LETRAS/LANGUAGES 98

RECURSOS EDUCACIONAIS TECNOLÓGICOS NO ENSINO DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA: DESAFIOS E PERPECTIVAS

SOUSA, M.E.C.¹; JULIANO, S.M.T²

(1 Graduando do Curso de Letras das Faculdades Associadas de Uberaba – Av. do Tutuna, 720, Bairro do Tutunas, fone:
(34) 3318 4188, e-mail: mary.estella@hotmail.com
2
Professor das Faculdades Associadas de Uberaba – Av. do Tutuna, 720, Bairro do Tutunas, fone: (34) 3318 4188, email:
sandrativeron@hotmail.com

RESUMO: O presente estudo visa descrever e destacar as ferramentas tecnológicas geradoras de aprendizagem, e
verificar como ocorre a relação entre professor e recursos adotados em sala de aula, de modo a nos fazer refletir como a
tecnologia pode ser usada no espaço escolar com o propósito de facilitar o processo de ensino aprendizagem e levar o
aluno a se interessar e participar mais das aulas. Assim, a necessidade de refletir sobre o uso de tecnologias na escola,
motivada a partir da realização de estágio em Língua Estrangeira, o qual possibilitou perceber o interesse e o saber dos
alunos em lidar com as novas tecnologias. A fundamentação teórica se apóia nas teorias de, Almeida Filho (2004), Rojo
(2005) e Tajra (2001),Telles (2006).Esta pesquisa é de natureza qualitativa, na modalidade bibliográfica, pois tem como
objetivo fazer o estudo histórico das novas tecnologias, sua evolução, e emprego no âmbito escolar. Dessa forma foi
aplicado um questionário, no qual contamos com a participação de três professores de língua estrangeira de três escolas,
uma escola pública, uma privada e um instituto especializado para aprendizagem de LE com o propósito de averiguar a
frequência em que são utilizados os novos recursos tecnológicos em sala de aula. A análise dos dados coletados foi feita
de forma descritiva e analítica, confrontando o referencial teórico levantado sobre a utilização das tecnologias e os
resultados encontrados a partir da coleta de dados da pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Educação. Tecnologia.

TECHNOLOGICAL RESOURCES: CHALLENGES AND PROSPECTS

ABSTRACT: This study aims to describe and highlight the technological tools that generate learning, and check how is
the relationship between teacher and resources employed in the classroom in order to make us reflect on how the
technology can be used in the classroom for the purpose of facilitating the process of learning and teaching and to lead the
student to become interested and participate more in class. This way the need to reflect on the use of technology in the
classroom, motivated from an internship in a foreign language, which allowed noticing the students’ interest and
knowledge in dealing with new technologies. Thus, this research highlights the use of new technologies in order to
innovate and facilitate the educational process. The basic theory is based on the authors of Almeida Filho (2004), Rojo
(2005), Tajra (2001) and Telles (2006).The methodology used is qualitative, in bibliographical modality, because it has the
objective to study the history of new technologies, trends, and employment in the school. A questionnaire is done, which
has the participation of three foreign language teachers from three schools, one public, one private and one specialized
institute for learning a foreign language in order to determine the frequency that the new technological resources in the
classroom are used The data analysis is done in a descriptive and analytical way, comparing the theory studied about the
use of technology and the results from the survey data collection.

KEYWORDS: Teaching. Education. Technology.

INTRODUÇÃO
A tecnologia está cada vez mais presente no
cotidiano da sociedade de modo geral e no âmbito escolar
não seria diferente. Saber usufruir desses recursos para
enriquecer a aula, usando-os para promover pesquisas e
complementar informação e transformá-la em
conhecimento é o grande desafio da escola do século XXI,
que ainda se utiliza do quadro negro e oralidade como
recursos imediatos e diários.
O uso de novas tecnologias em sala de aula é válido
no sentido que possibilita aos alunos um ensino e uma
aprendizagem mais criativa, autônoma e colaborativa. Os
recursos tecnológicos como: DVDs, data shows, aparelhos
de televisão, sons, retro projetores, computadores dentre
outros oferecem um leque de opções para a exploração do
conteúdo, pois enriquecem e tornam as aulas mais
interativas, além de facilitarem a transmissão do mesmo.
A aceitação de novas tecnologias no processo
ensino aprendizagem conta com um alto índice de rejeição
por parte dos docentes e discentes. A rejeição docente se
explica por uma possível falta de conhecimento de como
preparar um material expositivo criativo para as aulas e de
conhecimento técnico das tecnologias e ainda há o fato de
a escola possuir somente um aparelho gerador de imagens.
Já alguns alunos não aceitam facilmente essa
mudança na forma de ensinar e de aprender, pois estão

FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 98-102, 2012

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acostumados a assistirem aulas em que só o professor fala
e os alunos escutam.
Fazer uso desses recursos tecnológicos também
influência os alunos a ficarem dispersos, uma vez que
muitos acreditam que essas aulas, são aulas de passatempo,
de brincadeiras e não realizam as atividades propostas; há
também a impaciência de alguns em seguir passo a passo
as estratégias de ensino que lhes foram propostas.
Assim, o objetivo geral do presente trabalho é
verificar como ocorre a relação entre professor e recursos
adotados em sala de aula, de modo a nos fazer refletir
como as novas tecnologias podem ser usadas em sala de
aula com o propósito de facilitar o processo de ensino
aprendizagem.
A distância entre a dinâmica do mundo atual e a
forma tradicional de ensino gera desinteresse,
desmotivação e, consequentemente, dificuldade no
processo de aprendizagem por parte do aluno. Dessa
forma, justifica-se a realização dessa pesquisa para refletir
como as novas tecnologias podem ser usadas em sala com
o propósito de inovar o processo de ensino aprendizagem
de língua estrangeira.
O presente estudo apresenta as seguintes perguntas
de pesquisa: As novas tecnologias podem ser usadas em
todos os níveis de ensino, abordando diversos conteúdos?
O uso de novas tecnologias possibilita uma aprendizagem
mais significativa? O professor está preparado para
ensinar utilizando-se de novas tecnologias? Quando, como
e qual a frequência que o professor de Língua Estrangeira
utiliza recursos tecnológicos em sala de aula?
A temática desta pesquisa foi escolhida a partir do
momento em que se realizou o Estágio Supervisionado de
Língua Estrangeira, o qual foi possível observar a
motivação, o interesse dos alunos em lidar com as
tecnologias em sala de aula. Esta pesquisa é relevante para
os profissionais envolvidos no âmbito educacional, que
buscam inovar as aulas, tornando-as mais atraentes e
interessantes.
RECURSOS TECNOLÓGICOS NA SALA DE AULA
Antes de utilizar qualquer ferramenta pedagógica
em sala de aula é importante que o professor esteja atento
ao que pretende desenvolver com seus alunos.
Ramos (2003) estabelece que há alguns itens que
constituem os critérios para a escolha dos materiais
didáticos, como: público alvo, os objetivos em desenvolver
determinada atividade, o recurso que será utilizado, como
que esse recurso será desenvolvido e avaliado. Importante
é estar atento a todos esses itens, pois há uma variedade de
recursos que podemos inserir em nossas aulas.
Autores como Leite et al (2003) classificam as
tecnologias educacionais como dependentes e seres
independentes.
As tecnologias independentes são consideradas as
que não necessitam de eletricidade para o funcionamento.
Vejamos alguns exemplos levantados na pesquisa: Álbum
seriado, Blocão, Cartão relâmpago ou Flash Cards, Cartaz,
Estudo dirigido, Flanelógrafo, Gráfico, História em
quadrinhos, Ilustração ou gravura, Instrução programada,
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Jogo, Jornal, Jornal escolar, Livro didático, Livro infanto
juvenil, Mapa/globo, Modelo, Mural, Peça teatral, Quadro
de giz/ quadro branco, Quadro de pregas, Sucata, Texto
dentre outras ferramentas de ensino.
Após a classificação de tecnologias independentes,
Leite et al (2003) nos apresentam algumas tecnologias
dependentes, ou seja, as tecnologias que necessitam de
eletricidade para o funcionamento. As tecnologias
levantadas por meio da literatura foram: Fita de vídeo,
DVD, Fita cassete e CD, Rádio, Slide (Power Point),
Televisão Comercial, Televisão educativa, Retroprojetor e
Computador.
Dentre a diversidade de tantos equipamentos
tecnológicos, o computador não poderia ficar de fora dessa
classificaçao de recursos depententes, uma vez que é um
equipamento capaz de receber , guardar e emitir
documentos e imagens, e que pode estar presente nas
atividades de aprendizagem dos alunos para diversificar a
metodologia de ensino.
Atualmente, os computadores são usados tanto nas
áreas de Exatas, Humanas e Sociais. Ele é um instrumento
de trabalho indispensável para a realização de muitas
atividades, mas como usufruir dessa tecnologia na área
