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UEM

PROJETO

Título deste projeto PIC: Avaliação de Metodologias Empregadas no Ensino de Língua


Inglesa nos Anos Iniciais da Escolarização

Equipe: Beatriz e Roberta


Orientador: Josimayre Novelli
Aluno 1: Beatriz Ramos Martinhão
Aluno 2: Roberta de Oliveira Pavão

Resumo: Este trabalho trata sobre a análise das metodologias empregadas nas escolas
brasileiras para o ensino de Língua Inglesa no Ensino Fundamental I. Será realizada uma
pesquisa bibliográfica seguida pela aplicação de questionários a alunos e professores
responsáveis de duas escolas na cidade de Maringá-PR, com o objetivo de analisar e
avaliar as metodologias empregadas na disciplina. Assim, é uma pesquisa de caráter
qualitativo e tipo estudo de caso, com abordagem interpretativa. A fundamentação teórica
baseia-se, principalmente, nos trabalhos de: Avila e Tonelli (2018), Pires (2001) e Santos
(2010). Logo, espera-se ser possível compreender diferenças entre ensino público e
privado quanto à Língua Inglesa, analisar a qualidade da formação dos discentes e propor
uma metodologia satisfatória para o ensino nos anos escolares iniciais.
Palavras-chave: Metodologia. Língua Inglesa. Ensino Fundamental.

Tema: Ensino de Língua Inglesa nos anos iniciais da escolarização

Justificativa
Nos dias de hoje, com a crescente globalização, existe uma grande facilidade no
contato com diferentes culturas e diferentes línguas por meio de vários veículos de
comunicação, o que torna o conhecimento de línguas estrangeiras algo fundamental,
principalmente quando se trata da Língua Inglesa (LI). Com isso, o interesse e a procura
por esse conhecimento tem aumentado, não só no Brasil, mas em todo o mundo, fazendo
com que essa prática se inicie cada vez mais cedo (ROCHA; COSTA; SILVA, 2006).
No Brasil, a obrigatoriedade da oferta de Língua Estrangeira (LE) acontece
somente a partir do sexto ano, sendo facultativa nas etapas anteriores de escolaridade
(BRASIL, 2010) mas ainda assim, segundo Villani (2013) a implementação do ensino de
língua inglesa em séries iniciais do ensino fundamental em escolas públicas e privadas
está em expansão.
Com o aumento da oferta de ensino para o público mais jovem, faz-se necessário o
uso de estratégias para encontrar métodos e abordagens de ensino que sejam adequados
para crianças nessa idade escolar, porém as escolas brasileiras muitas vezes encontram
dificuldades na oferta desta disciplina por conta da escassez de materiais didáticos que
atendam a essa demanda (CANOVA; SANTOS. 2008).
De fato, as crianças aprendem com mais facilidade e se adaptam a novas
tecnologias, ainda assim, é necessário entender como elas aprendem e utilizar de
estratégias adequadas para potencializar a aprendizagem. Zucchi e Santos (2011) afirmam
que saber a Língua Inglesa é necessário para que um indivíduo possa fazer parte de um
futuro no qual todos se comunicam com maior eficiência e rapidez, sendo a língua um dos
veículos mais relevantes na transmissão de cultura e valores, e por isso deve-se iniciar o
ensino da língua estrangeira aos mais jovens, para que possam crescer com o
conhecimento adquirido.

Objetivos
 Geral: Analisar e avaliar as metodologias empregadas no ensino da língua inglesa
para alunos dos anos inicias da escolarização.
 Específicos: Buscar na literatura metodologias sugeridas pelos autores para o
ensino de língua inglesa nos anos iniciais da escolarização; identificar metodologias
escolhidas por professores por meio de entrevistas; identificar facilidade e dificuldades
dos alunos por meio de observações; analisar os resultados.

