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Manual de Orientações sobre o Estágio Curricular Obrigatório

Da Teoria à Prática

Produzido por: Camily O. Camargo | 21008270-5


Apresentação do Manual:
Tem como objetivo demonstrar os fundamentos éticos e legais do estágio
supervisionado do curso de serviço social de forma didática e prática.

Sumário:
1. Lei do Estágio
2. Estágio Obrigatório e Não Obrigatório
3. As cinco disciplinas de estágio
4. Supervisor Acadêmico, Supervisor de Campo e Estagiário
5. Documentos e suas finalidades
6. Resolução CFESS Nº 533
7. Princípios do Código de Ética do/a Assistente Social
8. Pode ir a campo sem a documentação feita?
9. Considerações Finais
10. Referências
LEI DO ESTÁGIO

11.788/2008: de 25 de setembro de 2008


Define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário formativo do educando e faz parte do projeto pedagógico do curso.

Art. 1o  Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que
visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino
regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos. 
§ 1o  O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo
do educando. 
§ 2o  O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para
o trabalho. 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

• Atividade curricular obrigatória, que se configura a partir • Se configura no curso de Serviço Social como atividade

da inserção do aluno no espaço socioinstitucional, objetivando complementar, de caráter opcional;

capacitá-lo para o exercício profissional;

• Deve ser um componente curricular integralizador do • Deve estar assegurado no projeto pedagógico como atividade

projeto pedagógico do curso, configurando disciplina de curricular optativa, integrante dos componentes complementares da

caráter obrigatório. formação profissional;

• Pressupõe supervisão direta e sistemática; • Se realiza por meio da inserção do estudante no cotidiano do trabalho,
na área do Serviço Social, mediante supervisão direta de assistente social
docente da unidade de formação acadêmica e assistente social do campo
de estágio;
AS CINCO DISCIPLINAS DO ESTÁGIO
AULA TEÓRICA E PRÁTICA E
DISCIPLINAS SUPERVISÃO SUPERVISÃO DE TOTAL
ACADÊMICA CAMPO
Estágio
Supervisionado: 100 HORAS - 100 HORAS
Orientações Didático-
Pedagógicas
Estágio
Supervisionado: 20 HORAS 80 HORAS 100 HORAS
Políticas Públicas
Estágio
Supervisionado: 20 HORAS 80 HORAS 100 HORAS
Observatório Social
Estágio
Supervisionado: 20 HORAS 80 HORAS 100 HORAS
Terceiro Setor e
Conselhos Gestores
Estágio
Supervisionado: 20 HORAS 80 HORAS 100 HORAS
Serviço Social e
Empreendedorismo
TOTAL - - 500 HORAS
OS TRÊS ATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE ESTÁGIO E SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES

SUPERVISOR ACADÊMICO SUPERVISOR DE CAMPO


ESTAGIÁRIO
■ Manter-se atualizado e atualizar as atividades ■ Introduzir o aluno no campo, facilitando-
propostas no Ambiente Virtual de Aprendizado; ■ Observar e zelar pelo cumprimento dos lhe o conhecimento da estrutura
■ Contribuir para o fortalecimento das preceitos éticos legais da profissão e as e funcionamento do mesmo e nos programas
parcerias no relacionamento com as instituições normas da instituição campo de estagio; de Serviço Social.
e profissionais; ■ Cumprir o calendário de cumprimento da ■ Delimitar os horários e as funções do
carga horaria do estagio, quanto as aulas aluno. E importante que ele saiba
■ Credenciar os campos de estágio, os
teóricas, praticas e acompanhamentos com exatamente quando e quais atividades ira
supervisores de campo e encaminhar a
o supervisor acadêmico; desempenhar – Plano de Estagio.
coordenação de estágio para validação e
^■Manter-se atualizado, acompanhando ■ Supervisionar (acompanhar e avaliar) o
encaminhar da IES junto ao Conselho Regional
cotidianamente o mural de avisos, trabalho do aluno no campo de
de Serviço Social – CRESS.
mensagens disponibilizados no AVA; estagio.
■ Manter atualizada a documentação de
■ Participar das seleções e distribuição das ■ Orientar o aluno na construção dos
cadastramento dos alunos estagiários e
vagas em campos de estágio, a ser realizada trabalhos de estagio (Registro Mensal
supervisores;
pelo supervisor acadêmico; de Atividades/Horas e Relatório Final).
■ Disponibilizar aos alunos o mapeamento
^■ Atentar-se para as condições ■Participar das reuniões de supervisão
geral de vagas do semestre,
institucionais de inicio do estagio; oferecidas pela Unicesumar.
para fins de inserção dos alunos nos campos;
QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA INICIAR O ESTÁGIO EM CAMPO E QUAL A FINALIDADE DE CADA UM?
DOCUMENTOS FINALIDADES

Ficha cadastral Solicitar o Convênio e Contrato de Estágio.

Termo convênio e cooperação técnica Firmar parceria e responsabilidades.

Termo de compromisso Formalizar o início do estágio.

Termo de conduta de estágio Certificar que os alunos tem amplo conhecimento sobre o processo de estágio
obrigatório em Serviço Social na Instituição

Plano de estágio Sistematizar o estágio.

Atividades acadêmicas Registrar a carga horária executada e acompanhar o desenvolvimento do


aluno(a).

Avaliações de desempenho - campo / acadêmica Avaliar o aluno no estágio e monitorar a execução do plano de estágio.

Folha de frequência de campo e folha de frequência acadêmica Registrar a carga horária executada e as atividades desenvolvidas.

Atestado de desligamento Firmar o desligamento do aluno e/ou encerramento do estágio.

Credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua jurisdição os campos


Credenciamento do campo de estágio
de estágio de seus alunos e designar os assistentes sociais responsáveis por
sua supervisão.

Declaração do CRESS Viabilizar documentação necessária para registro profissional.


RESOLUÇÃO CFESS Nº 533
29 de Setembro de 2008

o CFESS aprovou a resolução n. 533, de 29/09/2008, que regulamenta a supervisão direta de estágio supervisionado no Serviço Social.

art. 2º da Resolução CFESS 533/2008:


A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do assistente social, em pleno gozo dos seus
direitos profissionais, devidamente inscrito no CRESS de sua área de ação, sendo denominado supervisor de campo o
assistente social da instituição campo de estágio e supervisor acadêmico o assistente social professor da instituição de
ensino.

Sua elaboração foi considerando aspectos:


Estar em coerência com os princípios do Código de Ética dos Assistentes Sociais, com as bases legais da Lei de Regulamentação da
Profissão e com as exigências teórico-metodológicas das Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social aprovadas pela ABEPSS,
e o que está na Resolução CNE/CES 15/2002 e na lei 11.788, de 25 de setembro de 2008;
Código de Ética: Princípios Fundamentais
■ Reconhecimento da liberdade como valor ético central e ■ Garantia do pluralismo, através do respeito às
das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, correntes profissionais democráticas existentes e
emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; suas expressões teóricas, e compromisso com o DESTAQUE AO PRINCÍPIO
constante aprimoramento intelectual; VII:
■ Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do
O pluralismo na profissão é de exímia
arbítrio e do autoritarismo; ■ Opção por um projeto profissional vinculado ao importância, pois trabalhamos com
processo de construção de uma nova ordem
■ Ampliação e consolidação da cidadania, considerada societária, sem dominação, exploração de classe, diversas profissões e com a realidade que
tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia etnia e gênero; constantemente se encontra em
dos direitos civis sociais e políticos das classes
movimento, é necessário o
trabalhadoras; ■ Articulação com os movimentos de outras
aprimoramento intelectual, buscar de
categorias profissionais que partilhem dos
■ Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto princípios deste Código e com a luta geral dos/as fontes variadas para que nossas ações
socialização da participação política e da riqueza trabalhadores/as; sejam efetivadas com inovação,
socialmente produzida;
criatividade e a multidisciplinariedade é
■ Compromisso com a qualidade dos serviços
■ Posicionamento em favor da equidade e justiça social, prestados à população e com o aprimoramento aliada nisso, o aperfeiçoamento
que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços intelectual, na perspectiva da competência constante é o que faz com que não
relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua profissional; fiquemos no agir mecânico e automático,
gestão democrática;
apenas de responder demandas, mas que
■ Exercício do Serviço Social sem ser
■ Empenho na eliminação de todas as formas de discriminado/a, nem discriminar, por questões de sejamos efetivos combinando novas
preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à inserção de classe social, gênero, etnia, religião, formas de conhecimento.
participação de grupos socialmente discriminados e à nacionalidade, orientação sexual, identidade de
discussão das diferenças; Código de Ética Princípios gênero, idade e condição física.
Fundamentais
PODE IR A CAMPO SEM A DOCUMENTAÇÃO FEITA?

