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GESTÃO DE PESSOAS E
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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Para Zanelli e Bastos (2004) as raízes que fizeram base para a psicologia
com o trabalho, são encontradas no final do século XIX, fora dos Estados Unidos
da América. Em 1889, Patrizi fundou o Laboratório da Psicologia do Trabalho em
Moderna, Itália. Kraeplin, na Alemanha e Mosso, na Itália, nos anos 90,
investigaram aspectos psicofisiológicos ligados à fadiga e a carga de trabalho.
Desta forma, foi durantes as décadas entre as duas Guerras Mundiais que a
Psicologia Organizacional obteve espaço e utilizada de forma sistêmica até os
dias de hoje. E, na medida em que as empresas passam a crescer fisicamente,
com pessoas, recursos e resultados, iniciam também um processo de
entendimento da necessidade de psicólogos organizacionais para atender as
questões e adversidades funcionais, principalmente quando as questões são
voltadas à produtividade.
É possível ainda observar nos estudos e investigações sobre o tema, a
aparição da área de psicologia do trabalho acompanhando as mudanças do
mundo. Mudanças industriais que foram se tornando necessidades relevantes
dentro das pequenas, médias e grandes indústrias, onde o trabalho visava
inicialmente na seleção de funcionários, mas foi se expandindo e ganhando seu
espaço em outros processos.
Desta forma, a Psicologia Organizacional e do Trabalho surge para apoiar as
estruturas das organizações, os processos e o acompanhamento e
desenvolvimento com as pessoas. Três fases ou momentos da história da
Psicologia Organizacional e do Trabalho se ocupou de diferentes aspectos
referentes ao homem e seu ambiente de trabalho.
1. A primeira fase foi entre 1924 a 1970 e era denominada como Psicologia
Industrial, tendo como intuito aumentar a lucratividade e a produtividade,
utilizava de conhecimentos da psicometria.
2. A segunda fase era a Psicologia Organizacional entre 1970 e 1990,
clima organizacional e qualidade de vida no trabalho era o foco do estudo.
Usavam dinâmicas de grupo, desenvolvimento de equipes e estudos
sobre liderança.
3. A terceira fase é de 1990 em diante, compreendida Psicologia
Organizacional e do Trabalho, que se ocupa da saúde e bem-estar do
funcionário, ergonomia, poder e conflito.
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Atualmente, vê-se que a Psicologia Organizacional e do Trabalho vem
ganhando espaços de diversas formas no contexto empresarial. Hoje tem-se
campos e áreas de negócios diversificados e, consequentemente, expansão nas
possibilidades de atuação da POT, como mudanças em instrumentos, métodos e
resultados. A área de gestão de pessoas passa ser essencial nas organizações
e tem como papel fundamental a saúde do trabalhador. Também se destaca a
importância das diversas competências, principalmente as do comportamento
humano num mercado de trabalho que apresenta fenômenos complexos. Tendo
em vista cenário de fases críticas, de crises e com novos desafios, o profissional
de POT terá um trabalho de extrema importância nas pautas estratégicas das
organizações. Ações integradas são bem-vindas, pois embasam contextos e
pessoas como áreas da educação, administração, sociologia e antropologia,
para embasar uma ação integrada. A atuação nas empresas deve ir além do
indivíduo e não se focar na resolução de problemas, mas na gestão preventiva
de riscos psicossociais e emocionais. Para tanto, formações para esses
profissionais da POT é constante e necessita de inovação e criatividade em seus
conteúdos programáticos. Pois algumas formações em psicologia não possuem
foco na POT e ficam em segundo ou terceiro plano.
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o setor responsável pelos processos, desde a entrada até a saída dos
colaboradores nas organizações. Os profissionais que fazem parte desta equipe
atuam com os conhecimentos da psicologia como base e formação, e atuam a
serviço das relações empresa x trabalhador, focando desenvolvimento das
lideranças, promovendo saúde e qualidade de vida no funcionamento dos
processos e seus respectivos resultados.
Alguns especialistas na área entendem que as dores emocionais dos
colaboradores podem ser expressas pelos sentimentos de insatisfação e
ansiedade, decorrentes da falta de propósito no campo do trabalho, do conteúdo
ergonômico e das cargas de trabalho.
Desta maneira, a Psicologia Organizacional contribui para que as
corporações consigam implantar uma gestão estratégia de pessoas, alinhadas
ao planejamento estratégico e visando a promoção do bem-estar e da qualidade
de vida interna de cada integrante do processo. Assim, a medida em que as
empresas passam a gerir melhor seus principais ativos – que são as pessoas –
ela passa a prevenir, se antecipar e a identificar os conflitos e criar formas de
resolvê-los, desenvolvendo instrumentos e formas eficazes para minimizar tais
questões. A utilização da Psicologia Organizacional na área de Recursos
Humanos torna-se, assim, indispensável no processo de formação e
desenvolvimento das empresas. Tendem a lidar com questões como:
• Seleção de pessoal
• Desenvolvimento de líderes e colaboradores
• Motivação profissional
• Formação de equipes
É fundamental que o profissional da área da Psicologia Organizacional
tenha clareza das estratégias e objetivos que deve seguir dentro das
organizações. Pois cada uma tem sua cultura e princípios distintos e formas de
atuação.
