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1. Planificação Anual ...................................................................................

2.
Fichas de Leitura ...................................................................................... 11
1. Relato de viagem .......................................................................................... 12
2. Artigo de divulgaçã o científica ................................................................... 14
3. Exposiçã o sobre um tema ........................................................................... 16
4. Apreciaçã o crítica ............................................................................................................ 18

3.
Fichas de Gramática................................................................................. 21
1. O português: génese, variaçã o e mudança ................................................ 22
2. Fonética e fonologia ..................................................................................... 23
3. Funçõ es sintá ticas ........................................................................................ 24
4. Frase complexa – coordenação .................................................................. 27
5. Frase complexa – subordinaçã o ................................................................. 28
6. Arcaísmos, neologismos e processos irregulares
de formaçã o de palavras ............................................................................. 29
7. Campo lexical e campo semâ ntico ............................................................. 32

4.
Questões de Aula ...................................................................................... 33
1. Poesia trovadoresca .................................................................................... 34
2. Crónica de D. João I, de Fernã o Lopes ....................................................... 37
3. Gil Vicente ..................................................................................................... 39
4. Luís de Camõ es ............................................................................................ 41
5. Os Lusíadas, de Luís de Camõ es .................................................................. 45
6. História trágico-marítima ........................................................................... 47

5.
Testes de Avaliação ................................................................................. 51
1. Poesia trovadoresca .................................................................................... 53
2. Crónica de D. João I, de Fernã o Lopes ........................................................ 57
3. Poesia trovadoresca / Crónica de D. João I ................................................ 61
4. Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente .......................................................... 65
5. Rimas, de Luís de Camõ es ........................................................................... 68
6. Farsa de Inês Pereira / Rimas ..................................................................... 72
7. Os Lusíadas, de Luís de Camõ es .................................................................. 76
8. História trágico-marítima ........................................................................... 79
9. Os Lusíadas / História trágico-marítima ................................................... 82

6.
Guiões de Visionamento de Filmes ................................................. 85
1. Robin Hood .................................................................................................... 86
2. Reino dos céus (e/ou) O físico ..................................................................... 87

7. Cenários de Resposta ............................................................................ 89

NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA


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PLANIFICAÇÃO ANUAL • ANO 1
MÓDULO 1
Poesia trovadoresca; Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
14. Ler e interpretar textos literá rios.
Poesia trovadoresca 15. Apreciar textos literá rios.
• Cantigas de amigo: “Ai flores, ai flores do verde pino”, Dom Dinis; “Nom chegou, madr’, o meu amigo”,
16. Situar obras literá rias em funçã o de grandes marcos
Dom Dinis; “Bailemos nó s já todas tres, ai amigas”, Airas Nunes; “Ondas do mar de Vigo”, Martim histó ricos e culturais.
Codax; “Poys nossas madres van a San Simon”, Pero Viviaez;“Sedia-m’eu na ermida de San Simió n”,
Mendinho (escolher 4);
• Cantigas de amor: “Quer’eu em maneira de proençal”, Dom Dinis; “Se eu pudesse desamar”,
Pero da Ponte; “Que soidade de mha senhor ei”, Dom Dinis (escolher 2);
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• Cantigas de escárnio e maldizer: “Roi Queimado morreu com amor”, Pero Garcia Burgalês; “Ai, dona fea,
fostes-vos queixar”, Joam Garcia de Guilhade; “Foi um dia Lopo jograr”, Martim Soares (escolher 2).
– Contextualizaçã o histó rico-literá ria.
– Representaçõ es de afetos e emoçõ es:
> variedade do sentimento amoroso (cantiga de amigo);
> confidência amorosa (cantiga de amigo);
> relaçã o com a Natureza (cantiga de amigo);
> a coita de amor e o elogio cortês (cantiga de amor); 33 horas
> a dimensã o satírica: a paró dia do amor cortês e a crítica de costumes
(cantigas de escá rnio e maldizer). 44 tempos
– Espaços medievais, protagonistas e circunstâ ncias. letivos de
– Linguagem, estilo e estrutura: 45 minutos
> caracterizaçã o temá tica e formal – paralelismo e refrã o (cantiga de amigo);
> caracterizaçã o temá tica (cantiga de amor);
> caracterizaçã o temá tica (cantiga de escá rnio e maldizer);
> recursos expressivos: a comparaçã o, a ironia, a personificação, a apó strofe e a hipérbole.
Fernão Lopes, Crónica de D. João I
• Capítulos 11, 115, 148 (excertos de 2 destes capítulos).
– Contextualizaçã o histó rica.
– Afirmaçã o da consciência coletiva.
– Atores (individuais e coletivos).
Leitura
– Exposiçã o sobre um tema. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Apreciação crítica. e graus de complexidade.
– Artigo de divulgaçã o científica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informaçã o.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
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Escrita
– Exposiçã o sobre um tema.
10. Planificar a escrita de textos.
– Síntese.
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.

Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
– Reportagem. 2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
4. Participar oportuna e construtivamente em situaçõ es
de interaçã o oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
– Síntese. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com
diferentes finalidades.

Gramática
– Evolução do português. 17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Formaçã o de palavras. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Conectores. do português.
– Subordinaçã o. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Funçõ es sintá ticas. do português.
– Classes de palavras.
– Referente.
– Processos fonoló gicos.
– É timo.
– Pronome pessoal em adjacência verbal.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.

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MÓDULO 2
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira; Luís de Camões, Rimas
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Leitura integral. 15. Apreciar textos literá rios.
– Caracterização de personagens. 16. Situar obras literá rias em função de grandes
– Relaçõ es entre as personagens. marcos histó ricos e culturais.
– A representaçã o do quotidiano.
– A dimensão satírica.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> características do texto dramá tico;
> a farsa: natureza e estrutura da obra;
> recursos expressivos: a comparaçã o, a interrogaçã o retó rica, a ironia e a metá fora.
Luís de Camões, Rimas
• Redondilhas: “Descalça vai para a fonte”; “Endechas”; “Quem ora soubesse”;
“Os bons vi sempre passar”;
• Sonetos: “Ondados fios d’ouro reluzente”; “Um mover d’olhos, brando e piadoso”;
“Tanto de meu estado me acho incerto”; “Alegres campos, verdes arvoredos”;
“Aquela triste e leda madrugada”; “O dia em que eu nasci, moura e pereça”; 34 horas
“Correm turvas as á guas deste rio”; “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”;
“Que me quereis, perpétuas saü dades?” (escolher 8). 46 tempos
– Contextualizaçã o histó rico-literá ria. letivos de
– A representaçã o da amada. 45 minutos
– A representaçã o da Natureza.
– A experiência amorosa e a reflexã o sobre o Amor.
– A reflexã o sobre a vida pessoal.
– O tema da mudança e do desconcerto.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a lírica tradicional;
> a inspiraçã o clá ssica;
> discurso pessoal e marcas de subjetividade;
> soneto: características;
> métrica (redondilha e decassílabo, rima e esquema rimá tico);
> recursos expressivos: a aná fora, a antítese, a apó strofe, a personificaçã o e a metá fora.
Leitura
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposiçã o sobre um tema.
e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
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Escrita
– Síntese. 10. Planificar a escrita de textos.
– Apreciaçã o crítica. 11. Escrever textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção
linguística.
13. Rever os textos escritos.

Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Apreciaçã o crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente
– Anú ncio publicitá rio. NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
em situaçõ es de interaçã o oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Documentá rio. e com diferentes finalidades.
– Síntese.
– Apreciaçã o crítica.
Gramática
– Campo semâ ntico e campo lexical. 17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Arcaísmos e neologismos. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Processos irregulares de formaçã o de palavras. do português.
– Conectores. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Processos fonoló gicos. do português.
– Funçõ es sintá ticas.
– Classes de palavras.
– Subordinaçã o.
– Referente.

Avaliação – Diagnose oral e escrita.


– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
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MÓDULO 3
Luís de Camões, Os Lusíadas; História trágico-marítima
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Imaginá rio épico (canto I, ests. 1 a 18; canto IX, ests. 52 a 53, 66 a 70, 88 a 95; 15. Apreciar textos literá rios.
canto X, ests. 75 a 91); 16. Situar obras literá rias em função de grandes
• Reflexõ es do poeta (canto I, ests. 105 a 106; canto V, ests. 92 a 100; canto VII, ests. 78 a 87; marcos histó ricos e culturais.
canto VIII, ests. 96 a 99; canto IX, ests. 88 a 95; canto X, ests. 145 a 156).
– Imaginá rio épico:
> matéria épica: feitos histó ricos e viagem;
> sublimidade do canto;
> mitificação do heró i.
– Reflexõ es do poeta.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a epopeia: natureza e estrutura da obra; 33 horas
> conteú do de cada canto;
> os quatro planos e sua interdependência;
> estrofe e métrica; 44 tempos
> recursos expressivos: a aná fora, a aná strofe, a apó strofe, a comparaçã o, a enumeração, letivos de
a hipérbole, a interrogaçã o retó rica, a metonímia e a personificação. 45 minutos

História trágico-marítima
• Capítulo V: “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho” (excertos).

Leitura
– Artigo de divulgação científica. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação.
– Relato de viagem.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.

7
8

Escrita
– Exposição sobre um tema. 10. Planificar a escrita de textos.
– Síntese. 11. Escrever textos de diferentes géneros
– Apreciação crítica. e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção
linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Apreciação crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente
– Anú ncio publicitá rio. NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA em situaçõ es de interaçã o oral.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
Expressão Oral 6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Apreciação crítica. e com diferentes finalidades.

Gramática
17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Funçõ es sintá ticas. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Campo semâ ntico e campo lexical.
do português.
– Coordenaçã o. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Subordinaçã o.
do português.
– Processos fonoló gicos.
– Referente.
– Tempos e modos verbais.
– Conector.
– Classes de palavras.
– Relaçõ es semâ nticas.
– Geografia do português no mundo.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
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Leia o relato da responsabilidade de Gonçalo Cadilhe e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Como pronunciar “cabo Agulhas”

A pergunta era se eu não sentia orgulho quando


chegava ao cabo da Boa Esperança. Orgulho de ser
português.
Hesitei. Vou ser franco ou não? Dou uma
5 resposta de circunstância e vaga, ou entro na
questão a fundo? Viajar por muito tempo tem esta
consequência: adquire-se um certo relativismo.
Fica difícil aceitar os dogmas e os mitos pro-
pagados na pátria ao longo de geraçõ es.
1 Visitamos outros países e ficamos a saber que e que marca, esse sim, o final do continente, o cabo
0 os nossos dogmas e mitos valem tanto como os Agulhas. Não é impressionante.
deles. Não tem uma falésia a pique sobre o mar, nem
Esse formidável promontório, no fundo de Á frica, um miradouro preparado para rasgar o infinito nem
é um ponto de referência impressionante quer para 45 sequer um posto de turismo com os gadgets e
os que o alcançam por terra quer para os que o souvenirs da ocasião, apenas um acidente de relevo
1 contornam por mar. Aliás, recordo a minha desilusão lacónico e definitivo, no litoral. Extraordinária, pelo
5 quando o visitei pela primeira vez, por encontrar um contrário, é a estrada de aproximação ao cabo
dia de mar calmo e translúcido, de céu cristalino e Agulhas, que atravessa dezenas de quilómetros de
brisa suave, que nada fazia supor ser ali o lugar do 50 terra desolada e premonitória, como se nenhuma
mito do Adamastor. Mas em visitas seguintes, as outra paisagem fosse digna de anunciar esse imi-
coisas cósmicas alinharam-se de maneira a poder nente fim de mundo que é o cabo Agulhas.
2 assistir a tempestades brutais de mar e vento sobre o Uma placa rasa informa que, neste ponto,
0 cabo que por nós foi pela primeira vez dobrado. se encontram os dois oceanos: Atlântico e Índico.
A pergunta era se eu sentia orgulho. De ser 55 As rochas são recortadas e pontiagudas, vagamente
português no cabo da Boa Esperança. como agulhas, e pareceu-me estar explicada
Não. Passaram muitos séculos. O que eu não a razão do nome do cabo. Mas não era nada disso.
consigo deixar de sentir é uma perplexidade Os navegadores portugueses descobriram que
2 incomodada. Onde foram parar esses homens que o norte geográfico, aquele indicado pela Estrela
5 estavam na vanguarda do seu tempo? Onde foram 60 Polar, e o norte magnético, indicado pelas agulhas
parar o arrojo e a antevidência da raça que soube das bússolas, coincidiam na passagem deste cabo.
dar novos mundos ao mundo? O meu incó modo é Daí o nome Agulhas.
ainda maior, se viro as costas ao cabo e regresso Ao contrário do cabo da Boa Esperança, cujo
à cidade, talvez a mais cenográfica e apetecível de nome foi traduzido em todas as línguas, o cabo
3 todas as cidades fora da Europa, e penso que podia 65 Agulhas mantém a grafia original do batismo por-
0 ser uma cidade de ascendência portuguesa, mas tuguês. É esse, talvez, o meu motivo de orgulho,
que simplesmente deixámos que os holandeses não pelo que fomos e deixámos de ser, mas pelo
ficassem com ela. A Cidade do Cabo, Cape Town, que encontrámos e demos a conhecer. E deixámos
a “Taverna dos Mares”. nomeado.
Na realidade, para contornar Á frica, não basta 70 Neste caso, nada de “cape Needles”, antes,
3 dobrar o cape of Good Hope, há outro mais a sul qualquer coisa como “cape Agâolas”.
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Gonçalo Cadilhe, “Qualquer coisa nos lugares”, in Visão, edição online, 19 de junho de 2013 (consultado em maio de 2017).

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6. O autor revela a sua perplexidade relativamente à situação dos portugueses.
Comprove de que modo ele a manifesta.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

7. Indique o único motivo de orgulho de ser português registado por este viajante.
_________________________________________________________________________________________________________________________

8. Explique, por palavras suas, a designação atribuída ao segundo cabo descrito pelo autor.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

9. Identifique e exemplifique duas marcas típicas do relato de viagem presentes neste texto.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

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Leia o texto e responda, de seguida, às questões.

