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IGREJA COMUNHÃO,

MISSÃO E
INSTITUIÇÃO:
tendências e tensões

• Disciplina de Eclesiologia 2023


• Prof. Pe. Rafael Martins Fernandes
Como a instituição serve à
comunhão eclesial?
1) OLHAR HISTÓRICO:
TENDÊNCIAS E TENSÕES NA IGREJA

B) Igreja
A) Igreja Espiritual Institucional
(espiritualista); (Hierarcologia e
institucionalismo).
1.1 No Novo Testamento, encontramos uma pluralidade de
eclesiologias que reflete a tensão entre o carismático e o institucional:

MARIA
PEDRO

CRISTO JOÃO

TIAGO

JOÃO BATISTA

PAULO
1.2 COMUNHÃO E INSTITUIÇÃO NO 1º E 2º
MILÊNIOS

1º Milênio: nos primeiros séculos, prevalece a imagem da


Igreja como “mistério de comunhão”, com forte
consciência do “nós eclesial”;

2º Milênio: o processo conflituoso de identificação entre


Igreja e mundo, entre instituição religiosa e autoridade civil,
conduziu a Igreja a reforçar os seus aspectos jurídicos.
1.3
CONCÍLIO
VATICANO II

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Princípios teológicos conciliares que permitiram o
equilíbrio entre os aspectos comunitário e
institucional da Igreja
• Ecclesia de Trinitate (LG cap. 1)
• Redescoberta do princípio pneumatológico da Igreja
(LG cap. 2)
• Afirmação da estrutura teândrica da Igreja (LG n. 8)
• Teologia batismal e redescoberta do sacerdócio
comum dos fiéis e sua relação com o sacerdócio
ministerial (LG n. 10)
1.4 Comunhão e instituição no Pós-concílio
Duas tendências:
• Eclesiologia do povo de Deus: ressalta os carismas de todo o povo
de Deus. Esta eclesiologia foi predominante nas décadas de 60 e 70.
Na América Latina encontrou uma recepção calorosa.
* Opõe-se a uma interpretação de cunho “verticalista” da “comunhão”.
• Eclesiologia de comunhão: o Sínodo de 1985 propôs a noção de
comunhão como “chave” interpretativa da Igreja no Vaticano II. A
comunhão assume contornos jurídicos (mais atenta aos princípios do
primado papal e do episcopado), revelando-se como “comunhão
hierárquica”.
* Opõe-se a uma interpretação sociológica de “povo de Deus”.
2
INSTITUIÇÃ
O:
Fundamentos e
elementos
básicos
a) Sobre a necessidade da Instituição:
• Corresponde a uma lei sociológica da necessidade de
organização dos grupos humanos para que possam subsistir
através das gerações;
• de outra parte, sempre houve elementos jurídicos na Igreja –
atestados no Novo Testamento (ex. Mt 16,18-19).
b) Sobre a origem da Instituição eclesial: vontade de
Cristo
• Jesus Cristo escolheu discípulos pessoalmente (Lc
10,1-24);
• Chamou os Doze, conferindo-lhes uma missão
especial após a ressurreição (Lc 24,48; Mt 28; At 2,32);
Da origem em Cristo, pode-se concluir que a Igreja:

• Estrutura-se a partir do encontro entre o Cristo, com a


sua Palavra, e a pessoa humana, a partir da fé;
• Organiza-se a partir de um princípio pessoal,
experiencial e não objetivo;

É uma estrutura sem paralelo fora da Igreja.


c) A Instituição se concretiza a partir do princípio
pessoal, experiencial:

“a experiência salvífica que os primeiros discípulos


tiveram com Jesus Cristo irá se sedimentar nos textos
do NT, que já refletem as crenças, as práticas e os
preceitos vigentes nas primeiras comunidades cristãs”
(FRANÇA MIRANDA, Reforma de Francisco, p. 109).
d) Elementos da Instituição eclesial

Os elementos da Igreja que se cristalizaram, tidos como


“estáveis” e “objetivos”, que permitem a transmissão da
experiência da fé apostólica para as novas gerações, compõem
a Instituição eclesial:

