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Capa:
Flávia Garcia Guidotti
Atualização de dados:
Ana da Rosa Bandeira
Esta obra complementa outra anterior, denominada Práticas do Dizer: um exercício da linguagem,
publicada em 1999 pelas mesmas autoras, em edição assinada por L. M. P. Rodrigues. Pedidos para
Av. República do Líbano, 160 – Bairro Três Vendas – Pelotas, RS – CEP 96055-710.
♦ Apresentação.......................................................................................5
♦ Algumas sugestões para a elaboração de respostas às questões
analítico-expositivas.................................................................................7
♦ Sugestões para uso de vocabulário.....................................................8
♦ Ia PARTE .............................................................................................9
♦ Questões nalítico-expositivas.......................................................9
♦ IIa PARTE ..........................................................................................66
♦ Questões bjetivas........................................................................66
♦ IIIa PARTE..........................................................................................84
♦ Questões de estibulares..........................................................84
♦ Referências Bibliográficas...............................................................118
dsfsf.
Apresentação
Caro(a) Aluno(a)
Sucesso
Um abraço
As autoras
.
Algumas sugestões para a elaboração de
respostas às questões analítico-expositivas
2) Para definir:
EVIDENCIA (...)
O termo CONSTITUI
“X” SIGNIFICA
4) Para comparar:
Lembre-se!!!!
Identificar ou reconhecer Comparar significa descobrir as
significa assinalar os elementos relações de semelhança e/ou diferença
fundamentais de uma argumentação, uma entre determinadas épocas, processos,
época, um processo etc. argumentações etc.
Analisar é construir uma reflexão Interpretar é reproduzir o conteúdo do
objetiva baseada em argumentos válidos. texto, de maneira resumida, parafraseando-
Analisar é tecer argumentos ou o.
fundamentações que justifiquem e tornem
válidas as nossas reflexões. Resumir é identificar idéias centrais e
secundárias de um texto. É apresentar a sín-
Comentar é relacionar os conteúdos de
tese do texto que corresponde à compreen-
um texto com uma determinada realidade,
são do que foi lido.
de maneira opinativa.
O raciocínio de causalidade parte de uma situação cujas causas são dadas e que nos
levam a estabelecer conseqüências, conclusões a partir e através das premissas ou
causas dadas.
9
Ia PARTE
Questõesa nalítico-expositivas
José Simão
Em tempos de peru, solte
a franga!
B
uemba! Buemba! Macaco Simão
Urgente! E como gritava a Tiazinha
chegando numa festa de Natal:
“Happy News Year! Happy News
Year!”. E como disse um amigo meu: “Estou
educando os meus filhos pelo método Piaget*
e, quando o saco estoura, apelo pro método
Pinochet.**” (...)
* Piaget: famoso pedagogo e psicólogo suíço, conhecido principalmente por seus estudos acerca de aspectos parti-
culares da psicologia infantil. Tais estudos evidenciam uma preocupação em educar sem apelo à agressividade.
** Pinochet: ex-ditador chileno, conhecido por seus métodos violentos de governar. No ano de 1999, o senador vita-
lício foi alvo de processo judicial na Inglaterra, devido sobretudo às torturas e perseguições, na época de seu man-
dato, sofridas pelo povo do Chile. Tendo sido liberado, retornou a seu país de origem e, em junho de 2000, perdeu a
imunidade parlamentar para que pudesse ser processado por seus crimes contra a humanidade.
Observe:
(Extraída de: VERÍSSIMO, Luís Fernando. As cobras em: se Deus existe que eu seja atingido
por um raio. Porto Alegre: LP&M, 1997, p.37)
a) Quais são essas opiniões?
b) Em qual delas ele realmente acredita? Justifique.
Agora responda:
a) Cite o termo o qual ocasiona incoerência.
b) Explicite a intenção do autor ao utilizar tal termo.
c) Explique o que ele realmente afirmou ao utilizá-lo.
d) Reescreva o trecho incoerente, de modo a desfazer o problema.
*
Marcelo Rossi, padre da Igreja Católica, é conhecido por sua maneira não convencional de rezar missas. Tem, por um lado,
o respaldo de muitos, e, por outro, é duramente criticado por sua atuação, na mídia, pois alegam que ele acabou por relegar
a um segundo plano os princípios fundamentais da Igreja Católica.
Agora responda:
a) No caso do texto acima, como pode ser encarado o deslize: uma
falha não intencional ou intencional?
b) Qual a marca lingüística responsável pela identificação de tal
deslize?
c) Que função tal marca exerce no texto?
d) Há marcas lingüísticas de ironia no texto. Identifique-as.
e) O autor do texto deu preferência ao uso do discurso indireto. Que
efeito de sentido ele provoca no leitor, levando-se em conta tratar-
se de um texto irônico?
Obs.: Questão extraída do artigo “A heterogeneidade em Arthur-Revuz: da teoria à prática escolar”, de autoria de
Teresinha dos Santos Brandão e Luiz Gustavo Ribeiro Araújo. Em: Leffa, Vilson J. Produção de materiais de
ensino: teoria e prática. Pelotas: Educat, 2003.
*brechtiano: referente a Brecht, dramaturgo alemão, que resistiu ao regime totalitário fascista.
**Shakespeare: dramaturgo inglês, em cuja peça teatral o personagem Hamlet usa uma expressão de dúvida
existencial profunda: “Ser ou não ser?”
***solilóquio: fala de alguém consigo mesmo; monólogo.
c) Tomando por base o diálogo transcrito por Josias, no qual FHC faz
uma série de pedidos ao garçom, levante uma hipótese que
justifique a fala do ex-presidente: “A conta. E não se fala mais
nisso.”
15) Um assunto que deve ser levado em conta no estudo dos verbos é o
valor dos modos e tempos verbais para que possamos melhor entender o
funcionamento dessa categoria gramatical.
1
7
Na tira abaixo, explique o valor da locução verbal “está indo” e do
verbo “foi”.
(Folha de São Paulo, 26/01/99)
A partir da fala de Hagar (“Já foi”), aponte uma característica possível a
ser atribuída a esse personagem.
TIROTEIO
De João Paulo Cunha (PT-SP), sobre FHC – É um deboche com os milhares de traba-
e os líderes governistas terem comemorado a lhadores que a política econômica deste governo
aprovação da reforma da Previdência com colocou na informalidade e que agora terão
champanhe no Planalto: ainda mais dificuldades para se aposentar.
(Folha de São Paulo, 16/02/98)
19) Leia a tira abaixo e, considerando que ela encerra uma crítica ao
TEXTO I:
José
1a “E agora José? 2a Está sem mulher, 3a E agora, José?
