. Devem ser monitorados semanalmente os níveis de creatinofosfoquinase,
quando elevado pode ser indicativo de lesão do músculo esquelético.
Observações: São bactericidas concentração-dependente, contudo é observado o efeito pós-antibiótico, ou seja, persiste a atividade bactericida
residual mesmo após a queda da concentração sérica abaixo da MIC (permanecem sendo ativos dentro da célula). Devido a isso é mais
indicado à dose diária, já que doses elevadas em intervalos estendidos são tão eficazes e potencialmente menos tóxicas do que a
administração de doses fracionadas. Em caso de endocardite, gravidez e doenças neonatais são indicadas de 8 – 8h.
Podem ser usados junto com os β-lactâmicos, pois apresentam um sinergismo, já que os β-lactâmicos irão favorecer a entrada dos
aminoglicosídeos na célula. Sendo usados ambos em doses menores.
Efeitos adversos: Nefrotoxicidade: se depositam nas células do túbulo proximal, aumento da ureia e da creatinina sérica (reversível). Fatores de risco:
longa duração da terapêutica, doses elevadas, idosos, pacientes com IR e uso concomitante com outros medicamentos nefrotóxicos
(vancomicina e furosemida). IMPORTANTE
Ototoxicidade: toxicidade vestibular e auditiva (irreversível), vertigens e redução da audição. Fatores de risco: igual a anterior. Também
levar em consideração no bebe. Quando detectado deve restringir o uso.
Paralisia Neuromuscular: eles competem com o cálcio no sítio pré-sinaptico, levando uma queda na liberação de acetilcolina gerando
a paralisia muscular. É um bloqueio neuromuscular não despolarizante, podendo levar a paralisia respiratória. É um efeito adverso raro.
Não podem ser usados junto com bloqueadores neuromusculares.
Tetraciclinas:
Clortetraciclina, Oxitetraciclina, Tetraciclina, Demeclociclina, Metaciclina, Doxiciclina e Minociclina.
Mecanismo de ação: Inibe a síntese de proteína bacteriana através da sua ligação a subunidade 30S no sitio onde o RNAt se ligaria, impedindo a adição de
outros aminoácidos ao peptídeo nascente, impedindo assim a síntese proteica. Ela apresenta uma difusão passiva pelas porinas e por
transporte ativo na membrana celular.
Mecanismos de resistência: - Diminuição do acúmulo das tetraciclinas no interior das células, seja por impedir a entrada por alterações nas porinas ou nos
transportadores da membrana, ou por bomba de efluxo (conferida por plasmídeo). - Produção de uma proteína ribossômica que desloca
as tetraciclinas de seu alvo. - Inativação enzimática.
Macrolídios:
Eritromicina, Azitromicina e Claritromicinal.
Mecanismo de ação: São agentes bacteriostáticos que inibem a síntese das proteínas através de sua ligação reversível às subunidades ribossômicas 50S dos
microrganismos sensíveis. Não inibe a formação de ligações peptídicas em si, mas inibe a etapa de translocação em que a cadeia peptídica
nascente, que reside temporariamente no local aceptor da reação da transferase, não consegue mover-se até o local doador.
Bacteriostático, sendo bactericida em doses elevadas e microrganismos muito sensíveis.
Mecanismo de Resistência: - Diminuição da permeabilidade dos macrolídios na célula, por modificação no transportador e bomba de efluxo.
- Inativação enzimática (hidrólise dos macrolídios).
- Alterações no sitio receptor da porção 50S do ribossomo, seja por mutações que alteram uma proteína ribossômica 50S do sitio
de ligação ou produção de metilases, que modificam o alvo ribossômico e diminuem a ligação do fármaco.
Indicação clínica: Sífilis, pneumonia por S. penumoniae, profilaxia de recidivas de febre reumática em indivíduos alérgicos a penicilina. São considerados
primeira escolha no tratamento de pneumonia por bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila e
Chlamydia sp.). Espetro de ação limitado, apresentando atividade para Gram-Positivo aeróbico e modesto para Gram-Negativos.
Reações Adversas: Intolerâncias gastrointestinais (náuseas, vômitos), Hepatite colestática aguda principalmente pelo uso de eritromicina (Azitromicina e
Claritromicina são menos hepatotóxicos). Pode causar tromboflebite, que pode ser minimizada através da redução da velocidade de
infusão. A eritromicina pode causar arritmia cardíaca, pelo prolongamento do intervalo de QT.
Interações Medicamentosas: A Eritromicina e Claritromicina são inibidores CYP3A4, podendo aumentar as concentrações de Teofilina (asma), Carbamazepina,
glicocorticoides, Varfarina, Digoxina e Ácido Valpróico. IMPORTANTE
Lincomicina:
Claritromicina.
Mecanismo de ação: A clindamicina se liga a subunidade 50S do ribossomo bacteriano e suprime a síntese das proteínas. As clindamicinas, eritromicinas e
o cloranfenicol, atuam em locais de estreita proximidade, assim a ligação de um desses fármacos ao ribossomo pode inibir a
interação dos outros.
Mecanismo de Resistência: - Mutação no sitio de ligação no ribossomo.
- Modificação no sitio de ligação por metilases.
- Inativação Enzimática.
Indicação Clinica: Erisipela, para alérgicos a penicilina. É usado também como alternativa terapêutica para malária causada por P. vivax e P.
falciparum.
Reações Adversas: - Suprime a flora bacteriana podendo causar diarreia e náuseas.
- Colite pseudomembranosa causada pela toxina do C. difficile, que costuma ser resistente a clindamicina.
- Tromboflebite após administração intravenosa.
- Aumento da aspartato aminotransferase e da alanina aminotransferase.
- Granulocitopenia, trombocitopenia e reações anafiláticas (incomuns).
Cloranfenicol
Mecanismo de ação: O Cloranfenicol liga-se a subunidade ribossômica 50S no local da peptidiltransferase e inibe a reação de transpeptidação, ou seja, a
interação entre a peptidiltransferase e seu substrato de aminoácido é bloqueada, inibindo a formação da ligação peptídica. Apresenta
atividade bactericida ou bacteriostática dependendo da bactéria.
