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DIURÉTICOS Daniel Audino - ATM 2020 1. Diuréticos de Alça: Furosemida e Bumetanida.

Na+ Reabsorção de quase Local de Ação: Alça de Henle Ascendente.


toda glicose, aa,
65% bicarbonato, Na+, Na+ Na+ Mecanismo de Ação: Inibição reversível do
K+ e água. 25% 5% cotransportador (Simporte) Na+/K+/2Cl-.
Uso clínico: Estados edematosos → ICC, IRC,
edema agudo de pulmão, síndrome nefrótica,
ascite, cirrose, hipert. c/ clearance < 20ml/min,
TCP TCD Terapia hidroeletrolítica: hiper K+, hiper Ca++.

AHA
2 Características: Potentes, mas fugaz (2/4h apenas).
E. colaterais: ototoxicidade (Ñ usar c/ aminoglicosíd.),
nem c/ AINEs, Digitálicos, Anticoagulantes e anfo-B;
Interstício hipo K+ (troca Na+ por K+), hipo Na+, hipo Ca++,
Na+ hipo Mg++, depleção de volume e azotemia, alcalose
2% DC
AHD metabólica (troca K+ por H+).
LEGENDA: Reabsorção 1 4 Efeitos hemodinâmicos: ↑ da capacitância ven. perif.
apenas de H2O. e pulmonar; ↓ a pressão capilar pulmonar; ↓ a pressão
Reabsorção Nada de íons!!! diastólica de enchimento ventricular E; ↑ da resistência
vascular periférica devido à ativação do SRAA.
Princípios da ação diurética: Farmacocinética: VO e IV.
1) Qualquer droga que aumente o fluxo urinário;
2) A maioria age a nível renal inibindo a reabsorção
2. Diuréticos de Tiazídicos: Clortalidona, Hidroclorotiazida e Indapamida.
de H2O e solutos; 3 Local de Ação: TCD.
3) A maioria dos diuréticos clinicamente úteis também Interstício Aldosterona Mecanismo de Ação: Inibição do cotransportador
espolia Na+ e um ânion associado (Cl-);
4) Podem ser classificados de acordo com o seu mecanismo Na+/Cl-. Conseguem inibir até 5% do Na+ filtrado.
e local de ação/tipo de diurese que promovem (H2O x solutos); Os DCs são responsáveis pelo
ajuste final da composição de O Na+/Cl- está presente em outros sítios vasculares
5) Existem mecanismos compensatórios (freio diurético) incluindo Urina para
eletrólitos e volume de urina o ureter.
e teciduais (explica seu uso como anti-hipertens.).
a ativação do SRAA, ↓ da PA, ↑ na expressão de transportadores
(ADH e ALD). Uso clínico: HAS, ICC, edemas leves, nefrolitíase,
epiteliais e alterações hormonais como o peptídeo natriurético atrial.
Classificação pelo tipo de diurese: Classificação pelo tipo de diurese: S. nefrótica, cirrose, osteoporose, D. insip. nefrogênico.
2) Solutos: E. Adversos: hipo K+, hipo Na+, hipo Mg++, hiper Ca++.
1) Água:
- Demeclociclina;
- Osmóticos: manitol; No ducto coletor, a reabsorção de Na+
- Drogas que inibem o transporte de íons Características: (-) potentes que os de Alça; previnem
- Lítio; é dependente da eliminação de K+.
através do epitélio tubular: Tiazídicos, a diluição máxima da urina ↓ a capacidade do rim de ↑ o
- Antagonistas dos receptores (V2) De Alça, Poupadores de K+, Antagonistas
da vasopressina (AVP). da aldosterona.
clearance de H2O livre; ↑ a oferta de Na+Cl- a nível do
ducto coletor, aumentando a secreção de K+ e H+; ↑ a
reabsorção de Cl- e ↓ a reabsorção de Mg++.
4. Poupadores de K+ (inibidores
Obs.: Ineficazes quando TFG < 30-40 ml/min.
dos canais epiteliais de Na+): Triantereno e Amilorida.
E. colaterais: Hiperuricemia, Gastrintestinais (colecistite,
Local de Ação: Porção final do TCD e ducto coletor. pancreatite); fotossensibilidade, intolerância à glicose,
Mecanismo de Ação: Bloqueio dos canais de Na+. disfunção sexual. Farmacocinética: VO.
Uso clínico: Combinados aos Tiazídicos e de Alça:
Diabetes Insípido Nefrogênico por Lítio (amilorida); 3. Antagonistas da Aldosterona (ALD):
Fibrose Cística (amilorida aerossol). Espironolactona e Eprenolona.
Efeitos Adversos: hiper K+ → ↓ das taxas de excreção Local de Ação: TCD e ducto coletor.
dos cátions K+, H+, Ca++ e Mg++. Administração crônica Mecanismo de Ação: Inibição competitiva
pode levar à ↓ da excreção de ácido úrico. da ligação da ALD aos receptores mineralo-
E. colaterais: macrocitose (triantereno); intolerância à corticoides tipo I.
glicose (triantereno); fotossensibilidade (triantereno). Uso clínico: ICC, cirrose com ascite, HAS
Farmacocinética: VO. secundária, hiperaldosteronismo primário.
Estados hidroeletrolíticos: Inibe a reabsor-
5. Inibidores da anidrase carbônica: Acetazolamida. 6. Diuréticos Osmóticos: Manitol, Glicerina e Ureia. ção de Na+; Inibe a excreção de K+ e H+ →
Mecanismo de ação: bloqueia a ação da anidrase Mecanismo de ação: atuam no TCP e AH, atraindo H2O p/ a hiper K+ e acidose metabólica.
carbônica a nível do TCP, aumentando a excreção luz tubular e desta forma ↓ a concentração de Na+, resultando
em < reabsorção do soluto a nível do ramo ascendente da AH. E. colaterais: ginecomastia, ↓ da libido,
urinária de HCO3-.
Clínica: Uso terapêutico LIMITADO!!! Crise de glaucoma e em impotência e hirsutismo; diarreia, gastrite,
Clínica: Glaucoma de ângulo aberto (↓ a produção
de humor aquoso e a pressão intra-ocular).
situações de hipertensão intra-craniana. úlcera; erupções cutâneas.
Toxicidade: Insuficiência Renal e Hipervolemia. Farmacocinética: VO.
Efeitos Adversos: Acidose metabólica, encefalopatia Características: são livremente filtrados, sofrem reabsorção
hepática, urolitíase. limitada pelo túbulo renal e são "inertes" farmacologicamente. Obs.: Antagonistas da ALD também poupam K+.
Daniel Audino - ATM 2020 1
ANTITROMBÓTICOS

ANTICOAGULANTES FIBRINOLÍTICOS
Agem no trombo.
Não agem
no trombo.
ANTIPLAQUETÁRIOS (GRUPO 1)
Não destroem Qual sua função?
as placas.
Inibir a ação das plaquetas.
Três grupos:
Quem são? 1. Inibidores da COX-1;
2. Antagonistas dos receptores P1Y12;
Inibidores da COX-1. 3. Antagonistas dos receptores da GPIIB/IIIA.
Não falou em aula.
Qual seu mecanismo de ação?
Inibem a enzima constitutiva Ciclo-oxigenase 1.
Qual a consequência disso?

Não ocorre a síntese de Tromboxano (TXA2), responsável pela:


(a) vasoconstrição, (b) proliferação das células musculares lisas e (c) ativação plaquetária.

COX-2
→ Inflamação;
→ Dor;
→ Febre.
COX-1
Efeitos homeostáticos:
→ Proteção gástrica;
→ Homeostasia renal;
→ Função plaquetária.

Usado para tratar câncer


e doenças autoimunes.
↑ da toxicidade hematológica
do Metotrexato.

Interação medicamentosa
=
Metotrexato
+

Ácido acetilsalicílico Qual o seu representante?


(AINEs)
AAS (Aspirina®).
Teratogênico no 1º trimestre
Preço baixo; Qual a sua farmacocinética? da gestação → fenda palatina,
Eficiente; malformação cardíaca.
É o + usado no mundo. VO; Pico plasmático em 30-40 minutos;
Revestimento entérico que atrasa a sua ação.
Usado como: Contraindicações:
→ Anti-inflamatório; Quais seus efeitos colaterais? - Úlcera gastroduodenal ativa;
→ Antipirético; - Diátese hemorrágica: espontânea ou +
→ Analgésico; Gastrintestinais: dispepsia, gastrite, úlcera; intensa ou prolongada após trauma;
→ Antiplaquetário. Sangramento (1-3% ano); - Insuficiência renal grave;
Sensibilidade respiratória, cutânea e sistêmica. - Insuficiência hepática grave;
- Insuficiência cardíaca grave.
Qual a dose recomendada?
Prevenção 1ª ou 2ª na doença isquêmica cardiovascular: 100mg/dia → Brasil.
Quais os seus usos clínicos?

→ Prevenção 1ª de eventos cardiovasculares: Morte cardiovascular, IAM, AVC.

→ Prevenção 2ª de eventos cardiovasculares: Morte cardiovascular, IAM, AVC... em pacientes com:


* Doença Isquêmica cardíaca [Angina Estável, Revascularização do Miocárdio (CRM),
Intervenção Coronariana Percutânea (ICP = dilatação + Stents), IAM Prévio] e...
* Doença Vascular Periférica (carótidas, membros inferiores).

→ Síndrome isquêmica aguda: Com supra de ST (IAM) e Sem supra de ST (Angina Instável ou IAM sem supra de ST).

→ Fibrilação atrial (FA): Escores de risco baixos (CHADS2 e CHA2DS2-VASc).


Taquiarritmia crônica + comum do mundo → é um grande fator de risco para o tromboembolismo, já que a estase de sangue
no interior dessas câmaras predispõe à formação de trombos murais, principalmente localizados no apêndice atrial esquerdo.
Cabe lembrar que a FA é a causa + comum de AVE isquêmico cardioembólico → tipo responsável por 1/3 de todos os AVEs.
Daniel Audino - ATM 2020
ANTIPLAQUETÁRIOS (GRUPO 2) 2
Qual sua função?

Iniber a ação das plaquetas. Três grupos:


1. Inibidores da COX-1;
Quem são? 2. Antagonistas dos receptores P2Y12
3. Antagonistas dos receptores da GPIIB/IIIA
Antagonistas dos receptores P2Y12 Não falou em aula.

