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Não devemos confundir imagens digitais (meios de ver) com espelhos. A nossa imagem
mediada NÃO é a nossa imagem.
A sociedade não se reduz a uma interação de “eu” e “tu”; a sociedade é um “nós”, uma
interação plena.
Pessoalmente (cara a cara) há a possibilidade de Humanização, o que não é permitido através
de plataformas.
O excesso de informação é supérfluo, enche-nos de estímulos não permitindo a articulação.
É essencial TEMPO para raciocinar. Dar uma resposta é dar tempo a mim e aos outros, é dar
tempo ao pensamento. TEMPO PARA GERAR CONHECIMENTO. Sem tempo não há resposta,
há impulso.
Nas redes pseudo-sociais há reações, não há resposta. O mundo mecanizado é um mundo de
reações. Não reajas, responde.
A informação não apenas nos pode levar a fazer algo, como nos pode levar a deixar de fazer
determinada coisa ou ter determinado comportamento (ex.: teorias da conspiração relativas
ao uso da máscara).
As informações nos media são facilmente manipuladas.
Diversidade
Complexidade
Indivíduos
(produtores e consumidores
da informação)
Processo de desmassificação
Esfera política
Erosão do consenso
Dificuldade de decisão
Persuasão,
Retórica,
Perceção.
ARGUMENTO composto por PROPOSIÇÕES: premissa(s) e conclusão.
Exemplo de um argumento:
Todo homem é mortal. O João é homem.
Logo, o João é mortal.
(Premissa + premissa + conclusão)
!!! Por vezes o argumento começa na conclusão e só depois são introduzidas as premissas.
INFERÊNCIA = articulação entre premissas
O não pensar leva ao erro, à injustiça.
Não é só o conteúdo que leva à persuasão, mas a forma argumentativa.
Os argumentos são poderosos porque os “Se’s” colocados já existem em nós, a estrutura lógica
faz parte da nossa forma de pensar.
A manipulação recorre à argumentação lógica com o objetivo de CEGAR.
Premissas e conclusão
Argumento
Lógica e inferências
LÓGICA INFORMAL:
1. Tarefa Interpretativa – reconhecer argumentos, extraí-los do discurso em que estão
inseridos;
2. Tarefa Avaliativa – analisar os argumentos.
Os argumentos são frequentemente usados em situações de negociação em que o objetivo não
é a verdade, mas a promoção dos seus próprios interesses. Argumentar também pode ser uma
tentativa de estabelecer consenso, incutir medo, esperança ou outro estado emocional; pode
incitar as pessoas a comportarem-se de certa maneira (pegar em arma contra um inimigo ou
apoiar mudanças sociais).
A lógica informal é um estudo dos aspetos lógicos* da argumentação que não dependem
exclusivamente da forma lógica; isso é um grande contraste para com a lógica formal que
apenas estuda esses aspetos.
LÓGICA INFORMAL
Exemplo:
«A justiça é a lei do mais forte. Como pode ser diferente? É evidente. Quem determina o que é
a justiça é quem detém o poder.»
→ A justiça é a lei do mais forte = conclusão
→ Quem determina o que é a justiça é quem detém o poder = premissa
Precisamos focar no ESSENCIAL. O resto é ruido irrelevante. Uma proposição pode aparecer das
mais diversas formas.
Ou seja:
Quem determina o que é a justiça é quem detém o poder.
Logo, a justiça é a lei do mais forte.
Exemplo: Bolsonaro – todo o seu discurso é baseado na negação da argumentação. Apenas fica
a persuasão. O seu poder baseia-se nessa negação. É um discurso oco/vazio. Linguagem despida
de argumentos lógicos.
Sem argumentos não há diálogo, não há espaço para questionar. Puro reflexo do
TOTALITARISMO. A democracia tem como base a argumentação, no parlamento há espaço para
debates, há ‘oposição’.
ARGUMENTO: formado por uma serie de premissas que levam a uma conclusão.
ARGUMENTO DEDUTIVO: válido quando é impossível ter premissas verdadeiras e uma
conclusão falsa.
A validade de um argumento não está necessariamente ligada à verdade real das premissas em
questão.
