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1. Planificação Anual ...................................................................................

2.
Fichas de Leitura ...................................................................................... 11
1. Discurso político .......................................................................................... 12
2. Apreciaçã o crítica ........................................................................................ 15
3. Artigo de opiniã o .......................................................................................... 17
4. Artigo de divulgaçã o científica................................................................................... 19

3.
Fichas de Escrita ....................................................................................... 21
1. Texto de opiniã o ........................................................................................... 22
2. Apreciaçã o crítica......................................................................................... 23
3. Síntese ........................................................................................................... 24
4. Exposiçã o sobre um tema............................................................................ 25

4.
Fichas de Gramática ................................................................................ 27
1. Processos fonoló gicos ................................................................................. 28
2. Tempos e modos verbais ........................................................................... 29
3. Classes de palavras ...................................................................................... 31
4. Funçõ es sintá ticas ....................................................................................... 32
5. Frase complexa – subordinaçã o.................................................................. 33
6. Coordenaçã o e subordinaçã o – identificação
e classificaçã o de oraçõ es............................................................................ 34
7. Coordenaçã o e subordinaçã o – oraçõ es e funçõ es sintá ticas.................. 35
8. Coesão e coerência ....................................................................................... 38
9. Dêixis pessoal, temporal e espacial ........................................................... 40

5.
Questões de Aula....................................................................................... 43
1. “Sermã o de Santo Antó nio”, de P.e Antó nio Vieira ................................... 44
2. Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett ...................................................... 45
3. Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco ............................................ 47
4. Os Maias, de Eça de Queiró s ........................................................................ 50
5. Sonetos completos / Cânticos do Realismo ................................................. 52

6.
Testes de Avaliação ................................................................................. 55
1. “Sermã o de Santo Antó nio”, de P.e Antó nio Vieira ................................... 57
2. Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett ...................................................... 60
3. “Sermã o de Santo Antó nio” / Frei Luís de Sousa ...................................... 63
4. Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco ............................................ 68
5. Os Maias, de Eça de Queiró s ........................................................................ 71
6. Amor de perdição / Os Maias ....................................................................... 74
7. Sonetos completos, de Antero de Quental .................................................. 79
8. Cânticos do Realismo, de Cesá rio Verde .................................................... 81
9. Sonetos completos / Cânticos do Realismo ................................................. 84

7. Cenários de Resposta ............................................................................ 89

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PLANIFICAÇÃO ANUAL • ANO 2
MÓDULO 4
Padre António Vieira, “Sermão de Santo António”; Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Padre António Vieira, “Sermão de Santo António” 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Capítulos I e V; 15. Apreciar textos literá rios.
• Capítulos II, III, IV, VI (excertos). 16. Situar obras literá rias em função de grandes marcos
– Contextualizaçã o histó rico-literá ria: histó ricos e culturais.
> objetivos da eloquência (docere, delectare, movere);
> crítica social e alegoria.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> visã o global do sermã o e estrutura
NOVOS PERCURSOSargumentativa;
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> o discurso figurativo: a alegoria, a comparação, a metá fora;
> outros recursos expressivos: a aná fora, a antítese, a apó strofe,
a enumeraçã o e a gradaçã o.
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
• Leitura integral.
– Contextualizaçã o histó rico-literá ria:
> dimensão patrió tica e sua expressã o simbó lica; 33 horas
> o sebastianismo: histó ria e ficçã o;
– Recorte das personagens principais. 44 tempos
– A dimensã o trá gica. letivos de
– Linguagem, estilo e estrutura: 45 minutos
> características do texto dramá tico;
> a estrutura da obra;
> o drama româ ntico: características.
Leitura
– Relato de viagem. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade.
– Apreciaçã o crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento
– Discurso político. da informaçã o.
– Exposiçã o sobre um tema. 9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
– Artigo/Texto de opiniã o.
Escrita
– Apreciaçã o crítica. 10. Planificar a escrita de textos.
– Exposiçã o sobre um tema. 11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades.
– Texto de opiniã o. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade• PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS

Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.


2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Discurso político. 4. Participar oportuna e construtivamente em situaçõ es de interaçã o oral.
– Debate. 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.

Expressão Oral
– Apreciaçã o crítica.
– Exposiçã o sobre um tema.
– Texto de opiniã o.

Gramática
– Funçõ es sintá ticas. 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre a estrutura
– Formaçã o de palavras. e o uso do português.
– Subordinaçã o. 18. Reconhecer a forma como se constró i a textualidade.
– Conectores – valor ló gico. 19. Reconhecer modalidades de reproduçã o ou de citaçã o do discurso.
– Tempos e modos verbais. 20. Identificar aspetos da dimensã o pragmá tica do discurso.
– Deíticos.
– Referente.
– Coerência e coesã o.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o; participaçã o nas atividades
da aula; compreensã o e expressão escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.

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MÓDULO 5
Camilo Castelo Branco, Amor de perdição; Eça de Queirós, Os Maias
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de perdição 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Introduçã o e conclusã o; 15. Apreciar textos literá rios.
• Capítulos IV e X. 16. Situar obras literá rias em funçã o de grandes marcos
– Sugestã o biográ fica (Simão e narrador) e construção do heró i româ ntico. histó ricos e culturais.
– A obra como cró nica da mudança social.
– Relaçõ es entre as personagens.
– Amor-paixã o.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> o narrador;
> os diá logos;
> concentraçã o temporal da açã o.
Eça de Queirós, Os Maias
• Leitura integral.
– Contextualizaçã o histó rico-literá ria:
> a representaçã o de espaços sociais e crítica de costumes; 34 horas
> espaços e seu valor simbó lico e emotivo;
> a descriçã o do real e o papel das sensaçõ es. 46 tempos
– Representaçõ es do sentimento e da paixã o: letivos de
> diversificaçã o da intriga amorosa (Pedro da Maia, Carlos da Maia e Ega). 45 minutos
– Características trá gicas dos protagonistas (Afonso da Maia,
Carlos da Maia e Maria Eduarda).
– Linguagem, estilo e estrutura:
> o romance: pluralidade de açõ es; complexidade do tempo,
do espaço e dos protagonistas; extensã o;
> visã o global da obra e estruturaçã o: título e subtítulo;
> recursos expressivos: a comparaçã o, a ironia, a metá fora,
a personificaçã o, a sinestesia e o uso expressivo
do adjetivo e do advérbio;
> reproduçã o do discurso no discurso.
Leitura
– Artigo de opiniã o. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade.
– Apreciaçã o crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento
– Artigo de divulgaçã o científica. da informaçã o.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.

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Escrita
– Exposiçã o sobre um tema. 10. Planificar a escrita de textos.
– Texto de opiniã o. 11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informaçã o.
– Exposiçã o sobre um tema. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Apreciaçã o crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente em situaçõ es de interaçã o oral.
– Documentá rio. 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.
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Expressão Oral
– Texto de opiniã o.
– Apreciaçã o crítica.
– Exposiçã o sobre um tema.

Gramática
– Funçõ es sintá ticas. 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre a estrutura
– Subordinaçã o. e o uso do português.
– Relaçõ es semâ nticas entre palavras. 18. Reconhecer a forma como se constró i a textualidade.
– Coesão. 19. Reconhecer modalidades de reproduçã o ou de citaçã o do discurso.
– Deíticos. 20. Identificar aspetos da dimensã o pragmá tica do discurso.
– Referente.
– Campo lexical.
– Discurso direto, indireto e indireto livre.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o; participaçã o nas atividades
da aula; compreensã o e expressão escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
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MÓDULO 6
Antero de Quental, Sonetos completos; Cesá rio Verde, Cânticos do Realismo
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Antero de Quental, Sonetos completos 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Sonetos: “O palá cio da ventura”, “Despondency”, “Lacrimae rerum”. 15. Apreciar textos literá rios.
– A angú stia existencial. 16. Situar obras literá rias em funçã o de grandes marcos
– Configuraçõ es do ideal. histó ricos e culturais.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> o discurso conceptual;
> o soneto;
> recursos expressivos: a apó strofe, a metá fora e a personificaçã o.
Cesário Verde, Cânticos do Realismo
• “O sentimento dum ocidental”;
• Poemas: “Num bairro moderno”, “Cristalizaçõ es” e “De tarde”.
– A representação da cidade e dos tipos sociais. 33 horas
– Deambulaçã o e imaginaçã o: o observador acidental.
– Perceçã o sensorial e transfiguraçã o poética do real. 44 tempos
– O imaginá rio épico (em “O sentimento dum ocidental”): letivos de
> poema longo; 45 minutos
> estruturaçã o do poema;
> subversã o da memó ria épica: o poeta, a viagem e as personagens.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> estrofe, metro e rima;
> recursos expressivos: a comparaçã o, a enumeraçã o, a hipérbole,
a metá fora, a sinestesia e o uso expressivo do adjetivo e do advérbio.

Leitura
– Artigo de opiniã o. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade.
8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento
da informaçã o.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.

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Escrita
– Apreciaçã o crítica. 10. Planificar a escrita de textos.
– Texto de opiniã o. 11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades.
– Exposiçã o sobre um tema. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Exposiçã o sobre um tema. 4. Participar oportuna e construtivamente em situaçõ es de interaçã o oral.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.
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Expressão Oral
– Exposiçã o sobre um tema.
– Apreciaçã o crítica.

Gramática
– Funçõ es sintá ticas. 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre a estrutura
– Coordenação. e o uso do português.
– Campo lexical. 18. Reconhecer a forma como se constró i a textualidade.
– Campo semâ ntico. 19. Reconhecer modalidades de reproduçã o ou de citaçã o do discurso.
– Subordinaçã o. 20. Identificar aspetos da dimensã o pragmá tica do discurso.
– Referente.
– Formaçã o de palavras.
– Tempos e modos verbais.
– Processos fonoló gicos.
– Deíticos.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o; participaçã o nas atividades
da aula; compreensã o e expressão escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla,
selecione a opção correta.

Queremos um planeta ecologicamente correto!

A mãe Natureza cada vez mais mostra a sua


indignação e revolta contra os nossos caprichos.
Ao longo de séculos, o ser humano tem vindo a
usar a inteligência para transferir lagos, espremer
5 solos, torturar florestas, aniquilar montanhas
e agonizar ecossistemas.
Tornar as cidades sustentáveis, reduzir os gas-
tos de água e diminuir a emissã o de gases nocivos
à nossa atmosfera deveriam ser as maiores preo-
1 cupaçõ es mundiais. No entanto, a sociedade vai
0 mecanicamente satisfazendo a economia mundial
e as extravagâncias das cidades, ignorando as fe-
ridas ambientais que se vã o abrindo em vários
pontos do mundo, chagando a nossa vida na Terra. Mar de Aral (comparaçã o entre 1989 e 2008), NASA.
Esta nossa “brincadeira” com o equilíbrio do
1 meio ambiente altera a composiçã o dos gases 40 e de animais e que dava subsistência aos povos
5 atmosféricos que, como um escudo defensivo, circundantes, encontramos um arenoso deserto
impedem que os raios solares excessivos refletidos salgado repleto de restos mortais de conchas e
da Terra voltem para o espaço. Este desequilíbrio químicos dos pesticidas usados outrora. Nem uma
energético do planeta provoca-lhe um excedente gota de água restou para suster os barcos que por
aquecimento térmico (o chamado aquecimento 45 lá jazem enferrujados. Quanto às pessoas que lá
2 global) que nos está a levar ao abismo. viviam, mudaram-se como o mar, doentes com
0 Entã o, afinal o que provoca a destruiçã o do ar a herança criada por eles pró prios.
saudável do planeta? Os tais caprichos do ser Outro “belo” exemplo de como a degradação
humano: a queima de combustíveis fó sseis, o des- ambiental levou ao colapso de uma sociedade é o
matamento e a crescente indú stria. 50 desaparecimento dos famosos Rapa Nui da ilha
E o que resulta deste desequilíbrio ambiental? inicialmente chamada “umbigo do mundo” (Ilha da
2 O derretimento das calotas polares, as mudanças Páscoa, situada no Chile-Polinésia) e conhecida pelas
5 climá ticas, a subida do nível dos oceanos, as ca- suas cerca de 887 colossais estátuas de pedra –
tástrofes naturais, as secas, a extinção de espécies, os moais (com estaturas entre 1 e 10 metros).
a destruiçã o de ecossistemas e as ondas de calor. 55 O excessivo crescimento da população de Rapa Nui
O mar de Aral, com uma á rea de 68 mil quiló - levou-os a usar exaustivamente os recursos
metros quadrados, ex-situado na Á sia Central (digo oferecidos pela Natureza. Na ânsia obsessiva da
3 “ex-situado” porque deixou de existir), era um dos construção dos gigantescos e enigmáticos moais
0 maiores lagos do mundo. O assassinato ambiental e com a necessidade de alimentar a sua sobrepo-
deste mar começou em 1960, quando decidiram 60 pulação desmataram a ilha e cansaram os campos
desviar as águas dos braços dos seus rios para de cultivo. Hoje a ilha está vazia de gente e de re-
regar milhõ es de hectares de algodão. Agora, onde cursos naturais, mas coberta de terra infértil e de
em tempos existiu um mar repleto de vegetação estátuas de pedra.
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10. Transcreva duas expressões que evidenciam o caráter persuasivo do texto.
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7. Refira os cuidados na seleção de atores, confirmando com elementos textuais pertinentes.
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8. Justifique a afirmação “um realizador que tem a cabeça ‘cheia de projetos’” (ll. 65-66).
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9. Comprove a pertinência deste tipo de iniciativas.


