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ARGUMENTAÇÃO E PENSAMENTO CRÍTICO

Não devemos confundir imagens digitais (meios de ver) com espelhos. A nossa imagem
mediada NÃO é a nossa imagem.
A sociedade não se reduz a uma interação de “eu” e “tu”; a sociedade é um “nós”, uma
interação plena.
Pessoalmente (cara a cara) há a possibilidade de Humanização, o que não é permitido através
de plataformas.
O excesso de informação é supérfluo, enche-nos de estímulos não permitindo a articulação.
É essencial TEMPO para raciocinar. Dar uma resposta é dar tempo a mim e aos outros, é dar
tempo ao pensamento. TEMPO PARA GERAR CONHECIMENTO. Sem tempo não há resposta,
há impulso.
Nas redes pseudo-sociais há reações, não há resposta. O mundo mecanizado é um mundo de
reações. Não reajas, responde.
A informação não apenas nos pode levar a fazer algo, como nos pode levar a deixar de fazer
determinada coisa ou ter determinado comportamento (ex.: teorias da conspiração relativas
ao uso da máscara).
As informações nos media são facilmente manipuladas.

Diversidade
Complexidade

Indivíduos
(produtores e consumidores
da informação)

Processo de desmassificação
Esfera política

Erosão do consenso
Dificuldade de decisão

PENSAMENTO CRÍTICO = QUESTIONAR


Saber o que se está a fazer implica analisar, questionar, comparar realidades diferentes (ver as
diferenças, não é moralizar).
A liberdade não é uma reação. A minha liberdade é uma resposta à liberdade dos outros. A
liberdade conquista-se.
Não posso controlar o “nós”, apenas posso participar nele.
Nós somos seres porque somos sociais. Afirmo a minha subjetividade com o meu fundo social.
A falta de paciência e o desejo cego de informação gera DESINFORMAÇÃO. Queremos sempre
mais e mais rápido, daí surgem rumores. Demasiada e contante informação não nos dá TEMPO
para raciocinar, pensar, refletir e questionar.

É preciso ter cuidado com a linguagem.


Pensamento crítico = Pensamento vigilante. É necessário ouvir os argumentos e desconstruí-
los.
O pensamento critico tem de ter ferramentas que toquem, que não sejam apenas abstratas.
LÓGICA INFORMAL

 Persuasão,
 Retórica,
 Perceção.
ARGUMENTO composto por PROPOSIÇÕES: premissa(s) e conclusão.

• Na argumentação tudo conta:


o O tom da voz;
o A forma como se fala;
o A convicção;
o A ênfase;
o Os gestos;
o A aparência;
o As roupas;
o A postura;
o A influência;
o E até a posição social.

Exemplo de um argumento:
Todo homem é mortal. O João é homem.
Logo, o João é mortal.
(Premissa + premissa + conclusão)

!!! Por vezes o argumento começa na conclusão e só depois são introduzidas as premissas.
INFERÊNCIA = articulação entre premissas
O não pensar leva ao erro, à injustiça.
Não é só o conteúdo que leva à persuasão, mas a forma argumentativa.
Os argumentos são poderosos porque os “Se’s” colocados já existem em nós, a estrutura lógica
faz parte da nossa forma de pensar.
A manipulação recorre à argumentação lógica com o objetivo de CEGAR.

Premissas e conclusão

Argumento

Lógica e inferências

“Se X, logo Y” – processo inferencial


No ponto de vista da lógica informal, um argumento deve ser analisado não só segundo critérios
racionais, mas também segundo critérios de razoabilidade.

! Nem sempre o RACIONAL é RAZOÁVEL. Nem sempre o RAZOÁVEL é RACIONAL.

