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Sumário
INTRODUÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS EM FARMACOLOGIA .......... 1 Fatores de Variação do Volume de Distribuição ....................... 15
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS AOS TECIDOS .................................... 15
INTRODUÇÃO ............................................................... 1 DISTRIBUIÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS ............................ 16
Breve Histórico da Farmacologia .................................. 1 Redistribuição de Fármacos ...................................... 16
Alopatia e Homeopatia ............................................. 1 Padrão do Equilíbrio de Distribuição de Fármacos ............ 16
Alopatia ......................................................................... 1 Distribuição Pediátrica ............................................ 16
Homeopatia..................................................................... 1 Velocidade e Extensão da Distribuição.......................... 16
CONCEITOS BÁSICOS ....................................................... 1 Ligação a Proteínas Plasmáticas ................................. 16
ÁREAS DA FARMACOLOGIA .................................................. 2 Principais Proteínas ......................................................... 17
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS COM AS CÉLULAS .................................. 2 Relações com a Ação Farmacológica ..................................... 17
FÓRMULAS FARMACÊUTICAS ................................................ 2 Ligação dos Fármacos com as Proteínas Plasmáticas ................. 17
FORMAS FARMACÊUTICAS ................................................... 2 Deslocamentos por Afinidade à Proteína ............................ 17
Formas Sólidas ....................................................... 2 DISTRIBUIÇÃO EM SÍTIOS ESPECIAIS (BARREIRAS ANATÔMICAS).............. 18
Comprimidos ................................................................... 3 Distribuição de Fármacos no SNC ......................................... 18
Glicoproteína P na BHE ................................................. 18
Formas Líquidas ..................................................... 3
Aprisionamento Iônico .................................................. 18
Formas Semissólidas ................................................ 3
Distribuição de Fármacos na Placenta ................................... 19
Absorção das Diferentes Formas Farmacêuticas por Via Oral . 3 Toxicidade sobre o Feto ................................................ 19
FARMACOCINÉTICA – ABSORÇÃO ............................................ 4 POSSIBILIDADES DE MELHORIAS NO TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
.......................................................................... 19
INTRODUÇÃO ............................................................... 4
FARMACOCINÉTICA – METABOLIZAÇÃO/BIOTRANSFORMAÇÃO ... 21
ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS ................................................. 4
MECANISMOS PARA PASSAGEM PELAS BARREIRAS ............................ 4 INTRODUÇÃO.............................................................. 21
Fatores Determinantes no Transporte dos Fármacos ................... 4
Conceitos Básicos .................................................. 21
Principais Mecanismos para Passagem por Barreiras .................... 4
Locais de Biotransformação de Fármacos....................... 21
Transporte por Proteínas Transportadoras ............................ 5
Difusão Através de Lipídios .............................................. 5 Principais Efeitos da Metabolização ............................. 21
EFEITOS DO PH NA DIFUSÃO DE FÁRMACOS ................................. 5 Metabolização por Características dos Fármacos .............. 22
Constante de Dissociação (pKa) ................................... 6 PROCESSO DE BIOTRANSFORMAÇÃO DOS FÁRMACOS ........................ 22
VELOCIDADE DE ABSORÇÃO ................................................. 6 REAÇÕES DE FASE I (CATABÓLICAS/NÃO SINTÉTICAS) ...................... 22
VIAS DE ABSORÇÃO ......................................................... 7 Citocromo P450/CYP 450.......................................... 22
Alterações no Padrão de Expressão das CYP ............................ 23
Absorção Gastrointestinal ......................................... 7
Inibição e Indução de CYP .............................................. 23
Absorção e Alimentos ......................................................... 7
Monoxigenases que Contêm Flavina ............................. 23
FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO DE FÁRMACOS ..................... 7
REAÇÕES DE FASE II (ANABÓLICAS/DE CONJUGAÇÃO) ..................... 23
BIODISPONIBILIDADE ........................................................ 7
Glicuronidação (Enzimas UGTs) .................................. 24
Fatores que Interferem a Biodisponibilidade ................... 8
Subtipos ....................................................................... 24
Bioequivalência ...................................................... 8
Sulfatação (Enzimas SULTs)....................................... 24
EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA ............................................... 8
Conjugação com a Glutationa (Enzimas GSTs) ................. 24
FARMACOCINÉTICA – VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ......................... 9 Principais Aplicações ........................................................ 25
N-Acetilação (Enzimas NATs) ..................................... 25
INTRODUÇÃO ............................................................... 9
Caso Especial: Metabolismo do Paracetamol e
Critérios para Escolha da Via ...................................... 9
Hepatotoxicidade .................................................. 25
Locais de Absorção .................................................. 9
Possíveis Rotas de Metabolização ......................................... 25
Principais Vias de Administração ................................. 9 Estímulos à Rota Hepatotóxica ............................................ 25
Vias Enterais .................................................................... 9 Principais Aplicações ........................................................ 26
Vias Parenterais ............................................................... 9 Antídoto ....................................................................... 26
Via Parenteral Direta ...................................................... 9
ALTERAÇÃO NO METABOLISMO DOS FÁRMACOS ............................. 26
Via Parenteral Indireta.................................................... 9
Principais Fatores que Modificam a Metabolização dos
VIA ENTERAL.............................................................. 10
Fármacos ............................................................ 26
Via Oral (V.O.) ...................................................... 10
Interações Medicamentosas por Indução e Inibição Enzimática
Via Bucal/Sublingual ............................................... 10
....................................................................... 26
Via Retal............................................................. 10
Indução Enzimática.......................................................... 27
VIAS PARENTERAIS INDIRETAS ............................................. 11 Consequências ............................................................ 27
Via Nasal ............................................................ 11 Principais Fármacos Indutores Enzimáticos ......................... 27
Via Cutânea ......................................................... 11 Inibição Enzimática ......................................................... 27
Via Transdérmica ............................................................ 11 Consequências ............................................................ 27
VIAS PARENTERAIS DIRETAS ............................................... 11 Principais Fármacos Inibidores Enzimáticos ......................... 27
Via Intramuscular .................................................. 11 Álcool x Fármacos ........................................................... 28
Reação Tipo Dissulfiram ................................................ 28
Via Intravenosa/Endovenosa ...................................... 12
Via Subcutânea ..................................................... 12 FARMACOCINÉTICA – EXCREÇÃO........................................... 29
Via Intradérmica ................................................... 12
INTRODUÇÃO.............................................................. 29
Via Epidural/Peridural e Intratecal ............................. 12
Eliminação ≠ Excreção ............................................. 29
COMPARAÇÕES ENTRE AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ......................... 13
Vias de Excreção de Fármacos .................................... 29
FARMACOCINÉTICA – DISTRIBUIÇÃO .......................................14 Principais Órgãos Envolvidos ............................................... 29
Principais Secreções/Metabólitos Envolvidos ........................... 29
INTRODUÇÃO .............................................................. 14 EXCREÇÃO RENAL DOS FÁRMACOS ......................................... 29
FATORES QUE INTERFEREM A DISTRIBUIÇÃO ................................ 14 Diferenças na Velocidade de Excreção Renal................... 29
Permeabilidade Capilar ........................................... 14 Meia-Vida (t1/2) dos Fármacos .................................... 29
Fluxo Sanguíneo e Perfusão do Tecido-Alvo .................... 14 Os 3 Processos Básicos Envolvidos na Excreção Renal ......... 30
Volume de Distribuição/Aparente ............................... 15
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Formas Líquidas
-Facilita a deglutição em pessoas mais sensíveis (como
crianças e idosos)
-TIPOS:
REFERÊNCIAS
• GOTAS
Aulas e slides da professora Andréa Apolinário + minhas anotações
• XAROPE: Elevada concentração de açúcar para conservar Resumo de Farmacologia Geral – Rodrigo Mendonça
o fármaco ou mascarar o sabor Resumo de Farmacologia Geral – Clara Freitas
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Farmacocinética – Absorção
Introdução Mecanismos para Passagem
-PROCESSOS DA FARMACOCINÉTICA: Absorção,
distribuição, metabolismo (biotransformação) e excreção
dos fármacos → Estuda o trajeto do fármaco desde sua
pelas Barreiras
introdução até a absorção, distribuição, redistribuição, -PARA QUE HAJA ABSORÇÃO: É necessário que o fármaco
metabolização e eliminação passe pelas diversas barreiras do corpo para poder chegar
-FRAÇÕES DO FÁRMACO: até a corrente sanguínea
• FRAÇÃO LIGADA AO RESERVATÓRIO TECIDUAL: -O PROCESSO DE ABSORÇÃO RELACIONA-SE COM:
Fração que fica armazenada no tecido. De acordo • Mecanismos com que os fármacos ATRAVESSAM AS
com a característica do medicamento, a BARREIRAS
distribuição nos tecidos é diferente. Fração INERTE • PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS das moléculas e
(não provoca efeito farmacológico) das membranas
• FRAÇÃO LIGADA A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: -PRINCIPAL BARREIRA: Membranas celulares (bicamada
Fração que é transportada por proteínas lipídica)
plasmáticas. Fração INERTE (não provoca efeito -PASSAGEM DE MOLÉCULAS PELAS MEMBRANAS: Pode ser
