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Estratégias para argumentação através da lógica jurídica

Autor: Marcos Antônio Duarte Silva

Doutorando em Ciências Criminais, Mestre em Filosofia do Direito e do


Estado, Especialista em Filosofia Contemporânea, Especialista em
Direito Penal e Processo Penal, Licenciado em Filosofia, Bacharel em
Direito e Teologia, Professor Universitário.

Resumo: A Estratégia para argumentar está vinculada ao conhecimento de


como se usa o pensamento, transformando-os em raciocínio lógico e os
esquemas propostos como forma de melhorar a escrita, a sustentação oral e
num debate, seja em que qualidade estiver e poder se sair bem; para tanto se
faz necessário observar alguns detalhes sobre a questão da lógica e também da
argumentação, usando estes elementos como ferramentas, para lapidar, a forma
de falar, a maneira de pensar, a construção do que se vai falar (esboço do tema),
acompanhar de forma coerente e coesa a ideia central, sem fugir do tema, saber
usar bem as palavras, de maneira a se tornar um forte aliado, na hora da
exposição e, sem dúvida alguma, conhecer o ambiente, ou seja, as pessoas que
estarão presentes, para se situar no uso do vocabulário, sem exagero, no
raciocínio sopesado, na linguagem requintada, porém, não rebuscada, em assim
fazendo, pode-se chegar a um resultado bem razoável e natural, alcançando o
objetivo de transmitir a ideia de forma cristalina e sem dúvida.
Palavras Chaves: Estratégia. Lógica. Jurídica. Argumentação. Pensamento.

Abstract: The strategy for arguing is linked to the knowledge of how to use
thoughts, transforming them into logical reasoning and the proposed schemes as
a way of improving writing, oral support and in a debate, whatever quality you are
in and how you can perform good; to do so, it is necessary to observe some
details about the issue of logic and also argumentation, using these elements as
tools, to refine the way of speaking, the way of thinking, the construction of what
is going to be said (outline of the topic), follow the central idea in a coherent and
cohesive way, without straying from the theme, know how to use words well, in
order to become a strong ally, at the time of the presentation and, without a doubt,
get to know the environment, that is, the people who will be present, to situate
themselves in the use of vocabulary, without exaggeration, in thoughtful
reasoning, in refined language, however, not elaborate, in doing so, a very
reasonable and natural result can be reached, achieving the objective of
transmitting the idea crystal clear and without a doubt.
Keywords: Strategy. Logic. Legal. Argumentation. Thought.

Sumário: Introdução; 1. Mecanismos de Bloqueios; 1.1 Orgulho; 1.2


Desconfiança; 1.3 Competição; 2. Como tirar proveito dos seus inimigos
(Plutarco); 3. Como vencer um debate sem precisar ter razão (Schopenhauer);
4. A lógica aplicada ao Direito (técnica de persuasão); 4.1 Sofisma e refutação;
4.2 Lógica e linguagem; 4.3 Retórica e dialética; Conclusão.

Introdução

A proposta da argumentação é criar um ambiente favorável, tornar as opiniões


para seu lado, mudar a contrariedade em pontos favoráveis, trazer para seu lado
àqueles que de outra forma jamais aceitariam aquele ponto de vista em síntese
alcançar a outra pessoa através do pensamento propositivo, sem que ela
perceba que se bandeou para sua posição.

Na condição de argumentar é necessário entender que além de buscar a


compreensão possível, se precisa colher, informações que amolde a
argumentação no aspecto de proporcionar, não só a razão de transmitir o que é
correto, contudo, transformar em verdade relativa, ao menos, o que está se
procurando provar.

Relativa, por não se buscar a pretensão de criar uma verdade absoluta, no


aspecto de produzir uma nova lei, como por exemplo Newton, ou Kant.

A questão primal é produzir argumentos que possam convencer por sua


simplicidade, quem estiver desejoso de ouvir, de aprender, de buscar novas
evidências, de reproduzir acusticamente, verdades já produzidas.

Não como uma forma de disputa, porém, com a intenção de contribuir na questão
vida, estudo, filosofia, pensar, enfim, ser útil pelo fato de possibilitar condições
de qualquer mudança possível.

Há mecanismos de bloqueios que precisam ser conhecidos antes de conseguir


tal feito: 1) orgulho; 2) desconfiança; 3) competição. Para entender este universo
é importante se conhecer um pouco mais desse mecanismo.

1. Mecanismos de Bloqueios
Há determinada forma de agir e pensar que pode criar estes chamados
bloqueios, tanto para escutar de forma clara, como para aprender com quem
está fazendo a exposição.
Nesta esteira se faz mister, entender que argumentar é algo que precisa de
preparo, de concentração e acima de tudo, estudar para poder fazê-lo de forma
eficaz.