Discursos criticam-se pelos seus ARGUMENTOS, estes identificam-se e questionam-se de modo


a poderem ser CRITICADOS. A crítica precisa de um “nós” para ter uma dimensão social, para
poder existir.
ARGUMENTAÇÃO CRÍTICA:
1. Identifica;
2. Analisa;
3. Avalia.
DIMENSÃO DIALÓGICA

• Reconhece que o argumento tem dois lados:


o Racional: visa sepultar uma opinião, prova e/ou princípio;
o Dúvida: um argumento está sempre sujeito à critica, à dúvida, ao debate e à
contra-argumentação.
Um argumento NÃO É FECHADO, tem de entrar/gerar diálogo. A força de um argumento está
na sua capacidade de gerar debate. Uma sentença isolada NÃO é um argumento.
PRINCIPAIS TAREFAS DO PENSAMENTO CRÍTICO:
1. Determinar qual informação é ou não pertinente;
2. Distinguir entre afirmações racionais e meras reações;
3. Separar factos de opiniões;
4. Reconhecer as maneiras pelas quais as evidencias podem ser limitadas ou comprometidas;
5. Detetar equívocos ou lacunas nos argumentos dados;
6. Reconhecer imprecisões logicas nos argumentos;
7. Reconhecer as informações contraditórias inadequadas ou ambíguas;
8. Evitar conclusões exageradas;
9. Reconhecer que um problema pode não ter uma resposta clara ou uma solução única;
10. Articular o argumento e o contexto para esse argumento;
11. Usar corretamente e com precisão evidencias para debater um argumento;
12. Organizar o argumento de forma lógica.

ARISTÓTELES Duas formas discursivas com perfil pragmático:


o Retórica: técnica de ação (retorica – prova – persuasão);
o Poética: técnica de criação (poiesis – mimesis – catharsis).
Ele tem como objetivo enfatizar a relevância da argumentação na retorica
e não a reduzir a uma simples técnica de geração de estímulos emotivos.
Trata-se de conceber uma teoria da argumentação que estabeleça um
primado do raciocínio logico sobre as afeções dos interlocutores.

TRÊS MOMENTOS EM QUE A RETÓRICA DEVE ARTICULAR:


1. ETHOS: caráter moral do orador e o seu reconhecimento. Articulação entre o desígnio dos
cidadãos e do bem-estar publico em geral;
2. PATHOS: as emoções devem capitalizar uma ligação empática com o orador e com a
natureza argumentativa do discurso;
3. LOGOS: equilíbrio ideal entre a ordem e as estratégias argumentativas, ou seja, os
conteúdos do raciocínio não devem ser postos em causa pela forma da argumentação.

! A PERCEPÇÃO TEM UM PAPEL DECISIVO NA COMUNICAÇÃO

LÓGICA INFORMAL:
1. Tarefa Interpretativa – reconhecer argumentos, extraí-los do discurso em que estão
inseridos;
2. Tarefa Avaliativa – analisar os argumentos.
Os argumentos são frequentemente usados em situações de negociação em que o objetivo não
é a verdade, mas a promoção dos seus próprios interesses. Argumentar também pode ser uma
tentativa de estabelecer consenso, incutir medo, esperança ou outro estado emocional; pode
incitar as pessoas a comportarem-se de certa maneira (pegar em arma contra um inimigo ou
apoiar mudanças sociais).
A lógica informal é um estudo dos aspetos lógicos* da argumentação que não dependem
exclusivamente da forma lógica; isso é um grande contraste para com a lógica formal que
apenas estuda esses aspetos.

• Aspetos Lógicos: contribuem para a validade e força da argumentação, distinguindo-se


dos aspetos psicológicos, históricos, sociológicos ou outros.

PRIMEIRA DEFINIÇÃO DE ARGUMENTO


Um argumento é um conjunto de proposições em que se pretende que uma delas (a conclusão)
seja justificada e sustentada pela(s) outra(s) (premissas). “argumento”, “inferência” e
“raciocínio” são termos aproximados, todos eles procuram chegar a uma afirmação com base
noutras. Contudo, um argumento é diferente de um raciocínio ou inferência porque envolve a
persuasão de alguém (incluindo nós mesmos).

