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SL EDUCACIONAL
"A inteligência
é o farol que
nos guia, mas é
a vontade que
nos faz
caminhar."
Érico Veríssimo
Revista SL Educacional
N° 1
Janeiro 2023
Publicação
Mensal (janeiro)
SL Editora
Rua Fabio, 91, casa 13 – Chácara Belenzinho 03378-060
São Paulo – SP – Brasil
www.sleditora.com
Editor Chefe
Neusa Sanches Limonge
Projeto Gráfico e capa
Lucas Sanches Limonge
Diagramação e Revisão
Rafael Sanches Limonge
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CDD 370
CDU 37
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Resumo
Utilizando-se do método materialista histórico-dialético, o texto destaca didaticamente
concepções gerais (ontológicas, epistemológicas e metodológicas) da Pedagogia Histórico-
Crítica para a educação infantil objetivando divulgar e ampliar o acesso a esta teoria
pedagógica de caráter marxista, para que esta seja compreendida e apropriada pelo maior
número possível de profissionais da educação pública. Pois uma vez que esta teoria esteja
imbuída nas concepções desses profissionais, é possível então de forma consciente e
sistematizada, penetrar no interior dos processos pedagógicos, reconstruindo suas
características. Com base na primeira aula do curso de extensão “Pedagogia Histórico-
Crítica e educação infantil: escola, currículo e a formação crítica”, ministrada por Dermeval
Saviani (precursor da Pedagogia Histórico-Crítica) a partir do tema: “A Pedagogia
Histórico-Crítica como uma teoria pedagógica marxista da escola e da Educação Infantil”
este artigo argumenta em defesa da Pedagogia Histórico Crítica e seus pressupostos
também no âmbito da educação infantil, devendo esta teoria ser desenvolvida na educação
escolar, desde a mais tenra idade e ao contrário do que vem sendo proposto pelas
pedagogias neoliberais, direcionando-se sempre para a apropriação, por parte de cada
criança, das objetivações humanas nas suas formas mais desenvolvidas representadas
pelos conceitos científicos respaldados nas elaborações do pensamento filosófico e na
expressão estética das grandes obras de arte. Desde a educação infantil, a diretriz a ser
seguida deve considerar que o trabalho pedagógico escolar incide sobre conhecimento
elaborado e não sobre conhecimento espontâneo; sobre o saber sistematizado e não
sobre o saber fragmentado; sobre conceitos científicos e não sobre noções de senso
comum.
Abstract
Using the historical-dialectical materialist method, the text didactically highlights general
conceptions (ontological, epistemological and methodological) of Historical-Critical
Pedagogy for early childhood education, aiming to disseminate and expand access to this
pedagogical theory of a Marxist character, so that it can be understood and appropriated by
as many public education professionals as possible. Because once this theory is imbued in
the conceptions of these professionals, it is then possible, in a conscious and systematic
way, to penetrate inside the pedagogical processes, reconstructing their characteristics.
Based on the first class of the extension course “Historical-Critical Pedagogy and early
childhood education: school, curriculum and critical training”, taught by Dermeval Saviani
(precursor of Historical-Critical Pedagogy) based on the theme: “Historical-Critical
Pedagogy as a Marxist Pedagogical Theory of School and Early Childhood Education" this
study argues in defense of Historical-Critical Pedagogy and its assumptions also in the
scope of early childhood education, which should be developed in school education, from
an early age and contrary to what comes being proposed by neoliberal pedagogies, always
directed towards the appropriation, by each child, of human objectifications in their most
developed forms represented by scientific concepts supported in the elaborations of
philosophical thought and in the aesthetic expression of great works of art. Since early
childhood education, the guideline to be followed must consider that the school pedagogical
work focuses on elaborate knowledge and not on spontaneous knowledge; about
systematized knowledge and not about fragmented knowledge; about scientific concepts
and not about common sense notions.
Introdução
É uma leitura equivocada aquela que considera que a atividade educativa parte da
prática social no sentido de que os educandos se encontram atuando na prática social e
diante dos problemas enfrentados (entenda-se aqui os problemas em sua acepção própria,
isto é, algo que precisa ser resolvido) eles saem da prática social e iniciam a atividade
educativa para realizar os estudos necessários para compreendê-la após o que, uma vez
tendo uma nova compreensão, voltam à prática social para desenvolvê-la com uma nova
qualidade.
Na verdade, sendo a educação uma modalidade da própria prática social, nunca se
sai dela. Assim, os educandos permanecem na condição de agentes da prática social e,
pela mediação da educação, logram alterar a qualidade de sua prática tornando-a mais
Considerações Finais
Referências
SAVIANI, D. Marxismo e pedagogia. Revista Histedbr On line, v. 11 n. 41e: abr. 2011 (n.
esp.), p. 16-27.
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Juliana Caldeira da Silva é mestranda em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) no grupo de pesquisa História Sociedade e Educação (HISTEDBR).
Formada em pedagogia pela faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-
USP) e atualmente professora efetiva de ensino fundamental I na rede do municipal de
São Paulo. Militante do PCB.