farmacológico) por transporte ativo ou passivo, mas tende ao transporte
• FRAÇÃO LIVRE: Fração do fármaco que não está passivo por ser energeticamente mais econômico
ligada a nada (está apenas circulando na corrente Fatores Determinantes no Transporte dos
sanguínea). É quem, de fato, irá se ligar ao
receptor e fará o efeito farmacológico, sofrerá Fármacos
metabolização e excreção -PESO MOLECULAR: ↓ Peso molecular = ↑ Facilidade em
Fármaco livre = Fármaco livre para metabolização e atravessar membranas
excreção • MOTIVO DA INSULINA OU DO COLÁGENO NÃO SER
ADMINISTRADO POR VIA ORAL: Por ser uma
proteína grande, ela não é absorvida (precisaria
ser quebrada em aminoácidos)
-GRAU DE IONIZAÇÃO: Moléculas ionizadas interagem com
a água (torna-se hidrossolúvel) e só conseguem atravessar
as membranas por canais
↑ Grau de ionização = ↓ Lipossolubilidade
-LIPOSSOLUBILIDADE: ↑ Lipossolubilidade = ↑ Facilidade em
atravessar
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Efeitos do pH na Difusão de
Fármacos
-MAIORIA DOS FÁRMACOS: São ácidos fracos ou bases
Transporte por Proteínas Transportadoras fracas, podendo existir na forma ionizada (com carga
-ATUAÇÃO DA PROTEÍNA TRANSMEMBRANAR: Liga-se a elétrica) ou não ionizada (sem carga elétrica), a depender
uma ou mais moléculas ou íons, e, modificando sua do pH do meio
conformação, os libera do outro lado da membrana • FÁRMACOS ORAIS: Obrigatoriamente são ácidos ou
-A DIFUSÃO FACILITADA TEM AÇÃO MAIS LIMITADA QUE A bases fracos, pois se forem fortes se tornam
DIFUSÃO SIMPLES: São passíveis de saturação, incompatíveis com a vida
especificidade e competição • FÁRMACOS INJETÁVEIS: Podem ser bases ou
ácidos fortes, mas não são capazes de causar
danos se na dose correta, pois a dose é muito
baixa comparado ao volume total de sangue
-FÁRMACOS ÁCIDOS: Liberam H+, causando formação de
ânion carregado negativamente
• NÃO DISSOCIADO (JUNTO): Neutro → Facilita a
absorção
• DISSOCIADO (SEPARADO): Ionizado/carregado
-PRINCIPAIS LOCAIS DO CORPO ONDE ESTÃO PRESENTES:
Túbulo renal, trato biliar, barreira hematoencefálica, TGI -BASES FRACAS: Também podem liberar H+, entretanto a
-GLICOPROTEÍNA P: Proteína transportadora importante na forma protonada dos fármacos básicos é carregada e a
absorção, distribuição e eliminação de vários fármacos perda de um próton libera a base neutra
• PODE SER PROBLEMÁTICA EM ALGUMAS PESSOAS: • NÃO DISSOCIADA (JUNTA): Ionizado/carregado
Algumas pessoas possuem elevada quantidade de • DISSOCIADA (SEPARADA): Neutro → Facilita a
glicoproteínas P, o que provoca resistência a absorção
múltiplos fármacos antitumorais (não fazem
efeito)
o RESOLUÇÃO: Administração dos antitumorais + -PARA ATRAVESSAR A MEMBRANA: O fármaco precisa estar
bloqueadores de glicoproteína P em sua forma não carregada/não ionizada (↑ lipossolúvel)
• ÁCIDO: Forma associada (HA) pode passar a
membrana, forma dissociada (A-) não
• BASE FRACA: Forma dissociada (B) pode atravessar
a membrana, forma associada (BH+) não
• ESPÉCIES IONIZADAS (BH+ OU A-): Possuem
lipossolubilidade muito baixa, sendo praticamente
incapaz de atravessar membranas, exceto quando
existe um mecanismo de TRANSPORTE ESPECÍFICO
(com GASTO ENERGÉTICO)
-PARA SER ELIMINADO (EXCREÇÃO): O fármaco precisa
estar em sua forma ionizada/carregada (↑ hidrossolúvel) →
Usar o raciocínio oposto ao da passagem da membrana
-LIMITA A ABSORÇÃO ORAL DE MEDICAMENTOS: Expulsa
compostos de volta para o TGI
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Velocidade de Absorção
-RAPIDEZ DE AÇÃO DO FÁRMACO: Depende da velocidade
de absorção (transferência do fármaco desde seu local de
administração até a corrente sanguínea)
-VELOCIDADE DE ABSORÇÃO DE ACORDO COM A FORMA
FARMACOLÓGICA: Em ordem decrescente de velocidade de
absorção:
1. Soluções
2. Suspensões
3. Pó
4. Cápsula
5. Comprimido
6. Drágea
-ABSORÇÃO NA VIA ORAL: É mais fácil, porém mais
demorado
-ASPIRINA: Tem um pKa=3.5 → Ao estar em um pH=3.5, 50%
-PERÍODO DE LATÊNCIA: Período entre o momento em que
da aspirina vai estar dissociada e 50% vai estar na forma
o fármaco foi administrado até os efeitos farmacológicos
molecular. Se ela for colocada em um meio alcalino, ela
começarem a surgir → É variável
tende a se dissociar quase que completamente,
prejudicando a absorção
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Absorção Gastrointestinal
Fatores que Influenciam a
-PODE SER INFLUENCIADA POR VÁRIOS FATORES: Hora,
veículo de ingestão inapropriado, diarreia, estômago cheio
Absorção de Fármacos
ou vazio, paciente edemaciado, etc. -PRINCIPAIS FATORES:
-DISSOLUÇÃO DE COMPRIMIDOS: Ocorre entre a passagem • Concentração
pelo suco gástrico e a ocorrência do esvaziamento gástrico • Peso molecular
(a não ser que ele seja revestido com proteção à nível • Solubilidade
gástrico) • Forma farmacêutica
-ABSORÇÃO DO MEDICAMENTO: Ocorre principalmente no • Área absortiva
DUODENO. Após ele, chega na CIRCULAÇÃO PORTA, passa
• Espessura da membrana
para a CIRCULAÇÃO HEPÁTICA e depois chega na
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
Duodeno → Circulação porta → Circulação hepática →
Circulação sistêmica
Biodisponibilidade
-BIODISPONIBILIDADE: Fração do MEDICAMENTO
-FATORES DE AFETAM A ABSORÇÃO GASTROINTESTINAL: ADMINISTRADO INALTERADO (igual à forma química que foi
• MOTILIDADE GASTROINTESTINAL ALTERADA: tomada) que tem acesso à CIRCULAÇÃO SISTÊMICA →
o DIARREIA: Motilidade acelerada = ↑ Quantidade de FÁRMACO DISPONÍVEL no organismo para
Velocidade de passagem do medicamento UTILIZAÇÃO
= ↓ Absorção • OBS: A biodisponibilidade considera tanto o fármaco livre
Mulheres em uso de anticoncepcional por via quanto o fármaco ligado a proteínas plasmáticas
oral e com diarreia = Associar com algum • IMPORTÂNCIAS: Influencia a resposta clínica, a
método de barreira, pois o anticoncepcional escolha de doses e as vias de administração
pode ter sido mal absorvido
• VIA INTRAVENOSA: Única via em que há 100% de
o PRISÃO DE VENTRE: ↑ absorção
biodisponibilidade, pois o medicamento é aplicado
• FLUXO SANGUÍNEO: ↓ Fluxo sanguíneo = ↓ diretamente na circulação sistêmica
Absorção
• ABSORÇÃO ADEQUADA NÃO GARANTE
• VELOCIDADE DE ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: Se o BIODISPONIBILIDADE: Isso porque alguns fármacos
estômago demorar a esvaziar, o medicamento são biotransformados no fígado antes de atingirem
demora a ser absorvido, interferindo no período de a circulação geral (metabolismo de primeira
latência do medicamento passagem)
Absorção e Alimentos
Administração de um comprimido de 100mg → 70mg
-INTERAÇÕES COM ALIMENTOS: Alguns medicamentos
chegaram na corrente sanguínea → Biodisponibilidade de
podem interagir com alguns alimentos
70%
Leite com tetraciclina interagem, dificultando a absorção
de ambos
-EFEITOS PÓS-PRADIAIS: Absorção é reduzida ou retardada
devido à diminuição na velocidade de esvaziamento
gástrico → Sempre evitar tomar medicamentos junto a
refeições, exceto se houver recomendação pela bula
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Locais de Absorção
-TRATO GASTROINTESTINAL (TGI):
• Mucosa bucal
• Mucosa gástrica
• Mucosa do intestino delgado
• Mucosa retal
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-VANTAGENS:
Via Enteral • Fácil acesso e aplicação
• Ideal para fármacos que possuem instabilidade
Via Bucal/Sublingual
-LOCAL DE ABSORÇÃO: Mucosa oral e região sublingual
(região altamente vascularizada), que passa para os
capilares da língua e depois diretamente para a circulação
sistêmica
• NÃO SOFRE METABOLISMO DE PRIMEIRA
PASSAGEM: A absorção ocorre na boca e não no
intestino
-VELOCIDADE DE ABSORÇÃO: Muito rápida → Produz
efeitos sistêmicos em poucos minutos após a administração
(“via de uso emergencial”)
-MAIORIA DOS MEDICAMENTOS NÃO SÃO ADMINISTRADOS
POR ESSA VIA: Sua absorção é, em geral, não mensurável,
incompleta e errática → Via reservada para situações
emergenciais
-FORMAS FARMACÊUTICAS: Comprimidos, pastilhas
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-VANTAGENS: -DESVANTAGENS:
• Efeito rápido (mas pode ter efeito sustentado a • Efeito farmacológico imediato pode ser fatal em
depender do fármaco) casos de administração errada
• Via de depósito ou efeitos sustentados • Necessita de material esterilizado e pessoal
• Aplicação e acesso mais fáceis que a via competente e treinado
intravenosa • Pode provocar irritação no local da aplicação
-DESVANTAGENS: • Facilidade de intoxicação
• Não suporta grandes volumes (máximo de 5mL) • Acidentes tromboembólicos
• Dolorosa (principalmente medicamentos mais • Riscos de extravasamentos de medicamento,
oleosos) podendo gerar necrose tecidual
• Substâncias irritantes ou com pH muito diferente • Flebites, tromboflebites, acidentes embólicos,
do da pele (levemente básico) podem causar dor hematomas e equimoses
intensa ou irritação • Reações alérgicas
• Absorção sofre influência do tipo de substância (as • Complicações geralmente ocorrem quando a
aquosas possuem melhor absorção) administração é de fármacos oncológicos
Via Intradérmica
-VOLUME MUITO LIMITADO: Só admite pequenos volumes
(0,1 - 0,5mL) → Via muito limitada
o PICC LINE: Acesso central de inserção -EFEITOS: Locais e sistêmicos
periférica. Geralmente usado em -APLICAÇÃO: ~45º de inclinação na agulha
pacientes em internação prolongada, -PRINCIPAIS EXEMPLOS: Vacinas e testes imunológicos →
podendo ficar até 6 meses com o mesmo “Via das vacinas”
acesso (risco de infecção muito menor)
REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Andrea Apolinário + minhas anotações
Resumo de Farmacologia Geral – Clara Freitas
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Farmacocinética – Distribuição
Introdução Permeabilidade Capilar
-PERMEABILIDADE CAPILAR: Determinada pela estrutura do
-APÓS A ABSORÇÃO DO FÁRMACO PARA A CORRENTE
capilar e pela natureza química do fármaco
SANGUÍNEA: O medicamento sai dela e vai para os órgãos-
-CARACTERÍSTICAS GERAIS:
alvo para exercer seu efeito
• Grande superfície para transporte
-O PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO É FUNDAMENTAL: É
necessário que o medicamento saia do sangue e migre para • Levam e capturam muitas substâncias para os
o tecido-alvo para que seus efeitos farmacológicos tecidos
aconteçam • Permeabilidade seletiva
• Transporte transcelular e intercelular
• Diferenças de permeabilidade dos diversos tecidos
-DIFERENÇAS NAS ESTRUTURAS DOS CAPILARES:
• CAPILARES PERIFÉRICOS: Passagem de substâncias
hidrofílicas e/ou de baixo peso molecular pelas
FENESTRAS. Substâncias lipossolúveis atravessam
as membranas
• CAPILARES CENTRAIS (BARREIRA HEMATO-
ENCEFÁLICA): Passagem apenas de partículas
extremamente lipossolúveis e, em raros, casos, de
pequeníssimo peso molecular. Substâncias
hidrossolúveis não passam porque esses vasos não
possuem fenestras → Passagem de substâncias só
ocorre por difusão
SUBSTÂNCIAS HIDROSSOLÚVEIS: Só conseguem atravessar
capilares periféricos
-MIGRAÇÃO DO FÁRMACO: Do plasma, o fármaco vai SUBSTÂNCIAS LIPOSSOLÚVEIS: Conseguem atravessar tantos
migrando progressivamente para tecidos suscetíveis, capilares periféricos quando os centrais
tecidos ativos, tecidos indiferentes ou emunctórios, a
depender da natureza do fármaco
• TECIDOS SUSCETÍVEIS: Aqueles que sofrem ação
farmacológica. Varia de acordo com o fármaco
• TECIDOS ATIVOS: Aqueles que metabolizam o
fármaco. Na maioria dos fármacos, é o fígado, mas
não é exclusivo
• TECIDOS INDIFERENTES: Aqueles que funcionam
como reservatório temporário (quando
medicamento está nele, não são gerados efeitos)
• EMUNCTÓRIOS: Aqueles que eliminam o fármaco.
