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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 6
3 PSICOFARMACOLOGIA ............................................................................ 8
5 FARMACODINÂMICA............................................................................... 13
6 FARMACOCINÉTICA ............................................................................... 14
7 A NEUROPSICOFARMACOLOGIA .......................................................... 20
8 NEUROTRANSMISSORES ...................................................................... 23
8.6 Gaba................................................................................................... 30
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10 CATECOLAMINAS ................................................................................ 34
11 PEPTÍDEO ............................................................................................ 38
3
13.9 Antidepressivos ............................................................................... 61
14 FARMACODEPENDÊNCIA ................................................................... 70
14.4 Indivíduo.......................................................................................... 72
15 SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA............................................................. 74
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16 O CID - CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE
DOENÇAS 76
17 PSICOTERAPIA .................................................................................... 80
19 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 88
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
A Rede Futura de Ensino, esclarece que o material virtual é semelhante ao da
sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta
, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse
aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta.
No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão
ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
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Cada neurônio possui um axônio, que também recebe o nome de fibra nervosa.
Seu tamanho é variável e sua função é transmitir os impulsos nervosos do corpo
celular para a célula seguinte no cérebro. Dependendo do neurônio, esse axônio pode
ser coberto por uma fina camada denominada mielina, e sua função consiste em
acelerar a transmissão do impulso nervoso.
A comunicação entre um neurônio e outro ocorre por meio das sinapses, as
quais são responsáveis pela transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro;
nessa região ocorre a liberação das substâncias transmissoras (neurotransmissores)
que podem ser excitatórias ou inibitórias, responsáveis pela estimulação ou inibição
do outro neurônio.
Fonte: psiqweb.med.br
3 PSICOFARMACOLOGIA
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atração por algo. Juntando os conhecimentos definimos drogas psicotrópicas como
aquelas que atuam no nosso cérebro e o alteram.
Essas drogas de ação central estão entre as primeiras descobertas pelos seres
humanos primitivos e ainda nos dias de hoje constituem um dos grupos
farmacológicos mais amplamente utilizados no mundo.
Seu grande valor clínico se deve a diferentes áreas de atuação para aliviar a
dor, suprimir movimentos desordenados, induzir o sono ou o despertar, reduzir a
vontade de comer, auxiliar no tratamento e na melhora da qualidade de vida de
pacientes portadores de doenças neurodegenerativas ou até mesmo de dependentes
químicos.
Além do uso terapêutico, essas substâncias são o maior grupo de substâncias
usadas por pessoas que se automedicam por motivos não terapêuticos, apenas para
benefício próprio. São exemplos a maconha, a cocaína e até mesmo o café. Muito
embora apresentem significados distintos, droga e fármaco são amplamente utilizados
como sinônimos na classe médica, e assim também serão usados por nós durante
esta revisão.
Droga: o termo tem sua origem na palavra droog, que significa folha seca, pois
antigamente a maioria dos medicamentos era feita à base de vegetais. Atualmente, o
termo pode ser definido como qualquer substância capaz de promover alterações
fisiológicas ou farmacológicas, ou ainda, modificação de quadros patológicos, com ou
sem a intenção de beneficiar o indivíduo. Exemplo: álcool.
Medicamento ou fármaco: droga de ação preventiva, paliativa ou curativa no
organismo doente. Exemplo: Diazepam.
Remédio: tudo o que provoca alívio de um sinal e/ou sintoma. Exemplo:
acupuntura.
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4 HISTÓRICO DA PSICOFARMACOLOGIA
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do fármaco a outros receptores, e isso pode acarretar um efeito não desejado no
organismo.
Avançando no tempo, na década de 1960 surgiram várias teorias para a origem
da depressão, assim como da esquizofrenia; essas teorias embasam a indústria
farmacêutica até os dias de hoje no desenvolvimento de novos fármacos. Mas a
decisão de se utilizar ou não um psicofármaco depende do quadro clínico que o
paciente apresenta.
Para muitos transtornos mentais, os medicamentos são o tratamento
preferencial, como no caso de esquizofrenia, transtorno bipolar, depressões ou
ataques de pânico.
Em outros, como nas fobias específicas - por exemplo, aracnofobia (medo de
aranhas) - e transtornos de personalidade, as psicoterapias podem ser a primeira
opção. Também existem situações nas quais o melhor tratamento consiste na
associação de terapia e medicamentos.
O médico é o profissional habilitado para decidir qual restrito; melhor tratamento
para cada paciente. Essas substâncias têm seu uso controlado e restrito, apenas
quem possui um receituário médico pode comprar essas medicações, segundo as
especificações da Portaria nº 344/1998.
Todo esse controle ocorre principalmente porque essas medicações
apresentam um alto risco de causar dependência química. Portaria nº 344, de 12 de
maio de 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses fármacos produzem
alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade
reforçadora, sendo, portanto, passíveis de autoadministração (indivíduos usam para
o seu próprio prazer, sem indicação médica). Em outras palavras, essas drogas levam
à dependência química. Exemplos: anfetamina, cocaína e cafeína.
Grupo 2: depressores do sistema nervoso central
Depressores ou psicolépticos são fármacos que diminuem ou inibem a
atividade do sistema nervoso central. Fazem com que as pessoas fiquem “lentas”,
“desligadas”. Geralmente estão associados a alguma ação analgésica. Exemplos:
álcool, tranquilizantes ou calmantes, soníferos, inalantes, solventes (cola de sapato,
tinta, removedores) e opiláceos (morfina).
Grupo 3: perturbadores do sistema nervoso central
Perturbadores do sistema nervoso central, psicoticomiméticos, psicodélicos
ou psicometamórficos, não alteram o cérebro de forma quantitativa, não ativam e
nem inibem o sistema nervoso central; eles promovem uma mudança qualitativa do
funcionamento do sistema, provocam uma ação perturbadora e o cérebro passa a
funcionar de maneira desordenada. Exemplos: mescalina, ecstasy e maconha.
Psicofármacos podem ser estimuladores, inibidores ou perturbadores do
sistema nervoso central.
Estimuladores aumentam ou ativam o funcionamento do cérebro, enquanto
depressores diminuem ou inativam as funções cerebrais. Já os perturbadores causam
confusão e alucinações no sistema nervoso central.
4.2 Cebrid
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5 FARMACODINÂMICA
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Uma substância que se liga a um receptor e produz um efeito de “ativação” é
denominada substância agonista do receptor.
Essa ativação se refere à capacidade de a molécula do fármaco desencadear
uma resposta onde se ligou. Já uma substância que se liga ao receptor sem causar
ativação, impedindo consequentemente a ligação do agonista, é denominada
antagonista do receptor.
Eficácia x afinidade x potência
Esses três termos técnicos diferenciam os tipos de fármacos utilizados na
terapêutica: eficácia é a capacidade de uma droga que, uma vez ligada ao receptor,
desencadeia uma resposta; afinidade é a tendência de o fármaco se ligar ao seu
receptor e, por fim, potência pode ser definida como a capacidade de uma droga
produzir efeitos em baixas concentrações.
6 FARMACOCINÉTICA
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Absorção
É a transferência do fármaco do seu local de administração para o local de
ação.