Mecanismo de resistência: - Diminuição da permeabilidade da célula ao antimicrobiano, por alteração nas porinas ou no transportador ativo, e por bombas
de efluxo. Também por mutações ribossômicas.
- Inativação Enzimática, causada por uma acetiltransferase codificada por plasmídio.
Indicação Clínica: São raramente utilizados porque são bem tóxicos. Em meningite para alérgicos a penicilina, febre tifoide e brucelose quando a
tetraciclina for contra indicada.
Reações Adversas: - Reações de hipersensibilidade
- Toxicidade hematológica: anemia, leucopenia, trombocitopenia.
- Efeito crônico: Anemia aplástica.
- Síndrome do bebê cinzento (recém-nascidos expostos a doses excessivas de clorofenicol) que pode gerar vômitos, recusa a sucção,
períodos de cianose, diarreias de coloração esverdeada, as crianças adquirem uma coloração acinzentada, apresentam flacidez e
hipotermia. 40% morrem.
Obs: Não pode ser usado quando a doença puder ser tratada rapidamente, com segurança e eficácia por outro agente antimicrobiano.
Interações Medicamentosas: Inibem a CYP hepática irreversivelmente, prolongando a meia-vida dos subtratos da CYP, como a Varfarina, Fenitoína, Clorpropamida,
rifabutina e tolbutamina.
O fenobarbital e a rifampicina são indutoresda CYP, podendo diminuir a meia-vida do Cloranfenicol, podendo resultar em concentrações
subterapêuticas do fármaco.
Fluoroquinolonas:
Ácido nalidíxico, Ácido oxolínico, Cinoxacina, Norfloxacino, Ciprofloxacino, Ofloxacino, Levofloxacino, Gemifloxacino e Moxifloxacino.
Mecanismo de ação: Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana. Durante a replicação ou transcrição
o DNA fica superespiralado e é função da DNA girase promover o relaxamento do DNA superespiralado, possibilitando que o processo
continue. Ao inibir a ação dessa enzima as quinolonas impedem o relaxamento do DNA impedindo a transcrição e replicação. Assim
gera a síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas errôneas, determinando a morte das bactérias. Também inibem a
topoisomerase IV, interferindo na separação do DNA replicado durante a divisão celular. São bactericida.
Mecanismo de Resistência: - Alterações na enzima DNA girase bacteriana, que passa a não sofrer a ação do antimicrobiano.
- Mutações cromossômicas nos genes que são responsáveis pela enzima alvo (DNA girase e TopoisomeraseIV).
- Alterações na permeabilidade ao fármaco pela membrana celular bacteriana, por exemplo alterações nas porina.
- Aumento da retirada do fármaco do interior da célula, por bomba de efluxo.
Propriedade - Bem absorvida pelo Trato gastrointestinal. Pico sérico atingido em 1 – 3horas. Eliminação é renal.
Farmacológicas: - Volume de distribuição alto com tempo de meia-vida de 7 – 8horas. - Administração por via IV e VO, 1 vez ao dia.
- Os alimentos não reduzem a absorção, mas aumentam o intervalo para o aparecimento do pico sérico. A absorção oral é
comprometida por cátions divalentes, incluindo aqueles antiácidos. Não podendo ser tomado com leite.
Uso: Usado em infecções urinárias (ciprofloxacino e norfloxacino), otite, bronquite, sinusite. A Levofloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina
são chamdas de Quinolonas Respiratórias, pois atingem elevadas concentrações no sistema respiratório sendo utilizadas para infecções
do trato respiratório.
Reações Adversas: - Fotossensibilidade e anafilaxia
- Alterações hematológicas como Eosinofilia, anemia e leucopenia.
- Alterações no sistema cardiovascular: aumento do intervalo de QT.
- Alterações no SNC: podendo levar a cefaleia, tontura, insônia. Em casos mais raros: delírio e convulsões.
- Pode causar também artralgia, tendinite e lesões de cartilagem. O fármaco se liga ao Mg, ↓ o Mg disponível p/ compor cartilagens.
Obs: Não são rotineiramente administrado para menores de 18 anos.
Interações Medicamentosas: - O uso de Metoclopramida junto com Ciprofloxacino acelera a absorção do ultimo.
- A Probenecida interage com todas as Fluoroquinolonas, diminuindo a excreção delas por competirem pelo mecanismo de excreção
urinário.
- Os antiácidos diminuem a absorção por quelação de todas as Fluoroquinolonas.
Nitroimidazólicos:
Metronidazol
Mecanismo de ação: Ao entrar na célula ocorre a redução do grupo nitro presente no Metronidazol. Esse radical nitro aniônico altamente reativo (recebeu
elétrons) é capaz de matar o microrganismo por agir no DNA da bactéria, podendo inviabilizar a síntese de proteínas. Só são sensíveis
aqueles microrganismos capazes de reduzir o metronidazol.
Espectro de ação: São bactericidas potentes, atuando em bactérias anaeróbicas estritas. São amplamente usados no tratamento de amebíase, tricomoníase e
giardíase.
Mecanismo de Resistências: - Diminuição da permeabilidade
- Diminuição da capacidade de gerar a redução intracelular do fármaco.
Propriedades - Pode ser administrado por VO, tópico e intravenosa.
Farmacológicas: - A maior parte é excretado pelos rins e o restante pelas fezes. É metabolizado principalmente pelo fígado.
- Deve evitar o uso na gravidez e amamentação pois o fármaco atravessa a placenta a atinge concentrações no feto igual ao da mãe
e é excretado no leite materno.
Indicação Clínica: É primeira escolha no tratamento de tétano, pode ser associado à Claritromicina ou Amoxicilina no tratamento de infecções por H. pylori,
e é eficaz no tratamento de vaginose bacteriana.
Reações Adversas: - Gosto metálico na boca, secura.
- Efeitos neurotóxicos: zumbido, vertigem, convulsões, ataxia cerebelar e neuropatia periférica. Sendo mais frequentes no uso
prolongado.
- Raro: queimação uretral à micção, cistite e ginecomastia e exantema maculopapular.