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_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

7. Refira por que razão o carpinteiro, José Joaquim dos Santos, assume um papel de relevo face aos
factos retratados.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

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Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

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_________________________________________________________________________________________________________________________

6. Explicite as mudanças que permitiram a evolução da pintura.


_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

7. Clarifique a importância das navegações para o desenvolvimento das sociedades.


_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

8. Comente a seguinte afirmação: “[…] os artistas começaram […] [a poder] exprimir as suas ideias
como artistas livres.” (ll. 16-18).
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

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Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

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6. Explique a função das citações presentes no penúltimo parágrafo.
________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________

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a. HYDRA (á gua) ___________________________________________________________________________________________________
b. LITTERA- (letra) _________________________________________________________________________________________________
c. DOMU- (casa) ____________________________________________________________________________________________________
d. RHINÓ S (nariz) __________________________________________________________________________________________________
2. Identifique o processo fonológico que a comparação das palavras “dedo”/“dedal” e
“saco”/“sacola” evidencia.
_____________________________________________________________________________________________________________________

3. Associe corretamente as palavras indicadas aos étimos latinos.


íntegro obra pleno cá tedra ó pera cheio cadeira inteiro

3.1. Classifique cada par de palavras, tendo em conta o étimo de que derivam.
________________________________________________________________________________________________________________

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2. Identifique as frases do exercício 1. com predicativo do sujeito. ______________________________________
2.1. Classifique, quanto à subclasse, os verbos presentes nessas mesmas frases.
_______________________________________________________________________________________________________________

3. Preencha o quadro abaixo apresentado, retirando das frases do exercício 1. os constituintes


que desempenham as funções sintáticas solicitadas.

a. Modificador b. Modificador do nome apositivo c. Modificador do nome restritivo

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4. Assinale com um X a função sintática dos constituintes sublinhados em cada frase.
_______________________________________________________________________________________________________________

5. Atente nas frases abaixo apresentadas.


(A) O estudante cantou entusiasticamente uma serenata à namorada.
(B) Ontem, o jantar foi feito por mim.
(C) O meu pai e a minha mã e compraram maçã s à minha tia, aqui.
(D) Nas férias, a Teresa falava de ti constantemente.
(E) Darei o prémio a quem provar que merece.
(F) No sá bado, os ladrõ es foram apanhados pela polícia.
(G) Ele colocou os livros na estante cuidadosamente.
(H) Afirmei que eras meu amigo.
5.1. Preencha o quadro, transcrevendo todos os constituintes presentes nas frases que desempenham as
funçõ es abaixo elencadas.

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a. deverbal. ______________________________________________________________________________________________
b. epistémico. ____________________________________________________________________________________________
c. de grau de parentesco. _______________________________________________________________________________
d. icó nico. ________________________________________________________________________________________________
e. relacionado com um atributo. _______________________________________________________________________
6.4. Indique a frase que integra um complemento do adjetivo sob a forma oracional.
____________________________________________________________________________________________________________

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3. Una os pares de frases de modo a obter frases complexas, recorrendo à coordenação indicada.
a. (explicativa)
(1) No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida.
(2) Quer a Europa quer Portugal atravessavam uma grave crise.
b. (adversativa)
(1) A Europa interessou-se pela descoberta do mar.
(2) Portugal foi pioneiro na política expansionista.

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h. A lista B, cujo presidente é de uma turma de 11.° ano, sagrou-se vencedora.
i. Ontem choveu tanto que o recinto da campanha ficou inundado.

1. Associe cada frase da coluna A à sua correta constituição, na coluna B.

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____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
1. Faça corresponder a cada um dos elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo
a obter afirmações verdadeiras.

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4.1.2. Integre cada nova palavra numa classe gramatical, referindo o seu significado.
________________________________________________________________________________________________________

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5. Atente nas palavras sublinhadas no texto apresentado de seguida.

Problemas de acesso à plataforma


O ú ltimo dia da primeira fase de candidaturas à s bolsas de açã o social no ensino superior ter-
minou na terça-feira. […] O MEC confirma que houve um “pico de acessos” nestes ú ltimos dias que
tornam “natural” as dificuldades de acesso à plataforma. Um dos administradores dos Serviços de
Açã o Social [sugere]: “Faria sentido que se alargasse o prazo por uns dias, tal como aconteceu
com a entrega das declaraçõ es de IRS.”.

Samuel Siva, in Público, ediçã o online, 1 de outubro de 2014 (acedido em maio de 2017, adaptado).

5.1. Classifique-as quanto ao processo de formaçã o.


________________________________________________________________________________________________________________
5.2. Explique por que não configuram os termos “MEC” e “IRS” o mesmo processo de formaçã o.
________________________________________________________________________________________________________________
5.3. Construa uma frase em que o termo “plataforma” surja com outro significado.
________________________________________________________________________________________________________________

6. Leia os seguintes excertos de duas composições trovadorescas.

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1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens seguintes.
1.1. O campo lexical de uma dada palavra corresponde ao conjunto de palavras
 (A) que se podem formar a partir dela, pelos processos de derivaçã o ou de composiçã o.
 (B) que se podem formar a partir dela, nã o importa por que processo.
 (C) associadas, pelo seu significado, a um determinado domínio conceptual.
1.2. O campo semâ ntico de uma dada palavra corresponde ao conjunto de
 (A) significados ou aceçõ es que uma palavra assume, em funçã o do contexto em que ocorre,
quer surja isolada ou integrada numa expressã o.
 (B) significados dessa palavra, desde que surja integrada numa expressã o.
 (C) sinó nimos dessa palavra.
2. Leia as frases seguintes.
(A) Ontem foi a festa da escola; as salas de aula estavam graciosamente decoradas; no quadro
viam-se desenhos feitos por alunos e professores.
(B) O Pedro nã o convive com ninguém; aquele miú do é uma ilha!
(C) As férias em plena Natureza sã o muito agradá veis e repousantes. Gosto muito de passear pelo
campo, molhar-me nos regatos, colher flores, observar os animais.
(D) Por alturas do Natal, há um mar de gente a fazer compras nos centros comerciais.
(E) A ilha açoriana de que mais gosto é Sã o Miguel.
(F) Em criança tudo é simples; quando crescemos, percebemos que a vida não é um mar de rosas.
(G) Passear junto ao mar é um dos meus hobbies.
(H) Hoje fui observar como se processa a pesca: barcos, pescadores, isco, rede, anzol, tudo é prepa-
rado minuciosamente.
(I) O Parque da Cidade é uma ilha de oxigénio para os habitantes do Porto.
2.1. Selecione as frases em que ocorrem palavras pertencentes ao mesmo campo lexical.
________________________________________________________________________________________________________________
2.2. Identifique dois campos semâ nticos diferentes, registando as frases em que ocorrem.
________________________________________________________________________________________________________________
2.3. Registe as alíneas em que os vocá bulos “mar” e “ilha” surgem em sentido metafó rico.
________________________________________________________________________________________________________________
2.4. Reescreva as frases indicadas em 2.3., substituindo os vocá bulos “mar” e “ilha” por outras pala-
vras ou expressõ es com significado equivalente.
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________

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_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
2.7. As cantigas de escá rnio e maldizer apresentam
 (A) elogios a determinadas categorias profissionais.
 (B) insultos diretos a trovadores ou a jograis.
 (C) críticas aos há bitos ou vícios de personagens.
2.8. O processo de Romanizaçã o refere-se à
 (A) implementaçã o das civilizaçã o e cultura romanas.
 (B) adoçã o do latim como língua oficial.
 (C) apropriaçã o do latim clá ssico pelos povos ibéricos.

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g. As cantigas de escá rnio satirizam ironicamente as convençõ es do amor cortês.
___________________________________________________________________________________________________________________

h. Infelizmente, os jograis cantavam para sobreviverem.


___________________________________________________________________________________________________________________

i. Os jograis eram acompanhados pelas jogralesas.


___________________________________________________________________________________________________________________

j. Felizmente, o trovador comunicou à donzela a sua dor.


___________________________________________________________________________________________________________________

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36
2. Complete o texto, convocando conhecimentos acerca da Crónica de D. João I.
[12 itens x 6 pontos = 72 pontos]

Fernã o Lopes, autor da Crónica de D. João I, que foi aclamado a. _________________________ de


Portugal depois da morte de b. _________________________ e durante a crise de 1383-1385, relata,
nessa mesma cró nica, episó dios como o do c. _________________________ de Lisboa, levado a cabo pelos
d. _________________________, bem como o da Batalha de e. _________________________, na qual se
destaca a figura de D. Nuno Á lvares Pereira, mentor da estratégia que conduziu os portugueses à
f. _________________________ e que, durante toda a crise, esteve ao lado de g. _________________________,
mestre de Avis.
A Crónica de D. João I apresenta duas partes: na primeira parte – Pré-Aljubarrota – sã o narrados
acontecimentos desde a h. _________________________ do rei D. Fernando até à aclamaçã o de D. Joã o
como rei; na segunda parte – Pó s-Aljubarrota – registam-se acontecimentos ocorridos durante o
reinado de D. Joã o I.
É uma cró nica em que se verifica, pela primeira vez, a afirmaçã o da consciência coletiva.
A insurreiçã o que se opera em Portugal em 1383, ainda que tenha sido encabeçada por
i. _________________________, um dos burgueses mais influentes do reino, só vinga porque foi apoiada
pelo povo.
É , efetivamente, a plebe que, colocando em causa a validade da sucessã o diná stica por nã o reco-
nhecer legitimidade ao rei j. _________________________ para assumir a regência de Portugal, empurra
o Mestre de Avis para a revoluçã o.
É , pois, esta consciência da identidade k. _________________________, este sentimento patrió tico gene-
roso e esta ligaçã o à terra, em detrimento da eleiçã o régia, que faz do povo o l. _________________________
da insurreiçã o, que culminou com o triunfo da vontade popular.

GRUPO II

1. Indique o tempo, o modo e a pessoa gramatical das formas verbais sublinhadas em cada frase.
[18 itens x 4 pontos = 72 pontos]

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GRUPO I

1. Complete o texto expositivo sobre a obra vicentina com os segmentos linguísticos fornecidos
abaixo. [15 itens x 8 pontos = 120 pontos]

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GRUPO II

1. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [8 itens x 10 pontos = 80 pontos]

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 (C) recuperou e imitou a cultura greco-latina.
 (D) desvalorizou a arte e a literatura clá ssicas.
1.5. O Humanismo consiste na
 (A) sobrevalorizaçã o da dimensã o emocional do Homem.
 (B) adoçã o das tradiçõ es escolá sticas e dos valores religiosos.
 (C) valorizaçã o da espiritualidade e da religiã o cató lica.
 (D) valorizaçã o do Homem enquanto ser ú nico e pensante.

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 (D) como palco das reflexõ es sobre a vida pessoal.
2.6. As temá ticas desenvolvidas por Luís de Camõ es incluem, por exemplo,
 (A) a crítica dos valores quinhentistas.
 (B) a reflexã o sobre a vida pessoal e sobre o amor.
 (C) a vida do poeta na infância.
 (D) o elogio do Homem medieval.

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3. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]

Coluna A Coluna B
[A] O poeta quinhentista escreveu em redondilha [1] Oraçã o subordinada substantiva
mas privilegiou o decassílabo. completiva

[B] Assim que leram as primeiras estâ ncias de Os Lusíadas, [2] Oraçã o subordinada adverbial
acharam-nas difíceis. condicional

[C] Ainda que preferissem a poesia amorosa, a temá tica [3] Oraçã o coordenada copulativa
da Natureza também os entusiasmou.

[D] Camõ es foi tã o arruaceiro que acabou embarcado [4] Oraçã o subordinada adjetiva
para a Índia. relativa explicativa

[E] Quem gosta de poesia tem de ler Camõ es. [5] Oraçã o coordenada adversativa

[F] Como Camõ es viveu no século XVI, sofreu a influência [6] Oraçã o subordinada adverbial
dos humanistas. concessiva

[G] Nã o só estudamos os sonetos como também lemos [7] Oraçã o subordinada substantiva
vá rias redondilhas. relativa

[H] Perceberã o melhor desde que leiam expressivamente [8] Oraçã o subordinada adverbial
os textos. consecutiva

[I] A mulher petrarquista, que é normalmente inacessível, [9] Oraçã o subordinada adverbial
tem traços físicos específicos. temporal

[10] Oraçã o subordinada adverbial


[J] É inevitá vel que os poetas exponham a sua visã o.
causal

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.

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1.5. Os planos narrativos encontram-se organizados da seguinte forma:
 (A) Plano dos deuses (plano da viagem encaixado), seguido do plano da Histó ria de Portugal.
 (B) Plano da Histó ria de Portugal, onde se encaixam os planos da viagem e dos deuses.
 (C) Plano da Histó ria de Portugal, encaixado no plano da viagem, em paralelo com o plano
mitoló gico.

1.6. Em Melinde, os portugueses sã o


 (A) bem recebidos, mas posteriormente traídos.
 (B) expulsos e obrigados a recorrer à s armas.
 (C) bem recebidos, sendo Gama convidado a contar a Histó ria de Portugal.
1.7. No canto IX encontra-se
 (A) o episó dio histó rico da batalha de Aljubarrota.
 (B) o episó dio simbó lico da Ilha dos Amores.
 (C) o episó dio da morte de Inês de Castro.

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1.3. Indique a classe e a subclasse dos conectores presentes nas frases (A), (C) e (E).
[3 itens x 5 pontos = 15 pontos]

______________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________

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2. Faça corresponder cada elemento da coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter
afirmações verdadeiras. [13 itens x 2 pontos = 26 pontos]

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b. embarcar ______________________________________________________________________________________________________
c. tripulaçã o _____________________________________________________________________________________________________

2.5. Indique as funçõ es sintáticas desempenhadas por: [3 itens x 5 pontos = 15 pontos]

a. “O início da viagem” (A) _____________________________________________________________________________________


b. “por alguns dos seus amigos” (A) ___________________________________________________________________________
c. “com os outros” (C) __________________________________________________________________________________________

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49
MATRIZES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I

Leia com atenção o texto.

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GRUPO II

Leia atentamente o texto.

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6. O termo “corriqueiro” (l. 6) é antónimo de
(A) lento.
(B) invulgar.
(C) inquietante.

7. O processo fonológico ocorrido na passagem de STILU- para “estilo” (l. 6) designa-se


(A) pró tese.
(B) epêntese.
(C) paragoge.

8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “vive, há cerca de


trinta anos, na portaria de um prédio de luxo” (ll. 7-8).