Metodologia
Esta pesquisa tem caráter qualitativo e tipo estudo de caso, com abordagem
interpretativa. Assim, examina detalhadamente uma situação particular e utiliza-se dos
próprios dados para responder as questões elaboradas (NEVES, 1996). Inicialmente, será
realizada uma pesquisa bibliográfica para o levantamento de dados quanto às
metodologias existentes para o ensino da língua inglesa no ensino fundamental I.
Posteriormente, serão escolhidas duas escolas, sendo uma pública e uma particular,
em que ambas apliquem metodologias do ensino de língua inglesa para discentes do
Ensino Fundamental I. Far-se-á a elaboração de questionários, com base em pesquisas
anteriores levantadas no referencial teórico.
Para os professores, os questionários serão voltados para: qualificação profissional,
metodologia de ensino, dificuldades encontradas, opinião sobre a importância da língua
inglesa em estágios iniciais da escolaridade. Já para os alunos, as perguntas terão foco em:
satisfação com as aulas, opinião sobre atividades, importância do inglês no dia-a-dia.
Após a coleta de dados, será realizada a análise das respostas, de maneira a avaliar
a compatibilidade entre as metodologias empregadas nas instituições de ensino com as
apresentadas na bibliografia. Além disso, serão levantados os pontos principais de
possíveis melhorias.

Referencial teórico
A oferta de uma língua estrangeira no Ensino Fundamental I é justificada pela
globalização, a qual aproxima toda a sociedade principalmente da Língua Inglesa. Desse
modo, a aprendizagem de uma língua estrangeira torna-se um direito da criança (AVILA;
TONELLI, 2018). Ademais, estudos sobre aquisição da linguagem mostram vantagens no
ensino da língua estrangeira para crianças antes dos seis anos de idade, ou seja, uma das
vantagens do ensino da língua na infância é a capacidade aumentada de fluência e
pronúncia de um idioma (PIRES, 2001).
No entanto, um dos empecilhos é a carência de profissionais com formação
específica para essa atuação, devido à precariedade de muitos currículos de cursos de
licenciatura em Letras na área de formação inicial. Assim, faz-se necessário uma
reformulação dos cursos de Licenciatura em Letras, contemplando o trabalho com
crianças no currículo, a fim de formar um profissional capaz de se adequar à dinâmica do
processo de ensino-aprendizagem (AVILA; TONELLI, 2018).
A falta de políticas públicas que instaurem regularidade da inclusão da disciplina
de Língua Inglesa nos anos iniciais faz com que os professores responsáveis pela
disciplina sejam os encarregados pela dinâmica e condução das aulas. Logo, os discentes
desenvolvem suas aulas com os próprios materiais e com os adquiridos pelos gestores das
escolas (SANTOS, 2010).
No Brasil, há uma falta de materiais didáticos voltados ao ensino de línguas
estrangeiras para crianças ainda não-alfabetizadas. Além disso, também não há cursos
preparatórios para os professores responsáveis. Algumas situações podem ser acarretadas
por esse cenário (PIRES, 2001):
 Um professor com formação em língua e sem experiência em educação
infantil pode desenvolver aversão ao idioma em seus alunos;
 Um professor sem formação em língua e com experiência em educação
infantil pode passar conhecimentos equivocados que comprometem o
desenvolvimento dos estudantes.
Cameron (2001) afirma que as aulas de língua estrangeira devem oferecer
estratégias diferentes que envolvam audição, escuta, fala e escrita, e ainda estimulem
emoções por meio de um ambiente de aprendizagem encorajador, sendo que o professor
tem o papel de desenvolver atividades que propiciem essas características. A solução,
portanto, é o discente dominar tanto a educação infantil quanto o idioma (PIRES, 2001).

