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O Japão é um lugar estranho

De Peter Carey
Introdução

Trata-se de uma obra narrativa na qual o


narrador é participante e é o próprio autor
do livro Peter Carey.
Autor – Peter Carey
• Este autor de nacionalidade australiana, nasceu no dia 7 de maio de
1943, vive em Nova York e em 2009 lançou o livro após ter viajado ao
Japão com o seu filho Charley após este ter anunciado que “Quando
for grande, vou viver para Tóquio”.

• Em 1981 e 2001 ganhou o Prémio Booker.


“Quando for grande, vou viver para Tóquio”.

• Esta afirmação do seu filho Charley tinha


haver com o seu fascínio dele pela manga
(banda desenhada japonesa) e pelo anime
(filmes animados japonese).
Opinião do tradutor português do livro
• O próprio tradutor português do livro, Carlos Vaz
Marques, confessa que ele próprio também teve essa
experiência com o filho, em que uma geração de
adolescentes ocidentais estão obcecados pela cultura
popular japonesa, desconhecida pelos pais.
Capitulo 1
• No primeiro capitulo, o autor preocupado com o filho
que cumpria regras relacionadas com a manga e o
anime, como por exemplo o tempo de 30 minutos
certos que dedicava à leitura da manga, assim como o
tempo que passava na internet com um amigo
japonês, Takashi, do qual pouco sabia, e que
influencia estava a ter com o seu filho.
Capitulo 1 - Continuação
• Resolveu ir conhecer a realidade desse mundo
estranho e desconhecido para um adulto. Charley faz
o pai prometer-lhe que esta viagem não era para
conhecer o “verdadeiro Japão (…) nada de templos
nada de museus”, nada do tradicional, esse Japão que
o autor já tinha visitado anteriormente.
Capitulo 1 - Continuação
• Com esta versão do Japão, para ele desconhecido,
rapidamente descobre que enquanto em Nova York os
desenhos animados são um interesse infantil, no Japão toda
a gente lê manga e vê anime, independentemente da idade,
e onde os mais variados temas do Japão são abordados
como por exemplo a tragédia de Hiroxima.
• O autor acaba também por ficar fascinado pelo modo como
a manga/anime pega neste tema trágico da bomba atómica
no Japão.
Capitulo 2
• No segundo capitulo, o autor sugere ao seu filho ir conhecer um dos
realizadores e criadores de anime, o que entusiasma muito o seu
filho, mas não consegue de imediato um encontro, o que o autor
percebe a importância deste negócio porque os japoneses querem
saber “o que é que ganham” com esse encontro.
• Como compensação o pai de Charley levou-o a conhecer Yoshihara,
um fabricante de espadas japonesas usadas em outros tempos pelos
samurai, mas tratando se de historia e tradição japonesa Charley
mostrou desinteresse e aborrecimento. Defenitivamente para ele o
Japão era manga e anime.
Capitulo 3
• No terceiro capitulo para fugir aos planos do pai, não fosse ele fazer
uma visita às tradições japonesas, Charley contacta com Takashi e
convence o pai a ir ao Sega World, onde tudo é tecnologia, robótica,
ficção cientifica, uma verdadeira cidade elétrica.
• Peter verifica que apesar das diferenças físicas e a forma de vestir,
Charley e Takashi tinham uma enorme cumplicidade, rituais e regras
em função da manga e do anime.
• Peter não conseguiu acompanhar toda aquela potencia tecnológica
avançada, foi a vez dele de se aborrecer com aquela visita.
Capitulo 4
• No quarto capitulo, mais uma vez, Peter faz uma tentativa de
desviar Charley do caminho da manga e do anime, e tenta
convence-lo a ir ver um espetáculo Kabuki, um clássico
japonês, património da Humanidade. Argumenta que é uma
espécie de manga no seu tempo.
• A peça teve uma duração de quatro horas, Chaley faz a
questão de mostrar ao pai que tinha sido a pior experiencia
da vida dele, embora estivesse a esconder que algumas
partes da peça que despertaram o seu interesse.
Capitulo 5
• No quinto capitulo, Charley e o pai encontram-se com o Sr. Yasaki, um
sobrevivente da bomba atómica de Hiroxima, que faz um relato das
suas vivencias aterradas durante a 2ª Guerra Mundial, interpreta os
vários bombardeamentos, nas varias cidades japonesas quando tinha
apenas 12 anos, a idade de Charley, e enaltece a importância do
anime em interpretar as catástrofes dramatizadas, de forma
comovente, exemplificando, o filme “Grave of the Fireflies”, que
representa a 2ª Guerra Mundial, e também relata que a manga era
usada pelo exército japonês como forma de propaganda.
Capitulo 5 – Continuação
• Sr. Yasaki apela à Paz Mundial, pois presentemente continua crianças
do Afeganistão , Kosovo e da Palestina a viver experiencias tal como
ele as teve.
Capitulo 6
• No sexto capitulo, Charley e o pai têm a oportunidade de visitar e
entrevistar o realizador da serie de anime Mobile Suit Gundam,
Yoshiyuki Tomino, juntamente com Takashi, que para ele seria uma
grande honra conhecê-lo.
• Peter afirma que apesar desta série ser feita antes da 2ª Guerra
Mundial, está relacionada, como metáfora, com tema de destruição
durante a guerra.
Conclusão
• O autor começa a ver com outros olhos a manga e o
anime. Repara que os animes que visiona, estão
efetivamente os efeitos da 2ª Guerra Mundial.

• Neste livro, o monstro Godzilla também é varias vezes


referido como símbolo de destruição e como uma
metáfora para o poder tecnológico da bomba atómica
de Hiroxima que afetou todas as vidas no Japão.

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