PRINCÍPIO DA VALIDADE ARGUMENTATIVA é um princípio da lógica dedutiva, que permite
avaliar um argumento (se é ou não válido).
Exemplo: Todos os homens são humanos.
Platão é um homem.
Logo, Platão é humano.
❖ MODUS PONENS
Se P, então Q. [(P – Q) ^ P] – Q
P. introduzido pela primeira premissa
Logo, Q.
Exemplo:
Se chover, comprarei um guarda-chuva.
Está a chover.
Logo, vou comprar um guarda-chuva.
❖ MODUS TOLLENS
Se P, então Q. [(P – Q) ^’ Q] – ‘P
Não Q. negação introduzida pela 2ª premissa
Logo, não P.
Exemplo:
Se chover, o céu ficará cinzento.
O céu não está cinzento.
Logo, não está a chover.
‘(P ^ Q)’ – R’: O primeiro membro do condicional é ANTECEDENTE (‘(P ^ Q)’), e o segundo é
CONSEQUENTE (R’).
Argumentos logicamente validos, não são necessariamente sólidos. Se um argumento é
considerado logicamente valido e as suas premissas são verdadeiras, a conclusão deverá
também ser verdadeira.
FALÁCIAS DEDUTIVAS
DEDUÇÃO
REPRESENTAÇÕES DIAGRAMÁTICAS
Estas representações precisam da referência de um argumento. Sequenciam a
linha/movimento do argumento. Uma representação precisa de uma referência.
Diagramas: tornam a sequência visível. Não posso escrever, tenho de mostrar.
Recorro à visão, isso permite-nos ser espectadores de cinema, por exemplo. Faz parte da nossa
necessidade percetiva.
[visualização do trailer do filme “The cook, the tief, his wife and his lover”]
A presença de um argumento num excerto comunicativo é descoberta pela compreensão da
intenção do autor em provar uma declaração ao oferecer razoes ou evidências para a
veracidade de alguma outra declaração. De maneira geral, esses motivos são apresentados
como relatos verbais. As razoes podem nem sempre ser apresentadas inicialmente em
sentenças declarativas, mas devem preservar o seu significado por tradução ou paráfrase numa
declaração ou proposição.
FALÁCIAS: são argumentos que não podem ser restruturados – uma falácia é um mau
argumento que não pode ser revertido. Uma falácia não se reduz a um argumento invalido, há
argumentos que mesmo não sendo validos podem ser separados para se tornarem bons
argumentos.
Irving Copi disse que uma falácia é um argumento incorreto, mas persuasivo. A força de uma
falácia reside no seu caracter persuasivo e deve-se ao facto de ter uma aparência de estar
corretamente construída.
No passado, havia dois conceitos – falácia e sofisma.
→ Falácia: argumentar incorretamente, mas sem a intenção de enganar;
→ Sofisma: argumento formado deliberadamente para enganar.
Isto caiu em desuso porque não sabemos quando um argumento é enganoso de forma
deliberada ou não.
➢ FORMA MODERADA
Consiste em rejeitar uma proposta com base no facto de que também foi afirmada por uma
outra pessoa facilmente criticável.
Exemplo:
- Defendes que devíamos condenar a liberdade de expressão política. Hitler e Stalin
concordariam contigo.
➢ FORMA CIRCUNSTÂNCIAL
Tenta persuadir alguém a aceitar uma declaração que se faz, referindo-se à situação específica
(circunstancial) da pessoa em vez de a atacar.
Exemplo:
- Portanto, é perfeitamente aceitável matar animais para se alimentar. Eu espero que não
argumentes de outra forma, visto que usas sapatos de couro.
- Nem sempre é inválido referir-se à circunstância de um individuo que produz uma
alegação. Se alguém é um conhecido criminoso ou mentiroso, este facto reduz a sua
credibilidade como testemunha. Contudo, isso não prova que o seu testemunho é falso,
nem altera a solidez de qualquer argumento lógico que o individuo possa produzir.
IMPORTANTE:
OS ARGUMENTUM AD HOMINEM TANTO PODEM SER OU NÃO UMA FALÁCIA.
NÃO SÃO NECESSÁRIAMENTE ARGUMENTOS FALACIOSOS.