1.1 Orgulho – quando se fala aqui de orgulho se está tratando de como as


pessoas encaram uma conversa, discussão, no que se refere as suas posições
e como ela quer se ver no mundo. Então quando uma pessoa está conversando,
expondo um assunto, ela na verdade está sem perceber desejando apresentar
que conhece este ou aquele tema.

Exemplo: Duas pessoas conversando sobre as Leis brasileiras, expondo seu


ponto de vista sobre a pena de morte, prisão perpetua ou morte dos bandidos,
com um estudante de Direito. Qual sua reação frente as colocações feitas pela
pessoa? Como tentará dissuadi-la a mudar de opinião, ou trazê-la para seu lado?
A forma errada seria começando dizendo, “olha você está errada!”, ou ainda,
“como você pode falar alguma coisa sem nunca ter frequentado uma Faculdade
de Direito?”. Agindo assim jamais conseguirá trazer a pessoa para seu lado,
repense esta forma de agir e crie uma estratégia respeitando que a pessoa só
irá para seu lado se achar que ela na verdade está sugerindo isso. Há um livro
muito bom que atravessou décadas e tem servido como um manual para
vendedores e debatedores o livro chama-se “Como Fazer Amigos e Influenciar
as Pessoas”, em seu conteúdo Dale Carnegie, reproduz com maestria como
debelar as barreiras existentes na arte de influenciar as pessoas usando esta
ideia do “orgulho” a favor daquele que deseja trazer a pessoa para seu lado.

1.2 Desconfiança – Lembre-se sempre as pessoas só confiam em sua opinião,


em seu conhecimento se confiar em você. Caso contrário, ela sempre terá a
tendência de desconfiar, de retrucar, de contrariar, de se opor. Nada é mais
sagrado para pessoa do que o famoso “ponto de vista”, por isso, muitos estão
querendo demonstrar conhecimento começam suas frases afirmando “em meu
ponto de vista”. Ora, é perceptível que só se pode ter um ponto de vista quando
se estuda sobre este ou aquele tema, caso contrário só se pode imaginar ser
aquilo uma “verdade”, se repetir o que se ouviu de alguém que
reconhecidamente se respeita, só se reproduz conhecimento quando ele está
pronta. Então uma forma saudável de desbaratar este tipo de situação é trazer
a pessoa para próximo da sua mente. Porém para trazer a pessoa para seu lado
há de se possui muito respeito, prudência e perspicácia. Quando se expõe a
pessoa você o torna um inimigo e quando a pessoa se coloca na posição de
inimigo, mesmo que veja que está certa ela se colocará na posição contrária,
normalmente.

1.3 Competição – De uma forma geral há uma competição em curso quase que
entrementes todos contra todos. Via de regra, há uma disposição de demonstrar
conhecimento quando se está em grupo, fazer prevalecer meu “ponto de vista”,
aquilo que se entende como verdadeiro, como certo, como correto. Então para
efeito de ajudar mudar esta posição desenvolva o seguinte pensamento
filosófico: Não há verdade absoluta, não há uma única forma correta de pensar,
não há um único ponto de vista certo.

Para compreender a argumentação deve-se abandonar o conceito binário


de certo/errado. No Direito concorrem teses diferentes, e não
necessariamente existe uma verdadeira e outra falsa. O que existe é, no
momento da decisão, uma tese mais convincente que as demais.
(RODRÍGUES: 2005, p. 13).

Quando se consegue estar acima destas demonstrações de mediocridade aí sim


se é superior sem precisar a todo tempo provar estar com a razão.

Para efeito de extensão do conhecimento sobre o tema, Chaïm Perelman afirma:

O objetivo de toda argumentação, como dissemos, é provocar ou aumentar a


adesão dos espíritos às teses que se apresentam a seu assentimento: uma
argumentação eficaz é a que consegue aumentar essa intensidade de
adesão, de forma que se desencadeie nos ouvintes a ação pretendida (ação
positiva ou abstenção) ou, pelo menos, crie neles disposição para ação, que
se manifestará no momento oportuno. (PERELMAN: 2005, p. 50).

Persuadir é convencer e isto é argumentação em sua forma mais pura, só se


consegue alcançar as pessoas através da persuasão que concorra com seu
convencimento.

Para satisfazer esta afirmativa Víctor Gabriel assim expõe:

Argumentar é a arte de procurar, em situação comunicativa, os meios de


persuasão disponíveis. A argumentação processa-se por meio do discurso,
ou seja, por palavras que se encadeiam, formando um todo coeso e cheio de
sentido, que produz um efeito racional no ouvinte. Quanto mais coeso e
coerente for o discurso, maior será sua capacidade de adesão à mente do
ouvinte, porquanto este o absorverá com facilidade, deixando transparecer
menores lacunas. (RODRÍGUES: 2005, p. 13).

Assim sendo não é de todo errado pensar que quando se põe em uma situação
de tentar a todo custo convencer o que se consegue é exatamente o contrário,
o ouvinte se colocará em uma posição de retrucar, de se opor, de se indispor
com tudo que se diga.