Na maioria dos fármacos, é o rim, mas não é -POSSIBILIDADES DE MOVIMENTO DOS FÁRMACOS:
exclusivo • Compartimento intravascular → Compartimento
extravascular (INTERSTÍCIO)
• Compartimento plasmático → Compartimento
CEFALORRAQUIDIANO
• Compartimento plasmático → Compartimento
PLACENTÁRIO
• Compartimento plasmático → Compartimento TUBULAR
RENAL
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Distribuição Pediátrica
-COMPOSIÇÃO CORPORAL:
• Grande volume de água total e fluido extracelular
• Baixo tecido adiposo e músculo esquelético
-LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS: Albumina, bilirrubina, alfa1-
ácido glicoproteína
-LIGAÇÃO AOS TECIDOS: Variações da composição
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REFERÊNCIAS
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Resumo de Farmacologia Geral – Clara Freitas
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Farmacocinética – Metabolização/Biotransformação
Introdução Principais Efeitos da Metabolização
-INATIVAÇÃO DO FÁRMACO: Detoxifica ou inativa
Conceitos Básicos compostos. Não é regra, mas a maioria dos fármacos são
inativados ou transformados em metabólitos menos ativos
-“METABOLIZAR”: Significa BIOTRANSFORMAR um • EXEMPLOS: Morfina, cloranfenicol, propranolol
composto -FACILITAR A EXCREÇÃO: Forma produtos mais polares e
-PRINCIPAL OBJETIVO DA METABOLIZAÇÃO DOS menos lipossolúveis a fim de serem mais facilmente
FÁRMACOS: Transformar compostos lipossolúveis (apolares) excretados pela urina
em hidrossolúveis (polares) a fim de serem excretados -FORMAR DE METABÓLITOS ATIVOS A PARTIR DE UM
• A BIOTRANSFORMAÇÃO AUMENTA A TAXA DE FÁRMACO JÁ ATIVO: O fármaco ativo é metabolizado a um
EXCREÇÃO RENAL E REDUZ O VOLUME DE metabólito também ativo
DISTRIBUIÇÃO DO FÁRMACO: A biotransformação • EXEMPLOS:
torna o fármaco mais hidrofílico e com menos o Transformação de fenacetina em
capacidade de se distribuir pelo corpo paracetamol
• CASO DE MEDICAMENTOS HIDROSSOLÚVEIS: o Transformação de codeína em morfina
Muitas vezes nem sofrem metabolização, saindo
inalterados na urina
-É O PRIMEIRO PASSO DA ELIMINAÇÃO: Um fármaco só é
eliminado se for biotransformado, sobretudo fármacos
altamente lipossolúveis
• PARA A ELIMINAÇÃO DO FÁRMACO DO
ORGANISMO, É ESSENCIAL QUE OCORRA: A
cessação de sua atividade biológica e
farmacológica → Em geral, o fármaco fica na
forma mais hidrofílica para facilitar sua eliminação -ATIVAR FÁRMACOS INATIVOS (PRÓ-FÁRMACOS): Pró-
o OBS: Apesar disso, a função de fármacos precisam ser metabolizados para serem ativados.
metabolizar NÃO é inativar o Alguns pró-fármacos, após serem ativados, tornam-se mais
medicamento, apesar da maioria dos ativos, outros mais tóxicos
fármacos sofrerem inativação → Não é • EXEMPLOS:
regra ser inativado, mas a maioria será o Prednisona em prednisolona (forma ativa)
-NÃO NECESSARIAMENTE HÁ REDUÇÃO DE TOXICIDADE: A o Bacampicilina em ampicilina (forma ativa)
biotransformação existe não para deixar o composto menos
tóxico, mas para torna-lo mais fácil de ser eliminado do
organismo
-NÃO NECESSARIAMENTE HÁ PERDA DE EFEITO: Ao ser
metabolizado, não necessariamente um fármaco irá se
tornar inativo
Locais de Biotransformação de
Fármacos -FORMAR METABÓLITOS ATIVOS: Alguns fármacos são
metabolizados em metabólitos ativos, justificando efeitos
-FÍGADO (>90%): A metabolização ocorre principalmente
mais prolongados ou aumento de toxicidade
no fígado, porque ele possui um complexo enzimático
• CASO DO DIAZEPAM: Benzodiazepínico de ação
bastante eficiente para essa função no retículo
prolongada, pois seus metabólitos são ativos e
endoplasmático liso e microssomas (citocromo P450)
permanecem com ação no SNC
• PACIENTES COM PROBLEMAS HEPÁTICOS: Por
possuírem comprometimento na metabolização dos
fármacos, possuem uma restrição muito maior a
medicamentos, pois o risco de toxicidade é maior
-OUTROS ÓRGÃOS:
• Rim
• Epitélio gastrintestinal
• Pulmões
• Plasma
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Reações de Fase II
(Anabólicas/De Conjugação)
-REAÇÕES DE FASE II (ANABÓLICAS/DE CONJUGAÇÃO):
Metabólito da fase I (ou diretamente o fármaco) conjuga-se
com uma substância endógena (geralmente derivada de
carboidrato ou aminoácidos) e forma uma substância mais
-ALGUNS FÁRMACOS SÃO INDUTORES DE CYP: Alguns polar para facilitar sua excreção pela urina
fármacos são indutores de CYP e podem aumentar seu -PRODUTOS: Resulta geralmente em compostos inativos
próprio metabolismo e de outras drogas → Geralmente, • EXCEÇÕES - MINOXIDIL: Torna-se ativo após as
fármacos indutores também induz o seu próprio reações de fase II. Ele é um ativador de canais de
metabolismo potássio usado no tratamento da hipertensão
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risco de hepatotoxicidade mesmo em situações de jejum -FATORES AMBIENTAIS: Atenção especial às interações
prolongado → Atua como antídoto para a hepatotoxicidade medicamentosas (indução ou inibição enzimática)
do paracetamol
Interações Medicamentosas por
Alteração no Metabolismo dos Indução e Inibição Enzimática
Fármacos -SITUAÇÃO NORMAL: Medicamento mantém-se numa
concentração constante no organismo
-INDUÇÃO ENZIMÁTICA: Provoca redução da concentração
Principais Fatores que Modificam a do fármaco e na maioria das vezes também do seu efeito
• EFEITOS: Ocorre aumento da concentração do
Metabolização dos Fármacos fármaco na corrente sanguínea, podendo levar a
picos máximos tóxicos
-IDADE: Ter cautela em crianças e idosos pelo risco -INIBIÇÃO ENZIMÁTICA: Provoca aumento da concentração
aumentado de intoxicação do fármaco e na maioria das vezes também do seu efeito
• RECÉM NASCIDOS: Não possuem maturidade • EFEITOS: Concentração plasmática do fármaco
hepática e possuem dificuldade em realizar a pode ser tão reduzida que o máximo de efeito que
conjugação (principalmente a glicuronidação) este fármaco conseguirá produzir é equivalente ao
necessária para a eliminação do fármaco, podendo mínimo efeito desse mesmo fármaco antes da
levar à intoxicação por acúmulo indução enzimática
o SÍNDROME DO BEBÊ CINZENTO/SÍNDROME
CINZENTA DO RECÉM-NASCIDO: Causada pelo
uso de cloranfenicol (antibiótico que se liga aos
ribossomos bacterianos), que não é
metabolizado corretamente e passa a se ligar
também aos ribossomos humanos (sobretudo
mitocondriais), podendo culminar em
depressão respiratória, colapso cardiovascular,
cianose e morte
• IDOSOS: Possuem redução da
quantidade/atividade de enzimas, reduzindo a
velocidade de biotransformação e se tornando
mais suscetíveis aos efeitos tóxicos
-PRINCIPAIS ENZIMAS QUE SOFREM INTERFERÊNCIA DE
-DOENÇAS: Especialmente desnutridos graves, hepatopatas
INDUTORES E INIBIDORES ENZIMÁTICOS:
e nefropata
• Citocromo P450
• HEPATOPATAS: Falhas na metabolização
• Colinesterases
prejudicam a excreção do fármaco, levando à
intoxicação • Monoaminoxidase (MAO)
• NEFROPATAS: Sem excreção adequada, ocorre • Aldeído desidrogenase
acúmulo de metabólitos na corrente sanguínea • Álcool desidrogenase
• Xantina oxidase
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Indução Enzimática
-INDUÇÃO ENZIMÁTICA: É o aumento da atividade das
enzimas hepáticas e, portanto, aumento da atividade de
biotransformação das substâncias e sua consequente
excreção → Faz com que haja aumento da depuração
plasmática e redução do tempo de ação farmacológica do(s)
fármacos(s) envolvidos
• CITOCROMO P450: É rapidamente induzido por
muitos fármacos
-AUMENTO DA PRODUÇÃO DE METABÓLITOS:
• PRODUÇÃO DE METABÓLITOS INATIVOS: Provoca
redução do efeito farmacológico
• PRODUÇÃO DE METABÓLITOS ATIVOS: O efeito
farmacológico aumenta ou não será muito Inibição Enzimática
alterado. Pode haver acúmulo de metabólitos
-INIBIÇÃO ENZIMÁTICA: Redução da atividade das enzimas,
tóxicos
ou seja, diminuição da atividade de biotransformação das
Consequências substâncias → Ocorre aumento do tempo de ação
-PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS: farmacológica do(s) fármaco(s), levando ao risco de
• Aumenta a velocidade de biotransformação intoxicação
hepática dos fármacos -LEVA AO RISCO DE INTOXICAÇÃO: Com as enzimas
• Reduz a meia-vida sérica do fármaco hepáticas inibidas, o fármaco não é metabolizado e passa
• Favorece a eliminação mais rápida do fármaco mais tempo circulando → Se for uma substância muito
• Provoca a redução dos efeitos farmacológicos (se lipossolúvel, sua solubilização não ocorre e ela entra em um
os metabólitos forem inativos) na maioria das ciclo de reabsorção à nível renal, não sendo eliminada
vezes ↑ Tempo de circulação = ↑ Risco de intoxicação
• Pode provocar a manutenção dos efeitos -INIBIÇÃO ENZIMÁTICA NO CASO DOS PRÓ-FÁRMACOS: O
farmacológicos ou aumentar o risco de toxicidade efeito farmacológico dos pró-fármacos não ocorre, pois
(se os metabólitos forem ativos) precisam sofrer metabolização (que se encontra inibida)
Principais Fármacos Indutores Enzimáticos para serem ativados
-AGENTES INDUTORES: Geralmente, são o próprio Consequências
substrato para a enzima -PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS:
• QUEM INDUZ, TAMBÉM É INDUZIDO: Ou seja, um • Aumenta a meia-vida do fármaco
fármaco provoca indução enzimática em outro • Aumenta os efeitos farmacológicos (se os
fármaco e também nele mesmo metabólitos forem inativados)
• Reduz os efeitos farmacológicos (se o metabólito
-PRINCIPAIS FÁRMACOS INDUTORES ENZIMÁTICOS: for ativo, no caso dos pró-fármacos)
Destacam-se o fenobarbital (anticonvulsivante) e a
rifampicina (antibiótico)
• Alguns anticonvulsivantes (fenobarbital,
carbamazepina)
o USO DE ANTICONVULSIVANTES
(FENOBARBITAL, CARBAMAZEPINA) COM
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS: Não é
recomendado, pois há alto risco de
ocorrer gravidez. A maioria dos
anticoncepcionais orais é usado apenas 1x
ao dia, tendo cobertura por 24h. O uso de
anticonvulsivantes atuam como indutores
enzimáticos, aumentando o metabolismo
dos anticoncepcionais orais, fazendo com
que percam o efeito em um período Principais Fármacos Inibidores Enzimáticos
menor que 24h -PRINCIPAIS FÁRMACOS INIBIDORES ENZIMÁTICOS:
• Rifampicina (antibiótico para tratamento de • Omeprazol
tuberculose e endocardite) o OMEPRAZOL COMO INIBIDOR DA
• Ciclofosfamida (antitumoral) VARFARINA: O omeprazol bloqueia a
• Propofol (anestésico) metabolização da varfarina, aumentando
-AGENTES NÃO FARMACOLÓGICOS: o risco de hemorragia pelo acúmulo da
• Alcoolismo crônico varfarina no organismo
• Inseticidas DDT ▪ OBS: O omeprazol pode atuar
• Alimentação tanto como inibidor quanto como
• Tabagismo indutor enzimático
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Álcool x Fármacos
-INGESTÃO AGUDA DE ÁLCOOL: Atua como INIBIDOR
ENZIMÁTICO, prolongando e intensificando o efeito do
fármaco (especialmente fármacos depressores do SNC)
-INGESTÃO CRÔNICA DE ÁLCOOL: Atua como INDUTOR
ENZIMÁTICO, aumentando o metabolismo de fármacos pelo
aumento do teor hepático de enzimas como MAO e
citocromo P450
ÁLCOOL AGUDO: Atua como INIBIDOR enzimático
ÁLCOOL CRÔNICO: Atua como INDUTOR enzimático
Farmacocinética – Excreção
-FEZES: Excretam predominantemente fármacos ingeridos
Introdução por via oral que não foram absorvidos e metabólitos de
fármacos excretados na bile ou diretamente no TGI que não
-IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE METABOLIZAÇÃO: A foram reabsorvidos
metabolização é o início do processo de eliminação e -LEITE MATERNO: Normalmente, se dá em pouca
ocorre para facilitar a excreção quantidade, mas tem risco potencial para a criança. A
• FÁRMACOS POLARES/HIDROSSOLÚVEIS: Os órgãos ingestão de leite animal também apresenta risco
excretores excretam mais facilmente compostos • INTERVALO NECESSÁRIO PARA AMAMENTAÇÃO:
polares (com exceção dos pulmões, que Quando é necessário o uso de algum medicamento,
conseguem excretar substâncias lipossolúveis) deve haver intervalo de 3-4h até a amamentação
• FÁRMACOS LIPOSSOLÚVEIS: Não são facilmente • OCORRE EM: Atenolol, fenobarbital, cafeínas,
excretados até se tornassem substâncias polares → metronidazol, diazepam, etc.
