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MÓDULO VII Pluralidade dos Mundos Habitados

Trigésima Primeira Aula: Encarnação nos diferentes mundos.

Objetivo específico: Esclarecer a respeito das encarnações nos diferentes mundos.

Conteúdo básico:

■ Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem
nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição.
Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta,
passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros
Espíritos. Allan Kardec: O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 3, item 5.

■ Da mesma forma que diariamente ocorrem partidas e chegadas de Espíritos entre os planos
material e espiritual, promovendo renovações intelecto-morais, [...] igualmente [essa
movimentação] se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer
por massas, em circunstâncias especiais. Há [...] emigrações e imigrações coletivas de um mundo
para outro, donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente
novos. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de
homens. Allan Kardec: A gênese. Cap. 11, item 37.

Subsídios:

De acordo com o ensinamento da Doutrina Espírita, tendo [...] o Espírito que passar por muitas
encarnações, segue-se que todos nós temos tido muitas existências e que teremos ainda outras,
mais ou menos aperfeiçoadas, quer na Terra, quer em outros mundos. Para chegarem à
perfeição, que é o seu destino final, os Espíritos não precisam, entretanto, passar pela imensa
variedade de mundos existentes no Universo, uma vez que muitos desses mundos pertencem
ao mesmo grau da escala evolutiva, e os Espíritos, ao se retirarem de um deles, nada
aprenderiam nos outros que se assemelhassem. Podem, no entanto, encarnar num mundo em
que já viveram para desempenhar missões, que concorram para o seu adiantamento. Por outro
lado, a pluralidade das existências de um Espírito num mesmo orbe se explica pela necessidade
de ele ocupar, de cada vez, [...] posição diferente das anteriores e nessas diversas posições se
lhe deparam outras tantas ocasiões de adquirir experiência. Ao passar de um planeta para outro,
conserva o Espírito a sua inteligência, uma vez que [...] a inteligência não se perde. Pode, porém,
acontecer que ele não disponha dos mesmos meios para manifestá-la, dependendo isto da sua
superioridade e das condições do corpo que tomar. Note-se, a propósito, que os [...] Espíritos
podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Dessa forma, os [...] Espíritos que
encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam
todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um
mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro
mais adiantado, e assim, por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras
tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados
ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de
ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo
desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se veem
impedidos de voltar quando se obstinaram no mal. Essa passagem dos Espíritos para um outro
planeta mais ou menos adiantado, em relação ao mundo em que estavam encarnados, pode ser
individual ou coletiva. Para melhor compreensão desse processo, comparemos essa
transmigração de um mundo a outro à que se dá com as desencarnações e reencarnações na
Terra. Assim é que no [...] intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no
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estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra. Pelas mortes e pelos
nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, deságuam incessantemente uma na
outra. Há, pois, diariamente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual e
imigrações deste para aquele: é o estado normal. Essa transfusão, que se efetua entre a
população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre outros
mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias
especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta
a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos. Novas raças de
Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os
Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, consigo trazem eles sempre a inteligência e a
intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar
à raça corpórea que venham animar. Para isso, só necessitam de que novos corpos sejam criados
para serem por eles usados. Uma vez que a espécie corporal existe, eles encontram sempre
corpos prontos para os receber. Não são mais, portanto, do que novos habitantes. Em chegando
à Terra lhe integram, a princípio, a população espiritual; depois, encarnam, como os outros. À
medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste se aproxima igualmente da natureza
espírita. Torna-se menos densa a matéria, deixa de rastejar penosamente pela superfície do
solo, menos grosseiras lhe fazem as necessidades físicas, não mais sendo preciso que os seres
vivos se destruam mutuamente para se nutrirem. O Espírito se acha mais livre e tem, das coisas
longínquas, percepções que desconhecemos. Vê com os olhos do corpo o que só pelo
pensamento entrevemos. [...] A duração da vida, nos diferentes mundos, parece guardar
proporção com o grau de superioridade física e moral de cada um, o que é perfeitamente
racional. Quanto menos material o corpo, menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam.
Quanto mais puro o Espírito, menos paixões a miná-lo. Sendo assim, nas [...] esferas superiores
à Terra o império da matéria é menor. Os males por esta originados atenuam-se, à medida que
o ser se eleva e acabam por desaparecer. Lá, o ser humano não mais se arrasta penosamente
sob a ação de pesada atmosfera; desloca-se de um lugar para outro com muita facilidade. As
necessidades corpóreas são quase nulas e os trabalhos rudes, desconhecidos. Mais longa que a
nossa, a existência aí se passa no estudo, na participação das obras de uma civilização
aperfeiçoada, tendo por base a mais pura moral, o respeito aos direitos de todos, a amizade e a
fraternidade. Isto posto, podemos dizer que os mundos, como tudo no Universo, estão sujeitos
à lei do progresso. [...] Todos começaram, como o vosso [ensinam os Espíritos Superiores], por
um estado inferior e a própria Terra sofrerá idêntica transformação. Tornar-se-á um paraíso,
quando os homens se houveram tornado bons. Por sua vez, os corpos que servem de
instrumentos aos Espíritos em suas encarnações nos diferentes mundos são mais ou menos
materiais, [...] conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a
diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas existem na casa
de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Aliás, não só o corpo
material, mas também a substância do perispírito não é a mesma em todos os mundos. [...]
Passando de um mundo a outro, o Espírito se reveste da matéria própria desse outro [...]. Há
mesmo mundos em que o Espírito deixa de revestir corpos materiais, só tendo por envoltório o
perispírito [...] e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós – dizem os Instrutores
da Codificação – é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.

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