A sabedoria após o exposto indica que se deve procurar criar técnicas que
possam transformar um oponente em alguém próximo, alguém que aceite, esteja
aberto a ouvir e ao menos considerar os argumentos que se apresentam de
forma satisfatória, ou minimamente aceitável.

Caso contrário o que se verá é um muro impossível de ser vencido a não ser por
argumentos insidiosos (que se verá na proposta dos próximos tópicos).

Vencerá o debate sem, contudo, trazer a pessoa para seu lado, pelo contrário a
afastará ainda mais, daí a importância de se perceber em que ambiente se está
para saber o tratamento a ser dado.

Outrossim, se faz necessário descortinar as características da argumentação:

I) Axiomático – segue um percurso definido por sistemas formais de raciocínio.

Axiomas são verdades inquestionáveis universalmente válidas, muitas vezes


utilizadas como princípios na construção de uma teoria ou como base para uma
argumentação. A palavra axioma deriva da grega axios, cujo significado é digno
ou válido. Em muitos contextos, axioma é sinônimo de postulado, lei ou princípio.
(http://www.significados.com.br/axioma )

II) Raciocínio demonstrativo – formal, em sistema fechado, como aponta Oliver


Reboul, é necessário que coexistam três condições: a) que não haja
ambiguidades na significação dos signos – por isso a matemática utiliza a
linguagem artificial(o número um, o zero, o dois...são meros conceitos; b) o
sistema deve ser coerente – não se pode afirmar dentro dele sua proposição e
negação: assim os sistemas de raciocínio formal progridem de modo único e não
encontram contradições e quebra de coerência; c) o sistema deve ser completo
– vale dizer que para cada proposição formada em um sistema deve-se ter
condições de demonstrar sua verdade e falsidade. Em outras palavras, cada
proposição feita no sistema axiomático deve trazer uma resposta única [...] e não
pode haver proposições, se aceitas pelo sistema que não encontrem resultado
seguro.

Anteriormente foi visto a importância da Premissa Maior, Premissa Menor e


Termo Médio.

São estes elementos aceitáveis no processo argumentativo sem ressalvas


maiores. Neste esquema se pode basear grande parte das construções
acadêmicas e na vida jurídica, uma vez que trabalhos acadêmicos sejam
monografias, dissertações e tese, se valem deste sistema como norma
esquemática para sua composição.

Os processos judiciais também encontram eco nesta linha de raciocínio


largamente difundida e daí se poder afirmar que o domínio desta forma facilita e
muito todos estes processos sociais instituídos.

Da mesma forma se pode afirmar que se abandonar este esquema desconstrói


completamente o raciocínio destruindo a possibilidade de poder o trabalho ou
processo alcançar sucesso em sua empreitada.

Ainda com o fito de explorar um pouco mais e melhor o tema pode se ver uma
curiosidade nesta forma de esquema de raciocínio, nesta frase de apud Umberto
Eco:

O computador não é uma máquina inteligente que ajuda pessoas burras; ao


contrário, é uma máquina burra que só funciona na mão de pessoas
inteligentes. (RODRÍGUES: 2005, p. 78).

Esta frase oferece o esquema até aqui desenvolvido e a aplica de forma


coerente.

Veja que dentro do escopo pretendido se ressalta a inteligência humana frente


o computador e não o contrário.

A pergunta é: as premissas apontadas estão dentro da veracidade necessária?


Podem ser afirmadas e reafirmadas? Há como sustenta-las?
Esta é base de qualquer discussão argumentativa, partir do Universal para o
Específico e depois fazer o oposto, do Específico para o Universal.

Quando se consegue tratar temas, desta forma fica muito mais tranquilo se
verificar a autenticidade dos argumentos oferecidos, porém quando não se
consegue alcançar esta prática a algo errado nesta cadeia esquemática que
precisa ser alterada, mudada, a fim de salvar o texto, o trabalho ou a petição
judicial.

Cumpre observar algumas espécies de argumentos para se poder entender


como estanca-los.

a) Argumento Contrario sensu (contrário senso) - Tem como principal


fundamento o conhecido princípio da legalidade, que em nossa Constituição
encontra-se no inciso II do artigo 5° “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. [...] ele pode ser articulado quando
afirmações em sentido inverso são invocadas em favor da tese que o argumento
precisa comprovar.

Ex: Se a lei não proíbe, logo permite.


b) Argumento ad absurdum (para absurdo) – é aquele que procura
demonstrar a falsidade de uma proposição estendendo-se seu sentido e
aplicando-lhe regras lógicas do Direito, até alcançar um resultado que o
interlocutor entenda como impossível. A impossibilidade do resultado faz com
que o interlocutor rechace sua gênese, o que é o principal objetivo do
discursante.