Bloqueio Irreversível Quais são os seus dois subgrupos? Bloqueio Reversível

Tienopiridínicos Ciclopentil-triazolopirimidina (CPTP)


Qual seu mecanismo de ação? Qual seu mecanismo de ação?
Inibem a agregação plaquetária induzida Inibem a agregação plaquetária induzida
pelo ADP, bloqueando Irreversivelmente o pelo ADP, bloqueando Reversivelmente o
P2Y12 - receptor do ADP na sup. plaquetária. P2Y12 - receptor do ADP na sup. plaquetária.
Quais são seus representantes?

a. Ticlopidina (1ª geração → Não é mais utilizada); Quais são seus representantes?
b. Clopidogrel (2ª geração);
c. Prasugrel (3ª geração → Recente utilização). Ticagrelor Cangrelor
Quais as suas farmacocinéticas?
Farmacocinética Farmacocinética
Todos VO de ação prolongada. Todos são pró-drogas (sofrem VO; Não é necessário ativação hepática; Administração endovenosa (EV).
metabolização hepática para sua ativação), mas Ticlopidina e Início de ação rápido – semelhante ao
Clopidogrel apresentam atraso na sua ação. O Prasugrel tem Prasugrel;
ação + rápida, > inibição plaquetária e + previsível. Meia-vida curta: recuperação plaquetária Quais seus usos clínicos?
+ rápida.
Quais os seus efeitos adversos? Em conjunto coma Aspirina:
• ICP.
Ticlopidina pode dar diarreia, náuseas e vômitos, bem como, Quais os efeitos adversos?
Rush cutâneo. Raramente, ela pode causar neutropenia, > que 10%
trombocitopenia e púrpura trombocitopênica trombótica. Sangramento;
Clopidogrel e Prasugrel raramente apresentam ef. adversos. Dispneia (+ comum);
↑ creatinina e ↑ ácido úrico.
Possuem risco de sangramento?

Clopidogrel:
• Sangramento Gastrintestinal 2,0% - Semelhante a AAS; Quais as contraindicações?
• Sangramento Intracraniano 0,4% - Semelhante a AAS. Hemorragia Cerebral Prévia;
Prasugrel: risco aumentado de sérios sangramentos em: Bradicardia acentuada;
• > que 75 anos; Disfunção renal (relativa);
• < que 60kg; Hiperuricemia e Gota (relativa);
• História de AVC (contra-indicação). Asma, DPOC (relativa).

Apresentam resistência?

Clopidogrel: Quais seus usos clínicos?


* Variabilidade no nível de inibição plaquetária; Em conjunto coma Aspirina:
* Fatores associados: • S. coronariana aguda s/ Supra de ST;
• Polimorfismo genético da enzima Citocromo P450; • S. coronariana aguda c/ Supra de ST
• Diabetes, Tabagismo, Obesidade; tratado com ICP.
• Interação com IBP – Omeprazol e Esomeprazol.
* Risco de reinfartos, trombose de Stents, morte.
Quais são seus usos clínicos? Resumo farmacológico dos principais
Substituto à Aspirina na Prevenção 2ª de Eventos antiagregantes plaquetários.
Cardiovasculares em pacientes com:
• Doença Isquêmica Cardíaca;
• Doença Vascular Periférica.

Em conjunto com a Aspirina:


• Síndrome coronariana aguda sem Supra de ST;
• Síndrome coronariana aguda com Supra de ST;
• ICP com implante de Stent - prevenção de
trombose de Stent.
FIBRINOLÍTICOS Daniel Audino - ATM 2020 3
Qual sua função?

Degradar trombos → administração por via sistêmica.


Quem são? Adm. via cateter direto no trombo é incomum.

São os únicos antitrombóticos que atuam no trombo.


Qual seu mecanismo de ação?

Convertem o plasminogênio (pró-enzima) em plasmina (enzima ativa) que degrada a fibrina.


Qual a consequência disso?

Ocorre fibrinólise → dissolvem trombos patológicos e depósitos de fibrina.

Classificação dos fibrinolíticos


2 grupos
1. Inespecíficos 2. Fibrino-específicos
Onde atuam?
Agem no plasminogênio Agem apenas no
circulante e os ligados à fibrina. plasminogênio ligado à fibrina.
Quem são os seus representantes?

Estreptoquinase (STK) Alteplase (rt-PA)


Anistreplase (APSAC) Tenecteplase (TNK-tPA)
Uroquinase Reteplase (rPA)
Outros usos clínicos
Uso clínico dos fibrinolíticos - geral.
- Embolia Pulmonar em
situações específicas; IAM (Síndrome Coronariana Aguda com Supra de ST). Mortalidade hospitalar - STK
- AVC isquêmico → via Quais os efeitos no IAM?
protocolo rígido.
Recanaliza a oclusão trombótica restaurando o fluxo da coronária;
Reduz o tamanho do infarto;
Melhora a função do miocárdio;
Melhora a sobrevida (tempo-dependente).

Problemas
Quais as contraindicações? Quais os efeitos adversos dos fibrinolíticos?
Absolutas Relativas
Principal complicação: Hemorragia Cerebral (<1%)
Hemorragia Cerebral Prévia Hipertensão severa Principais fatores de risco para hemorragia cerebral:
Lesão Vascular Cerebral AVC Isquêmico > 3 meses → ≥ 75 anos;
Neoplasia Intracerebral Anticoagulação Oral → AVC prévio;
→ PAS ≥160.
AVC Isquêmico < 3 meses Gravidez
Dissecção aórtica Úlcera péptica ativa
Sangramento ativo
Hipertensão severa não controlada
P/ STK Tratamento prévio: 6 meses

Características dos medicamentos


Inespecífico Fibrino-específicos

Estreptoquinase (STK) Alteplase (rt-PA) Tenecteplase (TNK-tPA) Reteplase (rPA)


Muito utilizado devido: • Forma Recombinante do t-PA • Derivado do t-PA, com muito ++++ • Derivado do t-PA
• Custo ↓ (ativador do plasminogênio tissular, afinidade pela fibrina; • Adm. em 2 bolus (intervalo = 30min);
• Boa eficácia um fibrinolítico endógeno); • Adm. em dose única → bolus; • Comparação Reteplase e Alteplase:
• ↓ taxa de hemorragia cerebral • Adm. contínua de duração 1,5h; • Comparação TNK e Alteplase: → = mortalidade;
• ↓ a mortalidade hospitalar no IAM. • < mortalidade que a STK; → = mortalidade; → = taxa de hemorragia cerebral;
• Baixa taxa de hemorragia cerebral: → = taxa de hemorragia cerebral; → = taxa de hemorragia não-cerebral.
Efeitos adversos mas um pouco > que STK. → (-) hemorragia não-cerebral.
→ Hemorragia cerebral (<1%); • Sem reações alérgicas/hipotensão = • Sem reações alérgicas/hipotensão = • Sem reações alérgicas/hipotensão.
→ Reações alérgicas em 5%:
• erupção cutânea;
• febre e calafrios; Fibrinolíticos - IAM
• reação anafilática (rara).
→ Hipotensão transitória é comum; Fibrino-
Fibrinolítico Dose no IAM Antigênico Patência
→ Induz a formação de anticorpos: específico
impede uma 2ª administração;
→ Infecções prévias por Streptococcus ESTREPTOQUINASE 1.5 milhões unid. EV em 60 min. Não Sim 60-68%
podem induzir anticorpos, podendo
↓ a ação do fibrinolítico. 1º) 15mg em bolus
ALTEPLASE 2º) 0,75mg/Kg / 30min ++ Não 73-84%
3º) 0,50mg/Kg / 60min

Em bolus :
RETEPLASE 10 unid. + 10 unid. (Intervalo de ++ Não 84%
30min)

Em bolus único
30mg (<60kg); 35mg (60 - 69kg)
TENECTEPLASE
40mg (70-79kg); 45mg (80-89kg) ++++ Não 85%
50mg (>90kg)
ANTICOAGULANTES Características: 4
Daniel Audino - ATM 2020 • Início da ação rápido; Doses fixas (1–2x/dia);
• S/ necessidade de monitoramento; Pouca
Qual sua função? interação c/ remédios ou alimentos; S/ antídotos.
Uso clínico:
Inibir a ação das plaquetas. • Fibrilação Atrial: resultados
↓ de AVC e Mortalidade; < Hemorragia Intracraniana
Como estão divididos? > Sangramento digestivo.
• TVP (profilaxia e terapia)
• Prótese Valvar Cardíaca Mecânica (sob investigação).
Classificação dos anticoagulantes
2 grupos de acordo com a via. Novos anticoagulantes orais
1: A. Parenterais
Quais são seus
Inibidores diretos da Trombina (Dabigratan).
A. Indiretos mecanismos de ação? A. Diretos 2: A. Orais Inibidores diretos do Fator Xa (Rivaroxaban
e Apixaban).
Atividade anticoagulante potencializando o Inibem diretamente Antagonistas da Vitamina K (Warfarin e
efeito da Antitrombina (forma um complexo) a Trombina (Fator IIa). Femprocumona).
que inibe a Trombina (Fator IIa) e o Fator Xa. Warfarin: principais características
ANTICOAGULANTES INDIRETOS • Derivado Hidroxicoumarínico;
• Ação: inativa a Vit. K interferindo na síntese dos fatores da
FATOR Xa ANTITROMBINA coagulação: Fator II, VII, IX, e X;
• Início de ação em 2-5 dias (atenção) e meia-vida de 36-48h.
Monitoramento:
ANTICOAGULANTES • Tempo Protrombina e Atividade da Protrombina:
PROTROMBINA TROMBINA DIRETOS - Unidades: Tempo em segundos e Atividade em %.
• Razão Normalizada Internacional (RNI): Unidade: não tem;
Melhor exame; Monitorar a cada 3-4 semanas.
FIBRINOGÊNIO FIBRINA Faixa Terapêutica do RNI
• Geral: RNI = 2,0 – 3,0;
A. Indiretos: representantes A. Diretos: repres.e caract. • Prótese Valvar Mecânica Cardíaca: RNI = 2,5 – 3,5.
→ Heparina; → Bivalirudina (alternativa à Fatores que influenciam no efeito: genéticos, idade, alimentos
(vegetais verdes), doenças, interação c/ muitas drogas (Cuidado).
→ Enoxararina: ↓ peso molecular; Heparina na ICP); Efeitos adversos:
→ Fondaparinux. → Lepirudina; → Sangramento:
→ Argatroban. • Prevenção: Manter RNI na faixa terapêutica
Heparina: principais características • Apresentação (leve) epistaxe, hematúria, hemor. gengival
e (severa) hemorragia digestiva, retropreitonial, cerebral
→ Polissacar. de diferentes pesos molec. • Sangramento com RNI em faixa terap. → INVESTIGAR!
(2.000 – 30.000 → md: 15.000 Da). Sangramento: O que fazer?
Estrutura: Plaquetopenia induzida • Assintomático e RNI 3,5 – 4,5: suspender dose até RNI
- Cadeias muito longas: rápida inativação; por Heparina. retornar a faixa terapêutica.
- Cadeias muito curtas: sem atuação sobre • Assintomático e RNI > 4,5: suspender a dose e adm. Vit. K.
a Trombina. • Sangramento Severo: Vit. K e Plasma Fresco Congelado.
→ Liga-se a proteínas plasmáticas, macrófagos → Necrose de pele: rara; ocorre 2-5 dias após início da terapia,
e cél. endoteliais → < biodisp. = LIMITAÇÃO. lesão eritematosa bem delimitada c/ centro necrótico (trombose
da microvasculatura).
Via de administração: Gravidez → teratogênico.
• EV Contínua – Propósitos terapêuticos; Uso clínico:
• Subcutânea – Propósitos profiláticos. Fibrilação Atrial; Prótese Valvar Cardíaca Mecânica; TVP
Limitações: (fase pós-aguda); Embolia Pulmonar (fase pós-aguda).
• Estreita faixa terapêutica e dose-resposta
muito variável: requer monitoramento. Enoxaparina: principais características
Monitoramento do efeito:
• Exames Laboratoriais: → Enoxaparina: > representante;
- Tempo de Trombroplastina Parcial Ativada → Outras HBPM: Dalteparina, Nadroparina, Tinzaparina;
(TTPa, TTP, KTTP, aPTT) → unidade: segundos. → Sãp pequenos fragmentos de heparina: P. molec. ≅ 5.000;
- Tempo de Coagulação Ativado (TCA): quando → Ativação da Antitrombina que inibe a Trombina e o Fator Xa;
uso de ↑ doses de Heparina → Unid.: segundos. → Administração subcutânea;
• Frequência: antes do início da terapia e após a → É pelo menos tão efetiva quanto a Heparina.
cada 4-6 horas. Vantagens:
Efeitos adversos: → Tem substituído a heparina devido suas vantagens:
• Sangramento: • Pelo menos tão efetiva quanto a Heparina;
- Fatores de risco: > 70 anos, uso concomitante de • Melhor biodisponibilidade subcutânea;
antiplaquetários, úlcera péptica, neoplasia, defeitos • > duração do efeito anticoagulante - Adm. 1-2X/dia;
hemostáticos, hepatopatias, trauma recente, HAS • Boa relação entre resposta anticoagulante e peso corporal → Dose fixa.
não controlada. • Monitoramento desnecessário (Se necessário IR e obesidade mórbida):
- Neutralização: Sulfato de Protamina (1mg neutraliza níveis de Anti-fator Xa;
100 unidades de Heparina). • Rara Trombocitopenia;
• Plaquetopenia: em 5-10 dias após início da terapia; • Menos Osteoporose;
- Manifestação com TVP → embolia pulmonar; e • Facilmente utilizada em pacientes fora do hospital.
Trombose arterial → AVC, infarto. Efeitos adversos:
• Osteoporose: uso por mais de 6 meses; • Sangramento: = cuidado da Heparina;
• Pele: necrose e reações alérgicas locais. → Neutralização (apenas parcial): Sulfato de Protamina.
Dose para prevenção de TVP: • Plaquetopenia e osteoporose: menos frequente que a Heparina.
5000 unidades via subcutânea, 2-3/dia. Uso clínico: = Heparina.
Uso clínico: Comparação/Características HEPARINA HBPM FONDAPARINUX
• Propósito preventivo: TVP;
• Propósito terapêutico: Síndrome Coronariana Origem Biológica Biológica Sintética
Aguda com e sem Supra ST, ICP, Trombose
Peso Molecular 15.000 5.000 1.500
Venosa, Oclusão Art. Periférica, Emb. Pulmonar.
Fondaparinux: principais características Alvo IIa e Xa IIa e Xa Xa

• Análogo sintético do Pentassacarídeo da Heparina; Biodisponibilidade (%) 30 90 100


• Complexo com Antitrombina – Inibição Seletiva Fator Xa; Meia-vida (h) 1 4 17
• Administração subcutânea;
• Meia-vida longa (administração 1x/dia); Excreção renal Não Sim Sim
• Praticamente não causa plaquetopenia.
Uso clínico: Antídoto Completo Parcial Não
• = Heparina e Enoxaparina, exceto Oclusão Art. Periférica Plaquetopenia Induzida 5% 1% Não
e ICP → causa trombo no cateter.
Daniel Audino - ATM 2020
NITRATOS
Qual sua função?

Relaxar a musculatura lisa das veias (predominante) e artérias.


Quem são?

São vasodilatadores.
Qual seu mecanismo de ação celular?

1º - Nitrato entra na célula muscular lisa e é convertido em NO;


2º - NO ativa Guanil ciclase que converte GTP em GMPc;
3º - GMPc produz vasodilatação por ↓ do Ca++ citoplasmático.
Ação sistêmica
Qual a consequência disso?

Venodilatação: ↓ da Pré-carga → ↓ Tensão da parede miocárdica → ↓ Consumo de O2.


Arteriodilatação: ↓ da Pós-carga.
Qual a sua ação na Circulação Coronariana?

→ Vasodilatação;
→ Redistribuição do fluxo das áreas
normais para as áreas isquêmicas;
→ Inibição plaquetária (efeito discutível).
Quem são os seus representantes e preparações?

1. Nitroglicerina → Spray bucal, sublingual, transdérmica e endovenosa;


2. Dinitrato de Isossorbina → Sublingual e oral (Padrão e Liberação lenta);
3. Mononitrato de Isossorbina → Oral (Padrão e Liberação lenta);
4. Propatilnitrato (efeito não comprovado).
Quais os seus usos clínicos?

Cardiop. Isq. Crônica (Angina Estável): Sínd. Coron. Aguda (IAM, Angina Instável): Insuficiência Cardíaca Crônica:
• Preparações de ação rápida (sublingual): • Preparações de ação rápida (sublingual): • Preparação oral em associação com
alívio de um episódio de angina ou evitar alívio da Angina. Hidralazina;
angina num esforço maior previsto; • Preparações EVs: alívio da Angina. • Uso de Nitrato + Hidralazina quando:
• Preparações Orais: melhoram a tolerância → Contra-indicação ao IECA ou BRA;
ao esforço, evita a angina. → Negros americanos em uso de
medicação padrão.

Quais as características relacionadas à tolerância?


Grande problema → ocorre com todos os nitratos e preparações.
Tem início rápido, mas retorna ao normal após curto período livre da droga.
Manejo: manter um intervalo livre de nitrato (12 horas).
Quais os efeitos colaterais?

→ Cefaleia e rubor: são comuns.


→ Hipotensão: comum e acompanhada de bradicardia reflexa (estímulo vagal)
• Cuidado ao administrar em idosos, pacientes em posição ortostática,
pacientes com depleção de volume (verão).
• Manejo: Deitar, elevar os membros inferiores, administrar volume.
→ Meta-hemoglobinemia: raro.
Interações medicamentosas.

Inibidores da Fosfodiesterase (PDE 5):


→ Sildenafil (Viagra®); • Pode causar hipotensão grave,
→ Vardenafil (Levitra®); prolongada e ameaçadora a vida.
→ Tadalafil (Cialis®); • Sempre Perguntar Sobre Uso!
→ Avanafil (Stendra®). • Intervalo de 24h ou + p/ utilização.

Quais são as contraindicações?

→ Uso de inibidores da Fosfodiesterase;


→ Hipotensão;
→ Miocardiopatia Hipertrófica: pode piorar a obstrução ao fluxo;
→ IAM com comprometimento do Ventrículo Direito: pode piorar
a hipotensão que geralmente acompanha este contexto.
Daniel Audino - ATM 2020
ANTAGONISTAS DO CÁLCIO
OU BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO
Qual sua função?

Inibir o movimento do Ca++ através das membranas musculares cardíacas


e membranas musculares lisas.
Quem são? α1 α1

São vasodilatadores e redutores da força cardíaca.


Qual seu mecanismo de ação?

1º - Inibem a entrada de Ca++ (canais voltagem-dependentes do tipo L subunidade α1).


2º - Agem na musculatura lisa vascular e musculatura miocárdica. α1: Sítios de ligação:
N, V e D.

Classificação dos Antagonistas do Ca++


2 grupos
1. Diidropiridina (DHP) 2. Não-diidropiridina (NDHP)
Quem são os seus representantes?

1ª Geração 2ª Geração → Verapamil


Vasodilatadores puros

→ Nifedipina → Anlodipina → Diltiazem


Protótipo – a 1ª DHP; → Felodipina Agem + no músculo cardíaco
Nifedipina (Adalat®) - início rápido de → Isradipina
ação (atualmente raramente utilizada); → Nicardipina
de Ação Prolongada - Adalat (Oros®).
→ Nisoldipina
→ Nimodipina

Ação cardiovascular (geral) Uso clínico (geral)


→ Vasodilatação Arterial; HAS
→ Efeito cronotrópico e → DHP de 2ª geração (Anlodipina, Felodipina) são drogas de 1ª linha;
dromotrópico negativo; → NDHP são vasodilatadores menos potentes.
→ Efeito inotrópico negativo. Cardiopatia Isquêmica Estável
→ Angina, Angina de Prinzmetal.
Taquicardia Supraventricular
→ Apenas os NDHP (Verapamil e Diltiazem);
→ Terminar a taquicardia;
→ Controlar a frequência ventricular.

Ação cardiovascular: diferenças entre DHP e NDHP


1. Diidropiridina (DHP) 2. Não-diidropiridina (NDHP)

→ Seletividade vascular; → < seletividade vascular;


→ Sem efeito cronotrópico e → Efeito cronotrópico e
dromotrópico negativo; dromotrópico negativo;
→ Pouco efeito inotrópico → Efeito inotrópico negativo.
negativo.
Quais são as características?
→ Anlodipina: Início lento de ação Verapamil e Diltiazem:
e longa duração (1x/dia); → Administração oral:
→ > seletividade vascular; - Preparação padrão (3x/dia); Cronotrópico: ↑ frequência cardíaca.
→ Grande experiência em estudos - Liberação lenta (1x/dia) - Preferido;
de HAS; → Administração endovenosa. Dromotrópico (+): ↑ velocidade de condução no nodo AV.
Dromotrópico (-): ↓ velocidade de condução no nodo AV.
→ Segurança em indivíduos com
Insuficiência Cardíaca Sistólica Inotrópico (+): ↑ força de contração do coração.
(Anlodipina e Felodipina). Inotrópico (-): ↓ força de contração do coração.

Quais são as contraindicações?


→ Estenose aórtica; → Insuficiência Cardíaca Sistólica;
→ Miocardiopatia hipertófica obstrutiva; → Bradiarritmias;
→ Hipotensão. → Uso concomitante com beta-bloqueador (Não é contra-indicação, mas cuidado!!!)
Quais são os efeitos adversos?
→ Edema no tornozelo (principal); → Edema no tornozelo (menos que as Diidropiridinas);
→ Cefaleia; → Cefaleia (menos que as Diidropiridinas);
→ Rubor; → Rubor facial (menos que as Diidropiridinas);
→ Taquicardia. → Taquicardia (incomum);
→ Constipação (exclusivo do Verapamil);
→ Depressão ventricular esquerda.
Daniel Audino - ATM 2020 BETA-BLOQUEADORES
Qual o seu mecanismo de ação?

Bloqueiam competitivamente a ação das catecolaminas endógenas


(adrenalina e noradrenalina) nos receptores adrenérgicos.
Quem são?

São medicamentos usados como antiarrítmicos, anti-hipertensivos e


considerados os melhores medicamentos para tratar Angina Estável.
Propriedade: seletividade

1ª Geração: bloqueio dos receptores ß-1 e ß-2.


2ª Geração: bloqueio dos receptores ß-1 (agentes seletivos).
3ª Geração: com propriedade vasodilatadora.
→ Mecanismo da vasodilatação:
• Vasodilatação direta (via NO);
• Bloqueio alfa-adrenérgico.
Quem são seus representantes?

→ Não-seletivos: → Seletivos: → Vasodilatadores Não-seletivos:


• Propranolol; • Atenolol; • Carvedilol (alfa-bloqueador);
• Sotalol; • Metoprolol; • Labetalol (alfa-bloqueador).
• Timolol; • Bisoprolol;
• Nadolol; • Esmolol; → Vasodilatadores Seletivos:
• Pindolol. • Acebutolol. • Nevibolol (NO).