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10. Explique a afirmação “Leonel Vieira fala no plural” (l. 76).


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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla,
selecione a opção correta.

Braços abertos ao Mundo

O drama dos refugiados que, fugindo ao terror 30 Portugal recebeu os retornados de Á frica, a
do Estado Islâ mico, acorrem à Europa em busca seguir ao 25 de Abril. O país, da melhor forma que
de uma vida melhor é nã o apenas um desastre foi capaz, mobilizou-se para integrar os milhares
social quase sem precedentes como o grande de cidadã os nacionais que regressavam à pá tria,
5 debate que a civilizaçã o moderna tem de enfrentar. muitas vezes depois de terem perdido tudo o que
O êxodo dos migrantes nã o é um problema 35 tinham.
ideoló gico nem uma questã o política. A interroga- Nos anos 1980, acolhemos uma imensa vaga
çã o que se coloca ao Mundo é saber que sociedade de imigração proveniente do Brasil, que procurava
queremos ser. Que princípios e valores devem entre nó s uma vida melhor, instalando-se sobretudo
10 nortear a açã o dos estados perante a barbá rie em Lisboa e no Porto. Mais tarde, apó s a derrocada
e o desespero de povos confrontados com a total 40 da União Soviética, recebemos milhares de cidadãos
ausência de futuro? das repú blicas do Leste, em especial da Ucrâ nia,
Embora o terror seja espalhado na Síria invo- em busca de trabalho e de uma nova esperança.
cando um nome de um Deus, muito menos a ques- Gente trabalhadora e qualificada, que alcançou em
15 tão é religiosa, racial ou cultural. O murro que atinge Portugal o reconhecimento do mérito.
o estô mago da sociedade ocidental, multiplicado 45 Estivemos sempre à altura do desafio. Agora
pelas histó rias trá gicas e pelas imagens que nã o somos chamados a transformar esse patrimó nio
julgá mos serem possíveis em pleno século XXI, social em açõ es concretas. Com a iniciativa e a
decorre daquela interrogaçã o. Vamos deixar que capacidade mobilizadora da Igreja Cató lica, com o
20 isto continue a acontecer? Ou vamos ser dignos do envolvimento da sociedade civil, das empresas e
desenvolvimento que proclamamos para nó s? 50 das comunidades, Portugal saberá de novo acolher
Portugal deve ter um papel ativo na política e distinguir-se como país de paz, de respeito pela
europeia de acolhimento dos migrantes. Somos um diferença, de acolhimento solidário e de integraçã o
país pequeno e não poderemos receber tantos harmoniosa. Do Estado espera-se apenas que ajude
25 refugiados como a Alemanha, do mesmo modo que a criar as condiçõ es necessá rias para que este
nã o dispomos das condiçõ es de integração ofere- 55 grande movimento humanitá rio possa funcionar.
cidas pela França. Temos, porém, uma histó ria de
Nuno Botelho, in JN, ediçã o online
defesa dos direitos humanos e uma longa expe-
de 9 de setembro de 2015 (consultado em junho de 2017).
riência de inclusã o de comunidades expatriadas.

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16
7. Refira a posição que, segundo o autor, Portugal deve assumir perante o problema em análise.
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8. Exponha os argumentos e os exemplos apresentados que sustentam a posição do autor.


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9. Apresente as condições enunciadas pelo autor para que a solução que ele apresenta possa ser
uma realidade.
_________________________________________________________________________________________________________________________

10. Identifique os universos de referência invocados pelo texto.


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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla,
selecione a opção correta.

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18
8. Refira as ações positivas levadas a cabo pelo ser humano na tentativa de contribuir para a
sobrevivência dos recifes de coral.
_________________________________________________________________________________________________________________________

9. Exponha os benefícios resultantes da utilização da chamada técnica da acreção mineral.


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_________________________________________________________________________________________________________________________

10. Demonstre que o texto se pode classificar como um artigo de divulgação científica, apresentando
três marcas características deste género textual.
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20
TÓPICOS PARA A PLANIFICAÇÃO

• Introdução
– Indicaçã o da obra e do seu autor, bem como
do ano de publicaçã o.

• Desenvolvimento
– Aspetos percecionados a nível
> das críticas a certos aspetos da sociedade do
século XIX;
> da caracterizaçã o e da descriçã o de espaços
e de personagens.
– Elementos a destacar no que respeita a lin-
guagem e justificaçã o.

• Conclusão
– […]
• Introdução
– Indicaçã o do filme, do realizador e do ano de
estreia.

• Desenvolvimento
– Aspetos percecionados a nível
> do argumento e das aproximaçõ es à obra
do escritor;
> dos cená rios, da adequaçã o e da fidelidade
ao romance queirosiano.
– Elementos a destacar
e justificaçã o.

• Conclusão
– […]

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23
Redija uma síntese do texto que se segue, reduzindo-o a cerca de 90 a 105 palavras.

App que faz a diferença

Alunas do Secundário criaram um


software inclusivo e ganharam o concurso
nacional Apps for Good. Inglaterra à vista
para uma disputa internacional?

5 Os mentores do concurso Apps for Good


nunca entraram na Escola Bá sica e Secun-
dá ria de Santo Antó nio, no Barreiro, mas até
parece que falam para os alunos deste ter-
ritó rio educativo de intervençã o prioritá ria,
10 encravado entre dois bairros sociais. […] Esta
foi uma das 16 secundá rias escolhidas para
a internacionalizaçã o da ideia Apps for Good
(só se fez por cá e nos EUA), um projeto que
já desafiou 600 escolas do Reino Unido a criarem aplicaçõ es que resolvem problemas.
15 Talvez as amigas Vera, Daniela, Nélida, Isabel, Kaila e Luana, com idades entre os 17 e os 21 anos, não
tenham a noçã o da responsabilidade que lhes caiu no colo. Foram elas que, durante o ano letivo passado,
gastaram horas infinitas a desenvolver uma aplicação para telemó veis e tablets, com o apoio das profes-
soras Sofia Milheiro, de Língua Portuguesa, e Paula Domingues, de Tecnologias de Comunicação e Infor-
mação. Até junho, criaram a Mais Especial, uma aplicação para os alunos com necessidades educativas
20 especiais das seis escolas do agrupamento, a tempo da final regional com os candidatos do Centro Sul,
onde apresentaram dezenas de vezes a App EBSSA + especial. Um jú ri que andava disfarçado por entre
as bancas atribuiu-lhes o primeiro prémio e com isso ganharam o passaporte para estarem na Fundação
Gulbenkian, em Lisboa, na final nacional, em setembro.
Nessa cerimó nia, Isabel foi escolhida para subir ao palco e, em três minutos, mostrar o que a aplicação
25 vale. Luana repetiu o discurso em inglês. Explicaram que a construíram a pensar nos colegas do ensino
especial, digitalizando as imagens que já os ajudavam a comunicar, mas que, na verdade, a ferramenta
pode ser ú til a qualquer pessoa que tenha dificuldades de comunicação e conheça esta linguagem. O jú ri
atribuiu-lhes o primeiro prémio. E uma das empresas patrocinadoras ofereceu tablets a todas as meninas,
como recompensa por todo o esforço. Ainda hoje sorriem ao falarem nesse momento. Agora esperam pela
30 oportunidade para irem a Inglaterra disputar o prémio internacional.
[345 palavras]

Luísa Oliveira, in Revista Visão Júnior, n.o 1186, 26 de novembro de 2015.

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23
– Reforço da ideia apresentada na introduçã o e destaque para a atualidade da obra de Padre
Antó nio Vieira.
Nã o se esqueça de, no final da textualizaçã o, proceder a uma leitura atenta do texto que produziu,
no sentido de verificar o cumprimento dos aspetos elencados e o respeito pelos princípios da coesã o
ePROPOSTA
da coerência.
1 Efetue as correçõ es necessá rias.
Redija uma exposição, de 140 a 160 palavras, sobre a importâ ncia de uma boa alimentaçã o.
O seu texto deverá apresentar uma estrutura coesa e seguir a planificaçã o abaixo indicada.
• Introdução
– Apresentaçã o do tema.
• Desenvolvimento
– Indicaçã o de estratégias para uma alimentaçã o cuidada e respetivos efeitos.
– Referência à s causas e consequências de uma má alimentaçã o.
• Conclusão
– Retoma do tema e fecho.

PROPOSTA 2

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24
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25
2. Descubra, no crucigrama, alguns dos processos fonológicos que identificou nas palavras anteriores.
B I P A L A T A L I Z A Ç A O A
S I N C O P E M J L E R B S A R
O X Z A R T U Y U Q H X N E S M
N O E T J A K L N O F S A Q G E
O P R V T Y S U J G N M V B E T
R E D U Ç A O E V O C A L I C A
I W A S S I M I L A Ç A O U A T
Z A S D G U N E S E R E N I S E
A X P A R A G O G E O U L J K S
Ç S G U O A Z A L I O I A S A E
A Z I R C O B R U J A R E C O T
O T W F X A C Y E S E T O R P O
N M Q E A R T O J Ç K O P I N M
A F E R E S E W T U I O L V Z A

3. Considere os étimos a seguir dados e apresente, em duas frases para cada situação, palavras que integrem
esses étimos.
a. VITA- __________________________________________________________________________________
b. LUNA- __________________________________________________________________________________
c. OCULU- _________________________________________________________________________________
c. Para que tu __________________ (poder) ter sucesso, __________________ (habituar-se) a estudar todos os dias.
d. Se todas as pessoas __________________ (manter) boas relaçõ es e __________________ (fazer) novas amizades,
viveríamos mais felizes.
e. Os pais ainda (manter) certos princípios, mas os filhos já nã o __________________ (crer) neles e
__________________ (divergir) das suas orientaçõ es.
f. Se ao menos ele __________________ (prever) a confusã o que aquilo ia dar! Mas, infelizmente, nã o se
__________________ (conter) e __________________ (intervir) também na discussã o.

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 (C) traga / cumpre
 (D) trouxesse / cumprisse

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29
 (C) advérbios de frase.
 (D) advérbios de predicado.

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2. Faça corresponder o constituinte sublinhado em cada uma das frases da coluna A à sua correta
função sintática, na coluna B.

Coluna A Coluna B
[A] O desejo do meu pai concretizou-se. [1] Sujeito
[B] As diligências dos advogados foram ingló rias. [2] Complemento direto
[C] A mã e da Maria considerava a filha precoce. [3] Complemento indireto
[D] A jovem foi abordada por um elemento do clero. [4] Complemento oblíquo
[E] A diretora de turma deu um novo teste ao Luís. [5] Predicativo do sujeito
[F] O professor ficou contente com a atitude do Pedro. [6] Predicativo do complemento direto
[G] O funcioná rio abanou a cabeça em sinal de desagrado. [7] Complemento agente da passiva
[H] Ninguém libertou o pá ssaro da gaiola. [8] Complemento do adjetivo
[I] O meu pai optou pela proposta do primeiro vendedor. [9] Complemento do nome
[J] O João é um homem sarcástico. [10] Modificador do nome restritivo
[K] A obra de Garrett, lírica ou dramá tica, tem uma
[11] Modificador do nome apositivo
dimensã o româ ntica.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___;
[G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___.
B

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31
1. Associe cada frase da coluna A à sua correta constituição, na coluna B.

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32
1. Estabeleça a correspondência entre cada uma das orações sublinhadas na coluna A e a sua
correta classificação, na coluna B.

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33
 (B) subordinada adverbial causal.  (D) subordinada adverbial consecutiva.
1.7. A oraçã o sublinhada em “Vemos o filme enquanto as crianças brincam.” classifica-se como
 (A) subordinada adverbial causal.  (C) subordinada adverbial concessiva.
 (B) subordinada adverbial temporal.  (D) subordinada adverbial consecutiva.

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Coluna A Coluna B

[A] Li Frei Luís de Sousa mas também li Os Maias.


[1] Oraçã o coordenada copulativa
[B] Os alunos ficaram em silêncio logo que a peça
começou.
[2] Oraçã o coordenada explicativa

[C] O ator deve estar doente pois mal se ouvia. [3] Oraçã o coordenada adversativa

[4] Oraçã o subordinada substantiva completiva


[D] Caso entendam esta peça, perceberã o todas as
outras.
[5] Oraçã o subordinada substantiva relativa
[E] Exigiram que se fizesse silêncio durante a
representaçã o. [6] Oraçã o subordinada adjetiva relativa
restritiva
[F] Leram o texto como se o estivessem a declamar.
[G] Disseram-nos para estarmos atentos. [7] Oraçã o subordinada adjetiva relativa
explicativa
[H] Para me concentrar, mudei de lugar.