É NECESSÁRIO CRIAR CAMINHO PARA A COMUNICAÇÃO. É PRECISO CRIAR UM CONTEXTO


EMPÍRICO.
Muitas vezes, o que desperta a comunicação não tem nada a ver com as palavras, pode ser um
gesto, um sorriso, ou até o silêncio. Tendemos a ser idealistas; as palavras não são suficientes
para comunicar. É necessário um CONTEXTO FAVORÁVEL. As palavras (a linguagem) são
simbolismos, sem a realidade não há base para as palavras.
LÓGICA FORMAL

• Um argumento ou é válido ou não. Um argumento é válido quando há uma relação de


derivabilidade ou consequência formal entre as suas premissas e conclusão.
• É incapaz de definir a noção de Falácia (uma falácia não é apenas um ou mais argumentos
inválidos)
APENAS ARGUMENTOS DEDUTIVAMENTE FORMAIS

LÓGICA INFORMAL

• Ocupa-se de todo o tipo de argumentos.


Mesmo em argumentos formais, há aspetos lógicos importantes que a lógica formal ignora. É
falso que os únicos aspetos lógicos da argumentação são os aspetos formais.
RAZOÁVEL = foge ao normal, ao racional.

NEM SEMPRE UM ARGUMENTO VÁLIDO É UM ARGUMENTO VERDADEIRO


SEGUNDA DEFINIÇÃO DE ARGUMENTO
Um argumento é uma coleção de afirmações. Uma delas é a conclusão (procura estabelecer a
sua verdade), as outras informações são as premissas (pretendem conduzir à conclusão, apoiá-
la ou persuadir-nos da sua verdade).

O OBJETIVO de um argumento é persuadir-nos da verdade de uma afirmação – a conclusão.

PROPOSIÇÃO: Premissas; Conclusão. Também conhecida como “objetivo do


argumento”, o como a “questão em discussão”.

Exemplo:
«A justiça é a lei do mais forte. Como pode ser diferente? É evidente. Quem determina o que é
a justiça é quem detém o poder.»
→ A justiça é a lei do mais forte = conclusão
→ Quem determina o que é a justiça é quem detém o poder = premissa

Precisamos focar no ESSENCIAL. O resto é ruido irrelevante. Uma proposição pode aparecer das
mais diversas formas.
Ou seja:
Quem determina o que é a justiça é quem detém o poder.
Logo, a justiça é a lei do mais forte.

Demasiada informação, o excesso, ofusca o que é realmente importante. A ambiguidade das


premissas determina o argumento.

Exemplo: Bolsonaro – todo o seu discurso é baseado na negação da argumentação. Apenas fica
a persuasão. O seu poder baseia-se nessa negação. É um discurso oco/vazio. Linguagem despida
de argumentos lógicos.
Sem argumentos não há diálogo, não há espaço para questionar. Puro reflexo do
TOTALITARISMO. A democracia tem como base a argumentação, no parlamento há espaço para
debates, há ‘oposição’.

CONHECIMENTO NÃO É INFORMAÇÃO


Há muita informação e pouco conhecimento

LÓGICA DEDUTIVA E ARGUMENTOS VÁLIDOS

ARGUMENTO: formado por uma serie de premissas que levam a uma conclusão.
ARGUMENTO DEDUTIVO: válido quando é impossível ter premissas verdadeiras e uma
conclusão falsa.
A validade de um argumento não está necessariamente ligada à verdade real das premissas em
questão.
PRINCÍPIO DA VALIDADE ARGUMENTATIVA é um princípio da lógica dedutiva, que permite
avaliar um argumento (se é ou não válido).
Exemplo: Todos os homens são humanos.
Platão é um homem.
Logo, Platão é humano.

A validade argumentativa não pressupõe o princípio da veracidade proporcional. Um


argumento pode ser logicamente válido e ter proposições falsas.

Exemplo: Todas as girafas são alienígenas.


Aristóteles é uma girafa.
Logo, Aristóteles é um alienígena.
O modelo é o mesmo, porém as premissas são falsas. É um argumento válido com proposições
falsas.
LÓGICA DEDUTIVA
É a estrutura das proposições, não do conteúdo.
A lógica racional não deve ser confundida com estrutura. O que indica a verdade real das
proposições é a sua solidez.

❖ MODUS PONENS

Se P, então Q. [(P – Q) ^ P] – Q
P. introduzido pela primeira premissa
Logo, Q.

Exemplo:
Se chover, comprarei um guarda-chuva.
Está a chover.
Logo, vou comprar um guarda-chuva.

