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Universidade de Lisboa
1. INTRODUÇÃO
Ao nível do urbanismo, os centros comerciais se, por um lado, Impactos dos centros
podem ter efeitos nocivos sobre alguns sectores do pequeno comerciais
criar no seio de novas urbanizações focos de centralidade, Criar pólos de vida social
onde à semelhança da praça das vilas e cidades de outros e focos de centralidade
nas novas urbanizações
tempos, a população se pode abastecer, distrair e conviver,
funcionando, nesta perspectiva, também como pólos de vida
social;
desenvolvimento;
analisar o papel dos centros comerciais na organização e vida Papel dos centros
comerciais na vida da
comercial da cidade de Leiria, bem como nas práticas do cidade e nas práticas de
abastecimento e das compras da população; consumo
Todavia, estabelecer uma relação directa entre a difusão dos Os problemas inerentes à
centros comerciais e as mudanças operadas no comércio e nas avaliação dos impactes
Os resultados da
Independentemente do cuidado e rigor que se imprima nos avaliação dos impactos
estudos, a arte da avaliação dos impactos está repleta de devem ser vistos como
meras indicações dos
dificuldades e requer numerosas suposições, cuja validade nem
efeitos prováveis – não
sempre se confirma, sobretudo na dimensão com que foram são mais do que
estimativas
3 C. M. Guy (1998). “Controlling new retail spaces: the impress of planning policies in
western Europe”, Urban Studies, vol. 35, n.º 5-6, pp. 953-979.
13 P. Longley; G. Clarke (Eds.) (1995). GIS for Business and Service Planning,
Cambridge, GeoInformation International.
14 R. Bromley; C. Thomas (1993). “The retail revolution, the careless shopper and dis-
advantage”, Transactions of the Institute of British Geographers, N.º 18, pp. 222-236.
15 T. Westlake (1993). “The disadvantaged consumer: problems and policies”, in R.
Bromley; C. Thomas (Eds.), Retail Change: Contemporary Issues, pp. 172-191.
16 H. Cachinho, T. Barata Salgueiro (1994). “Les transformations du commerce de
détail et ses manifestations dans la vie quotidienne : les specificités du cas
CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS
Cidade média
GESTÃO DO LICENCIAMENTO DE NOVOS
Modelo de organização urbana
PROJECTOS
Qualidade do espaço público
Acessibilidades e facilidades de Número de empreendimentos
circulação Dimensão dos projectos
Opções de política urbanística Mix comercial
Padrões de localização
Inquéritos à população
Inquéritos à população sobre os hábitos de consumo, as
sobre os hábitos de
práticas da compra e do abastecimento e a sua relação com consumo e as práticas
os centros comerciais. Enquanto lugar de compras e de da compra e do
abastecimento
abastecimento, importa consultar os indivíduos-consumidores
sobre as suas práticas de consumo, os lugares que elegem para
se abastecer, como o fazem e que apetência têm pelos
centros comerciais. Da sua maior ou menor adesão a estes
empreendimentos dependerá, naturalmente, os impactos
destes últimos;
Por último, na selecção do(s) empreendimento(s) mais vantajosos Análise multicritério, com
para a cidade recorremos à análise multicritério, por ser aquela que ponderação dos pesos
das variáveis
nos permite lidar com um leque diversificado de variáveis consideradas relevantes
consideradas relevantes na abordagem de problemas desta para a abordagem do
problema
natureza. Os resultados obtidos devem, no entanto, ser lidos com
alguma relatividade, isto é, devem ser vistos não tanto como aquilo
que vai ocorrer com a implantação na cidade de centros
comerciais regionais, mas antes como aquilo que provavelmente
poderia vir a acontecer, caso não sejam tomadas medidas ou
delineadas acções no sentido de contrariar tais tendências. É
precisamente para eliminar, ou pelo menos minimizar, as
externalidades negativas que poderão ser causadas pela
implantação dos novos projectos que se encerra o estudo com um
conjunto de recomendações que podem melhorar o
funcionamento do sistema comercial da cidade e, naturalmente,
contribuir para a sustentabilidade do seu desenvolvimento.