Ex: Uma pessoa presa por porte ilegal de arma de fogo. A acusação quer que
negue o direito à liberdade provisória. Para refutar, se afirma que há
aproximadamente 1 milhão de armas de fogo em circulação em São Paulo,
assim se pode imaginar que pode ter o mesmo número de pessoas manuseando
armas sem o devido porte, logo se todos estes fossem presos e fossem lhe
negado a liberdade provisória, como poderia manter na prisão todos estes?

c) Argumento a coherentia (a coerência) – O argumento pretende demonstrar


que, na existência de duas normas jurídicas que aparentemente regulam o
mesmo, deve haver um diferencial que faça com que apenas uma delas incida
sobre o caso concreto [...] o argumento tende a demonstrar que a norma jurídica
que incide sobre o caso é aquela mais benéfica à parte cujo interesse se
defende.

Ex. Em 2006 foi promulgada a lei Antidrogas, todos que estavam em julgamento
por crimes previstos na antiga lei (1977), passaram a usufruir da nova lei. O
Direito Penal por tratar da liberdade da pessoa tem esta tendência no tratamento.

d) Argumento a fortiori (com maior razão) – Impõe a distinção das normas


proibitivas e permissivas. [...] Argumentando a fortiori, o discursante impõe uma
analogia com um plus: o de que seu raciocínio tem ainda maior razão para valer
do que aquele que seria fruto da analogia perfeita. Ele divide-se me dois tipos
distintos:

I – Argumento a minori ad maius (o menor para maior) – aplica-se no caso


de prescrições negativas.

Ex: Se uma lei prescreve que não se pode trafegar a noite com os faróis
apagados, a fortiori deve-se entender que é proibido trafegar de noite com o
veículo sem faróis. Se a lei proíbe o menor, evidentemente deve proibir o maior.

II – Argumento a maiori ad minus (o maior para o menor) – o qual é bem


enunciado no brocardo quem pode o mais pode o menos. Se raciocínio é
análogo ao tipo exposto acima, mas com aplicação para normas permissivas em
vez de proibitivas.

Ex: Se uma pessoa pode responder por um crime com abuso de violência pode
responder a processo solto, com mais razão deve livrar-se solto aquele que
cometeu o mesmo delito sem o uso da violência.

O argumento a fortiori é extremamente persuasivo, porque seu arcabouço lógico


é incontestável e cabível em inúmeros casos. [...] Significa, sim, estendê-lo com
maior razão[...].

e) Argumento do córax (nome de um dos criadores da retórica) – Consiste


em dizer se uma coisa é inverossímil por ser verossímil demais, (ou seja, se há
perfeição demais numa prova que indica um culpado, isso pode significar que há
algo de muito errado, assim não há provas perfeitas se o são há algo de
imperfeito nelas).

Ex: Encontra-se um corpo humano num lugar e ao seu lado um R.G de uma
outra pessoa, com isso se chega a pessoa que matou. Fácil demais...

f) Argumento ad hominem (aos homens) – Busca criticar mais determinado


homem do que as ideias que ele profere.

Ex: Debate Presidencial – Você está sendo Leviana. A seguir vários discursos
foram dirigidos apontando que quem proferiu tal frase não sabe tratar bem uma
mulher, depois na sequência postaram fotos de uma ex-namorada que
aparentemente, tinha sofrido agressão da pessoa que proferiu a expressão.
(RODRÍGUES: 2005, págs. 171 a 202).

Como se pode perceber, há variedade de formas de se construir um argumento


e com objetivos diversos quase sempre conscientes do que se pretende
alcançar. Ao se observar e estudar estas modalidades de argumentos pode se
perceber que há conhecimento daqueles que o praticam e sabem qual efeito
podem produzir e buscam atingir esta meta, sem o menor pudor.

Figura entre o que se considera com importante “a boa linguagem sempre é


argumento” (RODRÍGUES: 2005, p. 236).

E por fim, cumpre salientar como importante lembrança:

Seja interessante: não diga tudo o que sabe, mas apenas o que os leitores
querem saber. Pois a argumentação é um constante equilíbrio. (RODRÍGUES:
2005, p. 254).

2. Como tirar proveito dos seus inimigos (Plutarco)

A partir daqui se estudará técnicas avançadas retiradas do grande pensador


Plutarco que tem uma obra exatamente com este título “Como Tirar Proveito dos
seus Inimigos”, o que se dará doravante é o estudo minucioso de sua forma de
tratar a argumentação considerando o oponente como inimigo. É um estilo, que
pode ser usado com redobrada cautela e perícia acentuada para não gerar
infortúnio não desejado.

Logo no prefácio encontramos a seguinte frase lapidar:

[...] o verdadeiro estrategista pode usar, nas circunstâncias menos favoráveis,


recriminações, admoestações ou calúnias de seus inimigos pessoais, para
melhorar e para vencê-los. (PLUTARCO: 2003, XI).