Se liga a subunidade B do DNA polimerase e forma complexo inibindo a síntese protéica. Supressão da iniciação de RNA. RA:
RIFAMPICINA
Unina avermelhada, Prurido, Hepatotoxicidade
Pró-fármaco ativado em ambientes ácidos (necrose - ác.lático) e na tuberculose pelo ác. Pirazinasidase; Interferem na síntese
PIRAZINAMIDA do ác. Mucólico presente na parede celular no Micobacterium, reduz o pH intracelular e interfere no transporte da
membrana. RA: Hepatotoxicidade, dor articular (analgésicos), hiperuricemia(dieta hipouremica)
Pró fármaco. Difusão passiva. Inibe a síntese do ác. Mucólico da parede celular no Micobacterium, inibe a diidrofolato
TUBERCULOSE
redutase inibindo a sínte de ác. Nucléicos. Sua forma tóxica dá-se pela catalase peroxidase transformando a Isoniazida em
ISONIAZIDA +
um radical livre de oxigênio reativos como superóxido, peróxido de oxigenico radicais orgânicos. RA: Hepatotocixidade,
PIRIDOXIMA (vit B6)
Prurido, Exantema (antihistaminico), dor muscular, neuropatia periférica (Piridoxima), cefaleia, ansiedade, euforia, insônia,
psicose (suspender)
Inibe a Aranosil transferase 3 interrompendo a transferencia da arabinose p/ a síntese do arabinogalactano (parede celular)
ETAMBUTOL ocorrendo um desarranjo. RA: Acuidade visual, aneurite óptica, ↓expressão renal de ác.úrico (monitorar dieta, e reduzir
consumo de carne vermelha) hiperuricemia c/ artralgia.
Tratamento: Crianças (Todos s/Etambutol); Formas extrapulmonar (exceto meningoencefálico): Duração de 6 meses; Pacientes c/ HIV: 6 meses (todos os
medicamentos); Tratamento da forma Meningoencefalica: 2 meses (todos) c/associação de glicocorticóide + 7 meses.
Paucibacilar 6 meses Rifampicina e Dapsona
Multibacilar 12 meses a 18 meses Rifampicina, Dapsona e Clofazimina
RIFAMPICINA P/M: Se liga a subunidade B do DNA polimerase e forma complexo inibindo a síntese protéica. Supressão da iniciação de RNA.
Ofloxacino RA: Unina avermelhada, Prurido, Hepatotoxicidade
DAPSONA P:Clofazimina Inibe a diidropteroato sintase impedindo a formação de ác. Fólico a partir do PABA. RA: Sindrome de Steven Jonson,
HANSENIASE
M:Ofloxacino anemia hemolitica, cefaleia, dermatite esfoliativa, alterações hematológicas, anorexia, síndrome dissulfônica.
CLOFAZIMINA
Bacterecida. Liga-se ao DNA com ação desconhecida. RA: Pigmentação da pele na exposição ao sol, rash e prurido,
M:Ofloxacino,
disturbios do TGI, redução da secreção lacrimal, urina avermelhada.
aminoxilinaP:NA
Mecanismo desconhecido. RA: Teratogênico, sonolencia, edema unilateral, constipação, secura das mucosas e rara
TALIDOMIDA (Tipo II)
linfopenia, neuropatia periférica. Reações Hansemicas Tipo II: Eritema nodoso (Fármaco de 1º Escolha)
Interferem no metabolismo intermediário das açúcares, gorduras e proteínas, promove a manutenção do tonus vascular e
CORTICÓIDES (Tipo I) regulação do balanço eletrolítico. RA: Hipertensão arterial, disseminação e infestação por Strongiloides Stercoralis,
disseminação da tuberculose pulmonar. Tipo I: Dor neural, fraqueza.
””Utiliza-se Antidepressivos e anticonvulsivantes no tratamento de Hansenísase
Estreptococos (Gram +): Penicilina+ Benzatina, Eritromicina. E na resistencia: Oxacilina.
S. aureos Penicilina, B-lactamico. Na resistencia: Oxacilina. *Resiste penicilina plasmidial
MO
ANTIFUNGICOS
Fármaco Indicação Mecanismo de Ação Reações Adversas Fármacos na Toxicidade
Aspergilose, blastomicose, Toxicidade a infusão,febre, calafrios,
candidíase disseminada, arritmias cardíacas, dores musculares,
se unem por interações hidrofóbicas ao Paracetamol (Hepatotoxicidade)
Função da PC
ANTIVIRAIS
Análogos de Nucleotídeos
RA: Insuficiencia renal,tromboflebite ou
Análogo da guanina. Fosforila por quinases formação de bolhas cutâneas.
Herpes virus; Infecção primária genital por virais, depois fosforila no próprio hosp forma Resistencia: Ausencia ou presença
Aciclovir HSV; infecção mucocutânea por HSV em trifosfato, se liga a DNA polimerase e impede o parcial da timidina quinase viral.
hospedeiros imunodeprimidos alongamento da cadeia de DNA. Impede a Alteração da especificidade da timidina
replicação viral. quinase. Alteração da DNA polimerase
viral.
Alcool saturado de cadeia longa. Inibe a fusão Tratamento deve ser iniciado 12horas
Docosanol
Herpes orolabial de células do hosp humano c/ o envelope viral após o aparecimento das lesões. Reduz
(Creme a 10%)
impedindo assim a replicação viral o tempo de cicatrização
Trifluorimidina e Incorporam no DNA viral e DNA celular, inibindo Muito tóxicos por agirem nas células
Herpes
Iodoridina a replicação viral saudaveis
HIV
Tenofovir
Inibidores da Transriptase Análogo nucleotídeo. Ele já esta na forma monofosforilada, e é trifosfatado pelas quinases da celula.
(1 escolha)
cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. supressão da medula óssea, náuseas, insônia e
Zidovudina
mialgias.
Não análogos de nucleosídeo. Inibem de forma alostéria a transcriptase reversa. RA: Tontura, Insônia, comprometimento da
Efavirens
Inibem a transcrição de DNA para RNA. Sofrem metabolismo hepático (induzem concentração.
Nevirapina CYP3A4) RA: Exantema (não usa só)
protease viral
Inibidor de
Saquinavir Ritonavir - Peptidomimetico. atuam na enzima protease viral (Aspartil São metabolizados pela CYP3A4 (Ritonavir -
Ritonavir Intensificador farmacocinético. protease), bloqueando sua ação e impedindo a INIBE). RITONAVIR + AMPINAVIR = Sinergico.