O fármaco lipossolúvel é reabsorvido à nível renal -SALIVA, LÁGRIMAS E SUOR: Pouco importante em termos
e é metabolizado até conseguir se tornar quantitativos. Quando ocorre excreção pela saliva, a
hidrossolúvel e ser eliminado substância pode ser novamente absorvida pela mucosa oral
ou via ingestão
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Particularidades
-GRANDE PARTE SOFRE REABSORÇÃO APÓS A FILTRAÇÃO
NO GLOMÉRULO: Até 20% do fluxo plasmático renal é
filtrado através do glomérulo, mas GRANDE PARTE SOFRE
REABSORÇÃO
-FÁRMACO QUE NÃO FOI FILTRADO (OU SEJA, QUE ESTÁ
NOS CAPILARES PERITIBULARES) AINDA PODE PASSAR
PARA A LUZ TUBULAR: Os fármacos que não conseguiram
ser filtrados, passam para os CAPILARES PERITUBULARES
(vasos) do túbulo proximal, onde ainda podem ser
transferidos para a luz tubular por meio de sistemas
transportadores independentes e seletivos
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Particularidades
-A SECREÇÃO TUBULAR ESTIMULA A DISSOCIAÇÃO DO
FÁRMACO COM A PROTEÍNA PLASMÁTICA: Conforme as
moléculas de fármaco livre são retiradas do plasma, sua
concentração plasmática cai, estimulando a dissociação da
porção ligada à proteína plasmática
• EXEMPLO DA VARFARINA: Quando se elimina os 2% de
varfarina livres no plasma, o equilíbrio de 98 para 2 cai
→ Obrigatoriamente, o que está preso na proteína
plasmática é liberado para manter o equilíbrio de forma
dinâmica
• ISSO JUSTIFICA A SECREÇÃO COMO MECANISMO
DE MAIOR EFICÁCIA: Como 80% dos fármacos que
chegam ao rim são apresentados ao transportador,
a secreção tubular se torna o mecanismo de
Secreção/Reabsorção Tubulares Ativas eliminação mais eficaz à nível renal
o EXEMPLO DA PENICILINA: Cerca de 80% da
Principais Características penicilina está ligada a proteínas plasmáticas,
-É O PRINCIPAL E MAIS EFETIVO MECANISMO DA ou seja, ela é depurada lentamente se for
ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS: Responsável por 80% da apenas por filtração. A penicilina é totalmente
excreção renal dos fármacos) devido à alta perfusão removida via secreção tubular proximal, com
sanguínea uma taxa de eliminação muito mais alta devido
à ação dos transportadores
-É UM MECANISMO ATIVO (ATP-DEPENDENTE): Porque
-RISCO DE COMPETIÇÃO ENTRE FÁRMACOS: Muitos
envolve transportadores que utilizam energia
fármacos excretados pelos rins compartilham o mesmo
-INDEPENDE DA LIGAÇÃO DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS:
sistema de transporte, podendo haver competição entre
Como é um processo de gasto energético, consegue
eles (ânion-ânion ou cátion-cátion) e resultando em
também estimular a dissociação com a proteína plasmática
interações farmacológicas → Uma passa a se acumular e o
-É UM PROCESSO SATURÁVEL: Porque tem intermédio de
outro passa a sair mais fácil
transportadores
-PODE HAVER INIBIÇÃO COMPETITIVA: Porque envolve • PROBENICIDA: Desenvolvida com o propósito de
transportadores prolongar a ação da penicilina retardando sua
excreção, pois a probenicida compete com a
Mecanismo penicilina pelo mesmo transportador → Penicilina
-ENVOLVE DOIS TRANSPORTADORES INDEPENDENTES E se acumula e a probenicida sai mais fácil
RELATIVAMENTE NÃO SELETIVOS: As moléculas dos
fármacos são transferidas para o lúmen tubular por 2
sistemas de transportadores independentes entre si,
relativamente não seletivos e que podem ocorrer
simultaneamente:
• TRANSPORTADORES DE ÂNIONS ORGÂNICOS
(OAT): Transporta fármacos ÁCIDOS na sua forma
ANIÔNICA negativa. São capazes de mover
moléculas CONTRA O GRADIENTE DE
CONCENTRAÇÃO, portando apresentam MAIOR
GASTO ENERGÉTICO
• TRANSPORTADORES DE CÁTIONS (OCT):
Transportam BASES orgânicas na forma protonada
CATIÔNICA. Facilitam o transporte A FAVOR DO Difusão Passiva através do Epitélio Tubular
GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO
Principais Características
-HÁ INTENSA REABSORÇÃO APÓS O FILTRADO
ATRAVESSAR O TÚBULO: Com o filtrado glomerular
atravessando o túbulo, a água é reabsorvida, sendo que o
volume de urina correspondendo apenas a 1% desse filtrado
• FÁRMACOS LIPOSSOLÚVEIS (POSSUEM ALTA
PERMEABILIDADE NO TÚBULO RENAL): A
concentração da droga no filtrado permanece
próxima da concentração no plasma, fazendo com
que 99% DO FÁRMACO FILTRADO SEJA
REABSORVIDO PASSIVAMENTE, voltando para a
corrente sanguínea e não sendo eliminado →
Praticamente tudo que for lipossolúvel e for
filtrado pelo glomérulo acaba voltando para a
corrente sanguínea por reabsorção via difusão
passiva
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• EXEMPLOS:
Particularidades o RISCO DE INTOXICAÇÃO EM ACIDOSES
METABÓLICAS: Na acidose metabólica, há
-PRINCIPAIS PARTICULARIDADES: A reabsorção sobre
risco de intoxicação por fármacos ácidos,
influência principalmente de:
pois a urina do paciente se torna ácida e
• Propriedades físico-químicas do fármaco
não permite que fármacos ácidos se
• pH urinário
dissociem, fazendo com que sejam
reabsorvidos
-COMPORTAMENTO DOS FÁRMACOS DE ACORDO COM SUAS
o INTOXICAÇÃO POR AAS: Substância que
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS:
não apresenta grandes riscos, mas se for
• FÁRMACOS ALTAMENTE APOLARES
administrada em doses excessivamente
(LIPOSSOLÚVEIS): Possuem ALTA PERMEABILIDADE
altas, pode ser fatal, pois acidifica a urina
TUBULAR, mas são LENTAMENTE EXCRETADOS
→ Como o AAS também é ácido, se a
porque sofrem intensa REABSORÇÃO PASSIVA →
urina estiver ácida sua eliminação será
Justifica a importância da metabolização para
comprometida e há chance de intoxicação
torna-lo hidrossolúvel, impedindo sua reabsorção à
•
nível renal
FÁRMACOS ALTAMENTE POLARES
Influência da Função Renal
(HIDROSSOLÚVEIS): Possuem BAIXA -INFLUÊNCIA DA FUNÇÃO RENAL: Influencia a excreção dos
PERMEABILIDADE TUBULAR e uma vez filtrados, fármacos pela via renal
PERMANECEM NO TÚBULO (pois não conseguem ser -PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE ALTERAÇÃO NA FUNÇÃO
reabsorvidos) e lá aumentam sua concentração RENAL: Justificam a importância do AJUSTE DE DOSE
(ficando até 100x mais alta na urina que no plasma BASEADO NA FUNÇÃO RENAL de cada paciente
-INFLUÊNCIA DO pH DO MEIO NA ELIMINAÇÃO DO • RECÉM-NASCIDOS E PREMATUROS: Além da
FÁRMACO: O nível de ionização de muitos fármacos (ácido imaturidade hepática (comprometendo a
ou bases fracas) é pH dependente e isso afeta metabolização), a filtração glomerular e o fluxo
profundamente sua eliminação renal plasmático são, aproximadamente, 30-40%
• EFEITO DO APRISIONAMENTO IÔNICO: Uma menores que em um adulto → Somente após os 3
substância fica presa de acordo com seu pH, de meses a cinética renal se aproxima a de um adulto
modo que não sofre reabsorção → Isso implica • IDOSOS: Há um declínio natural da excreção em
dizer que uma base é excretada mais rapidamente decorrência da redução fisiológica de néfrons
em urina ácida, que favorece sua forma carregada funcionantes
e inibe a reabsorção dessa base. Por outro lado, • INSUFICIÊNCIA RENAL: Fármacos e metabólitos
ácidos são eliminados mais facilmente se a urina ativos excretados pelo rim podem se acumular,
estiver alcalina ocasionando efeitos tóxicos
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Depuração da Creatinina
-A CREATININA É O PARÂMETRO PARA AVALIAÇÃO DA
FUNÇÃO RENAL: Porque ela sofre filtração glomerular -COMO CALCULAR: Há diversas calculadoras, mas a mais
completa e sua excreção e reabsorção tubulares são famosa é a NEFROCALC 2.0
mínimas → Permite inferências muito confiáveis sobre a
qualidade da filtração renal
• CREATININA: Metabólito proveniente da sua quebra no
músculo esquelético
• DEPURAÇÃO NORMAL DA CREATININA: 120ml/minuto
-SOFRE INFLUÊNCIA DE ALGUNS FATORES:
• SEXO: Varia entre homens e mulheres
• ALGUNS HÁBITOS DE VIDA: Atletas, por exemplos,
podem apresentar creatinina alta sem ter nenhum
problema renal, pois nesses indivíduos ocorre uma maior
quebra da creatinina muscular. Já em sedentários e
vegetarianos, por exemplo, a creatinina pode se
encontrar baixa mesmo com lesão renal, pois ocorre
baixa quebra da creatina muscular
• IDADE: Idosos podem apresentar creatinina baixa mesmo
com lesão renal, pois possuem baixa quantidade de
massa muscular (e, consequentemente, produzem menos
creatinina)
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Caso da Rifampicina
-RIFAMPICINA: Antibiótico muito usado no tratamento da
tuberculose
-ABSORÇÃO: É absorvida no intestino e é lentamente
desacetilada, mas conserva sua atividade biológica
-EXCREÇÃO: Ambas as formas (ativa e desacetilada) são
excretadas pela bile, mas a forma desacetilada não sofre
recirculação entero-hepática. A maior parte da forma
desacetilada deixa o organismo pelas fezes
REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Andrea Apolinário + minhas anotações
Resumo de Farmacologia – Clara Freitas
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Farmacodinâmica
Introdução
-FARMACODINÂMICA: Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos
dos fármacos. Estuda os mecanismos de ação dos fármacos
-NA FARMACODINÂMICA, INVESTIGA-SE:
• Locais de ação
• Mecanismo de ação
• Efeitos do fármaco
• Relação entre dose do fármaco e magnitude dos efeitos
• Variação das respostas aos fármacos
-IMPORTÂNCIA DA FARMACODINÂMICA: Pode proporciona as bases
para o USO TERAPÊUTICO RACIONAL dos fármacos → Muitos
EFEITOS ADVERSOS E TÓXICOS dos fármacos podem ser antecipados
quando seus mecanismos de ação, farmacocinética e suas
interações são conhecidas
Principais Conceitos
Receptor/Alvo Farmacológico
-RECEPTOR/ALVO FARMACOLÓGICO: Macromolécula
(geralmente proteínas) com a qual o fármaco interage para
produzir uma resposta celular (uma alteração da função
celular) → É o local onde o fármaco se liga, e não
necessariamente é uma proteína
• DEFINIÇÃO DE “RECEPTOR” EM FARMACOLOGIA:
Local onde o fármaco se liga para realizar um