• Tradição,
• Sagrada Escritura,
• Sacramentos e Liturgia,
• Hierarquia e ministérios,
• Direito Canônico.
• Logo, a forma visível (institucional) que a Igreja toma em sua feição histórica é
um meio e não um fim.
• Embora o sinal externo possa e deva mudar, sempre deverá ser sinal de
salvação, porque Deus continua salvando por meio da caducidade e
transitoriedade dos sinais externos, usados como meios de salvação.

essência é a sua origem divina,


a salvação de Cristo, a ação do
Espírito Santo
Estrutura sacramental da Igreja

forma é histórica, comunitária e


institucional
Exemplo: a estrutura sacramental da Igreja
pode ser visibilizada nos ministérios.

• Todos os ministérios eclesiais são carismas do Espírito Santo


reconhecidos de maneira estável pela comunidade.
• Os ministérios ordenados (forma histórica) seguem, conforme a
dinâmica cristológica, o princípio da encarnação, pois
concretizam, de algum modo, o mistério de Cristo Servo e Pastor em
meio aos demais carismas da comunidade.
Erros provindos do modo como as
instituições se configuram
A) “Ao absolutizar o histórico e o passageiro, determinadas
configurações podem perder sua característica de mediações por não
ser mais entendidas como tais por seus contemporâneos,
sobrevivendo apenas como entidades do passado sem pertinência
para a atualidade”.
B) Certas configurações eclesiais também podem “manifestar marcas do
pecado, a saber, da vontade de poder, da vaidade, da ganância, por
terem sido manipuladas em proveito dos que delas dispuseram”.
C) Geração de “argumentações e arrazoados para fundamentar o status
quo institucional” (FRANÇA MIRANDA, Reforma de Francisco, p. 112).
3.
Ministérios
a serviço da
communio:
3.1 Fundamento da ministerialidade na Igreja: o
sacerdócio de Cristo
Ler excertos do artigo “Relação entre sacerdócio comum e
ministerial no Concílio Vaticano II”
 Aprendizagem colaborativa: cada dupla responde uma
pergunta. O objetivo final é fundamentar o ministério eclesial
no sacerdócio de Cristo.
• Pergunta segmentada 1: Como entender o sacerdócio de Cristo se as
narrativas dos Evangelhos não chamam Jesus de sacerdote?
• Pergunta segmentada 2: Como entender o sacerdócio dos cristãos a
partir do sacerdócio de Cristo, apresentado no Novo Testamento?
• Pergunta segmentada 3: Como entender os sacrifícios religiosos
oferecidos pelos cristãos? Qual é a natureza desses sacrifícios?
• Pergunta segmentada 4: Conforme a eclesiologia do Concílio
Vaticano II, como se dá a complementação entre o sacerdócio comum
dos fiéis e o sacerdócio ministerial ordenado?
• Pergunta segmentada 5: O que dizer daqueles que não exercem
ministérios na Igreja? São inferiores aos que os possuem?
• Pergunta segmentada 6: Se ambos os sacerdócios (comum e
ministerial) procedem do único sacerdócio de Cristo, no que o
ministro ordenado se distingue dos demais batizados?
3.2 Novo Testamento – aspectos
históricos dos ministérios