IAM (e pós-IAM): Quais os seus usos clínicos? Insufic. Cardíaca (c/ disfun. sistólica):
→ Efeitos Clínicos: → IC assintomática e sintomática.
• ↓ Mortalidade; → Efeitos Clínicos:
• ↓ Reinfarto; Cardiopatia Isquêmica • Melhora os sintomas;
• ↓ Fibrilação ventricular. Estável (Angina Estável): • Previne hospitalizações;
→ Mas evitar em: • Droga de escolha; • Prolonga a vida (ou ↓ mortalidade).
• IAM com Choque; • ↓ episódios de angina;
• ↑ o limiar da angina. Beta-bloquadores aprovados
• IAM com Ins. Cardíaca.
(resultados (+) em ensaios clínicos):
Mecanismo: • Metoprolol, Bisoprolol e Carvedilol.
Hipertensão:
→ Não são mais considerados
drogas de primeira linha para ↓ o consumo de O2: Arritimias:
tratamento da Hipertensão. ↓ Frequência Cardíaca; → Fibrilação Atrial e Flutter Atrial:
→ Uso: ↓ Pós-carga (PA); controle da frequência cardíaca;
• HAS e Angina Estável; ↓ Contratilidade. → Taquiarrtimias Supraventriculares
• HAS e IAM; por mecanismo de reentrada:
• HAS e Insufic. Cardíaca. ↑ a oferta de O2: usados para terminar a arritmia e
↑ Tempo da diástole. prevenir recorrência.

Problemas

Quais são as suas contraindicações? Quais são os efeitos adversos?


→ Severa bradicardia; → Espasmo da musculatura lisa:
→ Bloqueio cardíaco de alto grau; • broncoespasmo;
→ Choque cardiogênico; • extremidades frias, piora da claudicação.
→ Insuficiência cardíaca descompensada;
→ Asma grave; → Exagero do efeito terapêutico no coração:
→ DPOC; • bradicardia, bloqueios cardíacos,
→ Doença vascular periférica grave; depressão da função miocárdica.
→ Depressão grave.
→ Penetração no SNC:
ÓRGÃO RECEPTOR RESPOSTA AO ESTÍMULO DO RECEPTOR • insônia, depressão, pesadelos, fadiga.
Coração
→ Efeitos Metabólicos:
Nó Sinusal Beta1 Aumento da FC
• Aparecimento ou piora da diabetes;
Átrio Beta1 Aumento da contratilidade e velocidade de condução
• ↑ dos triglicerídios;
Nó AV Beta1 Aumento automaticidade e velocidade de condução • ↓ do HDL.
Sistema His-Purkinje Beta1 Aumento automaticidade e velocidade de condução
Ventrículo Beta1 Aumento contratilidade, automaticidade e velocidade → Disfunção sexual.
de condução
Artérias
Periféricas Beta2 Vasodilatação
Coronárias Beta2 Vasodilatação
Endotélio Beta3 Vasodilatação (induzida NO)
Pulmão
Brônquios Beta2 Dilatação
Daniel Audino - ATM 2020 INIBIDORES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA

INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA BLOQUEADORES DOS RECEPTORES


DA ANGIOTENSINA (IECA) DA ANGIOTENSINA II (BRA)
Qual o seu mecanismo de ação? Qual são seus efeitos farmacológicos?

1) Inibe a conversão da Angiotensina I em Angiotensina II: Ligam-se com alta afinidade ao receptor AT1 inibindo
atenua ou abole a resposta à AT I mas não à AT II; de forma seletiva os efeitos biológicos da ATII:
2) ↑ os níveis da Bradicinina: ↑ os níveis de Prostaglandinas. 1) Contração músculo liso vascular;
2) Respostas pressóricas rápidas e lentas;
3) Liberação da vasopressina;
4) Secreção da aldosterona;
5) Liberação das catecolaminas supra-renais;
6) ↑ do tônus simpático;
7) Hipertrofia e hiperplasia celulares.

Quem são seus representantes?


→ Losartano:
Importante componente na regulação da PA a curto e longo prazo. - 15 % convertido em metabólito ativo (EXP3174);
- Meia-vida de 2,5 e 6h respectivamente;
- depuração renal e hepática (bile). Afetada na I. Hepática.
- dose 25-100mg . Dose única ou dividido em duas.

→ Candesartano: Quais os seus usos clínicos?


Quais os seus efeitos colaterais? - Meia-vida de 9 horas;
→ Hipotensão; - eliminação renal e hepática. → HAS;
→ Tosse; Depuração afetada na IR; → IAM;
• 5 -20%; - dose: 4-32mg 1 ou 2x. → IC;
• + frequente em mulheres; → DM e DRC.
Quem são seus representantes? Quais os seus usos clínicos?
• da 1ª semana até 6 meses → Valsartano: Quais os seus efeitos colaterais?
Há cerca de 12 IECAs HAS após o início do tratamento. - Meia-vida de 9 horas;
para uso clínico: • ↓ Resistência vascular periférica; → Hipotensão;
São muito semelhantes → Hipercalemia (associado com): - 70% depuração hepática;
• ↓ Pressão sistólica e diastólica; - dose: 80-320mg. → Hipercalemia;
em relação ao seus efeitos; • Antagonistas da aldosterona;
• ↓ Remodelamento do VE; → IRA;
Exceto o Fosinopril a grande • AINEs;
• ↓ Disfunção endotelial; → Angiodema;
maioria é excretado via renal. • Beta-bloqueadores;
• ↓ Secreção da ALD (bloq. parcial); → Toxicidade fetal.
• Suplementos contendo K+.
• ↑ Natriurese. → IRA:
Captopril:
→ Biodisponibilidade oral: 75%; • ↓ na pressão de filtração glomerular;
IAM e Disfunção do VE
→ Meia-vida: 2 horas; • Idosos;
• Vasoconstrição arterial; Diferença entre IECA e BRA:
→ Dose: 6,25 – 50mg • ICC;
• Retenção de Na+ e H2O;
→ Posologia: 2 - 3 vezes ao dia; • Desidratação; 1) Os BRAs diminuem a ativação do receptor AT1 de forma
• ↑ a liberação da ALD; mais eficaz que os IECAs;
• Estenose bilateral da artéria renal.
Enalapril: • Potencializa a liberação de catecolaminas; 2) Os BRAs , ao contrário dos IECAs , ativa indiretamente
• Arritmogênica;
→ Exantema cutâneo:
→ Pró-droga: Hidrolisado no fígado • Relacionado ao gr. sulfidrila dos IECA. o receptor AT2 devido à aumento na liberação da renina;
dando origem ao enalaprilato; • Induz a hiperplasia vascular e apoptose. 3) Desta forma os BRA estão associados com um aumento
→ Angiodema:
→ Biodisponibilidade VO: 60%; dos níveis da ATII;
DM e IRC • 0,1 - 0,2%;
→ Meia-vida: 11horas; 4) Os IECAs aumentam os níveis de substratos da ECA
• ↓ Pressão de filtração do capilar glomerular • Sem relação com a dose;
→ Eliminação via renal; como a Bradicinina;
→ Dose: 2,5 – 40mg por dia; (↓ a PA e dilata a arteríola eferente); • + frequente em afro-americanos. 5) Os BRAs não causam tosse;
→ Posologia: 1 - 2 vezes. • ↑ A seletividade da permeabilidade da memb. → Toxicidade fetal: 6) Do ponto de vista dos efeitos terapêuticos são muito
de filtração, ↓ a exposição mesangial a fatores • 2° e 3° trimestres; semelhantes.
proteináceos que estimulam a proliferação das • Oligodrâmnio;
células mesangiais e formação de matriz; • Hipoplasia da calota craniana;
• ↓ Os níveis intra-renais de ATII , atenuando o • Morte fetal;
cresc. de cél. endoteliais e formação de matriz. • Anúria e morte neonatal.
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS, ANTAGONISTA DE H2, • A base do tratamento da úlcera é a erradicação
ANTIÁCIDOS, SUCRALFATO E BISMUTO (+ PROSTANOIDES) do H. pylori e a retirada dos AINEs; (Prova)
• A terapia de manutenção pode ser necessária
Quem são? em pacientes com doença ulcerosa recorrente
s/ relação c/ H. pylori ou uso de AINEs e pode
Medicamentos usados para controlar o pH gástrico e tratar as doenças ser indicada se o uso de AINEs é continuado.
relacionadas a secreção gástrica ou doenças pépticas. "Sem ácido, sem úlcera".
• Em grande parte foram substituídos por drogas mais eficazes e convenientes;
Mecanismos de ação • Fatores de escolha: palatabilidade, eficácia e poder neutralizador do ácido;
• Embora o NaHCO3 seja eficaz, ele é muito solúvel, sendo rapidamente absorvido, e as
→ Cimetidina cargas do alcaloide e Na+ podem representar um risco para pacientes com IR e IC;
Medicamentos Antiácidos
→ Ranitidina Antagonistas dos • Liberação de CO2 de antiácidos: "causa" arroto, náusea, distensão abdom. e flatulência;
→ Famotidina receptors de H2 • Cálcio também pode induzir a secreção ácida de rebote, necessitando de administração
→ Nizatidina → VO: biodisponibilidade de 100%. Reação de neutralização mais frequente → causa efeito rebote mais importante;
inespecífica por ↑ do pH: • Antiácidos são eliminados do estômago em 30 minutos;
Inibem a secreção de ácido sem interação com • Interação medicamentosa: deve-se evitar a adm. de outros fármacos, pois como os
→ ↓ custo; por bloqueio dos receptores receptores da célula parietal. antiácidos alteram o pH, isso vai alterar a absorção e consequentemente a ação dos
→ Seguros: reações adversas = placebo. H2 da histamina. outros fármacos. Tomar 2 horas antes ou após a ingestão de outros fármacos.
Algumas reações adversas: raras
• Ginecomastia e impotência;
• Efeitos imunitários e hematopoiéticos; Bismuto H. pylori
• Sintomas do SNC;
• Disfunção hepática; 1º: Inibição da secreção péptica, mas não da pepsina;
• Efeitos cardíacos e renais. 2º: Liga-se a crateras de úlceras;
3º: Os macrófagos recrutados para a borda da cratera
→ Metabolismo e excreção hepato-renal; da úlcera podem promover a cicatrização;
4º: Pode aumentar a produção das prostaglandinas e
→ Boa absorção VO; muco e a secreção de bicarbonato.
→ Absorção ↓ c/ antiácido e Ñ afeta c/ alimentos; de Receptor
Receptor Acetilcolin
de
→ Atravessam a barreira hemato-encefálica e Gastrina a • Diversas formas de bismuto foram usadas para o tratamento
placentária e são excretados no leite materno; H2 r de de úlceras muito antes do papel da H. pylori;
o
→ Interação medicamentosa: insignificante; e c eptmina
R ista • A ação + espetacular do bismuto é a supressão da H. pylori;
→ Teratogenicidade: sem evidências. H • Há inúmeros estudos da era pré-H. pylori que sugere que o
bismuto também tem outras ações que podem promover a
Inibidores da Bomba de Prótons (IBP): Farmacocinética cicatrização da úlcera;
H+/K+/ATPase • Deve-se ter cuidado no uso em pacientes com IRA;
(Prova) • Associação com salicilatos e AINEs pode ↑ o risco de lesões
• Devem ser dados 30 min antes das refeições (ideal).
→ IBP + comida: pode ↓ um pouco a taxa de absorção; de mucosa e consequente hemorragia;
• São rapidamente absorvidos → metabolização hepática; • Bismuto também induz a cicatrização da úlcera, mas o seu
• Pode demorar 2 a 5 dias de terapia c/ dosagem de 1x/dia único papel atual para o tratamento da úlcera é como parte
para alcançar a inibição de 70% - 80% de HCl; de regimes de antibióticos para erradicar H. pylori. (Prova)
• IRC não leva ao acúmulo dos IBP;
• Na doença hepática grave a ↓ da dose é recomendada. Bismuto, Sucralfato e Prostaglandinas: potencializam os
mecanismos de defesa ou formam uma barreira protetora.
Efeitos adversos

