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RESUMO: A pesquisa tem por finalidade apresentar uma breve reflexão em torno da
gestão do conhecimento em unidade de informação. Percebe-se que as unidades de
informação, embora estejam, na maioria das vezes, vinculadas a organizações públicas ou
privadas, adentrando-se aos objetivos propostos por suas instituições mantenedoras,
precisam adquirir uma visão específica dos recursos e serviços informacionais por elas
oferecidos. Mesmo estando submetidas a uma organização superior, as unidades de
informação podem ser consideradas como organizações devendo estabelecer uma forma de
gestão que seja apropriada aos seus objetivos fins, relacionados à disseminação da
informação tendo em vista satisfazer as diferentes demandas da sociedade. Para se atingir
esse objetivo final, a gestão deve ser realizada de forma holística, ou seja, todos os
componentes, agentes e/ou recursos que compõem a unidade devem ser geridos
efetivamente considerando-se as diferentes atividades realizadas, desde os serviços
deformação das coleções ao tratamento e dinamização do acervo, assim como os serviços
prestados aos usuários da unidade. Porém, a gestão para ser precisa e íntegra não deve se
limitar apenas ao gerenciamento das atividades técnicas, devendo permear outras questões
de cunho humanístico.
Por conta das mudanças que estão sendo desencadeadas na atualidade, as unidades de
informação devem preocupar-se com a gestão do conhecimento organizacional e com
estratégias focadas em transferir e disseminar os ativos de conhecimento (capital
intelectual) de seus colaboradores. Considerando que Choo (2006, p.27) entende que “a
informação é um componente intrínseco de quase tudo que a organização faz [...]”, as
instituições precisam olhar para a informação como insumo para gerar conhecimento.
Esse panorama está alinhado com a visão de mundo que muitas organizações estão
atuando, que tem o intuito de permitir o acesso ao conhecimento organizacional; nessa
visão, elas investem em processos e técnicas para gestão dos ativos intangíveis e se
apropriando, entre outras coisas, de tecnologias que subsidiam tal gestão. Ao se constatar
que as unidades de informação apresentam características e contextos similares aos de uma
organização, percebe-se a pluralidade de serviços realizados, a diversidade de capital
humano e a multiplicidade de recursos materiais imprescindíveis ao efetivo funcionamento
da unidade informacional.
Além dessa complexidade inerente ao cotidiano dessas unidades, unem-se a essa situação, o
contexto instável, mutante e globalizante da Sociedade da Informação, de modo que a
gestão não deve ser voltada para o interior da unidade, mas deve adquirir, outrossim, uma
abrangência externa (macro). Também devem ser lembradas as novas exigências dos
usuários das unidades de informação, que requerem informações rápidas, seguras e
precisas, com uso acentuado de novas mídias, condição essa que também pressiona as
unidades informacionais a constantes mudanças.
Diante dessas pressões acometidas às unidades de informação, infere-se que o gestor dessas
organizações desempenha uma tarefa árdua, na tentativa de consolidar uma gestão eficiente
voltada ao alcance dos objetivos esperados e à melhoria contínua dos serviços oferecidos.
Assim sendo, este artigo objetiva apresentar a Gestão do Conhecimento desenvolvida em
unidades de informação e o papel que o bibliotecário exerce nesse contexto.
2. METODOLOGIA DA PESQUISA
É a base teórica para o estudo, devendo, por isso, constituir leitura seletiva, analítica e
interpretativa de livros, artigos, reportagens, textos da Internet, filmes, imagens e sons. O
pesquisador deve buscar ideias relevantes ao estudo, com registro fidedigno das fontes.
Essas ideias relevantes devem ser registradas em forma de fichamento, ou seja, mediante
catalogação do conteúdo importante para o trabalho. Deve conter cabeçalho, identificação
do autor, título, editora e ano.
A presente pesquisa ainda pode caracterizar-se como sendo descritiva pois almeja a
descrição das características de um fenômeno e ainda estabelece relação entre as variáveis
estudadas, que no caso se constituem como sendo a aquisição do conhecimento. Pesquisa
descritiva é a metodologia utilizada para estudar e levantar dados em que o foco está na
descrição do elemento analisado. Se foca no “quê”, e não no “porquê”. Isto é, o pesquisador
elabora seu questionário com o objetivo de levantar dados que descrevem a situação ou
elemento analisado, sem ações que possam alterar essa descrição.
3. MARCO TEÓRICO
Gestão do Conhecimento
A Gestão do Conhecimento (GC) é um campo de conhecimento de natureza
multidisciplinar que apoia instituições em diversos segmentos, que busca subsídios para o
processo decisório, sendo recurso fundamental para agregar valor ao negócio, pois habilita
a empresa a repensar suas atividades e, por consequência, inovar.
Como exemplo, pode-se citar Sveiby (2003) que introduziu o termo “ativos intangíveis”,
abordado em sua obra, para explicitar os bens que as organizações possuem e que formam
um patrimônio invisível, sendo que este patrimônio representa um enorme valor de
mercado, pois segundo Alvarenga Neto (2008), ele é fator que permite às organizações
obter destaque no mercado e oferece subsídios ao processo decisório.
Mesmo assim, entende-se que é imprescindível ter uma caracterização clara do conceito de
conhecimento organizacional. Sabe-se que a informação é elemento fundamental para a
construção de significado e criação de conhecimento. Ela é percebida e compreendida pelos
indivíduos que dão significado e geram mudanças na organização, e que acontecem por
meios dos múltiplos canais de comunicação pelos quais os colaboradores partilham
conhecimentos, subsidiando a tomada de decisão para a realização da ação organizacional.
Choo (2006, p.28) declara ainda que:
Pelo fato das unidades de informação possuírem como atividade primordial a disseminação
da informação, infere-se que nesses espaços informacionais a gestão da informação e do
conhecimento encontra ambiente apropriado para se desenvolver. Por conseguinte,
conforme defendido por muitos autores da área, essa nova forma de gestão reflete no
delineamento de novas competências profissionais aos bibliotecários, sobretudo as
gerenciais. (MILANO; DAVOK, 2009).
Duarte, Silva e Costa (2007, p. 105) ao realizarem análises das práticas de gestão do
conhecimento no contexto de empresas, propuseram às bibliotecas as seguintes ações, haja
vista instituir a gestão do conhecimento nos espaços informacionais:
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste estudo teórico, foi possível apresentar algumas considerações sobre a Gestão
do Conhecimento nas organizações, especialmente em unidades de informação. Constatou-
se que a sociedade atual possui a informação como fonte de sustentação, pois é ela que
condiciona a adequação e sobrevivência de indivíduos e instituições em decorrência da
rapidez com que os acontecimentos se multiplicam no cenário contemporâneo. As
organizações voltadas para prestar serviços de informação adquirem grande
reconhecimento, além de inúmeros desafios, pois a oferta de informação por si só não é
suficiente, tendo necessidade de conferir valor ao usuário dessa informação.
5. REFERÊNCIAS
BEM, Roberta de; AMBONI, Narcisa de Fátima. Práticas de gestão do conhecimento: o
caso da biblioteca universitária da UFSC. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa
Catarina, Florianópolis, v.18, n.1, p. 736-751, jan./jun., 2013.
CHOO, Chun Wei. A organização do conhecimento. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2006.
GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1991.