A festa acabou, está sem discurso, sua doce palavra,
a luz apagou, está sem carinho, seu instante de febre,
o povo sumiu, já não pode beber, sua gula e jejum,
a noite esfriou, já não pode fumar, sua biblioteca,
e agora, José? cuspir já não pode, sua lavra de ouro,
e agora, você? a noite esfriou, seu terno de vidro,
você que é sem nome, o dia não veio, sua incoerência,
que zomba dos outros, o bonde não veio, seu ódio – e agora?
você que faz versos, o riso não veio,
que ama, protesta? não veio a utopia 4a Com a chave na mão
e agora, José? e tudo acabou quer abrir a porta,
e tudo fugiu não existe porta;
e tudo mofou, quer morrer no mar,
e agora, José? mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
1
9
5a Se você gritasse, 6a Sozinho no escuro (Carlos Drummond de Andrade)
se você gemesse, qual bicho-do-mato,
se você tocasse sem teogonia,
a valsa vienense, sem parede nua
se você dormisse, para se encostar,
se você cansasse, sem cavalo preto
se você morresse... que fuja a galope,
Mas você não morre, você marcha, José!
você é duro, José! José, para onde?”
a) Por que aparece repetidamente a expressão “E agora José?” no
decorrer do poema?
b) Relacione o título da poesia com o seu conteúdo.
c) Qual é o verso que exprime concisamente a idéia de que José é
“ninguém”?
d) Existe, nos versos de 9 a 11, uma contraposição entre a habilidade de
“José”, capaz de tantas proezas, e a sua dificuldade para superar os
obstáculos colocados pela vida. O que evidencia essa dificuldade?
e) José teria, segundo o poeta, possibilidades de alterar seu destino. Em
que versos essas possibilidades estão evidenciadas? Entre elas, qual
seria a mais extremada?
f) José demonstra ser uma pessoa sem norte. Em que versos isso fica mais
evidente?
g) Quais os sentimentos expressos na figura de José que perpassam toda a
poesia? O que esses sentimentos evidenciam?
h) Na 2a estrofe, a preposição “sem” e o advérbio “não” exercem uma
função determinada. Qual é ela?
22) Todo texto mantém relações com outros textos, ele é formado por
uma série de textos que se cruzam na sua constituição, em relações
diversas de ruptura, reiteração (confirmação) ou transformação. Existem
textos, portanto, que só fazem sentido quando entendidos em relação a
outros textos de cujo conhecimento dependem. A esse processo de
“cruzamento” de textos, dá-se o nome de intertextualidade.
A paródia consiste basicamente na apropriação de um texto primitivo
com intenções críticas, humorísticas ou apelativas. Nesse processo
estilístico, emprega-se o dizer do outro com o objetivo de se opor ao texto
original.
Observe o texto a seguir e compare-o com o texto original de
Drummond.
TEXTO II:
Um novo José
Josias de Souza nem tudo fugiu,
nem tudo mofou.
São Paulo – Se voltar a pergunta:
1a
Calma, José. e agora, José?
A festa não recomeçou, Diga: ora, Drummond,
a luz não acendeu, agora FMI.
a noite não esquentou,
o Malan não amoleceu. 3a Se você gritasse,
Mas se voltar a pergunta: se você gemesse,
e agora, José? se você dormisse,
Diga: ora, Drummond, se você cansasse,
agora Camdessus.* se você morresse...
O Malan nada faria,
2a Continua sem mulher, mas já há quem faça.
continua sem discurso,
continua sem carinho,
ainda não pode beber, 4a Ainda só, no escuro,
ainda não pode fumar, qual bicho-do-mato,
cuspir ainda não pode, ainda sem teogonia,
a noite ainda é fria, ainda sem parede nua,
o dia ainda não veio, para se encostar,
o riso ainda não veio, ainda sem cavalo preto
não veio ainda a utopia, que fuja a galope,
o Malan** tem miopia, você ainda marcha, José!
mas nem tudo acabou, Se voltar a pergunta:
José, para onde? Sigo pra Washington.
Diga: ora, Drummond, E, por favor, poeta,
por que tanta dúvida? não me chame de José.
Elementar, elementar. Me chame Joseph.
(Folha de São Paulo, 4/10/99)
*
Camdessus era o diretor-gerente no FMI.
**
Ex-ministro da Fazenda, de FHC, negociante com o FMI.
b) A expressão “novo”, no título do texto II, pode ser lida como uma
ironia? Explique por quê.
TEXTO III:
E agora José?
A fechadura encrencou
A geladeira quebrou
A pia vazou
A enceradeira queimou
A mulher reclamou e agora José?
Desculpe, José é claro que isso
tudo não vai acontecer de uma vez
Mas que de vez em quando acontece,
acontece. Daí a mulher pede para você
Providenciar o conserto
Você não tem tempo, você esquece,
Você não encontra quem arrume
E como depois de uma ligeira
reclamação sempre vem uma grande
bronca, a coisa fica feia.
Até que Páginas Amarelas faz as pazes.
Basta uma rápida consulta e você
Acha o que precisa
2
3
De serviços e de produtos
De A até Z Páginas Amarelas
tem de tudo.
(Catálogo Telefônico de Belo Horizonte, 1985)
(Extraído de: SOUZA, Luiz Marques, CARVALHO, Sérgio Waldeck de. Compreensão e produção de textos.
Rio de Janeiro: Vozes, 1995.)
Obs: você pode ilustrar suas explicações citando alguns versos dos poemas e comparando-os.
2) “Cuide-se:
a Aids leva qualquer um para a cama.”
(mostra a imagem de um paciente terminal num leito hospitalar)
12) 13)
1999
b) Como você pôde observar, o tom das campanhas, bem como sua
finalidade, foram se transformando com o passar do tempo. Levando
em conta a conjuntura em que foram criadas, resuma, embasando-
se nos quatro blocos – anos 80 a 90; 90 a 95; 95 a 98; 98 a 99 – as
idéias, os objetivos das mensagens neles veiculadas.
OBS.: É importante ressaltar que algumas dessas informações veiculadas pelas propagandas
devem ser revistas já que o avanço das pesquisas acerca da Aids renovou tais informações.
Texto de Gibran
“Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e
escarpados;
E, quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa
ferir-vos;
E, quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
como o vento devasta o jardim.”
29) Observe as mensagens abaixo, contidas nos Agradecimentos, do CD
Stonewall Celebration Concert, de Renato Russo, ex-integrante do também
ex-grupo Legião Urbana:
30) O caso de uma menina, 11 anos, estuprada em Sapucaia (RJ), foi alvo
de críticas, na coluna Painel do Leitor, por parte de alguns leitores da
Folha de São Paulo. Observe:
ÉTICA NA IMPRENSA
Não entendo por que a Folha trata o (...) Causa repulsa também a maneira (...)
caso de M. da seguinte forma: “M. diz pela qual a Folha fere (...) por meio de frases
que foi estuprada” (...) como “suposto estupro” e “afirma ter sido
Elisa Sayez (São Paulo, SP) estuprada” (...) Juliana Schiel (São Carlos, SP)
(Folha de São Paulo, 01/01/98)
Agora, responda:
Obs.: Extraído do artigo “A heterogeneidade em Arthur-Revuz: da teoria à prática escolar.” Em: Leffa,
Vilson J. Produção de materiais de ensino: teoria e prática. Pelotas: Educat, 2003.
ERRAMOS Está incorreto o trecho “Os resultados do projeto Genoma (...) deverão
revolucionar a prevenção da saúde dos seres humanos”, da coluna de Luís
Nassif, publicada na pág. 2-3 (Dinheiro) da edição de 27/04. O correto seria
“deverão revolucionar a prevenção de doenças nos seres humanos”.
