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DEFINIÇÃO

O papel do gestor nos mercados globalizados. Análise das relações de negócios e


perspectivas organizacionais na contemporaneidade. Apresentação de modelos de
gestão sustentável.

PROPÓSITO

Compreender as tendências que permeiam o ambiente organizacional na atualidade


permite ao gestor ampliar sua visão de mercado e identificar novas oportunidades de
negócios.

OBJETIVOS

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INTRODUÇÃO

Você já ouviu falar em globalização?

Esse é um fenômeno mundial que tem mudado a sociedade nos âmbitos social,
econômico, político e cultural. Com a globalização ocorre a redução das fronteiras
existentes entre os países e há o estímulo à interação entre eles a partir de trocas
culturais, compartilhamento de ideais e acordos econômicos.

Quando a globalização começou?

O PAPEL DO GESTOR NOS MERCADOS GLOBALIZADOS

Viu como em apenas um acontecimento identificamos a presença de diferentes


países?

Isso é globalização!

Esse é um fenômeno que está em constante evolução e, como resultado, tem favorecido
a presença de empresas cada vez maiores e capazes de atuar em vários continentes.
Surgem, então, verdadeiros impérios econômicos que se expandem sem limites, fazendo
com que a internacionalização passe a ser vista como uma oportunidade. Consultorias
têm sido contratadas para avaliar o panorama dos mercados nacional e internacional e
acompanhar a movimentação deles e dos governos em todo o mundo.

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A Deloitte é um exemplo desse tipo de consultoria. Ela é uma
empresa de serviços sediada em Nova Iorque, que possui 700
escritórios em mais de 150 países e cerca de 312.000
profissionais.

A Deloitte se propõe a oferecer uma visão abrangente sobre o


pensamento e as intenções do empresariado nacional, bem
como sinalizar as prioridades para o governo quanto à
definição de políticas públicas que impactam a atividade
econômica e empresarial e indicar movimentos e tendências
que podem ser consolidadas a médio e longo prazo,
impactando o rumo das organizações e a dinâmica do
ambiente de negócios.

Os resultados gerados por pesquisas desse porte, além de


possuir uma amostra relevante, tendem a orientar as ações
estratégicas das empresas a nível local, nacional e
internacional.

Quando se acompanham as sinalizações dos governos, os posicionamentos dos blocos


econômicos e das empresas globais e as tendências mercadológicas, é possível pensar
em possibilidades de expansão das relações de negócios, priorizando ações que gerem
vantagem competitiva, sem esquecer da responsabilidade econômica, ambiental e social
que cada empresa possui.

Bauman* (1999) aponta que a globalização não diz respeito ao que as pessoas ou os
gestores desejam ou esperam, e sim ao que está acontecendo a todos nós, independente
do nosso livre arbítrio. Não há como fugir desse fenômeno. Dessa forma, novos desafios
se apresentam à gestão das organizações:

*Bauman: Zygmunt Bauman (19250-2017) foi um sociólogo polonês. Iniciou os seus


estudos na Universidade de Varsóvia, vindo a atuar, posteriormente, na Universidade de
Leeds como professor titular. Escreveu diversas obras sobre a sociedade contemporânea.
Fonte: Frazão, D. (2019)

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Com essas ações, é possível que o gestor aproveite as oportunidades proporcionadas
pela globalização e possa se preparar da melhor forma possível para os efeitos negativos
desse fenômeno.

EXPANSÃO DAS RELAÇÕES DE NEGÓCIOS

Para compreender essa movimentação de mercado proporcionada pela globalização,


convidamos você a conhecer algumas empresas que se internacionalizaram junto com a
globalização:

Empresas brasileiras com atuação em outros países

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Gerdau: Essa siderúrgica, originada em Porto Alegre, detém a posição de maior empresa
da Região Sul e atua em doze países nas Américas, Europa e Ásia.
Fonte: Site Gerdau

Grupo JBS: Fundada em Goiás, a empresa abrange marcas como Leco, Vigor e Friboi. É
considerada uma das maiores indústrias alimentícias do mundo, operando nos EUA,
Austrália, Canadá, México, Porto Rico, entre outros países.
Fonte: Site JBS

Tigre: De Santa Catarina, é uma das empresas brasileiras mais poderosas, presente em
mais de trinta países, liderando a fabricação e distribuição de tubos e conexões.
Fonte: Site Tigre

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Natura: Empresa paulista que expandiu sua atuação para a Argentina, Chile, Colômbia,
México, Peru, Venezuela, França e EUA, tendo sido premiada por sua visão
empreendedora pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
Fonte: Site Natura

EMPRESAS ESTRANGEIRAS COM ATUAÇÃO NO BRASIL

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Ford: Uma das primeiras empresas a chegar ao Brasil junto com outras montadoras de
veículos, como Volkswagen e GM. A subsidiária brasileira iniciou as operações em 1919 e
lançou o primeiro automóvel, o Ford Galaxie 500, em abril de 1967.
Fonte: Christian Castanho / Quatro Rodas

Johnson & Johnson: No quesito monopólio, é uma das empresas que mais se sobressai,
visto que controla a maior parte do mercado mundial de higiene, atuando em mais de
noventa países. No Brasil, está presente nos segmentos farmacêutico e médico-
hospitalar, além de atender o consumidor final.
Fonte: Johnson & Johnson Brasil