Tipos de Receptores
efeito farmacológico -PRINCIPAIS TIPOS DE RECEPTORES: São proteínas e ácidos
• EFEITOS DOS FÁRMACOS: A ligação com os nucleicos
receptores altera a VELOCIDADE ou a MAGNITUDE • Canais iônicos
de uma resposta celular intrínseca (que já existe e • Canais acoplados à proteína G
é própria do organismo) • Receptores de tirosina quinase
o FÁRMACOS NÃO CRIAM NOVOS EFEITOS • Receptores citoplasmáticos ou nucleares
NO ORGANISMO, ELES MODIFICAM -LOCALIZAÇÃO:
FUNÇÕES JÁ EXISTENTES: Eles agem • EXTERNOS: Estão na superfície das células. É a
apenas em cima de algo que já existe, maioria dos receptores
alterando para mais (potencializando) ou • INTERNOS: Estão no meio intracelular (citoplasma
para menos (inibindo) as próprias ou núcleo). Geralmente são receptores hormonais
respostas fisiológicas do organismo ou de substâncias muito lipossolúveis
OMEPRAZOL: É um inibidor de bomba de prótons → Inibe a
produção de HCl
BENZODIAZEPÍNICOS: São sedativos e causam sono → O sono já é
algo fisiológico, o fármaco apenas potencializa o GABA, que é um
neurotransmissor inibitório que favorece o sono
E AS ALUCINAÇÕES PROVOCADAS POR DROGAS ALUCINÓGENAS?
Também são potencializações de respostas fisiológicas, já que se
sabe que em algumas situações patológicas (como a esquizofrenia),
a atividade dopaminérgica por exemplo se torna aumentada e as
alucinações ocorrem
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-INFLUÊNCIA DA CONFORMAÇÃO ESPACIAL: A modificação CAPTOPRIL: Faz 4 ligações com o receptor → Efeitos mais fracos
espacial do fármaco pode modificar seu efeito ENALAPRILADO: Faz 5 ligações com o receptor → Efeitos
farmacológico intermediários
RAMIPRILATO: Faz 6 ligações com o receptor → Efeitos mais fortes
• TALIDOMIDA: Possui efeito sedativo e
antiemético. No organismo, o fármaco sofre
racemização, dando origem a duas formas:
dextrogira (apresenta o efeito farmacológico) e
levogira (que possui efeito teratogênico, causando
má formação fetal). Ainda é usada hoje para o
tratamento da hanseníase, e nesses casos o risco
de gravidez deve ser rigidamente controlado
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•
novas bombas de prótons do que romper essa forte ligação
AAS (AINE, ANTI-AGREGANTE PLAQUETÁRIO/ANTI
Tipos de Agonistas (3)
COAGULANTE): Atuam se ligando covalentemente e bloqueando
-AGONISTA PLENO: Apresenta eficácia máxima,
as enzimas COX 1 e COX 2 (e, consequentemente, reduzindo os
níveis de tromboxanos e prostaglandinas), de modo que é conseguindo extrair o MÁXIMO DE RESPOSTA do receptor
energeticamente mais benéfico para o corpo produzir novas COX
do que romper as ligações → Se for necessário realizar uma
cirurgia eletiva, é preciso suspender o AAS por pelo menos 1 ou 2
semanas para que a produção de tromboxanos e prostaglandinas
se normalizem (porque o corpo precisa de tempo para produzir
novas COX)
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Tipos de Tolerância
-TOLERÂNCIA INATA: Sensibilidade geneticamente
determinada a uma substância. É observada na primeira vez
em que o fármaco é administrado → A única forma de saber
se o organismo possui tolerância a uma determinada
substância é tendo contato com ela
• CAUSAS: Podem ser decorrentes de polimorfismos
nos genes que determinam o receptor da droga ou
nos genes que afetam a absorção, metabolismo ou
excreção
• EXEMPLO: Uso de álcool com risco aumentado à
intoxicação em asiáticos devido à ausência da
enzima aldeído-desidrogenase nessa população
Modelo de Dois Estados -TOLERÂNCIA APRENDIDA: Decorrente de reações
-CONSIDERA-SE QUE UM RECEPTOR PODE EXISTIR EM 2 compensatórias
ESTADOS: • É UMA TOLERÂNCIA COMPORTAMENTAL: O
• “Estado de repouso” (R) indivíduo aprende a modificar seu comportamento
• “Estado ativado” (R*) para ocultar os efeitos da droga
-AGONISTAS EM GERAL: Têm afinidade maior pelo estado • EXEMPLO: Pessoas altamente embriagadas que
ativado (R*) do que pelo estado de repouso após o uso crônico conseguem andar sem tropeçar
-TOLERÂNCIA CONDICIONADA: Tipo de tolerância
aprendida, mas que é involuntária e que ocorre INFLUÊNCIA
DO AMBIENTE
• EXEMPLO: A visão de acessórios para o uso da
cocaína (que causa taquicardia) pode provocar
uma bradicardia preventiva no usuário
Mecanismos para
Dessensibilização/Tolerância
-ALTERAÇÃO NOS RECEPTORES: Receptores acoplados À
Dessensibilização e Tolerância canais iônicos, por exemplo, sofrem alteração, permitindo
a ligação de um agonista, mas impedindo a abertura do
canal
Dessensibilização -PERDA DE RECEPTORES: Exposição prolongada a agonistas
-DESSENSIBILIZAÇÃO, TAQUIFILAXIA OU TOLERÂNCIA resulta em redução gradual do número de receptores. É um
AGUDA: Perda rápida de alguns efeitos farmacodinâmicos processo mais lento do que o mecanismo de alteração dos
após a ADMINISTRAÇÃO REPETIDA do fármaco receptores
-REVERSÃO: Desaparece com a depuração do fármaco • OBS: Pode ser explorado clinicamente quando se
-EXEMPLO: Cetamina usada em operações e diagnósticos quer reduzir a ação de um fármaco
-EXAUSTÃO DE MEDIADORES: Alguns fármacos levam à
Tolerância depleção dos reservatórios de substâncias endógenas
(neurotransmissores)
-TOLERÂNCIA: REDUÇÃO MAIS GRADUAL na resposta a um
• EXEMPLO: Anfetamina leva à exaustão da
fármaco (refletindo em redução de eficácia do fármaco),
liberação de noradrenalina
cujo desenvolvimento leva vários dias ou semanas
-ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA: Redução de um efeito devido a
-CARACTERÍSTICAS:
sua anulação por uma resposta homeostática → São comuns
• Observa-se redução progressiva da intensidade e
• QUANDO OCORREM LENTAMENTE: Consistem no
duração dos efeitos dos fármacos
desenvolvimento gradual da tolerância
• A tolerância a um determinado efeito pode ser
• REDUÇÃO DE EFEITOS COLATERAIS: Muitos efeitos
mais rápida do que para outros efeitos
colaterais tendem a reduzir, apesar da
-MANUTENÇÃO DOS EFEITOS INICIAIS: É necessário
administração contínua do fármaco (isso se deve À
aumentar a dose ou a frequência de administração
adaptação fisiológica/tolerância)
-REVERSÃO: É revertida após dias ou semanas sem contato
• EXEMPLO: Diuréticos tiazídicos possuem efeito
com o fármaco
limitado devido a uma atuação gradual no sistema
-EXEMPLO: Tolerância aos efeitos do álcool, tolerância à
renina-angiotensina (que provoca uma tendência
euforia provocada por opioides
de retenção de sódio)
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Sensibilização/Tolerância Reversa
-SENSIBILIZAÇÃO/TOLERÂNCIA REVERSA: Aumento da
resposta com a repetição da mesma dose → É o contrário
da dessensibilização/tolerância
-CARACTERÍSTICAS: Observada em experimentos
laboratoriais
• Exige um intervalo mais longo entre as doses
(cerca de 1 dia), ao contrário da tolerância aguda
• Provoca AUMENTO NO NÚMERO DE RECEPTORES,
intensificando a resposta de agonistas
-EXEMPLO: Administração diária de cocaína (com uma
mesma dose) a ratos observou-se uma intensificação dos
efeitos com a mesma dose (inclusive a manutenção dos
efeitos com o uso de placebos)
REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Andrea Apolinário + minhas anotações
Resumo de Farmacologia Geral – Clara Freitas
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Principais Exemplos de
Interações Medicamentosas
-ANTICONCEPCIONAIS ORAIS E ANTI-HIPERTENSIVOS:
Anticoncepcionais em geral podem elevar a pressão
arterial, anulando a ação dos hipotensores
-DIGOXINA E DIAZEPAM/ALPRAZOLAM: Diazepam ou
alprazolam pode reduzir a excreção renal de digoxina,
aumentando sua meia-vida plasmática e elevando o risco de
toxicidade
-ANTICONCEPCIONAIS ORAIS E INDUTORES DE ENZIMAS
MICROSSÔNICAS: Anticoncepcionais orais em geral, quando
usados com indutores de enzimas microssônicas
(rifampicina, barbitúricos carbamazepina, fenitoína,
primidona, griseofulvina...) podem ser seu efeito
anticoncepcional reduzido
-ANTICOAGULANTES ORAIS E ANTICONCEPCIONAIS ORAIS:
Pode ocorrer diminuição dos efeitos dos anticoagulantes
quando usados com os anticoncepcionais
-BEBIDAS ALCÓOLICAS E ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E
SEDATIVOS: Pode ocorrer potencialização do efeito
depressor do SNC do álcool por ansiolíticos, hipnóticos e
sedativos, podendo causar morte por falência
cardiovascular, depressão respiratória ou hipotermia grave
-AAS E CAPTOPRIL: AAS pode diminuir a ação anti-
hipertensiva do captopril
-AMOXICILINA COM ÁCIDO CLAVULÂNICO E AAS: Aumenta
o tempo de sangramento e de protrombina quando usada
com AAS
-INIBIDORES DA MAO E TIRAMINA (QUEIJOS): Os inibidores
da MAO (antidepressivos) pode promover crises
hipertensivas e hemorragia intracraniana
-LEITE E TETRACICLINA: Os íons divalentes e trivalentes
(Ca++, Mg++, Fe++, Fe+++) presentes no leite e em outros
alimentos são capazes de formar quelatos não absorvíveis
com as tetraciclinas, fazendo com que haja excreção fecal
dos minerais junto com o fármaco
-ÓLEO MINERAL E VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS: Grandes
doses de óleo mineral interferem-na absorção de vitaminas
lipossolúveis (A, D, E, K) beta-caroteno, cálcio e fosfatos
devido À barreira física e redução do tempo de trânsito
intestinal
-DIURÉTICO E MINERAIS: Altas doses de diuréticos ou em
uso prolongado promove aumento na excreção de minerais
• EXEMPLO: Furosemida acarreta perda de potássio,
magnésio, zinco e cálcio REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Andrea Apolinário + minhas anotações
Resumo de Farmacologia Geral – Marina Paiva
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Ação
-AÇÃO: Interferem na transmissão de impulsos na placa
motora, propiciando relaxamento muscular adequado aos
procedimentos anestésico-cirúrgicos, além de fazer com
que menos doses de anestésicos (intravenosos e inalatórios)
sejam usados → Possui ação anticolinérgica, mas
especificamente na placa motora