Buemba! Buemba! Macaco Simão Ur- do programa de “Mais Você” para “Menas
gente! Urgentíssimo! A Anameba Brega* Você”. (...)
falou menas. É verdade! Eu ouvi: Menas! E um outro me falou que estou sendo
Menas farinha! Rarará! A Globo lulou. injusto com a Anameba Brega! Ela mandou
Lulou da Silva.** Agora é só mudar o nome botar “menas farinha” porque tava muito
desperdício. MENAS FARINHA diminui a
3
5
PERCA! Rarará! E uma leitora foi operada Louro José agüentou: “Então compreta aí
e fica na cama fazendo marcação cerrada que eu vou dar uma volta de bicicreta”.
com a Anameba: “Em vez de olhar 43, ela Rarará! Sensacional. A Anameba Brega
falou olhar 33”. E ainda disse: “Dá pra devia fazer um quadro cômico. (...)
compretar a receita com leite”. Essa nem o
*
Referência a Ana Maria Braga, apresentadora do programa de tevê Mais Você, da Rede Globo.
**
Referência ao presidente Luís Inácio Lula da Silva.
MULTIMÍDIA
Condenados à morte são tema
da nova campanha da Benetton
da “France Presse”
Depois dos doentes de Aids, doentes) com fins publicitários. As fotos serão impressas
dos deficientes e das vítimas de Desta vez, Oliviero Toscani em um suplemento de 96 pági-
guerra, em sua próxima campa- pôs suas câmaras nos corredo- nas, com os retratos e uma
nha publicitária, a Benetton vai res da morte de penitenciárias entrevista de cada um. A
publicar fotos de norte-ameri- de sete estados dos EUA. Benetton “deseja favorecer o
canos condenados à morte. A campanha estréia no nú- debate sobre a pena de morte”
Oliviero Toscani, o famoso e mero de fevereiro da nova re- com a campanha, afirma a em-
polêmico diretor artístico da vista norte-americana “Talk”, presa.
empresa de moda italiana, é o da qual Toscani é diretor artís- “A campanha não significa
autor da campanha, intitulada tico. A revista publicará sete que os dirigentes da empresa
“Encarar a morte”. páginas de fotos de condena- estejam engajados na luta pela
Toscani ganhou a fama de dos à morte, com nomes, ida- abolição da pena de morte”,
provocador desde que, em 82, des e datas da condenação, disse Mark Major, diretor de
passou a usar imagens da reali- além da marca United Colors comunicação da Benetton nos
dade (refugiados, combatentes, of Benetton. EUA.
36) No texto acima, o jornalista utilizou alguns adjetivos para marcar sua
posição diante da postura profissional de Toscani, organizador da
campanha da Benetton – “Encarar a morte”.
I – “(...) é preciso mobilizar a opinião pública para que se crie uma consciência sobre o
planejamento familiar, evitando, assim, os problemas que o País vem tentando superar
como, por exemplo, ter crianças e adolescentes nas ruas sem estudo.”
(assunto: planejamento familiar; ano: 2000)
III – “Não concordo com a manifestação de Tarcísio de Natal, opondo-se à reserva de vagas
nas universidades para os negros.”
(carta de leitor, assunto: cotas nas universidades e racismo; Zero Hora, 07/09/01)
VI – “Quando o jogo esta a mil, minha naftalina sobe.” (idem ao item IV)
PORTUGAL
PONTE CAI, MATA CINQÜENTA E DERRUBA MINISTRO
3
9
a) Lendo a manchete isoladamente, o que podemos entender?
b) Ao confrontar a manchete com a matéria, o leitor é capaz de
desfazer a dupla leitura, pois entende-se que o ministro não foi
vítima do acidente. Levando em conta essa informação,
reescreva a manchete de modo a evitar a ambigüidade.
I – “Assim, torna-se conveniente que o governo invista e incentive o uso racional do lixo,
através de projetos (...).” (assunto: o lixo como fonte de renda nacional; ano: 2001)
CONTRAPONTO
Sorriso amarelo
Nas eleições de 90 para o governo de O jornalista não se abateu:
Pernambuco, Joaquim Francisco derrotou – Mas a que se deve tamanho sucesso
o candidato de Miguel Arraes. da oposição?
Uma rádio local, após muita insistência, – Deve-se ao fato de ter tido mais votos
conseguiu marcar uma entrevista ao vivo – repetiu Arraes.
com Arraes, então governador, para que Preocupado, o entrevistador fez mais
comentasse o resultado. uma tentativa:
– Governador, como o senhor analisa o – Mas como o candidato apoiado pelo
resultado da eleição? – iniciou o entrevis- senhor conseguiu perder a eleição?
tador. – Perdeu porque teve menos votos.
– Ganhou quem teve mais votos – res- O radialista encerrou a entrevista e
pondeu Arraes. chamou os comerciais.
Agora responda:
I – “(...) ao contrário dos países subdesenvolvidos que, muitas vezes, as famílias não têm
nem carro (...).” (assunto: relação lazer/trabalho; ano: 2001)
II – “No entanto, o combate a esse tipo de violência será reforçado nos principais meios de
acesso através dos quais tais grupos planejam seus ataques, que, por meio da tecnologia,
suas ações ficaram facilitadas.” (assunto: terrorismo; ano: 2001)
III – “Em decorrência disso, existe um alto índice de professores desempregados, que a qualifi-
cação deixa a desejar porque, com salários defasados, não podem freqüentar cursos de es-
pecialização ou adquirir livros para se atualizar.” (assunto: educação; ano: 2000)
Obs.: O exercício 46 foi elaborado pelo professor Luiz Gustavo Ribeiro Araújo e pelas autoras e cedido
gentilmente por ele para publicação nesta obra.
47) A tira abaixo contém implícita uma crítica. Relacione seu conteúdo
implícito ao do texto da questão 46.
Times (Londres)
RAINHA TEME VER DIANA DEPOIS DO FIM DO MUNDO
El Pais (Madrid)
SE HÁ GOVERNO NO OUTRO MUNDO, SOMOS CONTRA
O Globo (Brasil)
GOVERNO ANUNCIA O FIM DO MUNDO
Nova (Brasil)
O MELHOR DO SEXO NO FIM DO MUNDO
Sexy (Brasil)
COMO TRANSAR NO ALÉM
CUBA
FIDEL CASTRO FALA SOBRE MULHERES E PAIXÕES
das agências internacionais
Fidel Castro, presidente de Cuba, de- demais que querem um homem”, afirmou.
clarou ser um homem “eternamente atraído O presidente cubano disse ainda que “a
pelo sexo feminino”, e que ainda se apai- diferença é o mais estimulante para o amor”.
xona muito, mas “de maneira platônica”. À pergunta se alguma mulher o fez perder a
As frases foram publicadas na revista paciência, respondeu que “todas”.
“Juventud Rebelde”, semanário da União de Castro comentou ainda a natureza das
Jovens Comunistas de Cuba. Castro, 70, mulheres cubanas, que para ele “são muito
sempre reticente com sua vida pessoal, re- doces”. Falando sobre o homem cubano,
velou alguns de seus pontos de vista sobre o brincou: “Bom, não sei. Nunca tive um na-
amor e as mulheres. morado cubano.”
“As mulheres nunca devem demonstrar (Folha de São Paulo, 24/03/97)
CONTRAPONTO
52) Uma mesma palavra pode revelar diferentes valores a respeito das
realidades de que se fala, assim como um mesmo referente pode ser
expresso por meio de diferentes palavras. Tal fato leva-nos a lidar, muitas
vezes, com ideologias, interesses e preconceitos de diversas ordens.
Tomando por base essas considerações, leia a anedota e o texto
transcritos abaixo e responda à questão proposta.
Perguntaram a um branco:
– O que é uma zebra?
Ele respondeu:
– É um animal branco com listras pretas.
Perguntaram a um negro:
– O que é uma zebra?