• IBP causam pouquíssimos efeitos adversos;


→ náusea, dor abdominal, constipação, flatulência e diarreia. Sucralfato
• Tratamento crônico com omeprazol ↓ absorção de vit. B12;
• Uso crônico está associado c/ risco ↑ de fratura óssea e 1º: Estimula a angiogênese
↑ da suscetibilidade a infecções (pneumonia e C. difficile); e a formação de tecido de
• Hipergastrinemia é + frequente e + grave com IBP do que granulação;
com antagonistas dos receptores de H2. CÉLULA PARIETAL OU OXÍNTICA 2º: Liga-se ao tecido lesado
estimulando fatores de
Interações medicamentosas • Há três fases: crescimento e ↓ o contato
Anticoagulante Omeprazol
Medicamentos

Inibidores da Bomba 1º: IBP se concentram nos comparti- com pepsina e ácido.
• Antagon. de H2; • Varfarina (Ome., Rabe., Lanzo. e Eso.); Lansoprazol de Prótons - IBP mentos ácidos da célula parietal;
• Diazepam (Esomeprazol e Omeprazol); Dexlansoprazol 2º: A pró-droga (inativa) é ativada • Evita danos na mucosa quimicamente agredida e cura úlceras
• Ciclosporina (Omeprazol e Rabeprazol); pelo ambiente ácido; crônicas, sem alterar a secreção de ácido ou pepsina.
• Apenas Omeprazol pode inibir a CYP2C19 → resp. pela
Rabeprazol Bloqueiam a secreção de 3º: Ocorre inativação irreversível da • Não há nenhum papel claro p/ o seu uso no tratam. de úlcera.
conversão de Clopidogrel à forma anticoagulante ativa. Pantoprazol HCl pela ligação irreversível H+/K+/ATPase.
O Pantoprazol é menos susceptível de provocar tal reação. Esomeprazol e inibição da H+/K+/ATPase.
Análogos de prostanoides melhoraram a cicatrização da úlcera péptica,
• A perda da acidez gástrica pode afetar a biodisponibilidade mas APENAS o misoprostol (↑ o pH gástrico) foi aprovado (EUA) para
do Cetoconazol, Ampicilina e Sais de ferro.
para prevenção de úlcereras gástricas induzidas por AINEs. (Prova)
Antieméticos: antagonizam os receptores de neurotransmissores envolvidos na fisiologia de náuseas e vômitos.
Classificação Representante Ação primária Uso clínico Farmacocinética Efeitos colaterais Contraindicações Características
M1 - Muscarínico Escopolamina Anticolinérgica: Alívio da dor tipo cólica abdominal: Uso oral e injetável. Xerostomia, sonolência, Miastenia grave e Interações: pode ↑ a ação anticolinérgica se
(Buscopan®) Antagonizam o espasmos do TGI e do TGenUrin., ↓ biodisponibilidade. alterações visuais e megacólon. usado com antidepressivos, antialérgicos,
receptor M1. espasmos e discinesias das vias taquicardia. antipsicóticos e outros anticolinérgicos.
biliares.
D2 - Dopamina Fenotiazínicos: Antagonizam o Quadros psiquiátricos agudos; Uso oral e injetável. Reac. extrapiramidais: Glaucoma de ângulo Risco: Interações medic. com Levodopa →
Clorpromazina receptor D2 no Controle de psicoses; distonia e, com o uso fechado; antagonismo recíproco da levodopa e dos
(Amplictil®) mesencéfalo, e Ansiedade e agitação, prolongado, discinesia Pacientes com risco neurolépticos. Em caso de S. extrapiramidal
bloqueiam os Soluços, náuseas e vômitos tardia. de retenção urinária, induzida pelos neurolépticos, não tratar o
efeitos de M1 e Neurotoxicoses infantis; Hipotensão em idosos, ligado a problemas paciente com levodopa, mas utilizar um
H1-histamínicos. Como agente pré-anestésico. com infusão EV. uretroprostáticos. anticolinérgico.
Butirofenonas: Antagonizam o São os principais tranquilizantes Uso oral e injetável. EV: aumenta o risco p/ Síndr. depressivas; Antes do advento dos antagonistas dos
Droperidol e receptor D2 no que potencializam as ações dos alterações ECGráficas: Mal de Parkinson; receptores 5-HT, estes agentes, eram uma
Holoperidol sistema límbico opioides e têm efeito antiemético, Prolongamento QT; Gravidez e lactação. boa alternativa a dose ↑ de metoclopramida.
e corpo estriado. quando utilizado sozinho. Hipotensão, bloqueio
Nâuseas e vômitos. alfa e distonia aguda.

Benzamidas: Metoclopramida: Doses normais - Metoclopramida: Uso oral e injetável. Distúrbios psiquiátricos A metoclopramida, Metoclopramida causa antagonismo de D2
Metoclopramida Antagoniza D2 Efeito antiemético modesto; Metoclopramida e do sistema nervoso; nos EUA, tem uma central e periférico (doses baixas), e fraco
e Domperidona central e perifér.; ↑ a velocidade do esvaziamento atravessa a barreira Em altas doses: tarja preta referente bloqueio de 5-HT 3 em doses maiores. Ela
e 5-HT3. gástrico em doentes com gastro- hematoencefálica; Sintom. extrapiramidais: ao risco aumentado também estimula os receptores colinérgicos
paresia e ↑ o tônus no EEI. Domperidona NÃO. discinesia e distonia de discinesia tardia em células do músculo liso gástrico e ↑ a
Domperidona: agudas, sínd. parkins., irreversível. libertação de ACh na junção neuromuscular.
Antagoniza D2 acatisia. Domperidona NÃO
c/ atividade peri- Tonturas, ↓ do nível de possui efeitos cola-
férica seletiva no consciência, confusão terais, secundários,
TGI superior. e alucinação. neurológicos.

H1 - Histamina Difenidramina Antagonizam os Usados para doenças que cursam Uso oral, uso tópico Sedação. (Prova) Hipersensibilidade; Os antagonistas de receptores M1 e H1 são
Dimenidrinato receptores H1. com vertigem. (Prova) e uso injetável. Gestação. mais utilizados nos distúrbios do movimento
Ciclizina (vertigem).
Meclizina Classe + usada para pessoas com cinetose
Prometazina (sensação de enjoo). (Prova)

5HT3 - Serotonina Ondansetron Antagonizam os Classe de antiemético mais utiliza- Uso oral e injetável. Cefaleia, tonturas, Raros: cefaleia; Obs- Antagonistas do receptor de 5-HT3 não têm
Granisetron receptores 5HT3. dos para a êmese induzida por Eficácia VO ~ EV. astenia e prisão de tipação leve (efeito +, sido associado com distúrbios cognitivos,
pois contrabalança a
Dolasetron quimioterapia. (Prova) ventre. Pode causar diarreia induzida por psicomotores ou com perturbações afetivas.
Palonosetron mudança leve no ECG. medicam. citotóxicos. São + eficazes na êmese tardia. (Prova)
Neurokinina - 1 Antagonistas dos receptores NK1 são uma classe nova de antieméticos utilizados na prevenção da êmese induzida por quimioterapia. Êmese tardia: receptores NK-1 são induzidos pela substância P.
Corticosteroides São antieméticos eficazes e bem tolerados para a êmese induzida por quimioterapia.
Canabinoides Nabilona e Dronabinol possuem atividade antiemética modesta e efeitos colaterais importantes como xerostomia, sedação, disforia e hipotensão. Eles não são aprovados no Brasil.
Benzodiazepinas Como agentes individuais, apresentam atividade fraca. Podem ser utilizados para diminuir a ansiedade dos pacientes em quimioterapia e tem como principal papel o controle da náusea antecipatória.

Procinéticos: drogas que ↑ a velocidade de esvaziam. Tratamento inicial: consiste em modificação da dieta, otimização do controle glicêmico Medicamentos: (a) Metoclopramida e domperidona; (b) Todos os
gástrico; devendo ser administrados 10-15 min. antes e hidratação e, em pacientes c/ sintomas contínuos, usa-se pró-cinéticos e antieméticos. antieméticos; (c) Antibiótico macrolídeos-eritromicina: Agonista da
das refeições, c/ uma dose adicional, antes de deitar Pacientes que não respondem a modificação da dieta: procinéticos p/ ↑ a taxa de esvaz. motilina, q induz as contrações de grande amplit. gást. propulsoras q
para pacientes que apresentam sintomas persistentes. gástrico (formulações líquidas p/ facilitar a absorção) e adm. procinéticos de 10 a 15 min ↑ o esvaz. gást. Também estimula a contratilidade fúndica. Pacientes
que ñ respondem à metoclopramida e domperidona, tratar c/ eritrom.
pré-refeições, c/ uma dose adicional antes de deitar em pacientes c/ sintomas contínuos. (d) Cisaprida: Agonista 5HT4 q estimula a motilidade antral/duodenal
Gastroparesia: É uma síndrome gástrica que expressa Recomendamos tratamento farmacológico inicial com metoclopramida: Pacientes
o atraso no esvaziamento na ausência de obstrução e e acelera o esvaz. gástrico de sólidos e líquidos. Embora seja melhor
que não respondem à metoclopramida, sugerimos uma prova c/ domperidona e depois tolerada que metoclopramida, sua utilização tem sido associada c/
com sintomas de náusea, vômito, saciedade precoce, eritromicina. Pacientes com náuseas e vômitos que não respondem a metoclopramida,
distensão abdominal e dor no abdome superior. interações importantes c/ drogas metaboliz. pela P450-3A4 (macrolí.,
domperidona e eritromicina, sugerimos cisaprida. Atb, antifúngicos e fenotiazinas), resultando em arritmias e morte.
PARTE 1: Asma e DPOC → Broncodilatadores
Classificação Ação / Duração Representante Uso clínico Farmacocinética Efeitos colaterais Contraindicações Características
β2 Agonistas β2 Agonistas de Fenoterol Utilizados, preferencialmente, para Comum todos: Comum a todos: Cardiomiopatia Estimulam a enzima Adenilciclase → ocorre
curta duração ou (Berotec®) resgate (quando houver a crise) obstrutiva hipertróf., ↑ de AMPc; broncodilatação e relaxamento
SABA. ou demanda. Preferência por via Taquicardia, tremores e taquiarritmia e da musculatura lisa; A ligação c/ receptores
Duração: 4 a 6h. Salbutamol inalatória e VO. hipocalemia ocorrem, hipersensibilidade β2 adrenérgicos ↓ a resposta inflamatória.
(Aerolin®) principalmente, por aos componentes.
medicamentos de VO.
Terbutalina Uso em emergências. Também tem SC.
(Bricanyl®)
β2 Agonistas de Formoterol Indicado na profilaxia e no tratam. Via inalatória; VO; Taquicardia, tremores e Hipersensibilidade Formoterol tem início de ação rápido como
longa duração ou (Fluir, Foradil®) do broncoespasmo em pacientes Têm propriedades cefaleia. aos componentes. um β2 Agonista de curta duração.
LABA. Salmeterol DPOC estável (1ª escolha para o lipofílicas; excreção Considerado tratamento padrão na DPOC
Duração: até 12h. (Serevent®) tratamento: classificação GOLD). renal. estável: Primeira escolha. (Prova)