educacional é o grande desafio do momento.
Vivemos em uma era na qual a tecnologia está cada
vez mais presente, para facilitar nossa comunicação e
interação com o mundo. Através do computador,
realizamos diversas tarefas. Sem nos locomover, somos
capazes de solucionar problemas, comprar, viajar, fazer
pagamentos apenas sentados à frente de um micro. Dentre
os recursos computacionais podemos citar: Internet e suas
ferramentas, WWW, a World Wide Web, Chats e video
conferência, FAQS, Correio Eletrônico (email), Lista de
Discussão, Programas de computador (Softwares), Home
page (instrucional), e o blog.
Com certeza, essa lista é infindável, pois o homem
tecnológico se supera a cada seis meses. O ambiente
escolar não pode ignorar essas novas ferramentas, fazendo
com que a aplicabilidade delas seja tão rápida quanto à sua
confecção. Não podemos nos dar ao luxo de ficar de fora
dessa nova maneira tecnológica de interagir com o mundo.
Não que o ensino com o computador vá solucionar
todos os problemas educacionais, mas que o uso dele
transforme a aula tradicional em uma aula mais interativa,
prazerosa, criativa, motivadora, e dinâmica, e envolva os
alunos para novas descobertas de aprendizagem. Cox
(2003) salienta que uma vantagem do computador com
relação aos outros recursos é o fator de comunicação, pois
quando interligados em rede promovem a interação todos-
todos, por meio de listas de discussão, salas de bate-papo,
páginas da World Wide Web (www), boletins eletrônicos
etc, integrando ou unindo de uma forma ou de outra os
humanos, descartando a velha relação
professor/aluno, aluno/aluno e professor/alunos.
Tajra (2001, p.155) ainda estabelece que a partir do
momento que o docente utiliza recursos tecnológicos
computacionais em sala de aula é possível obter bons
resultados pedagógicos. Dentre eles, a autora cita:
acessibilidade a fontes inesgotáveis de assuntos para
pesquisa, páginas educacionais específicas para a pesquisa
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escolar; páginas para a busca de softwares; comunicação e
interação com outras escolas; estímulo para pesquisa a
partir de temas previamente definidos ou a partir da
curiosidade dos próprios alunos; desenvolvimento de uma
nova forma de comunicação e socialização, estímulo à
escrita e à leitura, estímulo à curiosidade; estímulo ao
raciocínio lógico; desenvolvimento da autonomia, indo ao
encontro do que já foi mencionado anteriormente, o
computador permite o aprendizado individualizado bem
como troca de experiências entre diversos pares.
Um fato interessante é que o computador como
tecnologia educacional possibilita a integração de várias
tecnologias de uma só vez, promovendo relações
interativas e disponibilizando simultaneamente várias
mídias como a televisão, o rádio, o DVD, máquina
fotográfica, data show e aparelho de som.
Com o apoio do computador acoplando outras
mídias, há a possibilidade realizar com os alunos muitas
atividades diversificadas.
Assim Tajra (2001) aponta vantagens, a autora
revela que mesmo com tantos benefícios ainda é possível
se deparar com alguns problemas como: excesso de
informações sem fidedignidade, facilidade na dispersão
durante a navegação, lentidão de acesso aos sites em
função da baixa velocidade do provedor e facilidade no
acesso a sites inadequados ao público infanto juvenil. Para
evitar esses problemas, ao professor exige-se formação na
condução de aulas com o computador assim como
planejamento prévio das atividades a serem desenvolvidas
durante a aula. Pensa-se que só deva-se preparar para
ensinar com o computador, mas qualquer tecnologia que o
professor escolha para trabalhar, o planejamento é
imprescindível. Para aprender utilizar bem qualquer
artefato tecnológico com objetivos educacionais, o
professor precisa se formar. Esta qualificação ‘para uso da
tecnologia em sala de aula’ decorre de sua formação
acadêmica e/ou formação continuada.
FORMAÇÃO DE PROFESSOR E AS TICS
Como dito anteriormente, a inserção tecnológica
possibilita acessibilidade e a realização de aulas mais
criativas, envolvendo o aluno para novas descobertas de
aprendizagem e, de todas as tecnologias aqui levantadas, o
computador desponta como o recurso mais polivalente que