Nesta esteira ainda há um pensamento que se encontra em toda a obra


circundando toda atmosfera literária, o que aponta o fio condutor do pensamento
de Plutarco:

[...] propõe-se mostrar, como dissemos, de que maneira um homem de


Estado (ou simples cidadão) pode aproveitar as censuras de seus inimigos
pessoais para melhorar, como converterá as críticas que quer manifestar a
outrem em injunções morais em face de si mesmo, como suportará
pacientemente a injúria, como aprenderá a exercer o domínio e como será
generoso para com seus adversários. (PLUTARCO: 2003, XXVI).

Conselhos de Plutarco:

a) Frequenta o palácio da linguagem – Nada melhor do que o domínio do


vernáculo para dizimar aqueles que tentam enfraquecer os objetivos nobres.
Com as palavras bem colocadas e sapientes poderá certamente desarmar o
inimigo/oponente com elegância, sem apelar.

b) Criar a arte da prudência – Ouça mais do que fale, seja cauteloso ao se


dirigir em reuniões, em público, em uma discussão, quando se conhece melhor
quem está falando pode se extrair tudo, sem se expor.

c) Joga com as maneiras circunstanciais – Se favoreça das circunstâncias


aproveitando das regras do jogo para saber quando e como jogar. Há uma teoria
chamada de Teoria dos Jogos que John Nash desenvolveu, aparece no filme,
Mente Brilhante, nesta teoria que foi sua tese de Doutorado, ele aplicava
estratégias de jogos para toda e qualquer relação, seja profissional, amorosa,
acadêmica e social.

Ex: Uma das mais famosas aplicações do Equilíbrio de Nash é a usada no jogo
conhecido como Dilema do Prisioneiro, em que dois homens são presos
suspeitos de terem praticado o mesmo crime. Não há provas contra eles, que
são interrogados separadamente e encorajados pela polícia a delatar um ao
outro, ganhando em troca a liberdade. Haveria, então, duas opções: calar-se ou
acusar o companheiro. Se os dois se acusam mutuamente, são igualmente
condenados; se calam, são soltos. Mas a desconfiança de um acusado sobre a
decisão que o outro poderia tomar aumenta a probabilidade de os dois se
acusarem, o que levaria ao pior resultado: a prisão de ambos. A melhor solução
para os dois jogadores é a menos provável, pois requer cooperação cega, dado
que eles não conversam a respeito. Dessa forma, o mais provável é que eles se
acusem, pois ambos têm mais a ganhar delatando o outro. O Equilíbrio de Nash
é a solução em que nenhum jogador pode melhorar seu resultado com uma ação
unilateral. Nesse caso, se um acusado que tende a delatar o outro muda
unilateralmente sua estratégia e decide colaborar com a polícia, ele “perde” no
jogo e é preso. (http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/john-nash-fala-
sobre-teoria-dos-jogos-e-novas-pesquisas). (Destaques nossos).

d) A arte de agradar para subjugar – Não é bajulação é agrado, saber como


tratar. É respeito e conhecimento de como se fazer. Sabe-se que agindo de
determinada forma o ambiente, a atmosfera será melhor, faça. Sabe-se que
determinadas palavras podem acalmar os ânimos use-as. Sabe-se que
determinado tom de voz abranda uma discussão, use-o.

e) Reconheça o bajulador – É falso, é com objetivos espúrios, é insincero e


mentiroso. É perceptível, pois soa falso, o sorriso é amarelo, os olhos
normalmente não encara nos elogios desproporcionais e normalmente exalta
uma pessoa em detrimento de outra. Plutarco tratando disso afirma:

Poder enganador num sentido, a bajulação é também um poder que causa


júbilo, pois, à semelhança da perversão, torna feliz aquele que ela engana.
(PLUTARCO: 2003, p. XXV).

Para encerar e fazer um contraponto sobre a torpeza da bajulação Plutarco


assim responde:

A sinceridade é em absoluto incondicionalmente boa, pois é nela que se nota a


ocorrência instantânea da coragem. Dizer a verdade a quem amamos é o mesmo
que tomar a decisão de dizer o que somos. (PLUTARCO: 2003, p. XXV).
3. Como vencer um debate sem precisar ter razão (Schopenhauer)

Arthur Schopenhauer escreveu um livro que leva este nome, “Como Vencer um
Debate sem Precisar ter Razão”, onde propõe o que chama de estratagemas
para vencer um debate sem a menor necessidade de estar certo.

É importante dizer que quando se fala de discussão não se está se falando


daqueles e somente das que assumem palavras rígidas, ou tentem a todo custo
provar quem está certo ou errado. Torna-se necessário dizer que o bom debate
embora use destes estratagemas não pode jamais fugir da verdade, usando de
subterfúgios para apenas se tornar vencedor.