β2 Agonistas de Indacaterol Indicado na profilaxia e no tratam. Via inalatória. Taquicardia, tremores e Hipersensibilidade. Possui acão broncodilatadora por 24 horas ,
ultra-longa ação: (Onbrise®) do broncoespasmo em pacientes cefaleia, parestesias Contraindicado sem aumento de para-efeitos.
ULTRA-LABA. DPOC estável. e mialgia. para < de 18 anos Considerado tratamento padrão na DPOC
Duração: até 24h. e > 65 anos. estável: Primeira escolha. (Prova)

Anticolinérgicos Anticolinérgicos Brometo de Indicado como broncodilatador no Via inalatória. Reações alérgicas, Hipersensibilidade Atrovent solução para inalação também é
de curta duração Ipratrópio tratam. de manutenção do bronco- distúrbios na motilidade à atropina e a seus indicado em combinação com medicação
ou SAMA. (Atrovent®) espasmo associado à DPOC, que do TGI, taquicardia etc. derivados (cocaína). β2 Agonista no tratam. do broncoespasmo
Duração: 4 a 6h. inclui bronquite crônica e enfisema. agudo associado à asma e DPOC. (Prova)

Anticolinérgicos Brometo de Indicado p/ o tto de manutenção Via inalatória. Reação comum: boca Hipersensibilidade Bloqueia receptores muscarínicos; previne a
de longa duração Tiotrópio de pacientes c/ DPOC caracteriza- seca. Ter cuidado qndo à atropina e a seus broncoconstrição mediada pela ACh; atua
ou LAMA. (Spiriva®Respimat). da por tosse, catarro e dispneia. há glaucoma de olho fe- derivados (cocaína) como broncodilatador. Seu efeito se inicia
Duração: até 24h. LAMA+LABA = 1ª escolha: DPOC. chado e hiperp. prostát. em até 30 min. após a inalação.

Metilxantinas Mecanismo de Aminofilina Indicada no tratamento e profilaxia VO ou EV. (Prova): Pacientes c/ úlcera Tem propriedades broncodilatadoras;
ação é incerto. Bamifilina da asma brônquica, aliviando a Meia-vida aumenta: Náuseas, vômitos, péptica ativa e não Em altas doses inibem e fosfofiesterase;
Teofilina dispneia e melhorando a função hepatopatas, IC e no anorexia, dispepsia, deve ser usado com aumentando o AMPc na musculatura lisa;
pulmonar; Previne asma induzida uso concomitante c/: diarreia, palpitação, outras xantinas. Potência broncodilatadora de ~ ¼ em
pelo exercício físico; Indicada tbm → Ciprofloxacino; taquicardia, vertigem, Na gravidez deve relação aos beta agonistas;
no tratamento da bronquite e do → Claritromicina; cefaleia, distúrbios evitar: sem estudo. Possui efeito antinflamatório;
enfisema pulmonar. Usada, ainda, → Verapamil. visuais, taquipneia, Melhora do clearence mucociliar;
como antiespasmódico (cólicas Meia-vida diminui: irritabilidade, insônia e Redução da hiperinsuflação pulmonar;
biliares), estimulante cardíaco, Uso concomitante c/: coma. Dose terapêutica muito próxima à tóxica;
diurético e como coadjuvante no → Rifampicina; Deve ter dosagem para controle sérico
tratamento da ICC e edema de → Fenitoína; (nível terapêutico 10-20 mg/l).
pulmão. → Carbamazepina;
→ Lítio e tabagismo.

ATENÇÃO: (Prova)
→ Broncodilatadores LABA e/ou LAMA isolados são primeira escolha para tratamento do DPOC estável (conforme a classificação GOLD);
→ Em ASMA broncodilatadores NÃO são primeira escolha do tratamento da doença estável;
→ Broncodilatadores de longa ação melhoram qualidade de vida, diminuem exacerbações e sintomas dos pacientes DPOC.
→ Anticolinérgicos de longa ação atuam na hiperinsuflação dinâmica, melhorando a dispneia em pacientes DPOC;
→ LABA isolado NÃO deve ser utilizado para controle da asma;
→ Associação LABA e CI promove melhora do efeito antinflamatório e melhora o controle da asma;
→ LABA facilitam a translocação do glicocorticoide para o núcleo da célula;
→ Melhor usar associação LABA e CI, do que altas doses de CI, na asma.
PARTE 2: Asma e DPOC → Glicocorticoides
Classificação Ação / Duração Representante Uso clínico Farmacocinética Efeitos colaterais Contraindicações Características
Glicocorticoides Não se conhecem Beclometasona São o pilar do tratamento da asma Inalatório. Observados em altas Não recomendados Funções de: inibição das respostas inflama-
Inalatórios bem os mecanis- (Miflasona®) Promovem: Uso combinado + doses + uso prolongado. p/ aliviar sintomas tórias e imunológicas; melhora a expressão
mos antiasmáticos - melhora da sintomatologia; dispositivo de uso: graves da asma. e função dos β agonistas.
dos brônquios e Budesonida - diminui a hiperresponsividade; Perda de massa óssea, São medicamentos de 1ª escolha p/ ASMA.
bronquíolos. (Busonid®). - diminui frequência e gravidade Salmeterol/Fluticasona: supressão do eixo DPOC: restrito aos GOLD Classe C e D;
das exacerbações; DISKUS. hipotalamo-hipofisário. ou seja; pacientes com doença mais grave
Fluticasona - melhora da qualidade de vida; Formoterol/Budesonida:
( VEF1< 50%) e exacerbações frequentes;
(Flixotide®) - melhora da função pulmonar; Turbohaler. Alterações locais: Quando indicados promovem redução da
- controle da inflamação; disfonia, tosse e exacerbação e ↑↑ na qualidade de vida;
Mometasona - previne o remodelamento Formoterol/Budesonida: candidíase oral. Nunca estão indicados para uso isolado
(Oximax®) brônquico. Aerolizer. em DPOC. (Prova)
Salmeterol/Fluticasona e
Ciclesonida Formoterol/Budesonida: Em doses baixas e moderadas tem índice
(Alvesco®) Spray dosimetrado. terapêutico melhor que corticoides orais.
Corticoide Alteração no DNA. Prednisona e Utilizado na prevenir a progressão VO com boa biodis- Efeitos de uso em longo Sem destaque. Sem destaque.
Sistêmico Prednisolona da exacerbação dos sintomas em ponibilidade. A ação prazo.
asmáticos e DPOC, exceto crises leva de 4 a 6 horas.
leves.
Corticoide Inibi a formação Metilprednisolona Utilizados em pacientes internados Solução injetável. Longo prazo: obesidade, Manter por poucos Esteroide sintético com atividade imunos-
Injetável do ácido araqui- ou com disfunção respiratória. osteoporose, glaucoma, dias (até o paciente supressora e antinflamatória. Usuários de
dônico. psicoses, HAS etc. poder usar um VO). longo prazo possuem fácies cushingoide.
Antileucotrienos Antagonista dos (Montelucaste®) Utilizados como alternativa e VO: Comprimidos. Bem tolerado = placebo. Alérgicos ao medi- Tem pequeno efeito broncodilatador; Efeito
receptores de coadjuvância em asmáticos. camento. antinflamatório; 3ª opção de tto. da asma;
leucotrienos. ↓ necessidade de corticoide inalatório e oral.
Anti-IgE Inibi a ligação de Omalizumabe Indicado para pacientes com asma Solução em pó para Apenas inchaço e dor Menores de 12 anos. Promove melhora na broncoconstrição nas
IgE ao receptor. (Xolair®) de difícil controle. injetar no tecido SC. no local da aplicação. Bula diz: < 6 anos. fases precoce e tardia da inflamação.
Gestantes.
Inibidores da Ação antinflama- Daxas® Indicado para DPOC grave ou VO: Comprimidos. Diarreia, perda de peso, Exacerbação aguda, Atua na inflamação pulmonar e sistêmica da
Fosfodiesterase 4 tória. classe C e D do GOLD; irritabilidade, depressão. crianças, adolescen- DPOC.
Indicado para pacientes c/ fenótipo tes e tratamento da
bronquítico e exacerbações asma.
frequentes.

ATENÇÃO: (Prova)
→ Broncodilatadores LABA e/ou LAMA isolados são primeira escolha para tratamento do DPOC estável (conforme a classificação GOLD);
→ Em ASMA broncodilatadores NÃO são primeira escolha do tratamento da doença estável;
→ Broncodilatadores de longa ação melhoram qualidade de vida, diminuem exacerbações e sintomas dos pacientes DPOC.
→ Anticolinérgicos de longa ação atuam na hiperinsuflação dinâmica, melhorando a dispneia em pacientes DPOC;
→ LABA isolado NÃO deve ser utilizado para controle da asma;
→ Associação LABA e CI promove melhora do efeito antinflamatório e melhora o controle da asma;
→ LABA facilitam a translocação do glicocorticoide para o núcleo da célula;
→ Melhor usar associação LABA e CI, do que altas doses de CI, na asma.
Antidiabéticos orais e subcutâneos: Diabete Mellitus tipo 2.
Classificação Ação / Duração Subclasse Representantes Farmacocinética Efeitos colaterais Contraindicações Características
Secretagogos Glicose Sulfonilureias Clorpropamida (Diabinese®) VO. Única dose/dia Relacionados à dose, e Cetoacidose ou A estimulação das células β pancreáticas
da insulina: Independente. Glibenclamida (Daonil®) durante o café-da- respondem bem à ↓ da pacientes em coma. ocorre por fechamento dos Canais de K
Glipizida (Minidiab®) -manhã. dose. dependentes de ATP, o que resulta em
Subdividido em 2 Ação direta nas Gliclazida (Diamicron MR 60®) despolarização celular (com influxo de Ca);
grupos. (Prova) células β pancreá- Glimepirida (Amaryl®) Além disso:
ticas, estimulando 1) Redução das concentrações plasmáticas
1. Glicose a secreção de do Glucagon;
Independente; insulina. 2) Aumento da ligação da Insulina aos
tecidos-alvo e receptores.
2. Glicose
Dependente. Glinidas Repaglinida (Prandin/Posprand®) VO. Hiperglicemia ou hipo- DM1, cetoacidose e Ação + rápida e tempo de ação mais curto
Nateglinida (Starlix®) glicemia. coma. que as sulfonilureias.
Glicose Agonistas dos Exanatida (Byetta/Bydureon®) VO. Sem destaque. Sem destaque. Resiste à degradação enzimática da GLP1
Dependente. receptores de Liraglutida (Victoza®) pela DPP-IV, mantendo a GLP1 ativa.
GLP1. Lixezenatida (Lixúmia®) Estimula a síntese e secreção de insulina,
Incretinomiméticos. Dulaglutida (Trulicity®) dependente da elevação da glicemia.
Inibi a secreção de glucagon.
Semaglutida Retarda o esvaziamento gástrico.
Promove a saciedade e ↓ a massa corporal.
iDPP-IV Vildagliptina VO. Sem destaque. Sem destaque. Sem destaque.
(Gliptinas) (Galvus® e Galvusmet®)
Sitagliptina
(Janúvia® e Janumet e JM XR®)
Saxagliptina
(Onglyza® e Kombiglyze XR®)
Linagliptina
(Trayenta® e Trayenta Duo®)
Alogliptina
(Nesina® e NesinaMet®)