Pressuposto: estrutura carismático-institucional


a) Carismas
Nas Cartas de Paulo aos Coríntios e aos Romanos,
todos os cristãos são carismáticos, pois todos
receberam o Espírito Santo no Batismo.
Pressuposto: estrutura carismático-institucional
b) Ministério apostólico
Logo nas origens, houve um serviço na comunidade que
se revestiu de um carisma particular, único, fundamental
– o Ministério apostólico
• Função de garantir a transmissão da Tradição
viva, proveniente de Jesus – o Evangelho;
• Apóstolo é o enviado de Jesus e seu representante;
• À sombra dele, desenvolveu-se outros ministérios...
Ministérios no Novo Testamento
Vocábulo:
• O Novo Testamento não contém o nosso conceito de
ministério, no sentido de uma posição social dotada de certas
competências;
• Em vez de usar os conceitos disponíveis na língua daquela
época (árqué, timé, telós), o Novo Testamento fala de serviço
(διακονία);
• NT quis apontar para uma concepção diferente de
“ministério” em relação à época: “Entre vós não será assim!”
(Mc 10,43)
Ministérios no Novo Testamento
Vocábulo:
• O serviço ministerial no NT tem um sentido abrangente;
não fica restrito apenas ao sociocaritativo (At 6,2.4), nem se
resume ao encargo de atualizar a memória do serviço de
Jesus na liturgia (Lc 22,19);
• O ministério (diaconia), no NT, não tem uma estrutura fixa
de serviços. Tal estrutura tomou forma só na 3ª geração
cristã, e está retratada nos escritos tardios do NT.
Características discipular dos ministérios
 Os discípulos de Jesus foram chamados por Ele
para permanecerem com Ele (comunhão) e
depois serem enviados.
 Os 12 deixaram tudo para traz
Características comunitária e missionária dos
ministérios em At
 Quando a comunidade reunida em oração,
discerne que o Espírito encarregou certas
pessoas para uma missão específica, deve-se
reconhecer que essas pessoas estão ligadas a
essa escolha (At 13,1-5), que elas receberam um
ministério.
Ministérios no Novo Testamento

Tipificação
Na Carta aos Efésios 4,11, encontramos os seguintes
ministérios:
• Apóstolos (ministério básico),
• profetas,
• evangelistas,
• doutores e pastores,

Caracterizam-se por estar a serviço da Palavra


Evolução dos tipos de ministérios no Novo Testamento

Na época de São Paulo, não havia uma preocupação acentuada em formar


ministérios estáveis, pois tinha-se a expectativa do retorno iminente de
Cristo - Parusia; contudo, em um período posterior, nas Cartas pastorais
de 1 e 2 Timóteo e a Tito, a preocupação pela institucionalização da Igreja
já está bem adiantada. Destacam-se, nessa nova etapa, os ministérios
estáveis (com estrutura mais determinada de serviços) :
• Bispos,
• Presbíteros,
• Diáconos.
• Em Atos dos Apóstolos, Paulo instituiu presbíteros mediante
a imposição das mãos, jejum e oração, em toda a parte onde
chegava (At 14,23).
• Na Carta aos Filipenses há epíscopos e diáconos (Fl 1,1)
• No início, a nomenclatura parece ter sido fluída entre
presbítero e epíscopo;
• “Presbítero” tem uma conexão maior com a sinagoga,
enquanto “epíscopo” com os gentios-cristãos.
• A imposição de mãos é termo técnico para a
ordenação com transmissão de um carisma especial
At 6,6; 13,3; 14,23; 1 Tm 4,14; 2 Tm 1,6; Tt 1,5
Ministérios no NT
conclusões

1º Espírito Santo anima, unifica, renova a Igreja, doa os


carismas para a construção da comunidade de fé.

2º A Igreja é uma comunidade composta de carismas e


ministérios. Logo, possui uma estrutura carismático-
institucional.
3º A preocupação fundamental dos ministros no NT é
guardar e proteger a fé cristã, edificando a comunidade
pela exortação da Palavra.

4º A instituição está cheia do Espírito, voltada para a


missão, e atenta para se adaptar às novas exigências
da transmissão da fé no decorrer dos tempos.
3.3 Padres da Igreja – aspectos
históricos do Episcopado
Sucessão apostólica e ministérios
• Conceito de sucessão aparece pela primeira vez em Clemente
Romano. Há uma ordem: 1º Deus enviou Jesus Cristo; 2º Jesus enviou
os apóstolos; 3º depois de um exame prévio no Espírito, os apóstolos
constituíram bispos e diáconos para os futuros crentes.
• Inácio de Antioquia não enfatiza a sucessão, mas enxerga a presença
de Cristo no bispo que, no lugar de Deus, preside o conselho dos
presbíteros, que representa o conselho dos apóstolos. Os diáconos
são ministros da Igreja. É a testemunha mais antiga do Episcopado
monárquico.
• Ireneu de Lião (140-202) formula pela 1º vez uma doutrina
da sucessão. Esta é fundamental na luta contra os gnósticos.
Ireneu enfatiza como critério de verdade que a Igreja
recebeu dos apóstolos a única fé verdadeira e vivificadora. A
tradição dos apóstolos se mantém pela sucessão dos
sacerdotes da Igreja.

