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UNIDADE I

Supervisão de
Intervenção Profissional

Profa. Raquel Azevedo


Supervisão de Intervenção Profissional

Objetivo
 Viabilizar o entendimento do estágio obrigatório em Serviço Social, que requer a
compreensão dos elementos que definem o exercício partindo do conhecimento das
normativas legais que o disciplinam até os princípios que devem ser respeitados e
alcançados durante essa atividade prática.
Supervisão de Intervenção Profissional

Assuntos abordados nesta aula

 Prerrogativas legais que disciplinam o estágio;

 Posicionamento da categoria em relação ao estágio curricular obrigatório e não obrigatório


em Serviço Social.
Supervisão de Intervenção Profissional

Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008

 Orienta e disciplina todo o processo de estágio em nosso país.

 Busca aprimorar e detalhar aspectos relacionados ao estágio obrigatório e não obrigatório.

 Lei que se apresenta em 6 capítulos e 22 artigos.


Supervisão de Intervenção Profissional

Capítulo I - da definição, classificação e relações de estágio


 Art. 1. Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. (BRASIL, 2008).
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Classificação de estágio
 Art. 2. O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação
das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto
pedagógico do curso.
 § 1. Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária
é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
 § 2. Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à
carga horária regular e obrigatória. (BRASIL, 2008).
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Relação de estágio
 Art. 3. O estágio (...) não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os
seguintes requisitos:
I. matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior (...);
II. celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio
e a instituição de ensino;
III. compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo
de compromisso.
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Atores envolvidos na prática de estágio


 § 1. O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento
efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e pelo supervisor da parte
concedente (...). (BRASIL, 2008).

 Outro ator importante no processo de estágio, seja ele obrigatório ou não, é o agente de
integração, que seria a pessoa responsável nos locais pelo gerenciamento de estágio
desenvolvido em espaços públicos e nos espaços privados (BRASIL, 2008).
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 Capítulo II - da Atividades IES Concedentes


instituição de ensino.
Celebrar termo de compromisso x x
Avaliar instalações x
 Capítulo III - da Ofertar instalações adequadas x
parte concedente. Indicar professor orientador x
Indicar trabalhador responsável x
Exigir relatórios semestrais x
Oferecer informações semestrais sobre o estágio e
x
manter os arquivos do estágio disponíveis
Fonte: Adaptado de: Santiago (2020).
x
Contratar seguro (estágio x
obrigatório)
Informar a finalização do estágio x
Elaborar plano de atividades do estágio x x
Comunicar sobre o início do período letivo x
Providenciar normas complementares e zelar pelo
x
cumprimento do termo de compromisso
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Celebração de convênios
 Art. 8. É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio
de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas
atividades programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts. 6 a 14
desta Lei.

 Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de


ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso de que
trata o inciso II do caput do art. 3 desta Lei. (BRASIL, 2008).
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Capítulo IV - do estagiário
 A legislação indica inicialmente questões relacionadas à jornada de trabalho, bem como
aponta que a jornada de trabalho a ser cumprida deve ser determinada de acordo com
o que é alinhado entre instituição de ensino, estagiário e concedente.

 “II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes


do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular”.
(BRASIL, 2008).
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Capítulo V - da fiscalização
 Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo
de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da
legislação trabalhista e previdenciária.” (BRASIL, 2008).
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Capítulo VI - das disposições gerais


Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades
concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
I. de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II. de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III. de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;
IV. acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.
(BRASIL, 2008).
Interatividade

A quem compete oferecer informações semestrais sobre o estágio e manter os arquivos do


estágio disponíveis?

a) Instituições de ensino.
b) Alunos/estagiários.
c) Empresas conveniadas.
d) Agentes de integração.
e) Polo de matrícula.
Resposta

A quem compete oferecer informações semestrais sobre o estágio e manter os arquivos do


estágio disponíveis?

a) Instituições de ensino.
b) Alunos/estagiários.
c) Empresas conveniadas.
d) Agentes de integração.
e) Polo de matrícula.
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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/96)


 A LDB apresenta, de forma muito resumida, o estágio, isso porque a lei em questão foi
elaborada em 1996 e, posteriormente, as indicações sobre estágio presentes nela foram
substituídas pela Lei de Estágio que estudamos anteriormente.