Os fatores que influenciam a absorção de fármacos são:
Fatores referentes à droga:
Lipossolubilidade: quanto maior a lipossolubidade, maior a absorção, e
o contrário também é verdadeiro – quanto menor a lipossolubilidade,
menor a absorção.
Forma farmacêutica: fármacos líquidos são mais rapidamente
absorvidos do que fármacos sólidos.
Fatores referentes ao local:
Fluxo sanguíneo, visto que áreas irrigadas com maior fluxo sanguíneo
favorecem a absorção.
O pH determina ou não a ionização de drogas, e já estudamos que
drogas não ionizadas penetram facilmente na membrana celular.
Barreiras biológicas dificultam a passagem do fármaco.
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passagem é menor que pela via oral, entretanto, a absorção é irregular e incompleta,
mas a cooperação do paciente não é necessária.
Via intravenosa (IV):
Efeito rápido e completo do fármaco, porém por essa via não é possível reverter
os efeitos do que foi administrado, porque não existe a absorção do fármaco, o qual
passa direto para a corrente sanguínea.
Via subcutânea (SC):
Apenas utilizada para fármacos que não causam irritação dos tecidos, caso
contrário pode ocorrer necrose. Não necessita de cooperação do paciente.
Via intramuscular (IM):
Via ideal para substâncias oleosas, que depende diretamente da taxa de fluxo
sanguíneo local. Em relação à rapidez de efeito terapêutico, temos as três vias
injetáveis na seguinte classificação: IV, IM e SC.
Via tópica:
Alguns fármacos são aplicados nas mucosas da conjuntiva, nasofaringe,
orofaringe, vagina, colo, uretra e bexiga, pois por causa de o efeito ser local, as drogas
são absorvidas com maior rapidez.
Via pulmonar:
Contanto que não causem irritação, fármacos gasosos e voláteis podem ser
inalados e absorvidos pelo epitélio pulmonar e pelas mucosas do trato respiratório. O
acesso a essa via é rápido, tendo em vista o tamanho da área pulmonar. Sua grande
vantagem é a absorção quase que instantânea do fármaco pela corrente sanguínea e
a ausência do efeito de primeira passagem.
Como desvantagem, pode-se citar: é uma via incômoda, requer cooperação do
paciente e é apenas útil para drogas voláteis e gasosas, e não se tem controle da
dose.
6.2 Distribuição
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Para ser transportado, o fármaco precisa se ligar às proteínas plasmáticas,
sendo a albumina a primeira escolha para os fármacos ácidos, enquanto a
glicoproteína ácida α1, por exemplo, é uma escolha para fármacos básicos.
Essa ligação do fármaco às proteínas é reversível e pode ser afetada por
fatores relacionados com doenças, como hipoalbuminemia secundária e doença
hepática grave. Durante a distribuição, alguns fármacos tendem a acumular-se em
locais específicos, e a este processo damos o nome de reservatório de fármacos; isso
prolonga a ação do fármaco, que pode acarretar efeitos tóxicos, porém é um processo
reversível. Exemplo de formação de reservatório é a tetraciclina, um antibiótico que
se acumula nos ossos.
6.3 Metabolização
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Patologias: doenças que acometem o fígado e intestino delgado, que
são os principais órgãos que realizam a metabolização, podem
comprometer essa etapa da farmacocinética.
Indução ou inibição enzimática: a indução enzimática aumenta a
biotransformação (lipossolubilidade para hidrossolubilidade) do fármaco.
Exemplos: fenobarbital, rifampicina, fenítoina, carbamazepina e etanol
(uso crônico). A inibição enzimática diminui a biotransformação dos
fármacos. Exemplos de fármacos: cloranfenicol, dissulfiram e etanol
(uso agudo).
6.4 Excreção
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Potencialização: cocaína inibe a captação de noradrenalina e epinefrina, a
aumentando a contração muscular (efeito AB > A + B).
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Exemplo de excreção: bicarbonato de sódio aumenta a excreção urinária de
fármacos ácidos como ácido acetilsalicílico (AAS).
7 A NEUROPSICOFARMACOLOGIA
Fonte: foxcursoseconcursos-es.com.br
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Esses três níveis se inter-relacionam de maneira complexa e fugiria deste artigo
dirimir todas as nuanças pertinentes a eles. Existe, porém, uma alegoria que permite
que nos aproximemos num primeiro momento do nível da máquina-cérebro, do nível
do hábito-programa e do nível da circunstância-arquivo.
Toda quanta pessoa já teve acesso a um computador sabe que há três
componentes distintos: a máquina propriamente dita, os programas que se escolhe
para instalar (processadores de textos, planilhas, processadores de imagem) e
finalmente os arquivos pessoais que gravamos a cada trabalho que realizamos.
De maneira sucinta pode-se dizer que o cérebro corresponde à máquina, as
funções automatizáveis e susceptíveis ao desenvolvimento de bons, e às vezes maus,
hábitos correspondem a programas e, finalmente, as circunstâncias históricas e
contextuais constituem arquivos que gravamos nos diferentes locais da máquina e nos
diferentes programas de tal sorte que constituam nossa história pessoal.
Há quem defenda que somente pode haver patologia no nível físico, porém isso
deixaria o problema dos hábitos, compulsões e outros problemas sem solução porque
sabemos que a solução para esses casos, embora fortemente dependente de uso de
drogas, requer, paralelamente, o uso de alguma estratégia psicoterapêutica interativa.
Alegar que o problema dos arquivos não corresponde a qualquer patologia
porque nível virtual absoluto é o mesmo que alegar que uma rede internacional de
pedofilia que nos chega pela Internet não pode ser patológica porque, no limite,
constituída por uma série de bits e mensagens codificadas.
O problema da caracterização dos três níveis é difícil e requer que façamos a
distinção de alguns sinais e sintomas que nos auxiliam na distinção, na maior ênfase
ou não no uso de psicofármacos ou psicoterapias de diferentes matizes (para não
entrar na complicada seara de distingui-las e valorá-las).
De maneira geral o distúrbio mais ligado às funções de máquina – logo
cerebralmente determinado de maneira forte – tende a apresentar ritmicidade e alguns
sintomas e sinais claros: insônia, queda de atenção, rendimento físico deficitário, etc.
Os problemas concernentes aos maus hábitos normalmente conjugam sinais e
sintomas relatados pelos pacientes, mas também uma nítida gama de insuficiências
no plano psicossocial.
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Os problemas ditos biográficos, embora nem sempre descritíveis como
patologias puras ou claras, costumam levar a um sofrimento auto ou heteropessoal
que, à despeito da ausência de ritmicidades outras e clara inclusão em patologias
psiquiátricas conhecidas, não pode simplesmente ser visto como mero "jeito de ser"
ou traço de personalidade.
Do ponto de vista neurocientífico podem-se distinguir três instâncias que
respondem de maneira mais ou menos precisa pelo dito anteriormente e que vem de
ser defendidas em tese de doutoramento pela Dra. Lucia Maciel no Núcleo de
Neurociência e Comportamento da USP sob a orientação do Prof. José Roberto
Piqueira.
