Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ADMINISTRAÇÃO I
Introdução
Com a globalização, o mundo ficou “menor”. As distâncias, hoje, são facil-
mente alcançadas, os transportes ganharam velocidades gigantescas, as
comunicações são instantâneas e proporcionam a visualização dos fatos e
dos acontecimentos online, trazendo necessidade constante de adaptação
às empresas. Produtos, serviços e commodities definitivamente entraram
no processo de internacionalização. E como este processo foi possível
em mundos tão distintos? E, ainda, envolvendo empresas tão diferentes?
Estas e outras questões serão abordadas no decorrer desta unidade,
cujas respostas poderão ser acessadas após a leitura dos conteúdos aqui
apresentados dentro de cada objetivo proposto sobre os fatores que
condicionam os países e as empresas para a globalização, e as vantagens
competitivas para as empresas que adotam a globalização para o seu
crescimento.
Neste capítulo, você vai estudar o fenômeno da globalização, suas
origens e causas, bem como suas consequências para os países e suas
respectivas empresas, o que lhe proporcionará compreender como a
queda dos muros protecionistas de determinados blocos econômicos
e das barreiras comerciais influenciaram neste processo. Como a globa-
lização é um tema cada dia mais presente em nossas vidas, convido-os a
ler, com atenção, o texto a seguir, que traz ótimas dicas bem atualizadas.
2 Globalização
https://goo.gl/GSYG8H
Globalização 7
Tipo de
organização Nível de envolvimento
forças sociais, uma vez que cada país tem sua cultura própria e distinta,
com suas tradições, valores e padrões de comportamento que influen-
ciam fortemente a presença da empresa no território.
Como abordado até aqui, vimos que o processo de globalização envolve os países mais
desenvolvidos que empregam suas forças sobre países menos desenvolvidos, impondo
seus produtos e marcas por meio do comércio internacional. Na sequência, as empresas
de tais países, após análises estratégicas para a tomada de decisão, expandem suas
fronteiras ou não a outros mercados para além dos seus limites territoriais.
Convido você a visitar o cap. 8 do livro Administração Estratégica, dos autores Hitt,
Ireland e Hoskisson (2008), que dedica especial atenção à estratégia internacional,
com análises bastante oportunas sobre os negócios, modelos de entrada, alianças
estratégicas, aquisições, subsidiárias, riscos, dentre outros, inclusive com exercícios
de aplicação prática.
Este conteúdo aponta as diversas vantagens competitivas das empresas globais.
A propósito, sobre vantagem competitiva, assista ao vídeo de Diego Barreto, “Para
entender a vantagem competitiva”:
https://goo.gl/mxSX3F
https://goo.gl/eYPEfH
Riscos políticos
Os riscos políticos, de acordo com Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), são aqueles
relativos à instabilidade nos governos nacionais e à guerra, tanto civil quanto
internacional. A instabilidade de um governo nacional gera inúmeros proble-
mas, incluindo o próprio risco econômico e a incerteza criada pelas normas
governamentais. Quando existem muitas autoridades legais constituídas, e
possivelmente muitas conflitantes, os riscos aumentam. A questão da cor-
rupção e a possibilidade de nacionalização de ativos é uma inquietação para
as empresas que gera mal-estar. As empresas estrangeiras que investem em
outros países certamente ficarão desconfortáveis quanto à instabilidade do
14 Globalização
Riscos econômicos
Os riscos econômicos, também de acordo com Hitt, Ireland e Hoskisson
(2008), são interdependentes dos riscos políticos, a exemplo do que ocorreu na
Rússia quanto aos direitos de propriedade. Com base nos enfoques estratégicos
empresariais, se as empresas não forem capazes de proteger a sua propriedade
intelectual, nenhum investimento estrangeiro direto será possível. Os países,
portanto, precisam criar e manter direitos de propriedades fortes, bem como
exercer esses direitos com rigor.
Uma outra forma de risco econômico é o de perder sua reputação frente às
empresas potencialmente investidoras, bem como o de se sujeitar a sanções por
parte dos órgãos políticos internacionais, a exemplo da OMC – Organização
Mundial do Comércio, já citada anteriormente.
Outro risco econômico a ser considerado é o da segurança imposto pelo
terrorismo. Muitas empresas, por exemplo, não investiram na economia da
Indonésia devido às preocupações de ataques terroristas neste país. Embora
muitos investidores estrangeiros dos setores de minas e energia ainda estejam
ligados à Indonésia pela instabilidade política e econômica, esta nação precisa
atrair mais investimentos para manter seu crescimento econômico em níveis
aceitáveis a sua população. Apenas para exemplificar, a Indonésia é a nação
detentora da maior população muçulmana do globo e passa por um momento
difícil na briga por investimentos. E, próximo a este país, encontram-se China
e Índia, que não têm este problema interno declarado de riscos à segurança
e, por esta razão, apresentam crescimentos muito superiores, com destaques
para seus PIBs.
Ainda sobre os riscos econômicos, Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), se-
guem informando que as diferenças e flutuações das diferentes moedas são
os riscos mais elevados no que diz respeito à diversificação internacional. Já
o valor do dólar em relação a outras moedas é o que determina o preço dos
ativos internacionais e os lucros das empresas dos Estados Unidos. Caso haja
16 Globalização
Problemas de administração
Uma das situações colocadas como limite para a expansão internacional
pelos autores Hitt, Ireland e Hoskisson (2008), diz respeito aos problemas de
administração. Nos primeiros estágios da diversificação, as empresas parecem
ter bons resultados em termos de lucros, mas geralmente esses retornos ficam
aquém do padrão e acabam se tornando negativos à medida que a diversificação
ultrapassa um determinado ponto.
Existem algumas razões para os limites aplicados aos efeitos positivos da
diversificação internacional que, conforme Hitt, Ireland e Hoskisson (2008),
podem ser assim expostos: