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CAPÍTULO II -
COMO FATOR PRINCIPAL NO PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO URBANA.
Galgado no que foi visto no capítulo anterior, hoje, é possível notar que o ato de
consumo através de comércios ligados ao varejo alimentício se dá, diferente do período pré
globalização, em diferentes escalas e de maneira mais difundida pelo espaço urbano. Será
analisada, neste tópico os diferentes processos de reestruturação urbana e de cidade que o
Brasil enfrentou logo após a Globalização, trazendo à égide da discussão, as cidades médias
como receptora destes processos frente às qualidades que elas dispõe enquanto categoria de
análise. A cidade em questão será Campos dos Goytacazes, uma cidade de porte médio
localizada no Norte Fluminense do Estado do Rio de Janeiro – ERJ.
As cidades médias, enquanto parte do objeto deste estudo, estão intrinsecamente
ligadas às dinâmicas de reproduções espaciais e econômicas que ocorreu e ainda ocorrem no
espaço urbano, sobretudo após a globalização, na qual é compreendida como um processo de
integração de diversos campos como política, cultural e econômica; ligado à compreensão da
etapa atual. Cada divisão territorial do trabalho permite reconhecer um período histórico que
abriga um dado fenômeno urbano (SILVEIRA, p.39), portanto, será trabalhado, nesta
discussão, como tal divisão moldou reestruturou o espaço urbano e de cidade até chegas ás
cidades médias e sua dinâmica interna.
Tais cidades tornaram-se lócus das reproduções capitalistas frente à necessidade de
dinamização de atividades antes centralizadas nas grandes metrópoles do mundo, muito pelas
características que a mesma dispõe, onde, a fim de compreender o que são cidades médias,
Corrêa (2007, p. 29-30) destaca três características que permite entende-las:
2.2 Consumo e comércio: uma análise pela ótica dos supermercados. (produção
do espaço urbano - cachinho, pintaudi, maria barata salgueiro, baudrillard, smalley,)
Portanto, percebe-se que há uma forte tendência de expansão dos capitais das
empresas do ramo de supermercados ao longo do tempo. Com a expansão do consumo nos
últimos anos, as cidades médias tornam-se destinos favoráveis para a instalação de capitais
antes presentes apenas nos espaços metropolitanos. As cidades médias ganham ainda mais
protagonismo a partir da concentração de certas produções e a dispersão da informação, do
crédito e do consumo, conforme destaca Silveira (2017, p. 40). Corrêa (2017, p. 30) pontua
que as cidades médias se diferenciam das demais cidades, porque apresentam aspectos como
uma localização relativa onde exista um grande fluxo de pessoas e mercadorias, uma elite
local que empreenda numa escala local, e, por último, uma interação social que varia de
interações multiescalares a elo de ligação de cidades menores com a metrópole.
Outra característica que pode ser levada em consideração é como as empresas de
menor porte criam estratégias direcionadas à expansão de seu capital ou à sobrevivência
frente ao avanço de outras empresas, em que o fenômeno da união de supermercados
distintos pode ser evidenciada como prática dos capitais de pequeno porte. À proporção que
há a maior atuação de capitais extralocais, muitos pequenos capitais procuram se articular
formando associações no sentido de reduzir custos e melhorar suas margens de atuação.