Do ponto de vista neurocientífico podem-se distinguir três instâncias que
respondem de maneira mais ou menos precisa pelo dito anteriormente e que vem de
ser defendidas em tese de doutoramento pela Dra. Lucia Maciel no Núcleo de
Neurociência e Comportamento da USP sob a orientação do Prof. José Roberto
Piqueira. As dinâmicas filogenéticas seguem-se duas dinâmicas ontogenéticas, uma
lenta e outra rápida, ambas capazes de dar conta de processos maturacionais do
organismo e também de gravar-lhe a experiência pretérita.
Se a dinâmica lenta maturacional dá conta de fenômenos de aprendizado e de
segregação funcional como o domínio da fala, escrita e modalidades de habilidades,
também a dinâmica rápida de aporte de sensações e informações constitui intenso
cabedal de redirecionamentos intencionalmente mediados de atos e omissões.
Freud apontou para esses fatores no seu célebre Projeto, abandonando-o logo
em seguida e construindo uma teoria da vida mental que mais pareceria culturalista
que propriamente cerebralista.
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neurais artificiais). Porém, quando se lança a explicar a dinâmica ontogenética
contextual rápida, biografia em suma, depara-se com a difícil, se não impossível,
transposição de significados expressos na cadeia narrativo-discursiva e seus
equivalentes neurais.
Modelar uma história pessoal é ainda impossível dada a dificuldade, por ora
esperamos, de estabelecer mapas que vão do significado às variedades neuronais.
Excluídas as patologias que requerem nítida e, às vezes única, intervenção
medicamentosa, e também aquelas concernentes a automatismos e hábitos em que
fármacos e terapias comportamentais devem ser indicadas, sobra uma imensa gama
de transtornos de dinâmica ontogenética rápida - significado em constante mutação -
e que costumam dar muita "dor de cabeça" aos pacientes e circundantes e tem
empobrecido o cenário da psiquiatria biológica ao se fazerem ausentes porque,
aparentemente, pouco objetiváveis ou físicas.(NERO, 2016).
8 NEUROTRANSMISSORES
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sinápticos localizados no neurônio pós-sináptico, fazendo com que esses receptores
se abram dando liberação na maioria das vezes à íons, dando origem ao que
chamamos de transmissão sináptica, onde um impulso nervoso é passado para outra
célula. Os neurônios são as células da comunicação química do cérebro.
O cérebro humano é constituído por dezenas de bilhões de neurônios, cada um
dos quais ligado a milhares de outros neurônios. Assim, o cérebro tem trilhões de
conexões especializadas, as sinapses. Os neurônios têm muitos tamanhos,
comprimentos e formatos que determinam suas funções.
Sua localização no cérebro também determina a função desempenhada.
Quando os neurônios não funcionam adequadamente, podem surgir sintomas
comportamentais. Quando a função neuronal é alterada por fármacos, os sintomas
comportamentais podem ser aliviados, agravados ou produzidos.
De modo complementar ao enfoque anatômico do sistema nervoso, existe o
enfoque químico, que forma a base química da neurotransmissão: isto é, como sinais
químicos são codificados, descodificados, transduzidos e enviados ao longo da via. A
compreensão dos princípios da neurotransmissão química é fundamental para
entender como os agentes psicofarmacológicos atuam, visto que são direcionados
para moléculas essenciais envolvidas nesse processo.
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8.1 Serotonina (5ht)
Fonte: clustersalud.americaeconomia.com
Fonte: ytimg.com
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8.3 Dopamina (DA)
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É o neurotransmissor encontrado em maior quantidade no corpo: estômago,
baço, bexiga, fígado, glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos e coração são apenas
alguns órgãos que este neurotransmissor controla.
A acetilcolina ajuda no controle dos tônus musculares, no aprendizado, e nas
emoções. Também controla a liberação do hormônio da pituitária, a qual está
envolvida no aprendizado e na regulação da produção de urina.
A síntese de acetilcolina pelo organismo é vital, pelo seu papel relativo aos
movimentos e à memória - baixos níveis de acetilcolina contribuem para falta de
concentração e esquecimento.
O corpo sintetiza acetilcolina a partir dos nutrientes colina, lecitina, e DMAE, e
vitamina C, B1, B5, e B6, e minerais zinco e cálcio. Também é relacionada à
performance sexual, controlando a pressão sanguínea e batimento cardíaco durante
a relação sexual.
Fonte: natalben.com
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sanguíneos, e pupilas, reduz batimentos cardíacos, produz ereção entre
outros. Esse transmissor é importante para a movimentação do nosso corpo
pois sua liberação em músculos promove a contração das fibras musculares.
(Andrade R. 200 apud; MOREIRA, 2012).
8.5 Glutamato
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epilepsia, na isquemia neural, na tolerância e na dependência a drogas, na dor
neuropática, na ansiedade e na depressão.
Este aminoácido não atravessa a barreira hematoencefálica, por isso deve ser
sintetizado no tecido nervoso a partir de glicose e outros precursores. As enzimas de
seu metabolismo estão localizadas nos neurônios e nas células da glia.
A função dos transportadores de glutamato é regular o tempo de sua
concentração na fenda sináptica, muitos deles sendo ativados por uma concentração
baixa desse aminoácido ou sendo levados à morte pelas altas concentrações do
mesmo (10-100µM). No entanto seus papéis fisiológicos ainda são alvos de pesquisa.
Até então não se sabe por que um organismo precisa de tantas formas de transporte
para somente um substrato.
8.6 Gaba
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agitação psicomotora; nos quadros de sedação; e é anticonvulsivo em casos de
epilepsia.
Fonte: ugc.kn3.net
Agonistas
Nicotina: Alcaloide predominante no tabaco. Ativa os receptores de ACh
da classe nicotínica, trava o canal aberto
Muscarina: Alcaloide produzido pelo cogumelo Amanita muscaria. Ativa
os receptores de ACh da classe muscarínica.
A-Latrotoxina: Proteína produzida pela aranha "viúva negra". Induz
liberação maciça de ACh, talvez agindo como um ionóforo Ca 2+.
Antagonistas
Atropina (e compostos relacionados a escopolamina): Alcaloide
produzido pela "dama da noite", atropa belladonna. Bloqueia a ação da
ACh apenas nos receptores muscarinicos.
Toxina Botulínica: Oito proteínas produzida peloClostridium botulinum.
Inibe a liberação de ACh.
A-Bungarotoxina: Proteína produzida por cobras do gênero Bungarus.
Impede a abertura do canal receptor de Ach.
D-Tubocurarina: Ingrediente ativo do curar. Impede a abertura do canal
receptor de ACh na placa motora.
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10 CATECOLAMINAS
Fonte: slidesharecdn.com
As principais catecolaminas são a norepinefrina, a epinefrina e a dopamina.
Esses compostos são formados de fenilalanina e tirosina. A tirosina é produzida no
fígado a partir da fenilalanina através da fenilalanina hidroxilase. A tirosina é então
transportada para neurônios secretores de catecolamina onde uma série de reações
a convertem em dopamina, norepinefrina e por fim epinefrina (KING, 2010).
As catecolaminas exibem efeitos excitatórios e inibitórios do sistema nervoso
periférico assim como ações no SNC, tais como a estimulação respiração e aumento
da atividade psicomotora. Os efeitos excitatórios são exercidos nas células dos
músculos lisos dos vasos que fornecem sangue à pele e às membranas mucosas.