Amprenavir Atazanavir - Colecistite e produção de novas cópias de células infectadas Ampinavir (↑[colesterol total] e triglicerídeos).
Atazanavir colestase, danos hepáticos. com HIV. RIFAMPICINA INDUZ CYP.
Age bloqueando a entrada do vírus no linfócito TCD4 pelos receptores CCR5 nos MO. Metabolizado pela CYP3A4. Baixa toxicidade,
Inibidores de
Maraviroc
Indicado com inibidores. porém provoca ↑bilirrubina
Fusão
Peptideo sintético derivado da GP41, inibe a proteína do vírus que não consegue Resistencia: Mutação na GP41. Alimento reduz
Enfuvirtida
reconhecer o receptor da célula. abs. RA: Dor, eritema, náuseas.
Inibidores da
Antiparasitários:
Tratamento de doenças causadas por Protozoários:
Doença: Sintomatologia: Tratamento:
Amebíase: Normalmente Assintomática, mas o indivíduo permanece Metronidazol e Tinidazol (Nitroimidazólicos) tanto para tratar
Entamoeba histolytica como um contaminante em potencial, nesse caso o disenteria amebiana como abscesso hepático amebiano.
trofozoíta não invade a mucosa intestinal. Obs: O metronidazol é muito bem absorvido, logo não age sobre os
Invasiva: os trofozoítas invadem o epitélio intestinal, trofozoítas que ficam no lúmen do intestino. Para isso são usados os
podendo permanecer assintomático ou desenvolver a agentes luminais: Paromomicina (aminoglicosídies não absorvível) ou
Contaminação: água e disenteria amebiana (cólicas intestinais). Podem também Nitazoxanida.
alimentos contaminados por se disseminar via veia porta e causar abscesso hepático.
cistos. Tratamento Nitroimidazólico + Agente Luminal
Giardíase: Assintomática; potente disseminador da doença. Metronidazol (5 dias)
Giardia lamblia Diarreia aguda: fezes líquidas e mau cheiro. Tinidazol (dose única)
Diarreia crônica: todos os sintomas da aguda só que Paromomicina (gestante, pela pouca absorção tendo menor
Contaminação: água e persistente por mais de duas semanas. Podendo haver a risco de atingir o feto).
alimentos contaminados por síndrome de má absorção, podendo levar a perda de Nitazoxanida (crianças menores de 5 anos).
fezes peso.
Toxoplasmose Infecção primária: sintomas em apenas em 10%. Pirimetamina e Sulfadiazina juntamente com o Ácido Folínico.
Toxoplasma gondii Doença aguda: ela é autolimitada em indivíduos
imunocompetentes e o tratamento raramente é A Clindamicina pode substituir a Sulfadiazina em caso de toxicidade a
Transmissão: ingestão de necessário. Atenção: imunocomprometidos que podem mesma.
carne crua ou mal cozida desenvolver a Encefalite Toxoplasmótica pela reativação
contendo cistos, material dos cistos teciduais depositadas no cérebro. Comum em
vegetal contaminado, HIV, podendo ser fatal.
contato com fezes de gato e
transplacentária.
Tricomoníase: Habita o sistema genital, em mulheres pode causar Metronidazol ou Tinidazol. O Tinidazol é mais bem tolerado,
Tricomonas vaginalis vaginite e em homens uretrite. apresentando uma menor incidência de efeito adverso. Tem diminuído
o uso de Metronidazol devido ao desenvolvimento de resistência.
Contaminação: DST.
Criptosporidiose: Doença que causa diarreia em várias espécies de animais. Nos indivíduos imunocomprometidos deve ser feito a restauração da
Cryptosporidium parvum ou Esse trofozoíta penetra a membrana sem entrar na célula. função Imune.
C. hominis Autolimitada: maioria dos indivíduos imunocompetentes. Fármaco de escolha: Nitazoxanida, para adultos e crianças. Também age
Grave diarreia: pacientes imunocomprometidos. em helmintos.
Contaminação: pela água e
homem-homem.
Tripanossomíase africana Mais comum na África, causa doença fatal quando não Estágio 1:
“doença do Sono”: tratada e ameaça o Gado. • T. rhodesiense: Suramina.
Trypanosoma brucei Dividi-se em dois estágios: • T. gambiense: Pentamidina.
rhodesiense ou T. Estágio 1: parasita na corrente sanguínea e na linfa. Estágio 2:
brucei gambiense. 1ª Estágio 2: envolvimento do SNC. Leva aos sintomas de • T. rhodesiense: Melarsoprol
mais rápido ao SNC. confusão, má coordenação, sinais psiquiátricos, • T. gambiense: Melarsoprol ou Eflornitina.
Transmissão: mosca desarranjo no ciclo do sono, coma e morte.
hematófaga (tsé-tsé).
Tripanossomíase Doença aguda: Nifurtimox e Benznidazol.
americana: Trypanosoma - Nódulo cutâneo elevado e doloroso no local de
cruzi inoculação. Febre e exantema.
Doença Crônica:
- Cardiomiopatia (principal causa da morte),
megaesôfago, megacólon e morte.
Leishmaniose: São protozoários que se alojam dentro dos macrófagos. 1ª escolha é o Estibogliconato de Sódio. Em caso de resistência utiliza a
Leishmania sp. A forma cutânea é autolimitada, podendo deixar Anfotericina B.
cicatrizes desfigurantes. Também pode usar Miltefosina (oral), Paromomicina (parenteral para
Forma viscerais e cutâneas difusa: exige tratamento. visceral e tópica para cutânea) e Pentamidina (doença cutânea).
Suramina: Desconhecido. Toxicidade seletiva para os parasitas Administração apenas por Raros e sérios: choque e perda de consciência.
Carregada com capacidade de captar por endocitose o fármaco Intravenosa. Não penetra o SNC. Por
Reações imediatas comuns: mal estar, náuseas
negativamente ligado a proteína. Acredita-se que por ter carga ser um ânion apresenta concentração
e fadiga. Pode causar também febre e
elevada negativa ele se liga a proteínas que maior no plasma. exantema por hipersensibilidade (pré
apresentam carga positiva levando a inibição de administrar glicocorticoide). Toxicidade renal
várias enzimas, como: diidrofolato redutase, serina Usado na tripanossomíase africana (albuminúria), cefaleia, gosto metálico,
oligopeptidase, timidinacinase e enzimas glicolíticas. (rhodesiense) em estágio I. parestesia e neuropatia periférica.
