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TEORIA GERAL DA

ADMINISTRAÇÃO I

Alceu Roque Rech


Globalização
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Identificar os fatores que condicionam os países para a globalização e,


ao mesmo tempo, entender como estes podem oferecer desvantagens
para as empresas com pouco know-how.
„„ Relacionar a perspectiva da globalização com as vantagens compe-
titivas para as empresas que a adotam como fator de crescimento.
„„ Indicar possibilidades e métodos de se globalizar a empresa, levando-
-se em consideração os fatores que as condicionam a essa perspectiva.

Introdução
Com a globalização, o mundo ficou “menor”. As distâncias, hoje, são facil-
mente alcançadas, os transportes ganharam velocidades gigantescas, as
comunicações são instantâneas e proporcionam a visualização dos fatos e
dos acontecimentos online, trazendo necessidade constante de adaptação
às empresas. Produtos, serviços e commodities definitivamente entraram
no processo de internacionalização. E como este processo foi possível
em mundos tão distintos? E, ainda, envolvendo empresas tão diferentes?
Estas e outras questões serão abordadas no decorrer desta unidade,
cujas respostas poderão ser acessadas após a leitura dos conteúdos aqui
apresentados dentro de cada objetivo proposto sobre os fatores que
condicionam os países e as empresas para a globalização, e as vantagens
competitivas para as empresas que adotam a globalização para o seu
crescimento.
Neste capítulo, você vai estudar o fenômeno da globalização, suas
origens e causas, bem como suas consequências para os países e suas
respectivas empresas, o que lhe proporcionará compreender como a
queda dos muros protecionistas de determinados blocos econômicos
e das barreiras comerciais influenciaram neste processo. Como a globa-
lização é um tema cada dia mais presente em nossas vidas, convido-os a
ler, com atenção, o texto a seguir, que traz ótimas dicas bem atualizadas.
2 Globalização

A globalização de um país e suas consequências


às empresas
A globalização tem sua origem nos países ricos do globo por questões basica-
mente econômicas. Tais países, no desejo de aumentar seu poder de dominação
do mundo, foram ampliando suas fronteiras comerciais pela exportação de
produtos e pela extensão de suas empresas, fixando-as em outras regiões
menos desenvolvidas. Este movimento migratório de empresas (abertura de
representações ou filiais em outros países) ficou conhecido pela nomenclatura
de empresas multinacionais.
Entende-se por globalização um processo econômico e social que liga
países e pessoas no mundo, integrando-as em relações comerciais e de de-
senvolvimento. O movimento da globalização teve início na era feudal, na
Europa, e com as grandes navegações ainda no século XVI em busca de outros
horizontes. Este movimento esteve controlado por um longo período, sendo
intensificado somente ao final da década de 1970. No início dos anos 1980, já
era uma realidade junto a diversos países, localizados nos cinco continentes,
trazendo consigo as seguintes características, como principais:

„„ crescimento do capital financeiro (maior domínio do capitalismo), sendo


este o grande responsável pelo processo da globalização;
„„ incremento das tecnologias da informação e comunicação (TICs), pro-
porcionadas pela telefonia celular, uso intensivo de fibra ótica, satélites
artificiais, dentre outros;
„„ facilidade de acesso às novas tecnologias;
„„ ampliação da infraestrutura de comunicações proporcionada pela web;
„„ aumento dos fluxos internacionais de transportes (rodoviários, ferro-
viários, aéreos e marítimos);
„„ fomento aos acordos econômicos bilaterais entre países, racionalizando
e liberando o comércio com atuação marcante da OMC – Organização
Mundial do Comércio;
„„ incremento das empresas multinacionais (mundialização das empresas
ou empresas globais).

Assim, as características deste movimento fizeram com que as organi-


zações sofressem processos de adaptações e de mudanças para, de igual
modo, tornarem-se globais. Uma organização é global quando ela atua com
investimentos diretos em mais de um país, competindo pela colocação de
seus produtos e serviços, e exercendo o seu poder de influência por meio de
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sua marca. “Uma indústria global é aquela em que as posições estratégicas


dos concorrentes em importantes mercados nacionais ou geográficos são
fundamentalmente afetadas pelas suas posições globais” (PORTER, 2004,
p. 286.). A empresa global é conhecida como sendo a evolução da empresa
multinacional, justamente por aplicar seus investimentos e desenvolver suas
atividades em vários países do mundo.
Gerir uma empresa global ou multinacional é operar num ambiente com-
pletamente imprevisível, mutante e incerto. Porém, esta prática é necessária
até pela sobrevivência empresarial no século XXI. A inovação gera o processo
de mudança, e é esta que torna o ambiente cada vez mais complexo, exigindo
gestores cada vez mais bem preparados técnica e tecnologicamente. Mas isso,
por si só, não basta. É necessário que os gestores tenham também um preparo
humano para entender as forças e as fraquezas da sua empresa multinacional
para atuar nas oportunidades e nas ameaças vindas do ambiente externo de
um mundo mutante.
Então, pensar a gestão global de uma empresa é, antes de tudo, pensar na
necessidade de ajustes e de controles empresariais dos seguintes sistemas:

„„ de transportes e locomoções globais;


„„ de informações globais sobre a cultura, os valores, os hábitos, a moeda,
a instabilidade do governo;
„„ de comunicações globais, envolvendo o domínio das diversas línguas
faladas no globo;
„„ de uso de tecnologias globais;
„„ de clientes e fornecedores globais;
„„ de Sistemas de Informações Gerenciais Globais, como contabilidade,
relatórios financeiros, compras, recursos humanos;
„„ do marketing global.

Também na década de 1980, os países que compunham os blocos socia-


listas, notadamente na Europa, como a antiga Alemanha Oriental, Bulgária,
Eslováquia, Polônia, República Checa, Romênia, antiga URSS, Hungria, dentre
outros, sofreram diretamente as influências do capital. Os países capitalistas,
então, tiraram proveito e expandiram seus mercados, diante da queda de tais
blocos socialistas, que passaram a experimentar o acréscimo de consumo e
suas benécias a preços menores. Hoje, estes países fazem parte de modelos
capitalistas, encontrando-se mais abertos ao comércio com o ocidente e oriente
graças ao fenômeno da globalização.
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Entretanto, alguns países ainda estão fechados, a exemplo de Cuba, Coreia


do Norte, República Popular da Laos e Vietnã, que mantêm suas estruturas
socialistas. A República Popular da China, apesar de intitular-se socialista/
comunista, adota caracaterístas econômicas do capitalismo e característi-
cas do sistema político socialista. Ou seja, seus trabalhadores participam
da administração das empresas, da propriedade pública e do planejamento.
Mas salário, lucros e propriedade privada fazem parte do sistema capitalista,
caracterizando-se como um case de estudo diante do seu processo gover-
namental e de gestão de suas empresas, uma vez que o país tem um grande
peso na balança comercial de outros países, a exemplo do Brasil. A China,
segunda economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, apresenta um
potencial de crescimento surpreendente, com média de 7,5% a cada ano, muito
em função de sua população (1,4 bilhões de habitantes, quase um terço do
planeta). Apenas no último ano é que teve uma desaceleração para 6,7%, de
acordo com pesquisa realizada pelo Jornal Folha de S. Paulo (2017).
Sempre que um país adota o socialismo puro como modelo de gestão,
suas empresas permanecem praticamente fechadas para o mundo exterior e,
tecnologicamente, desenvolvem-se muito pouco, a exemplo da antiga Ale-
manha Oriental que, quando se uniu à Alemanha Ocidental, pela queda do
muro de Berlim no início da década de noventa, a diferença tecnológica e
de produção das empresas era brutal. De igual modo ocorria nos hábitos de
consumo, mesmo tratando-se da extensão de um mesmo povo, que falava a
mesma língua e com costumes idênticos.
As empresas que operam somente em países que não adotam a prática da
exportação de seus produtos ou não desenvolvem atividades em outros países,
acabam por se tornar frágeis e pobres, principalmente pelo baixo desenvolvi-
mento tecnológico, e com produtos de pouco alcance.
A Revista Exame de 2016 traz a classificação da Revista Fortune, que con-
tém as 25 maiores empresas do mundo, e todas elas, sem exceção, encontram-se
globalizadas. Dentre os principais exemplos estão a Walmart, State Grid,
China National Petrolium Corp., Group Royal, Doutch Shell, Exxon Mobil,
Wolkswagen, Toyota, Appple, Sansung, GM e Ford Motor (BARBOSA, 2016).
A mesma Revista Fortune também elenca as quinhentas maiores empresas
do mundo, e é importante destacar que apenas sete empresas brasileiras figuram
nesta lista (FORTUNE, c2017):

„„ Petrobras, na posição 58;


„„ Banco do Brasil, na posição 115;
„„ Banco Itaú, posicionado em 159;
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„„ JBS, no ramo de produção de proteínas, na posição 185;


„„ Banco Bradesco, posicionado em 209;
„„ Vale do Rio Doce, na posição 417;
„„ Ultrapar, posicionada em 474.

De igual forma, as empresas brasileiras mais bem posicionadas são globais,


sendo possível inferir que, na medida em que elas ampliaram seus horizontes
internos no Brasil para os horizontes externos do mundo, cresceram e au-
mentaram de tamanho.
Por outro lado, milhares de outras empresas brasileiras, que não adotaram
a postura da expansão, a exemplo da Azaleia, Guararapes, Magazine Luíza e
Arezzo, no ramo de calçados, confecções e têxtil; da Autoban e Dpaschoal,
no ramo de utilitários e infraestrutura; da Esmaltec, no ramo industrial; da
M. Dias Branco, no ramo de alimentos, dentre tantas outras, permanecem
com crescimento limitado nos seus métodos e no uso da tecnologia. Sem falar
naquelas empresas que já desapareceram, a exemplo da Mesbla, no ramo
diversificado de lojas de departamento; da MABE, que fabricava fogões; da
Sete Brasil, que produziria sondas do pré-sal, da Brasil Pharma e da
Unimed Paulistana, no ramo de medicamentos e de planos de saúde privado;
Banco Mercantil e Bamerindus, no ramo financeiro, dentre várias outras que
fecharam suas portas. Estas empresas, além de frustarem um grande número
de trabalhadores que perderam seus empregos, tiveram outras situações em
comum, como a não abertura de seus processos produtivos ao meio externo e,
por consequência, a não globalização de suas atividades, resultando no seu
completo desaparecimento. Além de não sobreviverem, perderam a
oportunidade de usufruírem das vantagens da globalização, entre as quais se
destacam:

„ a necessidade de olhar para dentro e para fora de seus limites;


„ a melhora e o repensar de suas atividades;
„ o aumento da concorrência, exigindo novos métodos de produção, mais
ágeis e mais econômicos;
„ o aumento da competitividade;
„ a busca de eficácia acentuada;
„ a necessidade do estabelecimento de relações internacionais.

A globalização, entretanto, não conta somente com maravilhas para as


empresas. Ela também pode gerar várias consequências negativas pelo mundo
afora, como no caso de alguns países que foram destruídos devido à devastação
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ambiental, causada por impactos da industrialização acelerada nos últimos


tempos. As micro, pequenas e médias empresas, de igual modo, também sofrem
impactos negativos. Porém, não se pode afirmar que a globalização não é boa,
pois ela faz parte de um processo mundial, que está cada vez mais interligado,
conectado e sem fronteiras, como visto nas vantagens descritas anteriormente.
Deste modo, o processo de globalização empresarial deve ser bem gerido
de tal forma que se possa usufruir de seus beneficios para as empresas, e
assim amenizar seus impactos. De acordo com Daft (1999), a expansão in-
ternacional pode levar a maiores lucros, eficiência e capacidade de reação. É
claro que nehuma empresa pode se tornar uma gigante da noite para o dia. A
mudança de nacional para internacional normalmente ocorre através de estágios
progressivos de desenvolvimento, de modo semelhante ao ciclo de vida das
organizações, que fatalmente atingem o ápice e, após, as levam ao declínio.

Uma empresa não sai de nacional para internacional de


uma hora para outra, num passo de mágica. Existem
vários estágios a serem observados e muito trabalho
de planejamento por parte de sua direção, bem como a
decisão desta direção. A globalização de empresas é uma
alternativa estratégica, cuja operacionalização promete
maior desempenho econômico-financeiro frente à acirrada
disputa de mercados, podendo, inclusive, transformar-se
em vantagem competitiva junto aos concorrentes. Mas é
necessário que se faça uma análise criteriosa do conjunto
de oportunidades e dos obstáculos que a globalização
proporciona às empresas e, principalmente, às pessoas.
Uma empresa dificilmente nasce global. No seu surgi-
mento, ela se limita ao seu país, seu território (doméstica).
Na expansão para o primeiro país, ela se torna internacional
e, ao marcar presença em outros países, torna-se mul-
tinacional. E somente quando a empresa realiza fortes
investimentos com a aquisição de outras empresas é que
ela se torna global. O filme “Deslocamento de empresas
multinacionais”, de curta duração (10 min), nos dá um en-
tendimento melhor dessa evolução. Assista a este curta
no link abaixo.

https://goo.gl/GSYG8H
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A globalização como vantagem competitiva das


empresas
As empresas desenvolvem muitas estratégias diferenciadas em busca de obte-
rem vantagens competitivas. Tornar-se uma empresa global tem se constituído
numa das estratégias utilizadas com muita frequência nos últimos tempos.
“Uma empresa torna-se global basicamente porque existem vantagens econô-
micas (ou outras) em uma empresa competir de uma maneira coordenada em
muitos mercados nacionais” (PORTER, 2004, p. 288). Existem três mecanismos
básicos que possibilitam a participação das empresas em atividades internacio-
nais, a saber: licenças, exportação e investimento direto no exterior, sendo que,
para o início destas atividades, a empresa adota a exportação ou licenças para
o ganho de experiência em nível internacional. Depois de adquirir expertise,
elas partem para os investimentos no exterior, tornando-se multinacionais,
como visto anteriormente e exemplificado no Quadro 1.
Antes de listar as vantagens e os obstáculos da atuação global por parte
de uma empresa, é importante que se estabeleçam as principais diferenças
entre elas, ou seja, uma organização doméstica, internacional, multinacional e
global. Os autores Wright, Kroll e Parnell (2011) definem os diversos níveis de
operação pelo exame do macroambiente internacional, conforme o Quadro 1.
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Quadro 1. Níveis diversos de operação.

Tipo de
organização Nível de envolvimento

Organização Escolhe operar totalmente dentro dos limites do país de


doméstica origem.

Organização Escolhe um envolvimento internacional mínimo ou


internacional moderado. Pode comprar de fontes estrangeiras, exportar
para outros países, licenciar suas operações para empresas
estrangeiras, ou construir alianças estratégicas com
empresas sediadas no exterior.

Organização Opta por um alto envolvimento internacional. Realiza


multinacional investimentos diretos no exterior pelo início de operações
próprias em outros países ou pela compra de parte de
empresas sediadas no exterior. Suas subsidiárias operam
de forma interdepende, como um sistema único e
coordenado.

Organização global Escolhe um alto nível de envolvimento internacional. Realiza


investimentos diretos no exterior, iniciando operações
próprias ou pela compra de parte ou da totalidade de
empresas sediadas no exterior. Suas subsidiárias operam
de forma interdependente, como um sistema único e
coordenado.

Fonte: Wright, Kroll e Parnell (2011, p. 370).

A escolha do nível de atuação de uma empresa dependerá da análise das


forças internacionais do macroambiente que, na visão de Wright, Kroll e
Parnell (2011), envolvem:

„„ forças político-legais, uma vez que todas as nações possuem leis e


regulamentações próprias que afetam as atividades e os negócios;
„„ forças econômicas, constituídas pelos indicadores econômicos comuns,
como o PIB, taxas de juros, taxas de inflação e taxas de câmbio;
„„ forças tecnológicas que impactam as operações dos negócios inter-
nacionais, pois é diferente uma empresa se instalar numa sociedade
tecnologicamente avançada, numa nação de industrialização recente
ou em nações em desenvolvimento;
Globalização 9

„„ forças sociais, uma vez que cada país tem sua cultura própria e distinta,
com suas tradições, valores e padrões de comportamento que influen-
ciam fortemente a presença da empresa no território.

Para se atingir uma vantagem estratégica global existem fontes distintas de


atuação e também uma série de obstáculos, sendo a tarefa do gestor adotar as
fontes que superam tais obstáculos. Dentre as vantagens competitivas globais,
de acordo com Porter (2004), destacam-se:

„„ Vantagem competitiva, que é o determinante clássico global, podendo


ser no fator custo ou no fator qualidade de produtos. Neste caso, a
tendência é exportar para outros países.
„„ Economias de escala na produção, possibilitando uma vantagem de custo
por meio de uma produção centralizada e de uma concorrência global.
„„ Experiência global, possibilitando vantagens de custos pela utilização
de venda de variedade de produtos similares aos produzidos em uma
tecnologia sujeita a declínios, devido à experiência patenteada, por
exemplo.
„„ Economias logísticas de escala, pela divisão dos custos fixos do sistema
logístico internacional no atendimento a vários mercados nacionais,
proporcionando vantagem ao concorrente global.
„„ Economias de escalas no marketing, mesmo o marketing ficando mais
limitado aos mercados nacionais, existem possibilidades econômicas
potenciais de ações que ultrapassam os limites destes mercados, cuja
produção publicitária pode ser internacionalizada.
„„ Economia de escala nas compras, devido ao poder de negociação ou
ao custo mais baixo dos fornecedores pela produção e entrega de lotes
maiores na escala global.
„„ Diferenciação do produto, notadamente em alguns ramos de atividades
que se utilizam de tecnologias, reputação e credibilidade, a exemplo de
empresas de softwares, indústria de cosméticos etc.
„„ Tecnologia patenteada do produto, maior habilidade em aplicar a
tecnologia padronizada nos diversos mercados nacionais, a exemplo
de computadores, semicondutores, aeronaves, turbinas etc., que pro-
porcionam grande vantagem global.
„„ Mobilidade de produção, quando a fabricação do produto ou serviço
é móvel, possibilitada pelo compartilhamento de tecnologia patenteada
e de economias de escala.
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Entretanto, não existem apenas vantagens em se competir em nível inter-


nacional, há também muitas barreiras que precisam ser transpostas. Porter
(2004) destaca alguns pontos:

„„ Obstáculos econômicos, envolvendo os custos de transporte e de ar-


mazenamento, necessidade de produtos diferentes, estabelecimento de
canais de distribuição, força de vendas, reparos locais, sensibilidade
em tempos de espera, segmentação complexa dentro de mercados ge-
ográficos e falta de demanda mundial.
„„ Obstáculos gerenciais, envolvendo as tarefas diferentes de marketing,
os serviços locais intensivos e a tecnologia em rápida transformação. A
dificuldade de gestão de recursos humanos (mão de obra) em diferen-
tes nacionalidades também pode ser incluída como sendo um grande
obstáculo gerencial.
„„ Obstáculos institucionais, incluindo os obstáculos dos governos na
proteção das empresas e do nível de emprego local, como tarifas e taxas,
cotas, representações, P&D local, tratamento fiscal e leis fiscais desvan-
tajosas para empresas em operações internacionais. Existem, ainda, os
obstáculos perceptivos ou de recursos não alcançados à primeira vista
ao competidor internacional.

A evolução das empresas nacionais para empresas internacionais (globaliza-


das) se dá a passos lentos e muito bem planejados, pois poucas começam suas
atividades de modo global, como visto anteriormente. Uma análise rigorosa das
fontes de vantagens e dos obstáculos deve ser feita pelos gestores responsáveis
pela decisão, além da investigação estratégica necessária e indispensável
para tornar-se global, em que pese as mudanças econômicas apontem esta
alternativa como tendência.
A concorrência nas empresas globais, segundo Porter (2004), envolve três
aspectos distintos, a saber: a política industrial e o comportamento competitivo,
as relações com governos anfitriões em mercados importantes e a concorrência
sistemática propriamente dita. Já as alternativas estratégicas, segundo o mesmo
autor, utilizam-se das seguintes alternativas:
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„„ concorrência global com uma linha ampla, visando uma concorrência


mundial de linha completa de produtos;
„„ enfoque global, tendo como alvo um segmento particular no qual a
empresa compete em uma base mundial;
„„ enfoque nacional, que aproveita as diferenças nos mercados nacionais
para criar um método de enfoque e superar empresas concorrentes;
„„ nicho protegido, busca de países em que as restrições governamentais
excluam concorrentes globais por meio de exigências de grande parti-
cipação local no produto.

Por fim, Porter (2004) aborda as tendências que afetam a concorrência


global, relacionando como principais:

„„ redução nas diferenças entre países;


„„ política industrial mais agressiva;
„„ reconhecimento nacional e proteção de ativos distintos;
„„ fluxo mais livre de tecnologias;
„„ emergência gradativa de novos mercados de grande escala;
„„ foco para a elevação do capital em competir, em vez de restringir-se
apenas na mão de obra barata e nos recursos naturais dos países emer-
gentes como Taiwan, Coreia do Sul, Singapura e Brasil (Concorrência
em PRD).

Assim, os tomadores de decisões nas empresas, após análise detalhada


do macroambiente para verificar possíveis vantagens competitivas globais,
análise das fontes de vantagens e dos obstáculos de ser global, bem como a
investigação estratégica indispensável para tornar-se global, poderão sentir-
-se aptos ou não ao processo de tomada de decisão no sentido de expandir a
empresa para além-fronteiras, ou de permanecer dentro dos limites do território
de origem. E essa é uma decisão estratégica que cabe aos responsáveis diretos
pela organização definir.
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Como abordado até aqui, vimos que o processo de globalização envolve os países mais
desenvolvidos que empregam suas forças sobre países menos desenvolvidos, impondo
seus produtos e marcas por meio do comércio internacional. Na sequência, as empresas
de tais países, após análises estratégicas para a tomada de decisão, expandem suas
fronteiras ou não a outros mercados para além dos seus limites territoriais.
Convido você a visitar o cap. 8 do livro Administração Estratégica, dos autores Hitt,
Ireland e Hoskisson (2008), que dedica especial atenção à estratégia internacional,
com análises bastante oportunas sobre os negócios, modelos de entrada, alianças
estratégicas, aquisições, subsidiárias, riscos, dentre outros, inclusive com exercícios
de aplicação prática.
Este conteúdo aponta as diversas vantagens competitivas das empresas globais.
A propósito, sobre vantagem competitiva, assista ao vídeo de Diego Barreto, “Para
entender a vantagem competitiva”:

https://goo.gl/mxSX3F

O vídeo “Globalização, democracia e terrorismo”, de Eric Hobsbawm, por meio


da análise de livros, aponta um dos fatores hoje mais temidos da globalização – o
terrorismo. Ao assisti-lo, você formará opinião melhor a respeito do tema.

https://goo.gl/eYPEfH

Fatores condicionantes à globalização das


empresas
Na seção anterior, vimos que uma empresa, antes de se tornar global, passa
por vários estágios de amadurecimento de decisão. As vantagens de ser uma
empresa globalizada são muitas, principalmente quando se consideram os
fatores econômicos, as relações comerciais e a expansão da marca para além-
-fronteiras. Entretanto, a globalização não proporciona apenas maravilhas
empresariais. Há fatores restritivos e condicionantes que inibem os tomadores
de decisão no processo de expansão.
Conforme foi descrito na seção anterior, existem barreiras a serem trans-
postas para uma empresa tornar-se internacional ou multinacional, que Porter
(2004) denomina de obstáculos. Apenas para relembrar os três principais
obstáculos descritos por Porter (2004):
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„„ Econômicos: custos de transporte e de armazenamento, diferentes


produtos, canais de distribuição, força de vendas, reparos locais, tempos
de espera, mercados geográficos e falta de demanda mundial;
„„ Gerenciais: tarefas diferentes de marketing, serviços locais intensivos,
tecnologia em rápida transformação e gestão de recursos humanos;
„„ Institucionais: governos, imputação de tarifas, taxas, cotas, represen-
tações, P&D local, tratamento fiscal, leis fiscais desvantajosas.

Além dos obstáculos a serem transpostos, existe a complexidade da admi-


nistração das empresas multinacionais, que pode gerar inúmeras incertezas.
Os autores Hitt, Ireland e Hoskisson (2008) citam, como exemplo, os riscos
múltiplos envolvidos na operação entre países, já que um crescimento amplo
e diversificado só será possível se não fugir ao controle da empresa ou se os
custos de sua administração não ultrapassarem os benefícios. Citam ainda
que a Body Shop mantém pontos de venda em cinquenta países, e uma de
suas dificuldades é coordenar as diferentes plataformas de TI e os diferentes
padrões contábeis e de relatórios utilizados em cada país. Existem ainda outras
complexidades que incluem a natureza altamente competitiva dos mercados
globais, dos ambientes culturais múltiplos, mudanças bruscas no valor das
moedas, além da instabilidade de determinados governos.
Os autores Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), prosseguem fazendo uma
análise completa dos riscos em um ambiente internacional, informando que,
em razão deles, fica até difícil executar e gerenciar a expansão internacional.
Acrescentam que os principais riscos são os de natureza política e econômica,
cujo resumo é exposto a seguir.

Riscos políticos
Os riscos políticos, de acordo com Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), são aqueles
relativos à instabilidade nos governos nacionais e à guerra, tanto civil quanto
internacional. A instabilidade de um governo nacional gera inúmeros proble-
mas, incluindo o próprio risco econômico e a incerteza criada pelas normas
governamentais. Quando existem muitas autoridades legais constituídas, e
possivelmente muitas conflitantes, os riscos aumentam. A questão da cor-
rupção e a possibilidade de nacionalização de ativos é uma inquietação para
as empresas que gera mal-estar. As empresas estrangeiras que investem em
outros países certamente ficarão desconfortáveis quanto à instabilidade do
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governo local e ao que poderá acontecer com seus investimentos ou mesmo


ativos, caso ocorra uma instabilidade que comprometa a gestão governamental.
Um bom exemplo é o da Rússia, que reduziu seus investimentos estran-
geiros diretos ao processar executivos importantes de determinadas empresas
privadas, e lançou iniciativas para obter o controle estatal dos ativos dessas
empresas. A Yukos, por exemplo, empresa promissora de petróleo e gás que foi
penalizada por fraude fiscal, o gerente foi preso e a empresa faliu. A Gazprom,
empresa governamental russa, absorveu boa parte dos ativos da Yukos. Da
mesma forma, a Siemens AG, cuja absorção foi aprovada pelo governo russo.
Mesmo que o presidente russo, Vladmir Putin, tenha feito um enorme
esforço buscando reestabelecer a confiança nos direitos de propriedade, as
empresas ainda se mostram um tanto receosas quanto a investir naquele país,
dada a atual tendência de transferir recursos do setor privado ao controle do
governo.
Já com a Petrobras, empresa brasileira que instalou uma base na Bolívia,
houve um episódio lamentável. Conforme amplamente divulgado no jornalismo
brasileiro em 2006, a Bolívia decidiu nacionalizar a exploração dos negócios
de petróleo e gás no país. O presidente Evo Morales ordenou a ocupação, pelo
Exército, dos campos de produção das empresas estrangeiras no país, entre
elas a estatal brasileira Petrobras. Determinou que imposto sobre o gás subiria
de 50% para 82%. E caso as empresas não aceitassem as medidas, teriam de
deixar a Bolívia num prazo de 180 dias (FOLHA ONLINE, 2006).
Um outro exemplo ocorrido recentemente é o caso do Brasil. O presidente
Michel Temer viajou, no final de agosto de 2017, com uma enorme comitiva que
lotou um avião em direção a China, tendo objetivos bem claros na bagagem,
ou seja, os de desfazer a desconfiança dos empresários chineses quanto à
solidez de seu governo, frente aos inúmeros casos de corrupção que envolvem
boa parte da classe política brasileira e da possibilidade de impeachment no
seu comando.
Outro exemplo didático, conforme anunciado no jornal El País, diz que
o presidente americano Donald Trump vetou, por meio de decreto, a entrada
nos Estados Unidos de cidadãos de origem muçulmana por questões morais
e éticas. A decisão também passou a afetar as grandes multinacionais no
país americano, que reprovaram firmemente a iniciativa, e agora temem
pela segurança de seus funcionários e os possíveis efeitos negativos nas suas
operações americanas. O CEO Lloyd Blankfein, da Goldman Sachs, destacou
os transtornos que o decreto trouxe à empresa e afirmou que vai mobilizar
recursos internos de apoio aos empregados, deixando claro que, para uma
companhia global, como a que dirige, a diversidade não é uma escolha, e sim
Globalização 15

parte de sua natureza. Também as diretorias da Ford Motor e da Boing se


manifestaram em termos semelhantes ao se oporem frontalmente a qualquer
política governamental que vá de encontro aos valores de suas empresas. O
CEO da Nike, Mark Parker, foi intolerante com a medida e também repudiou
o decreto, citando exemplos diretos de imigração que causaram orgulho ao
país receptor, como no caso de Sir Mo Farah, de origem somali, campeão
olímpico pelo Reino Unido.

Riscos econômicos
Os riscos econômicos, também de acordo com Hitt, Ireland e Hoskisson
(2008), são interdependentes dos riscos políticos, a exemplo do que ocorreu na
Rússia quanto aos direitos de propriedade. Com base nos enfoques estratégicos
empresariais, se as empresas não forem capazes de proteger a sua propriedade
intelectual, nenhum investimento estrangeiro direto será possível. Os países,
portanto, precisam criar e manter direitos de propriedades fortes, bem como
exercer esses direitos com rigor.
Uma outra forma de risco econômico é o de perder sua reputação frente às
empresas potencialmente investidoras, bem como o de se sujeitar a sanções por
parte dos órgãos políticos internacionais, a exemplo da OMC – Organização
Mundial do Comércio, já citada anteriormente.
Outro risco econômico a ser considerado é o da segurança imposto pelo
terrorismo. Muitas empresas, por exemplo, não investiram na economia da
Indonésia devido às preocupações de ataques terroristas neste país. Embora
muitos investidores estrangeiros dos setores de minas e energia ainda estejam
ligados à Indonésia pela instabilidade política e econômica, esta nação precisa
atrair mais investimentos para manter seu crescimento econômico em níveis
aceitáveis a sua população. Apenas para exemplificar, a Indonésia é a nação
detentora da maior população muçulmana do globo e passa por um momento
difícil na briga por investimentos. E, próximo a este país, encontram-se China
e Índia, que não têm este problema interno declarado de riscos à segurança
e, por esta razão, apresentam crescimentos muito superiores, com destaques
para seus PIBs.
Ainda sobre os riscos econômicos, Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), se-
guem informando que as diferenças e flutuações das diferentes moedas são
os riscos mais elevados no que diz respeito à diversificação internacional. Já
o valor do dólar em relação a outras moedas é o que determina o preço dos
ativos internacionais e os lucros das empresas dos Estados Unidos. Caso haja
16 Globalização

um aumento na cotação do dólar americano, é possível haver uma redução no


valor dos ativos internacionais de empresas americanas, e também dos seus
lucros em outros países. Além disso, o valor de diferentes moedas pode também
influenciar drasticamente os preços das mercadorias fabricadas em diferentes
países. Da mesma forma, esse aumento no valor do dólar poderá prejudicar
as exportações das empresas americanas para outros mercados do mundo.

Problemas de administração
Uma das situações colocadas como limite para a expansão internacional
pelos autores Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), diz respeito aos problemas de
administração. Nos primeiros estágios da diversificação, as empresas parecem
ter bons resultados em termos de lucros, mas geralmente esses retornos ficam
aquém do padrão e acabam se tornando negativos à medida que a diversificação
ultrapassa um determinado ponto.
Existem algumas razões para os limites aplicados aos efeitos positivos da
diversificação internacional que, conforme Hitt, Ireland e Hoskisson (2008),
podem ser assim expostos:

„„ Maior dispersão geográfica pelas fronteiras territoriais que aumentam


os custos de coordenação entre unidades, bem como de distribuição
de produtos;
„„ Barreiras comerciais, os custos logísticos e a diversidade cultural costu-
mam prejudicar a execução da estratégia definida para a diversificação
internacional;
„„ As demais diferenças por país, como o acesso às matérias-primas,
níveis de capacitação de funcionários, gaps tecnológicos também se
constituem em complicadores da execução estratégica para a diversi-
ficação internacional.