A função cardíaca também está sujeita aos efeitos excitatórios, que levam a um
aumento dos batimentos cardíacos e da força de contração. Os efeitos inibitórios, ao
contrário, são exercidos nas células dos músculos lisos na parede do estômago, nas
árvores brônquicas dos pulmões, e nos vasos que fornecem sangue aos músculos
esqueléticos.
Além de seus efeitos como neurotransmissores, a norepinefrina e a epinefrina
podem influenciar a taxa metabólica. Essa influência funciona tanto pela modulação
da função endócrina como a secreção de insulina e pelo aumento da taxa de
glicogenólise e a mobilização de ácidos graxos. As catecolaminas ligam-se a duas
classes diferentes de receptores denominados receptores a- e b-adrenérgicos.
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As catecolaminas, portanto, são também conhecidas como neurotransmissores
adrenérgicos; os neurônios que os secretam são os neurônios adrenérgicos. Os
neurônios que secretam a norepinefrina são os noradrenérgicos. Os receptores
adrenérgicos são receptores em serpentina clássica que se acoplam a proteínas G
intracelulares. Parte da norepinefrina liberada dos neurônios pré-sinápticos e reciclada
no neurônio pré-sináptico por um mecanismo de reabsorção.
Fonte: amazonaws.com
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Existem diversas substâncias capazes de promover comunicação das células
neuronais, dentre elas também temos os neuromoduladores (estes exercem ações
moduladoras em relação aos neurotransmissores). Os neurônios sintetizam
mediadores conhecidos como neuromoduladores cujo efeito é o modular (controlar,
regular) a transmissão sináptica. (NISHIDA, 2012).
Porém algumas características são fundamentais para a diferenciação
destes, estas são:
Deve ser sintetizado dentro do neurônio;
Deve ser encontrado na terminação pré-sináptica e secretado em
quantidades suficientes para agir no local de ação;
Deve imitar a ação de um transmissor endógeno, quando este for
aplicado exogenamente;
Deve apresentar mecanismos específicos para sua remoção.
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Como identificar
A identificação real de neurotransmissores, na verdade, pode ser muito
difícil. Devido a isso, os neurocientistas têm desenvolvido uma série de diretrizes para
determinar se um produto químico deve ser chamado de neurotransmissor ou não:
O produto químico deve ser produzido dentro do neurônio.
As enzimas necessárias precursoras devem estar presentes no
neurônio.
Deve haver suficiente produto químico presente para realmente ter um
efeito no neurônio pós-sináptico.
O produto químico deve ser liberado pelo neurônio pré-sináptico e o
neurônio pós-sináptico deve conter receptores a que o produto químico
se ligará.
Tem de haver um mecanismo ou recaptação de enzima presente que
inibe a ação química.
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11 PEPTÍDEO
O termo peptídeo refere-se à união de dois ou mais aminoácidos por intermédio
de ligações peptídicas, que ocorrem entre o grupo carboxila de um aminoácido e o
grupo amina de outro. Quando esses grupos se ligam, ocorre a formação de água
(reação de desidratação) em virtude da perda de uma hidroxila do grupo carboxila e
de hidrogênio do grupo amina.
Observe o esquema de uma ligação peptídica:
Fonte: uol.com.br
Os peptídeos diferem-se uns dos outros pelo número de aminoácidos e pela
sequência dessas moléculas. De acordo com o número de aminoácidos que possuem,
podemos classificá-los em dipeptídeos, quando são formados por dois
aminoácidos; tripeptídeos, quando são formados por três; tetrapeptídeos, quando são
formados por quatro aminoácidos, e assim por diante. Quando temos vários
aminoácidos ligados, usamos a denominação polipeptídeo.
Quando a molécula formada contém poucos aminoácidos ela é chamada de
oligopepetídeo. Quando há muitos aminoácidos ela é chamada de polipeptídio. Como
cada aminoácido de uma cadeia peptídica perdeu um átomo hidrogênio (H) ou uma
hidroxila (OH), cada unidade de aminoácido é chamada de resíduo.
Quando vamos atribuir um nome a um peptídeo pequeno, seguimos a
sequência dos seus aminoácidos constituintes. Começamos pelo resíduo
aminoterminal, que fica na extremidade esquerda e terminamos no resíduo
carboxilaterminal ou N-terminal, que consiste em um grupo carboxila livre (SANTOS,
2016).
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11.1 Função biológica
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De acordo com Gilman AG, et al, a definição para a classe desses fármacos, e
suas características, seria, Classe de fármacos que produz efeitos fisiológicos e
psicológicos através de vários mecanismos. Podem ser divididos em fármacos
"específicos" por exemplo, aqueles que afetam um mecanismo molecular identificável
próprio das células alvo, as quais apresentam receptores para aquele fármaco -- e os
agentes "não específicos" que produzem efeitos em diferentes células alvo e agem
através de diversos mecanismos moleculares.
Aqueles que apresentam mecanismos não específicos geralmente são
classificados de acordo com a produção de comportamento depressivo ou
estimulante. Aqueles que apresentam mecanismos específicos são classificados por
local de ação ou pelo uso terapêutico específico.
As condições fisiológicas dos indivíduos influenciam os efeitos de
fármacos no SNC:
Ex.: hipnóticos são menos efetivos em indivíduos hiperexcitados.
Estudo do modo como as propriedades físico-químicas do fármaco, a forma
farmacêutica e a via de administração afetam a velocidade e a extensão de absorção
do fármaco. Fazem parte desta fase as etapas de desintegração e a dissolução do
fármaco (MOURA JUNIOR, 2015).
Se pode afirmar que este processo está determinado pela tecnologia com o
qual o medicamento foi fabricado, por exemplo o grau de compressão. Quanto maior
a compressão do medicamento comprimido, menor será o processo de desintegração
do medicamento. Quanto menor a compressão do medicamento comprimido, mais
rápido será o processo de desintegração do medicamento.
O grau de compressão é calculado em estudos afim de que a desintegração
do medicamento ocorra no melhor tempo possível para que seja atingido a
concentração plasmática adequada afim de atingir o objetivo terapêutico do
medicamento. Medicamentos comprimidos efervescentes não passam pela fase de
desintegração, está ocorrendo na água antes de ser ingerida.
No momento da administração da solução, estes se apresentam em pequenas
partículas ao serem ingeridas. A Fase Biofarmacêutica ocorre apenas com
comprimidos, pílulas, cápsulas, etc.
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11.3 Fase de absorção
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A degradação do fármaco no fígado depende de sua estrutura química,
pode ser completamente metabolizado ou inativado.
O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção, necessário
para tornar as substâncias mais polares, mais hidrossolúveis para serem
facilmente eliminadas pelos rins, a mais importante via de eliminação.
Principal órgão de metabolização: fígado
Demais órgãos: rins, pulmões, intestino, pele. (MOURA JUNIOR, 2015).
Fase farmacêutica
Propriedades físico-químicas (lipossolubilidade, peso molecular, grau de
ionização, concentração)
Via de administração
12.5 Psicoestimulantes
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denominação de adrenérgico, contudo esse não é o único mecanismo de ativação
metabólica do organismo.
Os psicoestimulantes, na Farmacodinâmica, como sugere o próprio nome, são
drogas capazes de estimular a atividade, a vigília e a atenção. São agonistas das
catecolaminas, aumentando a disponibilidade de noradrenalina e dopamina nos
receptores. Os psicoestimulantes na farmacocinética são em sua maioria
administrados via oral, sendo rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal.