“A tradição da fé cristã pode ser encontrada em cada Igreja e nós


podemos listar os bispos constituídos pelos apóstolos em cada uma das
igrejas e seus sucessores até os nossos dias”.
• Hipólito (+235): a Traditio apostolica já oferece a
descrição da ordenação de um bispo. Para ele, o bispo
é o sumo sacerdote.
• Cipriano (+258): “O bispo está na Igreja e a Igreja está
no bispo”. Pensa no episcopado uno, exercido pelos
bispos em conjunto.
• Concílio de Niceia (325): necessidade de 3 bispos para a
ordenação. Significado: bispo é ordenado para uma
determinada Igreja, mas que pela ordenação ele é integrado
no colégio dos bispos.
• Só o bispo tem o poder de ordenar;
• Cátedra episcopal é o espaço vital no qual se preserva a
identidade de palavra, sacramento e ministério da Igreja
3.4 Ministérios na Idade média
• Com o desenvolvimento das paróquias, o presbítero vai morar nos
pagos, ganhando maior autonomia. Resultado: presbíteros foram
cada vez mais entendidos em termos sacerdotais;
• Ministério episcopal: converte-se de ministério que presidia uma
comunidade urbana para ministério de direção regional. Resultado:
diminui a primazia sacramental do bispo em relação ao presbítero;
permanece a primazia de dignidade, de jurisdição.
Nasce, aqui, a divisão entre autoridade de
ordem e de jurisdição
3.5 Lutero e o Concílio de Trento
• Lutero critica a ordenação sacerdotal, pois
compreendia o sacerdócio voltado para a celebração
da missa como sacrifício, que ele considerava uma
idolatria.
• Ele elimina o caráter sacramental da ordenação e
considera o ministério voltado para a Palavra.
• Trento respondeu a Lutero afirmando o ministério
sacerdotal a partir do caráter sacrificial da missa;
• Defendeu o sacramento da Ordem como instituído
por Jesus Cristo, conferindo o caráter indelével ao
ordenado.
• Devido à controvérsia com Lutero, reafirmou-se a
importância do sacerdócio, deixando de lado a
reflexão sobre o ministério episcopal, se bem que
Trento afirme que os bispos são os sucessores dos
apóstolos.
Modelos pós-tridentino de bispos e sacerdotes:
1º cura animarum. Ex.: São Carlos Borromeo;
2º visão sacerdotal da antirreforma, com gradual
esquecimento dos aspectos comunitários.
3.6 Concílio Vaticano I:
Tratou sobretudo do primado papal;
Não teve tempo de refletir sobre o ministério
episcopal...
3.7 Concílio Vaticano II

Episcopado
• Retoma a tradição da Igreja antiga, não entendendo mais o ministério
episcopal como extensão do ministério sacerdotal e passou a definir o
ministério episcopal como plenitude do ministério sacerdotal e o ministério
presbiteral como participação em grau menor na ordo única.
• O Concílio entendeu o bispo como o sucessor dos apóstolos, ao qual é
transmitida mediante a ordenação episcopal a plenitude do sacramento da
ordem.
• A Ordenação episcopal é confirmada como sacramento (Lumen gentium 21).
• Os bispos sucedem aos apóstolos apenas na função de mestres e
pastores das grejas fundadas pelos apóstolos, assim mesmo não em
absoluta paridade.
• Os bispos não tem o carisma da revelação e não podem constituir
Tradição, assim como os apóstolos o fizeram. É claro que o Colégio
Episcopal goza de infalibilidade.
• Um bispo individualmente não sucede a um apóstolo
individualmente, exceto o bispo de Roma. A sucessão dos bispos é
sempre colegial.
• Os poderes episcopais são o poder de ordem e o poder de jurisdição.
O poder de jurisdição pode ser perdido, ao passo que o de ordem
não.
Recuperação da unidade entre poder de ordem e
de jurisdição
• A ordenação não transmite apenas o poder sacerdotal, mas
também o de mestre e pastor (Tríplice múnus). Logo, a concessão
da autoridade (potestas) pastoral ao bispo não é vista, a partir do
Concílio, simplesmente como doação de poder jurídico pelo papa
aos bispos, mas como uma autoridade transmitida
essencialmente pela ordenação. Esta é uma das decisões do
Concílio mais importantes, clarificando a relação entre o papa e
os bispos. É claro que o papa mantém a autoridade de designar o
bispo para uma diocese ou desliga-lo de suas atividades. O poder
de jurisdição está ancorado no poder de Ordem.
• Ver Lumen gentium 24-27.
Recuperação da imagem missionária do bispo
Christus Dominus:
• Coloca em primeiro plano o múnus pastoral e querigmática
do bispo. O bispo deve expor a doutrina cristã de modo
adequado às exigências da época e permanecer em diálogo
com as pessoas, especialmente as que se encontram em
situação difícil.
• Projeta-se uma imagem missionária de bispo e uma
consequente renúncia expressa a direitos e privilégios
seculares.
Recapitulando... Episcopado no Vaticano II
1. Episcopado como autêntico Sacramento;