permite maior autonomia na execução de atividades e o
professor assume o papel de mediador entre o discente e a
aprendizagem.
Assim, essa nova maneira de ensinar é desafio para
o professor e para o aluno, pois ambos estão acostumados a
lidar com aulas teóricas tradicionais e quando se deparam
com as TICs (Tecnologias da Informação e
Comunicação)no espaço escolar, há certa resistência em
adotá-las com desprendimento. Rojo (2005, p. 228 apud
SILVA, 2008, p.217-236) aponta que o professor deveria
ser preparado a aprender e pensar práticas docentes e
planejar transformações com tecnologia, isto é, usar
ferramentas cognitivas para alterar esse quadro
desmotivacional. É importante ressaltar que o docente
precisa estar sempre restabelecendo novas metodologias de
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ensino, para se adaptar com os diferentes ritmos de
aquisição de aprendizagem de seus alunos, e para isso, ele
pode contar com o auxílio de diversos materiais
tecnológicos que podem apoiá-lo para a execução de
diferentes atividades. Porém, antes mesmo de inserir
qualquer ferramenta tecnológica na sala de aula como mais
um recurso pedagógico, os professores precisariam se
adequar as diversas ferramentas que auxiliam sua
metodologia de ensino. É preciso que eles passem pela
alfabetização tecnológica e computacional.
A alfabetização tecnológica do professor, conforme
Sampaio e Leite (1999, p.75), proporciona ao professor a
capacidade de utilizar e apropriar-se de todos os recursos
educacionais que lhe são oferecidos, sabendo distinguir
quando, como e por que são importantes e devem ser
usados em sala de aula.
A alfabetização computacional, baseando-se em
Tajra (2001), ocorre quando o professor adquire
conhecimentos básicos de informática, os quais devem
estar atrelados ao conhecimento didático pedagógico.
Sandholtz et al (1997 p. 49) relatam que para se
adaptar a esse novo cenário educacional, referente à
inserção computacional no ambiente escolar, o professor
precisa passar antes por um processo de mudança que se
constitui em cinco estágios de evolução: a exposição,
adoção, adaptação, apropriação, e inovação.
A exposição é o momento em que ocorre o primeiro
contato dos professores com as máquinas tecnológicas,
através da instalação e montagem dos equipamentos. O
segundo momento, adoção se caracteriza com o
questionamento dos docentes, buscando integrar a
tecnologia na prática pedagógica. Já no terceiro, momento
a adaptação, a tecnologia computacional já está inserida no
espaço educacional.
Já o quarto estágio, denominado de apropriação, se
trata do domínio pessoal dos docentes. Nesses eles passam
a ver a tecnologia como uma ferramenta que pode ser
utilizada para inovar o aprendizado, e o estágio de
inovação que acontece quando os professores
experimentam novos padrões instrucionais e formas de se
relacionar com a tecnologia, alunos e
ensino/aprendizagem.
Este estudo realizou uma pesquisa qualitativa
(SEVERINO, 2007). Qualitativa porque utiliza uma
investigação preliminar, a fim de proporcionar uma
compreensão do contexto do problema relacionado ao
tema, depurando conceitos.
A pesquisa é também bibliográfica, (CHIZZOTTI,
2001), pois tem como objetivo fazer o estudo histórico das
novas tecnologias, sua evolução, e emprego no âmbito
escolar.
A partir dos estudos teórico-sistêmicos foram
oferecidos os elementos necessários à elaboração de um
referencial teórico para delinear a evolução das tecnologias
educacionais, da sala de aula ao ambiente virtual.
Para ampliar esse estudo, fizemos um questionário
semiaberto, no qual contamos com a participação de três
professores, sendo dois do sexo feminino e um professor
do século masculino. Os entrevistados são professores de
língua estrangeira, sendo um de uma escola pública
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estadual, denominada aqui de P1, uma privada, P2, e um
centro de línguas especializado para aprendizagem de LE,
P3, com o propósito de averiguar a frequência em que são
utilizados os novos recursos tecnológicos em sala de aula.
O levantamento foi realizado junto a uma mostra
intencional de onze (11) perguntas aplicadas a três
professores no período de novembro de 2010.