Atravessam rapidamente a barreira hemato encefálica, sendo eliminado do corpo em
24 horas (DIENER, 1991). As dosagens sanguíneas dos estimulantes, como guia de
ajuste das doses, não parecem úteis (SWANSON, 1988).
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Os efeitos comportamentais aparecem após 1 a 2 horas, o pico entre 3 e 5
horas, diminuindo gradativamente até 8 horas após a ingestão. Os efeitos colaterais
dessa droga são poucos, sendo a diminuição do apetite o mais importante. Pode
também reduzir o limiar de convulsão. Não existem efeitos colaterais decorrentes do
uso prolongado do Metilfenidato (WEISS, 1996).
Os psicoestimulantes, na Farmacodinâmica, como sugere o próprio nome, são
drogas capazes de estimular a atividade, a vigília e a atenção. São agonistas das
catecolaminas, aumentando a disponibilidade de noradrenalina e dopamina nos
receptores. (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2016).
Os psicoestimulantes tem por função potencializar o funcionamento cerebral,
atuando sobre o neurotransmissor dopamina; com isto, ocorre a redução dos sintomas
especialmente da distração e da hiperatividade. Justamente por sua interferência no
metabolismo da dopamina, que é a substância orgânica que envolvida no controle da
motivação, níveis de energia e do prazer, os psicoestimulantes compõem uma
categoria de drogas muito controladas.
Por potencializar o funcionamento do cérebro, os psicoestimulantes
conseguem aumentar a concentração, a memória operacional e a velocidade mental;
também a capacidade de sustentar o esforço mental por tempo mais longo; iniciar e
realizar atividades até o final. Também tem efeito sobre a hiperatividade, por estimular
as áreas cerebrais que comandam a inibição da motricidade (melhoram os freios
comportamentais). Os pensamentos se tornam mais claros, pela melhor organização
das ideias e redução das distrações. (JUNDURIAN, 2018).
Psicoestimulantes não são apenas "tarja-preta", que demandam receita para
serem comprados. Exigem uma receita ainda mais restrita (receituário amarela), da
mesma categoria usada, por exemplo, para a prescrição de opiáceos, como derivados
de morfina. São medicações que trazem riscos de efeitos colaterais sérios, bem como
risco de desenvolver dependência.
Os psicoestimulantes são comercializados em dois tipos de formulação: de
ação imediata ou de longo alcance (LA). A diferença entre ambos está no mecanismo
de liberação da droga a partir da cápsula, o que afeta diretamente o processo de
absorção pelo organismo. Com a ação imediata, a droga entra na corrente sanguínea
quase que imediatamente - em cerca de 15 minutos já se percebe seu efeito; é
rapidamente metabolizado e "sai" do organismo.
46
As formulações de longo alcance têm sempre dois pontos de liberação, o que
permite usar apenas uma cápsula por dia e um efeito mais duradouro.
13.1 Ritalina
Fonte: tarobanews.com
A Ritalina de 10mg é ainda a droga mais vendida, podendo funcionar bem como
alternativa de curto prazo - seus efeitos normalmente aparecem bem rapidamente e
duram por bem pouco tempo - entre 3 a 4 horas, o que torna necessário tomar o
remédio duas ou mais vezes por dia. Há também algumas outras formulações de
metilfenidato com liberação lenta (de longa duração) como Ritalina LA ou Concerta,
que podem durar entre 6 e 8 horas.
A ritalina é um fármaco psicoestimulante fraco, que atua no sistema nervoso
central, proporcionando efeitos mais evidentes sobre as atividades mentais do que
sobre as motoras. Seu mecanismo de ação ainda não é bem compreendido, porém,
o resultado de seu uso é bem reconhecido e bastante estudado. Sua absorção pode
ser acelerada, se ingerido junto com alimento.
47
Com o Venvanse, que também é uma formulação de longa duração, se
consegue um efeito mais prolongado - até 12 horas. Isto se deve especialmente à
categoria da droga, da família das anfetaminas, que é mais potente que o metilfenidato
(AMORIM, 2016).
13.2 Anfetamina
A anfetamina surgiu no século 19, tendo sido sintetizada pela primeira vez na
Alemanha, em 1887. Cerca de 40 anos depois, a droga começou a ser usada pelos
médicos para aliviar a fadiga, dilatar as passagens nasais e bronquiais e estimular o
sistema nervoso central. Na década de 30, o propósito era o tratamento do transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), então denominado hiperatividade ou
disfunção cerebral mínima (RIBEIRO; MARQUES, 2002, apud MARCON, 2012).
Anfetaminas são substâncias simpatomiméticas que têm a estrutura química
básica da beta-fenetilamina. Sob esta designação, existem três categorias de drogas
sintéticas que diferem entre si do ponto de vista químico. As anfetaminas,
propriamente ditas, são a dextroanfetamina e a metanfetamina. A anfetamina é uma
droga estimulante do sistema nervoso central, que provoca o aumento das
capacidades físicas e psíquicas.
Atualmente, as anfetaminas de uso não terapêuticos são proibidas em vários
países, incluindo o Brasil (desde 2011). Em alguns países da Europa a substância foi
totalmente proibida, sendo encontrada somente de forma clandestina, vinda de outros
locais. A maior parte dos usuários são mulheres que utilizam a droga para o
emagrecimento.
48
13.3 Dextroanfetamina
49
A Dextroanfetamina está incluída em um dos três principais
simpaticomiméticos utilizados atualmente na prática clínica (os outros
são Metilfenidato e Pemolide) e seus principais efeitos são transtorno do
déficit de atenção com hiperatividade (DDAH) e a Narcolepsia.
Sua fórmula química é C9H13N.
Seu peso molecular é de 135.206.
Seu metabolismo é hepático.
13.4 Metanfetamina
Fonte: seligasaude.com
13.5 Piracetam
Fonte: doktersehat.com
52
desencadear crises de euforia, assim como os sedativos terem probabilidade de
desencadear a depressão. Desta forma, tanto o Carbonato de Lítio, quanto a
Carbamazepina são utilizados sempre como coadjuvantes quase indispensáveis do
tratamento.
13.7 Depressores
Antipsicoticos
Os antipsicóticos são classificados em típicos (ou de primeira geração ou
tradicionais) e atípicos (ou de segunda geração), de acordo com seu mecanismo de
ação – os típicos bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2, enquanto que os
atípicos bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2 e os receptores serotoninérgicos
5HT2A. Essa diferença no mecanismo de ação determina perfis distintos de efeitos
terapêuticos e efeitos colaterais de cada um desses grupos. (CORDIOLI, 2000).
Fonte: elsevier.es
Ansiolíticos
O CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas,
conceitua ansiolíticos como:
São medicamentos que têm a propriedade de atuar sobre a ansiedade e
tensão. Estas drogas foram chamadas de tranquilizantes, por acalmarem a pessoa
estressada, tensa e ansiosa. Atualmente, prefere-se designar esses tipos de
53
medicamentos pelo nome de ansiolíticos, ou seja, que "destroem" (lise) a ansiedade.