Também os fatores institucionais e culturais podem apresentar grandes


obstáculos para a transferência de vantagem competitiva da empresa de um
país para outro, bem como a produção do marketing que necessita ser revista.
Custos de capital e de mão de obra, gerenciamento de pessoas, dentre outros,
são, de igual forma, impeditivos à expansão internacional. Estas situações
expostas dificultam grandemente a administração e o controle das operações
internacionais das empresas de modo eficiente.
Globalização 17

A globalização proporciona aprendizados pelo Benchmarking


De 1997 a 1999, tive a oportunidade de exercer a Direção Nacional dos Recursos
Humanos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, vinculada ao Ministério das
Comunicações, do governo federal. Quando do convite, o saudoso Ministro Sérgio
Motta, dentre outras tarefas, determinou-me: “Recupere urgente a escola postal dos
Correios”!!
Na estrutura de RH dos Correios, além de outros departamentos, constava um
Departamento de Treinamento e Desenvolvimento - DETED e a Escola Superior de
Administração Postal - ESAP, na qual fui formado no ano de 1983. Esta, porém, por
questões políticas internas, estava um tanto desprestigiada e esquecida, a ponto de
o Ministério das Comunicações perceber o descaso. Entre o final do ano de 1997 e o
início de 1998, dediquei um tempo ao planejamento de como recuperar a escola para
atender ao desejo do Ministro.
Nos estudos, percebi que os Correios francês, que deu suporte na recuperação dos
Correios brasileiro, na década de setenta, contavam com uma escola muito conceituada
– L’école Postal. De igual modo, os Correios inglês contavam com a escola Cotton House,
cuja formação é obrigatória a todo empregado na Instituição Correios daquele país.
Após estudar estas duas escolas, programei uma visita de benchmarking para junho de
1998 para fugir do inverno europeu. Por questões de que a passagem por Paris coincidia
com a abertura da Copa do Mundo, tive de abrir mão dessa visita, ficando limitado à
escola Cotton House. Mas a visita foi sensacional. Fui recepcionado na Cotton House por
um senhor de idade avançada, chamado Kirk, que me dispensou todas as atenções
durante três dias, abrindo todos os portões da escola e seus segredos de sucesso.
Nos Correios da Inglaterra, todo novo funcionário tem passagem obrigatória pela
Cotton House, não interessa o cargo, tampouco o local de trabalho com o respectivo
curso. Existem programas de formação distintos para cada classe de trabalhadores,
desde o carteiro até o dirigente-mor da Instituição. O uso de tecnologia naquela
época era muito superior ao que possuíamos no Brasil, desde a mecanização de
atividades, até o uso de veículos leves na distribuição dos grandes centros, a exemplo
de Londres. Os métodos diferenciados de trabalho, os horários de jornada, a medição
da produtividade, o relacionamento com os sindicatos, o tratamento aos clientes,
enfim, tudo era ensinado na escola que, além de preparar toda a categoria postalista,
investia muito em pesquisa e desenvolvimento.
Voltei maravilhado e disposto a aplicar os ensinamentos de modo a recuperar a escola
que havia me formado. Nos Correios inglês, todo o treinamento e desenvolvimento de
18 Globalização

pessoas se dava pela escola e não havia, na estrutura organizacional, um departamento


para isso. A escola era a encarregada de ensinar as pessoas para as tarefas, reciclá-las e
desenvolvê-las ao longo do tempo. Então pensei: por que não aplicar o modelo na ESAP?
E o benchmarking foi executado. As estruturas do DETED foram extintas, muitas
pessoas foram remanejadas para a ESAP, com propósitos mais desafiadores, ao passo
que algumas trocaram de área. A escola se reformulou e se reestruturou com pessoas
motivadas para a nova causa. E ainda hoje a escola permanece com a estrutura montada
ao final de 1998, início de 1999. A partir da reestruturação, a ESAP passou a executar
todos os cursos de preparação de todas as categorias de trabalhadores postais (antes
só preparava os níveis superiores). Os cursos foram padronizados, o EaD (Ensino a
Distância) já foi adotado àquela época, devido às dimensões geográficas do Brasil. A
estrutura de RH da empresa ficou mais enxuta, com economia de custos e com ótima
funcionalidade, de modo que o benchmarking foi altamente positivo. O Sr. Ministro
não pôde ver o resultado, pois falecera um pouco antes da implantação.

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