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PRÁTICAS PROFISSIONAIS DESENVOLVIDAS POR PSICÓLOGOS


ORGANIZACIONAIS E DO TRABALHO: UMA VISÃO DE PROFISSIONAIS QUE
ATUAM NA REGIÃO DA AMUREL DO ESTADO DE SANTA CATARINAI
Francieli Hendler EvaldtII
Maria Loreni RossoIII
Resumo: Este estudo possui o objetivo de identificar as práticas profissionais desenvolvidas
por Psicólogos Organizacionais e do Trabalho. Trata-se de uma pesquisa de campo de nível
exploratório e de abordagem qualitativa, realizada a partir de uma entrevista semiestruturada
com cinco psicólogos que atuam na área organizacional e do trabalho na região da AMUREL
do Estado de Santa Catarina. Foram investigados os seguintes aspectos: compreensão dos
entrevistados sobre o papel do psicólogo organizacional e do trabalho, atribuições
desenvolvidas pelos Psicólogos Organizacionais e do Trabalho, desafios enfrentados por
Psicólogos Organizacionais e do Trabalho no desempenho de suas atividades e o que é
indispensável a um Psicólogo Organizacional e do Trabalho para que tenha um bom
desempenho nas atividades profissionais. A análise dos resultados indica que, para os
entrevistados, o papel do psicólogo é atuar como mediador nas organizações, gestor estratégico
e promotor de saúde e qualidade no trabalho. Entendem como atribuições do profissional o
Recrutamento e Seleção, Inclusão e Treinamento e Desenvolvimento. Sobre os desafios
enfrentados, identificam a falta de reconhecimento profissional, restrição na atuação e a falta
de comunicação. Quanto ao que é indispensável para um bom desempenho nas atividades
profissionais, foram sinalizadas a ética profissional e empatia.

Palavras-chave: Psicólogo Organizacional e do Trabalho. Práticas Profissionais.

1 INTRODUÇÃO

A Psicologia é uma ciência e profissão regulamentada no Brasil no ano de 1962 e,


de acordo com o Conselho Federal de Psicologia (CFP), possui diversas áreas de atuação,
podendo o psicólogo atuar em hospitais, consultórios, escolas, empresas e demais áreas em que
a profissão se faça presente. Dessa forma, uma das áreas de atuação do psicólogo é a Psicologia
Organizacional e do Trabalho (POT).
Conforme Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014), a Psicologia Organizacional e
do trabalho possui como foco compreender as questões ligadas ao comportamento humano e
ao mundo do trabalho, estudando os processos da organização de trabalho e os impactos
psicossociais sobre a qualidade de vida e saúde do trabalhador. Busca-se, assim, compreender

I
Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso na graduação em Psicologia, como requisito parcial
para obtenção do título de Psicólogo (a) pela Universidade do Sul de Santa Catarina, 2021.
II
Acadêmica do curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. E-mail:
francieli.evaldt@hotmail.com
III
Mestre em Psicologia e Professora Titular na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
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como o desempenho do indivíduo pode ser afetado por fatores pessoais, ambientais e pela forma
como o trabalho é organizado.
Segundo Gurka e Nogueira (2016), a função do psicólogo organizacional e do
Trabalho é atuar de forma ética para que haja um ambiente de trabalho saudável, com qualidade
de vida ao colaborador, promovendo, assim, equilíbrio entre aspectos físicos, emocionais e
mentais. Deve-se levar em consideração que existem diversidades de indivíduos, em condições
hierárquicas diferentes, o que exige do profissional um trabalho que objetiva construir uma
organização benéfica entre colaborador e gestão.
Em pesquisa realizada por Guimarães e Sass (2013), com 106 psicólogos atuantes
na área de POT em Belo Horizonte, Contagem e Betim, constatou-se que, dentre as atividades
desempenhadas pelo psicólogo nas organizações, as principais citadas pelos psicólogos, em
percentuais, foram: 76% realizam atividades de recrutamento e seleção e 71% atividades de
qualificação profissional.
Com base nisso, tem-se com problema de pesquisa: quais práticas profissionais são
desenvolvidas por Psicólogos Organizacionais e do trabalho na região da AMUREL do Estado
de Santa Catarina, na perspectiva dos entrevistados?
Com relação ao objetivo geral, busca-se identificar as práticas profissionais
desenvolvidas por Psicólogos Organizacionais e do Trabalho na região da AMUREL do Estado
de Santa Catarina, na perspectiva dos entrevistados. Quanto aos objetivos específicos, pretende-
se identificar a compreensão dos entrevistados sobre o papel do Psicólogo nas Organizações de
Trabalho; descrever as atribuições desenvolvidas pelos Psicólogos Organizacionais e do
Trabalho na perspectiva dos entrevistados; identificar, na visão dos entrevistados, os desafios
enfrentados no desempenho das atividades profissionais de Psicólogos Organizacionais e do
Trabalho.
A presente pesquisa poderá proporcionar maior compreensão, tanto aos psicólogos
que atuam no campo de trabalho, quanto aos que estão ingressando na área organizacional,
sobre qual é o seu papel dentro de uma organização de trabalho. O estudo pode contribuir,
ainda, para os alunos do curso de Psicologia e demais profissionais que estejam interessados
em aprofundar-se no tema.