Apresenta a capacidade de destruir membranas
intracelulares.
Melarsoprol:de É Desconhecido. Provável reatividade alta com muitas Administração por via intravenosa. É um fármaco tóxico, pode levar a febre,
um pró- biomoléculas; destruindo as do parasita. Estágio tardio da tripanossomíase vômito, cólicas abdominais, encefalopatia,
fármaco e o africana causada pelo rhodesiense. neuropatia periférica, hipertensão, lesão no
ativo é o Oxido Tem sido adquirida resistência ao miocárdio, lesão renal (albuminúria) e
melarsen. fármaco. distúrbios hepáticos.
Único fármaco disponível. Para evitar o desconforto no TGI deve ser
administrado lentamente em pacientes
deitados e em jejum. Ficando sem comer após a
ingestão.
Nifurtimox: Sofre redução e geram radicais que quando oxidados formam o superóxido. O superóxido Hipersensibilidade, dermatite, febre, icterícia,
reage com a água formando peróxido de hidrogênio que é citotóxico para o parasita e o ser náuseas, vômito, mialgia, fraqueza, neuropatia
humano. Como os mamíferos apresentam a catalase, glutationa peroxidase e superóxido periférica, cefaleia, leucopenia e diminui os
dismutase, apresenta a capacidade de destruir o H2O2 formado. Alguns parasitas não espermatozoides.
apresentam essas enzimas e por isso são destruídos. Tripanossomíase americana. Bem absorvido por
via oral.
Eflornitina Inibidor irreversível da ornitina descarboxilase, Não atravessa com facilidade a barreira Dor abdominal, dor de cabeça, reações no local
enzima responsável pela biossíntese de poliaminas Hematoencefálica, mas quando de injeção, infecção tecidual, pneumonia, febre,
que são responsáveis pela divisão e diferenciação infectado pelo T. brucei essa barreira convulsão, diarreia. Ela é menos tóxica que o
celular. Age em enzimas dos parasitas e ser fica enfraquecida permitindo uma Melarsoprol, sendo superior em segurança e
humano, só que o ultimo consegue repor maior penetração do fármaco. eficácia. Para a administração usa muito
Usada no tratamento de líquido, tendo atenção pacientes sensíveis a
rapidamente essas enzimas e capta do meio
Tripanossomíase causada por sobrecarga hídrica (hipertensos).
extracelular, o que não ocorre nos parasitas. Assim
gambiense no estágio final por infusão Pode ser usada em associação com o
é mais tóxica ao parasita. 2h, sendo menos efetiva em HIV. Nifurtimox, pois é mais eficiente, diminuindo o
tempo de tratamento e aumenta a taxa de cura.
Miltefosina Desconhecido. Pode ser que altere o metabolismo Administração por via oral. 1ª Vômitos, diarreia e hepatotóxica (aumenta a
lipídico e sinalização celular. tratamento ativo para a leishmaniose creatina e as transaminases hepáticas), sendo
visceral e cutânea. brando e reversível com o fim do tratamento. É
teratogênica, não podendo ser usada por
gestante e lactantes).
Paromomicina: Interferem na síntese proteica bacteriana por se ligar irreversivelmente a subunidade Dores e cólicas abdominais, dor epigástrica,
ribossômica 30S promovendo a leitura incorreta do RNAm (proteínas anormais ou não- náuseas, vômitos, diarreia. Sendo estes apenas
funcionais), a interrupção prematura da tradução do RNAm (proteínas incompletamente quando ela é administrado por via oral.
sintetizadas) e bloqueia a iniciação da síntese proteica. Apresentam difusão passiva pelas Não é bem absorvida por via oral, sendo usada
porinas e transporte ativo pela membrana celular. Essas proteínas anormais podem ir à como agente luminal. Pode ser usada em
membrana e favorecer o transporte do aminoglicosídeo. mulheres grávidas.
Estibogliconato É um pró-fármaco, no organismo ele é reduzida a Administrado por via parenteral Bem tolerado, podendo causar náuseas, cefaleia,
de sódio: espécie tóxica de Sb3+ (antimônio) e destroem as (intravenosa e intramuscular). Indicado dor abdominal, dor no local de injeção,
formas amastigotas no interior dos macrófagos. para o tratamento de leishmaniose exantema, dor articular, pancreatite, diminuição
cutânea e visceral. dos eritrócitos, plaquetas e leucócitos e aumento
das transaminases hepáticas.
TRATAMENTO DE DOENÇAS CAUSADAS POR HELMINTOS:
Benzimidazólicos:
Tiabendazol, Mebendazol e Albendazol. São os mais utilizados.
Mecanismo de ação: Propriedades Farmacocinéticas: Indicação Terapêutica: Efeitos Adversos:
- Inibem a polimerização dos Tiabendazol: hidrosolúvel. Tiabendazol: larva migrans Tiabendazol: os mais comuns
microtúbulos (forma o citoesqueleto) Mebendazol: menos hidrosolúvel, apresenta cutâneas, por uso tópico. são anorexia, N/V e tontura. Em
por sua ligação à β-tobulina. Apresenta baixa biodisponibilidade, sofre elevado Mebendazol: nematódeos do baixa frequência diarreia, fadiga,
alta afinidade pela β-tubulina metabolismo de 1ª passagem (cuidado com Sistema gastrointestinal, sonolência, vertigem e febre.
inibidores da CYP que pode elevar os níveis enterobíase, ascaridíase, tricuríase, Albendazol e Mebendazol: os
parasitária.
ancilostomíase. mais comuns são dor,
- Inibem a fumarato plasmáticos, como Cimetidina). Aumenta a
Albendazol: semelhante ao distensão abdominal, vômito e
redutase mitocondrial. absorção na presença de alimentos
mebendazol, apenas em infecções diarreia. Menos frequentes são:
- Reduzem o transporte de glicose. gordurosos.
profundas podem exigir cefaleia, tontura, erupção
- Bloqueia a fosforilação oxidativa. Eliminação renal e fecal.
tratamento longo como no caso de cutânea, urticária, alopecia,
Albendazol: pró-fármaco, mais absorvido hidatidose cística e hepatotoxicidade, fadiga,
com alimentos gordurosos. A forma ativa é o neurocisticercose. leucopenia e
sulfóxido de Albendazol. E:Renal. São administrados de estomago trombocitopenia (longo).
vazio para infecção luminal e com NÂO na gravidez (todos).
refeição gordurosa quando tecidual.