9. Explique o significado literal do vocábulo “capital” (l. 8), sabendo que a palavra latina CAPITIA
significa “cabeça”.

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55
GRUPO I

Leia o seguinte excerto do capítulo 115 da Crónica de D. João I. Se necessário, consulte as notas
apresentadas.

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____________
23
designados; 24 avivavom-se os corações deles: sentiam-se mais corajosos; 25 operá rios; 26 folga; 27 onde.

1. No primeiro parágrafo, o narrador apresenta de forma sintetizada as ideias que serão desen-
volvidas ao longo do capítulo 115. Refira-as.

2. Demonstre que a população se dividiu no que respeita a tomar o partido do Mestre de Avis.

3. Enumere, baseando-se no segundo parágrafo, algumas das medidas tomadas pelo povo e pelo
Mestre, assim que souberam que o cerco à cidade estava iminente.

4. Explique a funcionalidade do toque do sino durante o cerco da cidade de Lisboa.

5. Releia o último parágrafo do excerto. Evidencie o empenho do povo na defesa da cidade.

GRUPO II

Leia atentamente o texto.

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6. Na frase “A noite cai suavemente sobre esta cidade” (l. 16), o termo sublinhado desempenha
a função de
(A) modificador.
(B) complemento oblíquo.
(C) modificador apositivo do nome.

7. Na frase “É uma cidade bonita” (l. 18), o verbo classifica-se como


(A) principal intransitivo.
(B) principal transitivo direto.
(C) copulativo.

8. Classifique a oração sublinhada em “Não sei sequer se existe mas, se existir, chama-se
Henrique” (ll. 3-4).

9. Refira a função sintática do segmento sublinhado em “na (ex) metrópole as ondas estão
à distância de um parque de estacionamento” (ll. 9-10).

10. Indique a função sintática do elemento sublinhado em “que me faz pensar” (l. 16).

11. Transcreva o referente do elemento sublinhado em “que permite sempre um tom de azul
no fundo do olhar” (l. 19).

12. Reescreva o segmento “No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
é aquela que menos me recorda Portugal.” (ll. 20-21), substituindo o conector por outro com
o mesmo valor lógico.

GRUPO III

Observe a pintura de Câ ndido Portinari.

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Faça uma apreciação crítica desta pintura,
num texto de 120 a 150 palavras, conside-
rando, entre outros que julgue pertinentes,
os seguintes aspetos:
– apresentaçã o dos elementos que inte-
gram a imagem;
– sentimentos transmitidos;
– impacto;
– pertinência da imagem, tendo em conta
o cerco de Lisboa relatado na Crónica
de D. João I, de Fernã o Lopes.
Deverá exprimir a sua opiniã o (positiva ou
negativa) na introduçã o do texto. A funda-
mentaçã o do ponto de vista deverá ocor-
rer associada a exploraçã o dos elementos
Os retirantes (1994), Cândido Portinari (1903-1962),
constantes da pintura. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.

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GRUPO I

Responda às questões.

1. Associe os enunciados apresentados na coluna A à respetiva tipologia da poesia trovadoresca,


na coluna B.

Coluna A Coluna B

[A] O facto de o amado ter partido para a guerra ou de este


nã o dar notícias provoca o sofrimento no sujeito
da enunciaçã o.
[1] Cantiga de amigo
[B] Enquadra-se num ambiente rural (a fonte, o rio),
ou em locais mais discretos e propícios aos encontros
amorosos.

[C] Apresenta uma sá tira a pessoas, comportamentos


e acontecimentos da época, onde surgem agressõ es
verbais diretas.
[2] Cantiga de amor
[D] O “eu” poético assume o seu amor e revela o seu sofrimento
(“coita de amor”), adotando uma linguagem convencional
e artificial.

[E] Composiçõ es que, quase sempre, apresentam refrã o.

[F] Há referência aos encontros com o amado ou à angú stia


e ao sofrimento provocados pela sua ausência. [3] Cantiga de escá rnio
[G] Explora o amor cortês ou a expressã o de sentimentos
por parte do amador, que adota uma atitude servil
ou de vassalagem em relaçã o à amada.

[H] O nome da pessoa satirizada nã o figura na cantiga


e o recurso a um duplo sentido das palavras é frequente.

[I] O palco da expressã o amorosa era o adro das igrejas, [4] Cantiga de maldizer
quando as donzelas acompanhavam a mãe à s romarias.

[J] A mulher a quem se dirige o sujeito da enunciação


é idealizada e retratada em termos abstratos.

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62
B

Atente na seguinte composição poética.

Eno sagrado, em Vigo

Martim Codax, B 1283/V 889/PV 6, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,


A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1983, p. 264.
____________
1
no; 2 adro da igreja; 3 belo, formoso, elegante; 4 Amor ei: Tenho amores; 5 esbelto, formoso; 6 tivera; 7 exceto, senã o.

3. Classifique a cantiga, quanto ao género. Justifique com uma característica formal e uma carac-
terística temática.

4. Caracterize o estado de espírito do sujeito lírico, comprovando com expressões textuais.

Leia o seguinte excerto da Crónica de D. João I.

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5. Explique o que significa a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4).

GRUPO III
6. Indique o que fez o Mestre depois de sair do palácio.

Redija um texto
7. Descreva expositivo,
a reação de 130
do Conde a 200viu
quando palavras, sobre a Crónica de D. João I.
o Mestre.
O seu texto deve ter uma estrutura tripartida, de acordo com o seguinte plano:
GRUPO
• Introduçã o – identificaçã o do autor, do assunto II
principal da cró nica e do objetivo da mesma.
• Desenvolvimento:
− contexto sociopolítico que está na origem da crise de 1383-1385;
− breve caracterizaçã o de duas personagens intervenientes e referencia ao seu papel nos aconte-
cimentos relatados.
• Conclusã o – retoma e confirmaçã o das ideias apresentadas na introduçã o.

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5. Explicite a reação de Inês presente nos versos parentéticos (vv. 17-18), tendo em consideração a fala
de Pero Marques (vv. 13-16).

GRUPO I

Leia o excerto seguinte.

GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o seguinte texto.

A libertação das mulheres começou antes de Abril

Este livro de ensaios de Helena Vasconcelos faz aquilo que um livro de ensaios deve fazer: provo-
ca vá rias conversas, vá rias discussõ es, vá rias celebraçõ es. Depois desta celebraçã o, convoco agora
um tema para discussã o. A autora diz que “a diferença entre as mulheres da minha geraçã o e as que
nasceram pó s-25 de Abril é abissal”. Ora, nã o tenho a menor dú vida em relaçã o aos efeitos de Abril
sobre a condiçã o feminina. Aliá s, quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipaçã o feminina. Lá em casa, a minha mã e, ex-operá ria, ex-miss
e precursora do uso da minissaia, fazia questã o de deixar isso bem claro.
Como diz a autora de Humilhação e glória, “quando comparadas com as nossas «irmã s» eu-
ropeias”, as mulheres portuguesas podem sentir orgulho por terem “percorrido um caminho bem
5
á rduo num tempo mais curto”. Mas quando é que começou esse “caminho bem á rduo”? Depois
de 74? Nã o, nã o me parece. Esse caminho começou a ser traçado pelas mulheres mais novas da
geraçã o da minha mã e. La mia mamma é a mais nova, e sempre existiu um abismo geracional entre
ela e as irmã s. Aliá s, a minha tia mais velha é como se fosse a minha terceira avó . A caçula, a minha
mã e, era (e é) de outro planeta. E percebe-se porquê: saiu de casa cedo para trabalhar numa fá brica.
As minhas tias só saíram de casa para “ir servir” ou para casar. Foram educadas para serem seres
domésticos. Por oposiçã o, a minha mã e foi a primeira mulher urbana da família. Com o crescimento

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brutal da economia registado nos anos 60 e com a consequente abertura à Europa, a sociedade
portuguesa mudou para sempre, porque as raparigas começaram a trabalhar em fá bricas e lojas.
10
Estas raparigas dos anos 60 e inícios dos 70 foram as grandes revolucionárias, porque desafiaram a
autoridade do pai e do marido. Nã o queriam casar para sair de casa, queriam trabalhar para casa-
rem em pé de igualdade com o maridinho.
Abril nã o iniciou o processo de emancipaçã o das mulheres portuguesas. O pó s-74 continuou-o
e, acima de tudo, deu-lhe forma jurídica. A sociedade portuguesa tem mais continuidades do que
aquelas que nó s, crentes na democracia, estamos dispostos a ver. E, quando recusamos ver essas
continuidades, acabamos por trair a geraçã o que começou a fazer a mudança. […]
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/
a-libertacao-das-mulheres-comecou-antes-de-abril=f785384 (consultado em junho de 2017, adaptado).
15

20

25

1. De acordo com a obra Humilhação e glória, as mulheres lusas têm a grande vantagem de
(A) terem conquistado a emancipaçã o antes das mulheres do resto da Europa.
(B) se terem emancipado em menos tempo do que as da restante Europa.
(C) terem tido o apoio dos homens ao longo do processo de emancipaçã o.

2. A independência feminina em Portugal


(A) teve como principal agente a sua autonomia econó mico-laboral.
(B) deveu-se essencialmente ao 25 de Abril de 1974.
(C) implicou a submissã o da mulher no casamento.

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9. Refira a classe de palavras do termo sublinhado em “as grandes revolucionárias” (l. 19).

10. Transcreva o referente do pronome pessoal sublinhado em “O pós-74 continuou-o” (l. 22).

11. Reescreva no futuro simples do indicativo a forma verbal sublinhada em “O pós-74 […] deu-lhe
forma jurídica.” (ll. 22-23).

12. Indique a relação semântica estabelecida entre as palavras “revolucionária”, “mudança”,


“desafio” e “emancipação”.

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 130 a 180 palavras, sobre o papel da mulher na sociedade atual, tendo
em consideraçã o os vá rios domínios em que esta se emancipou.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introduçã o, desenvolvimento e conclusã o), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulá rio adequado e diversificado.

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GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o texto seguinte.

a este mote alheio:

Campos bem-aventurados, Já me vistes ledo ser,


tornai-vos agora tristes, mas despois que o falso Amor
que os dias em que me vistes tã o triste me fez viver,
alegre sã o já passados. ledos folgo4 de vos ver,
25 porque me dobreis a dor.
Campos cheios de prazer, E se este gosto sobejo5
vó s que estais reverdecendo, de minha dor me sentistes,
já me alegrei com vos ver; julgai quanto mais desejo
agora venho a temer as horas que vos não vejo
5 que entristeçais em me vendo. 30 que os dias em que me vistes.
E, pois a vista alegrais
dos olhos desesperados, O tempo, que é desigual,
não quero que me vejais, de secos, verdes vos tem;
para que sempre sejais porque em vosso natural
10 campos, bem-aventurados. se muda o mal para o bem
35 mas o meu para mor mal.
Porém, se por acidente1, Se perguntais, verdes prados,
vos pesar2 de meu tormento, pelos tempos diferentes
sabereis que Amor consente que de Amor me foram dados,
que tudo me descontente, tristes, aqui sã o presentes,
15 senã o descontentamento. 40 alegres, já são passados.
Por isso vó s, arvoredos,
que já nos meus olhos vistes
mais alegrias que medos,
Luís de Camõ es, Rimas (texto estabelecido e prefaciado
se mos quereis fazer ledos3, por Á lvaro J. da Costa Pimpã o), Coimbra,
20 tornai-vos agora tristes. Almedina, 2005 [1994], pp. 53-54.

____________
1
se por acaso; 2 magoar, compadecer; 3 alegres; 4 desejo, anseio; 5 crescente.

1. Classifique a composição poética, fundamentando a sua resposta com dois aspetos formais.

2. Com base na primeira glosa, mostre em que medida o estado de espírito do sujeito poético
se opõe à descrição da Natureza.

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67
3. Na segunda glosa, o “eu” lírico faz um pedido aos arvoredos. Indique-o, explicitando o seu
sentido.

4. Refira a razão que o “eu” poético apresenta para o seu estado de espírito presente, justificando
a sua resposta com expressões das duas últimas glosas.

5. Explique, considerando o tema da mudança, os efeitos da passagem do tempo tanto nos


campos como no sujeito poético.

GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia o seguinte texto.

A química da paixão

Quem nã o conhece aquele símbolo da paixã o que traz a flecha do Cupido atravessando o cora-
çã o? […] Na imagem, o alvo do deus alado é o coraçã o […]; a seta, no entanto, atinge é a cabeça. […]
Havendo interesse por outra pessoa, a química provoca sintomas intensos e avassaladores em
todo o corpo. Os mais evidentes sã o o aumento da pressã o arterial, da frequência respirató ria e
5 dos batimentos cardíacos, a dilataçã o das pupilas, os tremores e o rubor, além da falta de apetite,
concentraçã o, memó ria e sono. Tudo é provocado por alteraçõ es em regiõ es específicas, já identifi-
cadas pela ciência com a ajuda da ressonâ ncia magnética funcional e de outras tecnologias.
Uma das responsá veis pelas descargas de emoçõ es para o coraçã o e as artérias é a dopamina,
um neurotransmissor da alegria e da felicidade libertado pelo organismo para potenciar a sensa-
10 çã o de que o amor é lindo. […] “O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz
o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
de Campinas. […]
Em pesquisas recentes, estruturas do cérebro chamadas nú cleo caudado, á rea tegmentar ven-
tral e có rtex pré-frontal mostraram-se mais ativadas em pessoas apaixonadas. Sã o zonas ricas
15 justamente em dopamina e endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao da morfina.
Juntos, esses agentes estimulam os circuitos de recompensa, os mesmos que nos proporcionam
prazer em comer, quando sentimos fome, e em beber, quando temos sede. […]
A feniletilamina, parecida com a anfetamina, é outra molécula natural associada a essa ava-
lanche de transformaçõ es, assim como a noradrenalina, que contribui com a memó ria para novos
20 estímulos. Por isso, os apaixonados costumam lembrar-se da roupa, da voz e de atos triviais dos
seus amados. […]
Enquanto a maioria das substâncias químicas apresenta níveis mais elevados no auge da paixão,
a serotonina, que tem efeito calmante e nos ajuda a lutar contra o stress, diminui em cerca de 40%.
O índice foi observado no estudo da italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa. […]
25 O prazo de validade do efeito paixã o varia de pesquisa para pesquisa. Sabbatini observa que o
fundamental é a paixã o passar naturalmente, o que acontece em alguns meses, com o cérebro
descarregando menos dopamina e reduzindo as endorfinas. “No auge, as alteraçõ es químicas sã o
tão intensas e tã o stressantes que, se durarem tempo demais, o organismo entra em colapso”, diz.

http://super.abril.com.br/comportamento/a-quimica-da-paixao
(consultado em junho de 2017, adaptado).