2 A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO


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Para haver um entendimento sobre qual o significado de Psicologia Organizacional


e do Trabalho e quais as funções desempenhadas pelos profissionais dessa área, precisa-se
compreender a percepção do significado da palavra trabalho.
No dicionário Michaelis (2021), a palavra Trabalho tem o significado de um
conjunto de atividades produtivas ou intelectuais exercidas pelo homem para gerar uma
utilidade e alcançar determinado fim. Para Mansano e Silva (2017), que recorreu à percepção
da Psicologia Social, o sujeito se constrói por meio das suas relações sociais e vai se
apropriando das invenções humanas. Nessas relações está o trabalho, ou seja, o sujeito constitui
sua identidade a partir das socializações. Primeiramente, são as socializações primárias, que são
todo o contato familiar; as socializações que vêm posteriormente são consideradas secundárias,
como exemplos são as escolas, o universo profissional, etc.
Borges e Yamoto (2014), por sua vez, relatam a ambiguidade no significado de
trabalho, visto que muitas pessoas colocam o trabalho como prioridade em suas vidas, isto é,
primeiro vem o trabalho e depois o prazer, passando a impressão de que o prazer está fora do
âmbito profissional. Há, todavia, pessoas que relatam o seu trabalho e atividades desenvolvidas
com bastante entusiasmo. Dessa forma, múltiplos sentidos podem ser atribuídos ao trabalho,
desde a garantia da subsistência do ser humano até o prazer no ambiente laboral.
A partir das considerações de como o sujeito se constitui em suas socializações, a
Psicologia do Trabalho passa a utilizar isso a favor no âmbito profissional. Pietrani e Feijoo
(2020) descrevem que o homem constitui sua subjetividade no processo de desenvolvimento
profissional, sendo ele, assim, um objeto que pode ser modelado. A Psicologia passou a tomar
essa percepção a seu favor no desenvolvimento das tarefas laborais, supostamente controlando
o comportamento desses sujeitos.
Silva e Faria (2018) mencionam que o mercado de trabalho vem sofrendo muitas
transformações e, para que o indivíduo seja reconhecido nesse meio, é necessário que se
mantenha atualizado e acompanhe as mudanças. O autor relata ainda que, gradativamente,
algumas organizações vêm se preocupando com a saúde de seus colaboradores, investindo
gradualmente em programas que promovam a qualidade de vida destes. Na maioria das vezes,
tais programas são realizados pelo departamento de Recursos Humanos da empresa.
Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) relatam que, após a Segunda Guerra
Mundial, o foco da Psicologia Organizacional e do Trabalho passa para o funcionamento
organizacional com ênfase no comportamento gerencial, ou seja, ações voltadas à gestão
organizacional e ao desenvolvimento do indivíduo.
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Conforme Campos et al. (2011), a função do Psicólogo Organizacional e do


Trabalho é operar como facilitador e trabalhar na conscientização do papel dos vários grupos
que compõem a empresa, levando em consideração a subjetividade e saúde dos trabalhadores.
Considera-se, também, a dinâmica da instituição e a inserção desses indivíduos no contexto
organizacional.
Um dos papéis exercidos pelo Psicólogo Organizacional e do Trabalho nas
instituições é a realização de intervenções organizacionais, atuando como mediador de
conflitos. Dessa forma, Souza (2013) relata que, para realizar essa atividade, faz-se necessário
que o Psicólogo aproxime-se da organização e de seus trabalhadores a fim de conhecer os
processos organizacionais formais e informais. Ações desse tipo podem ocorrer com visitas em
todo o ambiente organizacional, entrevistas com pessoas que ocupem papéis estratégicos e uma
análise documental.
A partir dos conceitos acima, evidencia-se que o psicólogo atua de uma forma
ampla nas organizações de trabalho, exercendo atividades voltadas à saúde e ao bem-estar do
colaborador, bem como mediando conflitos e trabalhando como um facilitador entre empregado
e organização.