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Microsoft: Fundada em 1989, a filial brasileira possui onze escritórios e gera
oportunidades para milhares de outras empresas e profissionais, além de se destacar pela
responsabilidade social que assume em projetos voltados para a comunidade.
Fonte: Site Microsoft

Visa: Presente no Brasil desde 1971, deu início a suas atividades junto ao Bradesco. A
partir de 1986, passou a funcionar por conta própria, oferecendo soluções para
pagamentos. Atualmente, o foco da empresa são as moedas digitais.
Fonte: Site Visa

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Nestlé: De origem suíça, é uma das maiores empresas com atuação no setor de alimentos
e bebidas do Brasil, desde 1976.
Fonte: Site Nestlé

As empresas transnacionais são o último estágio de um longo processo de


internacionalização da economia, que teve seu início no fenômeno da globalização ao
final do século XX. Elas surgiram devido às seguintes demandas:

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Quais são as características das empresas transnacionais?

Como você pode perceber, a globalização impulsionou a internacionalização das


empresas, proporcionando inúmeras vantagens às organizações. Vejamos
algumas:

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A aproximação das fronteiras associada à facilidade de comunicação proporcionada
pela internet, possibilita a compra de produtos a partir de qualquer lugar do mundo.
Atualmente, somos 120 milhões de brasileiros conectados à internet. Jovens, brasileiros e
norte-americanos, podem usar a mesma marca de tênis. Pessoas em qualquer lugar do
mundo podem ouvir a mesma música. Um programa de televisão pode ser realizado em
vários países. É só pensar nos programas de culinária ou nos shows de talentos que você
assiste na TV ou no smartphone.

Um bom exemplo é o Spotify, famoso aplicativo sueco


de streaming de música e um dos maiores serviços de
áudio online, que conta com uma comunidade de 230
milhões de usuários.

A circulação de produtos, caracterizada pela rapidez, possibilita que uma pessoa compre
produtos da China ou de outros países com facilidade e pague como quiser. Além disso, é
possível ter acesso a marcas que antes eram disponibilizadas apenas em pontos
específicos. Esses recursos abriram novas fronteiras de negócios para as organizações.

A globalização, no entanto, não traz apenas benefícios; é importante destacar os pontos


negativos decorrentes do mundo globalizado em que vivemos:

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De acordo com Saroldi* (2011), essa hegemonia cultural ocorre porque, uma vez que toda
troca de mercadorias tem como pano de fundo uma determinada cultura, nunca se trata
apenas de transferência de produtos e sim de ritos e hábitos culturais. As fronteiras
organizacionais ultrapassam os fatores comerciais atrelados a um produto ou serviço.
O consumidor adquire também um conjunto de valores, crenças, tradições e hábitos de
determinada cultura.

Qual é o resultado disso tudo?

Todos comem as mesmas comidas, vestem-se do


mesmo jeito, usam as mesmas frases e assistem ao
mesmo seriado! A Netflix é um exemplo da relação
entre globalização e cultura.

Você reconhece a frase a seguir?

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“ Lidere seu exército e esmague o inimigo! O Trono de
Ferro é seu por direito! O inverno está chegando.

Se sim, provavelmente foi um dos milhões de fãs que assistiram à famosa série Game of
Thrones! O que para alguns é sinal de liberdade para escolher, para outros,
significa homogeneização cultural. Para perceber isto, basta olhar para os lados e você
verá que esse fenômeno faz parte dos mercados globalizados.

PERSPECTIVAS ORGANIZACIONAIS NA CONTEMPORANEIDADE

Uma pesquisa realizada pela ADP* (2016) contou com a participação de 2 mil
funcionários de empresas. Essas organizações possuíam 250 ou mais empregados no
Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda,
Austrália, China, Índia e Cingapura. Com esse estudo, foi possível indicar as cinco
principais tendências que afetarão o ambiente de trabalho global nos próximos anos. São
elas:

*ADP: É uma empresa global que oferece soluções de tecnologia para a Gestão do Capital
Humano e da Folha de Pagamento. Atende mais de 740 mil clientes em mais de 140
países.
Fonte: Site da ADP

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1. Liberdade

Poder de escolha sobre como, onde e em que horário trabalhar. É a hora e a vez
do trabalho remoto*.

*Trabalho remoto: É uma tendência cada vez mais incorporada por empresas e
profissionais do meio corporativo. Em linhas gerais, o trabalho remoto significa trabalho a
distância e pode ser realizado em qualquer lugar. Você decide onde quer trabalhar.
Para conhecer um pouco mais sobre essa modalidade de trabalho, leia o artigo Times
remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana, publicado no
dia 6 de abril de 2018, no site Endeavor.

2. Conhecimento

Adoção da tecnologia* como o principal instrumento de aprendizado e registro de novos


conhecimentos no meio corporativo.

*Tecnologia: Conforme diz Maurício Benvenutti, sócio da Startse, a tecnologia está


fazendo pelo nosso cérebro o mesmo que as máquinas a vapor fizeram pelos nossos
braços na Revolução Industrial.

O conhecimento (informação, inteligência e expertise) é a base da tecnologia e da sua


aplicação. No cenário competitivo do século XXI, é um recurso organizacional intangível,
fundamental e uma fonte valiosa de vantagem competitiva devido à sua capacidade de
gerar mais valor a partir da realização de ações diferentes e melhores do que as da
concorrência.