A coleta de dados foi feita pelo próprio pesquisador,
em visitas às escolas e centros de idiomas onde trabalham
os professores de língua inglesa para averiguar a inserção
tecnológica no espaço escolar.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Notamos que todos os professores respondentes
possuem qualificação docente, pois todos são licenciados
na área que atuam. O quadro abaixo ilustra o perfil e a
formação dos professores pesquisados.
Tabela: 1
Idade Formação Acadêmica Sexo
P1- 23 Letras: Português/Inglês Masculino
Anos
P2 - Letras: Português/Inglês Feminino
34Anos
P3-29 Letras: Português/Inglês e Feminino
Anos Especialização em Língua
Inglesa
Quanto ao uso dos computadores no ensino de
Língua Inglesa, percebemos que muitos dos professores já
realizaram aulas no laboratório de informática com os
alunos, de modo que as aulas de L2 se tornassem mais
prazerosas. Ao questionar os professores sobre o
desenvolvimento de suas aulas no laboratório de
informática da escola e as atividades que os alunos
realizam bem como a reação dos mesmos, todos afirmaram
que já ministraram aula nos laboratórios.
Perante a diversidade de ferramentas que podem ser
usadas em sala de aula, solicitamos aos pesquisados que
escolhessem as ferramentas mais usadas em suas aulas de
L2. Obtivemos as seguintes respostas:
Tabela: 2
P1-Cartão relâmpago ou flash cards, ilustração ou
gravura, peça teatral, quadro de giz/quadro branco, texto,
slide, computador, DVD, retroprojetor, internet e suas
ferramentas, chat, correio eletrônico (e-mail).
P2- Quadro de giz/quadro branco, texto, fita cassete, cd,
rádio, slide, DVD, ilustração ou gravura, computador,
Internet e suas ferramentas, correio eletrônico (e-mail) e
programas de computadores.
P3 - Cartão relâmpago ou flash cards, cartaz,
ilustração/gravuras, peça teatral, quadro de giz/branco,
quadro de pregas, quadro interativo, texto, CD/fita
cassete, computador, DVD, internet e suas ferramentas e
correio eletrônico (e-mail).
Quando indagamos aos professores de L2 se eles já
participaram de cursos ou treinamentos para usarem as
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TIC´s de forma pedagógica, descobrimos que os
professores questionados já participaram de cursos que os
possibilitaram a integração de novos recursos tecnológicos
no ambiente escolar.
Percebemos ainda que os professores se preocupam
com o modo de apresentar o que será trabalhado em sala de
aula com seus alunos, uma vez que buscam por
ferramentas que ainda não conhecem e aprendem a
manuseá-las para que as aulas fiquem mais prazerosas e
interessantes.
Em relação ao significado do computador na
aprendizagem, os professores o definem como importante,
conforme podemos observar no quadro:
Tabela: 3
P1-Com certeza, pois tudo que é inovador e criativo
melhora muito o processo de ensino aprendizagem.
P2-Sim. Principalmente porque algumas fazem parte
diretamente da realidade de adolescentes de nossa
sociedade, como a internet.
P3 - Sim, pois faz com que a matéria fique visualmente
mais interessante para o aluno.
A partir desse quadro, entendemos que o
computador passou a ser mais uma ferramenta que auxilia
o professor no processo de ensino aprendizagem.
De forma que aulas repetitivas, burocráticas,
maçantes, darão espaço em aulas de multimídia,
interativas, em hipertextos fascinantes, em telas coloridas e
interfaces amigáveis para a construção do saber.
Com relação ao uso do computador e a prática
docente, os professores pesquisados acreditam que essa
ferramenta modifica e acrescenta o processo de ensino
aprendizagem.
Ao acrescentar, entendemos que ele já modifica
porque aperfeiçoamos com sua inserção. É uma nova
forma de lidar com o conhecimento. Nossa prática
modifica porque sentimos que não somos mais os únicos
transmissores de conhecimento; porém, é por meio de
nossos objetivos e práticas, que intervimos no processo
ensino-aprendizagem e cumprimos o nosso papel de
mediadores. Sem mediação, a relação professor, aluno e
máquina se perdem. Sem o professor, a aprendizagem
baseada em troca e negociação de sentido deterioriza-se e
morre.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio da teoria e do cruzamento dos dados,
podemos afirmar que a diversidade de ferramentas