Também são utilizadas no tratamento de insônia e nesse caso também recebem o
nome de drogas hipnóticas, isto é, que induzem sono. Os ansiolíticos mais comuns
são substâncias chamadas benzodiazepínicos, que aparecem em medicamentos
como Valium®, Librium®, Lexotam®, Dormonid® etc.
Fonte: images.e-konomista.pt
13.8 Hipnóticos
Anestésicos
Fonte: zitusti.cz
55
O estado anestésico inclui perda da consciência, bloqueio ou insensibilidade à
dor, evitar reflexos autônomos, promover amnésia e relaxamento muscular. Os
anestésicos gerais se dividem em dois grupos:
Anestésicos inalatórios e intravenosos: A seleção do anestésico tem por
finalidade promover um regime anestésico seguro, tomando por base o tipo de
cirurgia, o estado do paciente e a farmacologia.
Agentes Inalatórios: Isoflurano (quase em desuso)
Enflurano
Sevoflurano (Atualmente o mais usado)
Desflurano
Gases anestésicos
Óxido nitroso (ainda usado)
Xenônio (Em estudo, uma esperança, mas nada comprovado).
Fármacos anestésicos intravenosos
Sedativos hipnóticos:
Propofol. – Anestésico de eleição, mas requer suplementação com narcóticos
para analgesia.
Midazolam – Benzodiazepínico. Muito utilizado. Também em anestesia
Pediátrica.
Tiopental – É um barbitúrico de ação rápida.
Etomidadto – Um derivado imidazólico, sua particularidade é estabilidade
cardiovascular.
Cetamina - Produz alucinações no período pós-anestésico
As fases da anestesia são:
1 - Indução: Inconsciência, com o uso de anestésicos, com ajuda dos
adjuvantes ou de anestésicos intravenoso, como por exemplo, o Tiopental.
2 - Manutenção: Quantidade de droga inalada ou infundida, baseada nos
parâmetros clínicos, fornecido pela monitorização.
3 - Recuperação: Retorno da consciência com a retirada do anestésico.
Todo o processo de analgesia e suas fases geram alguma resposta do
indivíduo que está sendo submetido a este procedimento, e algumas vezes estas
respostas são os efeitos colaterais ou reações adversas. As principais são:
Ao corpo como um todo: Febre, Cefaleia, Calafrios.
56
Relativos ao sistema digestivo: Náuseas, vômitos.
Relativa o sistema nervoso: Agitação, tontura e sonolência.
O anestésico ideal seria o que apresentasse todas as características,
nenhum agente sozinho é um anestésico ideal:
Indução rápida e confortável
Relaxamento muscular adequado, para tipo de processo cirúrgico.
Ampla margem de segurança.
Sustentar a homeostasia durante a cirurgia.
Rápidas alterações na profundidade anestésica.
Ausência de toxicidade.
Ausência de efeitos adversos.
Eliminação rápida para proporcionar um fácil retorno à consciência.
Antiepilépticos
Fonte: setorsaude.com.br
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Tem sido ocasionalmente usado em pacientes maníaco-depressivos com o
sentido de melhorar seus sintomas.
Fenobarbital
1 – Ações: O fenobarbital apresenta atividade antiepiléptica, limitando a
expansão das descargas anômalas pelo cérebro e elevando o limiar de disparo. Seu
mecanismo de ação é desconhecido, porém pode envolver os efeitos inibitórios dos
neurônios mediados pelo ácido y-amino-butírico (GABA). As doses necessárias para
a ação antiepiléptica são menores do que as que causam pronunciada depressão do
SNC.
2 – Usos terapêuticos:
O fenobarbital promove taxa de resposta favorável de 50% em crises parciais
e não é muito efetivo em crises parciais complexas. Este fármaco tem sido visto como
de primeira escolha nas crises recorrentes da infância, inclusive as causadas pela
febre. Entretanto, o fenobarbital pode deprimir o desempenho cognitivo na criança
tratada por convulsões febris e, então, este fármaco deve ser usado com cautela.
O fenobarbital é também usado no tratamento das crises tônico-clônicas
recorrentes, especialmente em pacientes que não respondem ao diazepam com
fenitoína. O fenobarbital é também usado como sedativo suave no alívio da
ansiedade, tensão nervosa e insônia, apesar de os benzodiazepínicos serem
superiores.
Primidona
A primidona é estruturalmente relacionada ao fenobarbital e assemelha-se a
ele em sua atividade anticonvulsivante. A primidona é escolha alternante nas crises
parciais e tônico-clônicas. Muito da eficácia da primidona vem de seus metabólitos: o
fenobarbital e a fenil-etilmalonamida, que apresentam meias-vidas maiores que o
fármaco-mãe. O fenobarbital é efetivo nas crises tônico-clônicas e nas crises parciais
simples; e a fenil-etil-malonamida, nas crises parciais complexas.
A primidona é frequentemente usada em associação com a carbamazepina e
a fenitoína, permitindo que sejam utilizadas menores doses destes agentes. Ela é
ineficaz nas crises de ausência. A primidona é bem absorvida por via oral.
Ela mostra pouca ligação às proteínas. Este fármaco apresenta os mesmos
efeitos adversos que o fenobarbital.
59
Ácido Valpróico
O ácido valpróico diminui a propagação da descarga elétrica anômala no
cérebro. Ele pode potenciar a ação do GABA nas sinapses inibitórias. O ácido
valpróico é o mais efetivo agente disponível para o tratamento das crises mioclônicas.
Ele diminui as crises de ausência, porém é de segunda escolha em razão de seu
potencial hepatotóxico. O ácido valpróico reduz a incidência e severidade das crises
tônico-clônicas.
Etosuximida
A etosuximida reduz a propagação da atividade elétrica anômala no cérebro e
é de primeira escolha na ausência de crises.
Benzodiazepínicos
Muitos benzodiazepínicos mostram atividade antiepiléptica. O clonazepam e o
clorazepato são usados em tratamentos crônicos, enquanto o diazepam é o fármaco
de escolha no tratamento agudo do estado epiléptico. O clonazepam impede o
espalhamento da crise do foco epileptógeno e é efetivo nas ausências e crises
mioclônicas, porém desenvolve tolerância. O clorazepato é efetivo nas crises parciais,
quando usado em associação a outros fármacos.
De todos os antiepilépticos, os benzodiazepínicos são os mais seguros e mais
livres de efeitos adversos severos. Todos os benzodiazepínicos apresentam
propriedades sedativas; assim, podem ocorrer letargia, sonolência e fadiga com doses
elevadas; também podem ocorrer ataxia, tonturas e alterações do comportamento.
Podem ocorrer depressões respiratória e cardíaca, quando usados por via intravenosa
em situações agudas.
Gabapentin e Lamotrigine
Pela primeira vez, em muitos anos, estão disponíveis novos fármacos
antiepilépticos. O gabapentin é substância análoga do GABA, porém seu mecanismo
de ação não é conhecido. O lamotrigine inibe a liberação de glutamato e aspartato,
bloqueia os canais de sódio e impede o disparo repetitivo. Ambos os fármacos estão
aprovados para o tratamento das crises parciais simples e complexas, além das crises
generalizadas tônico-clônicas.