Em sua palestra Humanos 4.0: no brain, no gain, Martha Gabriel — uma das principais
pensadoras digitais do Brasil e autora de best-sellers, como Marketing na Era Digital,
Educ@r: a (r)evolução digital na educação e Você, Eu e os Robôs: Pequeno Manual do
Mundo Digital — explica como sobreviveremos em um mundo tão digital.

3. Estabilidade

Menos emprego e mais empregabilidade, com profissionais atuando sob demanda*, e


não por contratos de longo prazo.

*Profissionais atuando sob demanda: A flexibilização das leis trabalhistas tem sido uma
tendência com o surgimento de novas profissões e o desaparecimento ou automação de
outras. A Accenture — multinacional que presta consultoria na área de gestão, tecnologia

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da informação e outsourcing — realizou um estudo no qual defende a transformação
digital responsável por meio do investimento na educação dos trabalhadores, já que é
impossível prever quais serão as profissões do futuro. A pesquisa também avalia as
probabilidades de automação de tarefas rotineiras em países da América Latina. Além
disso, demonstra que as habilidades sociais e cognitivas são cada vez mais requeridas e
devem ser desenvolvidas por quem deseja manter sua empregabilidade em alta.

Para conhecer a pesquisa completa, leia o texto América Latina: competências para o
trabalho na era das máquinas inteligentes, disponível no site da Accenture.

4. Autogestão

O protagonismo do profissional no trabalho e o desafio de gerenciar sua própria carreira.

5. Significado e propósito

O salário não será o fator decisivo para a retenção de um profissional se a atividade


exercida não fizer sentido ou não estiver conectada às aspirações pessoais e
ao propósito de cada pessoa.

Você deve ter percebido que essa pesquisa apresenta novos formatos tanto para
as organizações quanto para os profissionais nos ambientes globais e confirma a
possibilidade de se fazer negócios de elevada escalabilidade. O fato é que o ambiente
global e a Indústria 4.0* mudaram a forma como consumimos produtos e serviços.

*Indústria 4.0: Também chamada de Quarta Revolução Industrial, é a aplicação da


tecnologia no mundo de negócios, geralmente associada à inteligência artificial, robótica,
computação em nuvem ou internet das coisas.

Para conhecer um pouco mais sobre a indústria 4.0, leia o texto A indústria 4.0 e os
artesãos da era digital de Marcelo Souza, publicado no site HSM.

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Indústrias inteiras estão sendo
afetadas. É difícil encontrar alguém
que nunca tenha usado serviços de
economia compartilhada,
responsáveis por movimentar a
economia, conectar pessoas e
facilitar a vida de todos nós.

Perceba que a quebra das barreiras e limites organizacionais abriu espaço para outras
possibilidades de se fazer negócios. Bauman (1999) afirma que se a globalização tanto
divide como une, para essas empresas, escolher a colaboração fez muito mais sentido;
afinal, nenhuma organização sobrevive de forma isolada.

“O movimento de cooperar para competir no ambiente empresarial tem relação direta


com a busca de estratégias mais eficientes, e as empresas já descobriram que essa
jornada colaborativa pode ser um caminho para a manutenção da vantagem competitiva
sustentada.” (PORTER*, 2009)

*Porter: É um economista e professor norte-americano. Graduou-se em Engenharia


Mecânica e Aeroespacial na Universidade de Princeton e possui MBA em doutorado
Economia Empresarial pela Harvard Business School. Profissionalmente se destaca como
consultor e conselheiros de empresas no nível estratégico.
Fonte: Infopédia

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VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. Empresas que conseguem expandir as relações de negócios, adotando uma estrutura


mais flexível, pulverizando o capital acionário e dando autonomia a suas filiais para
adaptação de produtos e serviços às particularidades do país onde atuam, são
denominadas:

a) Multinacionais

b) Transnacionais

c) Internacionais

d) Nacionais

Comentário

Parabéns! A alternativa B está correta.

As empresas transnacionais conferem mais autonomia às suas filiais, adaptam o produto


às peculiaridades de outros países e têm uma estrutura mais dispersa.

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2. Uma das tendências de expansão das relações de negócios na contemporaneidade é a
chamada economia compartilhada (Uber, AirBnB, Rappi, Ifood e Yellow). Esse modelo se
refere:

a) ao compartilhamento do acesso a bens e serviços com base em processos


colaborativos.

b) a negócios que conectem trabalhadores/freelancers ao home office, de acordo com a


necessidade das empresas, gerando economia tanto para o empregador quanto para os
colaboradores.

c) à adoção de estruturas que permitem a uma empresa transferir para outra suas
atividades principais, reduzindo a estrutura operacional e desburocratizando a
administração.

d) a um contrato de cessão de um fator de produção de uma empresa para outra, cujo


objetivo principal é a redução de custos.

Comentário

Parabéns! A alternativa A está correta.

Investir em negócios que priorizem a economia compartilhada pode ser uma excelente
opção no mercado globalizado.

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INTRODUÇÃO

Como você pode perceber, a situação que vimos é um caso de sustentabilidade


corporativa. Sob essa perspectiva, a empresa passa a assumir uma postura mais
comprometida com o meio ambiente e com a sociedade. A seguir, vamos conhecer as
dimensões da sustentabilidade que nos ajudam a determinar se uma empresa é, de fato,
sustentável.

DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE

Se consultarmos o dicionário, vamos encontrar a seguinte definição para


sustentabilidade:


Sustentabilidade

Qualidade ou propriedade do que é sustentável, do


que é necessário à conservação da vida; conceito
que, relacionando aspectos econômicos, sociais,
culturais e ambientais, busca suprir as
necessidades do presente sem afetar as gerações
futuras.

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Em 1987, a Comissão Mundial de Meio Ambiente definiu o desenvolvimento sustentável
como a capacidade de satisfazer as necessidades presentes sem comprometer as
gerações futuras quanto ao atendimento de suas próprias necessidades. (GOLLO*, 2009)

*Gollo: Batista Luis Gollo possui graduação em Administração Comércio Exterior pela
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (2003). É pós-graduado
em Comércio Exterior pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC (2005) e
mestre pela Universidade de Passo Fundo - UPF na área de Gestão, Infraestrutura e Meio
Ambiente.
Fonte: Currículo Lattes

Seguindo essa mesma linha, em 1994 John Elkington* lançou o termo Triple Bottom
Line - Tripé da Sustentabilidade, em seu artigo The Triple Bottom Line: What is It and How
does it Work?. A proposta do autor é definir o conceito de sustentabilidade sob as
perspectivas econômica, social e ambiental. Dessa forma, uma empresa sustentável deve
desenvolver um negócio que seja:

*John Elkington: Consultor e autor britânico, mundialmente conhecido por seu trabalho
em grandes empresas. Foi um dos precursores da responsabilidade socioambiental
corporativa.

O artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work? foi publicado no site IBR
Indiana Business Review.

Conforme diz Luciano Munck* (2013), uma empresa efetivamente sustentável precisa ser
conduzida considerando não só o fator econômico, mas também seus impactos
ambientais e o relacionamento com seus colaboradores e demais partes interessadas.

*Munck: Luciano Munck possui pós-doutorado pelo Building Sustainable Value Research
Centre - Ivey Business School - Western University - Ontário/CA (2014); doutor em
Administração pela Universidade de São Paulo (2005); mestre em Engenharia de
Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999); e graduado em

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Administração pela Universidade Federal de Viçosa (1997). É professor Associado e
Pesquisador na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e possui experiência na área de
Administração, com ênfase nas inter-relações das temáticas Gestão, Estratégia,
Competências e Sustentabilidade.
Fonte: Currículo Lattes

A sustentabilidade é mais do que o simples cuidado com os recursos naturais.

Para que uma organização seja sustentável, é necessário que ela tenha ideias renováveis
e gerencie suas atividades para lucrar de forma responsável, com foco na perpetuação da
companhia. Agora reflita:

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Será que existem empresas no Brasil que conseguem atender às três perspectivas e atuar
de forma sustentável?

Ao refletir sobre sustentabilidade corporativa, você consegue lembrar de alguma marca


nacional?

Se você pensou na Natura, está bem conectado com o tema!

A Natura foi a empresa brasileira que teve a melhor


posição (14ª) no ranking do The Global 100* em 2018,
que elencou 100 empresas com as melhores práticas

*The Global 100: É uma lista da Corporate Knights, publicação canadense especializada
em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável. Anualmente, são listadas as
100 empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa no mundo e o
resultado é publicado no Fórum Econômico Mundial.

A reportagem com a lista completa das 100 empresas mais sustentáveis foi publicada no
dia 29 de janeiro de 2018 por Vanessa Barbosa no site da Revista Exame com o título As
100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018.

De acordo com Barbosa* (2018), para chegar a essa lista, a publicação seleciona
empresas de todos os setores com base em indicadores como energia, emissões de
carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de
impostos, a relação entre o salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de
previdência corporativos e o percentual de mulheres na gestão. Vejamos quais foram as
outras empresas brasileiras presentes no ranking do The Global 100 em 2018:

*Barbosa: Vanessa Barbosa é colunista da Revista Exame. Graduou-se em jornalismo na


Universidade Federal do Rio de Janeiro; é pós-graduada em Direito Ambiental e Gestão
Estratégica Sustentável pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo; e é mestre em
Sustentabilidade, Meio Ambiente e Sociedade, Riscos Químicos, Construção social de
risco pela Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: LinkedIn

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Olhe só que curioso: as empresas brasileiras listadas entre as 100 melhores em práticas
de sustentabilidade corporativa pertencem a diferentes áreas de atuação. Isso nos mostra
que não é a natureza do negócio da empresa que vai viabilizar que ela tenha práticas
sustentáveis e sim a maneira como ela executa suas atividades e se relaciona com o meio
ambiente e com as pessoas do entorno.

Para se tornar sustentável, a empresa


precisa repensar não apenas o
que faz, mas também como faz!

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade


Social é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público) cuja missão é mobilizar,
sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus
negócios de forma socialmente responsável, tornando-
as parceiras na construção de uma sociedade justa e
sustentável.

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Como você pode perceber, as empresas são vistas como poderosos agentes públicos que
têm a responsabilidade de respeitar os direitos dos cidadãos individuais. Segundo Philippi
Jr.* (2017), essa é uma tendência global que busca reformular os negócios a partir da
adesão e aplicação dos princípios de sustentabilidade. É um processo que exige o
comprometimento das empresas com questões socioambientais.