2.1 ATRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

Apesar de a Psicologia Organizacional e do trabalho ter sofrido alterações com o


passar dos anos e começar a preocupar-se com a gestão de pessoas, saúde e bem-estar dos
colaboradores, verifica-se que o Recrutamento e Seleção ainda está enraizada nas atribuições
do Psicólogo Organizacional e do Trabalho, conforme se pode observar nas discussões abaixo.
Segundo o Conselho Federal de Psicologia, que definiu as atribuições da Psicologia
Organizacional e do Trabalho no ano de 1992, o profissional atua no desenvolvimento
organizacional e pessoal, promove programas na área da saúde e segurança do trabalhador,
trabalha nos conflitos organizacionais, além de atuar no recrutamento, seleção e treinamentos
etc (CFP, 2008).
Campos (2017) apresenta que, dentre as necessidades de uma organização, estão a
prevenção, a promoção à saúde mental dos colaboradores e a gestão de pessoas.
Gusso et al. (2019) referem uma pesquisa sobre a atuação dos Psicólogos no campo
da Psicologia Organizacional e do Trabalho que contou com a participação de 300 psicólogos
que atuam nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nela, constatou-se que
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88,3% são mulheres e que, dentre os campos de atuação desenvolvidos, a Gestão de Pessoas
ganhou maior proporção, ficando a Psicologia Organizacional e do Trabalho em segundo lugar.
Das atividades desenvolvidas pela Gestão de Pessoas, estão Treinamento,
Desenvolvimento e Educação (TD&E) com 55%, e Recrutamento e Seleção (R&S) com 53%.
Das atividades desenvolvidas pelo Campo da Psicologia Organizacional e do trabalho estão
Comportamento Organizacional com 19%, e Consultoria Organizacional com 10%. Essas são
as atividades mais destacadas pelos entrevistados.
A pesquisa realizada por Nobrega e Rodrigues (2019), com psicólogos que atuam
ou que já atuaram na área da Psicologia Organizacional e do Trabalho, relata que 68% atuam
na Psicologia Organizacional, 33% na Psicologia do Trabalho e 100% em Gestão de Pessoas.
As atividades destacadas para a Psicologia Organizacional foram Recrutamento e Seleção,
Treinamento e Desenvolvimento e Saúde do Trabalhador. A pesquisa também identifica
restrições a respeito da atuação da Psicologia Organizacional e do Trabalho como, por exemplo,
a falta de compreensão por parte da empresa sobre o papel do profissional. Outro ponto
importante é que o Psicólogo Organizacional e do Trabalho é visto como um adaptador do
sujeito ao trabalho e que se dedica para servir aos interesses dos empregadores.
Segundo Schimdt, Krawulski e Marcondes (2013), a Psicologia Organizacional e
do Trabalho passou a assumir um modelo estratégico que exerce um papel de mudança e de
transformação no contexto organizacional. Desse modo, participa do planejamento de políticas
e estratégias e passa, também, a oferecer consultorias internas a chefias e diretorias. O autor
salienta que, para que o Psicólogo Organizacional e do Trabalho não seja visto como o
profissional responsável somente pelo recrutamento e seleção, é necessário que conheça as suas
possibilidades de atuação em uma perspectiva mais estratégica.
Camargo, Junior e Leite (2017) descrevem que, dentre muitas das atribuições do
Psicólogo Organizacional, uma delas é a promoção de ações que auxiliem na elaboração de
intervenções diagnósticas e educativas a respeito do acesso e permanência de pessoas com
deficiência nas organizações de trabalho.

2.1.1 DESAFIOS RELACIONADOS À PRÁTICA DO PSICÓLOGO


ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

Por conta das constantes mudanças no mundo Organizacional e do Trabalho, o


Psicólogo precisa adaptar-se e, com isso, aprender a lidar com os desafios diários.
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Conforme Ramos, Costa, Feitosa (2017), devido à rápida mudança nas