Potencializadores Inibem a glico- Biguanidas Metformina (Glifage®) VO. Diarreia, náuseas, gosto Insuficiências: renal, Acidose lática é uma complicação rara.
(sensibilizadores neogênese no (Prova) metálico na boca, flatos, hepática, cardíaca e Hipoglicemia é tão rara que dá para afirmar
da insulina) fígado. Fenformina (Debei®) epigastralgia. respiratória. que Biguanidas não causam. (Prova)

PPARs Pioglitazona (Actos®) (Prova) VO. Cefaleia, sinusite, mial- DM1, Cetoacidose Utilizado como coadjuvante de dieta e exer.
Glitazonas/TDZS gia, faringite etc. diabética. para melhorar o controle glicêmico no DM2.
Análogos das Pramlintide (Amylin®) VO. Sem destaque. Sem destaque. Sem destaque.
Amilinas
Inibidores da alfa- Retardam a Acarbose (Glucobay/Aglucose®) VO. É metabolizado Meteorismo, flatulência Gravidez; lactentes; Biotransformada pela microbiota intestinal.
glicosidade intes- absorção de Inibição competitiva e reversível com a alfa-amilase no TGI, uma porção e diarreia. portadores de do- Indicação principal: tto da hiperglicemia
tinal amidos no TGI. pancreática e a alfa-glicosidase (ligada à membrana dos metabólicos é Melhora do perfil lipídico enças do TGI. pós-prandial, pois retarda a absorção de
intestinal); Bom controle glicêmico, evitando hipogli- absorvido e elimina- e ↓ eventos cardiovas- carboidratos. Os comprimidos devem ser
cemias; Não altera o peso. (Prova) do pela urina. culares. ingeridos com as refeições, em 3x/dia.

Miglitol VO. Sem destaque. Sem destaque. Sem destaque.

Inibidores da Dapaglifzolina (Forxiga®) VO. Sem destaque. Sem destaque. Sem destaque.
SGLT2
Canagliflozina (Invokana®) VO. Sem destaque. Sem destaque. Sem destaque.
Tipos de insulinas Insulina Início Pico de ação Dur. efetiva D. máxima Via e local Horário Indicação Combinação Características Gráfico
Ultra-rápida Lispro* < 15 min 30 - 90 min 2 - 4 horas 4 - 6 horas Tecido SC: Imediata- Insulina Lispro Com insulina Derivada de DNA recombinante; 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

Aspart < 15 min 30 - 90 min 3 - 5 horas 4 - 6 horas → braços (par- mente: (Humalog®): de ação mais ↓ tendência de formar hexâmeros;
* + importante. Glulisina 10 - 15 min 30 - 60 min 3 - 4 horas 4 - 5 horas te superior Antes; ou, DM → controle prolongada, Inversão não interfere na ligação
- posterior), após as da hiperglicemia. ou com com o receptor.
Análogas Início rápido → coxas, refeições. Contraindicação: sulfonilureias São mais caras que a Regular.
RÁPIDAS - BOLUS

da insulina, e meia-vida → nádegas, - cetoacidose, orais no DM2. E. Colaterais: reações alérgicas,


mas com Lispro e Aspart: início de ação
curta. → abdome. - emergências, hipoglicemia (mais frequente) e imediato, pico em 0,5 a 1,5 h
ação mais
curta.
(Prova) - se alérgicos. hipoglicemia grave. e duração de 3 a 4 horas.

Rápida Regular 30 - 60 min 2 - 3 horas 3 - 6 horas 6 - 10 horas Tecido SC: + De 30 a 45 DM1 e DM2 Com insulinas Solução límpida estável c/ pH 4.5; 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

ou recomendada; minutos descompensada; de ação pro- Até 1 semana fora da geladeira;


Cristalina IV e IM para antes das UTI (choques); longada. 25º-30ºC: estabil. "comprometida".
emergências. refeições. Infecções;
= humana. Síndrome Também: Efeitos adversos: hipoglicemia é
Prova: usada hiperosmolar 30% Regular + o principal. Agravamento de ↓K+, Regular: início de ação em 30
p/ cetoacidose hiperglicêmica; 70% NPH. formação de Ac. anti insulina e minutos, pico em 2 a 3 horas e
diabética. hipercalemia. ganho de peso. duração de 6 a 10 horas.
Intermediária NPH 2 - 4 horas 4 - 10 horas 10-16 horas 14-18 horas Tecido SC: Manhã: Todos os tipos Com a insulina Neutral Protamine Hagedorn: 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

(Prova) → braços (par- pré-café; de Diabetes. de ação regular Protamina: proteína do esperma do
~ humana. te superior ou, noite: no tratamento Salmão - foi usada para retardar a
Associada: - posterior), pós-janta; Contraindicação: de manutenção. absorção e eliminação da insulina;
Protamina → coxas, ou, antes - cetoacidose, Após uso SC, enzimas degradam
LENTAS - BASAL

e Zinco = → nádegas, de deitar. - emergências, Também: a protamina, permitindo a absorção


NPH: início de ação entre 2 a 4
Efeito + → abdome. - se alérgicos. 30% Regular + da insulina; Possui pH neutro = 7,4
horas, pico de 4 a 10 horas e
longo. 70% NPH. (> estabilidade em T°C ambiente).
duração de 14 a 18 horas.
Prolongada Detemir 2 horas 10 - 16 horas Dose-depen. 20 - 24 h Tecido SC: Glargina: DM2: Adultos; Glargina: pode Glargina: análogo da ins. humana 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Glargina 2 horas Não tem 24 horas 24 horas → braços (par- 1x/dia, em DM1 e 2: Adultos ser combinada. com alta solubilidade ao pH ácido;
Degludec 2 horas Não tem 30 horas 40 horas te superior geral, e crianças; Con- Mas NÃO pode seu perfil de ação é ~ à secreção
- posterior), antes de trole da ser misturada basal da insulina endógena.
→ coxas, dormir. hiperglicemia. às demais. Efeitos colaterais da Glargina:
Glargina NÃO → nádegas, Contraindicação: Aplicar sempre hipoglicemia (↓ risco), distúr. visual,
- cetoacidose, lipodistrofia, reações alérgicas, Glargina: não tem pico de ação,
tem pico de → abdome. S/ relação em injeção
c/ a comida. - emergências, formação de anticorpos (raro), mantendo níveis constantes de
ação! (Prova) separada. insulina ao longo do dia todo.
- se alérgicos. retenção de Na+ e edema (raro).

CARACTERÍSTICAS NPH DETEMIR GLARGINA Combinações Insulina Características Gráfico


Classificação Intermediária Prolongada Prolongada Bifásica = Humalog Mix: Produto: elimina a dificuldade das pessoas quando 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

Perfil de ação Instável (Prova) Estável Estável (Prova) pré-mistura de: 25 e 50. misturam insulinas. Eles vêm numa variedades de
Nº de doses em 24h 2x ou mais 2x (> em comparação) 1x apenas Rápida + Novomix: 30. combinações pré-misturadas contendo 10-50% de
Intermediária insulina de ação rápida (AR) e 90-50% de ação
Apresenta pico de ação Sim Sim: dose-dependente Não em proporções D. máxima intermediária (AI), sendo a proporção de 30% de
Efeitos Não reprodutíveis Reprodutíveis Reprodutíveis do tipo padrão. 24 horas insulina AR e 70% de AI que é a mais utilizada.
Variação Intra e interindividual Intra-individual ↓: intra e interindividual
Complicações: Hipoglicemia Orientações mínimas ao paciente: Sinais/sintomas de hipo e hiperglicemia (usar
Segurança Menos segura Mais segura Mais segura
→ Alimentação tardia ou esquecida; o glicosímetro); Situações especiais (infecção, exercício físico); Saber modificar as
Hipoglicemia Risco ↑↑ (Prova) Risco ↓ Risco ↓ → E. físico e adminst. inadequados; doses; Transportar sempre glicose ou sacarose (açúcar comum).
→ Controle de glicemia inadequado; Orientações gerais sobre insulina: 1 mL da solução contém 100 UI de insulina;
Ressuspensão pré-uso Sim (Prova) Não (Prova) Não (Prova) → Outras: reações alérgicas (raras), Deve ser estocada sob refrigeração (embaixo); Não < 2°C ou > 30°C; Seringas de
Satisfação no tratamento Regular Pouco avaliada Muito bom lipodistrofia e resistência. insulina: 0,3-0,5 e 1 mL de capacidade → as descartáveis podem ser reutilizadas
Preço / ↑ peso DM2 Baixo / Sim = 1,4% - Alto / Sim = 0,4% Tratamento com insulina: pelo “mesmo” paciente com orientação médica; Deve ser aplicada por via SC (90°).
T. convencional: manter a insulina Fenômeno Somogyi: Hiperglicemia Matinal de Rebote: Decorre de: (1) a insulina NPH
A potência de todas no BR = 100 UI/ml; As preparações têm alto grau de pureza; Fora de uso: geladeira, oral durante o dia e 0,2 U/kg peso pré-jantar faz seu pico entre 3 e 4h (madrugada - paciente em jejum); (2) isso provoca
Insulinas:

(embaixo) mas nunca congelar; Em uso: temp. ambiente (~25°C) até 28 dias; Apresenta efeitos celulares: de insulina NPH ao deitar (22 h); hipoglicemia (paciente não sabe); (3) a hipoglicemia estimula a secreção de glucagon,
imediatos, intermediários e tardios; Locais de aplicação: parte posterior dos braços, coxas, nádegas ou no ↑ qndo a glicemia for > 130 mg/dL; provocando hiperglicemia de rebote no início da manhã, momento em que o efeito de
abdome, em torno da cicatriz umbilical; Reutilizar a agulha apenas 1x; Indicações: DM1, DM2: em falha Antecedente de comprometimento NPH está acabando. O médico desavisado, ao ver as glicemias de jejum elevadas, ↑ a
secundária, cirurgia, infecção e na gravidez; Pacientes com DM1 devem ser acompanhados por médicos vascular (AVC): insulina → iniciar dose da NPH vespertina, agravando o problema (↑ da dose = ↑ glicemia da manhã).
com treinamento em diabetes ou endocrinologistas. [BR = U-100 de insulina por mL de líquido no frasco]. pela manhã, podendo-se manter o Fenômeno do Alvorecer (Dawn): Hiperglicemia Matinal: Decorre do pico fisiol. de GH
hipoglicemiante oral. no sono. Ao acordar: Nv. séricos de GH estão ↑, momento que a NPH vespertina está ↓.
Doenças da Tireoide
Classificação Ação / Duração Representante Uso clínico Farmacocinética Efeitos colaterais Contraindicações Características
LT3 Ação metabólica: Citomel T3 Coma mixedematoso ou preparo VO: Citomel e Liotrix; Em doses elevadas: Gravidez risco A, LT3 é um hormônio da tireoide que age no
Liotironina 3 lipídios, proteínas para tratamento com Iodo 131 p/ Injetável: Triostat. Taquicardia, tremores amamentação, na crescimento e metabolismo do organismo,
e carboidratos. Triostat T3 câncer de tireoide. e insônia. doença de Addison; sendo usado no tratamento de reposição
IAM, IR, I. Adrenal hormonal do hipotiroidismo, que exige ação
Reposição não corrigida, tto da de início rápido. O efeito terapêutico se
hormonal. da obesidade e mantém entre 1 a 3 dias após a suspensão
tireotoxicose. do tratamento.