*Philippi Jr.: Arlindo Philippi Junior tem Mestrado em Saúde Ambiental e Doutorado em
Saúde Pública (USP), pós-doutorado em Estudos Urbanos e Regionais (MIT/EUA) e livre
docência em Política e Gestão Ambiental (USP). É professor titular da Universidade de São
Paulo e é docente na Faculdade de Saúde Pública. Publicou 72 artigos científicos em
periódicos qualificados, 123 capítulos de livros e 50 livros publicados e/ou organizados.
Fonte: Currículo Lattes

DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL

O diagnóstico resulta do estudo e da análise de indicadores e variáveis que caracterizam


uma situação. Realizar o diagnóstico socioambiental permite identificar as
necessidades e os problemas prioritários juntamente com suas respectivas causalidades,
além de apontar os recursos e as potenciais oportunidades de desenvolvimento para
melhorar as práticas sustentáveis de uma organização.

“O diagnóstico está diretamente relacionado à estratégia socioambiental adotada pela


empresa. Ao avaliar as demandas sociais e os impactos ambientais, a empresa pode
identificar oportunidades e ameaças ambientais e forças e fraquezas internas para definir
as ações urgentes, as medidas corretivas, inovações de médio e longo prazo na área de
atuação e inovações em novos negócios.” (BARBIERI*, 2016)

*Barbieri: Jose Carlos Barbieri é mestre e doutor em Administração pela FGV/EAESP. Foi
professor em renomadas instituições de ensino superior como a Universidade Federal do
Mato Grosso do Sul e a PUC de São Paulo. É autor e coautor de livros, capítulos de livros e
artigos publicados no Brasil e em diversos países sobre desenvolvimento sustentável,
gestão ambiental e gestão da inovação; além de atuar como palestrante, conferencista e
consultor de empresas.
Fonte: Currículo Lattes

Veja a seguir um exemplo de Diagnóstico Socioambiental*:

*Diagnóstico Socioambiental: A matriz SWOT, conhecida no Brasil como Matriz FOFA,


mede as forças (S de strengths), fraquezas (W de weaknesses) do negócio – fatores
internos –, oportunidades (O de opportunities) e ameaças (T de threats) do
macroambiente – fatores externos. Muito utilizada pelas empresas durante o
planejamento estratégico e para novos projetos, ela consiste em uma análise detalhada
da situação do negócio no cenário econômico, o que ajuda o empreendedor na tomada de
decisão.

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Para conhecer um pouco mais sobre a ferramenta, leia o artigo Matriz SWOT: Entenda
como usar e as vantagens para sua empresa, publicado no dia 15 de janeiro de 2015 no
site Endeavor.

Oportunidades

• Entrar em novo mercado;


• Estar entre os primeiros a oferecer uma versão ambientalmente correta de um produto
tradicional;
• Reduzir custos e economizar recursos;
• Garantir a sobrevivência da empresa a longo prazo por meio de uma boa imagem em
termos ambientais;
• Aumentar a performance dos colaboradores com a definição de novos objetivos de
projeção ambiental.

Ameaças

• Regulamentação ambiental exigindo investimentos adicionais ou tornando os


produtos não rentáveis;
• Ampliação da intervenção estatal contrária à empresa;
• Maior participação de concorrentes no mercado com produtos verdes;
• Diminuição da identificação dos funcionários com a empresa, resultando em
dificuldade para reter e recrutar pessoal.

Forças

• Produtos ambientalmente amigáveis;


• Processos eficientes, poupadores de energia e materiais;
• Sem geração de resíduos tóxicos;
• Boa imagem cultivada pela empresa, considerada verde e limpa;
• Administração e funcionários comprometidos com a preservação ambiental;
• Capacitação em desenvolvimento de novos produtos;
• Clima propício para realização de inovações.

Fraquezas

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• Produtos que não são reciclados facilmente;
• Embalagens feitas com materiais não recicláveis;
• Presença de processos poluidores;
• Geração de resíduos perigosos;
• Empresa considerada poluidora pela população local;
• Administração e funcionários não são comprometidos com a preservação ambiental;
• Pouca ou nenhuma capacitação em desenvolvimento de novos produtos.

Um diagnóstico socioambiental pode gerar várias possibilidades de ações de


desenvolvimento sustentável, bem como identificar se as práticas realizadas pela
empresa precisam ser repensadas ou se já estão de acordo com os princípios da
sustentabilidade.

CERTIFICAÇÕES

As certificações podem ser consideradas atestados formais ou selos externos de


qualidade emitidos por autoridades independentes, após uma avaliação de evidências. As
pessoas podem receber certificados por cursos de pós-graduação ou títulos de
doutorado, emitidos por universidade reconhecida e avaliada pela CAPES. Organizações
ou processos de organizações também podem receber certificados.

Por exemplo, uma biblioteca de uma


faculdade pode receber o selo de qualidade
em gestão ISO 9001:2015, o que não quer
dizer que seus livros são bons e de alta
qualidade, mas sim que a biblioteca é bem
gerenciada e isso foi comprovado
após acreditação ou auditoria por instituição
reconhecida.

As certificações podem ser individual ou organizacional. Vejamos alguns exemplos


desses tipos de certificações:

INDIVIDUAL

• Certificação Profissional de Gestão de Projetos (PMP);


• Certificado C2 Proficiency, de proficiência em inglês.

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ORGANIZACIONAL:

• Certificação ISO 14000, de gestão ambiental;


• Certificação OHSAS 18001 para promoção de ambiente seguro e saudável (saúde
ocupacional);
• SA8000, que certifica o sistema de gestão da responsabilidade social de uma
empresa;
• Certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council).