Ele respondeu:
– É um animal preto com listras brancas.
QUESTÃO DE NOMES
Carlos Heitor Cony
Rio de Janeiro — Não, não se trata Pratos complicados que levantam defunto,
de nomes para a sucessão presidencial, é tanto que, ao lado, havia um cabaré para
assunto que considero chato e, honesta- receber a sobra do apetite dos clientes.
mente, não me preocupa. Falo de nomes, Bem, escolhi uma coisa simples, mas que
nomes de verdade, que a gente engole o maître me garantiu como eficaz: codornas “à
como necessários e que sempre são relati- Mme. Pompadour”. Por sinal, muito gostoso,
vos, dependentes de circunstâncias além molho levemente picante, avermelhado e rude,
da semântica. que combinava estupendamente com um vinho
Dou exemplos: num balé famoso, co- pastoso e quase sem perfume.
reografado por Leonid Massine, com mú- Por causa do molho à Mme. Pompadour
sica de Offenbach, há um personagem ri- ou porque sou mesmo depravado, fui dar uma
dículo que é mencionado como “o brasi- espiada no tal cabaré e lá passei o resto da
leiro”. Quando o balé veio ao Brasil, o noite.
personagem virou, sem mais nem menos, Anos depois, vergado ao peso de muitos
“o peruano”. Agora, esse peruano compa- pecados, fui fazer um retiro espiritual numa
rece num palco americano como “o ira- casa especializada em Verona, à margem do
quiano”. Coisas. lago. Piedosos dominicanos davam a logística,
Experiência pessoal minha. Certa incluindo as três refeições principais. Logo na
vez, em Copenhague, fui a um restaurante primeira noite fui surpreendido por um prato
especializado em comida afrodisíaca. de codornas com um molho avermelhado e
PRÁTICAS DO DIZER 2: um exercício da linguagem
4
7
rude. Por Júpiter! Já conhecia aquilo! Chamei olhos, como Dorival Caymmi, informou-me
o frade-dispenseiro e perguntei pelo nome da- que era o famoso, o inigualável molho “à Santa
quele molho. O frade gostou da pergunta, era Terezinha do Menino Jesus”.
especialidade do convento. E revirando os
(Folha de São Paulo, 09/12/97)
Responda:
Por que a declaração de Lula
causou constrangimento à
delegação brasileira e
desencadeou tantas críticas na
mídia?
b) (...) Genoíno concedeu entrevista a uma emissora de tevê e criticou a senadora Heloísa
Helena (PT-AL), que tem se posicionado contra a reforma da Previdência proposta pelo
Governo. Segundo Genoíno, se a senadora se abster ou votar contra a reforma da
PRÁTICAS DO DIZER 2: um exercício da linguagem
4
9
Previdência no Senado estará automaticamente expulsa do partido. “Ela é madura o
suficiente e sabe que no PT a lei funciona assim: ou vota com o partido ou está fora.”
(Diário Popular, 09/08/03)
c) É lei – Todas as roupas devem ter uma etiqueta com especificação de como lavar. Se
não conter essas informações, pergunte ao vendedor, na hora da compra, como deve ser
feita a manutenção. (ZH Donna – Zero Hora, 14/01/01)
d) (...) A SQA avalia que com o Plano Diretor haveria a construção de uma política de
estruturação e qualificação dos hortos municipais, o que permitiria aumento da produção
de mudas e incremento da arborização. Mas atingir níveis aceitáveis de área verde no
Município não será tarefa fácil, pois, conforme Rampazzo, “se mantermos nossa área de
cinco a dez mil mudas plantadas por ano demoraremos cerca de 50 anos para chegar perto
da recomendação da OMS”. (Diário Popular, 26/10/03)
I – MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Sílvio Santos anuncia venda do SBT para grupo mexicano
Empresário fez a revelação à revista Contigo. Grupo Televisa* confirma estudar a
aquisição de 30% da rede de televisão brasileira (Diário Popular, 11/07/03)
* Empresa mexicana de TV
Leite azedo
Voltaire de Souza
A solidão ataca quem vive na cidade hora marcada, a surpresa. Em vez da Morena
grande. Mariano estava separado da mulher. Carinhosa, era Cilmara quem esperava Mari-
Recorreu a uma agência de encontros. “Depois ano. “Lamento avisar, Mariano, mas grampeei
da Cilmara, qualquer uma vai ser melhor”. In- teu telefone. E a tal Morena expulsei daqui a
teressou-se por uma tal Morena Carinhosa. A tapa.” Os dois se beijaram e dividiram uma co-
fim de relacionamento estável. Combinaram o alhada. De leite azedo, é possível criar delica-
primeiro encontro numa lanchonete árabe. Na das sobremesas.
(Folha de São Paulo, 01/12/99)
65) No mesmo texto referente à questão anterior, nota-se que o autor não
se preocupou em estabelecer relações paralelas de mesma função
sintática, ocasionando uma falta de paralelismo gramatical.
70) Qual a idéia expressa pelo nexo “A menos que” referente à questão
69?
Agora responda:
Explique em que consiste tal recurso.
a)
b) Nesses textos, qual o valor do modo imperativo nas expressões
“Experimente” e “Faça”?
c) Reescreva o último período do texto I, substituindo os dois-pontos
por um nexo que respeite sua coesão e coerência. Explicite a idéia
que tal nexo expressa.
d) Reescreva o último período do texto II utilizando um nexo de
conclusão e mantendo a relação causa/conseqüência.
Obs.: Os textos e imagens das questões 71 e 72 foram extraídos de “Um dia ‘daqueles’”/ Agenda 2004, elaborada por
Bradley Trevor Greive. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2003.
PRÁTICAS DO DIZER 2: um exercício da linguagem
5
7
73) Leia a tira seguinte:
a) “Na minha opinião o nepotismo não poderia ser uma lei tão radical.” (assunto:
nepotismo; ano: 1999)
b) “Assim, quando as mudanças se mostram impossíveis, os adolescentes procuram saí-
das eficazes, geralmente imediatistas, que os libertem da realidade social e econômica
imperante.” (assunto: descriminalização da maconha; ano: 1999)
c) “Além disso, haverá um decréscimo na comercialização de produtos ibéricos, diminu-
indo, assim, o número de beneficiados com o comércio de armas.” (assunto: projeto de
desarmamento no Brasil; ano: 1999)
d) “É necessário analisar a atitude dos policiais em Eldorado de Carajás, os quais são
acusados de massacrar e matar protestantes.” (assunto: julgamento dos envolvidos no
episódio citado – sem-terra e policiais)
e) “(...) Quando tocou a música ‘Começar de Novo’ e Silvio perguntou quem era a can-
tora que estava interpretando a canção, a mascarada disse: ‘Ah, essa é a Simone! A
voz dela é irreconhecível’...” (declaração de “Tiazinha” ao apresentador Silvio Santos
no quadro “Qual é a Música?”; publicado em Folha de São Paulo, em 05/09/99)
f) “Na última terça-feira, em uma reportagem sobre a origem italiana de alguns atores do
elenco de ‘Terra Nostra’, Letícia Nascimento perguntou a Ana Paula Arósio e Antônio
Calloni se eles tinham descendência italiana.” (publicado em Folha de São Paulo, em
18/07/99)
g) “Medidas profícuas, por parte das autoridades governamentais, não resolverão o pro-
blema do desemprego; por isso urge a mobilização da sociedade para tentar amenizar
tal situação.” (assunto: desemprego; ano: 1999)
h) “A saúde em nosso país, é um sério problema (...)” (assunto: saúde pública; ano: 1998)
79) O paralelismo é uma das condições para que a frase seja clara. É uma
convenção da linguagem que consiste em apresentar idéias similares de
uma forma gramatical idêntica. Para que seja mais elegante, é importante
que, na sua organização, o período contenha elementos de uma mesma
função sintática e estes sejam formados por palavras de classe gramatical
idêntica. Assim, uma oração adjetiva deve estar paralela a outra; uma
forma verbal deve estar paralela a outra também (em modo, tempo e pes-
soa).