Dietilcarbamazina:
Mecanismo de ação: Propriedades Farmacocinéticas: Indicação Terapêutica: Efeitos Adversos:
Não muito bem esclarecido. Sabe-se Absorvida pelo trato gastrointestinal e é Filaríase, loíase e eosinofilia tropical. São raramente graves, anorexia,
que: - Parece produzir afeito direto eliminada pela urina de forma inalterada. Ela não é capaz de reverter as lesões náuseas, vômitos, mal estar,
nas microfilárias causando danos às Deve ser reduzida a dose em pacientes com linfáticas, só evita o cefaleia e tonturas. Geralmente
organelas e apoptose. comprometimento renal. desenvolvimento de novas lesões. são resultantes da resposta do
- Interfere no processamento e Deve ser tomado após as refeições. hospedeiro à destruição dos
transporte intracelular de algumas parasitas, como linfangite, edema
macromoléculas para a membrana e abcesso linfoides.
plasmática. Não em grávidas.
- Alteram a resposta imune e
inflamatória do hospedeiro
por mecanismo desconhecido.
Invermectina:
Mecanismo de ação: Propriedades Farmacocinéticas: Indicação Terapêutica: Efeitos Adversos:
Induzem a paralisia da musculatura do Usado na veterinária, a absorção é rápida e Oncocercose, estrongiloidíase, As principais reações são
parasita por ativação de canais de apresenta um pico plasmático alto em poucas filariose linfática e nematódeos decorrentes da liberação de
cloreto controlados por glutamato, horas. Excreção nas fezes e urinas. intestinais. substâncias pela destruição dos
apenas presentes em invertebrados. helmintos. Na filariose ocorre a
Logo imobiliza os parasitas induzindo a Reação de Mazotti decorrente da
morte das microfilárias, causando
paralisia tônica da musculatura.
febre, cefaleia, tonteira,
fraqueza, exantema e prurido.
Para evitar usamse anti-
histamínicos e corticoides como
profilaxia.
Praziquantel:
S = síntese
M = mitose
p53: Interrompe o ciclo celular se houver lesão no DNA, induzindo a morte celular programada (apoptose). Logo, alterações nessas
proteínas podem levar ao desenvolvimento com o câncer.
• Apoptose: principalmente controlada por caspases e AIF (fator inativado de apoptose). Apresenta um papel importante na monitoração das alterações
cancerosas, atuando na defesa contra mutações ao remover células com DNA anormal, que poderiam se tornar maligna.
Quimioterapia: existem as adjuvantes (após a cirurgia ou radiação), neoadjuvante (antes da cirurgia), monoterapia (difícil), politerapia (mais comum), curativa e
paliativa (prolongar o tempo de vida do paciente).
Agentes antineoplásicos:
Agentes ciclos-específicos: antimetabólitos que atuam na fase de síntese (6-mercaptopurina e metotrexato), alcaloides de vegetais vão atuar na fase M principalmente
na metástase (vincristina, vimblastina e paclitaxel), são chamados de veneno de fuso mitótico.
Agentes ciclo-não-específicos: os alquilantes, anticorpos antitumorais, procarbazina, cisplatina, dacarbazina. Apresentam maiores efeitos adversos.
5-Fluorouracil: é um É um pró-fármaco que por uma via metabólica complexa gera o O FdUMP forma um complexo ternário com folato reduzido (ácido
análogo de pirimidinas. FdUMP que é um inibidor da timidilato sintase por ligação folínico). O folato reduzido então estabiliza melhor a ligação do
covalente com a enzima. Inibindo a síntese de pirimidinas e metabólito a enzima timidilato sintase e isso aumenta a eficácia
assim a formação do DNA. do fármaco.
Capecitabina: é um É um pró pró-fármaco. Ele sofre três metabolizações senda a Ela apresenta como vantagem a administração por via oral. Como
análogo de pirimidinas. Causa ultima realizada por ação da timidina fosforilase formando o 5- a timidina fosforilase é uma enzima com maior expressão na
a eritrodisenteria palmo-planar. FU que também será metabolizado e por fim inibirá a síntese região do tumor, esse fármaco apresenta uma seletividade
de pirimidinas. (menor toxicidade).
Mercaptopurina: é um É um pró-fármaco que quando metabolizado pela Hipoxantina- É usado praticamente só para Leucemia Aguda Infantil.
análogo de purinas. guanina fosforribonosil transferase (HGPRT) forma o ácido 6-
tioinosínico que também sofre várias conversões enzimáticas a
T-IMP. O TIMP inibe a conversão de iosina-5’-monofosfato em
nucleotídeos de adenina e guanina.
Inibidores Mitóticos
Classe: Mecanismo de ação: Considerações:
Alcaloides derivados da vinca: Inibem a mitose principalmente na fase da metáfase. Eles Elas se ligam a β-tubulina impedindo sua interação com a α-
Vincristina e inibem a polimerização da tubulina impedindo a formação do tubulina que levaria a polimerização da tubulina e formação do
microtúbulo do fuso mitótico, ocorrendo então a microtúbulo.
Vimblastina.
desorganização na separação dos cromossomos.
Taxanos: Paclitaxel e Aumentam a estabilização da polimerização da tubulina ao se Mama, ovário. O Paclitaxel é usado em stents. Não pode ocorrer a
ligar a β-tubulina. Quando fica estático por muito tempo desorganização dos dímeros e nem parar o processo normal,
Docetaxel. sendo um processo dinâmico.
também é um sinal de anormalidade levando a apoptose.
Qualquer alteração leva a apoptose.
Inibidores da Topoisomerase
Classe: Mecanismo de ação: Considerações:
Topotecano Inibem a topoisomerase I que é a enzima responsável pelo
Irinotecano: desenrolamento da fita. Assim não ocorre a quebra transitória,
impedindo a rotação entre as fitas sinalizando para apoptose.