organizações e na sociedade, o psicólogo precisa deixar um pouco de lado as atividades
tecnicistas e tradicionais para adotar um novo perfil, cuja preocupação recai sobre atividades
emergentes e necessidades sociais. Desse modo, o profissional exerce a capacidade de gerir
pessoas, gerar transformações, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida dos
colaboradores.
Os Psicólogos Organizacionais e do Trabalho convivem diariamente com desafios
no âmbito laboral, o que pode afetar sua satisfação com o trabalho exercido, podendo agir de
forma negativa ou positiva, dependendo da compreensão de cada profissional a respeito das
dificuldades encontradas. Com base nisso, pode-se citar uma pesquisa realizada com 16
profissionais de 11 organizações privadas de Uberaba – Minas Gerais (MG), a qual destaca
como desafios encontrados por Psicólogos Organizacionais e do Trabalho: atender as demandas
organizacionais, com 22,7% problemas nas equipes de trabalho, 18,3% comunicação, 13,6%
processos de agregar trabalhadores com 13,6% resistência para realizar o trabalho com 13,6%
a falta de autonomia com 9,1 % e o excesso de atividade de trabalho com 9,1%.
Com relação às formas de enfrentamento sobre os fatores que podem construir
obstáculos na satisfação ao trabalho, destacaram-se: resiliência, 19,4% gerir equipe com 19,4%
busca por formas alternativas de solução de problemas com 19,4% recorrer à chefia, com 16%
aceitação das condições da empresa aparece com 9,7% busca por comunicação eficaz com 9,7%
conciliar os interesses entre trabalhadores e a organização com 6,4% (HERNANDES, SOUSA,
2015, p. 366 e 369).
Peixoto, Vasconcelos (2020) acentuam a necessidade de que o Psicólogo
Organizacional e do Trabalho precisa ter uma maior atenção sobre as transformações do mundo
do trabalho e da sociedade. Isso demanda algumas competências necessárias, como exemplos,
a capacidade de lidar com a imprevisibilidade, gerenciamento de crises internas e externas que
possam ameaçar o desempenho dos trabalhadores e das organizações.

3 MÉTODO

Buscando identificar as práticas profissionais dos Psicólogos Organizacionais e do


Trabalho, a pesquisa classificou-se como pesquisa de campo de nível exploratório e de
abordagem qualitativa.
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Conforme Marconi e Lakanos (2021, p. 216), a pesquisa de campo consiste em


conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma
resposta, ou sobre uma hipótese que se queira comprovar, ou, ainda, com o propósito de
descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
Com relação ao nível de pesquisa exploratória, Gil (2002, p. 41) relata ter como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou
constituir hipóteses.
A abordagem qualitativa, para Minayo (2002, p. 21), “[...] trabalha com o universo de
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço
mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à
operacionalização de variáveis”.

3.1 PARTICIPANTES

Participaram desta pesquisa cinco psicólogos da região da AMUREL do Estado de Santa


Catarina que atuam na área Organizacional e do Trabalho. Todos os participantes são do sexo
feminino, profissionais que atuam na área há pelo menos 2 anos, com idade entre 24 e 33 anos.
A amostragem constituiu-se por acessibilidade. Segundo Gil (2002, p. 145), “[...] Uma
amostra intencional, em que os indivíduos são selecionados com base em certas características
tidas como relevante pelos pesquisadores e participantes, mostra-se mais adequada para a
obtenção de dados de natureza qualitativa [...]”.

3.2 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS

Para a coleta de dados, foi aplicada uma entrevista semiestruturada. Essa técnica é
explicada, por Marconi e Lakatos (2021, p. 227), como um modelo em que o entrevistador
segue um roteiro com perguntas previamente estabelecidas e o objetivo é obter diferentes
respostas que devem refletir nas diferenças dos participantes e não nas perguntas. Nessa
perspectiva, o entrevistador não é livre para realizar outras perguntas ou alterar a ordem das
mesmas.
Para a realização da entrevista, a pesquisadora primeiramente fez contato pelo telefone,
por meio do aplicativo WhatsApp, enviando o TCLE (Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido). Após as assinaturas no Google Forms, foram agendados o dia e o horário para a
realização das entrevistas, que ocorreram de forma individual pelo aplicativo de vídeo Zoom,
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tendo um tempo aproximado de 30 minutos de duração. Todos os cuidados com relação à


segurança, ao sigilo e à privacidade dos participantes foram tomados.
O projeto desta pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul, sendo
aprovado segundo o parecer n. 4.950.659.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta de dados e informações necessárias para a realização da pesquisa,


compreensão e análise juntamente com os conceitos abordados sobre Psicologia Organizacional
e do Trabalho, foi possível alcançar os objetivos traçados ao início do estudo. Os dados da
pesquisa foram analisados e discutidos a partir das perguntas realizadas nas entrevistas, tendo
como base os fundamentos da análise de conteúdo.
O quadro 1 refere-se a categorização dos participantes desse estudo. Participaram da
pesquisa 5 Psicólogos que atuam na área Organizacional e do Trabalho. Os nomes dos
participantes foram substituídos pela sigla E, seguido da idade, sexo, escolaridade e tempo de
atuação na área.