60
13.9 Antidepressivos
62
Após vários estudos concluiu-se que o seu mecanismo de ação consistia em
inibir o armazenamento neuronial da serotonina e noradrenalina, ambos
neurotransmissores amínicos (Katzung, 2007). Consequentemente, deduziu-se que
a deficiência da transmissão destes neurotransmissores no SNC poderia causar
depressão (Bruton, Lazo e Parker, 2006).
Foi a partir desta descoberta que a depressão passou a ser encarada como
uma doença e não como um defeito caracterológico (Guimarães, Moura e Silva, 2006),
fornecendo a base daquilo que passou a ser conhecido como a hipótese amina da
depressão.
Mas um grande enigma na aplicação dessa hipótese permanecia. Embora as
ações farmacológicas dos antidepressivos existentes sejam imediatas, os efeitos
clínicos necessitam de várias semanas para se manifestar. A explicação para esta
observação tinha base nas respostas compensatórias lentas ao bloqueio inicial da
recaptação de aminas ou da inibição da MAO (Katzung, 2007).
A plausibilidade desta hipótese biológica gerou um grande interesse pelos
estudos genéticos, bioquímicos e clínicos para compreender melhor esta doença. No
entanto, apesar dos esforços ainda não se conseguiu comprovar, em seres humanos,
as alterações metabólicas previstas por esta hipótese. Além disso, os estudos
genéticos demonstraram que a hereditariedade era responsável por apenas uma parte
da fisiopatologia das doenças mentais, deixando espaço para outras hipóteses, como
as ambientais e psicológicas (Bruton, Lazo e Parker, 2006).
A hipótese amina forneceu assim os principais modelos experimentais para a
descoberta de novos fármacos antidepressivos. Em consequência, todos os
antidepressivos atualmente disponíveis, à exceção da bupropiona, são classificados
de acordo com as suas ações sobre o metabolismo, a recaptação ou o antagonismo
seletivo dos receptores de serotonina e noradrenalina ou ambas (Katzung, 2007).
Tratamento da depressão
Existem vários tratamentos para depressão que se podem optar consoante a
gravidade ou duração da doença. As opções de tratamento na fase aguda incluem a
psicoterapia, a farmacoterapia, a combinação da psicoterapia e da farmacoterapia e
a terapia eletroconvulsiva. Dentro destas, a escolha vai ser feita de acordo com o perfil
do doente e do que lhe é mais apropriado (Plesničar, 2014).
63
13.11 Inibidores da monoaminoxidase (MAO)
65
este último está associado a um maior número de sintomas de descontinuação
(Figueira e col., 2012).
66
resistência ao tratamento (quando o tratamento com dois antidepressivos diferentes
não mostra evidências de remissão da depressão (Li e col., 2013)), e a combinação
de antidepressivos, de estrutura e mecanismo de ação diferentes, parece ser uma
solução para este problema (Richelson, 2013).
Atualmente não existe nenhum fundamento suficientemente forte que suporte
esta prática. Porém, os cada vez mais seguros perfis de segurança dos
antidepressivos mais recentes, permitem que esta estratégia terapêutica seja cada
vez mais procurada.
As combinações mais usadas são geralmente seguras e são uma maneira de
minimizar os sintomas de descontinuação que muitas vezes se verificam quando se
faz a mudança de um antidepressivo para outro (Thase, 2013).
67
13.19 SSRI’S e bupropiom
No final dos anos 90, esta combinação veio substituir a anterior por diversas
razões, destacando-se o melhor perfil de segurança e menos efeitos secundários a
nível sexual (Thase, 2013). Ainda não se fizeram ensaios clínicos suficientes que
ajudassem a suportar esta estratégia, no entanto há muitos médicos que optam por
esta terapêutica.
As doenças mentais, nas quais se inclui a depressão, são das doenças mais
difíceis de gerir. É necessária uma monitorização da terapêutica com o propósito de
melhorar as condições de vida do doente, controlando a adesão e reduzindo os efeitos
secundários (Salazar-Ospina e col., 2014).
O farmacêutico é uma peça essencial na gestão desta doença visto que é um
dos profissionais de saúde a quem as pessoas mais recorrem, devido à manutenção
de uma relação de proximidade e confiança com o doente. Para além de avaliar a
prescrição, identificando possíveis interações com medicação concomitante ou com
outras patologias (Khan, 2009), o farmacêutico deve informar os doentes (verbalmente
e por escrito) sobre a doença e o uso correto da medicação, bem como supervisionar
a efetividade e a segurança do tratamento.
68
Uma informação correta sobre o tratamento é muito importante já que muitas
vezes, por falta de conhecimento, os doentes abandonam a terapêutica (Costa, 2010).
Alguns estudos comprovam que a intervenção do farmacêutico no seguimento da
doença pode reduzir o risco de suicídio e minimizar as recaídas. Isto só pode ser
conseguido ao identificar, prevenir e solucionar problemas relacionados com a
terapêutica (Salazar-Ospina e col., 2014).
No entanto, esta prática apresenta algumas falhas, principalmente na farmácia
comunitária. A principal barreira é a falta de informação sobre a pessoa e o tratamento,
mas o próprio farmacêutico também está pouco educado para as doenças mentais. A
falta de tempo para um atendimento personalizado e a falta de privacidade da farmácia
também são alguns dos problemas que o farmacêutico tem de enfrentar (Liekens e
col., 2012). O farmacêutico deveria receber formação focada nas capacidades de
comunicação para poder saber interagir de uma forma adequada com esta população
em específico (Liekens e col., 2012).
69
14 FARMACODEPENDÊNCIA
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
70
A propensão para o vício é maior para três classes de medicamentos:
estimulantes, normalmente prescritos para pessoas com déficit de atenção; opióides,
que servem para o tratamento de fortes dores; e tranquilizantes ou sedativos,
utilizados para o tratamento de transtornos de sono ou de ansiedade.
Fármaco
Indivíduo
Ambiente
Droga
Disponibilidade
71
Custo
Potência e grau de pureza
Via de administração
Farmacocinética
14.4 Indivíduo
14.5 Ambiente
72
Uso mantido apesar do reconhecimento de problemas físicos ou psicológicos
persistentes ou recorrentes, causados ou agravados pelo uso
73
15 SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
15.1 Conceito
74
Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais bem
explicados por outro transtorno mental.
A abstinência geralmente, mas nem sempre, está associada com Dependência
de Substância. A maior parte dos indivíduos com Abstinência (talvez todos) tem uma
premência por readministrar a substância para a redução dos sintomas.
O diagnóstico de Abstinência é reconhecido para os seguintes grupos de
substâncias: álcool; anfetaminas e outras substâncias correlatas; cocaína; nicotina;
opióides; e sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.
Os sinais e sintomas de Abstinência variam de acordo com a substância usada,
sendo a maior parte dos sintomas o oposto daqueles observados na Intoxicação com
a mesma substância. A dose e a duração do uso e outros fatores tais como a presença
ou ausência de doenças adicionais também afetam os sintomas de abstinência.
A Abstinência desenvolve-se quando as doses são reduzidas ou cessadas, ao
passo que os sinais e sintomas de Intoxicação melhoram (gradualmente, em alguns
casos) após a cessação das doses. Algumas síndromes de abstinência podem ser tão
graves a ponto de colocar em risco a vida da pessoa, como é o caso da abstinência
do álcool e da heroína.