Etoposido e Teniposido: Inibem a topoisomerase II, então ocorre o acúmulo de resíduos
agem na fase S do ciclo celular clivados levando a sinalização de defeito, ocorrendo a apoptose
Antraciclinas: o principal O principal é a inibição da topoisomerase II, mas também Como efeito adverso inclui a cardiomiopatia devido à lesão no
fármaco dessa classe é o podem fazer ligação de elevada afinidade ao DNA através de tecido cardíaco pela ação de radicais livres formados a partir
Doxorrubicina. intercalação entre as fitas e se liga a membrana provocando desse fármaco.
Existe também a Mitomicina alterações na fluidez iônica. A topoisomerase II é responsável Mitomicina: pode causar lesão renal e também é por ligação
que é alquilante das fitas do por aliviar a tensão torcionar pela clivagem dupla e religação, cruzada.
Efeitos Adversos: gastrointestinais, hematológicos e caso ocorra o
DNA. ao se inibida ocorre um acúmulo de resíduos clivados levando a
extravasamento pode levar necrose no local.
sinalização de defeito, ocorrendo a apoptose.
Anticorpos Monoclonais:
Interagem com antígenos específicos da célula tumoral.
Fármaco: Mecanismo de ação/ Efeito Adverso:
Rituximabe: O antígeno alvo é as células B CD20. São anticorpos que apresentam a citotoxicidade dependente de anticorpo e citotoxicidade dependente do
complemento. Além disso, geram sinais transmembrana que induz o aumento na expressão de MHC II e são capazes de induzir diretamente a
apoptose. Com uma interação extracelular.
Cetuximabe: É um anticorpo anti-EGFR (receptor tipo tirosina quinase do fator de crescimento epidérmico). Ele atua no domínio extracelular do EGFR
impedindo sua ativação. Estimulando a internalização do EGFR, levando a diminuição e degradação do receptor. Logo não ocorre a ação mediada
por ele que sinaliza para crescimento celular e sobrevida. Usado em câncer de colo retal. Efeitos adversos: rash debilitante e severo.
Bevacizumabe: É um anticorpo monoclonal humanizado anti-VEGF. Ao reconhecer e bloquear o VEGF-A inibe a neovascularização já que o VEGF é o promotor da
angiogenese no câncer e inflamação. Efeitos adversos: hipertensão e aumenta o risco de sangramento.
Trastuzumabe: É um anticorpo monoclonal humanizado anti-HER2/neu (receptor de fator de crescimento epidérmico humano tipo II), a sua atividade leva ao
bloqueio do crescimento glandular. 30% casos de câncer de mama há uma elevada expressão de HER2, nesses casos não é usado o Tamoxifeno
ou Raloxifeno e sim o Trastuzumabe em associação com o inibidor da aromatase (Exemestano) que ao diminuir o estrogênio endogêno
melhorando a ação do fármaco. Efeitos adversos: febre, calafrio, exantema e disfunção cardíaca.
Anticorpos Policiclonais:
Fármaco/Mecanismo de ação: Efeitos adversos e Interações: Uso clínico:
Globulina Antitimócitos (GAT): são anticorpos É um potente imunossupressor, logo aumenta muito a Tratamento de rejeição aguda do
policlonais que se ligam as CD’s impedindo a apresentação predisposição a infecções. Pode causar febre, cefaleia, calafrio, transplante renal, combinada
de antígeno o que levaria a proliferação de Linfócitos T. As leucopenia, trombocitopenia e aumento no risco de infecções. sempre com outros agentes
CD’s são co-fatores acoplados aos receptores dos LT que
auxiliam
na transmissão de informação. Então eles esgotam os imunossupressores.
linfócitos circulantes por citotoxicidade direta e bloqueiam
as funções dessas células por ligação às moléculas de
superfície celular envolvidas na regulação da função
linfocitária.
Muromonab-CD3: é um anticorpo monoclonal anti- Pode causar a Síndrome de Liberação de Citocinas, liberadas Rejeição aguda ao transplante,
CD3. decorrentes do extravasamento do conteúdo celular. Além disso, sempre combinado com outros
quando ocorre a internalização do receptor o macrófago deveria agentes imunossupressores.
Ele liga-se a cadeia do co-receptor CD3 do receptor da
célula T, levando a internalização desse receptor. Assim a fagocitar essa célula, se isso não ocorre ela pode se autoativar
LT deixa de reconhecer antígeno e estimular a sua liberando citocinas. Leva ao quadro de febre, calafrio, mialgia,
proliferação e de outras células T. Podem levar também ao fraqueza, náuseas e vômito. Usa-se glicocorticoide antes para
extravasamento do conteúdo presente dentro das células evitar.
T.
Anticorpos antirreceptor de IL-2 (CD25): são Reação anafilática e apresenta a incidência acentuadamente baixa Profilaxia em transplantes.
exemplos o Daclizumab e Basiliximab. É um anticorpo de infecções oportunistas.
dirigido para o co-recptor CD25 do receptor de IL-2.
Ocorrendo assim a inibição da ligação da IL-2 o que levaria
a proliferação dos LT. A CD25 só é expressa pelas células T
já ativadas pela apresentação de um antígeno.
Alentuzumabe: é um anticorpo anti-CD52. O CD52 A eficácia e segurança ainda não foram avaliadas por estudo Transplante renal e terapia
está presente nos linfócitos, monócitos, macrófagos e controlado. adjuvante no tratamento de
células destruidoras naturais. Destruindo assim as células leucemia linfocítica crônica de
de defesas. células B.
Inibidores de proteassoma:
Fármaco: Mecanismo de ação/ Efeito Adverso:
Bortezomibe: Inibe reversivelmente o proteasssoma no sítio específico 26S. Assim ele inibe a degradação de proteínas e oligopeptídeos que são importantes
para ativar algumas vias de transcrição gênica, sendo a mais importante a via da NF-kβ, que quando ativada levaria ao aumento da sobrevida
celular. Então o bloqueio do proteassoma leva a diminuição da sobrevida e a célula entraria em apoptose com maior facilidade. Efeitos adversos:
toxicidade hematológica, diarreia, neuropatia periférica, náuseas, vômitos e hipotensão.