 No artigo 82, indica-se que os sistemas de ensino devem dispor sobre as normativas
relacionadas à realização do estágio.
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Resoluções do Conselho Nacional de Educação


 As Resoluções n. 492, de 3 de abril de 2001; n. 1.363, de 12 de dezembro de 2001; e n. 15,
de 13 de março de 2002, do Conselho Nacional de Educação, indicam parâmetros que
devem ser usados em relação ao estágio em Serviço Social.

 O estágio em Serviço Social faz parte da grade curricular do curso. Isso nos diz que não é
possível a conclusão do curso sem a realização do estágio.

 O estágio deve ser desenvolvido acompanhando os componentes curriculares do curso


e em período letivo.
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Diretrizes Curriculares da ABEPSS de 1996


 Nos apresentam a nova lógica curricular pautada em núcleos de fundamentação
constitutivos da formação profissional. São eles:

1. Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social;

2. Núcleo de fundamentos da particularidade da formação sócio-histórica da


sociedade brasileira;

3. Núcleo de fundamentos do trabalho profissional.


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 “Estágio Supervisionado: É uma atividade curricular obrigatória que se configura a partir da


inserção do aluno no espaço sócio-institucional objetivando capacitá-lo para o exercício do
trabalho profissional, o que pressupõe supervisão sistemática. Esta supervisão será feita
pelo professor supervisor e pelo profissional do campo, através da reflexão,
acompanhamento e sistematização com base em planos de estágio, elaborados em conjunto
entre Unidade de Ensino e Unidade Campo de Estágio, tendo como referência a Lei 8.662/93
(Lei de Regulamentação da Profissão) e o Código de Ética do Profissional (1993). O Estágio
Supervisionado é concomitante ao período letivo escolar.”
(ABEPSS/CEDEPSS, 1996).
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“g) O estágio supervisionado constitui-se como momento privilegiado de aprendizado teórico-


prático do trabalho profissional tendo como carga horária mínima 15% da carga horária mínima
do curso (2700 horas) (...)” (ABEPSS/CEDEPSS, 1996).

 Nosso curso possui carga horária total de: 3.040 horas.


 Carga horária total de estágio obrigatório de: 450 horas.
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Lei de Regulamentação da Profissão e Código Profissional de Ética do


Assistente Social
 É um dos dispositivos legais mais conhecidos
pelos profissionais da área. Ela é um documento
normativo que impõe um caráter à ação do
assistente social e disciplina aspectos da
intervenção profissional.

Fonte: http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1649
Supervisão de Intervenção Profissional
Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas,
entidades e organizações populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com
participação da sociedade civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na
defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às
matérias relacionadas no inciso II deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais,
no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social;
XI - realizar estudos sócioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto
a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.

(BRASIL, Lei n. 8.662, 1993).


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Art. 5. Constituem atribuições privativas do Assistente Social:
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos
próprios e adquiridos em curso de formação regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais,
ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos
de Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades
representativas da categoria profissional.
(BRASIL, Lei n. 8.662, 1993).
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1. Lei de Regulamentação da Profissão e Código Profissional de Ética do Assistente Social

Lei de Regulamentação da Código Profissional de Ética


Profissão do Assistente Social

- Compactuar com o exercício ilegal da


profissão, inclusive nos casos de estagiários
que exerçam atribuições específicas, em
Supervisão de estagiário em Serviço substituição aos profissionais;
Social como uma atribuição privativa - Permitir ou exercer a supervisão de aluno de
dessa categoria. Serviço Social em Instituições Públicas ou
Privadas que não tenham em seu quadro
assistente social que realize acompanhamento
direto ao aluno estagiário.

Necessidade das unidades de ensino


em credenciar e informar campos de
Informação aos estagiários como
estágio exigência para que os
dever do supervisor.
profissionais estejam habilitados para
o exercício da supervisão.
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Atribuições privativas e competências profissionais

Atribuições privativas: Competências profissionais:


correspondem a ações que correspondem a atos que o
somente o assistente social, assistente social pode
regularmente inscrito no desempenhar, mas que não
CRESS, pode desempenhar. são específicos de sua área
de atuação.
Interatividade

Segundo as Diretrizes Curriculares de 1996, o Estágio Supervisionado integra qual Núcleo de


Fundamentação constitutivo da formação profissional?

a) Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social.


b) Núcleo de fundamentos da particularidade da formação sócio-histórica da
sociedade brasileira.
c) Núcleo de fundamentos do trabalho profissional.
d) Núcleo teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político.
e) Núcleo de sociabilidade humana.
Resposta

Segundo as Diretrizes Curriculares de 1996, o Estágio Supervisionado integra qual Núcleo de


Fundamentação constitutivo da formação profissional?

a) Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social.


b) Núcleo de fundamentos da particularidade da formação sócio-histórica da
sociedade brasileira.
c) Núcleo de fundamentos do trabalho profissional.
d) Núcleo teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político.
e) Núcleo de sociabilidade humana.
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Resolução CFESS n. 533/2008


 A Resolução CFESS n. 533/2008, após muitos aprofundamentos, foi aprovada no 38.
Encontro Nacional de Serviço Social e se consolida hoje como um das principais referências
sobre o estágio em Serviço Social (CFESS, 2008).

