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GRUPO I
A
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.
[…] Na semana adiante, quando soube que o senhor Baltasar (raios o partam!) tinha saído de Viseu, fui
falar com o senhor corregedor, e contei-lhe tudo como se passara. O senhor corregedor esteve a cismar
um pouquinho, e disse-me, e vossa senhoria há de perdoar por eu lhe dizer o que seu pai me disse, tal e
qual.
– Diga.
– Seu pai começou a esfregar o nariz, e disse-me: – “Eu sei o que é isso. Se aquele brejeiro de meu
filho Simão tivesse honra, não olharia para a prima desse assassino. Cuida o patife que eu consentia que
meu filho se ligasse a uma filha de Tadeu de Albuquerque!…” Ainda disse mais coisas que me não
lembram; mas eu fiquei sabendo tudo. Ora aqui tem o que houve. Agora apareceu- me aqui vossa
senhoria, e a noite passada foi a Viseu. Perdoará a minha confiança: mas vossa senhoria foi falar com a
tal menina; e eu estive vai e não vai a segui-lo; mas, como ia meu cunhado, que é homem para três,
fiquei descansado. Ele contou-me um encontro que vossa senhoria teve à porta do quintal da menina.
Se lá torna, senhor Simão, vá preparado para alguma coisa de maior. Eu bem sei que vossa senhoria
não é medroso; mas duma traição ninguém se livra. Se quer que eu vá também, estou às suas ordens;
e a clavina que deu polícia ao almocreve ainda ali está, e dá fogo debaixo de água, como diz o outro.
Mas, se vossa senhoria dá licença que eu lhe diga a minha opinião, o melhor é não andar nessas
encamisadas. Se quer casar com ela, vá pedir a seu pai licença, e deixe o resto cá por minha conta;
ponto é que ela queira, que eu, num abrir e fechar de olhos, atiro com ela para cima duma égua de
chupeta, que ali tenho, e o pai e mais o primo ficam a ver navios.
– Obrigado, meu amigo – disse Simão – aproveitarei os seus bons serviços quando me forem
necessários. Esta noite hei de ir, como fui a noite passada, a Viseu. Se houver novidade, então veremos
o que se há de fazer. Conto com vossemecê, e creia que tem em mim um amigo.
Mestre João da Cruz não replicou. Dali foi examinar mudamente a fecharia da clavina, e entender-se
com o cunhado sobre cautelas necessárias, enquanto descarregava a arma, e a carregava de novo com
uns zagalotes especiais, que ele denominava “amêndoas de pimpões”. Neste intervalo, Mariana, a filha
do ferrador, entrou no sobrado, e disse com meiguice a Simão Botelho:
– Então sempre é certo ir?
– Vou; porque não hei de ir?!
– Pois Nossa Senhora vá na sua companhia – tornou ela, saindo logo para esconder as lágrimas.
2. Compara o posicionamento de Joao da Cruz e de Mariana sobre um possível novo encontro de Simão
com Teresa.
3. Apresenta três traços caracterizadores de Simão, fundamentando a tua resposta com expressões
textuais.
B
4. Escreve uma exposição de centro e trinta palavras a cento e setenta palavras sobre o “Amor de
Perdição como cronica da mudança social”, tendo em conta os seguintes tópicos:
✓ família;
✓√igreja;
✓ justiça.
GRUPO II
Escreve, na folha de respostas, o numero do tem e a letra que identifica a opção escolhida.
Lê o texto seguinte.
2. De acordo com a leitura do texto, o titulo “Os olhos que nos veem la do fundo” representa a
(A) a consciência de cada de um de nos.
(B) a forma como a sociedade nos vê.
(C) aquilo que a família espera de nos.
(D) as nossas origens.
3. Na oração “Aquilo […] impedia-nos de muito pouco” (ll. 7-8), o pronome pessoal desempenha a
função sintática de
(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) complemento indireto.
(D) complemento oblíquo.
4. Na afirmação “Ao responder pelas escolhas que fizemos, fomos tecendo uma longa manta de
autojustificações” (ll. 11-12) está presente
(A) hipérbole.
(B) metonímia.
(C) anáfora.
(D) metáfora.
5. Os elementos linguísticos “Primeiro” (l. 13) e “depois” (ll. 13, 14 e 15) contribuem para assegurar a
coesão textual
(A) frásica.
(B) temporal.
(C) interfrásica.
(D) lexical.
7. Nas frases “quando repetimos que não há nada a fazer” (l. 26) e “Esta e a constatação que mais nos
desanima” (l. 27), a palavra “que” pertence, respetivamente, a classe
(A) dos pronomes relativos.
(B) das conjunções subordinativas causais e completivas.
(C) das conjunções subordinativas completivas e dos pronomes relativos.
(D) das conjunções subordinativas.
8. Identifica a função sintática do elemento “esta voz” em “antes da erosão, estava já esta voz” (l. 3).
9. Divide e classifica as orações presentes em “O brilho que sustentam não se extinguiu” (ll. 21-22).
10. Indica o antecedente do pronome pessoal que ocorre em ≪No entanto, não e dessa maneira que
conseguimos faze-lo desaparecer≫ (l. 29).
GRUPO III
Algumas pessoas pensam que a influencia mais importante na vida dos jovens e a família. Outras
pensam que são os amigos.
Apresenta o teu ponto de vista sobre este assunto, num texto de opinião de duzentas a duzentas e
cinquenta palavras.
FIM