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Roteiro de
E s tu d o s
Autor: Me. Luis Fernando Moreira da Silva
Revisor: Maria Juliana
Os questionários são mais fáceis de ser conferidos, mas são muito fechados e não têm todas as
matrizes necessárias para avaliar uma organização; além disso, as organizações podem variar
entre si, fazendo com que determinados fatores não sejam operacionais.
A entrevista, embora mais invasiva, traz consigo a possibilidade de o trabalhador se expressar
de forma mais livre, além de coletar reações presentes na fala, na postura, as emoções e uma
série de outras características que não podem ser expressadas pelos questionários.
A observação, por sua vez, é um complemento. Ela não visa produzir julgamentos sobre como
as pessoas estão trabalhando, mas encontrar momentos que estão fazendo bem ou mal às
pessoas nas organizações. Muitas reações e sentimentos só ocorrem no momento do
acontecimento. Isso quer dizer que os gestores e os líderes devem estar atentos.
Há a possibilidade de compor uma estratégia de pesquisa de clima combinando questionário,
entrevista e observação. Essa estratégia pode gerar o maior número de dados, no entanto, é
mais cara e custosa. Cabe à organização decidir por qual caminho deve andar, se deseja algo
mais veloz ou mais completo, mais barato ou de maior valor e, ainda, se deseja uma pesquisa
exploratória ou profunda.
Saber como as pessoas se sentem nas organizações é crucial para que a organização crie
políticas de gestão de pessoas capazes de mantê-las satisfeitas. No caso da Gestão da
Diversidade, isso não é diferente. Saber o que os funcionários pensam e como eles entendem a
importância da diversidade é fundamental.
LIVRO
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31/08/2023, 12:45 Roteiro de Estudos
que merece atenção. Os mais jovens são o grupo que ganha menos e, por isso, se sujeitam a
diversos trabalhos no início de carreira. É a faixa etária que apresenta maior possibilidade de
rotatividade. Já os mais velhos, por terem maior experiência, são aqueles que recebem maiores
salários, e di cilmente conseguem emprego novamente quando são demitidos, isso porque as
organizações têm pouco interesse em pagar um alto salário e porque aparecem limitações
físicas advindas do envelhecimento. Os mais velhos recebem o estigma de “atrasados
tecnologicamente”, trabalhando de forma lenta com computadores e outros aparelhos, o que
pode caracterizar mais preconceitos quanto à sua realidade (ROSA; TEIXEIRA; BARBOSA,
2017).Há ainda as pessoas com de ciência (PcD) que são julgadas como incapazes de exercer
funções remuneradas. São aquelas que apresentam condições físicas e mentais adversas e
que, por isso, precisam de adaptações no ambiente de trabalho. Muitas vezes as empresas
e seus colaboradores não estão aptos a receber pessoas com essas características, dando a
desculpa de que seria demasiadamente caro adaptar a organização para recebê-los.
O corpo é extremamente importante para conseguirmos entender o quanto a diversidade
importa. Muitas vezes, ter marcas (sejam elas quais forem) destoantes do que as empresas
acreditam que é o correto inviabiliza o trabalho. Marcas simples, como as tatuagens e as rugas,
e as de ciências, o tom da pele e o gênero de um corpo podem abrir ou encerrar uma carreira.
LIVRO
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A Diferença Expressa na
Subjetividade: Religião, Política e
Embates Geracionais
Há outras formas de veri carmos a diferença para além do corpo. Trata-se da diferença no
modo como os seres humanos enxergam o mundo. Nesse aspecto, duas vertentes cruzam as
organizações de modo mais efetivo: a política e a religião.
A política tem a ver com o exercício do livre pensar; por isso, os donos das organizações não
podem fazer com que sua vontade política prevaleça sobre os demais. O funcionário deve ser
livre para exercer seu direito à escolha de representantes públicos, bem como emitir sua
opinião sobre fatos que ocorram na sociedade.
Uma outra vertente, a religiosa, provoca diversas polêmicas ainda hoje. Em primeiro lugar,
podemos averiguar que ainda existem resistências e preconceitos contra as religiões não
cristãs, principalmente aquelas de matriz africana. Muitas práticas voltadas à espiritualidade
são negadas ou monopolizadas nos espaços organizacionais, como se todos pertencessem e
concordassem com a religião dominante no país. Além disso, as organizações seguem o
calendário cristão de feriados e datas comemorativas, esquecendo-se de que, para alguns
funcionários, essas datas signi cam pouco ou quase nada (FARIAS; MELO; LIMA, 2017).
Confunde-se a perspectiva espiritual, que é bem-vinda às organizações, com práticas religiosas
sectárias, que muitas vezes excluem membros ou deixam-nos desconfortáveis. A perspectiva
da espiritualidade nas organizações visa deixar o ambiente organizacional mais humano e
convidativo, de modo que os trabalhadores possam exercer momentos de contemplação dos
sentimentos e emoções, compartilhando com os demais trabalhadores momentos de elevação
conjunta (FARIAS; MELO; LIMA, 2017).
Os gestores precisam estar cientes de que as práticas de espiritualidade não devem prescrever
ações que desconsiderem as demais religiões, nem devem ser obrigatórias ou vexatórias (de
qualquer modo).
Outra questão subjetiva encontrada nas organizações diz respeito aos con itos geracionais que
emergem na convivência entre jovens ingressantes no mercado de trabalho e trabalhadores já
experientes.
Segundo Moura e Lopes (2017), uma geração é entendida como o processo histórico que
indivíduos da mesma idade-classe compartilham, de modo que as experiências vividas por cada
geração sejam distintas porque as características econômicas, sociais, políticas, tecnológicas e
culturais são diferentes.
Vivemos em um momento histórico em que a área organizacional tem se voltado cada vez mais
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para o lado “humano” dos funcionários. Diante dessa “era tecnológica” vivida atualmente, em
que as máquinas vêm substituindo cada vez mais a força de trabalho, a humanidade tem se
despertado para uma nova maneira de pensar sobre as relações no trabalho, considerando os
aspectos emocionais das pessoas (o que ainda as diferenciam dos robôs), e não somente os
técnicos.
Por isso, podemos dizer que a formação de equipes diversas também deve levar em
consideração as características inerentes a cada geração e como cada uma entende o trabalho
e sua relação com ele. Isso ajudará a propor políticas de gestão de pessoas para cada um
desses grupos e a pensar em estratégias de integração para que grupos geracionais distintos
respeitem as especi cidades uns dos outros.
Cada grupo geracional tem formas diferentes de lidar com as situações no trabalho; isso é algo
que a princípio não é bom ou ruim, mas é re exo do que essas pessoas viveram e aprenderam
em suas respectivas épocas. Por isso, a convivência entre diversos grupos geracionais pode
trazer uma visão mais criativa para a resolução de situações, visto que, provavelmente, uma
mesma situação possa ser percebida, pensada e trabalhada de formas diferentes (MOURA;
LOPES, 2017).
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