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COLÉGIO APOIO

APOSTILA DE REDAÇÃO -7º ANO -


RECUPERAÇÃO 2022 - PROFESSORA
EGUIMAR SANTOS

O que é um artigo de
opinião - O artigo de opinião é um texto
do gênero argumentativo que tem a intenção
de não só expor sua opinião sobre
determinado tema, mas também convencer o
leitor de suas ideias. Eles podem ser escritos
em primeira ou terceira pessoa.
Como escrever um artigo de
opinião - O texto argumentativo é
amplamente pedido em diversos concursos e
vestibulares. Em geral, os candidatos devem
defender um ponto de vista a respeito do tema
proposto e concluir com sua opinião.
Estrutura do texto - Um artigo de
opinião tradicional deve ser dividido em três
blocos e organizado na seguinte estrutura
básica:

Introdução: apresentação do tema e seu


posicionamento sobre o assunto.
Desenvolvimento: defesa de seu
posicionamento com argumentos consistentes.
Conclusão: fechamento do texto sintetizando
os argumentos e retomando a opinião
apresentada na introdução.

Introdução: o começo de
tudo - A introdução deve ser um resumo do
que será mostrado a seguir, digo no desenvolvimento. Faça uma pergunta sobre o tema e sua resposta é o
ponto de partida para sua tese, ou seja, seu ponto de vista.

1. “Muito se tem discutido, recentemente, acerca de …”


2. “Muito se discute a importância de …”
3. “Pode-se afirmar que, em razão de …”
4. “Observando o cenário…”
5. “É de conhecimento geral que…”
6. “Em face do cenário atual…”
7. “Segundo a pesquisa…”
8. “Tendo em vista que…”
9. “Na sociedade…”

Desenvolvimento: o meio - O desenvolvimento é que irá abordar mais a fundo o tema e


trará argumentos do porquê sua opinião é positiva ou não sobre o tema. Ele é a maior parte do texto,
sendo composto por no mínimo dois parágrafos, e deve trazer argumentações, dados, estatísticas,
informações, citações, etc. É preciso ter um embasamento que mostre porque o escritor tem essa opinião
ou como ele chegou a essa conclusão. Utilize repertório sociocultural, ironia, provérbios, etc É muito
importante os operadores argumentativos(OPAR) nessa parte do texto. Ou se ja, palavras que servem para
operar a argumentação, que fazem a argumentação funcionar. Elas são, na maioria das vezes, as próprias
conjunções. Eles podem ser de dois tipos: intraparágrafos (dentro) e interparágrafos(início).
ao outro. Na metáfora da construção, a conjunção é o cimento, a argamassa que possibilita que uma série
de tijolos forme uma unidade, um prédio

Conclusão: O fim - geralmente é uma sugestão de solução para o tema. Nessa sugestão
indique o agente(quem realiza a ação), a ação(o que realiza) e o modo(como realizar).

FAZER NO ARTIGO NÃO FAZER NO ARTIGO


Ler outros artigos de opinião e utilizá-los como referência Copiar argumentos e textos de outros escritores

Texto objetivo, claro e coerente Texto longo, com vários argumentos fracos e repetitivos

artigo sem erros gramaticais e seguindo a língua culta Usar expressões do dia a dia, palavras erradas, abreviações e
gírias

Redação com começo, meio e fim Redação de seguir uma lógica, sem coerência e coesão

Evidenciar sua opinião com argumentos fortes e que concordem Colocar argumentos fracos e contra intuitivos
com ela

Utilizar fontes seguras e reconhecidas, informações importantes Colocar achismos e não embasar a opinião, ou trazer fontes
e citações de pessoas importantes no ramo duvidosas

REDES SOCIAIS OU ASSOCIAIS?

A internet mudou significativamente a maneira como nos comunicamos e percebemos o mundo. Graças
a ela, temos acesso a toda a informação à distância de apenas um “clique”. A distância não existe mais, e a
comunicação é instantânea. Comumente, são relatadas histórias em que a internet, nomeadamente as
redes sociais, têm um papel meritório na promoção do reencontro de pessoas, bem como na aproximação
de outras que por imposição geográfica se encontram distantes.

Todavia, regista-se uma diminuição acentuada do contacto social “face to face” (cara a cara), levando as
pessoas a deixar de praticar competências sociais como a empatia, o contacto visual e a leitura emocional
do outro. De facto, é mais fácil investir na imagem que projectamos virtualmente de nós do que na nossa
verdadeira imagem, investir mais em relações virtuais, acessíveis e práticas do que nas reais, que implicam
ir ao encontro do outro. De forma paradoxal, nunca estivemos tão ligados entre nós – as redes sociais, são
a prova “viva” disso – e nunca nos sentimos tão sozinhos e com tanta necessidade de falar e comunicar.
As redes sociais tornaram-se então, autênticos “esconderijos emocionais”, pois, na maioria das vezes, não
favorecem o conhecimento, a reflexão, a prudência e o autocontrole. Assiste-se a uma efervescência da
impulsividade, da superficialidade, da expressão de sentimentos discriminatórios e a uma indiscriminada
manifestação de comportamentos preconceituosos.

A afirmação narcísica das pessoas, a agressividade e os juízos de valor sobre tudo e sobre nada, passa a
ser o lema. Mas porque é que isto acontecerá? A falta de tempo e as frustrações do dia-a-dia, podem
justificar a permanência cada vez maior das pessoas nas redes sociais, na medida em que, “aqui” tudo é
imediato e cómodo e a gratificação e o reconhecimento são instantâneos. Um estudo realizado pela
Universidade de Pittsburgh avaliou o comportamento de 1,8 mil pessoas com idades compreendidas entre
os 18 e os 32 anos e encontrou uma correlação entre o uso das redes sociais e a probabilidade de
desenvolver depressão, baixa auto-estima e isolamento. A pesquisa conclui que não são as redes sociais
que provocam depressão, mas que, com o acesso exagerado, a tendência a ficar deprimido aumenta.

A fronteira entre o que é uma utilização saudável das redes sociais e o uso excessivo é definida pelo bom
senso. O equilíbrio que procuramos no dia-a-dia (conjugando momentos de prazer com trabalho,
contrabalançando partilha com privacidade) aplica-se também às redes sociais. É necessário evitar os
extremos e as dependências, tanto na vida real como na virtual. As redes sociais são, efetivamente, uma
ferramenta com múltiplas possibilidades, descartá-las ou não lhes dar a devida atenção seria não aceitar
que vivemos em plena Era da informação e do conhecimento. Assim, cabe a cada um de nós, ter senso
crítico na utilização desta ferramenta. Cada um deverá definir o seu ponto de equilíbrio, entre ser utilizador
ou escravo do sistema.
Estude sobre:

1. Capacitismo no Brasil
2. Redes Sociais
3. Uso do celular em sala de aula
4. Nomofobia

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