Quadro 1 – Categorização dos Participantes da Pesquisa.


Entrevistado Idade Sexo Escolaridade Tempo de
Atuação na área
E1 24 Feminino Ensino Superior 5 anos
E2 33 Feminino Pós-Graduada 12 anos
E3 26 Feminino Pós-Graduada 8 anos
E4 29 Feminino Ensino Superior 7 anos
E5 26 Feminino Ensino Superior 2 anos

A Amostra estudada foi formada por cinco sujeitos, sendo todos do sexo feminino, com
idade entre 24 e 33 anos. Com relação à escolaridade, todos possuem ensino superior em
Psicologia, sendo que apenas dois possuem especialização na área. Quanto ao tempo de atuação
na área, apresentaram-se variações entre dois e doze anos.
Ao verificar qual é o papel do Psicólogo Organizacional e do Trabalho, pode-se
identificar, a partir da compreensão dos entrevistados, que o papel é de Mediador nas
Organizações, ou seja, o profissional atua como um mediador de conflitos, realizando
intervenções organizacionais sempre que necessário.
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Segundo Campos et al (2011), o Psicólogo Organizacional e do Trabalho atua como um


facilitador, levando em consideração a dinâmica da organização, a inserção do indivíduo no
contexto organizacional, subjetividade e saúde dos trabalhadores.
Para Souza (2013), um dos papéis exercidos pelo Psicólogo dentro das organizações de
trabalho é o de realizar intervenções organizacionais, ou seja, atuar como mediador de conflitos.
Para isso, é necessário que o Psicólogo se aproxime mais da organização e de seus
trabalhadores.
A fala dos entrevistados E1 e E3 enfatizam o papel do psicólogo como mediador. E1
destaca: “Na minha opinião o papel do psicólogo nas organizações de trabalho ele serve como
mediador, eu entendo como cliente do Psicólogo, digamos assim na organização é tanto o
colaborador quanto o gestor.” (Sic) (E1)
O entrevistado E3 também compartilha do mesmo pensamento, quando diz: “Então eu
acho que ele tá ali no meio assim, entre a empresa e os colaboradores, pra ajustar e ajudar ambas
as partes, então eu acho que ele pode contribuir na qualidade de vida realmente do colaborador
e da empresa.” (Sic) (E3)
Os entrevistados também identificam, como papel do psicólogo, atuar como
Promotor de Saúde e Qualidade no Trabalho, podendo assim proporcionar o bem-estar dos
colaboradores, através de ações de promoção à saúde psíquica, relações de trabalho e ambiente
e equipe. O entrevistado E1 enfatiza: “O Psicólogo ele tem um diferencial que é entender os
aspectos psicológicos, comportamentais do ser humano, então ele entende o psicossocial desses
profissionais, então o papel do Psicólogo Organizacional, ele atua na prevenção a saúde,
promoção a saúde do colaborador.” (Sic) (E1)
O entrevistado E2 também destaca: “Fazer uma rede de apoio e pensando no bem
estar deles internamente, nas condições de trabalho, questões também de desenvolvimento do
colaborador.” (Sic) (E2)
Conforme Silva e Faria (2018), o Psicólogo Organizacional e do Trabalho possui o
dever e compromisso ético com a saúde dentro das organizações, promovendo atividade que
proporcione o bem-estar dos funcionários, desenvolvendo ações voltadas para as relações de
trabalho, ambiente, equipe e saúde psíquica de todos os envolvidos, evidenciando assim o quão
essencial é o papel do psicólogo como agente promovedor de saúde.
Gurka e Nogueira (2016) destacam que o Psicólogo Organizacional e do trabalho deve
proporcionar ao colaborador uma qualidade de vida adequada, promovendo equilíbrio entre
aspectos físicos, emocionais e mentais, atuando para que haja um ambiente de trabalho
saudável.
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Outro ponto importante identificado pelos entrevistados sobre o papel do Psicólogo


