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DIREITO DO TRABALHO

Relações de Trabalho e Relação de Emprego VI


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RELAÇÕES DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO VI

Como visto anteriormente, no estágio existe uma relação triangular entre a instituição de
ensino, a parte concedente do estágio e o estagiário.
2.2. Parte concedente:

Lei 11.788/08. Art. 9º. As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública
direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados
em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas
as seguintes obrigações:
I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu
cumprimento;
II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendi-
zagem social, profissional e cultural;
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na
área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10
(dez) estagiários simultaneamente;
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatí-
vel com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso;
V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indi-
cação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de ativi-
dades, com vista obrigatória ao estagiário.
Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro
de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela institui-
ção de ensino.

2.3. Instituição de ensino:

Lei 11.788/08. Art. 7º São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus
educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal,
quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condi-
ções de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação
escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e
profissional do educando;
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III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de
relatório das atividades;
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local
em caso de descumprimento de suas normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização
de avaliações escolares ou acadêmicas.
Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a
que se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso
por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.
Art. 8º. É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de
concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades
programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts. 6º a 14 desta Lei.
5m

2.4. Agentes de integração:

Obs.: Os agentes de integração não fazem parte da relação triangular do estágio, formada
por quem assina o termo de compromisso, mas têm um papel muitas vezes impor-
tante quando se trata de estágio.

Lei 11.788/08. Art. 5º. As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu
critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições
acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação
com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação.
§ 1º Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto
do estágio:
I – identificar oportunidades de estágio;
II – ajustar suas condições de realização;
III – fazer o acompanhamento administrativo;
IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;
V – cadastrar os estudantes.

Obs.: O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), por ex., atua como um agente de
integração.

§ 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos servi-
ços referidos nos incisos deste artigo.
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§ 3º Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para


a realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada
curso, assim como estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previ-
são de estágio curricular.

a) O agente de integração assina o termo de compromisso por qualquer das partes?


Não.

Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante
ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino,
vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5º desta Lei como representante
de qualquer das partes.

3. Regras basilares durante o estágio:


a) Duração máxima:

Lei 11.788/08. Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2
(dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
10m

b) Recesso de 30 dias:

Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas
férias escolares.
§ 1º O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa
ou outra forma de contraprestação.
§ 2º Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos
casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.

c) Saúde e segurança no trabalho:

Lei 11.788/08. Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.

d) Jornada:

Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de
ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do
termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar:
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I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação espe-
cial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens
e adultos;
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior,
da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
§ 1º O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão pro-
gramadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que
isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.
§ 2º Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos
períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo
estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.

e) Bolsa e auxílio- transporte:

Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser
acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de
estágio não obrigatório.
15m § 1º A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre
outros, não caracteriza vínculo empregatício.

DIRETO DO CONCURSO

17. (FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/ 2016) Em


relação à figura jurídica do empregado, conforme definição legal,
(...)
d) o estagiário que recebe bolsa de estudos em dinheiro do contratante será conside-
rado empregado.

f) Possibilidade de segurado facultativo no Regime Geral de Previdência:

Lei 11.788/08. Art. 12. (...)


§ 2º Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de
Previdência Social.

4. Descumprimento de requisitos do estágio:

Lei 11.788/08. Art. 3º. (...)


§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no
termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do
estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
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Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de
emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação traba-
lhista e previdenciária.
§ 1º A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará
impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do pro-
cesso administrativo correspondente.
§ 2º A penalidade de que trata o § 1º deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida
a irregularidade.

Observe o julgado a seguir:


RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. CONTRATO DE ESTÁGIO. PERÍODO DE
06/04/2008 A 05/04/2009. DESCARACTERIZAÇÃO. O art. 3º, § 1º, da Lei 11.788/2007, que
regulamente o estágio dos estudantes, estabelece como requisito de validade do contrato de
estágio que haja acompanhamento tanto pela instituição de ensino quanto pelo supervisor da
parte concedente, «comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do
art. 7º desta Lei». O descumprimento de quaisquer desses requisitos descaracteriza o con-
trato de estágio e implica o reconhecimento do vínculo de emprego com a parte concedente
do estágio (art. 3º, § 2º). No caso, o eg. Tribunal Regional entendeu que a «falta de docu-
mento comprovando o acompanhamento do estágio pela instituição de ensino, por si só, não
é capaz de descaracterizar a relação de estágio firmada». Referido fundamento não encontra
amparo no texto expresso da lei. Descaracterizado o contrato de estágio impõe-se o reco-
nhecimento do vínculo de emprego com a reclamada no período. Recurso de revista de que
se conhece e a que se dá provimento. (...) (ARR-338-57.2013.5.04.0009, 6ª Turma, Relatora
Desembargadora Convocada Cilene Ferreira Amaro Santos, DEJT 04/04/2019).