tecnológica exerce um papel importante na promoção da
aprendizagem e que pode ser inserida em qualquer área do
conhecimento, independentemente de ser uma língua
estrangeira.
Foi possível notar que as ferramentas usadas, no
ensino de inglês tanto na escola regular pública como na
privada e no centro de línguas desempenham um papel de
facilitar a aprendizagem do discente e seu uso o leva a
desenvolver tanto habilidades quanto segurança linguística.
É importante ressaltar ainda que necessitamos nos adequar
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às mudanças, ou seja, realizando cursos de formação SANDHOLTZ, J. H.; RINGSTAFF, C.; DWYER, D. C.
continuada para nos aprimorarmos e nos inserir à nova Ensinando com tecnologia: criando salas de aula
realidade estudantil de hoje. centradas nos alunos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
Vale a pena ressaltar, a trajetória dessa pesquisa e SEVERINO, A.J. Pesquisa em ciências humanas e
seus objetivos propostos foram alcançados uma vez que sócias. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2006.164 p.
nos deparamos com as mais diversas ferramentas que SILVA, K.A. da. As competências do professor
podem auxiliar no processo de ensino aprendizagem. contemporâneo de Língua Estrangeira (Inglês) para o meio
É notório que, hoje, o profissional da educação virtual. In: ROCHA, C.H; BASSO, E.A. (Orgs). Ensinar e
independente da sua área de atuação precisa ter um perfil aprender língua estrangeira nas diferentes idades:
polivalente, atualizado, produtor de resultados positivos, reflexões para professores e formadores. São Carlos:
capacitado para lidar com as diversidades no âmbito Claraluz, 2008.
educacional, utilizando recursos tecnológicos com o SOTO, Ucy et al. Novas tecnologias em sala de aula: (re)
objetivo de facilitar a transmissão de informação tornando- construindo conceitos e práticas. São Paulo: Claraluz,
a mais significativa. 2009.
Diante do referencial teórico e das respostas obtidas TAJRA, S.F. Informática na educação. 5. ed. São Paulo:
do questionário, a pesquisadora entende que as novas Érica, 2001.
tecnologias bem como as tradicionais podem ser usadas em
todos os níveis educacionais, independentemente do
conteúdo, possibilitando uma aprendizagem bem
significativa quando usados com objetivos estabelecidos e
adequados aos discentes. Os diferentes equipamentos
tecnológicos contribuem positivamente no aprendizado da
Língua Inglesa e não se configuram como passatempo.
Quanto à preparação do professor para utilizar as novas
tecnologias, em questão, o computador, todos procuram
aprender a manusear a máquina para criar um ambiente de
aprendizagem dito moderno, porém, dos três pesquisados,
somente um utiliza o computador e o quadro eletrônico na
maioria de suas aulas com desenvoltura e sem receios, pois
a ferramenta não é um anexo à sala de aula, ela está
inserida no ambiente da classe.
A pesquisadora obteve também vários resultados
positivos uma vez que as ferramentas usadas, no ensino de
inglês tanto na escola regular pública como na privada e no
centro de línguas desempenham um papel de facilitar a
aprendizagem do discente e seu uso o leva a desenvolver
tanto habilidades quanto segurança linguística. É
importante ressaltar ainda que nos enquanto profissionais
da educação, necessitamos estar em constantes mudanças,
ou seja, realizando cursos de formação continuada para nos
aprimorar e nos inserir à nova realidade estudantil de hoje
m relação ao uso do computador no ambiente escolar.

REFERÊNCIAS

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e

sociais. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2001. 164 p.
COX, Kenia Kodel. Informática na educação escolar.
Campinas: Autores Associados, 2003.
OLIVEIRA, R. Informática educativa . Campinas:
Papirus, 1997.
POCHO, Cláudia Lopes; AGUIAR, Márcia, SAMPAIO.
Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na
sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.
RIVERO, C.M.L. A formação de professores na
sociedade do conhecimento. Bauru (SP): Educs, 2004
SAMPAIO, Marisa; LEITE, Lígia. Alfabetização
tecnológica do professor. Petrópolis: Vozes, 1999.

FAZU em Revista, Uberaba, n.9, p. 98-102, 2012