ECOEMPREENDEDORISMO

Infelizmente muitas empresas, principalmente as de bens de consumo, adotam a


chamada obsolescência programada, ou seja, desenham e fabricam seus produtos para
curtos ciclos de produção-consumo-descarte, visando garantir novas vendas para
manterem-se competitivas no mercado. Uma das principais consequências disso é
o descarte.

Será que as empresas estão preparadas ou se organizam para minimizar os


impactos dos resíduos provenientes da produção crescente?

Muitas empresas já estão adotando práticas conscientes e muitas outras estão surgindo
no contexto do chamado ecoempreendedorismo, que, segundo Marta Torezam*, líder da
área de acesso a mercados do Sebrae – MT, vai além da preservação da fauna ou da
flora. Nesse novo modelo de pensar e agir, a competição e a cooperação caminham
juntas, à medida que rompem com o conceito de que é preciso um perder para o outro
ganhar.

*Marta Torezam: É graduada em jornalismo pela UNIMEP e atua como gerente de


empreendedorismo do Sebrae – MT.
Fonte: LinkedIn

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O ecoempreendedorismo surge como uma tendência de as organizações atenderem às
demandas de sustentabilidade, ou seja, de estarem atentas e organizadas não só para
maximizar os resultados econômicos, mas também para agregar valor
socialmente e neutralizar o possível impacto ambiental negativo de suas práticas. Nesse
contexto, surgiram oportunidades de criação de negócios prioritariamente focados em
atender demandas, solucionar problemas ou, pelo menos, minimizar impactos
socioambientais.

Um exemplo de ecoempreendedorismo
são os restaurantes naturais, que
crescem em várias cidades do Brasil. A
preocupação com o aumento da
obesidade e com a qualidade da
alimentação oferecida em muitos
restaurantes possibilitou o investimento
de empreendedores em buffets com
uma alimentação mais natural.

São muitas as oportunidades para o ecoempreendedorismo. Quando a criatividade do


brasileiro se encontra com as demandas da sociedade, podem surgir negócios rentáveis e
sustentáveis. É aqui que chegamos a um novo conceito: ecoinovação.


Schumpeter ensinou que inovar não é só criar um
novo produto ou aperfeiçoá-lo, mas também criar
um novo método de produção, abrir um novo
mercado, conquistar uma nova fonte de mão de
obra ou de matérias-primas, criar uma nova forma
de organização dos negócios.

(AMATO NETO, 2015)

Ao citar Schumpeter*, unindo o conceito de inovação ao universo da


sustentabilidade, Amato Neto* (2015) apresenta uma série de exemplos:

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*Schumpeter: Economista de origem austríaca que se destacou no campo da teoria
economista moderna. Graduou-se em Direito, tendo estudado metodologia sistemática da
ciência econômica em Viena. Ficou famoso em 1912 por desenvolver a teoria do
desenvolvimento econômico.
Fonte: Educação.uol (2015)

*Amato Neto: Possui pós-doutorado em Economia e Administração de Empresas pela


Università Ca' Foscari di Venezia (Itália). Livre-docente e doutor em Engenharia de
Produção pela POLI-USP, mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio
Vargas (EAESP-FGV) e bacharel em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de
São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).
Fonte: Currículo Lattes

A ecoinovação não precisa ser disruptiva,


ou seja, não precisa transformar o
mercado, o setor existente ou redefinir seu
funcionamento. Ela pode ser menor, mais
simples e baseada em pequenas
mudanças que geram impacto
socioambiental.

Se cada empresa fizer a sua parte, o


resultado será a diminuição dos efeitos
negativos da atividade corporativa no
planeta.

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O documentário Uma verdade inconveniente,
lançado em 2006 e vencedor de cinco prêmios
Oscar, incluindo o de melhor documentário,
demonstra um exemplo de efeito negativo da
atividade corporativa no planeta, que é o caso
do efeito estufa.

Quer ver alguns exemplos de ecoinovação?

Esses exemplos mostram como diferentes empresas aproveitaram a onda dos aplicativos
e identificaram nas dificuldades de mobilidade urbana, no trânsito que faz muitos
brasileiros perderem horas do seu dia, a oportunidade de oferecer esse tipo de transporte
alternativo. Você já experimentou?

Outro conceito que articula as relações entre organizações, ecossistemas e sociedade é o


de ecogestão. Nesse conceito, além de se preservar o meio ambiente, deve-se cuidar
da relação com as pessoas ao seu redor, sejam clientes, fornecedores ou moradores da
comunidade do entorno. Organizações que se relacionam com outras, mesmo que sejam
as suas concorrentes, de forma harmoniosa e respeitosa, também estão nesse caminho.

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Cuidar das relações com as pessoas e demais organizações é um passo para a
construção ou manutenção de um ecossistema saudável, equilibrado e harmonioso. O
cenário é propício para relações favoráveis com a sociedade, construindo uma imagem
sólida e coerente com as práticas da organização.

A ecogestão precisa estar alinhada à estratégia da organização e ser parte da filosofia da


companhia. Além disso, deve acontecer em todas as áreas e departamentos, sendo o fio
condutor das tomadas de decisão e de processos de transformação nas áreas
de marketing, finanças, gestão de pessoas ou produção e operações. No caso da área de
produção, um fator relacionado à ecogestão é a mudança no paradigma, saindo da lógica
de produção enxuta, cujo foco é redução de desperdícios no processo produtivo, para a
da produção sustentável, minimizando custos ambientais e sociais.