Observe alguns casos em que há problemas de falta de paralelismo
gramatical. Em seguida, modifique os períodos, evitando-os.
Alimente-se bem
82) Na tira abaixo, seu autor utiliza a linguagem não-verbal para expressar
suas opiniões acerca dos procedimentos a serem tomados em caso de
estresse.
Observe:
Agora responda:
a) Se o cartunista optasse por utilizar a linguagem verbal, com o
emprego do imperativo, como tais procedimentos seriam escritos?
(Utilize como interlocutor, primeiramente, “você”. Depois, reescreva
sua resposta tratando o interlocutor por “tu”).
PRÁTICAS DO DIZER 2: um exercício da linguagem
6
3
b) Qual(is) o(s) valor(es) expresso(s) pelo uso do imperativo na tira?
I – “(...) portanto, para continuar a tradição deveria haver regulamentos por parte das univer-
sidades, para que sejam feitos somente trotes saudáveis como, por exemplo, (...)” (trecho
de redação de aluno; carta argumentativa, dirigida ao editor do jornal Folha de São
Paulo; assunto: trote universitário)
II – “Gostaria então, [sic] que a senhora reavalie a posição do governo frente a [sic] necessi-
dade de criação de uma nova lei (...)” (trecho de redação de aluno; carta argumentativa di-
rigida à deputada Marta Suplicy; assunto: projeto de lei sobre assédio sexual)
IV – “Para isso, deveria existir um órgão que fiscalizasse a programação, pois só assim cenas
de constrangimento entre os telespectadores poderão ser evitadas.” (carta argumentativa
dirigida à deputada Marta Suplicy; assunto: censura na televisão brasileira)
V – “Este ato irresponsável tem de ser reprovado pelo Congresso, pois caso for aprovado,
com certeza, só traria malefícios à sociedade.” (dissertação; assunto: Legalização dos
Cassinos)
87) Tomando por base o valor dos tempos e modos verbais, assim como o
uso dos conectores, leia o texto abaixo e responda ao que é solicitado.
RISCO NO DISCO
Agenda condicional
Ledusha Spinardi
Se Chico chegasse em surdina seria dançar nas nuvens.
Se Alberto não existisse eu pularia da ponte. Se Manoel
insistisse tomava chá de sumiço. Se Frederico ligasse lhe diria
como é alto seu silêncio tão vizinho. Se Franco fosse só lindo
correria pros seus braços. Se Marcelo me pedisse inventaria
uma ilha. Se tivesse mais dinheiro iria com Marcos à Capri. Se
Paulo um dia voltasse meu amor abafaria o rude galope das
horas. Se meu coração falasse não usaria mais “blush”.
e-mail: ledusha@uol.com.br
I– “Eu tenho um ponto de vista com relação ao nepotismo. A meu ver (...)”
II – “Hoje em dia a maior preocupação de todos os governos é o desemprego que, no
Brasil, é o maior problema na atualidade, pois ele é o centro de tudo (...)”
III – “A carreira artística é difícil porque tem muitas dificuldades.” (declaração de Suzana
Alves, a “Tiazinha”, em Veja, 07/04/99)
IV – “É polêmico o caso do massacre de Eldorado de Carajás, pois, além de ser um fato
que diz respeito ao MST – reforma agrária – diverge muito a opinião das pessoas.”
Leia o texto a seguir, referente às questões 4 e 5, o qual faz parte de um sermão do Pe.
Antônio Vieira e data do Brasil Colônia (século XVII). Após, responda ao que é solicitado.
1 “Não são só ladrões, diz o Santo, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar
2 para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são
3 aqueles a quem os reis encomendam os exércitos, ou o governo das províncias, ou a adminis-
4 tração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos.
5 Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam de-
6 baixo do seu risco, estes, sem temor nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados; estes
7 furtam e enforcam.”
4) Assinale a alternativa que melhor sintetiza a tese, isto é, a afirmação
básica que o autor toma como verdadeira e defende nesse texto.
Professor bonzinho
Aconteceu nas provas da Duke ram uma nova prova e foram atendidos.
University, nos Estados Unidos. No dia seguinte, o professor lhes en-
Dois ótimos alunos de biologia ti- tregou duas folhas com as questões. Impôs
nham exame na segunda-feira, mas decidi- uma só condição. Que respondessem em
ram passar o fim-de-semana numa cidade salas separadas.
próxima. Foram a uma festa, perderam a A primeira pergunta, valendo um
hora, e, quando chegaram, a prova já tinha ponto, era tão fácil que a prova seria uma
terminado. barbada.
Procuraram o professor, explicaram- A segunda pergunta, valendo nove
lhe que tinham viajado para longe e na pontos, era a seguinte:
volta um dos pneus do carro furou. Pedi- – Qual pneu furou?
a) a proposição I faz referência à atitude tomada pelo professor, exposta no final do texto;
b) a proposição I diz respeito às atitudes dos alunos, não às do professor;
c) a proposição II sugere uma crítica à atitude tomada pelo professor, explícita no final do
texto;
d) as proposições III e IV fazem alusão ao comportamento dos alunos, não ao do
professor;
e) a proposição V não tem uma relação semântica (de significado) direta com o conteúdo
do texto.
“Às vezes, o rei concede ao prisioneiro redução da pena (...) Portanto, não se
meta em brigas, nem tente escapar”.
Fonte: www.keirsey.com
fácil desintegrar um átomo do que
romper um preconceito’.”
Pedro Paulo Castelo (via e-mail)
(Folha de São Paulo, 25/10/99)
a) A frase sugere que o deputado não queria depor e pediu permissão a Campelo para tal.
b) A frase sugere que o deputado não queria que Campelo depusesse.
c) A frase é ambígua: pode-se entender tanto as afirmações contidas na alternativa “a”
quanto na “b”.
d) Em havendo ambigüidade, eis uma das formas de desfazê-la: O deputado Elton Roh-
nelt pede a João Batista Campelo que aquele não deponha...
e) A frase não é ambígua pois, sintaticamente, “depor” refere-se a João Batista Campelo.
Vírgula
O nome de Paulo Henrique Amorim tem
sido comentado na cúpula da Globo.
Por enquanto, o entusiasmo é comedido.
(Folha de São Paulo, 26/01/1999)
a) V-V-V-F-V
b) V-V-F-F-V
c) F-F-V-V-V
d) V-F-V-F-V
e) F-V-F-V-F
(...)
E, como disse aquele empresário nordestino bem-
sucedido em São Paulo: “Vim, vi, venci”. E FALI!
Vini, vidi, vinci e falici!
(Folha de São Paulo, 12/06/99)
I – Juros altos: “Bem comparando, as taxas de juros praticadas pelo governo parecem
aquela história do marido que cobre a amante de jóias (capital especulativo) e trata
mulher e filhos a pão e água (sociedade brasileira). Desminta quem puder.” Maria
Adelaide Rodrigues. (São Paulo)
(Folha de São Paulo)
II – “Partido político é que nem dança de São João: antes de começar tem que formar
uma quadrilha.”
(O Grande Livro dos Pensamentos de Casseta e Planeta. Em Veja, 29/12/94).
Agora, assinale a alternativa INADEQUADA.
a) A comparação estabelecida no texto I foi um recurso utilizado pela autora para criticar
a exploração e desigualdade existentes em nosso país.
b) No texto I, podemos estabelecer as seguintes relações semânticas (de significado):
“amante” está para exploração de riquezas; “mulher e filhos” está para contenção de
despesas, assim como “marido” está para administrador, gerenciador de rendas.
c) No texto II, além de uma comparação explícita, existe, implícita, uma condição, esta
evidenciada pelo uso da expressão “é que nem”.
d) Através da comparação, o texto II critica a falta de ética, de princípios dos integrantes
dos partidos políticos: clientelismo, corrupção, entre outros.
e) Em ambos os textos, a comparação tem uma finalidade determinada: criticar as
autoridades políticas em nosso país.
22) Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos NÃO altera
o sentido do enunciado.
( ) oposição ( ) tempo
( ) obrigatoriedade ( ) conformidade
( ) finalidade ( ) modo
( ) explicação ( ) exclusão
( ) designação ( ) retificação
( ) inclusão
agafg
IIIa PARTE
Questões de v estibulares
1) (UNICAMP/00)
2) (UNICAMP/00)
Perguntado em fins de 1997 pelo Jornal das Letras (Lisboa) se seu nome
seria uma boa indicação para o Prêmio Nobel de Literatura, junto com os
nomes, sempre lembrados pela imprensa, de José Saramago e Antônio
Lobo Antunes, o escritor português José Cardoso Pires deu a seguinte
resposta:
“A Imprensa tem lá as suas razões. Durante os escritores portugueses. Que todos gosta-
anos e anos passei a vida a assinar papéis a riam de ter o Prémio Nobel também é verdade,
pedir um Nobel para um escritor português e mas se um ganhar ganhamos todos. De qual-
isso não serviu de nada. De modo que o facto quer modo o critério actual é o dos mais tradu-
da Imprensa agora prever isto ou aquilo... Uma zidos e os mais traduzidos são o Saramago e o
coisa eu sei: o Prémio Nobel dado a um escri- Lobo Antunes. Eu sou menos. Mas isso não me
tor português de qualidade beneficiava todos preocupa nada. Sinceramente”.
3) (UNICAMP/00)
A edição de 30 de janeiro de 1998 do Noite e Dia (Feira de Santana, BA)
trazia, na seção Zé Coió, a seguinte história:
4) (UNICAMP/00)
O texto abaixo foi extraído de uma seção que divulga “novidades
científicas”. Leia-o e responda às questões que se seguem:
IDOSA PRECOCE – Dolly é uma cópia tão se dividindo ao longo da vida. Eventualmen-
exata da ovelha de cuja mama os cientistas do te, ficam tão pequenos que a célula perde
Instituto Roslin tiraram uma célula para clonar, essa capacidade. Nesse sentido, os telôme-
que já nasceu “velha”. Quando veio ao mundo, ros estão fundamentalmente ligados ao en-
o interior de suas células já apresentava traços velhecimento. Como Dolly foi criada a partir
não de uma filhote, mas de um animal adulto. de uma célula adulta, seus telômeros são
É o que os biólogos escoceses revelaram na curtos. Se essa anomalia pode acarretar o
revista Nature. O problema está nos envelhecimento precoce da ovelha ou não é
telômeros, apêndices dos cromossomos que outra história ainda a investigar. A compara-
compõem o material genético. Os de Dolly são ção com o drama dos replicantes do filme
20% mais curtos do que deveriam ser numa Blade Runner, andróides vigorosos, mas
ovelha de sua idade. Sabe-se que o de vida curta, é inevitável.
comprimento dos telômeros diminui à medida (ISTOÉ, 1548, 02/06/99)
que as células vão
a) O que é caracterizado como problema e como ele é explicado?
b) Cite a passagem do texto que expressa uma verdade genética
conhecida de todos e transcreva a expressão que indica que esse
conhecimento é compartilhado.
c) Cite uma passagem do texto que expresse uma hipótese.
5) (UNICAMP/00)
Leia o texto abaixo, que apresenta outra “novidade científica”:
6) (UNICAMP/00)
Millôr Fernandes, considerado um dos maiores humoristas brasileiros,
escreveu o texto “Leite, quéqué isso?” em sua coluna no Caderno 2, no
jornal O Estado de S. Paulo, de 22/08/99. Abaixo, está um excerto desse
texto. Leia-o com atenção e responda:
Vocês, que têm mais de 15 anos, se lembram nos peitinhos dela pra tirar o leite dos filhos
quando a gente comprava leite em garrafa, na dela, com muito jeito pra ela não nos dar uma
leiteria da esquina? Lembram mais longe, quan- cipoada?
do a vaca-leiteira, que não era vaca coisa nenhu- Mas vocês não lembram de nada, pô! Vai
ma, era uma caminhonete-depósito, vinha ven- ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é
der leite na porta de casa? Lembram mais longe leite. Estou falando isso porque agora mesmo
ainda, quando a gente ia comprar leite no está- peguei um pacote de leite – leite em pacote,
bulo e tinha aquele cheiro forte de bicho, de bos- imagina, Tereza! – na porta dos fundos e es-
ta e de mijo, que a gente achava nojento e só foi tava escrito que é pausterizado, ou pasteuri-
achar genial quando aprendeu que aquilo tudo zado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela
era ecológico? Lembram bem mais longe ainda, embromatologia, foi enriquecido e o escam-
quando a gente mesmo criava a vaca e pegava bau.
PRÁTICAS DO DIZER: um exercício da linguagem – caderno de exercícios
8
7
a) A palavra “embromatologia” soa como um termo técnico, mas não é.
Diga por que parece e por que não é.
b) O texto mostra que a moda pode afetar nossos gostos. Em que
passagem isso aparece?
c) As informações técnicas que acompanham muitos produtos não
necessariamente esclarecem o consumidor, mas o impressionam.
Transcreva a passagem do texto em que o autor alude a esse
problema.
7) (UNICAMP/01)
Na coluna “De zero a dez”, de Rubem Tavares, publicada na revista
Business Travell, 34, no primeiro semestre de 2000, p.13, encontram-se,
entre outras, as seguintes notas, especialmente adaptadas:
“Para os lunáticos que insistem em soltar balões de grande porte, causando incêndios e
sérios riscos à segurança dos vôos: segundo o Controle de Tráfego Aéreo, em 1998 foram
registradas 99 ocorrências em Guarulhos. Em todo o ano passado foram registradas 33
ocorrências e, neste ano, só no período de janeiro a abril, já foram 31. As autoridades
deveriam enquadrar os responsáveis por crime inafiançável e trancafiá-los em presídios por
longos anos.”
“Não seria o caso de a Prefeitura pagar por cada nova pichação feita na cidade? É claro que
sim. Se todos entrassem com uma ação simultaneamente, com certeza o prefeito
encontraria novas atribuições para a Guarda Municipal. Vide sugestões na nota anterior
que também poderia ser aplicada nestes casos.”
