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A prefixação e aglutinação.
B parassíntese e sufixação.
C justaposição prefixação.
D hibridismo e sufixação.
E aglutinação e parassíntese.
42 Q1994507 Português > Morfologia , Conjunções: Relação de causa e consequência , Sintaxe Uso dos conectivos
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: DETRAN-DF Prova: IBFC - 2022 - DETRAN-DF - Analista em Atividades de Trânsito
Texto I
Eu deveria cantar.
Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr
até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar
algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir
luz, como nos tempos em que tinha fé.
Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum
canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem
zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem
sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer
nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado,
imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da
janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de
rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e
os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam
razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem.
Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos
sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida,
tinha um nome. Chamava-se – um emprego.
(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.11-12).
Considere a passagem “Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes” (3º§) para responder à questão
seguinte.
Entendendo que o valor de um conectivo deve ser apreendido com base no contexto em que se encontra, a conjunção
“E” manteria o sentido que expressa caso fosse substituída por:
A visto que.
B portanto.
C porém.
D mas também.
Texto I
Eu deveria cantar.
Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr
até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar
algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir
luz, como nos tempos em que tinha fé.
Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum
canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem
zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem
sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer
nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado,
imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da
janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de
rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e
os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam
razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem.
Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos
sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida,
tinha um nome. Chamava-se – um emprego.
(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.11-12).
Considere o fragmento abaixo para responder à questão.
“Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o
telefone que acabara de desligar.” (3º§)
Em “Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom”, nota-se uma construção paralelística que reforça a ideia de falta,
explicitada pelo emprego respectivo de:
Texto I
Sobre coisas que acontecem
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida.
Que seria o dia que conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela
última vez. O dia que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a
mim 20 anos antes.
(Que dia foi esse? Quem está falando?)
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase fictícia e demonstrei os desdobramentos que ela
poderia ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta,
verdadeira ou fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será fisgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identifique com
nada, mas será desafiado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido
(literário/jornalístico), encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas
dois gênios entre tantos que fizeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu
fosse citar todos os colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas,
polemizar, elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou filosofal – é
caleidoscópica, tal qual nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer
poderá nos salvar da mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma
crônica diária. Hoje, antes de adormecer, você já estará um pouco transformado.
(Revista ELA, O Globo, 24/07/2022)
Considerando o vocábulo “mesmice”, presente no 7º parágrafo, e seu processo de formação, é correto afirmar que se
trata de:
Na oração “a quem ele amara de verdade”, justifica-se a presença da preposição destacada em função:
46 Q1994016 Português > Morfologia , Numerais , Substantivos Adjetivos , Advérbios , Morfologia - Pronomes
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: TJ-MG Provas: IBFC - 2022 - TJ-MG - Analista Judiciário - Administrador ...
Texto I
“Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o
rosto de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara
realmente, e quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges
medievais que tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas.
E essa insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede.
Claro que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com reflexos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a carne
– pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é infinitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente
numa coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos
ossos e a mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do
corpo e este fica tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que
sofreram e se amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas.
São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Em “Mas o ‘quase’ era atroz”, o vocábulo destacado tem seu sentido realçado pelas aspas, mas também em função de, no
contexto em que se encontra, assumir um caráter:
A numérico.
B adjetivo.
C pronominal.
D adverbial.
E substantivo.
O substantivo composto “mal-entendidos”, presente no texto, está flexionado no plural. Dentre os vocábulos listados
abaixo, assinale aquele que segue a mesma norma para a flexão de número.
A secretário-geral.
B abaixo-assinado.
C cana-de-açúcar.
D tenente-coronel.
E salário-família.
A seleção dos adjetivos e de outros termos caracterizadores é fundamental para a produção de efeitos na composição
dos textos. Dentre as passagens abaixo, retiradas do texto, assinale a que não destaca um exemplo de caracterização
subjetiva.
49 Q1980894 Português > Morfologia , Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2022 - MGS - Cargos de Nível Fundamental Completo
50 Q1980853 Português > Morfologia , Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2022 - MGS - Cargos de Nível Fundamental Incompleto
Analise: amarelo = adjetivo - amarelado = adjetivo sufixado. Assinale a alternativa que apresenta a única palavra que não
está sufixada.
A Azulado.
B Esverdeado.
C Alaranjado.
D Vermelho.