 No artigo 1, o documento destaca que compete à instituição de ensino informar ao CRESS


de sua região sobre a inserção dos alunos em campos de estágio. A informação pode
acontecer em até trinta dias após o semestre letivo e ser realizada pelo coordenador de
curso ou coordenador de estágio, a depender da instituição educacional. A instituição precisa
indicar os seguintes dados.
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 Parágrafo único. Para sua realização, a instituição campo de estágio deve assegurar os
seguintes requisitos básicos: espaço físico adequado, sigilo profissional, equipamentos
necessários, disponibilidade do supervisor de campo para acompanhamento presencial da
atividade de aprendizagem, dentre outros requisitos, nos termos da Resolução CFESS n.
493/2006, que dispõe sobre as “condições éticas e técnicas do exercício profissional do
assistente social”.
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 O Art. 2. Preconiza que a supervisão direta de estágio em Serviço Social é uma atividade
privativa do assistente social, o qual deve estar em pleno gozo dos seus direitos
profissionais, devidamente inscrito no CRESS de sua área de ação.

Assistente social da
Supervisor
instituição campo de
de campo
estágio

Assistente social da Supervisor


instituição de ensino Acadêmico

Fonte: Autoria própria.


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 A resolução ainda delimita no Art. 3 - Parágrafo único, que cada profissional poderá orientar
um estagiário a cada dez horas trabalhadas na semana. Dessa forma, “o limite máximo não
deverá exceder 1 (um) estagiário para cada 10 (dez) horas semanais de trabalho” (CFESS,
2008).

O artigo 4 apresenta ainda as competências e as atribuições dos supervisores, assim descritas:


I. ao supervisor de campo, apresentar projeto de trabalho à unidade de ensino, incluindo sua
proposta de supervisão, no momento de abertura do campo de estágio;
II. aos supervisores acadêmico e de campo e pelo estagiário,
construir Plano de Estágio onde constem os papéis,
funções, atribuições e dinâmica processual da supervisão,
no início de cada semestre/ano letivo (CFESS, 2008).
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 Art. 5. A supervisão direta de estágio de Serviço Social deve ser realizada por assistente
social funcionário do quadro de pessoal da instituição em que se ocorre o estágio (...), na
mesma instituição e no mesmo local onde o estagiário executa suas atividades de
aprendizado, assegurando seu acompanhamento sistemático, contínuo e permanente,
de forma a orientá-lo adequadamente.
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 Art. 6. Ao supervisor de campo cabe a inserção, acompanhamento, orientação e avaliação


do estudante no campo de estágio em conformidade com o plano de estágio.

 Art. 7. Ao supervisor acadêmico cumpre o papel de orientar o estagiário e avaliar seu


aprendizado, visando a qualificação do aluno durante o processo de formação e
aprendizagem das dimensões técnico operativas, teórico-metodológicas e ético-políticas
da profissão.
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Em seu Art. 8, a Resolução aponta que a responsabilidade ética e técnica da supervisão


direta é tanto do supervisor de campo, quanto do supervisor acadêmico, cabendo a ambos
o dever de:
I. Avaliar conjuntamente a pertinência de abertura e encerramento do campo de estágio;
II. Acordar conjuntamente o início do estágio, a inserção do estudante no campo de estágio,
bem como o número de estagiários por supervisor de campo, limitado ao número máximo
estabelecido no parágrafo único do artigo 3º;
III. Planejar conjuntamente as atividades inerentes ao estágio, estabelecer o cronograma de
supervisão sistemática e presencial, que deverá constar no plano de estágio;
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IV. Verificar se o estudante estagiário está devidamente matriculado no semestre


correspondente ao estágio curricular obrigatório;
V. Realizar reuniões de orientação, bem como discutir e formular estratégias para resolver
problemas e questões atinentes ao estágio;
VI. Atestar/reconhecer as horas de estágio realizadas pelo estagiário, bem como emitir
avaliação e nota. (CFESS, 2008).
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 O documento também destaca que é uma responsabilidade do supervisor de campo manter


o arquivo do Plano de Estágio no local onde o estágio acontece, fortalecendo também o
entendimento de que a supervisão de campo só pode ser desenvolvida por profissional
que esteja vinculado à instituição. A supervisão não pode ser empreendida por
trabalhadores que exercem atividade voluntária e que não possuem vínculo
empregatício com as instituições.
Interatividade