A Samsung é um exemplo de empresa que adotou um


sistema de ecogestão com o slogan Planet First*.

*Planet First: Para conhecer o sistema de ecogestão da Samsung, busque em seu


navegador a política de sustentabilidade da empresa. Procure o slogan PlanetFirst: A
Terra é a nossa prioridade, e saiba qual sua filosofia, sua visão e seu objetivo. Você
encontrará, também, as regras e diretrizes das ações na empresa; o processo de

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certificação dos produtos; informações ecológicas sobre os produtos; e o status da
certificação de local de trabalho.

É na contramão do consumismo que surge o minimalismo, um modelo de consumo


sustentável, que tem como pano de fundo a preocupação com o meio ambiente,
apostando na redução de produtos e na vivência de mais experiências. Além disso,
existem inúmeras outras tendências de negócios sustentáveis. Foi nessa linha que a
FIESP publicou o Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades
para o setor de negócios*. Esse documento fala sobre a produção e o consumo como
fator de competitividade em um mercado de concorrência crescente. Apresenta também
alternativas em produção e consumo sustentáveis e oportunidades de negócios para as
empresas, como a lógica de menos resíduo e mais produção e a gestão sustentável na
cadeia de valor.

*Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de


negócios: Esse guia foi criado a partir de uma parceria entre a FIESP (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo) e o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente) e tem como objetivo engajar o setor industrial do Brasil na promoção de
políticas e práticas sustentáveis na produção e no consumo, especificamente as médias e
pequenas empresas.
Fonte: Site FIESP

Um exemplo bem conhecido é a alimentação


vegana. Há pessoas que querem se alimentar
de forma saudável, mas não sabem como
cozinhar ou não têm tempo. Portanto, investir
nessa área pode ser interessante. Ao criar
alimentos congelados saudáveis ou fazer
entregas, as chances de ter um bom público
podem ser grandes.

OBJETIVOS GLOBAIS PARA O DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL

Ao longo dos anos as empresas transformaram suas políticas e práticas influenciadas por
tendências locais ou internacionais. Com a globalização, as decisões tomadas pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, como a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) pelos 193 Estados-membros, imediatamente reverberam nas políticas
e práticas de organizações do mundo todo. Veja a seguir a descrição dos 17 objetivos:

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Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas são um
direcionamento para a nova Agenda universal. Eles buscam concretizar os direitos
humanos e alcançar a igualdade de gênero. São integrados, indivisíveis e equilibram as
dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável.


Os objetivos e metas estimularão a ação para os
próximos 15 anos em áreas de importância crucial:
pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria.

(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015)

Vale ressaltar que a ONU* criou a Agenda 2030: um plano de ação para as pessoas,
planeta e prosperidade buscando fortalecer a paz universal com mais liberdade. A ideia é
que todos os países e partes interessadas atuem em parceria na implementação desse
plano. As empresas que alinharem suas ações aos objetivos e metas propostos na
Agenda 2030 terão um diferencial competitivo internacionalmente.

*ONU: A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma
organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para
trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.
Fonte: Site da ONU

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VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. Milton é dono de uma pequena empresa que produz marmitas e as distribui em regiões
próximas. Ao ler sobre ecoinovação, teve a ideia de trocar as embalagens de isopor por
recipientes biodegradáveis, elevando um pouco o custo, mas com excelente aceitação
dos clientes e aumento significativo dos pedidos. Considerando seus conhecimentos
sobre gestão sustentável, assinale a alternativa correta:

a) O que ele fez não foi ecoinovação, já que não redefiniu o funcionamento do mercado ou
do setor existente.

b) Ele fez ecoinovação, uma vez que pequenas mudanças, capazes de gerar impacto
socioambiental, também são válidas.

c) Ele fez ecoinovação, pois qualquer mudança nas práticas organizacionais pode se
encaixar nesse conceito.

d) O que ele fez não foi ecoinovação, visto que a mudança na embalagem gera um
impacto muito pequeno no meio ambiente.

Comentário

Parabéns! A alternativa B está correta.

A ecoinovação é caracterizada, principalmente, pelo impacto socioambiental, podendo ser


de grandes proporções ou não. Movimentos pequenos, como o narrado na questão, são o
início da institucionalização de práticas de sustentabilidade em pequenas e médias
empresas.

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2. A Energia Verde é uma empresa que trabalha com energia renovável, com ações
pautadas no respeito ao meio ambiente. Apesar de lucrativa, a organização tem
apresentando sérios problemas quanto ao relacionamento com colaboradores e outras
partes interessadas. Podemos dizer que a Energia Verde é adepta da sustentabilidade
corporativa?

a) Sim, pois atende a todas as perspectivas do tripé da sustentabilidade.

b) Não, pois não atende à perspectiva social.

c) Não, pois não atende à perspectiva econômica.

d) Não, pois não atende à perspectiva ambiental.

Comentário

Parabéns! A alternativa B está correta.

Para atender à perspectiva social, a empresa deve prezar pelo relacionamento com
colaboradores e demais partes interessadas por meio da adoção de políticas e práticas
justas e coerentes, buscando uma relação saudável a longo prazo.