• RESUMINDO: Atuam reduzindo a atuação da
acetilcolina na junção neuromuscular
Mecanismo da Contração Muscular
-POTENCIAL DE AÇÃO NA PLACA MOTORA TERMINAL NOS
MÚSCULOS: Feito a partir da ligação da ACETILCOLINA
(Ach) com RECEPTORES NICOTÍNICOS → Para que exista a
transmissão de sinal, é fundamental a liberação de Ach na
terminação nervoso-motora
• USO DO BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR: Impede
a atuação da Ach → Músculo não contrai e acaba
relaxando
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Tipos de Bloqueadores
Neuromusculares (BNs)
-FORMAS DE BLOQUEIO DA FUNÇÃO NORMAL PELOS
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES:
• BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
COMPETITIVOS/NÃO DESPOLARIZANTES: Competem pela
acetilcolina pelo mesmo sítio de ligação
• BLOQUEADORES NEUROMUSCULAR DESPOLARIZANTES:
Não competem pelo mesmo receptor
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Sinergismos
-ALGUNS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS PODEM
POTENCIALIZAR OS EFEITOS DE BN COMPETITIVOS: Por
isso, quando associados, a dose de BN competitivo deve ser
Farmacocinética dos BNs REDUZIDA
• EXEMPLOS DE ANESTÉSICOS COM ESSE EFEITO:
-ABSORÇÃO: Absorção baixa pelo TGI Sevoflurano, halotano, propofol
-ADMINISTRAÇÃO: IM é adequada, mas o início de ação é
mais rápido por via IV Efeitos Indesejáveis
Tempos de Ação dos BNs Dos BNs Competitivos
-BN DE LONGA DURAÇÃO: Eliminação renal e hepática -HIPOTENSÃO DECORRENTE DA LIBERAÇÃO DE HISTAMINA:
• EXEMPLOS: Pancurônio (ausência de antídoto, Pré-medicação com ANTI-HISTAMÍNICO atenua a hipotensão
pouco usado), metocurina, tubocurarina, induzida pelo fármaco
galamina, doxacúrio, pipecurônio • PRINCIPAIS DMs QUE CAUSAM LIBERAÇÃO DE
-BN COMPETITIVOS DE DURAÇÃO INTERMEDIÁRIA: HISTAMINA: Tubocurarina (principalmente) e em
Dependem mais da excreção biliar ou do metabolismo menor escala metocurarina, mivacúrio e atracúrio
hepático para serem eliminados. São MAIS USADOS que os -PANCURÔNIO CAUSA AUMENTO MODERADO DA
de longa duração FREQUÊNCIA CARDÍACA: Diversos mecanismos já foram
• EXEMPLOS: Rocurônio (mais usado), vecurônio propostos para explicar, mas ainda não se sabe ao certo
-BN COMPETITIVOS DE CURTA DURAÇÃO: Metabolizados
pela colinesterase plasmática Dos BNs Despolarizantes
• EXEMPLOS: Mivacúrio
-BRADICARDIA: Provocada por ação muscarínica direta
SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
EXTENSÃO DE FIBRAS PRÉ E Curta (pré) e Longa (pré) e
PÓS-GANGLIONARES longa (pós) curta (pós)
Noradrenalina
NEUROTRANSMISSORES Acetilcolina
principalmente
ORIGEM DAS FIBRAS Toracolombar Craniossacral
Relaxamento e
PRINCIPAIS RESPOSTAS Luta e fuga
digestão
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Acetilcolina
-PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• Principal neurotransmissor liberado por fibras pré- Receptores Muscarínicos (Metabotrópicos)
ganglionares
-5 SUBTIPOS: M1, M2, M3, M4, M5
• É o único neurotransmissor no sistema parassimpático
-TODOS SÃO METABOTRÓPICOS: Todos estão acoplados à proteína
• Acopla-se em receptores nicotínicos e muscarínicos
G (envolve mecanismos de transdução de sinal, gerando efeitos de
-RECEPTORES:
forma mais lenta)
• RECEPTORES NICOTÍNICOS: Ionotrópicos (proteína-canal -AUMENTO DAS DOSES DE ACETILCOLINA: Aumenta o efeito do
de Na+K+). Geralmente presente em gânglios ou receptor até atingir um platô (saturação do receptor)
músculos
o Nm: Presente em músculos
o Nn: Presente em neurônios
• RECEPTORES MUSCARÍNICOS: Metabotrópicos (fazem
transdução de sinal). Geralmente presente em órgãos
efetores regulados pelo parassimpático
o M1, M2, M3, M4, M5
-SÍNTESE: Ocorre no citosol de neurônios colinérgicos. Estocada em
vesículas pré-sinápticas
AcetilCoA + Colina → Acetilcolina
-DEGRADAÇÃO: Na fenda sináptica pela enzima acetilcolinesterase
Receptores do SN Simpático
-MECANISMO: Acoplados à proteína G (transdução de sinal)
-TIPOS: α (1 e 2), β (1, 2 e 3)
• α1 e β1: Estimulam a função efetora
• α2: Ação inibitória/estimulante
• β2: Ação estimulante
• β3: Ainda não é alvo farmacológico. Ligado a efeitos
lipolítico e termogênico. Polimorfismos em seu gene
estariam relacionados ao risco de obesidade e diabetes
mellitus tipo 2
-RECEPTORES α1:
• LOCALIZAÇÃO: Membranas de órgãos efetores pós-
Noradrenalina sinápticos
-PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: • EFEITOS: Efeitos clássicos, principalmente de contração
• Mediador excitatório o Vasoconstrição
• É o único neurotransmissor no sistema simpático o Midríase
o Secreção salivar
• Acopla-se a receptores metabotrópicos α e β
o Glicogenólise hepática
-SÍNTESE: A partir do aminoácido tirosina (origem alimentar) em
o Relaxamento do músculo liso do TGI
uma cascata reacional. Estocada em vesículas pré-sinápticas
-RECEPTORES α2:
Tirosina → Dopa → Dopamina → Noradrenalina/Norepinefrina →
Adrenalina/Epinefrina • LOCALIZAÇÃO: Terminais de neurônios pré-sinápticos
-DEGRADAÇÃO: Enzimático (enzimas COMT e MAO) e por • EFEITOS:
recaptação pelo neurônio pré-sináptico o NO NEURÔNIO PRÉ-SINÁPTICO: Inibição da
• OBS: Depois que interage com seus receptores, o liberação de neurotransmissores (incluindo a
neurotransmissor adrenérgico deve ser inativado noradrenalina) das fendas sinápticas → A
rapidamente → Se isso não acontecesse, haveria excesso hiperliberação de noradrenalina causa um
de sua ação, destruindo a homeostase e levando à feedback negativo para inibição da sua própria
exaustão do organismo liberação → Atua como um mecanismo
-RECEPTORES: MODULADOR local para a redução do
neuromediador sináptico
• α: α1, α2
o NO NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO: Contração do
• β: β1, β2, β3
músculo liso vascular
Receptores -RECEPTORES β1: Atua principalmente no coração
• EFEITOS:
o Aumento da frequência cardíaca (taquicardia)
Receptores do SN Parassimpático e da força cardíaca (contratilidade do
Receptores Nicotínicos (Ionotrópicos) miocárdio)
o Aumento da lipólise para produção de energia
-COMPOSIÇÃO: 5 subunidades
-AUMENTO DAS DOSES DE ACETILCOLINA: INATIVA,
temporariamente, o receptor nicotínico → Receptor torna-se não
responsivo à acetilcolina
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VIA SIMPÁTICA
o Vasodilatação (à nível de vasos do músculo
Feedback negativo para liberação de noradrenalina
estriado) α2 no neurônio pré-sináptico
o Aumento da glicogenólise muscular e hepática Músculos lisos do TGI e bexiga (relaxamento)
para produção de energia β1 Coração (aumento de propriedades)
o Relaxamento da musculatura lisa uterina Bronquíolos (broncodilatação)
β2
Músculos lisos do TGI e bexiga (relaxamento)
Vias de Transdução de Sinal M1 SNC
VIA PARASSIMPÁTICA
-VIA DE ATIVAÇÃO DA ADENILATO CICLASE: M2 Coração (redução de propriedades)
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Simpatomiméticos α2 Prazosina
-AÇÃO: Inibidor quase unicamente de α1 (afinidade 1000x
-AÇÃO: Agonistas seletivos de receptores α2 maior por α1)
• OBS: Na verdade, são ANTAGONISTAS DA • NÃO ATUA EM α2: Consegue manter o feedback
ATIVIDADE SIMPÁTICA, porque os receptores α2 negativo de liberação de noradrenalina e não
fazem a regulação da liberação de noradrenalina provoca taquicardia reflexa
por feedback negativo no neurônio pré-sináptico -PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Vasos arteriais e venosos
→ Tem EFEITO ANTAGONISTA ADRENÉRGICO, mas (promove vasodilatação)
atua como AGONISTA DE RECEPTOR Α2
• 2ª OU 3ª ESCOLHA EM HIPERTENSÃO: Geralmente
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Redução do efeito adrenérgico
associada a outros fármacos. Promove a
• ANTIHIPERTENSIVOS: Usados principalmente no vasodilatação
tratamento de hipertensão e glaucoma
• NÃO É MUITO UTILIZADA: Efeitos colaterais
-PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
consideráveis
• PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL: -EFEITOS COLATERAIS: Hipotensão postural acentuada (por
o Clonidina isso não é medicamento de primeira escolha) → Aumenta,
o Metildopa por exemplo, riscos de queda em idosos
o Guanabenzeno
• PARA GLAUCOMA: Apraclonidina Idoramina
-AÇÃO: Inibidor α1, com seletividade pela circulação
Simpatomiméticos Indiretos arterial
• TAMBÉM INIBE O RECEPTOR H1: Também atua
Anfetaminas como anti-histamínico, gerando efeitos sedativos
-AÇÃO: Bloqueia a recaptação de noradrenalina e estimula leves
sua liberação na fenda sináptica, mas sem aumentar sua -PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Vasos arteriais (não atuam na
produção circulação venosa)
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Comercialização proibida no • SEGUNDA OU TERCEIRA ESCOLHA NO
Brasil TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO: Não é muito
• REDUTORA DO APETITE: Provoca rápida utilizada e geralmente é associada a outros
tolerância, muitos efeitos adversos e tem alto grau fármacos
de dependência. Provoca estimulação central e • VASODILATAÇÃO NA HIPERPLASIA BENIGNA DE
também efeitos simpáticos periféricos (aumento PRÓSTATA: O aumento da próstata dificulta a
da pressão arterial) circulação regional → O uso dos fármacos provoca
Metilfenidato vasodilatação regional, melhorando o aporte
sanguíneo
-AÇÃO: Bloqueia a recaptação de dopamina e noradrenalina o PRINCIPAIS FÁRMACOS: Doxazosina,
• ESTRUTURA: Semelhante à da anfetamina terazosina, tansulosina
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS:
• ESTIMULANTE LEVE DO SNC: Promove mais efeitos Ioimbina
na ATIVIDADE MENTAL do que na motora → Usado -AÇÃO: Inibidor α2
no tratamento da HIPERATIVIDADE e DÉFICIT DE -PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Consegue atuar no SNC, elevar
ATENÇÃO a pressão arterial e a frequência cardíaca (já que irá
• EFEITOS CARDÍACOS MUITO PEQUENOS: Mínimos bloquear o controle da liberação de noradrenalina pelo α2).