[I] Só perceberá a obra quem a ler. [8] Oraçã o subordinada adverbial temporal
[J] A obra onde se critica o adultério foi a mais
apreciada. [9] Oraçã o subordinada adverbial final
[K] Vi os atores no palco, que estava ainda à s
escuras. [10] Oraçã o subordinada adverbial concessiva
[L] Sei alguma coisa sobre Eça de Queiró s, mas nã o
falarei dele na exposiçã o oral.
[11] Oraçã o subordinada adverbial consecutiva
[M] Aquele ator falava de tal modo que captava a
atençã o do pú blico.
[12] Oraçã o subordinada adverbial condicional
[N] Ainda que tenhas dificuldade na interpretaçã o,
nã o deves desistir.
[O] Sentaram-se na primeira fila dado que ouviam [13] Oraçã o subordinada adverbial causal
mal.
[P] Sempre que ouviam Dâ maso Salcede, desatavam
a rir.
[Q] O ator que veio à frente simulou um ataque
cardíaco. [14] Oraçã o subordinada adverbial comparativa
[R] Vou terminar a leitura que estou cansada.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___;
[J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___;
[N] − ___; [O] − ___; [P] − ___; [Q] − ___; [R] − ___.

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35
a. Os colonos que criticavam as pregaçõ es de Vieira quiseram expulsá -lo do Brasil.
b. Os professores pediram para lermos os poemas expressivamente.

5.1. Classifique a oraçã o subordinada sublinhada em cada frase.

5.2. Indique a funçã o sintática desempenhada por cada uma dessas oraçõ es subordinadas.

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(E) Os jovens têm dificuldade em compreender algumas das atitudes dos adultos. E é ló gico que
assim seja, porque à s diferenças de idade juntam-se as provocadas pelas profundas modifica-
çõ es culturais e sociais com que temos de conviver.
3.1. Ordene-os de modo a obter uma sequência coesa e coerente.

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 (B) lexical por substituiçã o (antonímia).  (D) gramatical temporal.

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Leia o seguinte texto.

Uma mulher fantástica

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1. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequa-
damente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre o “Sermão de Santo António”.
[5 itens x 16 pontos = 80 pontos]

Coluna A Coluna B
[1] pretendeu louvar e repreender.
[A] As repreensõ es
[2] tem uma dimensã o alegó rica.
[3] ganham um relevo maior do que os louvores.
[B] A ação do orador português
[4] equivalem à Introdução e à Peroração.

[C] Com o “Sermã o de Santo Antó nio”, [5] apresentou o seu ú nico texto argumentativo.
o padre Antó nio Vieira [6] foi determinante na defesa da liberdade dos índios.
[7] integram a Peroraçã o.
[D] O “Sermã o de Santo Antó nio” [8] privilegia o ornato estilístico, servindo-se em particular
da metá fora como processo retó rico.
[9] correspondem ao desenvolvimento do texto
argumentativo.
[E] A Exposiçã o e a Confirmação
[10] limitou-se à crítica dos jesuítas maus pregadores.

 g. Os louvores sã o endereçados ao peixe de Tobias, à Rémora, ao Torpedo e ao Quatro-olhos.


 h. As repreensõ es salientam vícios ou defeitos como a ignorâ ncia, a cegueira, a vaidade e a
hipocrisia.
 i. Os peixes repreendidos sã o o Tubarã o, a Baleia, o Espadarte e o Polvo.
 j. Na Peroraçã o, a comparaçã o deixa de ser feita com os homens e passa a ser feita com
o pró prio orador.
 k. O orador português é considerado o primeiro defensor dos direitos humanos.
 l. Vieira foi um orador que marcou uma época no â mbito da eloquência sagrada.
1. Associe cada um dos tópicos de conteúdo relativos a Frei Luís de Sousa, listados na coluna A,
às situações que o exemplificam, na coluna B.
[6 itens x 10 pontos = 60 pontos]

Coluna A Coluna B
[1] O velho aio hesita entre a fidelidade ao passado e o apego
[A] Dimensão patrió tica e sua ao presente.
expressã o simbó lica.
[2] O texto apresenta divisã o em atos e cenas.
[3] O gesto corajoso do marido de D. Madalena de Vilhena
[B] Dimensão trá gica. ao incendiar a sua casa.
[4] D. Sebastiã o é o rei admirado por Maria.
[5] Celebraçã o da força e da resistência dos portugueses.
[C] Sebastianismo: histó ria e ficçã o.
[6] O assunto é nacional e está impregnado de messianismo.
[7] O afunilamento do espaço e a concentraçã o temporal
[D] Recorte das personagens indiciam a tragicidade da açã o.
principais. [8] A crença no regresso de D. Sebastiã o é alimentada por
Maria e Telmo Pais.

[9] A perda do retrato anuncia a destruição familiar.


[E] Estrutura do texto dramá tico.
[10] Figura fantasmá tica e trá gica que precipita a catá strofe
[F] Características do drama familiar.
româ ntico.

 (D) fazem a apresentaçã o do conflito e dos seus antecedentes.


2.2. As personagens principais sã o as que
 (A) vivem diretamente o conflito e sofrem com ele.
 (B) constituem o nú cleo que afronta a família.
 (C) causam os desacatos que levam à tragédia familiar.
 (D) têm o mesmo tipo de comportamento ao longo da açã o.

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45
_____________________________________________________________________________________________________

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 (D)
2. Associe umum
cada relacionamento
dos tópicos calculista.
de conteúdo relativos a Amor de perdição, listados na coluna A,
aos segmentos textuais da obra que o exemplificam, na coluna B.
[5 itens x 11 pontos = 55 pontos]

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 (D) na obediência à s regras sociais.
3.9. A obra de Camilo
 (A) veicula um elogio aos valores da época retratada.
 (B) critica qualquer tipo de imposiçã o.
 (C) funciona como cró nica social.
 (D) constitui uma autobiografia do autor.
3.10. A linguagem utilizada na obra
 (A) é uniforme e reveladora da erudiçã o do autor.
 (B) é reveladora do estatuto social das personagens.
 (C) está em consonâ ncia com o estatuto social do autor.
 (D) revela unicamente a preocupaçã o com a literariedade.

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 (D) denunciar mentalidades, costumes e ideais tacanhos.
1.6. Carlos da Maia e Ega envolveram-se ambos em
 (A) relaçõ es adú lteras.  (C) disputas literá rias.
 (B) conflitos com os Cohen.  (D) cenas de pancadaria.
1.7. A casa que Carlos comprou ao Craft para viver com Maria Eduarda, a Toca, tinha
 (A) um jardim com uma estátua de S. Joã o Batista.
 (B) um quarto com uma decoraçã o estridente e sensual.
 (C) quadros soturnos e horripilantes espalhados por todo o lado.
 (D) uma decoraçã o que agradara imenso a Maria Eduarda.

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2. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequada-
mente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre Os Maias. [10 itens x 10 pontos = 100 pontos]

Coluna A Coluna B
[A] A geraçã o de 70 [1] impera uma crítica de costumes mordaz.
[2] associa-se ao período de acalmia e de amor à vida que Afonso
[B] As Conferências do Casino
e Carlos viveram.
[C] O título Os Maias [3] visava a alteraçã o da mentalidade e da cultura nacional.
[D] O subtítulo do romance
[4] adquirem um forte valor simbó lico.
queirosiano
[5] levaram sempre uma vida recatada.
[E] Nos episó dios da vida
româ ntica relatados [6] correspondem a um projeto levado a cabo pelos jovens
da geraçã o de 70.

[F] A representaçã o do [7] envolveram-se em relaçõ es adú lteras.


sentimento amoroso [8] sugere a existência de vá rias geraçõ es de uma família.
[9] é palco da açã o central e local onde ocorre o convívio social.
[G] Os espaços em Os Maias
[10] assistiu ao desmoronar da família Maia.
[H] A quinta de Santa Olá via [11] remete para a representaçã o de espaços sociais.
[I] Lisboa, a capital cosmopolita, [12] decorreram na cidade de Coimbra.
[J] Maria Monforte, Ega, Carlos,
[13] é visível nas relaçõ es amorosas de Pedro, Carlos da Maia e Ega.
entre outros,

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.

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 (D) a expressã o de sentimentos e emoçõ es.
2.2. A poesia de Cesá rio Verde assume
 (A) uma dimensã o descritiva.
 (B) um cariz simbó lico-épico.
 (C) uma vertente visualizante.
 (D) uma dimensã o cronoló gica.

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[5 itens x 10 pontos = 50 pontos]

Coluna A Coluna B
[A] Geograficamente, os poemas [1] uma atraçã o pelo quotidiano e o gosto pela deambulaçã o
de “O sentimento dum
no mundo urbano.
ocidental” destacam

[B] O sujeito lírico de [2] um gesto transformador e o reconhecimento, no mundo,


“O sentimento dum de uma multiplicidade de coisas.
ocidental” assume [3] o gosto pelo lirismo puro e o recurso à s emoçõ es.
[4] um tom lírico e subjetivo, resultante da comoçã o sentida.
[C] À poesia cesá rica preside
[5] o espaço citadino como palco da deambulação do sujeito poético.
[D] A transformaçã o do real [6] a continuidade poética e estilística de tradiçã o nacional.
ocorre [7] graças à imaginaçã o transfiguradora e criativa.
[8] sentimentos de raiva e de nostalgia por nã o ter vivido
[E] Cesá rio Verde revela, uma infâ ncia feliz.
na sua poesia,
[9] a atitude de um observador que se deixa impressionar pelo observado.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___.

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53
MATRIZES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO
TESTES DE AVALIAÇÃO N.OS 1, 2, 4, 5, 7, 8 — Testes de Unidade
Domínios e GRUPOS
Conteúdos
I II

EDUCAÇÃO LEITURA Cotação /


LITERÁRIA E GRAMÁTICA Pontos

Tipologia
Excerto da obra Conteúdos gramaticais
de itens
lecionada lecionados

1. a 5.
Resposta restrita 100
(5 itens x 20 pontos)

Resposta curta
10 itens x 10 pontos
e/ou Escolha
ou 100
múltipla e/ou
20 itens x 5 pontos
Verdadeiro/Falso

COTAÇÃO 100 100 200

TESTES DE AVALIAÇÃO N.OS 3, 6, 9 — Testes Finais de Módulo


Domínios e GRUPOS
Conteúdos I II III
EDUCAÇÃO LEITURA EXPRESSÃO
LITERÁRIA E GRAMÁTICA ESCRITA Cotação /
Pontos
Conteúdos Géneros textuais
Itens A e B
gramaticais do Programa
Tipologia Excertos das obras
de cada uma das lecionados
de itens
unidades do módulo

1. a 7.
Escolha múltipla 35
(7 itens x 5 pontos)

8., 9. e 10.
Resposta curta 15
(3 itens x 5 pontos)

Itens A e B
Resposta restrita 100
(5 itens x 20 pontos)

Tema e tipologia – 15
Estrutura e coesã o – 10
Léxico e adequaçã o do
Resposta extensa 50
discurso – 5
Correção linguística – 20
(30 + 20 pontos)

COTAÇÃO 100 50 100 200


GRUPO I

Leia com atenção o excerto do “Sermão de Santo António”.

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GRUPO II

Leia atentamente o texto.

“A cultura é o capital europeu mais importante”

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57
(D) composto.

8. Indique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “O músico catalão


Jordi Savall […] é a terceira figura distinguida pelo Prémio Europeu Helena Vaz da Silva.”
(ll. 1-2).

9. Identifique o referente do determinante possessivo sublinhado em “neste momento, a Europa


tem de tomar a consciência de que a sua cultura é talvez o nosso capital mais importante” (ll. 4-5).

10. Classifique a oração subordinada presente no segmento “apresentará um programa que per-
corre obras e compositores europeus de 1500 a 1700.” (ll. 13-14).

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58
GRUPO I

Leia o excerto de Frei Luís de Sousa. Se necessário, consulte as notas.

CENA V

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59
____________
1
tira de pano que os frades e freiras de certas ordens trazem pendente sobre o peito; 2 a peste, que começara no fim de outubro de
1598, estava quase extinta em agosto de 1599; contudo, em outubro desse ano, voltaram a ouvir-se os rebates, nã o tendo parado
nunca até fevereiro de 1602; 3 segundo Rodrigues Lapa, a donzela Teodora representa um tipo de sabedoria feminina de elevada
qualidade; 4 estâ ncia de recreio; 5 instalar-se, alojar-se.

1. Elabore o retrato de Frei Jorge.

2. Refira, por palavras suas, a notícia de que Frei Jorge é portador.

3. Descreva a reação das duas figuras femininas intervenientes.

4. Identifique os argumentos apresentados para a instalação dos governadores em Almada.

5. Indique dois elementos formais que tornam o discurso de Maria mais vivo, tendo em conta
a sua última fala.

GRUPO II

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61
GRUPO I

Leia com atenção o excerto do “Sermão de Santo António”.