Imatinibe: Na Leucemia Mielóide Crônica existe uma alteração cromossômica que origina o cromossomo Filadélfia que gera a produção de um receptor
tirosina quinase Bcr-Abl que quando ativado gera a proliferação de células leucêmicas. Esse
fármaco se liga o sitio ativo do receptor tirosina quinase Bcr-Abl intracelular de ligação do ATP, não ocorrendo a ativação da Tirosina Quinase e
então não ocorre a sinalização para a proliferação de células leucêmicas. É um antagonista competitivo.
Dasatinibe: É um inibidor de múltiplas vias da Tirosina Quinase, tais como a Bcr-Abl, c-kit (fator de crescimento derivado de células tronco). Usado em caso
de resistência ao Imatinibe. Age também no sitio ativo de ligação do ATP na tirosina quinase.
Erlotinibe e Inibe o receptor tirosina quinase do EGFR, pela ligação no sitio intracelular de ligação do ATP (substrato fosfato), impedindo a sinalização do
gefitinibe: crescimento celular, levando a apoptose. Efeitos adversos: diarreia, dispneia, fadiga, toxicidade cutânea.
Sorafenibe: Inibidor múltiplo dos domínios de tirosina quinase, tais como o VEGFR-2 (angiogenese), c-kit e PDGFR-B. Principalmente sobre o receptor de
tirosina quinase do VEGF (VEGFR-2) responsável para a sinalização da angiogenese. Age também no sitio de ligação intracelular de ATP desses
receptores impedindo a sinalização. Efeitos adversos: diarreia, toxicidade cutânea, aumento da pressão e hemorragias.
Imunomoduladores:
Inibidores da Expressão Gênica:
Classe/Mecanismo de ação: Efeitos adversos: Uso clínico:
Glicocorticóides: são exemplos a Prednisona e Diabetes, edema, aumenta o apetite, osteoporose, ganho de peso, - Artrite Reumatóide;
Prednisolona. Esses fármacos apresentam um receptor no redução da resistência infecção, interrupção abrupta leva a - Rejeições de
insuficiência da suprarrenal aguda (ISA) e Síndrome de Cushing transplantes (combinados
interior do célula, no cisotol. A ligação ao receptor forma um
(homem gordo de braço e pernas finas, corcunda, diminuição da com outros fármacos).
dímero ou monômero que sofre translocação para o núcleo
massa muscular e face de lua cheia).
onde regulam a transcrição gênica, levando ao aumento da ISA: se é fornecido glicocorticoide exógeno ao paciente o
expressão de proteínas anti-inflamatórias ou suprimir a hipotálamo (CRH) e a hipófise (ACTH) deixam de sinalizar sobre a
expressão de proteínas inflamatórias. Assim apresentam suprarrenal para produzir os glicocorticoides, a retirada abrupta
efeito anti-inflamatório e imunossupressor (suprime células leva a supressão da suprarrenal.
inflamatórias como Células T e Interleucinas).
Sirolimo: liga-se à FKBP, formando um complexo que não Hiperlipidemia, leucopenia, trombocitopenia, hipopotassemia, Transplante e incorporado a
inibe a calcineurina e sim se liga inibindo a proteinoquinase ulcera locais e desconforto do TGI. Não é intrinsecamente stents para inibir localmente
nefrotóxico, mas deve ser monitorada a função renal. a proliferação das células da
(mTOR). Sendo essa enzima fundamental para a progressão
Interações: com outros fármacos metabolizados pela CYP3A4. A musculatura lisa da artéria
do ciclo celular. A inibição da mTOR bloqueia a progressão do
associação da Ciclosporina com o Sirolimo leva por parte da primeira coronária.
ciclo celular na transição da fase G1 para S, inibindo assim a
o aumento de hiperlipidemia e mielossupressão, e pelo segundo
proliferação das células T, ou seja, bloqueia a sinalização
agravamento da disfunção renal. Deve ser usados intercalados e
celular mediada pela IL-2 (ao se ligar ao seu receptor
com período de espera.
transmembranar ativa a mTOR).
Hormônios:
- Antiestrogenos: Tamoxifeno, Raloxifeno e Anastrozol.
- Antiandrogenios: Bicalutamida, Finasterida e Goserrelina.
Fármaco: Mecanismo de ação:
Tamoxifeno: Modulador seletivo de receptores de estrogênio. São antagonistas dos receptores de estrogênio na mama e agonista parcial dos
receptores de estrogênio no endométrio. Podendo aumentar o risco de câncer no endométrio.
Interrompe a atividade a nível nuclear. Administrado por via oral e injetável. Usado no câncer de mama.
Raloxifeno: Inibe a ação estrogênica ligando-se ao receptor e formando um complexo que afeta o crescimento celular. É então um agonista
parcial do receptor de estrogênio usado em câncer de mama em pacientes com osteoporose (age em receptor de estrogênio no
osso).
Anastrozol e Inibidor reversível (anastrozol) ou irreversível (exemestano) da aromatase. A aromatase é a enzima responsável pela conversão
de androgênio endógeno em estrogênio. Ocorrendo assim a diminuição da biossíntese de estrogênio endógeno, sendo usado em
Exemestano:
associação com Tamoxifeno. O Exemestano é usado na progressão pósmenopausa.
Finasterida: Inibe a 5-α-redutase, enzima responsável pela transformação da testosterona em diidrotestosterona, responsável pela sinalização
que provoca a hipertrofia prostática benigna. Sendo assim é usado nesse tipo de neoplasia.
Goserrelina: Agonsista de GnRH que provocam no inicio um aumento transitório imediato de hormônio luteinizante e depois de 1 semana
ocorre uma diminuição na secreção desse hormônio, levando a diminuição dos níveis de testosterona.
Agentes diversos:
Hidroxiuréia: Inibe a ribonucleotídeo difosfato redutase, reduzindo a disponibilidade de nucleotídeos para a síntese de DNA.
Asparaginase: Clivam o aminoácido asparagina sérico em ácido aspártico e amônio, sendo o produto tóxico para a célula. Além disso, a falta do
aminoácido será fatal para as células tumorais, já que estas não apresentam a L-asparagina sintetase, que estão presentes em
células normais (maior seletividade de ação). Leucemia em crianças.