O documento discute as missões católicas para outros continentes no século XVI, incluindo os desafios enfrentados. Francisco Xavier abriu as portas para a Igreja na Índia e Japão antes de sua morte. Discussões surgiram sobre os ritos malabaricos e chineses adaptados às culturas locais, que foram eventualmente proibidos pelo Papa em 1742, levando à perseguição de cristãos na China.
Descrição original:
Título original
Historia da Igreja ritos chineses e ritos malabários
O documento discute as missões católicas para outros continentes no século XVI, incluindo os desafios enfrentados. Francisco Xavier abriu as portas para a Igreja na Índia e Japão antes de sua morte. Discussões surgiram sobre os ritos malabaricos e chineses adaptados às culturas locais, que foram eventualmente proibidos pelo Papa em 1742, levando à perseguição de cristãos na China.
O documento discute as missões católicas para outros continentes no século XVI, incluindo os desafios enfrentados. Francisco Xavier abriu as portas para a Igreja na Índia e Japão antes de sua morte. Discussões surgiram sobre os ritos malabaricos e chineses adaptados às culturas locais, que foram eventualmente proibidos pelo Papa em 1742, levando à perseguição de cristãos na China.
CENTRO DE ESTUDOS DA ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO
GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA
HISTÓRIA DA IGREJA MODERNA
JOÃO GABRIEL DA CRUZ ANDRADE
Missões Católicas além-mar: dificuldades e perspectivas; A questão dos
ritos chineses e malabáricos e os jesuítas.
No século XVI as missões na Igreja já eram presentes primeiramente
dentro do próprio continente Europeu com o intuito de catequisar os Católicos frente à ameaça protestante, são as missões catequéticas, penitenciais e ecléticas. Porém é neste mesmo século onde a Igreja tem um grande impulso missionário para os outros continentes. Segundo Nicolau V em 1455 as missões além-mar que eram para “a salvação das almas, para a salvação da fé e para humilhação dos inimigos”, mas serviam também, segundo alguns historiadores, como um jeito de compensar os fiéis perdidos para o protestantismo.
A Igreja chega com seus missionários às Américas, África Subsaariana,
Sudeste asiático e Extremo oriente. Regiões de forte interesse colonial e comercial, porém segundo a bula Inter coetera de 1493 de Alexandre VI qualquer outra intenção além da evangelização era punida com a excomunhão. Mas a organização da frente missionária se dá de forma sistemática em 1622 com a criação da Propaganda Fide.
Os primeiros missionários não eram diplomáticos e tentavam impor os
costumes europeus. Porém, São Francisco Xavier é um dos grandes nomes deste período. O co-fundador dos jesuítas abre as portas para a Igreja na Índia e Japão, e morre antes de conseguir entrar na China, deixando como legado grande numero de batizados e escritos e orações cristãs traduzidas para a língua das comunidades evangelizadas. Outros grandes missionários o precedem, como Roberto d’Nabili que na Índia compreende a mentalidade brahmanita e introduz os chamados ritos malabaricos. E Mateus Ricci, Apóstolo da China, que se aprofunda na cultura chinesa, compreendendo Confúcio e os costumes imperiais, defendendo os ritos chineses, que seriam adaptações dos ritos dos sacramentos para a cultura chinesa.
Muitas discussões são geradas em torno dos ritos malabaricos e
chineses durante o século XVII, como também sobre a figura dos jesuítas que começava a se desgastar. Em 1742, Bento XIV coloca fim às discussões proibindo de modo definitivo os ritos chineses e malabaricos. Ato que dá início a um esfriamento ao espírito missionário da Igreja dos séculos anteriores, e à uma maciça e violenta perseguição aos cristãos na China.
REFERÊNCIA:
BESEN, José Artulino Besen. História da Igreja: Da idade apostólica aos
nossos tempos. Florianópolis: Mundo e Missão, 2012.
MARTINA, Giacomo. II - A era do absolutismo. Trad. Orlando Soares Moreira.
São Paulo: Loyola, 1996.
ZAGHENI, Guido. A idade moderna – Curso de História da Igreja III. São