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62
B

Leia o excerto de Frei Luís de Sousa. Se necessário, consulte as notas.

CENA VIII

CENA IX
MADALENA, JORGE; coro dos frades dentro

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63
3. Localize no tempo e no espaço as cenas apresentadas.

4. Caracterize a evolução do estado de espírito de D. Madalena, considerando as suas intervenções.

5. Justifique a atitude de Manuel de Sousa Coutinho.

GRUPO II

Leia o excerto que relata uma viagem.

Um português na Antiguidade

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65
10. Identifique o mecanismo de coesão utilizado em “Mas que difícil, mas que prazer.” (l. 39), con-
siderando os elementos sublinhados.

GRUPO III

As viagens podem proporcionar momentos inesquecíveis, prazeres inarrá veis, memó rias inolvidá veis.
Num texto expositivo, de 140 a 170 palavras, apresente uma experiência relacionada com uma viagem
que o(a) tenha marcado, referindo o local e a data, apresentando e descrevendo os acontecimentos
vivenciados.
Planifique previamente o seu texto e reveja-o no final.

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GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o seguinte excerto de Amor de perdição. Se necessário, consulte as notas.

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68
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68
1. Faça o levantamento das expressões indicativas da passagem do tempo, explicando a sua
funcionalidade.

2. Identifique no texto os comportamentos da personagem Mariana que indiciam o seu destino


trágico.

3. Demonstre como o diálogo estabelecido entre Mariana e Simão reflete a relação existente entre
os dois.

4. Explicite o sentido da frase “Tanta gente desgraçada que eu fiz...” (l. 13), tendo em conta o con-
texto.

5. Demonstre que as falas de Mariana são reveladoras do seu estatuto social.

GRUPO II

Responda às questões.

1. Tendo em conta a leitura global da obra Amor de perdição, classifique como verdadeira (V)
ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
a. O amor entre Simã o e Teresa é impossível porque pertencem a estratos sociais diferentes.
b. Teresa nã o aceita casar com Baltasar Coutinho porque ele é seu primo.
c. Mariana e Joã o da Cruz sã o adjuvantes de Simã o na sua relaçã o com Teresa.
d. Mariana sente por Simã o um amor fraterno.
e. Simã o apresenta-se como um heró i româ ntico, nomeadamente pela sua preocupaçã o na defesa
da honra.
f. No final da obra, Simã o morre e Teresa suicida-se.
g. No decorrer da açã o, verifica-se, em vá rios momentos, uma concentraçã o temporal.
h. O narrador tece frequentemente juízos de valor sobre as personagens que apresenta.
i. Para além de uma histó ria de amor e de paixã o, Amor de perdição constitui uma cró nica da mudança
social.
j. Ao longo da narrativa, Camilo Castelo Branco tece elogios aos membros da Igreja.

2. Classifique as orações que se seguem.


a. “que era febre maligna a doença” (l. 2)
b. “Mariana curvou-se sobre o cadá ver, e beijou-lhe a face.” (l. 22)

3. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes sublinhados nas seguintes


transcrições textuais.
a. “À s onze horas saiu barra fora a nau.” (l. 4)
b. “que hei de eu fazer à quelas cartas que vã o na caixa?” (l. 6)
c. “Mariana, atire ao mar todos os meus papéis” (l. 8)
d. “– Agora é tempo de dar sepultura ao nosso venturoso amigo...” (l. 25)

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69
GRUPO I

Leia com atenção o seguinte excerto de Os Maias.

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71
4. Explique o sentido do seguinte segmento textual: “Isto é um país que só suporta hortas
e arraiais...” (ll. 19-20).

5. Compare as opiniões e atitudes de Carlos e Clifford com as do marquês.

GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia com atenção o seguinte texto. Se necessário, consulte a nota.

Conta-me histórias…

Ler aos filhos desde cedo foi sempre um conselho dos pediatras. Há quem recomende a leitu-
ra desde os seis meses do bebé. Em setembro, a revista norte-americana Pediatrics publicou um
estudo que registou imagens de ressonâ ncias magnéticas da atividade cerebral das crianças de
três a cinco anos, enquanto ouviam histó rias para a sua idade. Percebeu-se que havia diferenças
5 na ativaçã o cerebral entre crianças a quem liam de vez em quando e as que viviam em casas com
muitos livros, em que a leitura era habitual. A ativação era significativamente maior numa região do
hemisfério esquerdo do cérebro, chamada có rtex, de associação parietal temporal-occipital, que
está relacionada com a “integração multissensorial que integra som e estimulação visual”, explica
o autor principal do estudo, John S. Hutton, Investigador do Centro Médico Hospitalar Infantil
10 de Cincinatti, EUA.
Crescer com livros, ler em voz alta para as crianças sã o atos que ajudam ao desenvolvimento da
linguagem e ao sucesso escolar, está comprovado. Para o psicó logo clínico Eduardo Sá , este estudo
científico não é “completamente surpreendente”. “A grande novidade sã o as provas imagioló gicas
da forma como estimulamos o cérebro, que se torna mais versá til e mais capaz de transformar
15 mais imagens em palavras.” Por outro lado, destaca, “é importante que se perceba que a relaçã o é
o grande arquiteto do sistema nervoso, através do modo como estimula á reas cerebrais. E, em
funçã o de uma estimulaçã o coerente e constante, cria redes siná pticas1 está veis que passam a
ser o nosso software. Ou seja, o software adquire-se e desenvolve-se e nã o é um “equipamento de
base” da natureza humana, como, por vezes, tantos dos que têm uma visã o estritamente bioló gica
20 do desenvolvimento e da vida psíquica sã o levados a “insinuar”.
Para o psicó logo, “estes dados permitem-nos perceber que, por falta da estimulaçã o indispen-
sá vel, muitas crianças acumulam danos, que as limitam vida fora, sem que aqueles que lhes fazem
mal sejam severamente punidos. […] «O sistema nervoso funciona como um mú sculo que precisa
de ser estimulado, sob o risco de, ao nã o suceder assim, atrofiar». Além do mais, porque o acesso
25 à palavra nos permite vestir em palavras aquilo que sentimos, crianças que melhor verbalizam
podem tornar-se mais felizes”. Por fim, as histó rias de embalar. “As histó rias juntam imagens
e palavras, ajudam a pensar. Crianças que mais precocemente acedem à s histó rias sã o mais aptas
para a matemá tica, para a língua materna, para a representaçã o e para a relaçã o. Mais histó rias
significa crianças mais saudá veis e crianças mais inteligentes”, remata.

Katya Delimbeuf, in E, A Revista do Expresso, n.o 2241, 10 de outubro 2015, p. 100.


____________
1
relativo a sinapse: pontos de comunicaçã o entre células nervosas.

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(A) predicado e complemento direto.
(B) predicado, complemento direto e modificador do nome restritivo.
(C) predicado, sujeito, modificador do nome restritivo e complemento do nome.
(D) predicado, sujeito e complemento do nome.

7. O termo “software” (l. 18) exemplifica o processo irregular de formação de palavras denomi-
nado por
(A) conversã o. (C) truncaçã o.
(B) acronímia. (D) empré stimo.

8. Indique a classe e a subclasse da palavra que introduz a oração “que ajudam ao desenvolvi-
mento da linguagem e ao sucesso escolar” (ll. 11-12).

9. Justifique a utilização das aspas na expressão “completamente surpreendente” (l. 13).

10. Classifique a oração introduzida pela conjunção “porque” (l. 24).

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GRUPO I

Leia o excerto que se segue de Amor de perdição. Se necessário, consulte as notas.

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35 Maldita sejas! Entra nesse quarto, e espera que daí te arranquem para outro, onde nã o verá s um
raio de sol.
Teresa ergueu-se sem lá grimas, e entrou serenamente no seu quarto. Tadeu de Albuquerque foi
encontrar seu sobrinho, e disse-lhe:
– Nã o te posso dar minha filha, porque já nã o tenho filha. A miserá vel, a quem eu dei este nome,
40 perdeu-se para nó s e para ela.

Camilo Castelo Branco, Amor de perdição (cap. IV),


Lisboa, Publicaçõ es Dom Quixote, 2006, pp. 56-58.
____________
1
cuidado, interesse; 2 dizer de forma hesitante, sem convicçã o, gaguejar; 3 que nã o tem boa fama, vil.

1. Demonstre de que forma é visível neste excerto o tema do amor-paixão.

2. Apresente a conceção que Tadeu de Albuquerque tem sobre o casamento, relacionando-a com
a época em análise.

Leia com atenção o seguinte excerto de Os Maias.

Até aos Olivais, não cessou de ruminar coisas vagas e violentas que faria para aniquilar o Dâmaso.
No seu amor não haveria paz, enquanto aquele vilão o andasse comentando sordidamente pelas es-
quinas das ruas. Era necessário enxovalhá-lo de tal modo, com tal publicidade, que ele não ousasse
mais mostrar em Lisboa a face bochechuda, a face vil... Quando o coupé parou à porta da quinta,
5 Carlos decidira dar bengaladas no Dâmaso, uma tarde, no Chiado, com aparato...
Mas depois, ao regressar da quinta, vinha já mais calmo. Pisara a linda rua de acácias que
os pés dela pisariam na manhã seguinte: dera um longo olhar ao leito que seria o leito dela, rico,
alçado sobre um estrado, envolto em cortinados de brocatel cor de oiro, com um esplendor sério
de altar profano... Daí a poucas horas, encontrar-se-iam só s naquela casa muda e ignorada do mun-
10 do; depois, todo o verão os seus amores viveriam escondidos nesse fresco retiro de aldeia; e daí a
três meses estariam longe, na Itália, à beira de um claro lago, entre as flores de Isola Bela... No meio
destas voluptuosidades magníficas, que lhe podia importar o Dâmaso, gorducho e reles, palrando
em calão nos bilhares do Grémio! Quando chegou à rua de S. Francisco, resolvera, se visse o Dâmaso,
continuar a acenar-lhe, de leve, com a ponta dos dedos.
15 Maria Eduarda fora passear a Belém com Rosa, deixando-lhe um bilhete, em que lhe pedia para
vir à noite faire un bout de causerie. Carlos desceu as escadas, devagar, guardando esse bocadi-
nho de papel na carteira, como uma doce relíquia; e saía o portão, no momento em que o Alencar
desembocava defronte, da travessa da Parreirinha, todo de preto, moroso e pensativo. Ao avistar
Carlos, parou de braços abertos; depois vivamente, como recordando-se, ergueu os olhos para
20 o primeiro andar.
Não se tinham visto desde as corridas, o poeta abraçou com efusão o seu Carlos. E falou logo
de si, copiosamente. Estivera outra vez em Sintra, em Colares com o seu velho Carvalhosa: e o que
se lembrara do rico dia passado com Carlos e com o maestro em Seteais!... Sintra, uma beleza.
Ele, um pouco constipado. E apesar da companhia do Carvalhosa, tão erudito e tão profundo, apesar
25 da excelente mú sica da mulher, da Julinha (que para ele era como uma irmã), tinha-se aborrecido.
Questão de velhice...

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3. Justifique o estado de espírito de Carlos, considerando o primeiro parágrafo e os verbos
“ruminar” e “aniquilar” (l. 1).

4. Interprete a última afirmação de Carlos, relacionando-a com o bilhete que Maria Eduarda lhe
deixara.

5. Refira três características do estilo da linguagem queirosiana, exemplificando com segmentos


textuais.

GRUPO II

Leia com atenção o seguinte texto.

Que força é Eça?

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75
(B) uma conjunçã o subordinativa completiva.
(C) uma conjunçã o subordinativa causal.
(D) uma conjunçã o subordinativa consecutiva.

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GRUPO I

Leia o seguinte poema de Antero de Quental.

Noturno

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GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

1. O poeta invoca o espírito da noite porque


(A) acredita que só na noite encontrará paz e tranquilidade.
(B) pede que lhe seja permitido continuar a sonhar.
(C) sente que a noite intensifica o seu sofrimento.
(D) atenua a solidã o que a noite acarreta.

2. A referência à noite, ao longo do poema, constitui uma


(A) metá fora. (C) sinédoque.
(B) personificaçã o. (D) aliteraçã o.

3. Na primeira quadra, o vocábulo “esquivo” (v. 3) é sinónimo de


(A) desconfiado. (C) terno.
(B) solidá rio. (D) afá vel.

4. No verso “A ti confio o sonho em que me leva” (v. 9), o elemento sublinhado desempenha a
função sintática de
(A) sujeito. (C) complemento indireto.
(B) complemento direto. (D) vocativo.

5. No verso “Um instinto de luz, rompendo a treva,” (v. 10) está presente uma
(A) metá fora. (C) antítese.
(B) personificaçã o. (D) aná fora.

6. A expressão “Génio da Noite” (v. 14) desempenha a função sintática de


(A) sujeito. (C) complemento indireto.
(B) complemento direto. (D) vocativo.

7. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequa-
damente o seu sentido.

Coluna A Coluna B

[A] Na expressã o “Espírito que passas”


[1] está presente uma conjunçã o subordinativa.
(v. 1)

[B] Na passagem “quando o vento / [2] está presente uma oração subordinada adverbial temporal.
Adormece no mar” (vv. 1-2) [3] está presente um complemento oblíquo.

[C] No excerto “Tu só entendes bem [4] está presente um complemento direto.
o meu tormento…” (v. 4) [5] está presente um pronome relativo.
[6] estã o presentes uma oraçã o subordinada adverbial temporal
[D] No verso “Buscando, entre visõ es, e uma oraçã o subordinante.
o eterno Bem.” (v. 11)
[7] estã o presentes dois deíticos pessoais.

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GRUPO I

Leia o excerto do poema de Cesário Verde.

Cristalizações

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GRUPO II

Leia o texto.

África acima, de Gonçalo Cadilhe

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(D) adjetiva relativa restritiva.

8. Identifique a função sintática do constituinte “com os guardas” (l. 7).

9. Indique o referente do elemento sublinhado em “invejá-lo” (l. 10).

10. Transforme em discurso indireto o segmento “em terra onde estiver, farei como vir. Excluo o
transporte aéreo, voar sobre África não é viajar por África.” (ll. 16-17), iniciando-o do modo
seguinte:
Gonçalo Cadilhe afirmou que…

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82
GRUPO I

Leia o excerto do poema de Antero de Quental.

Hino à razão

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B

Leia o excerto que se apresenta da obra de Cesário Verde.

O sentimento dum ocidental


I

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84
GRUPO II

Leia o texto.

A poesia objetiva (opinião de Pessoa acerca do poeta Cesário Verde)

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(A) modificador do nome restritivo.
(B) modificador do nome apositivo.
(C) complemento do adjetivo.
(D) complemento do nome.

8. Crie um campo lexical, com o mínimo de três palavras, a partir do nome “leitura” (l. 5).

9. Classifique a oração “que Cesário não é como eles” (ll. 27-28).

10. Identifique o mecanismo de coesão utilizado em “o amor à vida […] o horror à morte” (ll. 29-30).

GRUPO III

Redija um texto expositivo, entre 120 e 150 palavras, no qual apresente as características da poesia de
Antero de Quental e de Cesá rio Verde que considere mais pertinentes.

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CENÁRIOS DE RESPOSTA 9. Segundo ele, é necessá ria a colaboraçã o da Igreja Cató lica, da
sociedade civil, das empresas e das comunidades. É também
FICHAS DE LEITURA imperioso que o Estado crie condiçõ es para que este acolhimento
FICHA 1 – DISCURSO POLÍTICO (pp. 12-14) possa ser uma realidade.
1. (D); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (C). 10. O texto invoca acontecimentos atuais, como sendo o drama
dos refugiados, que fogem à violência e ao terror perpetrados pelo
6. O texto apresenta como assunto os problemas ecoló gicos que
autoproclamado Estado Islâ mico, bem como eventos passados,
afetam o planeta, decorrentes da açã o humana. Evidenciam-se,
relacionados com a migraçã o em Portugal, tais como a chegada
contudo, boas prá ticas para uma vida ecologicamente sustentá vel.
de milhares de retornados de Á frica, apó s o 25 de Abril, a afluê n-
7. Segundo a autora do texto, é urgente que se tomem medidas cia de cidadã os brasileiros ao país, nos anos 1980, e a acentuada
para controlar a situaçã o de degradaçã o do planeta e que se atue imigraçã o de cidadã os do Leste da Europa que veio a verificar-se
de forma a preservá -lo. anos mais tarde.
8. A queima de combustíveis fó sseis, o desmatamento de flo-
restas, a utilizaçã o abusiva de recursos naturais e o fomento de FICHA 4 – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (pp. 19-20)
indú strias tê m levado ao aquecimento global, que, por sua vez, 1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (C); 5. (D).
tem conduzido a um desequilíbrio ambiental, à extinçã o de certas 6. Os corais albergam espé cies marinhas que servem de alimento
espé cies e à destruiçã o de ecossistemas. a outras espécies e ao pró prio Homem, ajudam a proteger as li-
8.1. O desaparecimento do mar de Aral, motivado pelo uso exces- nhas costeiras e sã o importantes fontes medicinais e de rendi-
sivo e desmedido das suas á guas, e a extinçã o dos Rapa Nui na mento para o ser humano, graças ao comé rcio e ao turismo que
ilha da Pá scoa sã o exemplos que ilustram a opiniã o da autora. impulsionam.
9. O recurso expressivo presente no segmento selecionado é a 7. As alteraçõ es climá ticas, a pesca excessiva, a agricultura,
personificaçã o. Atravé s dela sugere-se a morte dos objetos (neste a desflorestaçã o e a urbanizaçã o desregrada sã o fatores que
caso, os barcos), que outrora foram ú teis e que, portanto, tinham põ em em risco o habitat natural dos corais.
vida, mas que agora estã o parados, enferrujando. 8. A delimitaçã o de á reas protegidas, a recuperaçã o de recifes
10. “É mais que urgente refletirmos sobre estas catá strofes danificados e o cruzamento de diferentes espé cies introduzidas
causadas pela ambiçã o humana em comercializar a Natureza!” nos recifes, com vista à sua sobrevivência, são açõ es positivas que
(ll. 64-66); “Ora vejamos Freiburg, na Alemanha! Esta cidade contribuem para a sobrevivê ncia dos recifes.
(reconstruída depois da Segunda Guerra Mundial) é o modelo a 9. Esta té cnica permite que minerais naturais na á gua adiram
copiar nas restantes cidades do mundo!” (ll. 68-70). à estrutura e cristalizem, formando esqueletos rígidos similares
aos do coral. Assim, depressa se tornam o lar de peixes e de ou-
FICHA 2 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (pp. 15-16)
tros seres marinhos.
1. (C); 2. (D); 3. (B); 4. (D); 5. (C).
10. Cará ter expositivo, informaçã o seletiva e hierarquizaçã o das
6. Dois aspetos distintos sã o a inclusã o de outros diá logos e a ideias sã o as marcas específicas do artigo de divulgaçã o cien-
inclusã o de um outro tipo de humor em cenas nas quais original- tífica, gé nero em que se integra o texto. A ú ltima característica
mente nã o existia. referida é visível, por exemplo, na atribuiçã o de entretítulos, que
7. Os atores sã o conhecidos e alguns estã o ligados à comé dia, contribuem para a organizaçã o da informaçã o. O uso de vocabu-
como é o caso de Rui Unas e de Miguel Guilherme, tal como se lá rio específico – “algas simbió ticas”, “branqueamento do coral”,
pode constatar em “uma dú zia de personagens, de atores co- “ecossistema”, “acreçã o mineral” – está ao serviço quer do teor
nhecidos, alguns ligados à comé dia” (ll. 32-33); “o ator Miguel expositivo do texto quer da seleçã o da informaçã o.
Guilherme, que ‘só podia ser’ o irascível Evaristo” (ll. 36-37); ou
“O ator Rui Unas é outra das primeiras escolhas.” (l. 51).
FICHAS DE ESCRITA
8. A afirmaçã o anuncia os aspetos desvendados imediatamente a
FICHA 1 – TEXTO DE OPINIÃO (p. 22)
seguir, onde é dito que esta paixã o pelos clá ssicos nã o se fica pela
atualizaçã o de O pátio das cantigas, porque o realizador tem em As escutas e a espionagem tomaram dimensõ es extraordiná -
mã os outros projetos. rias, sendo, hoje, uma prá tica comum, utilizada em quase todos os
países do mundo e desencadeada pelo fenó meno da globalização.
9. Este tipo de iniciativas, para além de preservar um patrimó nio
Efetivamente, a abertura de fronteiras e a facilidade de comuni-
cultural ú nico, permite aos mais jovens conhecer uma realidade
cação entre pessoas assumiram dimensõ es inimaginá veis, ao ponto
distinta e valorizar o que é feito e divulgado em Portugal. Sã o açõ es
de qualquer terrorista passar facilmente de um país para outro.
deste tipo que conferem identidade a um país e o enriquecem.
Veja-se o sucedido em Nova Iorque, Paris ou Londres, por exem-
10. A afirmaçã o remete para a intençã o de realizar novas versõ es plo, onde centenas de pessoas inocentes perderam a vida. Por isso, e
de outros clá ssicos, concretamente O leão da Estrela e A canção
face às constantes ameaças a que todos os cidadã os estão sujeitos,
de Lisboa. torna-se premente e até aceitá vel a implementaçã o de escutas, de
FICHA 3 – ARTIGO DE OPINIÃO (pp. 17-18) modo a impedir catá strofes como estas que vã o ocorrendo.
Poré m, se por um lado se percebe que sejam operacionaliza-
1. (B); 2. (C); 3. (D); 4. (B).
dos sistemas de vigilâ ncia cada vez mais sofisticados, por outro,
5. O tema é o êxodo dos migrantes. pode correr-se sé rios riscos de violaçã o da privacidade, uma vez
6. As interrogaçõ es servem para chamar a atençã o para os proble- que ningué m tem a certeza de que a sua vida pessoal nã o será
mas que o êxodo dos migrantes está a trazer à Europa e, sobretudo, vigiada por esses serviços de espionagem, o que pode ser visto
para levar o interlocutor a refletir sobre a importância de certos va- como um atentado à liberdade de cada cidadã o.
lores da sociedade ocidental, os quais, na opinião do autor do texto,
devem ser tidos em conta nas possíveis soluçõ es que venham a ser
encontradas.
7. O autor do texto defende que Portugal deve ter um papel ativo
no que diz respeito ao acolhimento destes migrantes.
8. Segundo o autor do texto, Portugal tem condiçõ es para receber
alguns destes migrantes, porque já deu provas, no passado, de
estar à altura destas situações, nomeadamente quando se deparou
com a vaga dos retornados de Á frica ou com a imigraçã o elevada
de brasileiros e de cidadã os do Leste europeu.
Deste modo, pode concluir-se que a vigilância internacional se Deste modo, ao apresentar as virtudes dos peixes atravé s das
torna premente para salvaguardar a paz mundial, mas é també m referê ncias ao peixe de Tobias, à Ré mora, ao Torpedo e ao
urgente que se respeite a liberdade dos cidadã os. Quatro-olhos, exerce uma forte crítica ao ser humano – a imagem
[194 palavras] positiva dos peixes reforça a imagem negativa dos homens, o que
permite inferir a superioridade moral dos peixes. Na segunda
FICHA 2 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (p. 23) parte do sermão, Vieira regista os defeitos dos homens; partindo
A obra Os Maias, publicada em 1888, é , porventura, a mais das espécies Pegadores, Voadores, Roncadores e Polvo, critica a cor-
importante de Eça e uma das mais representativas do Realismo/ rupção, a repressã o, a vaidade, a falsidade, a hipocrisia, a traiçã o,
Naturalismo em Portugal. a ambiçã o, o parasitismo, reveladores do cará ter humano.
Uma aná lise apropriada desta obra permitirá destacar vá rios A alegoria é , assim, um meio de satirizar o comportamento
aspetos reveladores do modo de pensar e agir da sociedade do ser humano, o que confere a esta obra um cará ter intemporal.
portuguesa oitocentista. Em primeiro lugar, refiram-se as mor- [137 palavras]
dazes, mas adequadas, críticas à sociedade. Desde a imprensa,
sensacionalista, dú plice e fingida, patente, por exemplo, no diretor
d’A Tarde (Neves), à sociedade que vive de aparê ncias, inculta FICHAS DE GRAMÁTICA
e rude (corridas de cavalos e Teatro da Trindade), sã o diversos FICHA 1 – PROCESSOS FONOLÓGICOS (p. 28)
os tipos da elite lisboeta satirizados. 1. a. supressã o: síncope do “d” – apó cope do “e”; b. supressã o +
Porém, a obra vive também dos interessantes momentos des- + alteraçã o: aférese do “a” – sonorizaçã o (p > b; d > g); c. inserção:
critivos das personagens e dos espaços onde se movem. Assim, epêntese do “d”; d. supressão + alteração: síncope do “g” – sinérese
temos o retrato có mico de um Dâ maso gordalhufo, aspirante a (ee > ei); e. alteraçã o: metá tese (er > re); f. inserçã o: paragoge do
“chic”, ou as descriçõ es sensuais de Madame Gouvarinho e Raquel “s”; g. alteraçã o + supressã o: assimilaçã o (rs > ss) − síncope do
Cohen. Os espaços, detalhadamente apresentados, promovem as “h”; h. inserçã o: pró tese do “e”; i. alteraçã o: palatalizaçã o (pl > ch);
sensaçõ es que nos permitem captar a realidade. j. alteraçã o: vocalizaçã o (c > i); k. supressã o + alteraçã o: apó cope
A linguagem, recheada de adjetivos, diminutivos iró nicos, ver- do “e” – síncope do “g” – crase (ee > e); l. supressã o + alteraçã o:
bos fortes e expressivos, está ao serviço da caracterizaçã o dos síncope do “l” – sonorizaçã o (c > g); m. alteração: reduçã o vocálica;
espaços e das personagens, realçando os aspetos mais distintivos. n. alteraçã o: metá tese (“par” / “pra”).
Do exposto, percebe-se a perspicá cia de Eça, exímio analista 2.
da sociedade sua contemporâ nea, no modo como, tão habilmente, a B I P A L A T A L I Z A Ç A O A
desenhou literariamente. S I N C O P E M J L E R B S A R
[192 palavras] O X Z A R T U Y U Q H X N E S M
FICHA 3 – SÍNTESE (p. 24) N O E T J A K L N O F S A Q G E
O P R V T Y S U J G N M V B E T
Seis alunas da Escola Bá sica e Secundá ria de Santo Antó nio,
no Barreiro, criaram um software que lhes valeu o primeiro pré - R E D U Ç A O E V O C A L I C A
mio no concurso nacional do Apps for Good, projeto que premeia I W A S S I M I L A Ç A O U A T
a criaçã o de aplicaçõ es que resolvem problemas. Z A S D G U N E S E R E N I S E
Trata-se de uma ferramenta para telemó veis e tablets, pensa- A X P A R A G O G E O U L J K S
da para alunos com necessidades educativas especiais, que lhes Ç S G U O A Z A L I O I A S A E
permite digitalizar imagens que os ajudam a comunicar. No A Z I R C O B R U J A R E C O T
entanto, esta aplicação tem utilidade também para outras pessoas O T W F X A C Y E S E T O R P O
que apresentam dificuldades de comunicaçã o. N M Q E A R T O J Ç K O P I N M
Além de terem sido premiadas com tablets, estas alunas A F E R E S E W T U I O L V Z A
garantiram a presença na final internacional, em Inglaterra.
[95 palavras]
3. Possibilidades de respostas: a. Este jovem tem uma grande vi-
FICHA 4 – EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA (p. 25) talidade. / Esta carta de conduçã o já é vitalícia. b. Ontem estavas
Proposta 1 com um ar luná tico. / Assistimos ao eclipse lunar. c. Comprei ou-
tros ó culos. / Ele tem um problema ocular.
Dificilmente haverá quem nã o saiba que a qualidade de vida
depende muito dos há bitos alimentares do nosso dia a dia. FICHA 2 – TEMPOS E MODOS VERBAIS (pp. 29-30)
Está mais que provado que comer várias vezes ao dia e de 1. a. Disputamos; b. Mostraste; c. fizeste; d. ouve; e. trazíamos;
forma variada e equilibrada contribui para a manutenção da saú de f. mostra-mos; g. decorrerã o; h. Pedi-te.
dos indivíduos, prevenindo o aparecimento de doenças e promo-
2. a. supusemos; b. interveio; c. opor-se-ã o; d. contradissesse;
vendo o bem-estar.
e. depuseram; f. interpusé sseis / reouvé sseis.
Pelo contrá rio, o consumo excessivo de sal, açú cares e gor-
duras resulta, muitas vezes, em problemas de saú de vá rios. 3. a. chegares / arruma; b. pediu / entregares / fizeste; c. possas /
Em Portugal, mais de metade da populaçã o tem excesso de peso, habitua-te; d. mantivessem / fizessem; e. mantêm / creem /
e o nú mero tem vindo a aumentar, na faixa etá ria dos 18 aos 25 divergem; f. previsse / conteve / interveio.
anos. Efetivamente, é entre os jovens que mais se tê m verificado 4.1. (C); 4.2. (B); 4.3. (A); 4.4. (B); 4.5. (D); 4.6. (B).
índices de obesidade excessivos, até porque sã o eles os principais
FICHA 3 – CLASSES DE PALAVRAS (p. 31)
consumidores da designada “comida de plá stico”.
Em suma, sã o evidentes os efeitos negativos que uma má 1.1. (B); 1.2. (A); 1.3. (D); 1.4. (B); 1.5. (B).
alimentaçã o pode trazer, pelo que se torna premente que certos
há bitos sejam alterados e que a ingestã o que fazemos dos
alimentos passe a ser mais equilibrada.
[159 palavras]
Proposta 2
O “Sermã o de Santo Antó nio” é um texto alegó rico, pois Padre
Antó nio Vieira assume como auditó rio fictício os peixes, quando,
na realidade, se dirige aos homens.

