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1) De acordo com os textos estudados, é possível uma organização de trabalho não realizar
Gestão de Pessoas? Justifiquem a resposta com os conceitos estudados.
Não é possível perceber uma organização de trabalho sem realizar a Gestão de Pessoas.
Segundo Chiavenato (2020), uma organização tem duas funções: técnica e social. A primeira,
relacionada à coordenação e execução do trabalho e a segunda discorre sobre os meios dos
relacionamentos das pessoas e ao modo de fazê-las trabalharem juntas. Dessa forma, é possível
entender que, para que uma organização consiga alcançar seus objetivos, missão e eficácia em
seus projetos, é necessário que técnicas sejam realizadas, a fim de obter planejamento,
desenvolvimento e coordenação sobre o negócio. Assim, os processos básicos reconhecidos da
gestão de pessoas, citadas por Chiavenato, como prover, aplicar, manter, desenvolver e
monitorar pessoas, fazem-se presentes e necessários em qualquer organização. Para além disso,
segundo descrição de Zanelli et al (2014), a Gestão de Pessoas envolve as atividades referentes
à administração de pessoal, análise de trabalho, recrutamento e seleção, treinamento,
desenvolvimento, avaliação de desempenho e relações de trabalho. Logo, a Gestão de Pessoas
está presente em todas as fases de desenvolvimento de uma organização, tendo em vista que,
mesmo sem o nome, as atividades realizadas em um campo organizacional dizem respeito a
esse gerir de pessoas em suas variadas formas, mesmo que não aplicadas em todas as
especificidades.
Sim. Houve uma modernização das relações de trabalho e diversas mudanças nas práticas de
gestão, como por exemplo, a implementação de ideologias que façam o trabalhador se perceber
como participante ativo no funcionamento de determinada empresa (foco na produtividade,
remuneração, identificação entre trabalhador-empresa, transformar o olhar do trabalhador para
a organização como uma equipe da qual ele faz parte). Através dessas estratégias, objetivou-se
a contenção de possíveis reações dos trabalhadores contra a empresa, e assegurar o pleno
funcionamento da mesma. Desse modo, conclui-se que o objetivo das mudanças na abordagem
da subjetividade do trabalhador, apesar de aparentemente terem sido realizadas a fim de garantir
mais direitos e melhores condições de trabalho para os funcionários, na verdade tratam-se de
técnicas modernizadas muito bem elaboradas que possuem o fim útil de assegurar-se da
produtividade dos trabalhadores e, dessa forma, garantir os lucros da empresa.
1° Trabalho e Saúde: na revisão de literatura feita por Campos et al (2011) foi o tema com
maior ênfase de estudos. Pode-se presumir que esta relevância se deu em virtude do aumento
do sofrimento psíquico entre os trabalhadores, bem como para auxiliar em questões de
adoecimento/saúde e qualidade de vida. Diante da preocupação da Psicologia Organizacional e
do trabalho com aspectos relacionados à saúde do trabalhador e a satisfação em relação ao
trabalho, é possível inferir que esta temática corrobora com o resgate da dignidade humana nas
relações trabalhistas e foca na subjetividade dos trabalhadores de diferentes áreas.
É evidente que a instituição X assume uma postura declaradamente antiética nos processos de
recrutamento, e os profissionais da psicologia naquele contexto compactuam com as ações de
exclusão e manutenção de poder. Certamente esses profissionais evitaram conflitos, entretanto
ampliaram os danos criando um consenso no setor, colaborando para a perspectiva de uma
psicologia aliena de controle social. (psicologia industrial)
A Postura da organização entende as pessoas acima de 45 anos como gasto e, com isso, submete
o compromisso social aos interesses do lucro, a posição de poder da instituição ameaça a prática
ética do psicólogo e, em casos extremos, pode levar a renúncia do posto de trabalho ou
substituição do colaborador, já que se trata de um estagiário.
Neste contexto é de suma importância o papel crítico do estagiário para apontar os riscos e fazer
uma leitura dos processos sócio histórico. O psicólogo deve buscar espaço de diálogo que
alargue as possibilidades, representando um agente de mudança, é necessário usar os
conhecimentos técnicos de maneira crítica e atuar através de micropolíticas revertendo a
situação em um contexto mais justo com produtividade e eficiência.
O desenho de cargos vai estabelecer para a organização, uma especificação acerca dos
conteúdos, métodos de trabalho e quais as necessidades para a realização do mesmo, sejam de
tecnologia, de equipamentos e até os requisitos pessoais necessários a quem irá exercer a
função. Com essa descrição feita, é mais fácil para a organização pensar e manejar as
contingências no contexto que envolve o trabalhador e a função. Por exemplo, saber que
habilidades o trabalhador necessita ter, também quais os cuidados devem ser garantidos à ele
naquela função, oferecer a estrutura devidas dentro da organização, etc.
Referências:
OLIVEIRA, Luana Paula de; SILVA, Flavia Helen Moreira da; STICCA, Marina Greghi.
Revisão sistemática da produção acadêmica em Psicologia do Trabalho no Brasil. Rev.
Psicol., Organ. Trab., Brasília , v. 18, n. 2, jun. 2018 .