A quem compete apresentar projeto de trabalho à unidade de ensino, incluindo sua proposta
de supervisão, no momento de abertura do campo de estágio, bem como a inserção,
acompanhamento, orientação e avaliação do estudante no campo de estágio em conformidade
com o plano de estágio?

a) Supervisor acadêmico.
b) Professor orientador.
c) Supervisor de campo.
d) Coordenador de estágio.
e) Aluno/estagiário.
Resposta

A quem compete apresentar projeto de trabalho à unidade de ensino, incluindo sua proposta
de supervisão, no momento de abertura do campo de estágio, bem como a inserção,
acompanhamento, orientação e avaliação do estudante no campo de estágio em conformidade
com o plano de estágio?

a) Supervisor acadêmico.
b) Professor orientador.
c) Supervisor de campo.
d) Coordenador de estágio.
e) Aluno/estagiário.
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Política Nacional de Estágio – ABEPSS de 2009


 A Política Nacional de Estágio da ABEPSS é um documento que apresenta várias indicações
a respeito do estágio curricular em Serviço Social.

 As indicações iniciais partem da apresentação de questões contemporâneas presentes nos


espaços de estágio curricular e nas universidades, além de apresentar discussões sobre a
importância do campo de estágio.
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Os princípios ético-profissionais:
 “a defesa da liberdade, democracia, cidadania, justiça, direitos humanos, combate ao
preconceito se vinculam à construção de uma nova configuração societária que supere
a exploração e as formas de opressão. Não podemos deixar de ressaltar, também, o
compromisso com a qualidade dos serviços prestados, a competência e o pluralismo como
princípios que precisam se objetivar no cotidiano profissional e nas vivências de estágio”
(ABEPSS, 2010, p. 12).
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Os princípios gerais:
Destacam habilidades e competências que o estagiário precisa desenvolver a partir de valores
construídos por meio do seu processo de estágio.
 Indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-
operativa: teoria, ética e intervenção estão interligadas.
 Articulação entre formação e exercício profissional: retomando o entendimento de que
a formação do egresso acontece também pelas experiências na realidade, no exercício
profissional cotidiano.
 Indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica
e de campo: reafirmando os documentos já consolidados
da categoria segundo os quais o estágio em Serviço
Social só pode acontecer se mediado pelas supervisões
acadêmica e de campo.
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 Articulação entre universidade e sociedade: fortalecendo a noção da vinculação entre as


instituições de ensino e a realidade em que as práticas são desenvolvidas. O estágio, aliás,
tem grande parte das atividades desenvolvidas nesse espaço.

 Unidade teoria/prática e interdisciplinaridade: destacando, uma vez mais, a importância


da junção entre teoria e prática e da interdisciplinaridade, tanto no processo de formação
oferecido pelas unidades de ensino quanto nas ações de estágio.

 Articulação entre ensino, pesquisa e extensão: ênfase na necessária vinculação entre o


ensino, a pesquisa como produção de conhecimento e a extensão.
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Concepção de estágio:
 A PNE destaca o estágio curricular em Serviço Social como uma intervenção que deveria:

 “oportunizar ao estudante o estabelecimento de relações mediatas entre os conhecimentos


teórico-metodológicos e o trabalho profissional, a capacitação técnico-operativa e o
desenvolvimento de competências necessárias ao exercício da profissão, bem como o
reconhecimento do compromisso da ação profissional com as classes trabalhadoras, neste
contexto político-econômico-cultural sob hegemonia do capital.” (ABEPSS, 2010, p. 14).
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O estágio curricular obrigatório em Serviço Social deve viabilizar os seguintes elementos:


a) Inserção discente em atividades atinentes ao exercício da profissão.
b) Garantia de supervisão acadêmica e de campo.
c) Exigência de relatórios semestrais.
d) Documento comprobatório da carga horária cumprida no campo de estágio.
e) Pré-requisitos ou correquisitos de disciplinas que abordem conteúdos relacionados à ética
profissional e fundamentos histórico-teórico-metodológicos do serviço social para a
inserção nesta atividade.
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O estágio curricular obrigatório em Serviço Social deve viabilizar os seguintes elementos:


f) O docente responsável pela supervisão destes estágios deverá acompanhar o estagiário
por meio de encontros com os estudantes; avaliação das condições éticas e técnicas do
campo de estágio e da vinculação das atividades discentes previstas no Termo de
Compromisso de Estágio (TCE) ao exercício da profissão serviço social; acompanhamento
do instrumento comprobatório da frequência no campo; orientação e avaliação dos
relatórios elaborados pelo estagiário;
g) Ser necessariamente ofertado como disciplina.
(ABEPSS, 2010, pp. 31-32).
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 A vinculação do estágio a uma disciplina requer que ele seja desenvolvido em níveis
diferenciados, garantindo a indissociabilidade entre teoria e prática. Para cada etapa de
desenvolvimento do aluno, haverá, por conseguinte, atribuições e competências que ele
poderá desenvolver.
Supervisão de Intervenção Profissional

 Em relação ao processo de supervisão, o documento indica que o estágio precisa ocorrer


contando com os seguintes profissionais: supervisor acadêmico e supervisor de campo.
 Supervisor acadêmico: é vinculado à instituição e no caso do curso oferecido à distância, há
um assistente social que exerce essa função no polo de sua matrícula. Isso porque, no
entendimento da IES, a supervisão acadêmica, mesmo no curso à distância, precisa ser
presencial. Cada supervisor acadêmico deve orientar um máximo de 15 alunos.
 Supervisor de campo: o documento destaca a importância do
profissional estar com registro ativo e regular perante o
CRESS e fortalece a necessidade do assistente social realizar
atividade de acompanhamento do estagiário. Ressalta, ainda,
a relevância de que cada profissional supervisione, a cada 10
horas semanais trabalhadas, apenas um aluno. O estágio
pode acontecer em instituição pública ou privada, desde que a
organização apresente condições para a realização das
atividades.
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 O documento ainda indica que o aluno só pode ser inserido no estágio obrigatório a partir
do momento em que é oferecida a disciplina de estágio a ser cursada, uma vez que,
segundo a indicação do Plano Nacional de Estágio da ABEPSS, é necessário que o estágio
seja ofertado como disciplina.

 O aluno precisa elaborar o Termo de Compromisso e o supervisor de campo elabora o


Plano de Atividade em que destaca sua intervenção profissional e as atividades do
estagiário. Após a validação dessa documentação é que o aluno pode, de fato, ingressar
no campo de estágio.

 A partir dessa inserção, os supervisores, de maneira partilhada


com o estagiário, elaboram o Plano de Atividades.
Interatividade

Segundo a Política Nacional de Estágio, um supervisor de campo poderá supervisionar:

a) Um aluno a cada 5 horas.


b) Um aluno a cada 10 horas.
c) Um aluno a cada 15 horas.
d) Um aluno a cada 20 horas.
e) Um aluno a cada 30 horas.
Resposta

Segundo a Política Nacional de Estágio, um supervisor de campo poderá supervisionar:

a) Um aluno a cada 5 horas.


b) Um aluno a cada 10 horas.
c) Um aluno a cada 15 horas.
d) Um aluno a cada 20 horas.
e) Um aluno a cada 30 horas.
Referências

 ABEPSS. Diretrizes gerais para o curso de Serviço Social. Brasília: ABEPSS, 1996.
 ABEPSS. Política Nacional de Estágio. Brasília: ABEPSS, 2010.
 BRASIL. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Brasília, 1993. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm. Acesso em: 4 jul. 2020.
 BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases. Brasília, 1996.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 4 jul. 2020.
 BRASIL. Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008. Brasília, 2008. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm. Acesso em: 4 jul. 2020.
 BRASIL. Lei n. 13.204, de 14 de dezembro de 2015. Brasília,
2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
_ato2015-2018/2015/lei/l13204.htm. Acesso em: 4 jul. 2020.
CFESS. Resolução n. 533, de 29 de setembro de 2008. Brasília.
Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Resolucao533.pdf.
 SANTIAGO, Daniela Emilena. Supervisão de intervenção
profissional. São Paulo: Editora Sol, 2020.
ATÉ A PRÓXIMA!

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