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89
FICHA 4 – FUNÇÕES SINTÁTICAS (p. 32) escrevera esse poema” – oraçã o subordinada substantiva relativa;
1. a. Complemento do nome / complemento do adjetivo; b. Comple- f. “que os pais lhe tinham dado” – oraçã o subordinada adjetiva rela-
mento direto / complemento oblíquo; c. Complemento do nome / tiva restritiva; g. “para que todos os alunos os possam ler” –
complemento agente da passiva; d. Complemento direto / comple- oraçã o subordinada adverbial final.
mento indireto; e. Complemento direto / modificador (GV); f. Com- 4.2. a. “a Deus” – complemento direto; b. “aos colonos” – comple-
plemento do nome / predicativo do sujeito; g. Modificador do nome mento indireto; “com a exploraçã o dos índios” – complemento
restritivo / complemento oblíquo; h. Sujeito / predicativo do com- oblíquo; c. “com as críticas de Vieira” – complemento do adjetivo;
plemento direto; i. Modificador do nome restritivo / complemento d. “aos companheiros” – complemento indireto; “a sessã o no Ca-
direto; j. Predicativo do complemento direto / modificador (GV). sino Lisbonense” – complemento direto; e. “esse poema” – com-
2. [A] – [9]; [B] – [5]; [C] – [6]; [D] – [7]; [E] – [3]; [F] – [8]; [G] – [2]; plemento direto; f. “à colega” – complemento indireto; “os pais” –
[H] – [1]; [I] – [4]; [J] – [10]; [K] – [11]. sujeito; g. “os” – complemento direto.
5.1. a. Oraçã o subordinada adjetiva relativa restritiva; b. Oraçã o
FICHA 5 – FRASE COMPLEXA – SUBORDINAÇÃO (p. 33)
subordinada substantiva completiva.
1. [A] – [2]; [B] – [13]; [C] – [8]; [D] – [14]; [E] – [3]; [F] – [5];
5.2. a. Modificador do nome restritivo; b. Complemento direto.
[G] – [10]; [H] – [9]; [I] – [4]; [J] – [7]; [K] – [12]; [L] – [11];
[M] – [6]; [N] – [1]. FICHA 8 – COESÃO E COERÊNCIA (pp. 38-39)
FICHA 6 – COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO – IDENTIFICAÇÃO 1. Possibilidades de respostas: a. A chuva, que é fonte de vida, é
E CLASSIFICAÇÃO DE ORAÇÕES (p. 34) necessá ria em todas as regiõ es do planeta, embora a maioria das
pessoas nã o tenha consciê ncia disso. b. As pessoas, cuja atividade
1. [A] – [6]; [B] – [3]; [C] – [2]; [D] – [8]; [E] – [7]; [F] – [1]; [G] – [4];
comercial depende, antes de mais, dos recursos naturais, reco-
[H] – [5].
nhecem o valor da chuva e do sol para a agricultura. c. O planeta
2. a. Julgo que Cesário era pouco reconhecido, pois poucos literatos Terra, de onde extraímos os nossos alimentos, é essencial à vida
privavam com ele. b. Alguns escritores contemporâ neos de Antero humana, apesar de muitos nã o o preservarem. d. Na cidade já
consideravam-no um revolucionário mas outros reconheciam já o nã o se tem noçã o da origem dos alimentos. As pessoas, aí,
seu talento. esquecem que a harmonia do planeta depende do equilíbrio
3. a. Oração subordinada substantiva completiva – conjunçã o su- entre os dias de sol e os dias de chuva.
bordinativa completiva; b. Oração subordinada adjetiva relativa 2. As comemoraçõ es do centená rio do Orfeu decorreram na rei-
restritiva – pronome relativo; c. Oração subordinada adverbial final – toria da Universidade do Porto, cidade onde eu nasci, e duraram
conjunção subordinativa final; d. Oraçã o subordinada adverbial quatro semanas. As atividades que abrilhantaram o evento reali-
consecutiva – conjunçã o subordinativa consecutiva; e. Oraçã o zaram-se na sala magna, onde se assistiu à primeira conferê ncia
subordinada adjetiva relativa explicativa – pronome relativo. que deu início à s festividades. O ponto alto das solenidades foi o
FICHA 7 – COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO – ORAÇÕES momento em que o cineasta falou do filme que retrata a vida do
E FUNÇÕES SINTÁTICAS (pp. 35-37) grupo de intelectuais fundadores da revista.
1.1. (D); 1.2. (B); 1.3. (A); 1.4. (C); 1.5. (D); 1.6. (A); 1.7. (B). 3.1. (E) – (A) – (D) – (B) – (C).
2. [A] – [1]; [B] – [8]; [C] – [2]; [D] – [12]; [E] – [4]; [F] – [14]; 4.1. (A); 4.2. (B); 4.3. (D); 4.4. (C); 4.5. (A).
[G] – [4]; [H] – [9]; [I] – [5]; [J] – [6]; [K] – [7]; [L] – [3]; [M] – [11]; FICHA 9 – DÊIXIS PESSOAL, TEMPORAL E ESPACIAL (pp. 40-41)
[N] – [10]; [O] – [13]; [P] – [8]; [Q] – [6]; [R] – [13].
1. a. “agora” (l. 23); “amanhã ” (l. 54); “Já ” (l. 55); b. “Eu” (l. 3);
3. a. “Na vida, deparamo-nos com vá rios obstá culos” – oraçã o “Você ” (l. 4); “vive falando” (l. 4); “Você s” (l. 49); c. “saiu de Suru-
coordenada; “mas nã o podemos desistir” – oraçã o coordenada pinga” (l. 13); “Aqui” (l. 25); “Esta mala” (l. 32); “em casa” (l. 33).
adversativa; b. “Logo que os alunos se sentaram” – oraçã o subor-
2. a. Refere-se ao momento da enunciaçã o, ou seja, do diá logo
dinada adverbial temporal; “o professor deu início à aula” –
entre o enunciador e o seu interlocutor; b. Reporta-se à sala onde
oraçã o subordinante; c. “A professora sistematizou os conteú -
dos” – oraçã o subordinante; “para que os alunos pudessem os dois interlocutores se encontram quando soa a campainha.
estudar mais facilmente” – oraçã o subordinada adverbial final; 3. O determinante demonstrativo “esta” indica proximidade.
d. “Ela considerou” – oraçã o subordinante; “que o teste devia ser 4. (C).
adiado” – oraçã o subordinada substantiva completiva; e. “Entrei
em casa” – oraçã o coordenada; “e liguei imediatamente o compu- QUESTÕES DE AULA
tador” – oraçã o coordenada copulativa; f. “Ele estudou tanto” –
QUESTÃO DE AULA 1 – “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO”,
oraçã o subordinante; “que conseguiu a nota desejada” – oraçã o
DE P.e ANTÓNIO VIEIRA (p. 44)
subordinada adverbial consecutiva; g. “A professora pediu-me” –
oraçã o subordinante; “para abrir a porta da sala 8” – oraçã o su- 1. [A] – [3]; [B] – [6]; [C] – [1]; [D] – [2]; [E] – [9].
bordinada substantiva completiva; h. “Gosto muito de peixe” – 2. a. V; b. F; c. V; d. V; e. F; f. F; g. V; h. V; i. F; j. V; k. V; l. V.
oraçã o subordinante; “ainda que prefira a carne” – oraçã o subor-
QUESTÃO DE AULA 2 – FREI LUÍS DE SOUSA, DE ALMEIDA
dinada adverbial concessiva; i. “Embora tenha dificuldades” –
GARRETT (pp. 45-46)
oraçã o subordinada adverbial concessiva; “ele nunca desiste” –
oraçã o subordinante; j. “Os animais […] tê m de ser protegidos” – 1. [A] – [3], [5]; [B] – [7], [9], [10]; [C] – [4], [8]; [D] – [1]; [E] – [2];
oraçã o subordinante; “que estã o em vias de extinçã o” – oraçã o [F] – [6].
subordinada adjetiva relativa restritiva; k. “Quando cheguei à 2.1. (D); 2.2. (A); 2.3. (C); 2.4. (A); 2.5. (B); 2.6. (C); 2.7. (B).
escola” – oraçã o subordinada adverbial temporal; “que ainda es-
tava fechada” – oraçã o subordinada adjetiva relativa explicativa;
“encontrei dois alunos” – oraçã o subordinante; l. “Eles escolhe-
ram” – oraçã o subordinante; “quem os apoiou” – oraçã o subordi-
nada substantiva relativa.
4.1. a. “ainda que criticasse os homens” – oração subordinada adver-
bial concessiva; b. “que parassem com a exploraçã o dos índios” –
oraçã o subordinada substantiva completiva; c. “que os colonos
andassem aflitos com as críticas de Vieira” – oraçã o subordinada
substantiva completiva; d. “como correra a sessã o no Casino Lis-
bonense” – oraçã o subordinada substantiva completiva; e. “quem