❖ MODUS TOLLENS

Se P, então Q. [(P – Q) ^’ Q] – ‘P
Não Q. negação introduzida pela 2ª premissa
Logo, não P.
Exemplo:
Se chover, o céu ficará cinzento.
O céu não está cinzento.
Logo, não está a chover.

‘(P ^ Q)’ – R’: O primeiro membro do condicional é ANTECEDENTE (‘(P ^ Q)’), e o segundo é
CONSEQUENTE (R’).
Argumentos logicamente validos, não são necessariamente sólidos. Se um argumento é
considerado logicamente valido e as suas premissas são verdadeiras, a conclusão deverá
também ser verdadeira.

FALÁCIAS DEDUTIVAS

❖ FALÁCIA DA AFIRMAÇÃO DO CONSEQUENTE


Se chove, uso um guarda-chuva. Se P, então Q.
Uso um guarda-chuva. Q.
Logo, chove. Logo, P.

❖ FALÁCIA DA NEGAÇÃO DO ANTECEDENTE


Se chove, uso um guarda-chuva. Se P, então Q.
Não é verdade que chove. Não P
Logo, não é verdade que uso um guarda-chuva. Logo, não Q.

❖ FALÁCIA DA NEGAÇÃO DO CONSEQUENTE


Se chove, uso um guarda-chuva. Se P, então Q.
Não é verdade que uso um guarda-chuva. Não Q.
Logo, não é verdade que chove. Logo, não P.

O condicional (“se”) tem sempre uma estrutura causal aberta.


Só informação não chega, é preciso criar contexto.

INFERÊNCIAS DEDUTIVAS E INDUTIVAS NA ARGUMENTAÇÃO


O raciocínio chega de uma premissa a uma conclusão, passando por várias outras premissas
intermédias. O raciocínio é um conhecimento mediado ou indireto, ou seja, é intermediado por
vários outros. É o contrário da intuição, que é o conhecimento imediato; é também algo muito
vago. Na religião não há argumentação, não questiona, há fé.

DEDUÇÃO

• A conclusão apenas expressa ou valida os conteúdos dados pelas premissas;


• Logo, se as premissas são verdadeiras, a conclusão também será verdadeira.
INDUÇÃO (lidamos com probabilidades)

• O conteúdo da conclusão transcende o conteúdo dado pelas premissas;


• Logo, a conclusão não tem de ser necessariamente verdadeira – mas sim, provável.
(Para Aristóteles, a indução revela a passagem do individual ao universal.)

Como se consegue uma linha argumentativa sem palavras? Só com imagens?

REPRESENTAÇÕES DIAGRAMÁTICAS
Estas representações precisam da referência de um argumento. Sequenciam a
linha/movimento do argumento. Uma representação precisa de uma referência.
Diagramas: tornam a sequência visível. Não posso escrever, tenho de mostrar.
Recorro à visão, isso permite-nos ser espectadores de cinema, por exemplo. Faz parte da nossa
necessidade percetiva.
[visualização do trailer do filme “The cook, the tief, his wife and his lover”]
A presença de um argumento num excerto comunicativo é descoberta pela compreensão da
intenção do autor em provar uma declaração ao oferecer razoes ou evidências para a
veracidade de alguma outra declaração. De maneira geral, esses motivos são apresentados
como relatos verbais. As razoes podem nem sempre ser apresentadas inicialmente em
sentenças declarativas, mas devem preservar o seu significado por tradução ou paráfrase numa
declaração ou proposição.

TRÊS MODOS PRINCIPAIS DE JULGAR A PRESENÇA DE UM ARGUMENTO


1. O autor declara explicitamente as razões, evidências, justificativas, fundamentos ou provas
de uma declaração. (até as coisas mais parvas são facilmente aceites se forem bem
estruturadas, se forem objetivas);
2. O autor utiliza indicadores de argumentos que significam a presença de um argumento;
3. Para determinar se um argumento está ou não presente num excerto discursivo, as vezes
convém fazer uma pergunta irrelevante: “o que está a tentar provar?”, se houver uma
resposta direta, então provavelmente o excerto é um argumento.