LT4 Reposição PuranT4® Hipotireoidismo: Reposição LT4: VO: Absorção no ID Em doses elevadas: Contraindicado em Drogas que interferem na absorção:
Levotiroxina 4 hormonal. Synthroid® crianças necessitam de doses > (50-80%); Dose única osteoporose; disfunção pacientes com Colestiramina, suplementos de Ca e Fe,
Levoid® pelo ↑ do metabolismo; após jejum de 8h; cardíaca. insuficiência da Hidróxido de alumínio e produtos derivados
Euthyrox® Adultos: 1,5-2mcg/kg de peso; Administrar LT4 glândula adrenal. da soja. Excreção biliar ↑ com drogas de
Idosos e cardiopatas, iniciar com 30 minutos antes da indução hepática: Fenitoína, Carbamazepina
doses < e ↑ gradativo. refeição e NÃO junto e Rifampicina.
Objetivo: Melhora dos sintomas e da refeição. (Prova)
níveis de TSH entre 0,5-2,5 UI/L.
Hipotireoidismo central: Dose
ajustada de acordo com T4 livre.

LT3 + LT4 Sem destaque. Liotrix Utilizado nas síndromes de VO: tablets. Sem destaque. Idem LT4. Sem destaque.
(Thyrolar®) resistência ao T3.
Tiureias Inibição da TPO Propiltiouracil Indicado para o tratamento da VO: Tapazol é mais Mais comuns: urticária. Gravidez: Evitar TPZ Efeito colateral mais severo: Agranulocitose
Tionamidas (tireoperoxidade: (PTU®) Doença de Graves, tratamento usado devido ao Incomuns: artralgias, no 1º trimestre (risco (0,2%) = TPZ dose relacionada e geralmente
(Prova) enzima presente definitivo, aguardando efeitos da efeito prolongado parestesias, cefaleia, de aplasia cutis). ocorre nas primeiras semanas, reversível c/
nas cél. epiteliais Metimazol iodoterapia ou preparo da tireoi- (1x/dia) e < custo. febre, pigmentação da descontinuação da droga. Alertar o paciente
da tireoide que (TPZ®) dectomia. pele e alopécia. para suspensão da droga se febre ou dor de
participa da sínte- PTU: seus efeitos clínicos ocorrem Raros: Glomerulonefrite, garganta.
se dos hormônios Carbimazole quando ↓ a concentração de horm. vasculite, Sd Lupus-Like,
tireoidianos). (Neomercazole®) circulantes por ↓ no h. pré-formado. hepatotoxicidade.
Além de inibir a síntese de h. tireo.,
Tiamazol inibe a deiodinação periférica de
(Tapazol®) T4 a T3: inibe D1.
Iodeto Sem destaque. SSKI Indicado para preparação de pré- VO: gotas. Sem destaque. Sem destaque. Altas doses inibi captação, síntese e libera-
operatório de tireoidectomia, pois ção de hormônios tireoidianos.
reduz a vascularização da tireoide.
Inibidores iônicos Bloqueia a capta- Perclorato (ClO4) Indicado para hipertireoidismo por Contém o cloro em Sem destaque. Sem destaque. Tireotoxicose: excesso de hormônio tireoidi-
ção do iodo por doses farmacológicas de iodeto. estado de oxidação. ano na periferia, independentemente do
inibição competi- funcionamento da tireoide.
tiva do NIS.
Iodo Radioativo 131 Emite raios gama Pro-KI® Indicado p/ hipertireoidismo, como Radioterapia. Quase isento de efeitos Absoluta: gravidez e Considerado como tto de escolha em muitos
e partícula beta. adjuvante de câncer diferenciado colaterais: hipotireoidis- amamentação. lugares; sucesso terapêutico de 80%.
de tireoide (atua por destruição mo permanente e piora Não necessita hospitalização. A indicação no
das células tireoidianas após ser de oftalmopatias; câncer de tireóide após tireoidectomia total =
concentrado na glândula). Disfunção salivar. doses >. Pode-se repetir dose após 6 meses
se houver indício de recidiva do câncer.
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS EM PEDIATRIA
1. A farmacocinética é diferente no RN; 7. Farmacodinâmica: crianças x adultos. 8. Prescrição para crianças: 9. Cálculo de doses: 10. Orientações e cuidados: VO
2. RN = risco de intoxicação > que adulto; - Efeitos peculiares: teratogenicidade; - Criteriosamente calculada; - Sem consenso: utilizam-se: - Palatabilidade: uso de edulcorantes.
3. São mais suceptíveis às interações - Efeitos desejáveis: < dose p/ > efeito; - Via de adm. x comodidade; → peso (para < que 10kg); - Estabilidade e a validade;
medicamentosas; - Reações adversas: metoclopramida - Intervalo + amplo possível; → superfície corporal (> 10kg); - Não usar (evitar) se tiver álcool: elixir.
4. Prescrição deve ser segura e eficaz; (sintomas extrapiramidais = Plasil®). - Horário ajustado à criança; → idade. - Contraindicado: açúcar ou aspartame;
5. Preconizar > eficácia com > segurança; - Duração do tratamento bem - Devem ser individualizadas; - Corantes: reações alérgicas cruzadas:
6. Usa-se com frequência o medicamento esclarecida; - Cuidado > nos mais novos; Ex: amarelo de tartrazina com salicilatos,
off label (diferente da bula, mas autorizado); - Interação com alimentos. - Dose máx. NUNCA > que do adulto; benzoatos e indometacina.
- Priorizar fármacos que tenham
(Prova) suas próprias medidas (scoops). 11. Orientações e cuidados: EV e IM
- Cuidar: calibre das veias, > camada
BHE incompleta no RN: Via tópica: modificada de acordo adiposa e uso de pequenos volumes.
facilita a penetração de IM: afetado pela redução com a espessura da camada córnea. - Excipientes (veículos) utilizados podem
fármacos no SNC, com do fluxo sanguíneo na causar efeitos adversos.
maior permeabilidade musculatura esquelética Fármacos com alta ligação a proteínas - Propilenoglicol levando a hiperosmola-
para os mais lipossolúveis. e contrações ineficientes. plasmáticas podem ter sua distribuição ridade em uso IV de multivitamínicos.
(Prova) EV: a distribuição de fármacos influenciada por mudanças na sua con- - Álcool benzílico, polietilenoglicol e
Analgésicos que atuam no SNC: no espaço extracelular depen- centração (hipoalbuminemia leva ao ↑ propilenoglicol são tóxicos p/ RN (rins).
maior susceptibilidade. de da idade e da composição do efeito e acelera a eliminação). - Álcool benzílico: síndrome respiratória
corporal, especialmente os em prematuros e crianças → acidose
hidrossolúveis. Medicamentos lipossolúveis podem ter metabólica e > risco de hemorragia
EXCREÇÃO: comprometida sua distribuição pela intraventricular.
Depuração renal comprometida no RN. Via retal: pouco acentuada
(pH local e contrações pul- proporção variável de gordura de acordo
com a idade. 12. Orientações e cuidados: Uso tópico
Redução da capacidade de excreção sáteis de ↑ amplitude.
- Cautela c/ iodados, vaselina salicilada,
de ácidos orgânicos fracos no RN: cânfora, mercúrio e hexaclorofeno.
Ex.: Penicilinas e Cefalosporinas. - Cuidado c/ a > permeabilidade da pele:
possibilidade de gerar efeitos sistêmicos:
Valores ↓ de pH urinário pode ↑ a → Tempo prolongado de exposição;
reabsorção de ácidos orgânicos. → Área extensa de pele a tratar.

13. Interações com alimentos:


- Pode anular ou potencializar o efeito:
→ fundamental conhecer os aspectos.
Ex: Cefuroxima ↑ absorção c/ alimentos;
0 6 meses 1 ano 2 anos 3 anos A claritromicina tem a absorção ↓.
BIOTRANSFORMAÇÃO: ABSORÇÃO EXCREÇÃO: ABSORÇÃO EXCREÇÃO:
Isoformas enzimáticas envolvidas 14. Adesão ao tratamento:
Até 6 meses: Maturação da Até 2 anos: Depuração renal - Difícil no paciente pediátrico.
sofrem mudanças específicas. Alterações no reabsorção Varições do completa. - Depende do esforço dos pais.
esvaziamento. tubular e pH gástrico. - Quando a deglutição da criança
A imaturidade hepática traduz-se Imaturidade da mucosa processos ativos afetam a estabilidade
por toxicidade marcante de alguns não é adequada ocorrem perdas.
intestinal, deficiência de de secreção. e o grau de ionização
fármacos em RN prematuros ou PIGs. sais biliares e enzimas dos fármacos VO.
Ex.: síndrome cinzenta associada 15. Classes e intervalo (em horas):
pancreáticas. Alteração peristáltica. → Antitérmicos e analgésicos:
ao uso de cloranfenicol.
- Paracetamol (4-6), Ibuprofeno (6-8)
Após 3 ou 4 dias de uso: Medicamentos com restrição quanto a idade e Dipinona (6).
→ vômitos, distensão abdominal, > 6 meses: > 1 ano: > 2 anos: → Antieméticos:
> 1 mês:
letargia, cianose, hipotensão, → Cefazolina; → Azitromicina. → Clorfeniramina. → Benzoato de - Bromoprida (6-8), Dimenidrato (6),
respiração irregular, hipotermia → Clindamicina; benzila. Domperidona e Metoclopramida (8).
e morte. → Penicilina procaína. > 8 anos: → Anti-Histamínicos:
> 2 meses: → Fluoxetina. - Dexclorfeniramina (4), Hidroxizina (6-8),
→ Sulfadiazina de Ag. Cetirizina e Loratadina (12-24) e
> 3 meses: Desloratadina (24h).
→ Ibuprofeno.

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