Logo na introdução é evocada este princípio que deve nortear todo ambiente que
se espera que haja crescimento:

No mais das vezes, a simples afirmação direta do que se enxerga tem mais
força do que muitos argumentos. Contra as tentações do erro e da fantasia,
não há outra arma senão dizer a verdade com tal clareza, com tal precisão,
que nenhuma finta, nenhum rodeio, nenhum jogo de cena ou artifício de
palavras possa prevalecer contra ela. (SCHOPENHAUER: 2003, p. 18).

Neste compêndio Schopenhauer desenvolve o que ele chama de Dialética


Erística, que é “a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo
a vencer (por meios lícitos ou ilícitos)”. (SCHOPENHAUER: 2003, p. 95). Desta
forma o verdadeiro passa a ser falso e o falso ser verdadeiro é a distorção desta
feita jamais se deve dar razão ao adversário para que ele não possa se
fortalecer, mesmo que saiba que ele está usando da Dialética Erística provará
que o adversário mesmo quando afirme algo verdadeiro você arrumará um
estratagema que destrua esta premissa criando no mínimo dúvida para trazer
aqueles que escutam para seu lado.

As premissas Maiores e Menores e o Termo Médio tanto importa partir de


proposições verdadeiras, o importante é o resultado favorável, não importando
os meios usados para isso.

Estratagemas propostos:

a) Ampliação Indevida – Levar as afirmações do adversário para além de seus


limites naturais interpreta-la do modo mais geral possível, tomá-la no sentido
mais amplo possível e exagera-la.
b) Mudança de modo – a afirmação que foi apresentada em modo relativo, [...]
é tomada como se tivesse sido apresentada em modo absoluto, universalmente.

c) Pré- silogismos – Se queremos chegar a uma certa conclusão, devemos


evitar que esta seja prevista, e atuar de modo que o adversário, sem percebê-lo,
admita as premissas uma de cada vez e dispersas sem ordem na conversão. [...]
procurar fazer com que admita as premissas de muitos desses pré-silogismos,
sem ordem e confusamente, ocultando assim nosso jogo, até que tenhamos
reunido tudo aquilo de que precisamos.

d) Petição de princípio oculta – Ocultamos [...] ao postular o que desejamos


provar: 1) usando um nome distinto, por exemplo, “boa reputação”, em vez de
“honra”, “virtude”, em vez de “virgindade”, etc. Desta forma se precisamos
demonstrar uma verdade geral [...] fazemos que se admitam todas as
particulares.

e) Encolerizar o adversário – Provocar a cólera do adversário, para que em


sua fúria, ele não seja capaz de raciocinar corretamente e perceber sua própria
vantagem. Ex. Último Debate na Globo entre Collor e lula (1989).

f) Fuga do específico para o geral – Se o adversário solicita que apresentemos


uma objeção contra um ponto concreto de sua tese, mas não encontramos nada
apropriado, devemos enfocar aspecto geral do tema e atacá-lo assim.

g) Impelir o adversário ao exagero – A contradição e a luta impelem a exagerar


as afirmações. Por isso, podemos provocar o adversário contradizendo-o e
induzi-lo assim a exagerar para além da verdade [...]

h) Desvio – Se percebemos que vamos ser derrotados, recorremos a um desvio,


isto é, começamos de repente a falar de algo totalmente diferente, como se fosse
pertinente à questão [...] Ex. Economista perguntando a candidata a Presidente
da República o que ela com mais de 50 anos e economista, especialista deveria
fazer para se recolocar no mercado, a candidata responde falando do Pronatec.

i) Incompetência Irônica – Quando não se sabe se opor nenhum fundamento


ao adversário, pode-se declarar com alegação irônica de incompetência: “O que
diz ultrapassa minha débil capacidade de compreensão; pode estar certo, mas
não posso compreendê-lo e renuncio a todo julgamento”. Com isto insinuamos
aos demais ouvintes, entre os quais gozamos de consideração, que se trata de
coisa insensata.

j) Discurso incompreensível – Desconsertar, aturdir o adversário com um


caudal de palavras sem sentido.

Estas afirmativas embora estejam sendo creditadas a Schopenhauer, há de se


dizer que algumas nuanças se pode encontrar no livro O Príncipe de Maquiavel
e A Arte da Guerra de Sun Tzu. Livros que são anteriores ao livro do filósofo e
que tratam de forma semelhante do chamado adversário.

É pródigo perceber também que quando se domina a estrutura do pensamento,


transformando em hábito isso fatalmente se torna em arte. Claro que pode ser
bem usada ou mal usada depende de quem estará com a palavra.

4. A lógica aplicada ao Direito (técnica de persuasão)


Após se avançar para construção de que o Direito de maneira particular trabalha
sobre uma forma de esquema mental elaborado de forma a dar azo à lógica fica
tranquilo transpor a ideia de ser basilar se entender como funciona este sistema
de formação esquemática para suplantar o teor legal imposto na codificação. Em
toda a Lei há um liame de lógica e a necessidade de avançar compreendendo
seu funcionamento passa e muito ao estudante de Direito, formado ou não.