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90
QUESTÃO DE AULA 3 – AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO 8. Complemento agente da passiva.
CASTELO BRANCO (pp. 47-49) 9. “a Europa”.
1. a. V; b. F – Na base da prisã o de Camilo Castelo Branco está o 10. Oraçã o subordinada adjetiva relativa restritiva.
caso adú ltero com Ana Plá cido; c. V; d. V; e. F – As razõ es que
levaram à prisã o de Camilo sã o as mesmas que conduziram o seu TESTE DE AVALIAÇÃO 2 – FREI LUÍS DE SOUSA, DE ALMEIDA
tio Simã o Botelho ao cá rcere: um amor proibido; f. F – A açã o do GARRETT (pp. 60-62)
romance camiliano é reveladora da valorizaçã o das conven- GRUPO I
çõ es/conveniê ncias sociais face aos interesses/sentimentos do 1. Frei Jorge é um homem religioso, preocupado com a família,
indivíduo; g. V; h. F – A transformaçã o que se verificou no tranquilizador daqueles que o rodeiam e amistoso para com a so-
protagonista do romance deveu-se ao poder transformador/ brinha, Maria.
regenerador do amor; i. V; j. F – A determinaçã o na defesa dos 2. Frei Jorge traz uma notícia que vai colocar em sobressalto toda
ideais pessoais e a rebeldia face à s regras sociais estã o na base do a família. Neste momento, avisa as senhoras da família que, em
enredo deste romance camiliano; k. V; l. V; m. F – O convento virtude da peste que grassava em Lisboa e dos bons ares do local
representa, no romance, a repressã o, o castigo para a paixã o; onde se encontram, os governadores pretendem, por capricho,
n. F – Mariana, apesar de amar Simã o, sabe que a sua classe sair de Lisboa e instalarem-se em Almada, mais precisamente no
social nunca lhe permitirá ter um relacionamento com ele; o. V. palá cio de Manuel de Sousa Coutinho.
2. [A] – [4], [8], [10]; [B] – [9]; [C] – [2], [6]; [D] – [1], [7]; 3. Inicialmente, D. Madalena fica assustada com as palavras de
[E] – [3], [5]. Frei Jorge e revela compreensã o face à pretensã o dos governa-
3.1. (A); 3.2. (B); 3.3. (D); 3.4. (A); 3.5. (C); 3.6. (D); 3.7. (C); dores quererem fugir da peste. Poré m, quando Frei Jorge dá a
3.8. (A); 3.9. (C); 3.10. (B). entender que ela se deverá preparar para uma má notícia rela-
cionada com as decisõ es dos governadores, fica espantada, ad-
QUESTÃO DE AULA 4 – OS MAIAS, DE EÇA DE QUEIRÓS (pp. 50-51)
mirada, ató nita, como se vê em “O meu!” (l. 32). Maria mostra-se
1.1. (D); 1.2. (A); 1.3. (B); 1.4. (C); 1.5. (D); 1.6. (A); 1.7. (B); revoltada, pois nã o aceita nem admite que os representantes do
1.8. (A); 1.9. (C); 1.10. (D). povo o abandonem em momentos de grande afliçã o e mostra-se
2. [A] – [3]; [B] – [6]; [C] – [8]; [D] – [11]; [E] – [1]; [F] – [13]; indignada perante o facto de estes pensarem que as suas vidas
[G] – [4]; [H] – [2]; [I] – [9]; [J] – [7]. valem mais do que as dos outros cidadã os (“– Que mais valem as
vidas deles?” – l. 15).
QUESTÃO DE AULA 5 – SONETOS COMPLETOS / CÂNTICOS
DO REALISMO (pp. 52-53) 4. Em Almada nã o havia peste. A vila tinha bons ares, boas á guas
e uma bela paisagem.
1. a. F – Antero de Quental foi um grande opositor dos há bitos
mentais do povo portuguê s, preconizando uma viragem na lírica 5. A vivacidade do discurso de Maria é visível no recurso às excla-
portuguesa; b. V; c. F – O pessimismo, a angú stia existencial e a maçõ es, interrogaçõ es retó ricas e reticências.
desilusã o sã o temá ticas recorrentes da poesia anteriana; d. V; GRUPO II
e. V; f. F – O poema “O palá cio da ventura” assenta a sua cons- 1. a. V; b. V; c. V; d. F; e. F.
truçã o em duas metá foras antagó nicas; g. V; h. V; i. F – Antero 2. a. Vocativo; b. Complemento indireto.
acaba por concluir que a luta pelos ideais fora em vã o; j. V.
3. Oraçã o subordinada substantiva completiva.
2.1. (B); 2.2. (C); 2.3. (B); 2.4. (D); 2.5. (A).
4. Preté rito imperfeito do conjuntivo.
3. [A] – [5]; [B] – [9]; [C] – [2]; [D] – [7]; [E] – [1].
5. “o mundo”.

TESTES DE AVALIAÇÃO TESTE DE AVALIAÇÃO 3 – “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO” /


FREI LUÍS DE SOUSA (pp. 63-67)
TESTE DE AVALIAÇÃO 1 – “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO”,
DE P.e ANTÓNIO VIEIRA, (pp. 57-59) GRUPO I
GRUPO I A
1. Atravé s da referê ncia aos peixes Pegadores, Padre Antó nio 1. Obediê ncia, ordem, quietaçã o e atençã o sã o as virtudes dos
Vieira atinge os homens oportunistas, interesseiros e parasitas, peixes enumeradas pelo orador.
que se aproveitam dos outros, o que ilustra o cará ter alegó rico do 2. Os homens perseguiam Santo Antó nio, queriam matá -lo por
excerto. lhes apontar os defeitos, enquanto os peixes, em grande nú mero,
2. O orador apresenta como argumento o facto de os peixes nã o ouviam atentamente as palavras do santo, com uma atitude de
deverem viver “pegados” aos grandes ao ponto de isso implicar a respeito e de assentimento.
sua morte (“Chegai-vos embora aos grandes; mas nã o de tal ma- B
neira pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles.” – 3. As duas cenas apresentadas situam-se no final do ato III, uma
ll. 22-23). vez que se referem a aspetos relacionados com a tomada do há bi-
3. Criticando os homens, o orador apresenta, mais uma vez, to por parte de D. Madalena e Manuel de Sousa Coutinho. Esta
Santo Antó nio como o exemplo a seguir. cerimó nia decorre na parte baixa do palá cio de D. Joã o de Portu-
4. Exemplos: “peixinhos, ignorantes e miserá veis” (l. 16); “errado, e gal, mais precisamente na capela da Sr. a da Piedade, na igreja de
enganoso” (l. 16). A expressividade da adjetivaçã o reside no S. Paulo dos Domínicos de Almada, e a altas horas da noite.
pormenor da caracterizaçã o, que vai ao encontro do objetivo do
orador: incutir vivacidade ao discurso.
5. Ao criticar o comportamento dos peixes e, por inferê ncia, o dos
homens, o orador concretiza a crítica social que é característica do
“Sermão de Santo Antó nio”, e que conduz à moralidade visível em
segmentos como: “Eis aqui, peixezinhos ignorantes, e miserá veis,
quã o errado, e enganoso é este modo de vida, que escolhestes.”
(ll. 16-17) ou “Chegai-vos embora aos grandes; mas nã o de tal
maneira pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles.”
(ll. 22-23).
GRUPO II
1. (B); 2. (A); 3. (A); 4. (D); 5. (C); 6. (B); 7. (C).

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91
4. Quando D. Madalena se dirige a Frei Jorge, parece ter dú vidas 5. As falas de Mariana revelam o seu estatuto social na medida em
quanto à s notícias que davam como vivo o seu primeiro marido, que trata Simã o por “senhor Simã o” (l. 12), forma de tratamento
como se percebe na sua primeira intervençã o. Contudo, as certe- que se usava relativamente a algué m com um estatuto social
zas de Manuel de Sousa Coutinho levam-na a assumir uma atitu- superior.
de de desespero, ao ponto de entrar numa espé cie de delírio que GRUPO II
a faz dirigir-se a Deus, pedindo-Lhe ajuda para suportar a dor
1. a. F; b. F; c. V; d. F; e. V; f. F; g. V; h. V; i. V; j. F.
dilacerante provocada pela necessidade de ter de se separar da-
queles que mais ama. Seguidamente, revolta-se contra este Deus 2. a. Oraçã o subordinada substantiva completiva; b. Oraçõ es coor-
que tudo lhe tirou, inclusive a filha; só nas duas ú ltimas ré plicas denadas copulativas.
se perceciona a resignaçã o, ao aceitar aquele destino trá gico. 3. a. Sujeito; b. Complemento indireto; c. Vocativo; d. Comple-
5. Manuel de Sousa Coutinho sempre agiu com maior racionali- mento indireto.
dade e, mais uma vez se percebe, pela sua intervençã o, que a sua 4. a. “Morrerá ” – futuro do indicativo; “fiz” – preté rito perfeito do
honradez prevalece sobre a emoçã o. Por isso, vendo D. Madalena indicativo; b. “aumentava” – preté rito imperfeito do indicativo.
vacilar na decisã o tomada, reage de forma mais fria, tentando 5. a. “uma lâ mpada”; b. “o morto”.
fazê -la compreender que nada mais lhes restava senã o concreti-
zar a decisã o de se separarem e de ingressarem na vida conven- TESTE DE AVALIAÇÃO 5 – OS MAIAS, DE EÇA DE QUEIRÓS
tual. Pede, por isso, a D. Madalena que ganhe â nimo e nã o vacile, (pp. 71-73)
afastando-se de imediato. Deste modo, sobressai a racionalidade GRUPO I
e a frieza, ainda que com o intuito de nã o alimentar as incertezas 1. A açã o deste excerto insere-se no episó dio relativo à s corridas
da esposa. de cavalos, constante do capítulo X, e refere-se ao momento em
GRUPO II que o jó quei de um cavalo (o Jú piter, vencido numa das competi-
çõ es) veio pedir satisfaçõ es ao juiz da corrida, afirmando que a
1. (A); 2. (C); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (C).
sua derrota se deveu a uma fraude. Esta situaçã o gerou a indig-
8. “me”, “recordo”, “percebi”. naçã o do Vargas e os â nimos acabaram por se exaltar.
9. ”outra razã o mais subtil mas mais indelé vel” (l. 16). 2. A comparaçã o da voz do Vargas com o som produzido pelo touro
10. Coesã o interfrá sica. põ e em evidê ncia nã o só o vigor da voz da referida personagem
GRUPO III mas sobretudo o facto de se tratar de um comportamento pouco
adequado em pú blico, o que evidencia o cará ter crítico desta
Resposta de cará ter pessoal, podendo, todavia, apresentar-se a se-
passagem.
guinte planificação como ponto de partida. Introduçã o – indicaçã o
do local visitado e da data/época em que tal aconteceu. Desenvol- 3. Ao longo do texto, tanto através das palavras do narrador como
vimento – descriçã o dos aspetos observados, em termos arquitetó - dos comentá rios do marquê s, é criticado o comportamento dos
nicos, civilizacionais, culturais, étnicos… Conclusã o – aspetos mais que assistiam à corrida, afirmando-se que “um sopro grosseiro
emblemáticos. de desordem reles” (ll. 11-12) tinha desmanchado as aparê ncias
de povo civilizado que tinham sido evidenciadas. Critica-se o inte-
TESTE DE AVALIAÇÃO 4 – AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO resse ridículo e “postiço” dos portugueses pelas corridas e a sua
CASTELO BRANCO (pp. 68-70) vocaçã o para desordens, afirmando o marquê s que “gostamos é
GRUPO I de vinhaça, e viola, e bordoada” (l. 21).
1. As expressõ es “De manhã ” (l. 1), “À s onze horas” (l. 4), “Ao se- 4. O segmento referido reduz as preocupaçõ es dos portugueses a
gundo dia de viagem” (l. 5), “Era o dia 27 de março, o nono de en- assuntos considerados insignificantes pelo enunciador, realçan-
fermidade de Simão Botelho” (l. 15), “Ao romper da manhã” (l. 16), do o atraso em que Portugal se encontra.
“Algumas horas volvidas” (l. 24) contribuem para a concentraçã o 5. O marquê s fica indignado com o comportamento arruaceiro do
temporal da açã o, a qual decorre, agora, precipitadamente, em povo portuguê s, a ausê ncia de modos e a hipocrisia ao importar
nove dias, sendo apenas relatados os aspetos fundamentais que do estrangeiro atividades que nã o sabia cumprir ou dignificar.
conduzem ao culminar da açã o. Carlos e Clifford veem o tumulto de forma diferente – o primeiro
2. Mariana vai demonstrando, ao longo do tempo, que está de- garante que é “pitoresco”, sente-se como observador de toda
terminada a suicidar-se, se Simã o morrer. Assim, a atitude que a aquela confusã o e nada o afeta. Considera-se, e é , diferente
personagem assume, quando confrontada com a iminência da daquela gente, nos gostos, na educaçã o e no comportamento, daí
morte de Simã o, é reveladora de algué m que deixa de sofrer com que entenda aquela confusã o como um motivo de interesse que
a vida, convicta de que cedo se vai desprender dos aspetos dava um certo colorido ao acontecimento. Clifford, apesar de
terrenos e, por isso, nã o chorou quando ouviu o prognó stico do achar deplorá vel a atitude presenciada, manté m a sua postura
seu amado e perguntou-lhe, nas palavras do narrador, com uma educada e correta e desvaloriza o sucedido.
“Pasmosa serenidade” (l. 7), o que fazer à s suas cartas, se Simã o GRUPO II
morresse no mar. Depois, acaba por revelá-lo explicitamente,
1. (A); 2. (B); 3. (C); 4. (A); 5. (C); 6. (C); 7. (D).
quando o degredado lhe pergunta o que fará ela se ele morrer no
mar. A resposta é imediata: “– Morrerei, senhor Simã o” (l. 12). 8. Pronome relativo.
Finalmente, é ainda indicativo do seu suicídio o facto de nã o ter 9. Trata-se de uma citaçã o.
chorado nem orado, quando Simã o morre, como se acreditasse 10. Oraçã o subordinada adverbial causal.
que, em breve, estaria junto dele, e o facto de apresentar uma
postura inerte e estranha, enquanto os marujos davam puxõ es ao
cadá ver do acadé mico para segurar a pedra à cintura.
3. Apesar de Mariana amar Simã o, tem plena consciê ncia de que
o seu amor nã o é correspondido e de que ele sente por ela ape-
nas um amor fraternal. Por essa razã o, designa-o de “meu irmã o”
(l. 6). Por outro lado, por reconhecer que Simã o é detentor de um
estatuto social mais elevado do que o seu, as suas palavras
revestem-se de alguma formalidade, nomeadamente quando diz
“senhor Simã o” (l. 12).
4. A frase de Simã o refere-se à infelicidade de Teresa, à morte de
Joã o da Cruz e à eventualidade da morte de Mariana.