A repetição, no terceiro parágrafo, da expressão adverbial “Aos dezenove anos” busca contrastar a juventude do
enunciador com a dureza das experiências representadas. Considerando o contexto, tem-se, destacado, outro exemplo
de expressão adverbial em:
Português > Morfologia , Advérbios , Sintaxe Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado ,
52 Q1978836 Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva ,
Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento No
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: SESACRE Provas: IBFC - 2022 - SESACRE - Agente Administrativo ...
No período “É seguro tomar remédios para dormir?” (2º §), ocorrem três orações. Sobre a relação que há entre elas, é
correto afirmar que:
TEXTO 02 – PARTE
A Vikings, Normandos, Bárbaros: três termos, um mesmo povo
Os vikings são uma civilização antiga originária da região da Escandinávia, que nos dias atuais compreende o território de
três países europeus: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Também conhecidos como nórdicos ou normandos, eles
constituíram uma rica cultura que se desenvolveu devido à atividade agrícola, ao artesanato e a um notável comércio
marítimo.
No parágrafo inicial do texto, pode-se ler “notável comércio marítimo”. Diante das regras de concordância nominal,
assinale a alternativa correta, a partir das assertivas.
Em relação ao conteúdo programático, mais especificamente ao tópico “Emprego das classes de palavras”, analise os
conceitos abaixo e os relacione respectivamente com as suas denominações.
______ é uma classe de palavras, a qual, geralmente, vem acompanhada de outras palavras, as quais a determinam. Daí
dizermos que ela frequentemente se encontra acompanhado de determinantes. ______ é a classe de palavra variável que
interfere na extensão semântica de outra classe de palavras. Pode-se afirmar que ela serve para destacar de uma classe
um ou mais indivíduos. ______ é a palavra variável que, acompanhando ou substituindo uma outra classe de palavras,
transmite uma noção de quantidade ou de ordem numérica. ______ pode ser flexionado em modo, tempo, número e pessoa,
isto é, a palavra variável que apresenta o maior número de flexões na língua portuguesa. Assinale a alternativa que
preencha correta e respectivamente as lacunas.
Observe a pontuação de exclamação utilizada nesse excerto: “Hoje o hambúrguer é o fast-food mais popular do mundo e
doze mil pessoas pedem um a cada minuto nos Estados Unidos!” Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa
correta.
I. A exclamação ocorre para finalizar as proposições declarativas, simples ou compostas, de sentido incompleto. II. A
exclamação é usada para indicar a supressão de um pensamento ou de uma ideia. Também é usada em citações ou
transcrições para distingui-las de outras partes do texto. III. A exclamação é empregada depois de interjeições, palavras ou
frases com o intuito de expressar uma das opções: admiração, espanto, surpresa, afeto, cólera, ou seja, para expressar um
estado emotivo. Estão corretas as afirmativas:
A I apenas.
B II apenas
C III apenas.
D I, II e III.
56 Q1978557 Português > Morfologia , Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Dourados - MS Prova: IBFC - 2022 - Prefeitura de Dourados - MS - Fiscal de
Obras
Segundo Bezerra (2005, p. 153), os AFIXOS: são elementos que se acrescentam aos radicais com a finalidade de formar
palavras novas. De posse dessa explanação, Assinale a única alternativa que apresenta uma palavra sufixada.
A Infeliz.
B Felizmente.
C Desleal.
D Anfiteatro.
Texto 02
Inspiração para seus sonhos.
Guarujá é docemente conhecida como a "Pérola do Atlântico". Quem já visitou sabe o porquê. Praias paradisíacas,
ecoturismo, pesca de aventura, aqui tem de tudo. E não é só à beira do mar que o Estado de São Paulo impressiona.
Gastronomia, shoppings, cultura, trilhas, templos e museus também fazem bonito. (...)
(ABEAR- Associação Brasileira das Empresas Aéreas. Texto com modificações para este Concurso) Disponível em
https://www.pressreader.com/brazil/hoteis/20220601
Leia a passagem: “Quem já visitou sabe o porquê.” A formação ‘o porquê’ está correta, pois, tem como significado:
I. ‘o motivo’, ou seja, é um substantivo.
II. ‘por causa de que’, ou seja, é uma conjunção adversativa aditiva.
III. ‘’a razão’, ou seja, é um advérbio.
Estão corretas as afirmativas:
A I apenas.
B II apenas.
C III apenas
D I e II apenas.
A numeral e adjetivo.
B preposição e adjetivo.
A materialidade e afetividade.
B pobreza e riqueza.
C saúde e doença.
D essencial e supérfluo.
Respostas
41: B 42: C 43: B 44: D 45: C 46: E 47: B 48: C 49: A 50: D 51: A 52: D 53: A
54: A 55: C 56: B 57: A 58: A 59: C 60: A
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