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Discutimos o papel do gestor no contexto dos mercados globalizados, caracterizados
pela quebra das barreiras organizacionais e abertura de outras possibilidades de
negócios. Também destacamos como a transformação digital poderá afetar o ambiente
de trabalho nos próximos anos.

Você aprendeu a desenvolver novos negócios dentro uma perspectiva sustentável, como
é o caso do ecoempreendedorismo, que cresce no meio corporativo a partir da criação de
negócios específicos para atender as demandas da comunidade, solucionar problemas e
minimizar impactos socioambientais, visando à construção coletiva de um ecossistema
saudável, equilibrado e harmonioso para todos nós.

REFERÊNCIAS

ADP, AUTOMATIC DATA PROCESSING. O Futuro do Trabalho (FOW) - Conheça as


principais tendências que irão afetar o ambiente de trabalho global nos próximos anos.
2016. Consultado em meio digital em: 16 mar. 2020.

AMATO NETO, J. A era do ecobusiness: criando negócios sustentáveis. Barueri: Manole,


2015.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 4. ed.


São Paulo: Saraiva, 2016.

BARBOSA, V. As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018. In: EXAME, 2018.

BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.

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DO KLICK EDUCAÇÃO. Joseph Alois Schumpeter - Economista dos EUA de origem
austríaca. In: Educação UOL. Publicado em: 17 ago. 2015.

FRAZÃO, D. Zygmunt Bauman - Sociólogo polonês. In: Ebiografia. Consultado em meio


digital em: 16 mar. 2020.

GOLLO, B. L. Diagnóstico socioambiental de uma empresa do ramo têxtil da cidade de


Erechim, RS. III Encontro de Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí, 2009.

JUST, M. D. As práticas de liderança sustentável e o conceito de modelos de negócios


sustentáveis no contexto brasileiro. 2018. Dissertação (Mestrado em Administração).
Faculdade Meridional – IMED Passo Fundo.

MUNCK, L. Gestão da sustentabilidade nas organizações: um novo agir frente à lógica das
competências. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

NORTH, K. Environmental business management: an introduction. Management


Development Series, n. 30, 2. ed. Geneve: International Labor Office (ILO), 1997.

PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS. Um bom negócio para todo mundo. ed.
213, 2006.

PHILIPPI JR., A. (Coord). Gestão empresarial e sustentabilidade. Barueri, SP: Manole,


2017.

PORTER, M. E. Competição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

PORTER. In: Infopédia. Porto: Porto editora, 2003-2020.

SAROLDI, N. Mal-estar na Civilização: As obrigações do desejo na era da globalização.


São Paulo: José Olympio, 2011.

SBCOACHING. Empresas Transnacionais: o que são, história e exemplos. Publicado em: 4


jun. 2019.

SUSTENTABILIDADE. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2019.

TOURINHO, I. Arte, atualidade e ensino. In: CUNHA, D. S. S.(org.) Guarapuava: Unicentro,


2013.

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EXPLORE +

Leia os textos:

17 objetivos para transformar nosso mundo. Nações Unidas Brasil, s.d.

20 anos de Google: a globalização da informação. HSM, 2018.

América Latina: Competências para o trabalho na era das máquinas inteligentes.


Accenture, 2018.

A indústria 4.0 e os artesãos da era digital. HSM, 2019.

As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018, de Vanessa Barbosa. Exame,


2018.

Ecoinovar - É mais que uma tendência. É imprescindível. Centro Sebrae de


Sustentabilidade, s.d.

Estas são as 96 profissões do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial, de Luísa


Granato. Exame, 2020.

Da imitação à inovação: o que o empreendedor aprende na China, de Eduardo Ferreira


Lima. Endeavor, 2018.

Matriz SWOT: Entenda como usar e as vantagens para sua empresa. Endeavor, 2015.

PNUD firma parceria com empresa de mídia para ampliar conscientização sobre objetivos
globais. Instituto Ethos, s.d.

PlanetFirst: A Terra é a nossa prioridade. Samsung, s.d.

Cultura e Globalização, de Rodolfo Pena. Mundo Educação, s.d.

Times remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana.


Endeavor, 2018.

Triple Bottom Line: What Is It and How Does It Work? SLAPER, T. F.; HALL, Tanya J.
Indiana University Kelley School of Business, Indiana Business Research Center, vol. 86, n.
1, 2011.

Implantação de modelos de negócios sustentáveis: barreiras e mecanismos de sucesso,


de Bárbara dos Santos Spezamiglio 2016. Dissertação (Mestrado em Administração) -

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Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto. Catálogo USP:
Ribeirão Preto, 2016.

Spotify completa 10 anos como ‘salvador’ da indústria fonográfica. Veja, 2018.

Guia EXAME de Sustentabilidade analisa empresas brasileiras, de Renata Vieira Exame,


2017.

Viver melhor com menos: entenda a tendência de consumo minimalista. G1, 2019.

Guia PCS - Produção e consumo sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de


negócios. Yoshimochi, A. P. et al. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, s.d.

10 ideias de negócios lucrativas e sustentáveis, de Priscila Zuini. Exame, 2016.

Ouça o podcast:

Sustentabilidade, do discurso à prática. Produção de Podcast Rio Bravo. São Paulo: 2013.

CONTEUDISTAS

Keila Regina Mota Negrão

Maíra Vasconcelos Nogueira

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