Síndrome (estado) de abstinência
Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja
gravidade é variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou
relativa de uma substância psicoativa consumida de modo prolongado.
O início e a evolução da síndrome de abstinência são limitados no tempo
e dependem da categoria e da dose da substância consumida
imediatamente antes da parada ou da redução do consumo. A síndrome
de abstinência pode se complicar pela ocorrência de convulsões.
Síndrome de abstinência com Delirium
Estado no qual a síndrome de abstinência se complica com a ocorrência
de delirium, este estado pode igualmente comportar convulsões.
Segundo o “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais”,
publicado pela Associação Psiquiátrica Americana1 (2000), a característica primordial
da dependência de substâncias corresponde à presença de um conjunto de sintomas
cognitivos, comportamentais e fisiológicos.
75
Esses sintomas evidenciam que o indivíduo continua a utilizar uma
determinada substância, apesar dos problemas significativos relacionados à mesma
tanto em termos de saúde quanto pessoais e sociais. Sendo assim, existe um padrão
de autoadministração repetida, o qual geralmente resulta em tolerância, abstinência e
comportamento compulsivo de consumo da droga. Resulta de neuroadaptação que
aparece como tolerância no decorrer do uso.
Favaro (2012, p.1) descreve a síndrome de abstinência como a doença da
adição (DA) acometendo homens e mulheres e não está relacionada somente às
drogas, mas qualquer outra manifestação compulsiva que a pessoa tenha
demasiadamente. O termo adição é utilizado para evitar a terminologia viciado, pois
vício tem conotação negativa que diminui a autoestima do adicto prejudicando sua
recuperação.
76
A CID 10 fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande
variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e
causas externas para ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma
categoria única à qual corresponde um código CID 10.
A CID-10, como é conhecida, foi desenvolvida em 1992 para registar as
estatísticas de mortalidade.
A principal função do CID é monitorar a incidência e prevalência de doenças,
através de uma padronização universal das doenças, problemas de saúde pública,
sinais e sintomas, queixas, causas externas para ferimentos e circunstâncias
sociais, apresentando um panorama amplo da situação em saúde dos países e suas
populações.
O CID é utilizado por médicos, outros profissionais de saúde, pesquisadores e
gestores em saúde, empresas, seguros de saúde e organizações de pacientes, para
classificar doenças e problemas em saúde nos registros em saúde.
Esta ferramenta está traduzida em 43 diferentes línguas e presente em mais
de 115 países. A versão mais nova é o CID-10 lançado na 43a Assembleia Mundial
da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio de 1990.
Uma nova versão está em revisão com lançamento previsto do CID-11 em 2018.
Fonte: image.slidesharecdn.com
78
Fonte: scielosp.org
79
A CID é uma das principais ferramentas epidemiológicas do cotidiano médico
e a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo. O novo
documento contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de
morte – a CID-10 continha 14.400.
Entre as novidades da publicação, estão a inclusão do transtorno dos jogos
eletrônicos como um dos problemas de saúde mental, além de capítulos inéditos
sobre medicina tradicional e saúde sexual.
Sua principal função é monitorar a incidência e prevalência de doenças, por
meio de uma padronização universal das mesmas, problemas de saúde pública, sinais
e sintomas, causas externas para ferimentos e circunstâncias sociais, apresentando
um panorama amplo da situação em saúde dos países e suas populações.
De acordo com Dr. Robert Jakob, coordenador da equipe de classificação de
terminologias e padrões da OMS, essa décima primeira edição também reflete o
progresso da medicina e os avanços na compreensão científica. O Dr. Jakob disse
também que outras seções que foram atualizadas de acordo com o conhecimento
atual incluem cardiologia, alergias e doenças do sistema imune, doenças infecciosas,
câncer, demência e diabetes.
O documento será apresentado oficialmente durante a Assembleia Mundial da
Saúde, em maio de 2019, e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. A versão já
divulgada permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar
profissionais de saúde.
A CID também é utilizada por seguradoras de saúde cujos reembolsos
dependem da codificação de doenças; gestores nacionais de programas de saúde;
especialistas em coleta de dados; e outros profissionais que acompanham o
progresso na saúde global e determinam a alocação de recursos de saúde.
17 PSICOTERAPIA
80
A psicoterapia é também, uma forma de autoconhecimento, de crescimento e
aprendizagem. Dessa forma, a psicoterapia não é apenas uma teoria ou técnica que
trata de pessoas doentes, mas uma ação entre duas pessoas, que resulta em maior
envolvimento de ambos com a realidade.
Consequentemente, psicoterapeuta e paciente, juntos, podem estabelecer uma
relação benéfica, que fará com que o paciente, ao adentrar sua própria realidade,
encontre meios para amenizar seu sofrimento psicológico (RIBEIRO, 1984).
A psicoterapia já é um efetivo recurso de mudança e, com a força do contato
humano e dos psicofármacos, quando necessários, garante a eficácia do tratamento.
“Isto nos permite sonhar com um futuro no qual a escolha do medicamento ou a
indicação de psicoterapia sejam feitas, especificamente, analisando as condições de
cada paciente, caso-a-caso” (BEZERRA, 2008, p. 2).
Atualmente, percebe-se que a psicoterapia e a psicofarmacologia são eficazes
no tratamento de pessoas com Transtornos Mentais, entretanto, ambas possuem
benefícios e limitações. Na psicofarmacologia, o alivio dos sintomas é mais rápido,
mas existem efeitos colaterais adversos.
Na psicoterapia, normalmente, o acompanhamento é feito semanalmente e o
progresso e observado no decorrer do tempo. No entanto, os casos de transtornos
mentais graves demandam uma ação mais imediata. Sendo assim, recentes estudos
indicam que os dois métodos terapêuticos, quando combinados, são mais eficazes
para a saúde mental do paciente do que isoladamente (FRANCO, 2012).
81
no paciente é referente ao seu diagnóstico ou a efeitos adversos de psicofármacos de
que faz uso.
Se nessa avaliação não se pode afirmar ou definir algo concreto, pelo menos
um alerta deve ficar: Existe um déficit cognitivo real? Qual é? Os psicofármacos estão
de algum modo interferindo na cognição? O déficit motor apresentado para a
realização das atividades é decorrência de possíveis efeitos adversos dos
psicofármacos?
Visto que o terapeuta ocupacional não tem em sua formação específica um
curso de psicofarmacologia e nem mesmo em farmacologia, uma lacuna pode estar
presente ao planejar um tratamento. Por isso, deve recorrer quando possível para
cursos extracurriculares, ou até mesmo para um conhecimento prático no dia a dia de
sua clínica, buscando em livros específicos de medicina dirimir suas dúvidas.
A capacidade física do paciente de executar ações funcionais, a capacidade
cognitiva, as condições sociais e culturais, e as aptidões e interesses, são alguns
dos itens que uma avaliação criteriosa fornece como dados reais e importantes para
um plano de tratamento terapêutico ocupacional.
Sendo assim, se em algumas dessas áreas houver dúvidas, o plano de
tratamento pode ser comprometido, principalmente quanto à expectativa do paciente
e ou familiares.
82
18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BERNE, R.; LEVY, M.; Fisiologia - 4ª Edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro,
2000.
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-957.
87
19 BIBLIOGRAFIA
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