Organizacional e do trabalho é o de atuar como um Gestor Estratégico, em que o mesmo
desempenha papel estratégico, promovendo mudanças e transformações no contexto
organizacional, participando do planejamento de políticas internas e estratégias da organização.
Schimdt, Krawulski e Marcondes (2013) destacam que a Psicologia Organizacional e do
Trabalho passou a assumir um modelo estratégico, em que os profissionais da Psicologia
passaram a exercer um papel de mudança, onde os mesmos participam de políticas internas da
organização, ou seja, participando das decisões estratégicas da organização, participando das
tomadas de decisão, como contratação e demissão, por exemplo.
O entrevistado E4 enfatiza: “O psicólogo precisa colocar em prática o seu conhecimento
de Psicologia e aprender sobre o negócio no qual está inserido, porque assim ele vai conseguir
ter voz junto da gestão estratégica da empresa.” (Sic) (E4)
O entrevistado E5 também destaca: “O Recursos Humanos ele precisa estar atuante na
estratégia da empresa, no nível mais alto, todas as decisões de demissão, admissão, quadro de
funcionários, qualquer ação que for realizada dentro da empresa, desenvolvimento,
enquadramento e remuneração.” (Sic) (E5)
Sobre as atribuições desenvolvidas pelos Psicólogos Organizacionais e do Trabalho, os
entrevistados identificam o Recrutamento e Seleção como uma das atividades realizadas
dentro das organizações, em que o profissional trabalha para recrutar e selecionar novos
membros, identificando o perfil do candidato e avaliando se os mesmos sintonizam seus valores
pessoais com os valores básicos da organização. O entrevistado E1 salienta: “Hoje o Psicólogo
Organizacional ele geralmente tem como foco principal o processo de recrutamento e seleção.”
(Sic) (E1)
O entrevistado E4 ressalta: “Seria o recrutamento e seleção, a compreensão da cultura e
considerando essa cultura também nas contratações, identificando o perfil dos candidatos, fazer
uma análise mais profunda.” (Sic) (E4)
Conforme Borges e Albuquerque (2014), no processo de recrutamento e seleção, deve-
se considerar se os valores dos novos membros sintonizam-se com a cultura organizacional,
levando em consideração a reciprocidade entre os valores pessoais do candidato e da
organização.
Os entrevistados também apontam como uma das principais atribuições do Psicólogo
Organizacional e do Trabalho a Inclusão, com atuação na promoção de ações interventivas e
educativas que promovam a inclusão e diversidade dentro das organizações. Ou seja, trabalhar
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para que todas as pessoas sejam aceitas dentro da organização independente de seu gênero,
crença, etnia, deficiência, raça ou cor.
Camargo, Junior e Leite (2017) destacam que uma das principais atribuições do
Psicólogo Organizacional é a promoção de ações que auxiliem na elaboração de intervenções
diagnósticas e educativas a respeito da inclusão e diversidade nas organizações. Ou seja, o
Psicólogo Organizacional e do Trabalho precisa trabalhar aplicando os princípios de direitos
humanos dentro das empresas, proporcionando a todos a equidade, dignidade e respeito no local
de trabalho.
As falas dos entrevistados E1 e E5 destacam a importância de entender a inclusão como
atribuição do Psicólogo Organizacional. E1 aponta: “Trazer essa questão da diversidade pra
dentro da empresa, da inclusão, ajudar a ter projeto pra estar incluindo esses colaboradores.”
(Sic) (E1). O entrevistado E5 salienta: “É humanizar a organização, tornar um lugar mais
humano, mais próximo, mais caloroso, mais acolhedor e desenvolvedor também.” (Sic) (E5)
Outra atribuição apontada pelos entrevistados é o Treinamento e Desenvolvimento de
pessoas, de modo que a função do profissional é capacitar pessoas com treinamento e
desenvolvimento pessoal e profissional. Segundo o Conselho Federal de Psicologia, o
Psicólogo Organizacional e do Trabalho atua tanto no desenvolvimento organizacional, quanto
no desenvolvimento pessoal, promovendo programas na área da saúde e segurança do
trabalhador, bem como trabalhando nos conflitos organizacionais (CFP. 2008).
Segundo Pietrani e Feijoo (2020), o processo de desenvolver pessoas na organização
passa por uma relação causal entre homem e seu trabalho, visto que o processo se dá por um
diagnóstico e prognóstico. Se as organizações reconhecerem as pessoas como seres humanos e
não apenas como recursos, consequentemente, aumentam o comprometimento e a satisfação
das pessoas com seu trabalho, aumentando assim a sua produtividade. (ZANELLI E SILVA,
2008). Nesse sentido, o entrevistado E1 relata: “Treinamento e Desenvolvimento, não apenas
operacional, mas desenvolver competências né.” (Sic) (E1). O entrevistado E5 também destaca
com sua fala: “Tem as atividades de RH que é recrutamento e seleção, treinamento e
desenvolvimento e acompanhamento das pessoas.” (Sic) (E5)
No que diz respeito aos desafios enfrentados por Psicólogos Organizacionais e do
Trabalho, os entrevistados compreendem a falta de reconhecimento profissional como um
dos principais desafios, ou seja, os mesmos entendem que existe a falta de reconhecimento e
compreensão sobre o papel do profissional da Psicologia dentro do contexto organizacional.
O entrevistado E1 enfatiza: “Outra questão é a cabeça do gestor, ele entender que é