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92
TESTE DE AVALIAÇÃO 6 – AMOR DE PERDIÇÃO / OS MAIAS 4. O uso das maiú sculas acentua o cará ter transcendente da
(pp. 74-78) busca que o sujeito lírico efetua, sem sucesso, advindo daí a razã o
do seu drama.
GRUPO I
5. O título do poema anuncia a entidade a quem o eu lírico confia
A
o seu drama íntimo, e que lhe confere alguma serenidade.
1. O tema do amor-paixã o é visível no facto de Teresa demonstrar
estar dominada por um sentimento tão avassalador que está dis- GRUPO II
posta a morrer por ele, recusando o casamento com outro homem. 1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (D).
2. Apesar de ter noçã o de que Teresa nã o ama Baltasar, tendo 7. [A] – [5]; [B] – [2]; [C] – [7]; [D] – [4].
recusado já uma vez contrair matrimó nio com ele, Tadeu menos-
TESTE DE AVALIAÇÃO 8 – CÂNTICOS DO REALISMO,
preza o amor e acredita que, enquanto pai, tem o direito de impor à
DE CESÁRIO VERDE (pp. 81-83)
filha o casamento com o primo, chegando mesmo a confessar que
o amor de um pai, por vezes, se manifesta sob a forma de violê n- GRUPO I
cia. Esta mentalidade coaduna-se com a que vigorava na é poca, 1. O grupo social destacado é o povo e, neste caso concreto, a
uma vez que os casamentos de conveniê ncia eram usuais, como atençã o recai nos cavadores que abrem as valetas e que o sujeito
forma de preservar os privilé gios ou de ascender econó mica e poé tico compara a animais (“as bestas” – v. 6) por serem
socialmente. “Homens de carga!” (v. 6). Contudo, revela comiseraçã o por eles,
B até porque tem consciê ncia de que o povo sofre, agoniza e tem,
3. Tendo tido conhecimento de que Dâ maso tecia comentá rios tal como os trabalhadores que a esta classe pertencem, uma “vida
pouco abonató rios sobre o seu relacionamento com Maria Eduarda, tã o custosa” (v. 7).
em diversos locais incluindo o Grémio, e perante amigos e conheci- 2. O “eu” lírico mostra-se atento e crítico relativamente a tudo
dos de ambos, Carlos fica indignado e furioso, até porque os uniam o que observa. Poré m, na segunda estrofe, percebe-se que tem
laços de amizade, e decide dar uma liçã o a Dâ maso. Durante o pena dos pobres trabalhadores, quando afirma “Que vida tã o
percurso até aos Olivais, a ideia de o destruir, de forma tã o visível custosa!” (v. 7) e dá conta da sua comiseraçã o mas, simultâ nea e
e violenta que pudesse constituir uma liçã o, não abandona Carlos, respetivamente, da sua imaginaçã o criadora, ao falar do sofri-
que congemina, demoradamente, sobre essa possibilidade. mento e da agonia do povo e ao ver uma bandeira no pano
4. A ú ltima afirmaçã o de Carlos revela a sua felicidade e o modo rasgado das camisas, divisas nos listrõ es de vinho e uma cruz nos
como o amor entre ele e Maria Eduarda o traz enlevado e deli- suspensó rios.
ciado. Perante a constataçã o de Alencar de que o mundo é “um 3. A transfiguração do real está presente na associaçã o que o sujeito
vale de lágrimas” (l. 31), Carlos nã o consegue senã o pensar em si poético faz entre o pano rasgado das camisas dos trabalhadores e a
e na sua felicidade, fruto do bilhete de Maria Eduarda, em que bandeira, os suspensó rios e a cruz, o que reforça, simultanea-
esta o convidava a visitá -la à noite, e que guardou como se fosse mente, o cará ter é pico do poema.
uma “doce relíquia” (l. 17). 4. Neste excerto destaca-se a adjetivaçã o, usada na caracteriza-
5. A dupla adjetivaçã o, presente, por exemplo, em “muda e igno- çã o dos trabalhadores (“Possantes, grossas, temperadas, […]
rada” (l. 9), “gorducho e reles” (l. 12) ou “moroso e pensativo” ralasso” – vv. 3-4; “E manso […] calosas mã os gretadas” – vv. 5 e
(l. 18), o uso de estrangeirismos como “coupé” (l. 4) e a expressi- 9), e fá -lo de forma tã o pormenorizada que o leitor pode mesmo
vidade do verbo (“ruminar” – l. 1 e “palrando” – l. 12) e do advé r- imaginá -los no desempenho das suas tarefas. As exclamaçõ es
bio (“copiosamente” – l. 22) constituem características típicas do conferem bastante expressividade ao texto, uma vez que, atravé s
estilo da linguagem queirosiana. delas, se consegue percecionar as emoçõ es do sujeito poé tico
quando observa a realidade que retrata. Neste caso, a sua como-
GRUPO II
çã o vem ao de cima quando avalia o esforço desmedido daqueles
1. (A); 2. (C); 3. (B); 4. (D); 5. (A); 6. (C); 7. (D). homens, bem como a vida dura que levam (“Homens de carga!
8. Verbo principal transitivo indireto. Assim as bestas vã o curvadas!” – v. 6).
9. Modificador do nome apositivo. 5. A dimensã o é pica é visível na referê ncia ao povo como uma
10. Oraçã o subordinada adjetiva restritiva. personagem coletiva e ao esforço do trabalho por ele produzido
(“Homens de carga!” – v. 6), realçada pelo recurso à exclamaçã o e
GRUPO III
a vocabulá rio valorativo (“Possantes, grossas” – v. 3, “custosa”
Resposta de cará ter pessoal. Contudo, o aluno pode seguir o se- – v. 7, “calosas” – v. 9, “gretadas” – v. 9, “sofres, bebes, agonizas” –
guinte cenário: Introduçã o – evidenciação da importâ ncia do amor v. 13), ilustrativo da visã o subjetiva do sujeito poé tico.
para o ser humano. Desenvolvimento – constataçã o de que o amor
contribui para o bem-estar; factualidade da necessidade de amar GRUPO II
para o equilíbrio emocional na relaçã o consigo e com os outros; 1. (B); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (D); 6. (B); 7. (D).
explicitação de que a consciência de ser amado desenvolve nobres 8. Complemento oblíquo.
sentimentos no relacionamento social. Conclusã o – reforço da 9. “ele” [Gonçalo Cadilhe].
ideia de que o amar e ser amado é fundamental para a harmonia
10. Gonçalo Cadilhe afirmou que em terra onde estivesse faria
pessoal e social.
como visse. Excluía o transporte aé reo porque voar sobre Á frica
TESTE DE AVALIAÇÃO 7 – SONETOS COMPLETOS, DE ANTERO nã o era viajar por Á frica.
DE QUENTAL (pp. 79-80)
GRUPO I
1. O sujeito poético sente-se só , em sofrimento e incompreendido,
num conflito interior, tendo apenas a noite como companheira
e confidente, encontrando nela tranquilidade e serenidade.
2. As expressõ es “Tu só entendes bem o meu tormento…” (v. 4),
“A ti confio o sonho” (v. 9) ou “E tu entendes o meu mal sem nome”
(v. 12) demonstram que o sujeito, atormentado, encontra na noite
o apaziguamento de que necessita.
3. Os travessõ es acrescentam informaçã o adicional, pormenori-
zando a caracterizaçã o do “canto longínquo”, personificado pelo
“espírito” que atenua o sofrimento do sujeito poé tico.

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TESTE DE AVALIAÇÃO 9 – SONETOS COMPLETOS / CÂNTICOS
DO REALISMO (pp. 84-87)
GRUPO I
A
1. A Razã o é , para o “eu” lírico, fonte de virtude, de heroísmo, de
harmonia (“irmã do Amor e da Justiça” – v. 1), e está na base da
â nsia de liberdade que move o ser humano. Desta forma, defende
a prevalê ncia da racionalidade.
2. A aná fora “Por ti” enfatiza a importâ ncia da Razã o, pois permite
explicitar os domínios que ela abrange, deixando claro que ocupa
um lugar central no modo como o sujeito poético encara o mundo.
B
3. O sujeito poético encontra-se a deambular pela cidade de Lisboa,
num fim de tarde, uma vez que logo na primeira estrofe se faz
referê ncia ao Tejo, ao bulício e à azá fama típicos do final de um
dia de trabalho. Por isso, os versos “Nas nossa ruas, ao anoitecer”
(v. 1) e “Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia” (v. 3)
atestam a localizaçã o espá cio-temporal anteriormente registada.
A deambulação é também evidente na forma verbal “erro” (v. 20).
4. As exclamaçõ es presentes na terceira estrofe traduzem a
emotividade, o estado de espírito do “eu” poé tico; estas excla-
maçõ es (“Felizes!” – v. 10; “Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo,
o mundo!” – v. 12) parecem sugerir uma certa inveja daqueles
que partem e, desse modo, fogem da realidade onde se encontra
o “eu”. Estes podem ver outras capitais, conhecer o mundo, em
vez de ficarem emparedados e sujeitos ao “desejo absurdo de
sofrer” (v. 4) que a cidade onde o “eu” poé tico se encontra lhe
desperta.
5. Desde o primeiro momento, o sujeito poé tico refere a pertur-
baçã o e o enjoo provocados pelo “gá s extravasado” (v. 6), e ainda
o “desejo absurdo do sofrer” (v. 4). A deceçã o e o desâ nimo sã o
ainda despertados pelas edificaçõ es, que o “eu” compara a gaio-
las, e pelos tipos humanos retratados, ao ponto de confessar que
se embrenha a cismar e a errar pelos cais. Por tudo isto, facilmen-
te se percebe que no sujeito poé tico prevalece um sentimento de
desâ nimo e de disforia que lhe desperta o desejo de fuga.
GRUPO II
1. (B); 2. (D); 3. (C); 4. (B); 5. (A); 6. (C); 7. (D).
8. Livro, biblioteca, livraria.
9. Oraçã o subordinada substantiva completiva.
10. Coesã o lexical por antonímia.
GRUPO III
Resposta de cará ter pessoal. Contudo, o aluno pode seguir a se-
guinte planificaçã o: Introduçã o – importâ ncia destes dois poetas
no panorama da literatura portuguesa. Desenvolvimento – Antero
de Quental: características dos Sonetos: a angú stia existencial, a
inquietaçã o espiritual, a consciê ncia da imperfeiçã o humana, a
desilusã o e o desespero; Cesá rio Verde: traços identitá rios da sua
obra: a imaginaçã o, a deambulaçã o, a transfiguraçã o do real, o
imaginá rio é pico, a cidade e os tipos sociais. Conclusã o – refe-
rê ncia aos traços distintivos dos dois poetas, embora pertencen-
tes ambos ao Realismo.

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