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(A) adverbial causal.
(B) adjetiva relativa.
(C) adverbial final.

7. Em “é outra molécula natural associada a essa avalanche de transformações” (ll. 18-19) o consti-
tuinte sublinhado é uma
(A) personificaçã o.
(B) metá fora.
(C) comparaçã o.

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GRUPO I

Responda às questões..

1. Tendo em consideração o estudo feito da Farsa de Inês Pereira, associe cada elemento da
coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras.

Coluna A Coluna B
[A] A mãe de Inês mostra-se [1] a carta do primeiro pretendente de Inês.

[B] Inês, por sua vez, considera-se [2] e apresentam o Escudeiro a Inês.

[C] A mãe aconselha Inês [3] desajeitado, ignorante e pouco dado ao amor.

[D] Lianor Vaz é uma alcoviteira que traz [4] vítima das exigências e preconceitos sociais.

[E] Pero Marques demonstra ser [5] o verdadeiro estado social do seu amo.

[F] Os dois judeus sã o oportunistas [6] a nã o se precipitar com o casamento.

[G] O escudeiro Brás da Mata revela-se [7] adulador, falso e com duplo cará ter.

[H] O Moço acaba por revelar [8] representar os falsos elementos do clero.

[9] crítica em relaçã o ao comportamento da filha.


[I] Os dois pretendentes de Inês
contrastam
[10] perceber que Lianor Vaz é uma mulher muito fiel.

[11] em termos sociais e culturais.


[J] O Ermitã o é a personagem que
permite
[12] entusiasmada com a decisã o da filha.

2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Gil Vicente, a sua obra e o contexto em que viveu.

publicadas rei sociedade 1502 D. Manuel


Monólogo do vaqueiro cinquenta reinado Leonor rir

Gil Vicente apresentou a sua primeira peça, a. ____________, a 7 de junho de b. ____________, à rainha
Dona c. ____________. Continuou a escrever sob a proteçã o da rainha até à morte desta, e prosseguiu a
sua criaçã o dramá tica ao serviço do rei d. ____________. Em 1522, o autor dos autos continuou a gozar
da mesma confiança sob o e. ____________ de D. Joã o III. Sabe-se que o f. ____________ continuou a apoiá -lo
financeiramente. O dramaturgo escreveu cerca de g. ____________ peças de teatro, de natureza diversa,
h. ____________ postumamente na já referida Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente. Entre outros
objetivos, Gil Vicente pretendia criticar a i. ____________, através da paró dia, nem sempre satírica, de
variados tipos sociais, e ao mesmo tempo fazer j. ____________.

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B

Leia o excerto seguinte.

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3
discreto, controlado
4
nã o se importar com, rejeitar

5. Classifique, a nível formal, a composição poética, justificando a sua resposta.

6. Descreva, por palavras suas, a mulher presente no poema, comprovando as suas afirmações
com expressões textuais.

7. Identifique o recurso expressivo presente em “entre rubis e perlas” (v. 3), explicitando o seu
sentido.

GRUPO II

Responda às questões.

1. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos segmentos linguísticos sublinhados


nas frases.
a. Camõ es, o príncipe dos poetas, viveu no seculo XVI.
b. O poeta foi influenciado por Petrarca.
c. O poeta é quem celebra a magia da Natureza.
d. Os críticos literá rios consideram Luís de Camõ es o grande poeta da língua portuguesa.
e. Camõ es esforça-se por nos narrar a alma lusitana.

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GRUPO I

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GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia o texto seguinte.

O autor desta quase literal adaptação de Os Lusíadas reconhece – apesar do respeito, do cuidado
e do carinho que pô s na delicadíssima tarefa – que ela é de qualquer modo sacrílega.
Não se toca numa obra de génio, para a apresentar simplificada aos olhos do pú blico, sem a tris-
te e aliá s inevitá vel sensaçã o de amarfanhar a sua beleza, de corromper e desfolhar o seu encanto
5 radioso.
Não me pejo de confessar que estive constantemente angustiado, que sofri contínuos e sérios
remorsos, enquanto procurava interpretar, em prosa corrente e fácil, a grandeza, a majestade épica
de Os Lusíadas.
Insisti e teimei em fazê-lo, nã o por gosto e deleite no trabalho, mas porque este me pareceu
10 necessá rio, urgente e – perdoe-se-me o orgulho – sinceramente patrió tico.
É costume dizer-se que Os Lusíadas sã o a Bíblia da Pá tria, ou, menos retoricamente, o livro
nacional por excelência. De facto. Mas essa Bíblia, esse livro intrinsecamente nacional, só tomam
contacto com ele – quando o tomam… – os alunos dos liceus, a partir do meio do seu curso, e os
adultos.
15 As crianças nã o o leem, nã o o podem ler – as crianças que, por muito pouco que entendam
o francês, encontram nessa língua ediçõ es, à sua escala e medida, da pró pria Odisseia.
Não será tempo de oferecer-lhes uma singela, embora imperfeita adaptação da nossa Odisseia
– Odisseia real, e não apenas imaginária, e, mesmo por isso, mais do que a outra maravilhosa – para
que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heró is, os acontecimentos notáveis e celebrados
20 por Luís de Camõ es e que são gló ria imorredoira da nossa terra?

Joã o de Barros (adaptaçã o em prosa),


Os Lusíadas de Luís de Camões contado às crianças
e lembrado ao povo (prefá cio), Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009, pp. 7-8.

1. O autor deste prefácio reconhece que a adaptação de Os Lusíadas foi


(A) uma tarefa fá cil e aprazível.
(B) um gesto patrió tico.
(C) um trabalho fracassado.

2. Esta adaptação de Os Lusíadas é uma obra escrita


(A) em verso, com uma linguagem corrente e fá cil.
(B) em prosa, num estilo grandioso e bíblico.
(C) numa linguagem acessível a um pú blico infantil.

3. Na opinião do autor, as crianças devem conhecer Os Lusíadas porque é uma obra


(A) tã o maravilhosa como a Odisseia.
(B) que contém apenas feitos reais.
(C) que celebra a grandeza da Pá tria.

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11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “mas porque este me pareceu
necessário, urgente” (ll. 9-10).

12. Classifique a oração “para que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acon-
tecimentos notáveis e celebrados por Luís de Camões” (ll. 18-20).

GRUPO III

Escreva um texto de apreciação crítica, de 120 a 150 palavras, no qual apresente o seu ponto de vista
sobre a leitura de Os Lusíadas.
Obedeça à s seguintes orientaçõ es:
• Introduçã o – apresentaçã o e caracterizaçã o sumá ria do objeto (Os Lusíadas: planos narrativos,
matéria épica).
• Desenvolvimento – comentá rio crítico da obra, com apresentaçã o de argumentos (importâ ncia
para a naçã o portuguesa).
• Conclusã o – síntese geral das ideias e apelo à leitura ou ao estudo da obra.

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GRUPO I

Leia com atenção o texto.

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GRUPO II

Leia atentamente o texto.

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11. Indique a relação semântica que se estabelece entre “Equador” (l. 14) e “país” (l. 14).

12. Indique a subclasse do verbo sublinhado em “pergunto-me como é possível viver com tão
pouco” (ll. 23-24).

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual exponha as vantagens e desvantagens
dos Descobrimentos portugueses.
Tenha em atençã o os seguintes tó picos:
• Introduçã o – caracterizaçã o dos Descobrimentos portugueses.
• Desenvolvimento – vantagens e desvantagens dos Descobrimentos: exemplificaçã o com obras
literá rias ilustrativas.
• Conclusã o – síntese geral das ideias e fecho do texto.

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2. Complete com os termos apresentados, de modo a obter um texto expositivo sobre Os Lusíadas.

Viagem desprezo autobiográ fico Proposiçã o Mitoló gico


narrativo Dedicató ria épico dez reflexõ es

GRUPO I
Os Lusíadas é um poema a. _______________, dividido em b. _______________ cantos e constituído por
quatro partes: c. _______________, Invocaçã o, d. _______________ e Narraçã o. Estrutura-se, ainda, em quatro
planos: e. _______________, Histó ria de Portugal, f. _______________ e Consideraçõ es do Poeta. Neste ú ltimo
plano, nã o g. _______________, o poeta tece h. _______________ sobre a Pátria do seu tempo, criticando
e lamentando o estado de decadência em que estaA se encontrava. Este plano tem também um cará ter
i. _______________, já que o autor-narrador apresenta factos da sua vida, como o j. _______________ que a Pá tria
1. Tendo em conta
demonstrou o estudo
pelo seu talentodee Camões e da época em que viveu, associe cada elemento da coluna A
pela sua obra.
a um segmento da coluna B, de modo a obter informações verdadeiras.

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B

Leia atentamente as estâncias retiradas do canto X de Os Lusíadas.

Luís de Camõ es, Os Lusíadas (leitura, prefá cio e notas de A. J. Costa Pimpã o),
4.a ed., Lisboa, Instituto Camõ es – Ministério dos Negó cios Estrangeiros, 2000, p. 476.

____________
1
nã o; 2 instrumento musical associado à poesia; 3 desafinada; 4 aplauso; 5 talento; 6 sombria; 7 repugnante, infame.

3. Justifique a inserção da estância 144 no plano da Viagem de Os Lusíadas, fundamentando


a resposta com elementos textuais.

4. Atente na estância 145. Explicite os lamentos do Poeta presentes nos quatro primeiros versos.

Leia atentamente este excerto retirado do Capítulo V da História trágico-marítima.

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5. Identifique
b. O capitã o odamomento
nau Santoda viagem
António a que corresponde
afirmou: “É necessá rioeste
que excerto, exemplificando
as pessoas com
viagem / viajem expres-
muito por
sões textuais.
mar para compreenderem o que nó s passá mos”.

6. Explicite a intenção da tripulação ao dirigir-se em romaria à Nossa Senhora da Luz.


GRUPO III

7. Explique
Escreva umotexto
motivoexpositivo,
pelo qual D.
deJerónimo de Moura
150 a 180 não comparando
palavras, reconheceu Jorge de Albuquerque.
a viagem à Índia descrita
n’Os Lusíadas e a viagem de Jorge Albuquerque na nau Santo António, atendendo a:
− objetivo(s) da viagem; GRUPO II
− percurso efetuado;
− perigos e obstá culos enfrentados;
− condiçõ es de regresso à Pá tria.

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1. Associe cada elemento da coluna A ao segmento que lhe corresponde, na coluna B, de modo a
obter informações acerca do conteúdo do filme visionado.

Coluna A Coluna B

[A] A açã o passa-se no século XIII, [1] de devolver a espada a seu pai, Sir Walter Loxley.

[B] O rei Ricardo Coraçã o de Leã o [2] morre nessa funesta batalha.

[C] Robin Hood e os seus companheiros [3] num símbolo de liberdade para o seu povo.

[D] Um nobre cavaleiro, moribundo, [4] em França, na ú ltima batalha travada pelo rei Ricardo
incumbe Robin Coraçã o de Leã o.

[E] Quando chega a Inglaterra, Robin [5] prepara uma conspiração na corte, juntamente com
depara-se o rei de França.

[F] Os mais jovens refugiam-se


[6] fazem-se passar por cavaleiros, levando secretamente
na floresta de Sherwood, com
para Inglaterra a coroa do rei.
conhecimento das suas famílias,

[G] Sir Walter Loxley está velho e cego, [7] ao tentar unir os barõ es do Norte.

[H] Para proteger a nora, agora viú va, [8] de modo a nã o serem capturados pelo xerife
e o seu patrimó nio, o ancião de Nottingham.

[9] propõ e a Robin que assuma a identidade


[I] Entretanto, o conselheiro do rei Joã o
do seu falecido filho.

[J] É nesta conspiraçã o que Robin tem [10] com uma naçã o devastada, sem homens vá lidos
um papel preponderante, para os trabalhos agrícolas.

[11] sendo auxiliado na administraçã o do seu pequeno


[K] No final deste filme, o heró i torna-se
feudo pela sua nora, Marion.
1. Visualize o filme, preenchendo a tabela que se segue.