Para entender o funcionamento aqui exposto urge citar Perelman:

[...] após a Revolução Francesa, com a proclamação do princípio da


separação dos poderes, com a publicação de um conjunto de leis, codificado
se possível, e com obrigação, para o juiz, de motivar suas sentenças
referindo-se à legislação em vigor. Mesmo nos casos de obscuridade, silêncio
ou insuficiência da lei, o juiz deveria, ainda assim, referir-se ao direito positivo
para motivar suas decisões. Nessa perspectiva, o que é posto no primeiro
plano é o valor concedido à segurança jurídica, à conformidade das decisões
de justiça com as prescrições legais. O juiz não deveria violar a lei, aplicando
critérios de justiça que lhe fossem próprios: sua vontade e seu senso de
equidade deveriam inclinar-se diante da manifestação da vontade geral, tal
como era dada a conhecer pela legislação. (PERELMAM: 2004, p. 184).

Se atentarmos para os princípios lógicos do direito haverá certamente um


gravame nesta citação que precisa ser resolvida. A questão repousa nesta
assertiva “O juiz não deveria violar a lei, aplicando critérios de justiça que lhe
fossem próprios”, isso em hipótese nenhuma? Quais critérios próprios e
inalteráveis? Veja a lei tem que ser viva e não imóvel, pois, a sociedade muda à
cultura sofre influência e as formas da prática de crimes se alteram velozmente.
Com esta premissa em mente e considerando que esta ideia existia antes da
primeira e segunda guerra que mudou drasticamente a forma de se ver o direito
se chegou a esta resposta:

Desde o processo de Nuremberg, que pôs em evidência o fato de que um


Estado e sua legislação podiam ser iníquos, e mesmo criminosos, notamos
na maioria dos teóricos do direito, e não apenas entre os partidários
tradicionais do direito natural, uma orientação antipositivista que abre um
espaço crescente, na interpretação e na aplicação da lei, para a busca de
uma solução que seja não só conforme à lei, mas também equitativa,
razoável, em uma palavra, que possa ser, ao mesmo tempo, justa e
conciliável com o direito em vigor. A solução buscada deveria não apenas
poder inserir-se no sistema, mas também revelar-se social e moralmente
aceitável para as partes e para o público esclarecido. (PERELMAM: 2004, p.
184).

A importância da segurança jurídica é inegável, mas não pode colidir em uma


situação de o Estado determinar esta ou aquela lei sendo imposta sem o mínimo
de critério para o todo se importando com a parte. Tão e sério quanto é a questão
de concentração de poder estatal se justificando a legislação frente a um projeto
de poder que esteja em desacordo com toda comunidade internacional.

As lições que principalmente a segunda guerra ensinou é que a concentração


absoluta de poder sem limites a um Estado, sem respaldo dos demais países é
que pode se criar novamente um estado de exceção se não houver um cuidado
entre todos os países.

A lógica jurídica impõe limites e métrica para o que se pode ser aceitável ou não
se escalonando aos princípios gerais do direito aceito em toda comunidade
internacional.

4.1 Sofisma e refutação

O sofisma é “Raciocínio vicioso, aparentemente correto e concebido com a


intenção de induzir em erro; paralogismo.” (http://www.dicio.com.br/sofisma/).

Pode-se aceitar facilmente que sofisma é o oposto da lógica, por tratar seus
elementos necessários para um resultado satisfatório distorcendo uma das
premissas para explorar este conceito é importante ressaltar alguns exemplos:

a) Sofisma de linguagem:

Rato são duas sílabas.


O rato rói;
Logo, duas sílabas roem.

Os fazedores de projeto não merecem confiança;


Ora, este homem fez um projeto;
Logo, este homem não merece confiança.

A convivência com um criminoso é uma presunção de criminalidade;


Este homem convive com um criminoso;
Logo, é de se presumir-se que ele também seja um criminoso.

a.a) Refutação – estabelecer o método a ser empregada, a estrutura lógica a


ser desenvolvida, para que se possa minimamente chegar a uma conclusão
razoável. Determinar os termos, significados à compreensão para que possa se
alcançar algo satisfatório.

b) Sofisma da pergunta complexa – muito comum em interrogatórios policiais


e até em depoimento cível a pergunta, aparentemente una. Qualquer resposta
que se ofereça se incrimina.

Ex: O Sr. Continua batendo em sua mulher?

O Sr. Guardou as joias roubadas em sua casa?

b.b) Refutação: Dividir as perguntas em duas: Ex. Já bateu em sua mulher?


Ainda continua batendo?

Você roubou as joias? Onde as escondeu?

c) Sofisma de indução – parte dos singulares para o geral (universal).