Assim, com a clareza de papéis e responsabilidades tende a contribuir
constantemente para o melhor desempenho das atividades relacionadas à área
de Recursos Humanos de uma forma dinâmica, sistêmica, auxiliando a gestão
no sentido de aprimorar e implantar políticas de Recursos Humanos que
estimulem a criatividade e desenvolvimento, visando que a organização seja um
ambiente multiplicador de conhecimento.
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A área da Psicologia Organizacional (PO) ganha espaço nas corporações,
demonstrando diferencial nos resultados estratégicos para um modelo de gestão
que visa o bem-estar do colaborador e entende que este é parte fundamental na
engrenagem da empresa. O Psicólogo Organizacional também pode assumir
papel de líder nas empresas e necessita de constante formação técnica e
comportamental, principalmente em administrar conflitos, desenvolver visão
sistêmica e entender do mundo corporativo, as reais necessidades dos
colaboradores, inserindo nos processos seu conhecimento como diferencial
estratégico, agregando valor às atividades que desempenha, garantindo novas
perspectivas profissionais.
Também as necessidades na gestão das pessoas se apresentam ao
longo da caminhada das organizações, como:
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TEMA 3 – QUAIS SÃO AS ÁREAS QUE O PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL
PODE ATUAR
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escolhidos. Podem acontecer dinâmicas de grupo, entrevistas técnicas,
comportamentais e testes psicológicos.
3. Treinamento, formação e desenvolvimento de pessoal: após a
passagem do período de experiência (em média 90 dias) os
colaboradores caminham para a fase de capacitações que permite
conhecer mais a fundo sobre o funcionamento das áreas organizacionais,
além de treinamentos internos visando aperfeiçoar competências que o
profissional já tinha.
4. Mapeamento de competências organizacionais: no desenvolver das
atividades e entregas, há a necessidade de mapear competências
essenciais para atuação no papel profissional de cada
indivíduo/área/empresa. Assim mapeados, desenvolve-se um mapa de
treinamentos, formações e capacitações que darão suporte a cada
necessidade. As formações são essenciais não apenas para o
aprimoramento profissional, como também para o desenvolvimento
pessoal.
5. Diagnóstico organizacional: este instrumento de gestão de pessoas
compreende as necessidades e possíveis conflitos que possam
influenciar negativamente os resultados nas organizações. Por meio
desse diagnóstico, é possível construir novas possibilidades de
desenvolvimento, elaborar planos de intervenção, avaliar e oferecer
suporte aos grupos de trabalhos nas empresas.
6. Orientação de carreira/profissional: auxilia os profissionais a
compreender seu papel e perfil profissional e possíveis culturas
organizacionais que se identificam. Tende a ter boas reflexões sobre
questões de realização pessoal e um norte para sua carreira a curto,
médio e longo prazo dentro ou fora das empresas. O psicólogo
responsável por este processo auxilia o indivíduo a entender a satisfação
ou o descontentamento com o próprio trabalho, identificar perfis de
liderança, orientar em uma transição de cargos ou até mesmo direcionar
desligamentos de funcionários.
7. Diversidade cultural: auxilia na identificação nas equipes de trabalho,
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criar campanhas para garantir uma convivência saudável e harmoniosa.
Isso pode evitar ou amenizar conflitos dentro de uma equipe.
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Pessoas
Processos
Tecnologias
Resultados
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aprendizagem organizacional havia levado ao desenvolvimento de muitas
posições teóricas e que a aprendizagem havia sido descrita em termos variados.
O autor propôs as diferentes posições reconhecidas na época e eram
sumarizadas em quatro perspectivas:
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Segundo Senge (1990), "as organizações que aprendem são possíveis,
porque no fundo todos somos aprendizes". No estudo, o autor se refere sobre as
cinco disciplinas, sendo que cada uma delas complemento a outra e, todas
trabalham juntas com um só objetivo tornar uma organização que aprende. As
cinco disciplinas ou como chamadas pelo autor de "tecnologias componentes",
são as seguintes:
• Pensamento sistêmico
• Domínio pessoal
• Modelos mentais
• Construção de uma visão compartilhada
• Aprendizagem em equipe
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Malcom Knowles, conhecido como o “Pai da Andragogia”. Por volta de
1945 passou a publicar artigos sobre o tema e na década de 70 virou referência
mundial na educação de adultos.
Ainda há de se considerar o modelo de aprendizagem em adultos 70-20-
10. Tough (1971), no livro “The Adult’s Learning Project” descreve que 70% da
aprendizagem ocorre fora das estruturas institucionais, 20% é suportado por
educadores não profissionais, como supervisores, colegas, parentes e amigos, e
10% é promovido por professores, treinadores e conselheiros. Segundo o autor,
a aprendizagem organizacional é uma junção de conhecimentos formais e
informais, que permitem que as organizações criem seus próprios modelos de
gestão, coerentes com as suas necessidades e pautados no que ela necessita
culturalmente para alcançar os resultados que o mercado onde atua exige.
Conforme mencionado acima, o modelo 70 20 10 se divide em 4 níveis de
aprendizagem. São elas:
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REFERÊNCIAS
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