“concluo que…” nem sempre apresenta uma conclusão válida.

PARA EXEMPLOS DE REPRESENTAÇÕES DIAGRAMÁTICA (VER FOLHAS)


Fechando-se o campo de possibilidades, fecha-se o campo do pensamento. Tem de haver um
lado “mau” para que haja um lado “bom”. (exemplos políticos)
? (livro Walton)

• Responder a uma pergunta com outra pergunta.


• Formas de usar uma pergunta como resposta: devolução do ónus da prova (emoções);
apelo à ignorância (nenhuma proposição pode ser falsa por nunca ter sido provada).
• Petição de princípio.

O que é uma falácia?


Há muitos argumentos que põem em causa o “principio da discussão racional”. Para avaliar as
condições desse princípio temos de apurar os seguintes elementos capitais:
1. COMPROMETIMENTO DISCURSIVO: o interlocutor conhece o tema que está a ser discutido;
2. COMPROMETIMENTO REFLEXIVO: é capaz de raciocinar bem e está disposto a fazê-lo;
3. COMPROMETIMENTO ÉTICO: não está a mentir de forma deliberada.

FALÁCIAS: são argumentos que não podem ser restruturados – uma falácia é um mau
argumento que não pode ser revertido. Uma falácia não se reduz a um argumento invalido, há
argumentos que mesmo não sendo validos podem ser separados para se tornarem bons
argumentos.
Irving Copi disse que uma falácia é um argumento incorreto, mas persuasivo. A força de uma
falácia reside no seu caracter persuasivo e deve-se ao facto de ter uma aparência de estar
corretamente construída.
No passado, havia dois conceitos – falácia e sofisma.
→ Falácia: argumentar incorretamente, mas sem a intenção de enganar;
→ Sofisma: argumento formado deliberadamente para enganar.

Isto caiu em desuso porque não sabemos quando um argumento é enganoso de forma
deliberada ou não.

Exemplo de casos falaciosos no nosso quotidiano:


➢ Anúncio publicitário: “os estudantes da UC conseguem sempre encontrar os melhores
empregos. Matricula-te ainda hoje!”
Isto apresenta uma tentativa de persuasão, não tem uma conclusão formulada. Pode apelar ao
medo (inseguranças sobre o futuro), à prática (agir, os outros também o fazem), etc. é uma
premissa duvidosa, é uma falácia.
ARGUMENTUM AD HOMIEM
➢ FORMA ABUSIVA
É quando alguém se recusa a aceitar uma declaração e justifica essa recusa por criticar a pessoa
que fez determinada afirmação.
Exemplo:
- Alegas que os ateus podem ter princípios morais, mas eu sei que tu abandonas-te a tua
esposa e os teus filhos.
- O meu médico quer que eu perca 10kg, mas ele próprio esta 20kg acima do peso.

➢ FORMA MODERADA
Consiste em rejeitar uma proposta com base no facto de que também foi afirmada por uma
outra pessoa facilmente criticável.
Exemplo:
- Defendes que devíamos condenar a liberdade de expressão política. Hitler e Stalin
concordariam contigo.

➢ FORMA CIRCUNSTÂNCIAL
Tenta persuadir alguém a aceitar uma declaração que se faz, referindo-se à situação específica
(circunstancial) da pessoa em vez de a atacar.
Exemplo:
- Portanto, é perfeitamente aceitável matar animais para se alimentar. Eu espero que não
argumentes de outra forma, visto que usas sapatos de couro.
- Nem sempre é inválido referir-se à circunstância de um individuo que produz uma
alegação. Se alguém é um conhecido criminoso ou mentiroso, este facto reduz a sua
credibilidade como testemunha. Contudo, isso não prova que o seu testemunho é falso,
nem altera a solidez de qualquer argumento lógico que o individuo possa produzir.

(Este tipo de argumentação é muito usado em julgamentos, em tribunais)

IMPORTANTE:
OS ARGUMENTUM AD HOMINEM TANTO PODEM SER OU NÃO UMA FALÁCIA.
NÃO SÃO NECESSÁRIAMENTE ARGUMENTOS FALACIOSOS.

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