Ex: Um certo juiz é desonesto, outro também o é ainda um terceiro e um quarto;

Logo os juízes são desonestos.

c.c) Refutação: Apresenta-se que é uma generalização perigosa por não se


conhecer todos os juízes.
4.2 Lógica e linguagem

A lógica segundo Tomás de Aquino “é a arte que ensina a pensar


ordenadamente, facilmente sem erros”. Para tanto há de se ter o domínio da
língua e da linguagem do mundo profissional ambicionado. Já a “linguagem é a
expressão verbal do pensamento”.

De posse destes dois conceitos se pode extrair que:

Lógica – ordenação do pensamento.

Linguagem – expressão do pensamento.

Conclui-se desta assertiva que Lógica é ordenação do pensamento conseguindo


expressar de forma audível.

Por isso, nossa mente passa pelo processo de Abstração chegando ao concreto
que nada mais é do que a linguagem transmitida conforme nossa compreensão
se ouviu em português, e conhecemos as palavras nossa mente elabora e forma
a compreensão.

Exemplo: Música, perfume atuam diretamente em nosso controle abstrato indo


imediatamente para o concreto. Leva a lembrar, ver, sentir lugares, momentos,
pessoas.

Veja mais estas palavras:

Interpelação – Preempção-aresto- Inferência- Exordial – estas palavras faz


parte de um vocabulário mínimo só para testar como está sua apreensão de
termos jurídicos.

Para o bom uso da lógica técnica é essencial o conhecimento dos termos


técnicos e vocabulário especifico, caso contrário, não há como conseguir tal feito.

4.3 Retórica e dialética

Para apreender o que cada um significa é importante buscarmos esta


compreensão inicial:
Retórica – é a arte da eloquência. Particularmente no exercício do direito ela se
divide em:

a) Invenção – a busca de argumentos, provas, exemplos;

b) Disposição – a ordem por quem devem argumentos e provas ser


encadeados;

c) Elocução – a maneira clara e precisa de expor os argumentos e provas, já


encontrados e postos em ordem.

Dialética – faz parte da lógica onde se estudam as formas da linguagem como


demonstração da verdade.

Cícero empregado de sua sapiência assim pensa a posição do advogado:

Em todas as causas há três posições possíveis. É preciso adotar uma (ou


várias) como forma de resistência. É preciso tomar uma das seguintes
posições: 1) negar o de que nos acusa; 2) reconhecer o fato, porém negar
que ele tenha importância que lhe atribui ou que ele seja o que o adversário
pretende (que seja); 3) negar que o de que nos acusa seja tal como o diz
nosso adversário, ou alegar em nossa defesa que o que se fez é legítimo ou
desculpável. (NASCIMENTO: 1991, p.195).

Considerações Finais

Ao terminar esta exposição é bom relembrar alguns pontos importantes para


fixação dos conceitos e técnicas apresentadas:

1. A importância salutar da leitura como forma de adquirir vocabulário refletindo


fatalmente na forma de pensar e como se relacionar com os esquemas lógicos
do raciocínio;

2. Desenvolver os esquemas apresentados no dia-a-dia nas conversas, na


escrita e principalmente na forma de pensar; treinar, treinar, treinar;

3. Relembrar através da leitura repetida deste artigo as ideias evocadas para o


treinamento ser efetivo;

4. Numa discussão relembrar que se deseja trazer aquele que debate para seu
lado exige uma postura amena, respeitosa através das informações aqui contida;

5. Se tudo o mais falhar e for impossível reverter à situação a seu favor, há


técnicas aqui exaradas é possível através das técnicas tratadas reverterem à
situação, mas lembre-se, só em último caso e quando o prejuízo da derrota, de
perder um caso assim exigir;

6. Por fim, tudo o que foi discutido deve ser sopesado, escolhido o momento
certo, a ocasião melhor sabendo que em cada escolha feita de postura haverá
consequências que terá que conviver, após o uso.

O tema não foi nem de longe esgotado, há ainda muito a ser estudado e
aprendido, veja este material como a sinalização de um caminho para uma longa
jornada que poderá trazer o que será de muita importância: o equilíbrio na arte
da argumentação.

Referências Bibliográficas

ARISTÓTELES. Retórica. São Paulo, Ridel, 2007.


ALVES, Alaôr Caffé. Lógica: Pensamento Formal e Argumentação. 4ª ed. São
Paulo: Quartier Latin, 2005.
ILDE, Pascal. A arte de pensar. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
NASCIMENTO, Edmundo Dantès. Lógica aplicada à advocacia. 4ª ed. São
Paulo: Saraiva, 1991.
PERELMAN, Chaïm. Lógica Jurídica. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
__________________. Tratado da Argumentação: A Nova Retórica. 2ª ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2005.
PLUTARCO. Como tirar proveito dos seus inimigos. 2ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
RODRÍGUES, Víctor Gabriel. Argumentação jurídica: Técnicas de persuasão e
lógica informal. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
SAVIAN, Juvenal Filho. Argumentação: a ferramenta do filosofar. São Paulo:
WMF Martins Fontes, 2010.
SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão.
Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.

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