2. Clarifica o problema da relação entre Ministério


episcopal e Ministério petrino, que em Trento havia
ficado em aberto;
3. Recupera a unidade entre a potestade de ordem e
a de jurisdição, própria da Igreja antiga;

4. O destaque dado ao múnus querigmático do bispo


correspondeu a desafios pastorais atuais e há uma
preocupação legitima da teologia evangélica.
Ministério presbiteral no Vaticano II
Os Padres conciliares estimulam uma nova perspectiva do
ministério presbiteral em relação à eclesiologia da “sociedade
perfeita”:
1º A recuperação da noção “sacerdócio comum
dos fiéis” possibilita entender o “sacerdócio
ministerial” em uma renovada perspectiva
eclesiológica de comunhão (LG 10);
2º Redescoberta da noção de “Presbitério”:
O Decreto Presyterorum ordinis recupera e aprofunda o
aspecto comunitário dos presbíteros. De modo especial,
os n. 7-9 especificam as relações de comunhão do
presbítero com o seu bispo; com os outros irmãos
presbíteros, formando o único presbitério; e a comunhão
do presbítero com os fiéis leigos.

• Ocorrência da palavra “presbíteros” (plural): 111 vezes


• Ocorrência de “presbítero” (singular): 7 vezes.
3º A função sacerdotal do presbítero –
compreensão dominante no período pós-
tridentino – foi melhor integrada no esquema dos
tria munera; ver PO 4-6
PO cita por primeiro o múnus da Palavra:
A pregação da Palavra convoca e reúne o povo de Deus
para que cada membro possa unir-se ao sacrifício de
Cristo no altar e assim possam também oferecer-se a
Deus como oferenda agradável (cf. Rm 12,1;
Presbiterorum ordinis 2).

O Presbítero, na Igreja do Vaticano II, está idealizado mais na perspectiva da


evangelização do que outrora
Hermenêutica pós-conciliar do ministério
presbíteral
Duas interpretações principais...

• Eclesiocêntrica (ministério entendido em sentido


funcional, respondendo às necessidades da
comunidade [perspectiva horizontal]);
• Cristocêntrica (ministério entendido em sentido
ontológico, [perspectiva vertical]).
Algumas conclusões sobre a ministerialidade na
Igreja
• O Ministério é um carisma (dom) de Deus discernido e
reconhecido pela comunidade eclesial.
• Desde as origens, o ministério episcopal assume uma
condição ímpar, pois diz respeito à sucessão apostólica;
• Apesar de, em alguns momentos, haver conflitos de poder
na Igreja, não há uma oposição entre ministério e carisma.
Antes, existem uma pluralidade de carismas e ministérios
dentro da comunhão eclesial.
REFERÊNCIAS
• CONGAR, Y. Ministères et communion ecclésiale.
• CTI, A sinodalidade na vida e na missão da Igreja.
• FRANÇA MIRANDA, M. A Reforma de Francisco.
• HACKMANN, G. A amada Igreja de Jesus Cristo.
• KASPER, W. A Igreja Católica: essência, realidade e missão.
• TABORDA, F. A Igreja e seus ministros.

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