importante um Psicólogo dentro da organização.” (Sic) (E1). O entrevistado E2 salienta que:
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“O desafio cada vez mais é mostrar a importância do teu trabalho enquanto Psicólogo, o que tu
faz de diferente.” (Sic) (E2). O entrevistado E4 destaca também que: “O Psicólogo enfrenta
primeiro a barreira do preconceito, e essa barreira existe por causa de Psicólogos que quiseram
ser apenas Psicólogos, que não quiseram se envolver na parte de negócios da empresa.” (Sic)
(E4)
O Psicólogo Organizacional e do Trabalho enfrenta alguns desafios em sua atuação nas
organizações como, por exemplo, a falta de compreensão por parte das empresas sobre o papel
do profissional, pois é difícil o reconhecimento de seu papel, o profissional ainda é visto como
um adaptador do sujeito e que trabalha para servir aos interesses do empregador. (NOBREGA
E RODRIGUES, 2019).
Outro desafio identificado pelos entrevistados é a restrição na atuação, uma vez que
existe limitação na atuação do profissional da Psicologia Organizacional, atuando em papéis
menos estratégicos, perdendo seu espaço de atuação para profissionais de outras áreas. Isso se
evidencia através das falas dos entrevistados E3 e E5. O entrevistado E3 relata: “Eu acho que
esse desafio que a gente enfrenta assim, de ser bem visto, de ser colocada dentro das decisões
estratégicas e de as pessoas entenderem melhor nosso papel dentro da organização.” (Sic) (E3).
O entrevistado E5 enfatiza que “O desafio enquanto profissional é ter nosso espaço, de não
perder essa área que eu acho que o Psicólogo dentro de um RH é muito diferente de um
Administrador e de qualquer outra pessoa.” (Sic) (E5)
Bastos (1991) destaca que existe uma restrição na atuação do Psicólogo Organizacional,
quando a tomada de decisão estratégica da organização é realizada por outros profissionais,
como Administradores. Nesse contexto, o Psicólogo tem uma posição fragmentada dentro das
organizações.
Para Silva e Faria (2018), existe um conflito entre os profissionais da Psicologia
Organizacional e demais profissionais de outras áreas, como Administradores e Gestores de
Recursos Humanos, pois a Psicologia acaba ocupando papel de consultor, sendo impedido de
qualquer possibilidade de uma ação mais estratégica dentro das organizações.
Outro ponto levantado foi a falta de comunicação nas organizações, pois a falta de
comunicação torna-se um desafio na execução do trabalho do Psicólogo Organizacional, pela
falta de acesso às informações necessárias impedindo o desempenho de suas atividades.
Hernandes e Souza (2015) relatam que um dos desafios enfrentados pelos Psicólogos
Organizacionais é a falta de comunicação entre equipe e gerentes, e isso acaba dificultando o
trabalho do profissional, o que ocasiona ausência de acesso às informações e dificulta a
execução de suas tarefas. Assim, para que o profissional tenha um bom desempenho em suas
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atividades, é essencial que haja apoio e, principalmente, uma comunicação assertiva com os
membros das organizações.
Nesse sentido, o entrevistado E4 destaca que: “Precisa de uma postura empoderada, de
conseguir chegar lá e discordar de um administrador, de um gerente, ele precisa dessa
habilidade de comunicação, dessa assertividade na comunicação.” (Sic) (E4)
No que diz respeito ao que é indispensável para um bom desempenho nas atividades
profissionais do Psicólogo Organizacional e do Trabalho, os entrevistados compreendem a
ética profissional como algo indispensável, pois o Psicólogo deve atuar com ética, mantendo
o sigilo de todas as informações confidenciais adquiridas no exercício de sua profissão. Para
Rothmann e Cooper (2015), o Psicólogo deve manter em segredo todas as informações
confidenciais adquiridas no curso da realização de suas responsabilidades e não deve divulgar
as informações confidenciais, apenas se for requerido por lei.
O entrevistado E2 compartilha desse pensamento quando diz: “Alguém que trabalhe
com ética dentro da organização, alguém que respeite os colaboradores, respeite aquela
instituição também.” (Sic) (E2)
Essa questão é enfatizada também pelo entrevistado E4: “Precisa ter sigilo,
confidencialidade, então mesma postura é esperada na Psicologia Organizacional.” (Sic) (E4)
Outro ponto levantado por um dos entrevistados é a empatia, ou seja, o Psicólogo
Organizacional e do Trabalho precisa ser empático, respeitando a história de todos para que,
assim, tenha um bom relacionamento interpessoal e estabeleça uma relação de confiança no
contexto organizacional. E3 relata através de sua fala: “É se colocar no lugar de todo mundo, é
se colocar no lugar do dono da empresa e se colocar também no lugar do funcionário.” (Sic)
(E3)
Ribeiro et al (2020) relatam que o Psicólogo precisa ser dinâmico, precisa saber lidar e
administrar conflitos, ter iniciativa e ser empático, ter um bom relacionamento interpessoal,
para que assim consiga estabelecer uma relação de confiança com todos. Precisa, também,
respeitar a história de vida de cada pessoa, seja ela qual for, utilizando a empatia e a compaixão.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo procurou identificar quais as atribuições dos psicólogos organizacionais e