Resultados esperados
Sendo a escola a maior formadora de conhecimentos com que uma criança tem
contato, a pesquisa realizar-se-á com o intuito de desvendar quais metodologias estão
sendo utilizadas pelos professores de língua inglesa, para crianças que se encontram no
início da carreira escolar. Neste sentido, procurar-se-á descobrir quais mudanças vêm
ocorrendo em busca de aulas mais dinâmicas e se existe um método ideal para ensinar
inglês a este público, o qual despertaria maior interesse nos estudantes e aproximaria a
realidade da LE.
Além disso, espera-se entender as diferenças entre o ensino da língua inglesa em
uma escola particular e uma pública, com o intuito de identificar se existem metodologias
diferenciadas para cada tipo de ambiente e um mesmo método pode ter resultados
diferentes quando inseridos em contextos sociais distintos. Ainda, almeja-se encontrar
metodologias empregadas em um tipo de sala de aula que ainda não foram implementadas
em outra, podendo assim se tornar uma alternativa a ser sugerida para outros educadores.
Outros pontos relevantes para a pesquisa são: entender a quantidade e a qualidade
de materiais didáticos disponíveis para as aulas de língua inglesa para crianças do ensino
fundamental e conhecer a qualificação dos professores para o ensino desses indivíduos.
Por fim, ao analisar as problemáticas encontradas por meio da investigação, tanto
no que diz respeito à formação dos professores, quanto às metodologias empregadas por
estes em salas de aula e a oferta de matérias didáticos adequados, espera-se encontrar
soluções para enfrentar estas situações, com ajuda não somente dos professores
entrevistados, mas também levando em consideração os apontamentos dos alunos.
Desse modo, um resultado satisfatório seria uma proposta de metodologias
adequadas que podem servir de guia para professores inexperientes que irão iniciar no
ensino de inglês para crianças ou para aqueles que desejam encontrar novas abordagens
mais efetivas para empregar em suas classes.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES Assinalar o mês em que a atividade será executada
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
Levantamento bibliográfico x x x
Coleta de fontes x x x x
Análise de fontes x x x x
Escolha das escolas x x
Elaboração de questionários x x
Aplicação de questionários x x x
Redação do trabalho x x x x x x
Redação final x x x

Referências
AVILA, P. A.; TONELLI, J. R. A. A ausência de políticas para o ensino de língua
estrangeira no Ensino Fundamental I: reflexões acerca da obrigatoriedade da oferta nos
currículos das escolas municipais públicas. Revista X, Curitiba, v. 13, n. 2, p. 111-122,
2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara Superior de


Educação. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Brasília, DF, 2010. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2021.

CAMERON, L. Teaching languages to young learners. Cambridge: CUP, 2001.


Disponível em: <http://site.iugaza.edu.ps/akeshta/files/2014/12/Teaching_Languages.pdf>.
Acesso em 17 nov. 2021.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de


Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 2º sem, 1996.
PIRES, Simone Silva. Vantagens e desvantagens do ensino de língua estrangeira na
educação infantil: um estudo de caso. 2001. 131 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2001.

ROCHA, C. H; COSTA, L; SILVA, K. A. Inglês para crianças do Ensino


Fundamental: visões implícitas da avaliação proposta por um livro didático e as
crenças dos professores. Rev. Brasileira de Lingüística Aplicada, v. 6, n. 2, 2006.
Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbla/a/YSqMj7ZF9p8j85JscwZchBt/?format=pdf
&lang=pt>. Acesso em: 17 nov. 2021.

SANTOS, L. I. S. Ensino-aprendizagem de língua inglesa em anos iniciais do ensino


fundamental: do planejamento ao alcance dos abjetivos propostos. Linguagem & Ensino,
Pelotas, v. 13, n. 2, p. 435-465, jul./dez. 2010.

VILLANI, F. L. A implantação do ensino e a aprendizagem de língua inglesa no


currículo regular do ensino fundamental I nas escolas regulares: a necessidade de se
rever o processo formativo dos professores pré e em serviço. Revista eletrônica
RECORTE Mestrado em Letras: Linguagem, Cultura e Discurso / UNINCOR V. 10 - n.o 1
(janeiro-junho - 2013), p. 1-20.

ZUCCHI, M. P; SANTOS, L. I. S. Ensino e aprendizagem da língua inglesa:


metodologias vivenciadas em anos iniciais do ensino fundamental. Revista Eventos
Pedagógicos v.2, n.2, p. 171 – 180, Ago./Dez. 2011.

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