Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades
das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. A primeira etapa para conquistar o desenvolvimento sustentável é reconhecer que os recursos naturais são finitos. Usar os bens naturais, com critério e planejamento. A partir daí, traçar um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade. O desenvolvimento que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais, que as atividades econômicas são incentivadas em detrimento ao esgotamento dos recursos naturais do país, é involução. É insustentável e está fadado ao insucesso. O desenvolvimento sustentável está relacionado à qualidade, ao invés da quantidade, com a redução de matéria-prima e produtos. Implica em mudanças nos padrões de consumo e do nível de conscientização. O consumo sustentável estende-se ao modo de consumir para garantir a satisfação das necessidades atuais que sejam menos ofensivos ao meio ambiente. A adoção da prática dos três “erres” auxiliam nesse processo: redução, reutilização e reciclagem. Para que haja o desenvolvimento sustentável é necessário que as pessoas estejam atentas às mudanças do nosso planeta e a urgência de iniciativas sustentáveis. É necessário também que as políticas públicas atuais propaguem a população medidas conscientes e ecológicas. É preciso que as áreas florestais e os biomas sejam preservados. É importante que os setores agrícolas e pecuários vejam que o desmatamento e o cessante objetivo de abranger mais terras não são viáveis a longo prazo. É importante que haja, cada vez mais, propagandas em todas revistas, jornais, redes sociais...em qualquer portal de acesso, questões ambientais sendo levantadas. É preciso que as pessoas estejam mais conscientes na alimentação e na diminuição do lixo, evitando produtos que geram maior demanda extrativista e consumir mais produtos de origem vegetal. É necessário que as pessoas realizem a coleta seletiva e que gerem mais produtos que sejam reutilizáveis. Que as pessoas diminuam a quantidade de plásticos. Que as indústrias diminuam a quantidade de emissão de gases poluentes. Que sejam incentivados o uso de energia limpa e sustentável. A determinação da minha pegada ecológica no site “Global Footprint Network” identificou que o levo um estilo de vida insustentável. Na figura 1, mostra que seria necessários 2 plantas e meio se todos tivessem o mesmo estilo de vida que o meu. Os resultados desencadeiam preocupação acerca do meu estilo de vida. O intuído agora é ter práticas mais sustentáveis e incentivar que as pessoas ao meu redor façam a mesma coisa.
Figura 1 – Pegada Ecológica do site “Global Footprint Network”
Na figura 2 mostra o resultado da minha pegada ecológica no site “WWF Brasil”,
que é um portal de uma Organização não governamental (ONG) internacional que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental, anteriormente chamada World Wildlife Fund, nome oficial ainda em uso nos Estados Unidos e Canadá, indicou que a minha pegada ecológica também é preocupante em comparação com o mundo e o Brasil. Considerando que países como Qatar, Luxemburgo, Kuwait, Estados Unidos da América e Canadá obtiveram, em termos de pegada ecológica em números de planeta terra, 5, o meu resultado foi muito preocupante. Isso significa que devo rever drasticamente meus hábitos de consumo e estilo de vida. Talvez eu esteja vivenciando de forma insustentável. Figura 2 – Pegada Ecológica no site “WWF Brasil”
Por mais que os dois resultados identificados sejam estatisticamente diferentes,
ainda sim, são expressivos em comparação a países do mundo e até com o Brasil. Em relação a energia, de acordo com o EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o Brasil produziu em cerca de 66,6% de energia hidráulica em 2019, que é considerada uma energia limpa. A porcentagens restantes eram relacionadas a energia de origem fóssil. A energia eólica no Brasil teve um grande aumento juntamente com a energia solar até os anos atuais, porém as quantidades vigentes ainda são menores em comparação a fonte de energia poluente. Os dados investigados estabelecem uma preocupação acerca da energia sustentável e limpa. Por mais que o Brasil produza em grande quantidade energia hidráulica, esta, como o tempo e com o aumento, interfere no equilíbrio, manutenção e desenvolvimento do ambiente aquático e terrestre. O uso de energia de fonte poluente também está relacionado a emissão de CO2. Por isso, é importante que haja políticas públicas que incentivem o uso de energia sustentável e que traga poucos impactos ao meio ambiente. O estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostrou que o Brasil é o quarto país no mundo que mais produz lixo. São 11.355.220 toneladas e apenas 1,28% de reciclagem. Só atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º). O aumento da geração de resíduo é um fenômeno preocupante que está diretamente relacionado com o crescimento populacional e ao comportamento social. Nossa sociedade ainda não desenvolveu sistemas de coleta e destinação ampla e efetiva de separação de resíduos gerados. Esse impacto gera, em grande proporção, efeitos ambientais prejudicais ao planeta. As emissões de CO2 estão relacionados a esses fatores. O aumento de indústrias e da cultura capitalista se relacionam com o aumento da poluição atmosférica. Por isso, é necessário que a população pratique a separação de lixo a fim de promover o processo de reciclagem. Por mais que a reciclagem sofra com a concorrência desleal de uma destinação de resíduos fácil e barata, é importante que o Governo Brasileiro verifique essas diferenças e impulsione, de maneira econômica, o uso intensivo da reciclagem pela população e indústrias.