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CENÁRIOS DE RESPOSTA 5. Na Antiguidade, a pintura era encarada como qualquer outro tra-
balho e era executada por artesãos, sob encomenda. Por seu lado,
FICHAS DE LEITURA a pintura renascentista passou a ser vista como a expressão do modo
FICHA 1 – RELATO DE VIAGEM (pp. 12-13) de sentir do seu criador e diversificou a temática, incluindo aspetos
1. (B); 2. (C); 3. (D); 4. (B). profanos, não se limitando apenas aos de caráter sagrado.
5. A descrença deve-se ao facto de o enunciador viajar bastante e 6. As mudanças verificaram-se em diversos domínios. Por um lado,
poder constatar, in loco, que nem tudo o que se disse ou se escreveu o desenvolvimento social e econó mico − as trocas comerciais e a
corresponde à verdade, e que afinal os dogmas e os mitos dos outros ascensão da burguesia − que possibilitou o crescimento das cidades
são tão válidos quanto os nossos. e, por outro lado, o facto de se começar a dar mais importância ao
6. A perplexidade ou estranheza do enunciador relativamente à indivíduo.
situação dos portugueses deve-se à constataçã o de já não estarem 7. As navegaçõ es permitiram o desenvolvimento, ou o aperfei-
presentes os fatores que, outrora, os fizeram dar “novos mundos ao çoamento, de determinadas ciências e técnicas, necessárias à
mundo”. A iniciativa e a coragem que caracterizaram o povo lusitano consecução das descobertas. Por outro lado, o crescente desvendar
não foram suficientes para que se tivesse mantido a cidade do Cabo, do mundo influenciou o modo de pensar e de agir do ser huma-
e atualmente isso seria ainda mais difícil. no, o que suscitou mudanças sociais, que se refletiram nas artes em
7. A ú nica coisa que constitui motivo de orgulho é o facto de, ao geral.
contrário do que aconteceu com o cabo da Boa Esperança, o cabo 8. A liberdade a que se faz referência na afirmação é a liberdade do
Agulhas manter a grafia e o nome que os portugueses lhe deram artista, e não do homem. Anteriormente, o pintor executava uma
quando por aí passaram. tela segundo a vontade de quem a encomendava. A partir do
8. O nome dado ao segundo cabo, Agulhas, parece fazer todo Renascimento, passou a poder representar-se e a representar
o sentido, uma vez que o norte geográfico, indicado pela Estrela a sua maneira de ver o mundo; passou, portanto, a dispor de
Polar, e o norte magnético, indicado pelas agulhas das bú ssolas, liberdade criativa.
coincidem na passagem deste cabo (ll. 59-61). Além disso, FICHA 4 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (pp. 18-19)
as rochas aí são recortadas e pontiagudas, algo semelhantes às
1. (C); 2. (A).
agulhas (ll. 55-56).
3. a. apreciaçã o; b. sucinta; c. argumentos; d. valorativa.
9. Duas das marcas específicas do relato de viagem são o discurso
pessoal, evidenciado no emprego da primeira pessoa do singular 4. Um dos eixos temáticos é o relacionamento de Pietro com o seu
(“A pergunta era se eu não sentia orgulho quando chegava ao cabo pai; o outro eixo temá tico é a histó ria da amizade de Pietro com o
da Boa Esperança.” – ll. 1-2) e a dimensão narrativa e descritiva, seu amigo de infâ ncia Bruno, um jovem “montanhê s”.
visível, por exemplo, em “Uma placa rasa informa que, neste ponto, 5. Pietro e o pai movem-se entre dois espaços. O pai move-se entre
se encontram os dois oceanos: Atlântico e Índico. As rochas são a cidade de Milão, da qual se sente cansado (“sentia mortificado” –
recortadas e pontiagudas, vagamente como agulhas, e pareceu-me l. 21) e as montanhas, onde rejuvenescia; por sua vez, Pietro,
estar explicada a razão do nome do cabo. Mas não era nada disso.” que acaba por andar sempre de um lado para o outro, nas
(ll. 53-57). montanhas, vive uma grande amizade, desde a infâ ncia,
com Bruno, que nunca abandona as montanhas.
FICHA 2 – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (pp. 14-15)
6. As citaçõ es sã o excertos da obra, e servem como exemplificaçã o
1. a. uma descoberta científica; b. dinossauros; c. mundial;
das afirmaçõ es e dos argumentos do crítico sobre as características
d. uma novidade; e. paleontologia.
e o estilo do autor da obra, Paolo Cognetti.
2. O texto dá-nos a conhecer que paleontólogos espanhóis e portu-
gueses descobriram uma nova espécie e um novo género de
FICHAS DE GRAMÁTICA
dinossauro, que se constitui como o dinossauro herbívoro mais
pequeno de Portugal. FICHA 1 – O PORTUGUÊS: GÉNESE, VARIAÇÃO E MUDANÇA (p. 22)
3. Os testemunhos de Fernando Escaso dão credibilidade ao artigo, 1./1.1. a. F – O latim vulgar é que era de cariz mais popular; b. V;
uma vez que ele é um dos investigadores que subscreveu o texto c. F – Existiam na Península Ibérica outros idiomas, como o celta;
publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, que dá conta desta d. V; e. F – Superstrato é a língua de um povo invasor que nã o se
nova descoberta. sobrepõ e à autó ctone, mas que acaba por deixar vestígios; f. V;
4. Os investigadores obtiveram provas de que o dedo dos fó sseis g. F – O latim foi preservado nos mosteiros, era ensinado nas esco-
da pata que descobriram era efetivamente mais pequeno do que las e constituía-se como a língua oficial da igreja, da administração
noutras espécies, ou até em todo o grupo. Descobriram também ou da ciência; h. V; i. V; j. F – O português antigo encontra-se
que existem características particulares nas vértebras caudais e nos registado na prosa literá ria, de que é exemplo o Livro de linhagens,
ossos da perna destes fósseis que não existem em outras espécies de D. Pedro, ou em documentos oficiais, como o testamento do rei
deste grupo já identificadas, quer na Europa quer na América. D. Afonso II ou a Notícia de Torto; k. F – É no século XIV que o
5. Os investigadores debruçaram-se sobre os achados feitos em português se separa em definitivo do galego; l. V; m. V.
1999, que pertencem à Sociedade de História Natural de Torres 2. a. hidrá ulica; hidratar; hidroginá stica; hidromassagem; b. lite-
Vedras, e viajaram para o continente norte-americano para os racia; iliteracia; literariedade; literalmente; literá rio; literatura;
compararem com fó sseis de dinossauros semelhantes. c. doméstico; domiciliá rio; domicílio; domesticar; d. rinite; otor-
6. Trata-se de um animal herbívoro, ainda jovem, ágil e veloz, apesar rinolaringologia; rinoceronte.
de possuir apenas duas patas. Teria cerca de metro e meio de altura, FICHA 2 – FONÉTICA E FONOLOGIA (p. 23)
um metro e sessenta de comprimento, braços mais curtos do que as 1. a. Aférese do “g” e apó cope do “e”; b. Síncope do “l”, dissimilação
pernas e uma cauda comprida. Pertenceu ao final do período do “t” e epêntese do “a”; c. Síncope do “u” e palatalização do “cl”;
Jurássico Superior, tendo vivido há cerca de 152 milhões de anos. d. Sonorizaçã o do “t”, assimilaçã o do “u” e dissimilaçã o do “o”;
7. Foi o achado que José Joaquim dos Santos fez, em 1999, na praia e. Epêntese do “o”; f. Síncope do “b” e crase do “ii”; g. Pró tese do “e”,
de Porto das Barcas, que permitiu que os investigadores
descobrissem esta nova espécie e um novo género de dinossauro.

FICHA 3 – EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA (pp. 16-17)


1. (C); 2. (A); 3. (B); 4. (D).
dissimilação do “l” e metá tese do “r”; h. Apó cope do “e” e síncope FICHA 5 – FRASE COMPLEXA – SUBORDINAÇÃO (p. 28)
do “d”; i. Palatalização do “cl”; j. Síncope do “e” e sonorização do “p”; 1. [A] – [7]; [B] – [1]; [C] – [10]; [D] – [5]; [E] – [8]; [F] – [9];
k. Vocalização do “b”; l. Síncope do “l”, apócope do “e” e crase do “o”; [G] – [4]; [H] – [6]; [I] – [3]; [J] – [2].
m. Síncope do “g” e sinérese do “ee”; n. Síncope do “r” e assimilaçã o 2.
do “t”; o. Metá tese do “i”; p. Apó cope do “e” e palatalizaçã o do “cl”;
a. subordinada adverbial causal – "Atendendo a que nem todos
q. Sonorizaçã o do “t”; r. Vocalizaçã o do “g”; s. Palatalizaçã o do “pl”
perceberam"; subordinante – "a diretora decidiu"; subordinada
e apó cope do “e”; t. Pró tese do “e” e apó cope do “e”.
substantiva completiva – "que repetiria o assunto";
2. Redução vocálica.
b. subordinada adverbial temporal – “Assim que cheguei a casa";
3. a. íntegro; inteiro; b. cá tedra; cadeira; c. obra; ó pera; d. pleno; subordinante – "fui para o computador"; subordinada adverbial
cheio. final – "a fim de que o trabalho ficasse pronto";
3.1. Palavras divergentes. c. subordinante – "Os estudantes […] reuniram-se na cantina"; su-
FICHA 3 – FUNÇÕES SINTÁTICAS (pp. 24-26) bordinada adjetiva relativa restritiva – "que faziam parte da lista A";
1.1. (A) "a cabeça" – sujeito simples; (B) "um e outro" – sujeito d. subordinada adverbial temporal – "Enquanto preparavam
composto; (C) "O lançamento do livro e o local do evento" – su- as estratégias de campanha"; subordinante – "faltaram às aulas
jeito composto; (D) [0] – sujeito indeterminado; (E) "Eles" – sujeito diversas vezes";
simples; (F) "César Augusto, imperador de Roma" – sujeito sim- e. subordinante – "Os jovens […] juntaram-se"; subordinada adje-
ples; (G) "Tanto os adultos como as crianças" – sujeito composto; tiva relativa explicativa – "que já estavam cansados"; subordinada
(H) [Tu] – sujeito subentendido; (I) "a força da Natureza" – sujeito adverbial final – "para reclamarem contra a situaçã o";
simples; (J) "Quem não arrisca" – sujeito simples. f. subordinante – "Dedicaram mais tempo à propaganda eleitoral";
1.2. O sujeito da frase (A) é simples porque é constituído por apenas subordinada adverbial comparativa – "do que dedicaram ao estudo";
um grupo nominal, enquanto o sujeito da frase (B) é composto g. subordinante – "A diretora deu instruçõ es precisas"; subordi-
porque contempla dois grupos nominais. nada adverbial final – "para que nã o perturbassem as aulas";
2. (B); (C); (G); (H); (I). h. subordinante – "A lista B […] sagrou-se vencedora"; subordinada
2.1. Verbos copulativos. adjetiva relativa explicativa – "cujo presidente é de uma turma
3. a. (B) "Infelizmente"; (D) "hoje"; b. (F) "imperador de Roma"; de 11.° ano";
c. (C) "do evento"; "enorme"; (F) "de paz". i. subordinante – "Ontem choveu tanto"; subordinada adverbial
4. a. Complemento indireto; b. Predicativo do sujeito; c. Modifica- consecutiva – "que o recinto da campanha ficou inundado".
dor; d. Complemento indireto; e. Complemento direto; f. Comple- FICHA 6 – ARCAÍSMOS, NEOLOGISMOS E PROCESSOS
mento oblíquo; g. Predicativo do sujeito. IRREGULARES DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS (pp. 29-31)
5.1. a. (A) "uma serenata"; (C) "maçãs"; (E) "o prémio"; (G) "os 1. [A] – [6]; [B] – [4]; [C] – [5].
livros"; (H) "que eras meu amigo"; b. (A) "à namorada"; (C) "à 2./2.1. a. V; b. F – Esta definiçã o refere-se ao processo por amál-
minha tia"; (E) "a quem provar que merece"; c. (D) "de ti"; (G) "na gama; c. V; d. F – Esta definição refere-se à extensã o semântica;
estante"; d. (B) "por mim"; (F) "pela polícia". e. F – Esta definiçã o refere-se ao empréstimo; f. F – Esta definição
5.2. (A) O estudante cantou-lha entusiasticamente. (C) O meu pai refere-se ao processo por acronímia.
e a minha mã e compraram-lhas aqui. (E) Dar-lho-ei. (G) Ele colo- 3.1. “biclas” (l. 3) – truncaçã o; “site” (l. 5) – empréstimo.
cou-os na estante cuidadosamente. (H) Afirmei-o. / Afirmei isso.
3.2. Neologismo.
6.1. a. (B); (H); (J); b. (A); (C); (D); (E); (F); c. (D); (G); (I); (K).
3.2.1. “Globo” e “nautas”.
6.1.1. a. (B) “mais competente para o cargo”; (H) “fantá stico”;
3.2.2. Metaforicamente, significará “os navegadores do globo”.
(J) “inocente”; b. (A) “da sala”; (C) “de organizar um evento para
angariar fundos”; (D) “da Inês”; (E) “de nada”; (F) “do Pedro”; 4.1. “lençolando” (l. 2); “verticaindo” (l. 4); “peixando” (l. 5); “humiu-
“de José Malhoa”; c. (D) “com a simplicidade da Inês”; (G) “com o dinhos” (l. 5) – neologismos.
resultado”; (I) “com o que aconteceu ao meu irmã o”; (K) “por nã o 4.1.1. “lençolando” – “lençol” (nome) + -ando (desinência verbal);
termos conseguido terminar o jogo no tempo estipulado”. “verticaindo” – “vertical” (adjetivo) + “caindo” (forma verbal);
6.2. (D). “peixando” – “peixe” (nome) + -ando (desinência verbal); “humiu-
dinhos” – “hú midos” (adjetivo) + “miudinhos” (diminutivo de
6.2.1. (D) complemento do adjetivo − “com a simplicidade da Inês”;
“miú dos” – adjetivo/nome).
complemento do nome – “da Inês”.
4.1.2. “lençolando” – verbo = transformando em lençol; “verti-
6.3. a. (A); b. (C); c. (F); d. (F); e. (D). caindo” – verbo = caindo na vertical; “peixando” – verbo = asseme-
6.4. (K). lhando(-se) a peixes; “humiudinhos” – adjetivo = molhadinhos.
5.1. “MEC” − acró nimo; “plataforma” − extensão semântica;
FICHA 4 – FRASE COMPLEXA – COORDENAÇÃO (p. 27)
“IRS” − sigla.
1. a. mas; b. ou … ou; c. por isso; d. Não … nem; e. pois; f. e; g. logo. 5.2. “MEC” − palavra formada através da junçã o de letras ou sílabas
1.1. a. coordenadas adversativas; b. coordenadas disjuntivas; de um grupo de palavras que se pronuncia como uma palavra só ;
c. coordenadas conclusivas; d. coordenadas copulativas; e. coor- “IRS” − palavra formada pelas iniciais de outras palavras, pronun-
denadas explicativas; f. coordenadas copulativas; g. coordenadas ciada de acordo com a designaçã o de cada letra.
conclusivas. 5.3. Possibilidade de resposta: A Maria atrasou-se e, quando che-
2.1. a. F; b. F; c. V; d. F; e. V; f. F. gou à plataforma, já o comboio partira.
3. a. No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se 6.1. Arcaísmos.
em busca de uma nova vida, pois quer a Europa quer Portugal 6.2. a. Aférese, síncope e sinérese; b. Síncope e sinérese.
atravessavam uma grave crise. b. A Europa interessou-se pela 6.3.
descoberta do mar, mas Portugal foi pioneiro na política expan- A – Amigo, pois me deixais / E vos ides em outro lugar morar, […]
sionista. B – A dona que eu am’e tenho por senhor / Mostrai-ma, Deus,
se vos en prazer for, / senon, dai-me a morte.