efeitos estimulantes cardíacos Uso veterinário
-EFEITOS ADVERSOS: Insônia, dor abdominal, anorexia, • OBS: Para uso em humanos, não há exemplos de
perda de peso, déficit de crescimento inibidores de α2
Fenoxibenzamina e Fentolamina
Drogas Antiadrenérgicas ou -AÇÃO: Inibidores não seletivos (atua em α1 e α2)
• OBS: Fenoxibenzamina causa antagonismo irreversível
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-GERAÇÕES:
• PRIMEIRA GERAÇÃO: Bloqueadores não seletivos
Atenolol
(atuam em β1 e β2) -AÇÃO: Inibidor β1 seletivo
o NÃO PODEM SER USADOS EM PACIENTES • É MAIS HIDROSSOLÚVEL: Diferente do propranolol,
ASMÁTICOS: Bloqueadores não seletivos o atenolol tem POUCA PASSAGEM PARA O SNC,
também irão atuar em β2, provocando concentrando-se mais à nível periférico
broncoconstrição e piorando o quadro -PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Hipertensão, arritmias e
asmático angina. É o MAIS COMUM e o mais barato
o PRINCIPAIS EXEMPLOS: Propranolol, Acebutolol
nadolol, timolol, saltolol
-AÇÃO: Inibidor β1 seletivo
• SEGUNDA GERAÇÃO: Bloqueadores seletivos para
• É UM AGONISTA PARCIAL: É um fármaco com
β1 (cardiosseletivos)
atividade intrínseca simpatomimética, mas que
o OBS: A SELETIVIDADE É DOSE-
provoca efeitos mais leves (estímulos leves no
DEPENDENTE → Se houver aumento
receptor)
elevado de dose, há perda de seletividade
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Hipertensão, arritmias e
e pode passar a atuar em β2, causando
angina
broncoconstrição
o PRINCIPAIS EXEMPLOS: Labetolol, Carvedilol
carvedilol -AÇÃO: Inibidor β1, β2 e α1 → Beta bloqueador de 3ª
• TERCEIRA GERAÇÃO: Atuam no β e no α1 geração
o PRINCIPAIS EXEMPLOS: Metoprolol, -PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Coração, bronquíolos e vasos
atenolol, esmolol • INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E HIPERTENSÃO: O beta
Propranolol bloqueador atua impedindo que o quadro de
insuficiência cardíaca se agrave pela sobrecarga do
-AÇÃO: Inibidor β não seletivo
coração
-VIA DE ADMINISTRAÇÃO: VO (muito mais comum) ou IV
• Efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios
(raro)
• Ação vasodilatadora
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Hipertensão, arritmias,
-EFEITOS COLATERAIS:
tremores
• AUMENTA A SENSIBILIDADE À INSULINA: Ao
• É ALTAMENTE LIPOSSOLÚVEL: Consegue
contrário dos betabloqueadores clássicos, o
atravessar a barreira hematoencefálica e pode ser
carvedilol aumenta a sensibilidade à insulina
usado para tratamento de ENXAQUECA
• PRATICAMENTE EM DESUSO: Porque traz muitos
efeitos colaterais
Simpaticolíticos Indiretos
-EFEITOS ADVERSOS: Reserpina
• DIMINUI A SENSIBILIDADE À INSULINA: A descarga
-AÇÃO: Aumenta a DEGRADAÇÃO das catecolaminas pelo
adrenérgica libera insulina para utilizar a glicose
não armazenamento em vesículas → Catecolaminas ficam
liberada para reações de luta e fuga → A inibição
livres e expostas à degradação no citoplasma pela MAO e
do β2 pelo propranolol inibe a liberação de
COMT
insulina
• MECANISMO: Impede a passagem de noradrenalina
o PACIENTE DIABÉTICOS: Podem ter os
do axoplasma para o interior da vesícula de
níveis de glicose aumentados como reação
adversa do propranolol estocagem através da inibição do sistema ATP-Mg
→ A noradrenalina se acumula no citoplasma e é
• PODE MASCARAR OS EFEITOS DA HIPOGLICEMIA:
metabolizada/degradada pelas enzimas MAO e
Na hipoglicemia normal, ocorre uma descarga
COMT, reduzindo a função simpática
adrenérgica (fazendo com que o paciente
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Tratamento da hipertensão
apresente taquicardia, tremor, tontura, etc.) → A
-EFEITOS COLATERAIS:
inibição dos efeitos adrenérgicos impede a
manifestação dos sintomas de quadros de • PODE INDUZIR À SUPERSSENSIBILIDADE DE
hipoglicemia RECEPTORES ADRENÉRGICOS: Risco de uso com
outros simpatomiméticos e antidepressivos que
Timolol atuem inibindo a recaptação de noradrenalina
-AÇÃO: Inibidor β não seletivo Clonidina
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS:
-AÇÃO: Antagonista alfa-adrenérgico com ação
• TRATAMENTO DE GLAUCOMA (COLÍRIO): Reduz a
predominante em receptores pré-simpáticos no SNC, com
produção do humor aquoso
redução dos impulsos à periferia → Atua REDUZINDO A
-EFEITOS ADVERSOS:
LIBERAÇÃO DE NORADRENALINA NA FENDA sináptica
• POUCO RISCO COM O USO TÓPICO: O uso
estimulando a ação dos receptores α2
localizado (com o colírio, por exemplo) geralmente
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: Tratamento da hipertensão
provoca efeitos colaterais muito reduzidos, mas
-EFEITOS COLATERAIS:
não anula o risco de absorção sistêmica
• RISCO DE HIPOTENSÃO REBOTE: Na parada
abrupta do tratamento
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Esta apostila/transcrição foi desenvolvida por um estudante e não substitui a aula do docente e/ou a leitura de bibliografias complementares.