8) (UNICAMP/01)
Quando o treinador Leão foi escolhido para dirigir a seleção brasileira de
futebol, o jornal Correio Popular publicou um texto com muitas
imprecisões, do qual consta a seguinte passagem:
10) (FURG/01)
A seguir, você tem uma relação de algumas expressões que integram
os verbetes “homem” e “mulher” do Novo Dicionário da Língua
Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
11) (UNICAMP/02)
Considere a tira abaixo:
12) (UNICAMP/02)
São comuns na imprensa manifestações de profissionais liberais
transmitindo ao grande público informações sobre questões técnicas de
interesse social. O texto a seguir, de autoria de um advogado, elabora
uma distinção relevante para definir as responsabilidades de uma certa
categoria profissional, em caso de insucesso:
FAÇANHA Erik Weihenmayer, 32, escala o monte Everest; ele tornou-se ontem o
primeiro cego a escalar a montanha mais alta do mundo e pretende repetir o feito em
outros continentes.
14) (UNICAMP/02)
Em julho de 1998, a sociedade brasileira tomou conhecimento pela
imprensa de que as pílulas anticoncepcionais comercializadas por um
determinado laboratório durante um certo período haviam sido fabricadas
à base de farinha de trigo e não continham as substâncias que deveriam
constituir seu princípio ativo. A charge abai-xo é alusiva a esse fato.
PRÁTICAS DO DIZER: um exercício da linguagem – caderno de exercícios
9
3
15) (UNICAMP/02)
Uma revista semanal brasileira traz a seguinte nota em sua seção A
SEMANA:
17) (FUVEST/00)
19) (FUVEST/00)
20) (FUVEST/00)
Brincadeiras de roda e com bonecas não estão mais fazendo parte do mundo
de fantasia de meninas com menos de dez anos. Elas agora se reúnem para um
estranho ritual: aprimorar coreografias sensuais ao som de grupos como É o Tchan e
As Meninas, e a graça está em competir para ver quem dança melhor.
O que, à primeira vista, parece uma brincadeira, ganha contornos sérios
quando os próprios adultos estimulam a erotização precoce. Basta entrar em uma loja
infantil. Na seção das meninas, é difícil encontrar moletons e outras roupas
confortáveis, que permitam a liberdade de movimentos.
Exemplo disso é um grande magazine de Porto Alegre. Lá os modelitos à
disposição são a mais pura imitação de roupas de adultos. O mais sedutora possível,
ainda que de mau gosto. O que dizer de blusas para meninas de dois a três anos,
coladas ao corpo, num tecido vermelho brilhoso? Há, inclusive, marcas especializadas
nessa transformação. Botas e sapatos de salto alto, tamancos com solados exagerados
é o que mais se encontra.
(Adaptado de Márcia Camarano, Extra Classe, n.44, ago. 2000)
22) (UFPEL/00)
ESCLARECIMENTO
Torno público, a quem interessar possa, que a intimação que me foi
feita pelo Serviço Notarial e Registral ROCHA BRITO, relativa a protesto
de título do Banco General Motors S.A., no valor de R$ 178,00, com
vencimento para o dia 7/4/1999, deveu-se a extravio do carnê de pagamento
e descuido da pessoa encarregada de pagar a dita prestação, sendo que a
mesma foi, de pronto, liquidada.
Pelotas, 14 de maio de 1999.
W.S.R.
(firma reconhecida)
Embora se deva admitir que, em termos de sentido, o texto não deixa
dúvidas acerca do que pretende o autor, uma determinada passagem, por
ser ambígua, nos leva a uma interpretação cômica do que ocorreu.
Com base em seus conhecimentos lingüísticos:
a) explicite a hipótese absurda a que essa passagem pode levar o
leitor;
b) reescreva apenas o trecho problemático, eliminando a ambigüidade.
PRÁTICAS DO DIZER: um exercício da linguagem – caderno de exercícios
9
7
23) (UFPEL/00)
24) (UFPEL/00)
Na revista Época de 16.8.1999, encontramos a seguinte matéria acerca
da campanha publicitária pelo desarmamento da população:
POLÊMICA
VAMOS DESARMAR OS BANDIDOS. NÃO OS CIDADÃOS DE BEM. Campanha de interesse público da Mainardi Propaganda.
Negro quem, cara-pálida?
Cinqüenta outdoors de uma campanha contra a proibição do uso de armas de fogo foram
retirados das ruas de São Paulo sob a acusação de racismo. A imagem de um rapaz de pele
escura com uma arma na mão e uma tarja negra nos olhos foi considerada preconceituosa por
duas procuradoras paulistas que convenceram a Justiça a recolher os painéis. O jovem que
emprestou seu rosto à campanha colocou a decisão em xeque com uma declaração
desconcertante. “Não sou negro”, avisou Deneílson Paulo, 25 anos, motociclista da agência
responsável pela campanha. A certidão de nascimento confirma: sua cor, oficialmente, é
branca. O publicitário Ênio Mainardi, criador da campanha, discorda de Deneílson. “Seria fácil
escapar dizendo que ele é branco. Mas ele não é. É da mesma raça vira-lata de todos nós,
brasileiros”, diz Mainardi. O publicitário está convencido de que o racismo foi só uma
desculpa. “Queriam atacar a campanha e arrumaram um argumento. Vou processar as duas
procuradoras por danos morais. Nunca fui racista”, afirma.
25) (UFPEL/00)
Na revista Época, de 16.8.1999, aparece o trecho de uma carta,
transcrito abaixo, que responde às críticas da cantora Rita Lee aos
rodeios.
Percebo que, além dos comerciais de telefone, Rita Lee já está
precisando causar polêmicas para continuar na mídia. Se já foi provado que
os animais de rodeio não são prejudicados em nada, por que atrapalhar o
divertimento das pessoas com bobagens? Garanto que ser viciado em
rodeios é melhor do que o ser em outras coisas.
Ezio Fernando Molinar,
São Paulo, SP
Com base no texto e em seu conhecimento de mundo, responda:
a) Qual seria a diferença de sentido, em relação à ironia presente no
texto, se, ao invés de “já” (linha 1), tivesse aparecido “ainda”?
b) A que palavra ou expressão do texto se refere o pronome em
destaque?
26) (UFPEL/00)
27) (UFPEL/00)
ARGENTINA: 4 X BRASIL: 0
CULPA DO JUIZ
Em matéria de respeito ao Direito Auto- Da próxima vez que ouvir falar em Rock
ral o Brasil está tomando de goleada da Ar- In Rio, pense que, para os seus artistas favo-
gentina. ritos, melhor seria o Rock In Buenos Aires, já
A Argentina, com um território bem me- que do Rock In Rio II, realizado em 1994, os
nor do que o do Brasil e uma população que autores até hoje nunca viram a cor do di-
é um quinto da brasileira, paga três vezes nheiro.
mais aos seus compositores e Mas a maioria dos nossos
artistas do que o Brasil. juízes, indo contra um direito
Lá, as TVs a cabo e por as- tão óbvio, protela as decisões e
sinatura sempre pagam o Di- acaba protegendo os usuários
reito Autoral. Aqui no Brasil, de música que nos devem R$
elas já existem há sete anos e 200 MILHÕES.
nunca pagaram um tostão. E ainda lhes permitem
Quando o grupo de rock continuar usando música que
U2 esteve na Argentina, foram não lhes pertence, mesmo
arrecadados US$ 2 MILHÕES em Direito contra a vontade dos compositores e vio-
Autoral. Aqui no Brasil, o promotor do show lando a nossa Constituição, que diz:
se recusou a pagar e sumiu.