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FICHA 7 – CAMPO LEXICAL E CAMPO SEMÂNTICO (p. 32) 1. [A] – [10]; [B] – [6]; [C] – [5]; [D] – [2]; [E] – [3]; [F] – [8];
1.1. (C); 1.2. (A). [G] – [1]; [H] – [7].
2.1. (A); (C); (H). QUESTÃO DE AULA 4 – LUÍS DE CAMÕES
2.2. Campo semâ ntico de “mar” – (D); (F); (G); campo semâ ntico (pp. 41-44)
de “ilha” – (B); (E); (I).
GRUPO I
2.3. “mar” − (D); (F); “ilha” – (B); (I).
1.1. (D); 1.2. (A); 1.3. (B); 1.4. (C); 1.5. (D).
2.4.
2.1. (B); 2.2. (A); 2.3. (D); 2.4. (A); 2.5. (C); 2.6. (B).
(B) O Pedro não convive com ninguém; aquele miú do isola-se muito!
GRUPO II
(D) Por alturas do Natal, há uma multidão a fazer compras nos
centros comerciais. 1. Palavras divergentes.
(F) Em criança tudo é simples; quando crescemos, percebemos 2. a. Apó cope; b. Assimilaçã o; c. Sonorizaçã o + palatalização;
que a vida nã o é fácil. d. Aférese + sonorizaçã o; e. Reduçã o vocá lica.
(I) O Parque da Cidade é um espaço verde importante para os 3. [A] – [5]; [B] – [9]; [C] – [6]; [D] – [8]; [E] – [7]; [F] – [10];
habitantes do Porto. [G] – [3]; [H] – [2]; [I] – [4]; [J] – [1].
4. a. Complemento do nome; b. Predicativo do complemento
QUESTÕES DE AULA direto; c. Complemento oblíquo; d. Complemento do nome;
e. Complemento do adjetivo; f. Complemento agente da passiva;
QUESTÃO DE AULA 1 – POESIA TROVADORESCA (pp. 34-36) g. Complemento direto; h. Modificador do nome restritivo;
GRUPO I i. Predicativo do sujeito; j. Complemento do adjetivo;
1./1.1. a. F – Durante a Idade Média, a cultura cingia-se ao clero e a k. Modificador do nome apositivo.
poucos nobres; b. V; c. F – O galaico-português diz respeito à língua
utilizada na Península Ibérica entre os séculos XII e XIV; d. V; e. V; QUESTÃO DE AULA 5 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
f. F – Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam (pp. 45-46)
os seus poemas, fazendo-se acompanhar por jograis e jogralesas; GRUPO I
g. V; h. V; i. F – Na cantiga de amor, o poeta assume uma atitude 1.1. (A); 1.2. (B); 1.3. (B); 1.4. (B); 1.5. (C); 1.6. (C); 1.7. (B).
de vassalagem perante a sua “senhor”; j. F – As cantigas de amigo
2. a. desprezo; b. fragilidade; c. perigos; d. Lamentaçõ es; e. gló ria;
têm origem autó ctone; k. V; l. V; m. F – A Natureza serve de
f. gente; g. D. Sebastião; h. naçã o; i. imortalidade; j. açã o.
cenário à manifestação da dor da donzela, mas é também muitas
vezes interlocutora e confidente; n. F – As cantigas de amor GRUPO II
exprimem, pela voz de um trovador masculino, o amor não 1.1. (A) Oração subordinada substantiva completiva; (B) Oração
correspondido; o. V. subordinada substantiva relativa; (C) Oração subordinada adverbial
2.1. (C); 2.2. (C); 2.3. (B); 2.4. (A); 2.5. (A); 2.6. (C); 2.7. (C); 2.8. final; (D) Oraçã o subordinada substantiva completiva; (E) Oração
(A); 2.9. (B); 2.10. (A). subordinada substantiva consecutiva; (F) Oraçã o subordinada
substantiva completiva.
GRUPO II
1.2. (A) Complemento direto; (B) Sujeito (simples); (D) Comple-
1. a. Predicativo do sujeito; b. Complemento oblíquo; c. Predicativo
mento direto; (F) Complemento direto; (G) Predicativo do
do complemento direto; d. Sujeito (composto); e. Complemento
complemento direto.
direto; f. Predicativo do sujeito; g. Modificador (do grupo verbal);
h. Modificador (de frase); i. Complemento agente da passiva; 1.3. (A) Conjunçã o subordinativa completiva; (C) Locuçã o subordi-
j. Complemento indireto. nativa final; (E) Conjunçã o subordinativa consecutiva.

QUESTÃO DE AULA 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES QUESTÃO DE AULA 6 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA
(pp. 37-38) (pp. 47-49)
GRUPO I GRUPO I
1. a. D. Leonor Teles; b. Conde Andeiro; c. Rei de Castela; d. Á lvaro 1. a. naufrágios; b. Descobrimentos; c. Índia; d. cró nica; e. reporta-
Pais; e. D. João, Mestre de Avis; f. D. Nuno Á lvares Pereira; g. Povo. gem; f. V/quinto; g. antecedentes; h. partida; i. Santo António; j. em-
2. a. rei; b. D. Fernando; c. cerco; d. castelhanos; e. Aljubarrota; barcação; k. lutas; l. corsários; m. tormenta/tempestade; n. leme;
f. vitó ria; g. D. Joã o I; h. morte; i. Á lvaro Pais; j. castelhano; k. o. destruídos; p. mar; q. desumanidade; r. caravela; s. romaria;
nacio-nal; l. heró i/protagonista. t. salvaçã o.
GRUPO II 2. [A] – [3]; [B] – [9]; [C] – [4]; [D] – [1]; [E] – [11]; [F] – [16]; [G] – [6];
[H] – [14]; [I] – [10]; [J] – [17]; [K] – [12]; [L] – [7]; [M] – [2].
1. a. presente / indicativo / 3. a pessoa do singular; b. pretérito per-
feito simples / indicativo / 3. a pessoa do plural; c. presente / impe- GRUPO II
rativo / 2.a pessoa do singular; d. pretérito imperfeito / conjuntivo / 1. a. lexical; b. sinonímia; c. semântico; d. hipó nimos; e. hiperónimo;
3.a pessoa do singular; e. futuro simples / conjuntivo / 1.a pessoa
do singular + futuro simples / indicativo / 1.a pessoa do singular. f. antonímia; g. meró nimos; h. holó nimo.
QUESTÃO DE AULA 3 – GIL VICENTE (pp. 39-40) 2.1. a. “[d]a viagem”; b. “enormes dificuldades climatéricas”.
GRUPO I 2.2. a. “que ainda possuía” (C); b. “Quando a fome e a sede aperta-
vam” (C); c. “que assolaram a nau à partida” (B).
1. a. popularmente conhecido como o “pai” do teatro português (4);
b. um período de quase trinta e cinco anos (8); c. autos de morali- 2.3. Valor causal.
dade e farsas (10); d. No entanto (3); e. Ao contrário do que muitos 2.4. a. Derivaçã o por sufixaçã o; b. Derivaçã o por parassíntese;
pensam (9); f. De facto (7); g. e o facto de conhecer bem o seu pú blico c. Derivação por sufixaçã o.
(2); h. a essa ú ltima atividade (6); i. à s suas personagens-tipo (11); 2.5. a. Sujeito (simples); b. Complemento agente da passiva;
j. para a sátira social (12); k. o primeiro (13); l. a segunda (1); c. Complemento oblíquo.
m. Em suma (14); n. quinhentista (5); o. Idade Média (15).

GRUPO II

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90
TESTES DE AVALIAÇÃO 4. O toque do sino alertava a população para uma situação de perigo;
quando este repicava, todos se dirigiam apressadamente para os
TESTE DE AVALIAÇÃO 1 – POESIA TROVADORESCA (pp. 53-56) seus postos.
GRUPO I 5. É evidente a união de todos na defesa da cidade, uma vez que,
1. Trata-se de uma cantiga de amor, e o tema é o sofrimento amo- quando o sino da Sé repicava – sinal de perigo iminente –, não
roso, a “coita” de amor, do trovador, que se lamenta da incerteza respondiam à chamada apenas os que estavam designados para
dos seus sentimentos – “ei no meu coraçom / coita d’amor qual defesa de determinados locais, “mas ainda as outras gentes da
vos ora direi” (vv. 3-4). cidade” (ll. 23-24), que, abandonando os seus ofícios, acorriam
2. Ao longo de toda a cantiga, o sujeito poético revela não perceber prontamente, munidas de armas, para combater os inimigos.
o que se passa consigo. Sente-se entre a vida e a morte (“Ora nom GRUPO II
moiro, nem vivo” – v. 1), completamente desconcertado (“nem sei / 1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (C).
como me vai, nem rem de mi” – vv. 1-2), sem saber o que fazer
8. Oração subordinada adverbial condicional.
(“Nom sei que faço, nem ei de fazer” – v. 7), mostrando não conse-
guir vislumbrar o que será o seu futuro (“Nom sei que é de mim, 9. Predicativo do sujeito.
nem que sera” – v. 13). O ú nico facto de que ele tem a certeza é de 10. Complemento direto.
estar a sofrer de tal forma por amor que sente estar a enlouquecer 11. “o mar”.
(“se nom / atanto que ei no meu coraçom / coita d’amor […] / tam 12. “Contudo, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
grande que me faz perder o sém” – vv. 2-5). é aquela que menos me recorda Portugal.”
3. A causa é o desnorte provocado pelo enorme sofrimento amoroso,
GRUPO III
do qual, contudo, a “senhor” não tem conhecimento.
A imagem retrata um conjunto de pessoas – três adultos e cinco
4. O recurso expressivo é a antítese, e a funcionalidade e hiper-
crianças – que se diria terem vivido uma situação problemática que
bolizar o sofrimento do sujeito lírico, que, de tã o grande, o leva a
as debilitou e abateu.
questionar-se sobre a sua condiçã o: apesar de não ter ainda morrido,
Do conjunto humano, destacam-se as crianças, que parecem ter
não tem vida.
sofrido privaçõ es várias, desde a falta de alimentos à ausência de
5. A composiçã o poética é composta por três coblas, constituídas
condiçõ es básicas de sobrevivência, já que são magras, estão andra-
por quadras e refrão; o esquema rimático é abbacc, logo, a rima josamente vestidas e revelam sofrimento nas expressõ es faciais.
é interpolada e emparelhada nas quadras e emparelhada no refrão. Os adultos, além de carregarem aquilo que parece ser o conjunto de
GRUPO II todos os seus bens, não parecem felizes. Ao observarmos a imagem
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (C); 5. (B); 6. (B); 7. (A). somos invadidos por sentimentos, simultaneamente, de comiseração,
tristeza e impotência.
8. Complemento oblíquo.
Dir-se-ia que esta imagem é perfeita para ilustrar o sofrimento
9. “Cabeça” de um país, isto é, a principal cidade. do povo lisboeta durante o cerco, causado pela falta de mantimentos
10. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. e pelas doenças que se abateram sobre a cidade.
11. Determinante demonstrativo. [125 palavras]
12. Presente do indicativo. TESTE DE AVALIAÇÃO 3 – POESIA TROVADORESCA /
GRUPO III CRÓNICA DE D. JOÃO I (pp. 61-64)
Resposta de caráter pessoal. No entanto, o aluno deverá referir GRUPO I
os seguintes aspetos: A
− as cantigas de amigo têm origem autóctone; as cantigas de amor
1. [A] − [1]; [B] − [1]; [C] − [4]; [D] − [2]; [E] − [1]; [F] − [1]; [G] − [2];
são de influência provençal;
[H] − [3]; [I] − [1]; [J] − [2].
− nas cantigas de amigo, o sujeito de enunciação é uma donzela
e o objeto é o amigo; nas cantigas de amor, o sujeito de enunciação 2. a. D. Duarte; b. D. João I; c. documentos; d. histó ricos; e. fide-
é um trovador e o objeto é a sua “senhor”; dignas; f. Torre do Tombo; g. Lisboa; h. testemunhou; i. crónicas;
− as cantigas de amigo retratam um ambiente campestre, rural, j. fontes; k. linhagem; l. veracidade; m. descrição; n. coletivas;
familiar; as cantigas de amor retratam um ambiente palaciano; o. estilísticos; p. historiografia; q. retó ricas; r. personagens; s. direto;
− nas cantigas de amigo, a figura feminina é um ser de cariz popular, t. visual.
terrestre; nas cantigas de amor, trata-se de uma figura da aristo- B
cracia idealizada, divinizada e inatingível; 3. Trata-se de uma cantiga de amigo, já que o sujeito lírico é uma
− nas cantigas de amigo, a figura masculina é o apaixonado, geral- donzela, que manifesta, através da dança, a sua alegria por estar
mente ausente ou mentiroso; nas cantigas de amor, o homem apaixonada. A cantiga é também paralelística e apresenta um refrão.
apresenta-se como um vassalo, sofredor e submisso. 4. A donzela está manifestamente feliz, revelando até uma certa
TESTE DE AVALIAÇÃO 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, euforia (“Eno sagrado, em Vigo, / bailava corpo velido” – vv. 1-2)
DE FERNÃO LOPES (pp. 57-60) por estar, pela primeira vez, apaixonada e certamente ser corres-
pondida, o que pode ser comprovado no refrão – “Amor ei!”.
GRUPO I
5. Com a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4), o povo
1. Mostrar como se encontrava a cidade durante o cerco; expor o aconselha o Mestre de Avis a abandonar aquele espaço maldito,
modo esforçado e corajoso como o Mestre e o povo a defendiam. que estava associado à rainha Dona Leonor. Com efeito, o povo não
2. Muitos populares ficaram ao lado do Mestre e trataram de arranjar gostava da monarca.
modos e meios para se defenderem e manterem. No entanto, outros
partiram em direção a Setú bal e a Palmela e outros ainda coloca-
ram-se ao lado do rei de Castela, refugiando-se em vilas que estavam
ao lado dos castelhanos.
3. Os que se mantiveram e aqueles que para aí se deslocaram
preocuparam-se, primeiramente, em recolher o maior nú mero
possível de mantimentos; depois, centraram a sua atençã o na
proteçã o da cidade, fortificando os muros e a sua guarda.

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6. Depois de sair do palá cio, o Mestre dirigiu-se aos paços do 8. Derivação por prefixaçã o.
Almirante para cear com o Conde D. João Afonso, irmão da rainha, 9. Nome.
sendo aclamado em todas as ruas por onde passava. 10. “o processo de emancipaçã o das mulheres portuguesas”.
7. O Conde recebeu o Mestre de forma efusiva, abraçando-o. Como 11. dar-lhe-á .
forma de agradecer o ato de coragem que este tinha revelado,
12. Campo lexical.
o Conde convidou-o para comer.
GRUPO III
GRUPO II
Resposta de cará ter pessoal. No entanto, o aluno deve/pode
1. a. Complemento agente da passiva; modificador (grupo verbal);
referir:
b. Complemento do nome; sujeito (simples); complemento direto.
• Introduçã o – a evoluçã o das mentalidades e das liberdades.
2. a. Crase; b. Sinérese.
• Desenvolvimento:
3. a. A donzela está saudosa do seu amigo, que partira entretanto
para o fossado. b. Se a dama corresponder/correspondesse ao − a Declaraçã o dos Direitos Universais do Homem;
amor do sujeito lírico, este ficara/ficaria muito feliz. − o papel da educaçã o na construçã o de oportunidades iguais
4. a. as quais; b. por que. para os dois géneros;
− as atividades profissionais, tipicamente consideradas “mascu-
GRUPO III
linas” no passado (século XIX, por exemplo), que agora sã o
Fernão Lopes nasceu em finais do século XIV. Cronista ao ser- desempenhadas por mulheres (medicina, direito, chefes de
viço da corte portuguesa a partir do reinado de D. Duarte, foi empresas, líderes políticos...);
incumbido de redigir a Crónica de D. João I para legitimar a
− outros aspetos.
ascensão da dinastia de Avis ao trono português.
E assim o fez. • Conclusão – fecho do texto, evidenciando a importância da mulher
Morrendo D. Fernando, dá -se uma crise diná stica, o que impli- na construçã o de uma sociedade justa.
cava que Dona Leonor Teles, sua mulher e avó de um futuro rei TESTE DE AVALIAÇÃO 5 – RIMAS, DE LUÍS DE CAMÕES (pp. 68-71)
ainda por nascer, assumisse a regência do reino.
GRUPO I
Isto não agradava a alguns burgueses e nobres, nem ao povo
português, por isso trataram de encontrar uma alternativa − o Mes- 1. Trata-se de uma redondilha. Nesta composição, todos os versos
tre de Avis (filho bastardo de D. Pedro), que será o primeiro rei da são em redondilha maior – “Cam/pos / bem-/-a/ven/tu/ra/(dos)” –,
Segunda Dinastia. Foi ele quem, apoiado por Á lvaro Pais (peça fun- estando distribuídos por cinco estrofes – um mote de quatro versos
damental nesta revoluçã o), assassinou o conde Andeiro (amante (quadra) e quatro glosas (voltas) de dez versos (décimas).
da rainha Dona Leonor) e deu início à crise de 1383-85. Sempre 2. O sujeito poético encontra-se em grande sofrimento, como se com-
caracterizado como um líder escolhido pelo povo, o Mestre organi- prova nas seguintes expressõ es textuais: “agora venho a temer / que
zou a defesa da cidade de Lisboa, aquando do cerco castelhano, e entristeçais em me vendo” (vv. 4-5); “dos olhos desesperados, / não
lutou contra as tropas invasoras na famosa batalha de Aljubarrota. quero que me vejais” (vv. 7-8). Pelo contrário, a Natureza
De facto, Fernão Lopes soube contar estes feitos, com viva- personificada é alegre (“Campos cheios de prazer” – v. 1), viva, fresca
cidade e verdade, de modo a legitimar a pretensão do Mestre ao (“vó s que estais reverdecendo” – v. 2) e, por isso, repleta de felicidade
trono português. [195 palavras] (“sempre sejais / campos, bem-aventurados” – vv. 9-10).
3. O “eu” lírico pede aos arvoredos alegres, que foram testemunhas
TESTE DE AVALIAÇÃO 4 – FARSA DE INÊS PEREIRA,
da sua felicidade passada, que se tornem tristes, se o querem ver
DE GIL VICENTE (pp. 65-67)
alegre. Com isto, o sujeito lírico quer dizer que a felicidade presente
GRUPO I nessa Natureza, sua confidente, ainda o magoa mais, pois lembra-lhe
1. Este excerto pertence à segunda parte da farsa vicentina: Inês já permanentemente o seu passado feliz.
enviuvou de Brás da Mata e está prestes a casar com Pero Marques, 4. O motivo do sofrimento do sujeito poético é o amor que o atingiu,
concretizando-se assim o provérbio que é argumento da obra: e que é caracterizado como sendo falso – “Já me vistes ledo ser, /
“mais vale asno que me carregue que cavalo que me derrube”. mas despois que o falso Amor / tã o triste me fez viver, / ledos
2. Inês aceita o lavrador, uma vez que este gosta dela (“quem se folgo de vos ver” (vv. 21-24); “Se perguntais, verdes prados, / pelos
tenha por ditoso / de cada vez que me veja” – vv. 3-4). Além tempos diferentes / que de Amor me foram dados, / tristes, aqui
disso, procedendo de forma ajuizada, prefere um “asno”, isto é, sã o presentes, / alegres, já são passados” (vv. 36-40).
uma pessoa de condição social inferior, com pouca cultura e de 5. O tema da mudança está , de facto, presente ao longo do poema,
maneiras rudes, a alguém com modos corteses (“cavalo”), mas que e é particularmente evidente na ú ltima estrofe (glosa). Aqui, o “eu”
a maltrata. refere que a mutaçã o na Natureza é positiva, pois “se muda o mal
3. A metáfora “Antes lebre que leã o” (v. 8) significa, neste contexto, para o bem” (v. 34), o que contrasta com a vida do sujeito lírico,
que Inês, em vez de querer alguém vistoso, galante, mas dominador cujo mal muda “para mor mal” (v. 35), ou seja, para ainda pior.
(o leão é um predador), prefere a “presa”, alguém menos tirano.
GRUPO II
Com a expressã o “antes lavrador que Nero” (v. 9), Inês reforça a
metáfora anterior e refere o estatuto de Pero Marques (lavrador), 1. (C); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (B); 6. (C); 7. (B).
opondo-o a Nero, imperador romano, famoso pelas suas atroci- 8. Complemento agente da passiva.
dades (assemelhando-se, por isso, ao Escudeiro). 9. Derivação por prefixaçã o.
4. Pero Marques revela, à semelhança do “asno”, o seu caráter 10. “a noradrenalina”.
dó cil. Ele é ingénuo e respeitador da sua noiva (nã o a quer abraçar
em pú blico). Revela ter pouca memó ria, o que sugere uma inteli-
gência inferior à do “cavalo” e, por isso, mais pró xima da do “asno”.
É dedicado à sua Inês, prometendo-lhe fidelidade, o que se pode
confirmar nos versos 27 e 28. Enfim, ele submete-se, como o asno,
à sua mulher, à sua dona.
5. Nos versos parentéticos, em aparte, Inês desvaloriza o com-
portamento de Pero Marques, que se mostra emocionado com
o casamento e relutante em abraçar a mulher.
GRUPO II
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).

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11. Oração subordinada substantiva completiva. preciosos, o cará ter excecional da mulher descrita (fisicamente).
12. “se durarem tempo demais”. Os “rubis” permitem-nos imaginar os seus lábios vermelhos e as
“perlas” a brancura e a perfeiçã o dos seus dentes. Entre estes
GRUPO III dois elementos físicos sobressai uma característica psicoló gica
Na lírica camoniana, o amor é sempre vivido pelo sujeito poé- da dama: a sua doçura, a sua meiguice – “entre rubis e perlas
tico de forma dolorosa e relaciona-se frequentemente com a vida doce riso” (v. 3).
pessoal de Camõ es.
GRUPO II
O amor é caracterizado como um sentimento paradoxal,
que gera estados de espírito contraditó rios (“dó i e nã o se sente”; 1. a. Modificador do nome apositivo; b. Complemento agente da
“e um contentamento descontente”), em grande parte provocados passiva; c. Predicativo do sujeito; d. Predicativo do complemento
também pela divinizaçã o da amada, mulher descrita em muitos direto; e. Complemento oblíquo.
poemas à maneira petrarquista. É difícil amar uma mulher perfeita 2. a. Camõ es escreve sonetos que nos maravilham (que são
quer física quer psicologicamente, porque se torna inatingível. maravi-lhosos). b. Nas rimas que lemos (que foram lidas) em aula
Na descrição da mulher, Camõ es evoca elementos da Natureza predo-mina um lirismo inigualá vel.
que lhe conferem beleza física e dons espirituais, divinizando-a: 3. a. Camõ es foi obrigado a partir para a Índia, porque se en-
as faces são rosas; os cabelos, ouro; os dentes, pérolas; as mã os, volveu em situaçõ es complicadas. b. Quando Camõ es chegou
prata; os olhos (o olhar), luz. A Natureza também surge na poesia à Índia, aí descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
camoniana como pano de fundo dos encontros e da separaçã o dos à s dos europeus.
dois amantes, funcionando como testemunha do sofrimento causa- 4. a. há; b. vivência.
do pela ausência da amada ou como confidente do sujeito poético,
que dialoga com ela, para esbater a dor e a solidão. GRUPO III
Enfim, ler a poesia amorosa de Camõ es é revermos as nossas Resposta de caráter pessoal.
pró prias experiências e a nossa dor. [175 palavras]
TESTE DE AVALIAÇÃO 7 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
TESTE DE AVALIAÇÃO 6 – FARSA DE INÊS PEREIRA / RIMAS (pp. 76-78)
(pp. 72-75) GRUPO I
GRUPO I 1. Os navegadores sã o merecedores desta ilha, já que ela
A representa o prémio pelos feitos grandiosos e pela coragem que
1. [A] − [9]; [B] − [4]; [C] − [6]; [D] − [1]; [E] − [3]; [F] − [2]; [G] − [7]; os marinheiros demonstraram ao longo da viagem ate à Índia
[H] − [5]; [I] − [11]; [J] − [8]. (“Os trabalhos tã o longos compensando” – est. 88, v. 4).
2. a. Monólogo do vaqueiro; b. 1502; c. Leonor; d. D. Manuel; 2. A ilha é ficcionada, porque se trata de um local habitado por
e. reinado; f. rei; g. cinquenta; h. publicadas; i. sociedade; j. rir. deusas (“Que as Ninfas do Oceano, tã o fermosas” – est. 89, v. 1)
B e porque é descrita como “pintada” (est. 89, v. 2), o que lhe confere
um cará ter imaginá rio.
3. O escudeiro Brás da Mata é um ditador, que impõ e o poder sobre
Inês. Tal pode ser comprovado em versos como “Vó s não haveis 3. O poeta reflete sobre os caminhos que conduzem à imortali-
de mandar / em casa somente um pelo.” (vv. 37-38). É um marido dade (“Pelo trabalho imenso que se chama / Caminho da virtude,
controlador, que impede a sua mulher de sair à rua, de falar com alto e fragoso” – est. 90, vv. 6-7) e sobre a simbologia da ilha, atri-
as outras pessoas e até de se pô r à janela, nã o vá o seu “tisouro” buindo-lhe um significado alegó rico, pois ela representa o prémio,
fugir (Inês era a sua fonte de rendimento). Estes aspetos podem o reconhecimento que merecem aqueles que, como os navegadores
comprovar-se nos seguintes versos: “Vó s nã o haveis de falar / com portugueses, lutaram para alcançar os seus objetivos (“Os triunfos,
homem, nem mulher que seja / nem somente ir à igreja / nã o vos a fronte coroada / De palma e louro, a gló ria e maravilha, / Estes
quero eu leixar. / Já vos preguei as janelas, / por que vos nã o po- sã o os deleites desta Ilha.” – est. 89, vv. 6-8).
nhais nelas. / Estareis aqui encerrada” (vv. 19-25); “Nã o sois vó s, 4. Adjetivaçã o: “alto e fragoso” – que evidencia as dificuldades do
mulher, meu ouro?” (v. 35). caminho que conduz à virtude; “doce, alegre e deleitoso” – que
4. O Escudeiro utiliza essas três interrogaçõ es retó ricas pois aper- evidencia as recompensas que se obtêm apó s a conquista de um
cebe-se do desagrado de Inês e, cinicamente, através da ironia, im- objetivo. Antítese: “alto e fragoso”, que se opõ e a “doce, alegre
puta-lhe a responsabilidade (culpa) da sua situaçã o, porque, afinal, e deleitoso” – o contraste entre as dificuldades encontradas no
ela colheu o que semeou, ou seja, ela é que procurou a “descriçã o” caminho e a recompensa final servem para evidenciar que só se
(v. 30), e ele ofereceu-lha, isolando-a de todos. Justifica também a obtém a imortalidade pelo esforço e por uma conduta correta.
sua atitude dizendo que ela é o seu “ouro” (v. 35) e, por isso, deve 5. A enumeraçã o apresenta as divindades e outros heró is, como
estar bem guardada. Com isto, Brá s da Mata acaba por admitir Eneias ou Ró mulo, que, pelos seus feitos, se distanciaram do
que ela é o seu sustento, uma vez que ele não tinha qualquer fonte comum humano e atingiram o estatuto de deuses. O poeta pre-
de rendimento. tende mostrar que também os homens podem atingir este esta-
5. A composiçã o poética é um soneto, visto que apresenta catorze tuto, ou seja, tornarem-se imortais pela grandeza dos seus feitos.
versos decassilábicos, distribuídos por duas quadras e dois terce- GRUPO II
tos. Este soneto apresenta o esquema rimá tico abba abba cde cde, 1. (B); 2. (C); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
com rima interpolada e emparelhada.
8. Complemento oblíquo.
6. A figura feminina descrita no soneto é a típica mulher petrar-
9. “[n]uma obra de génio”.
quista e, por isso, apresenta a cor de pele e os cabelos claros,
estando com as faces coradas (“debaixo d’ouro e neve, cor de 10. Pretérito perfeito do indicativo.
rosa” – v. 4). Tem os olhos claros e luminosos e um sorriso meigo 11. Pronome demonstrativo.
(“entre rubis e perlas doce riso” – v. 3). Mostra-se serena, provo- 12. Oraçã o subordinada adverbial final.
cando uma ligeira sensação de prazer/desejo no sujeito poético,
como se pode verificar logo no primeiro verso – “Leda serenidade
deleitosa”. Além destas características, ela também é descrita
como sendo ajuizada, formosa e superior (“presença moderada
e graciosa, / onde ensinando estão despejo e siso / […] ser fer-
mosa” – vv. 5-8). Enfim, “representa em terra um paraíso” (v. 2).
7. Na expressão está presente uma metá fora, com a qual o sujeito
poético pretende realçar, através do recurso a elementos naturais