Mais um julgado que merece destaque:


NULIDADE DO CONTRATO DE ESTÁGIO. DESVIRTUAMENTO. O e. TRT, a partir da
valoração da prova documental produzida, concluiu pela nulidade do contrato decorrente do
estágio desvirtuado, por não terem vindo aos autos avaliações semestrais, relatórios semes-
trais das atividades ou acompanhamento e avaliação do estágio, bem como com base na
prova testemunhal, de que houve desvirtuamento do contrato de estágio, que visou masca-
rar verdadeiro vínculo de emprego. Nesse cenário, com base nas premissas registradas no
20m
acórdão recorrido, não há como se chegar a conclusão contrária, pois para tanto seria neces-
sário o revolvimento dos fatos e prova, procedimento vedado nesta esfera extraordinária,
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ante o óbice da Súmula n. 126 do TST. Incólumes os arts. 3º da Lei 11.788/08 e 9º da CLT.
Quanto à divergência jurisprudencial, revela-se inespecífica, na esteira da Súmula 296, I, do
TST. Recurso de revista não conhecido. (...) (RR - 222-45.2013.5.04.0205, Relator Ministro:
Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 29/08/2018, 3ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 31/08/2018)
a) Impossibilidade de reconhecimento de vínculo de emprego com a Administração Pública:
Se for o caso de uma empresa pública, pessoa jurídica de direito privado, que está des-
cumprindo as regras do seu estagiário, embora exista aí um vício, não se pode reconhecer
o vínculo empregatício com essa empresa porque não se pode violar o princípio do con-
curso público.
OJ 366 da SDI-I do TST. ESTAGIÁRIO. DESVIRTUAMENTO DO CONTRATO DE ESTÁ-
GIO. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA. PERÍODO POSTERIOR À CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DE 1988. IMPOSSIBILIDADE (DJ 20, 21 E 23/05/2008) Ainda que desvirtuada a finalidade
do contrato de estágio celebrado na vigência da Constituição Federal de 1988, é inviável o
reconhecimento do vínculo empregatício com ente da Administração Pública direta ou indi-
reta, por força do art. 37, II, da CF/1988, bem como o deferimento de indenização pecuniária,
exceto em relação às parcelas previstas na Súmula n. 363 do TST, se requeridas.
Confira mais um julgado importante:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA
DA LEI N. 13.015/2014. CONTRATO DE ESTÁGIO. DESVIRTUAMENTO. ENTE PÚBLICO.
CONTRATO NULO. EFEITOS. Na hipótese, foi reconhecido o desvirtuamento do contrato
de estágio e a presença dos elementos caracterizadores do vínculo empregatício. Todavia,
o reclamado é ente público, integrante da Administração Indireta estadual. Nesse sentido,
tendo em vista que o reclamante não se submeteu a concurso público, foi reconhecida pelo
Tribunal a quo a nulidade do contrato, limitando os seus efeitos pecuniários aos salários
em sentido estrito e parcelas do FGTS. Assim sendo, o acórdão do Tribunal Regional está
em consonância com o entendimento consolidado na Súmula n. 363 desta Corte. Óbice da
Súmula n. 333 do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. Agravo de instrumento a que se nega pro-
vimento.» (AIRR-1065-55.2013.5.04.0772, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mall-
mann, DEJT 09/10/2020).
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b) Nem toda irregularidade gera desvirtuamento do estágio:


CONTRATO DE ESTÁGIO. INEXISTÊNCIA DE DESVIRTUAMENTO. RECONHECI-
MENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO. IMPOSSIBILIDADE. (...) III - Vê-se, portanto, que
essa relação especial de trabalho visa o aperfeiçoamento e a complementação da formação
acadêmica do estudante, não se tratando, via de regra, de relação de emprego. Entretanto,
caso demonstrado o desvirtuamento da finalidade do instituto, sem qualquer ganho educa-
cional efetivo para o estudante, em evidente fraude aos preceitos trabalhistas, impõe-se o
reconhecimento do vínculo de emprego. IV - No presente caso, a irresignação delineada
pela recorrente no sentido de que havia prestação de horas extraordinárias habituais, não
é suficiente para a descaracterização do contrato de estágio. Isso porque reportando-se ao
acórdão impugnado, constata-se ter o Regional expressamente assinalado que a recorrida
observou os requisitos formais do contrato de estágio, realçando, inclusive, a inexistência de
trabalho extraordinário habitual, e que não obstante a jornada tenha sido extrapolada alguns
dias, outro fora reduzida, tendo em todos os casos sido respeitada a jornada semanal de 30
horas diárias. V - No mais, convém registrar que, à luz do conjunto fático-probatório dos autos,
a recorrente foi contratada como estagiária em 05/06/2014 e dispensada em 30/07/2014, e
que segundo o Colegiado de origem somente «em cinco dias houve labor em jornada supe-
25m
rior à de 6 horas por dia e em outras duas ocasiões o labor se deu em alguns minutos a
mais», não havendo de se falar em violação aos artigos 10 e 15 da Lei n. 11.788/08. (...) (RR
- 1555-57.2014.5.09.0011, Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de
Julgamento: 22/02/2017, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/02/2017)
Portanto, quando se tratar de uma irregularidade menor, que não afeta o núcleo das
regras do estágio, ou um mero descumprimento muito pequeno, não há como afastar o está-
gio e considerar como vínculo empregatício. É tudo uma questão de razoabilidade.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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