Última modificação em: 28/06/2023 MEDICINA – 3º PERÍODO – FARMACOLOGIA GERAL
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-ANTÍDOTOS (REVERSÃO DO QUADRO): Pode ser feita com -CONTRABALANCEIA O DÉFICIT DA VIA DOPAMINÉRGICA
anticolinérgicos (atropina) e reguladores da DETERMINANTE DA DOENÇA DE PARKISON: Pacientes com
acetilcolinesterase (pralidoxima) Parkinson possuem redução de dopamina à nível central e
• PRALIDOXIMA (PAM): Consegue REMOVER o excesso de acetilcolina (não por maior produção, e sim por
inibidor da acetilcolinesterase, desde que a redução de dopamina)
INTOXICAÇÃO ESTEJA RECENTE (quando a ligação
organofosforado + acetilcolinesterase ainda não se
Escopolamina
estabilizou) -PRINCIPAL USO CLÍNICO:
• ATROPINA: Compete com a acetilcolina pelo • ANTIESPASMÓDICO no controle de cólicas (efeito
mesmo receptor. Usada principalmente quando já discreto, geralmente sendo associado com
houve a estabilização da ligação do analgésicos). NÃO possuem efeito analgésico por si
organofosforado + acetilcolinesterase só
Paciente salivando e com pupilas em miose extrema → Já é • ANTIEMÉTICO leve
indicativo de excesso de acetilcolina • PRINCIPAL EXEMPLO: Buscopan
-EFEITOS GASTROINTESTINAIS: Redução de secreção e
Edrofônio motilidade → Muito usado para cólicas abdominais
-EDROFÔNIO: Inibidores não covalentes. Faz ligação não -CONSEGUE ATUAR À NÍVEL CENTRAL: Consegue atravessar
covalente com o centro ativo da enzima. Atua a barreira hematoencefálica e atua principalmente com
principalmente no sistema nervoso periférico leve efeito antiemético e depressor
-EFEITOS CARDIOVASCULARES: Praticamente não altera a
Drogas Anticolinérgicas ou frequência cardíaca
Farmacocinética
Parassimpatolíticas -VIA DE ADMINISTRAÇÃO: VO, VI, VIM
-ESCOPOLAMINA: É biotransformada
-AÇÃO: Antagonistas competitivos da acetilcolina em
-ATROPINA: Não sofre metabolização e é excretada na
receptores muscarínicos
forma ativa
-PRINCIPAIS FÁRMACOS:
-EFEITOS ADVERSOS: Boca seca, palpitações, visão borrada
• ATROPINA E ESCOPOLAMINA: São os protótipos,
→ Geralmente só surgem em doses excessivas
ambos de origem natural → Todos os outros
fármacos são derivados da estrutura química Outros Fármacos Anticolinérgicos
dessas duas drogas -ANTIASMÁTICOS:
• FÁRMACOS UTILIZADOS COM OUTROS • Brometo de ipratrópio (minimiza o acúmulo de
PROPÓSITOS: Antidepressivos, ansiolíticos, secreções)
antiparkinsonianos e antipsicóticos também podem -ANTIPARKINSONIANOS:
apresentar atividade parassimpatolítica • Biperideno
• Triexifenidila
Atropina e Escopolamina • Benzotropina
Atropina
-PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS:
• Quadros de INFARTO do miocárdio
• ANTIESPASMÓDICO no controle de cólicas (efeito
discreto, geralmente sendo associado com
analgésicos). NÃO possuem efeito analgésico por si
só
-EFEITOS CARDIOVASCULARES: Principal efeito
• DOSES BAIXAS: Redução da frequência cardíaca
(M1)
• DOSES ELEVADAS: Aumento da frequência
cardíaca (M2)
-EFEITOS GASTROINTESTINAIS: Redução de secreção e
motilidade
-EFEITOS OCULARES: Induz à midríase (dilatação pupilar)
por um longo período de tempo (e por isso não é muito
usado para dilatação de pupila)
-EFEITOS NO TRATO RESPIRATÓRIO: Redução de secreções
e relaxamento da musculatura (M1)
-EFEITOS À NÍVEL CENTRAL: Praticamente não produz
efeitos, pois ultrapassa a barreira hematoencefálica com REFERÊNCIAS
dificuldade, exceto em doses tóxicas. Atua mais à nível Aulas e slides da professora Andrea Apolinário + minhas anotações
periférico (sobretudo à nível cardíaco) Caderno de Fisiologia - @marcos.grm
-OUTROS EFEITOS: Bloqueia receptores M em glândulas
salivares, causando boca seca
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• Redução da libido
Inibidores da MAO
• Perda de peso temporária (principalmente na
-MECANISMO DE AÇÃO: Inibição irreversível ou reversível fluoxetina, porque inibe o apetite)
da MAO, sobretudo da MAO A → Provoca como efeito final o
• Ganho de peso devido à astenia (principalmente na
aumento do neurotransmissor na fenda sináptica
paroxetina)
• OBS - ENZIMA MAO: Faz degradação de
• Insônia (principalmente na fluoxetina e sertralina)
catecolaminas/monoaminas endógenas
→ Justifica a necessidade de tomar a medicação
(noradrenalina, serotonina, dopamina) e exógenas
no turno da manhã. Geralmente é resolvido com
(tiramina)
associação a algum benzodiazepínico para induzir
o MAO A: Metaboliza preferencialmente
ao sono
noradrenalina e serotonina
• Aumento do sono (principalmente na fluvoxamina
o MAO B: Metaboliza preferencialmente
e paroxetina)
dopamina
• Síndrome da interrupção (irritabilidade, mal-estar,
-PRINCIPAIS EXEMPLOS: Os que atuam sobretudo sobre a
agitação, alteração do padrão de sono) → Justifica
MAO A
a necessidade do DESMAME do medicamento
• Fenelzina
• Tranilcipromina Inibidores da Recaptação de Serotonina e
• Moclobemida
-EFICÁCIA: Equivalente aos antidepressivos tricíclicos, mas
Noradrenalina
menos usados devido a sua toxicidade e interações -MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da recaptação de
medicamentosas e alimentares serotonina e noradrenalina → Mesmo mecanismo dos
-EFEITOS ADVERSOS: Geralmente, só é usado em pacientes antidepressivos tricíclicos, mas sem atuar em receptores
refratários a outros tratamentos com antidepressivos indesejáveis
• RISCO DE REAÇÃO A QUEIJO E BEBIDAS -PRINCIPAIS EXEMPLOS:
FERMENTADAS: Geralmente, esses alimentos • Venlafaxina → Efeito prolongado porque possui
apresentam altos níveis de tiramina (que é metabólito ativo (desvenlafaxina)
naturalmente degradada pela MAO) → O bloqueio • Desvenlafaxina
da MAO provoca aumento da tiramina, provocando • Duloxetina
resposta hipertensiva e cardiovascular intensa • Milnacriprano
(induz à liberação de noradrenalina e adrenalina) -EFEITOS ADVERSOS: Muito menores que os antidepressivos
• SÍNDROME SEROTONINÉRGICA: Quando associados tricíclicos porque o bloqueio de receptores autonômicos é
a outro antidepressivo que aumente os níveis de mais seletivo
serotonina → O grande acúmulo de serotonina • Cefaleia
provoca taquicardia, sudorese, agitação, tremores • Tontura
• OUTROS EFEITOS ADVERSOS: Hipotensão postural, • Perda de apetite
ganho de peso, agitação, insônia • Insônia ou sonolência
Antidepressivos de 2ª Geração • Redução da libido
• Sudorese intensa
Inibidores Seletivos da Recaptação de Outros Antidepressivos de Destaque
Serotonina (ISRS) -BUPROPIONA (BUP):
• MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da recaptação de
-MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da recaptação de dopamina (principalmente) e noradrenalina
serotonina (apenas dela) → Provoca como efeito final o • USOS: Usada principalmente na dependência de
aumento da concentração de serotonina na fenda sináptica nicotina e transtornos alimentares. Geralmente
• CLASSE DE ANTIDEPRESSIVO MAIS USADA: Como não é usada para tratamentos de depressão
só atuam nos receptores de serotonina, os efeitos • EFEITOS COLATERAIS: Possuem menor efeito
adversos são muito menores colateral sexual
-PRINCIPAIS EXEMPLOS: -REBOXETINA:
• Fluoxetina → Possui metabólito ativo, justificando • MECANISMO DE AÇÃO: Inibição seletiva da
seu efeito mais prolongado recaptação de noradrenalina (ISRN)
• Paroxetina • USOS: Geralmente só é mais usada em contextos
• Citalopram de apatia e perda de interesse em atividades
• Escitalopram -MIRTAZAPINA:
• Sertralina • MECANISMO DE AÇÃO: Antagonista de receptores
• Fluvoxamina adrenérgicos alfa-2 pré-sinápticos e de receptores
-USO REPETIDO: Reduz a expressão dos transportadores de 5-HT2 da serotonina
serotonina (SERT), resultando em menor depuração e maior • USOS: Eficazes no tratamento da insônia
transmissão da serotonina
-EFEITOS ADVERSOS: São mais suaves e só são mais
prevalentes nos 6 primeiros meses, tendendo a reduzir com
o aumento do tempo devido à adaptação fisiológica
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REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Andrea Apolinário + minhas anotações
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Tratamento
-NÃO HÁ CURA: O objetivo do tratamento é, basicamente,
manter a autonomia do paciente a fim de melhorar sua
qualidade de vida
• SINTOMATOLOGIAS LEVES: Não há necessidade de
uso de medicações, já que a autonomia costuma
estar mantida
• MEDICAMENTOS SINTOMÁTICOS: Amenizam os
sintomas, mas não reverte a degeneração e a -INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
progressão da doença • ANTIPSICÓTICOS: Bloqueiam receptores de
-ESCOLHA DO FÁRMACO: De acordo com o estágio da dopamina, podendo anular os efeitos da levodopa
doença e o nível de resposta do paciente ao fármaco • RESERPINA: Reduz as reservas centrais de
-PACIENTES SEM TRATAMENTO: dopamina
• PROGRESSÃO DA DOENÇA: De 5-10 anos (estágio • FENITOÍNA: É indutor enzimático e reduz a
rígido, acinético, perda de autonomia) eficácia da levodopa por acelerar sua
• MORTE: Como resultado de complicações da metabolização
imobilidade, pneumonia de aspiração, embolia • INIBIDORES DA MAO: Também provoca a maior
pulmonar permanência da levodopa à nível central, podendo
gerar crises hipertensivas → Para ser usado, deve
haver suspensão com no mínimo 14 dias de
antecedência
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-APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
• PREVENÇÃO DE NÁUSEAS E VÔMITOS: Tratamento
de náuseas produzidas por fármacos e náuseas
emocionais (pelo efeito sedativo e anti-
histamínico)
• TRANQUILIZANTES: Manejo do comportamento
agitado e agressivo
• DOR CRÔNICA: Quando em ansiedade severa
• SOLUÇO CRÔNICO: Principalmente com
clorpromazina
-FARMACOCINÉTICA:
• ADMINISTRAÇÃO: IM ou IV para ação mais rápida
• METABOLIZAÇÃO: Pelo sistema enzimático
hepático P450
• CONSEGUE ATINGIR O CÉREBRO: Possui grande
volume de distribuição e liga-se a proteínas
plasmáticas
• DECANOATO DE HALOPERIDOL: Efeito prolongado Fármacos Antiepilépticos
(3 meses), útil em pacientes problemáticos com o
-AÇÕES:
tratamento
Epilepsia
• ANTIPSICÓTICA: Reduz alucinações e agitação -EPILEPSIA: Envolve alterações elétricas e na condução do
associada a esquizofrenia → Efeito sedativo e impulso elétrico. Trata-se de descargas neuronais que
reduz a atividade física espontânea resultam do disparo de pequena população de neurônios em
o OBS: NÃO reduz a capacidade intelectual do algumas áreas específicas do cérebro (foco primário)
paciente e a incoordenação motora é mínima • EPIDEMIOLOGIA: Disseminada na população de um
• EXTRAPIRAMIDAL: Provoca sintomas modo geral. Mais comum no Sul pelo hábito de
parkinsonianos (tremores), acatisia (agitação ingerir carnes mal passadas (relacionado à
motora), discinesia tardia (postura inapropriada do neurocisticercose)
pescoço, tronco e membro) devido ao bloqueio dos • PROVOCA ALTERAÇÕES CONVULSIVAS
receptores dopaminérgicos da região da substância RECORRENTES: Ocorre despolarização da
negra e estriato membrana de neurônios cerebrais de modo
• ANTIEMÉTICO repentino, excessivo e desordenado
• ANTIMUSCARÍNICO: Efeitos anticolinérgicos (visão • LOCAL DA DESCARGA: É determinante nos
borrada, boca seca, sedação, confusão mental, sintomas produzidos
inibição da musculatura do TGI e TGU) • TERAPIA COM FÁRMACOS: É amplamente efetivo
Neurolépticos Atípicos no tratamento da epilepsia
-CAUSAS:
-NEUROLÉPTICOS ATÍPICOS: Tratamento dos SINAIS E
• EPILEPSIA PRIMÁRIA: Não há causa anatômica
SINTOMAS NEGATIVOS da esquizofrenia (retraimento,
específica para a crise (traumas ou neoplasias,
embotamento da emoção, reduzida capacidade de
anormalidades hereditárias do SNC...)
relacionamento social...)
o TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: Crônico
-MECANISMO DE AÇÃO: Atua inibindo, além dos receptores
• EPILEPSIA SECUNDÁRIA: Neuroesquistossomose,
típicos, também receptores serotoninérgicos
neurocisticercose, tumores, lesões na cabeça,
hipoglicemia, infecções meníngeas
o TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: Feito
até a correção da causa
-PROGNÓSTICO: Definido como a probabilidade de o
paciente entrar em um período de remissão das crises. A
remissão completa é a meta principal. Com o tratamento
correto, 50-70% dos pacientes evoluem para um bom
prognóstico, com remissão total das crises
• FATORES QUE INFLUENCIAM: Tipo de epilepsia,
etiologia, tipo de crises, tempo de diagnóstico
-CRISE EPILÉPTICA: O socorro básico envolve:
-PRINCIPAIS EXEMPLOS: • Proteger a cabeça da vítima
• Olanzapina • Não manipular a boca da vítima
• Quetiapina • Desapertar a roupa da vítima em volta do pescoço
• Risperidona • Colocar a cabeça da pessoa de lado, com a cabeça
• Paliperidona baixa
• Ziprasidona • Permanecer com a vítima até que ela retorne à
• Clozapina consciência
• Aripiprazol
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Fármacos Antiepilépticos
-TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: Costuma ter uma boa
efetividade
REFERÊNCIAS
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