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93
GRUPO III TESTE DE AVALIAÇÃO 9 – OS LUSÍADAS /
Os Lusíadas, de Luís de Camõ es, é um texto épico, publicado HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 82-84)
em 1572, que tem como ação central a viagem de Vasco da Gama GRUPO I
à Índia. A par deste acontecimento, o poeta narra a Histó ria de Por- A
tugal, associando, de forma genial, feitos histó ricos e feitos imagi- 1. [A] − [12]; [B] − [3]; [C] − [1]; [D] − [5]; [E] − [2]; [F] − [6]; [G] − [7];
nários, estes ú ltimos representados no plano mitoló gico do poema. [H] − [8]; [I] − [10]; [J] − [9].
A obra é considerada a “Bíblia da Pá tria”, pois nela se faz o
2. a. épico; b. dez; c. Proposiçã o; d. Dedicató ria; e. Viagem;
retrato de um povo que deu novos mundos ao mundo. É a nossa
f. Mitoló gico; g. narrativo; h. reflexõ es; i. autobiográfico;
epopeia, o livro que nos identifica enquanto naçã o e que supera
j. desprezo.
textos como a Eneida ou a Odisseia porque parte de um facto
real. O heró i é o povo português, que ultrapassou as adversidades B
e atingiu a imortalidade, representada no episó dio da Ilha dos 3. Esta estâ ncia insere-se no plano da Viagem, uma vez que des-
Amores, no encontro entre ninfas e marinheiros. creve a chegada dos marinheiros a Portugal, com tempo favorável
Uma obra belíssima que enaltece a pátria e, por isso, deve ser (“Entraram pela foz do Tejo ameno”), glorificando o Rei e a Pá tria
lida e estudada por todos os portugueses. [150 palavras] (“E à sua pá tria e Rei temido e amado / O prémio e gló ria dã o por
que mandou”).
TESTE DE AVALIAÇÃO 8 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 79-81)
4. Nos quatro primeiros versos da estâ ncia 145, o Poeta lamenta
GRUPO I que os portugueses nã o deem o devido valor ao seu canto, definin-
1. As consequências da tempestade verificam-se na improvisaçã o do-os como gente “surda e endurecida”. Invoca a Musa, dando-lhe
de partes da embarcação, devido à sua destruiçã o (“trataram logo conta do seu estado de cansaço e de desilusã o face à atitude dos
de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha” – l. 3) seus compatriotas.
e na falta de bens essenciais (“já não tinham á gua, nem vinho, 5. Este excerto insere-se no momento do retorno à Pá tria, já que
nem mantimento algum” – ll. 7-8). há referências ao desembarque em Belém, à s açõ es de agradeci-
2. Jorge de Albuquerque Coelho argumenta que os franceses pode- mento divino pelo regresso (“Desembarcou em Belém com alguns
riam matar todos os portugueses, se vissem os seus compatriotas companheiros, e dirigiu-se em romaria a Nossa Senhora da Luz,
mortos, e que eles lhes poderiam valer na miséria em que se encon- pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda” – ll. 2-3), bem como ao
travam apó s a tempestade. diá logo com portugueses que recebem a tripulaçã o (“Saudou-os
3. Jorge de Albuquerque Coelho não aceita partir com os franceses entã o D. Jeró nimo de Moura” – ll. 6-7).
pois não queria abandonar a tripulaçã o, sobretudo considerando 6. A tripulaçã o dirige-se em romaria à Nossa Senhora da Luz com
o estado deplorá vel em que aquela se encontrava. o objetivo de orar e de agradecer a proteção divina que lhe permi-
4. O capitão da Santo António revela-se um homem prudente, tiu o regresso à metró pole, apesar de todas as atribulaçõ es por
refreando o ímpeto da tripulação, que queria matar os franceses que passou durante a viagem.
que iam a bordo (“Jorge de Albuquerque dissuadiu-os disso” – ll. 4-5), 7. D. Jeró nimo de Moura nã o reconheceu o seu primo Jorge de
e um líder altruísta, nã o abandonando a tripulação, apesar da Albuquerque devido aos trabalhos por que este passou ao longo
proposta tentadora dos corsários (“Jorge de Albuquerque agrade- da viagem, que o tornaram irreconhecível (envelhecido), apesar
ceu-lhes muito: mas que muito mais lhes agradeceria se quisessem de ter passado apenas um ano desde que se viram pela ú ltima vez.
levá -los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente, e em tal
GRUPO II
transe.” – ll. 14-16).
1. a. Modificador (do grupo verbal); b. Complemento direto;
5. Os franceses decidiram partir quando o tempo ficou mais calmo,
c. Predicativo do complemento direto; d. Complemento do nome;
saqueando a nau, já que era esse o seu objetivo, e despojando-a
predicativo do sujeito.
de tudo o que a tempestade nã o tinha destruído. Esta atitude era
comum em ataques de corsários. 2. a. “embarcaçõ es” – hiperó nimo; “caravela”, “barca” – hipó nimos;
b. “dia”, “noite” – antó nimos/relaçã o de antonímia.
GRUPO II
3. a. Embora os portugueses soubessem dos perigos que enfrenta-
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (A); 6. (B); 7. (C). vam, muitos partiram para a Índia em busca de riqueza. b. Camõ es
8. Complemento direto. escreveu Os Lusíadas para que os feitos dos portugueses fossem
9. Oraçã o subordinada adverbial causal. imortalizados.
10. “nó s, os portugueses”. 4. a. chegaram; b. viajem.
11. Hiponímia/hiperonímia. GRUPO III
12. Verbo transitivo direto e indireto. Os Lusíadas e a História trágico-marítima sã o obras que têm
GRUPO III em comum o relato de viagens no tempo em que os Portugueses
se aventuravam por mar em busca de novas terras. Na primeira,
Os Descobrimentos portugueses correspondem a uma época
é relatada a descoberta do caminho marítimo para a Índia, liderada
gloriosa da histó ria lusa, que levou este povo à beira-mar plantado
por Vasco da Gama, heró i imortalizado na epopeia camoniana.
aos quatro cantos do mundo, espalhando a língua, a cultura e a
Na segunda, no capítulo V, sã o narradas as aventuras e desventuras
religião.
da nau Santo António, comandada por Jorge de Albuquerque,
Foram tempos áureos, que notabilizaram os Portugueses e os
que parte do Brasil rumo à metró pole.
tornaram um grande povo, conhecido pelo seu espírito descobri-
Durante a viagem, os dois heró is enfrentam diversos perigos:
dor. E Camõ es imortalizou os navegadores na sua epopeia.
reais, nas duas obras, como a tempestade, e mais fantasiados
No entanto, todas as grandes empresas têm os seus riscos e os
n’Os Lusíadas, concretizados pelo Adamastor, símbolo de todos
seus perigos. A expansã o marítima portuguesa levou à morte de
os medos.
muitas pessoas que se aventuraram nas rotas da Índia e do Brasil, e
muitas riquezas se perderam devido aos naufrágios e ao ataque de
corsários, factos registados, por exemplo, nos relatos da História
trágico-marítima.
Em suma, tanto numa vertente gloriosa como numa vertente
mais trágica, os Descobrimentos representam, de facto, uma época
grandiosa que merece ser recordada. [137 palavras]

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94
As duas viagens têm, no entanto, um final feliz, pois em ambas
a tripulaçã o regressa, cansada mas consciente do dever cumprido. O físico:
Pelo caráter épico de Os Lusíadas e por um relato mais
1. a. O físico; b. Philipp Stö lzl; c. Tom Payne (Rob Cole); Stellan
“jornalístico” da História trágico-marítima, o regresso é apoteó tico
Skarsgard (barbeiro Bader); Ben Kingsley (Ibn Sina); Emma
na epopeia e mais atribulado e menos imponente, no caso da nau
Rigby (Rebecca); Olivier Martinez (Shah Ala ad-Daula); d. Drama,
Santo António. [162 palavras]
romance histó rico; e. 9 de outubro de 2014 (Portugal); f. Prémio
do Cinema Alemã o: Melhor Fotografia.
GUIÕES DE VISIONAMENTO DE FILMES
2. Em pleno século XI, ainda criança, Rob J. Cole, um rapazinho
GUIÃO 1 – ROBIN HOOD (p. 86) pobre, vê a sua mã e morrer devido à “doença do lado”, sendo
1. [A] – [4]; [B] – [2]; [C] – [6]; [D] – [1]; [E] – [10]; [F] – [8]; separado dos irmãos. O menino, dotado de um poder extraordi-
[G] – [11]; [H] – [9]; [I] – [5]; [J] – [7]; [K] – [3]. ná rio que oculta de todos (quando toca num corpo, percebe se
a pessoa está doente e se vai morrer em breve), cresce sob os
2. a. 2010; b. Ridley Scott; c. Brian Helgeland; d. Russell Crowe;
cuidados de Bader, um barbeiro-cirurgiã o itinerante, que promete,
e. Douglas Hodge; f. Max von Sydow; g. Cate Blanchett.
nas populaçõ es que visita, curar doenças. À medida que cresce,
3. As cruzadas; as guerras políticas entre a França (os normandos) Rob acumula os poucos e limitados conhecimentos de Bader.
e Inglaterra (os barõ es do Norte, os anglo-saxõ es); o abandono Mas ele quer saber mais. Quando Bader é operado aos olhos, em
das terras agrícolas, provocado pela recruta excessiva de jovens Londres, por um sá bio judeu, Rob descobre que, na Pérsia, há um
e de homens válidos para as diversas guerras; a sociedade feudal médico famoso, responsável por administrar um hospital e ensi-
hierarquizada (senhores/vassalos); a sobre-exploração do povo nar outros jovens médicos. Para aprender com ele, Rob, fazendo-se
através da coleta excessiva de impostos. passar por judeu, faz uma longa viagem rumo à Pérsia, onde
GUIÃO 2 – REINO DOS CÉUS (e/ou) O FÍSICO (p. 87) se apaixona e cumpre o seu destino – tornar-se um grande físico
(médico). Acaba por regressar a Inglaterra, fundando, em Londres,
Reino dos céus: um hospital que segue as normas de higiene e as técnicas que
1. a. Reino dos céus; b. Ridley Scott; c. Orlando Bloom (Balian aprendeu em Isfahan.
de Ibelin); Eva Green (Sibylla); Liam Neeson (Godfrey de Ibelin); 3. Europa, Inglaterra – Rob acompanha, de localidade em locali-
Jeremy Irons (Tiberias); Edward Norton (Rei Balduíno IV); Ghassan dade, o seu “mestre” Bader e aprende com ele os parcos conheci-
Massoud (Saladino); d. Drama, romance histórico; e. 5 de maio mentos científicos conhecidos no mundo cristã o.
de 2005 (Portugal); f. Prémio do Cinema Europeu: Prémio do Pú blico Londres – Rob descobre outras formas de medicina e ouve um
de Melhor Ator; Satellite Award de Melhor Banda Sonora. cirurgiã o judeu falar de um grande físico persa, com quem decide
2. Balian, um jovem ferreiro, é, no ano de 1186, um homem comum aprender.
com uma consciência extraordiná ria, que se torna cavaleiro e inicia Á sia, Pérsia, Isfahan – Rob estuda medicina com Ibn Sina (o seu
uma jornada em busca da paz e de um mundo melhor. Mortificado grande mestre), descobre a causa da peste, salva o sultão – que
com as mortes da sua mulher e do seu filho, Balian é procurado sofre do coração (a mesma doença da sua falecida mã e) –, apai-
por Godfrey de Ibelin, um conceituado nobre do reino de Jeru- xona-se por Rebecca, entra em conflito com estudantes á rabes,
salém, profundamente comprometido em manter a paz na Terra faz a sua primeira autó psia à s escondidas.
Santa. Quando Godfrey lhe confessa ser seu pai, o jovem ferreiro 4. As condiçõ es de vida do povo na Idade Média; duas medicinas
une-se a ele na sua sagrada missã o. Apó s a morte prematura do em confronto: a ocidental e a oriental; o dogmatismo religioso em
pai, herda o seu pró prio feudo e um título em Jerusalém, uma oposiçã o ao avanço científico; a peste que dizimava populaçõ es;
cidade onde cristã os, muçulmanos e judeus se esforçam por coe- o conflito religioso (á rabes, judeus e cristãos) nos dois continen-
xistir pacificamente. Nesta terra nova e estranha, Balian torna-se tes: Europa e Á sia.
entã o um verdadeiro heró i, um honrado cavaleiro que protege
5. O físico é um filme com um ritmo um pouco lento no início,
o seu povo de todas as forças opressivas.
mas que nos transporta facilmente para a época medieval e nos
3. França – Balian é ferreiro e perde a mulher e o filho; mata o revela o quanto o mundo ocidental, em termos de conhecimento
irmão e decide seguir o pai até Jerusalém em busca de redençã o. científico, estava aquém dos universos árabe e judeu. Excelente
Jerusalém – cidade santa de três religiões, controlada pelos testemunho das condiçõ es de vida das comunidades europeias,
cristãos, centro de poder, é cercada no final do filme e defendida árabes e judaicas, é um exemplo de que vale a pena sempre
sagaz e inteligentemente por Balian. lutar pelos nossos sonhos, mesmo que os obstáculos pareçam
Hattim – local onde decorre a batalha que se revela desastrosa inultrapassáveis.
para os cristãos, comandados por Guy de Lusignan.
4. Estratificação social rígida; a importância das cruzadas e da
Ordem dos Templários; os valores cristã os e a “ameaça” muçul-
mana; o ideal de cavalaria.
5. “Reino dos céus é um épico monumental cuja ação começa em
1186, num breve período de tréguas entre cristã os, muçulmanos
e judeus, entre as 2.a e 3.a Cruzadas. Como fizera em Gladiador, para
protagonizar a histó ria, o realizador escolheu um homem comum
que ascendeu à condição de heró i e que toma por missã o prote-
ger o povo, com o risco de perder a sua vida. Balian é um jovem
ferreiro, amargurado pela morte prematura do seu filho e pelo
suicídio da sua mulher; é um homem em risco de perder a sua fé.
Um dia é procurado por Godfrey de Ibelin, um conceituado nobre
de Jerusalém, a Terra Santa, onde luta para manter a paz. […]”
(adaptado a partir de: http://cine7.blogspot.pt, consultado em junho de 2017)

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