De acordo com Manual de Estágio do Curso Serviço Social (2017, p. 49 e 87)

“O aluno de Serviço Social, para iniciar as atividades de Estagio Obrigatório,


devera ter cumprido as seguintes exigências:

• Estar devidamente matriculado na disciplina de Estagio Supervisionado,


conforme a oferta no modulo.
• Providenciar o Termo de Compromisso de Estagio, em três vias, devidamente
assinado pelos respectivos responsáveis: coordenação do curso, supervisor de
campo e aluno.”

“Para fins de acompanhamento e supervisão, o estágio somente inicia após o Não é permitido iniciar o estágio
recebimento da documentação devidamente assinada, que deverá ser entregue sem as documentações finalizadas!

ao supervisor acadêmico e/ou coordenação de estágio.”


CONSIDERAÇÕES FINAIS

As considerações realizadas são de acordo com a minha experiencia até então, há alunos que
obtêm apoio direto do supervisor acadêmico e outros que estão aflitos, pois não possuem nenhum
supervisor, infelizmente eu me encontro na segunda situação. O polo do meu município
claramente não tem nenhum preparo e nenhuma informação de como funciona o estágio do curso
de Serviço Social, isso é frustrante, além de injusto, pessoas tem vantagem sobre outras sendo
que pagam pelo mesmo serviço, minha sugestão é que haja treinamento para os funcionários dos
polos sobre isso, pois cada curso possui sua legislação, algo que poderia ser totalmente evitado, é
um transtorno enorme emocional para os alunos, pois não se formarão se não tiverem estágio,
terão que pagar outra vez a disciplina sendo que não foi por conta de sua parte que o processo foi
mal conduzido, mal orientado; Uma instituição nos dá a promessa de um serviço que entrega
suporte nesse momento que é confuso para o aluno, porém na realidade muitos não estão
recebendo o devido apoio de seus polos por falta de conhecimento de suas competências
relacionada com abertura de campo de estágio.
Em relação aos pontos positivos, destaco as professoras, os materiais, as aulas, são bem
esclarecedoras e trazem uma explicação aprazível sobre o assunto.
REFERÊNCIAS

1
CUNHA, Maria Cristina Araújo de Brito; COSTA, Valeria Cristina da. Manual de Estágio de Serviço Social. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
Reimpresso em 2021. p. 43-87.

2
RIO DE JANEIRO. Conselho Regional de Serviço Social. O que você precisa saber sobre estágio em Serviço Social? Orientações éticas e legais.
p.13. 2012. Disponível em: https://www.cressrj.org.br/wp-content/uploads/2020/05/cartilhas-o-que-voce-precisa-saber-sobre-estagio-em-servico-
social-orientacoes-eticas-e-legais.pdf. Acesso em: 14 de março de 2023.

3
BRASIL, Lei n. 11.788, de 25 de Setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio dos estudantes. Brasília, DF: Casa Civil, 2008.

4
Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - PNE/ABEPSS. p. 4. Disponível em:
https://cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf. Acesso em: 10 de março de 2023.

5
RESOLUÇÃO CFESS Nº 533, de 29 de setembro de 2008. Regulamenta a supervisão direta de estágio no Serviço Social, 2008.

6
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Código de ética Profissional do Assistente Social. Brasília, 1993. p. 23-24. Disponível
em: https://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf. Acesso em: 06 de março de 2023.

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