do trabalho através da perspectiva dos profissionais da AMUREL do Estado de Santa Catarina.
A partir da análise dos resultados dessa pesquisa, foi possível compreender conforme a
percepção dos entrevistados que o mercado de trabalho está se preocupando mais com a
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qualidade de vida dos colaboradores. Dessa forma, o psicólogo organizacional passou a atuar
na promoção a saúde e bem-estar dos colaboradores; o profissional precisa, ainda, realizar
intervenções organizacionais de modo a atuar como um mediador de conflitos e cuidar tanto
dos interesses da organização como dos colaboradores. Com a constante mudança no mercado
de trabalho, o psicólogo organizacional e do trabalho também precisa assumir um papel mais
estratégico, atuando assim dentro das políticas internas da organização.
Foi possível identificar que, das diversas atribuições realizadas por psicólogos
organizacionais e do trabalho, as que mais tiveram destaque pelos entrevistados foram o
recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento e a atuação na inclusão dos
colaboradores. Apesar da diversa gama de atividades que o profissional pode exercer, o
psicólogo que atua na área Organizacional acaba ficando limitado pelas empresas às atividades
destacadas pelos entrevistados.
Sobre os desafios enfrentados pelos psicólogos organizacionais e do trabalho, os
entrevistados identificam a falta de reconhecimento profissional presente na atuação dos
mesmos e compreensão sobre o papel do profissional da Psicologia dentro do contexto
organizacional. A restrição na atuação foi um ponto levantado pelos entrevistados, uma vez que
há uma limitação na atuação do profissional da Psicologia Organizacional, em que os mesmos
acabam atuando em papéis menos estratégicos, perdendo seu espaço de atuação para
profissionais de outras áreas. Identificaram, também, a falta de comunicação como um forte
desafio na atuação do profissional, que se torna um desafio na execução do trabalho do
Psicólogo Organizacional.
Os resultados dessa pesquisa apontam, ainda, que assim como qualquer outra área de
atuação da Psicologia, o psicólogo organizacional precisa atuar com ética, mantendo em sigilo
as informações confidenciais que possui acesso. O profissional também precisa ter empatia para
entender tanto o posicionamento do colaborador como do empregador, ou seja, precisa escutar
ambos os lados sem realizar julgamentos, respeitando a história de todos.
A pesquisa permite refletir que os profissionais da Psicologia Organizacional e do
Trabalho precisam se posicionar mais e mostrar para as organizações o seu papel de atuação.
Por meio do desempenho de suas atividades e mostrando resultados para as empresas, os
profissionais da Psicologia devem trabalhar para ocupar um espaço estratégico dentro das
organizações, sempre buscando atualizar seus conhecimentos.
Por fim, sugere-se novas pesquisas com o objetivo de identificar as razões pelas quais
os psicólogos organizacionais e do trabalho não recebem o devido reconhecimento dentro das
organizações e o motivo de ocorrer restrição na atuação do profissional.
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ZANELLI, J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. B. Psicologia, Organizações


e Trabalho no Brasil (2a ed.). Porto Alegre: Artmed, 2014.

AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por me conceder saúde física e mental para a
conclusão deste trabalho.
A minha mãe e minha irmã, por estarem ao meu lado, me apoiando mesmo nos
momentos mais difíceis da minha vida.
Ao meu noivo, pela paciência, apoio e incentivo na minha caminhada acadêmica.
Aos Psicólogos entrevistados nessa pesquisa, que proporcionaram o rico conteúdo
desse estudo.
A minha orientadora, por toda a sabedoria e conhecimento a mim repassados.
E a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente para a
execução desse trabalho.

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