“AOS AUTORES PERTENCE O
Na Argentina, as emissoras de rádio e
DIREITO EXCLUSIVO DE UTILIZAÇÃO,
TVs abertas só funcionam se pagarem Di-
PUBLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO DE
reito Autoral. Aqui no Brasil, elas o sone-
SUAS OBRAS.”
gam, desrespeitando a Constituição Federal,
a Lei de Direito Autoral e os tratados inter- Pelo menos nessa derrota do Brasil a
nacionais firmados pelo Brasil. E isso com a gente sabe que a culpa é do juiz.
tolerância da própria Justiça.
Dúvida I
Na quarta-feira passada, o canal escolhido para assistir aos jogos do
Brasileiro foi a Bandeirantes. Cobertura completa e eficiente, diga-se de
passagem. Em determinado momento, aparece aquele número do “Disk-
Sport”, onde a gente concorre a uma grana com a marcação de gols, bola
na trave, pênalti etc. E lá foi feita uma “fezinha”.
(Fonte: Diário Popular, 09/12/97)
Reestruture o primeiro período do texto, desfazendo a ambigüidade.
30) (UFPEL/INVERNO/00)
No jornal Zero Hora de 24 de julho de 1999, encontramos a seguinte
charge de Marco Aurélio:
32) (UFPEL/INVERNO/00)
Leia atentamente a tira abaixo, publicada em revistas de circulação
nacional:
34) (UFPEL/01)
36) (UFPEL/01)
Observe o texto abaixo:
37) (UFPEL/INVERNO/01)
Em comemoração ao Dia das Mães, a TIM CTMR CELULAR veiculou a
seguinte mensagem:
38) (UFPEL/02)
Leia o texto abaixo, de Moacyr Scliar, veiculado no jornal “Zero Hora”,
em 07/10/2001.
39) (UFPEL/INVERNO/01)
Observe atentamente o período abaixo:
40) (UFPEL/INVERNO/01)
Estruturas como as seguintes são freqüentes na língua falada, já que a
língua de todos os dias é mais solta, mais livre das amarras da norma-
padrão.
42) (UFPEL/INVERNO/01)
Rosto
44) (FURG/00)
46) (UFPEL/04)
Leia atentamente a tira abaixo.
47) (UFPEL/04)
PRÁTICAS DO DIZER: um exercício da linguagem – caderno de exercícios
1
0
O uso de palavras empregadas em sentido metafórico é recurso
largamente utilizado no discurso publicitário.
48) (UFPEL/04)
O CÂNCER DA TRISTEZA
A depressão que um diagnóstico de câncer acar-
reta pode encurtar a vida do paciente. A revista
Psychosomatic Medicine publicou um estudo feito, ao
longo de uma década, pela Universidade de Roches-
ter, nos Estados Unidos, com 205 vítimas da doença.
Todas haviam recebido a notícia do câncer pouco
tempo antes do início da pesquisa. Oitenta pessoas
do grupo já morreram – a maioria delas apresentara
os piores resultados em testes psicológicos. A con-
clusão dos autores é que pacientes de câncer tam-
bém devem ter o acompanhamento de um psicólogo.
(Veja, 20/08/03)
a) O título da notícia pode levar a mais de uma leitura. Quais são elas?
b) O uso do vocábulo “também”, na última linha do texto, permite que
se recupere uma informação implícita. Explicite-a.
49) (UFPEL/04)
tacitamente prolixamente
obscuramente radicalmente
sutilmente puerilmente
Escolha, nessa lista, o advérbio mais adequado a cada uma das ações
a seguir enunciadas, de acordo com o modelo.
51) (UFPEL/INVERNO/02)
Uma conhecida operadora de telefonia celular publicou a seguinte
peça publicitária no jornal Diário Popular, edição do dia 24 de novembro
de 2001:
ANTINADA E ANTININGUÉM
O Brasil de hoje, independentemente das
sombras que pairam no horizonte do sistema fi-
nanceiro internacional, revela um vigoroso de-
sejo de renovação. No entanto, o clima de sinis-
trose renasce constantemente. A suposta implo-
são do Real e a iminente argentinização de
nossa economia foi anunciada inúmeras vezes.
A especulação, irresponsável e voraz, elevou a
cotação do dólar e repercutiu no endividamento
das empresas. Alguns ganharam, mas o Brasil
perdeu. A situação é grave. Certamente. Mas
está muito distante das previsões de certos uru-
bus do mercado. [...]
(Di Franco, Carlos Alberto, Diário Popular, 10/10/02)
53) (UFPEL/INVERNO/02)
Dada a recorrência de um determinado cenário socioeconômico
mundial, o jornal Zero Hora republicou, em 22 de dezembro de 2001, uma
charge que já o havia ilustrado em meados de junho daquele ano:
55) (UFPEL/03)
Algumas palavras da língua que pertencem à esfera semântica das
relações, atuam na junção de elementos da frase. Este é o caso das
preposições, que podem estabelecer relações de sentido com os
elementos por elas conectados. Um exemplo disso é o que acontece com
a preposição em, que pode trazer uma idéia de lugar (estar em casa) ou
uma idéia de modo (estar em dificuldades).
Examine as estruturas abaixo, todas elas apresentando a preposição
por.
Poema da necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque*,
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os
homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o FIM DO MUNDO.
(FURG/01)
Livro eletrônico:
você ainda vai ler um
O avanço das novas tecnologias está
revolucionando a relação entre os
leitores e a literatura em todo o mundo
Você sabia?
Carlos Corrêa E-book é o livro eletrônico, que
pode ser lido de três diferentes
O acervo de toda a Feira do Livro de maneiras. As mais usadas são a
1
Porto Alegre – cerca de 210 bancas nesta leitura direta no computador ou
2
edição – em uma banquinha só. Clássicos então através de um aparelho
3
de Shakespeare, Machado de Assis ou específico, conhecido como e-
4
Balzac, de graça, ao alcance de um clique. book device. A outra maneira,
5
Uma estante inteira de livros dentro da me- menos comum, é através de um
6
mória do computador. palm top, um pequeno computa-
7
(...) dor de mão.
8 As infinitas possibilidades abertas
9 pelos e-books devem transformar comple-
10 tamente a relação dos leitores com a litera-
11 tura nos próximos anos. E essa revolução já
12 começou.
(Zero Hora, 4/11/00)
(FURG/03)
As questões de 59 a 61 são vinculadas ao texto abaixo.
(UCPEL)
Texto referente às questões de 62 a 64
Geração Coca-Cola
63) Um texto evoca relações com idéias não contidas nele, mas que a ele
se ligam por oposição.
PRÁTICAS DO DIZER 2: um exercício da linguagem
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Quanto ao texto acima, pode-se dizer que se relaciona por laços de
oposição a
a) um modelo socialista no qual a coletividade planeje livremente seus
objetivos de consumo e seu modo de viver.
b) um mundo onde não se beba Coca-Cola nem se coma enlatados.
c) uma revolução em que os Estados Unidos deixe de existir e o
comunismo volte à União Soviética.
d) uma sociedade que elimine os meios de comunicação de massa e
volte à comunicação tu a tu primitiva.
e) um sistema de estruturação social em que não haja mais cinema,
em que o teatro seja a forma culta de divertimento.
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PRÁTICAS DO DIZER 2: um exercício da linguagem
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