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O DESENVOLVIMENTO DO HOMEM_______________________

ADJUNTO OGANDÔ – EXPEDITO WAGNER

Salve Deus! Meus irmãos Jaguares:

O desenvolvimento do homem, seu CICLO EVOLUTIVO, pode ser


representado pela ELIPSE dividida em sete etapas básicas (fig.1).
Nas três primeiras etapas – arco descendente da elipse (SETA PARA
BAIXO) – o espírito involui, ou seja, mergulha no mundo material
denso, o pólo oposto ao mundo divino. Pai Seta Branca descreve
assim, esse processo: “todos os filhos mergulharam nas cegantes
profundidades do materialismo, em suas lutas para obter o domínio
do mundo físico. Esqueceram as tarefas que lhes foram
1
designadas.” Quanto mais o homem mergulha no materialismo, mais
ele se afasta dos planos traçados pelo espírito, que só deseja
purificar-se e integrar-se, novamente, no Todo Divino.

À medida que realiza essa descida, ativa na matéria certas


qualidades, poderes e atributos. Quando chega à quarta etapa – a
de transição – o espírito começa a despertar sua origem cósmica e
prepara-se para o retorno para “casa”. Tem início, então, outro
tipo de relacionamento entre o espírito e a matéria,
relacionamento que recebe, no esoterismo, o nome de GRANDE
BATALHA DO UNIVERSO. É uma etapa de conflitos, na qual, a matéria
vivificada e fortalecida no decorrer das três fases anteriores
(de densificação), reage contrariamente aos impulsos evolutivos
do espírito.

Esse ciclo – descida involutiva e subida evolutiva do homem –


pode também ser representado pelo movimento de forças centrífugas
e centrípetas. A descida involutiva é a ação de forças
centrífugas, quando espírito (um dia, na eternidade) se afastou
do Todo Divino, provocando a sua “queda”, em busca da
INDIVIDUALIZAÇÃO. A subida evolutiva é provocada pela ação das
forças centrípetas, que atraem o espírito para o Pai. Essa
jornada, provavelmente, é que está descrita de forma alegórica na
história da “Queda de Lúcifer”, da tradição judaico-cristã.

1
Esse luta interior do homem foi claramente descrita pelo apóstolo
Paulo na sua Carta aos Romanos, cap. 7, vers. 14 a 25, da
seguinte forma:

“Sabemos que a Lei é espiritual, mas eu sou humano e fraco,


vendido como escravo ao pecado. Eu não entendo o que faço, porque
não faço o que gostaria de fazer. Ao contrário, faço justamente
aquilo que odeio. Se faço o que não quero, isto prova que
reconheço que a Lei é justa, e mostra que de fato não sou eu quem
faz isso, mas é o pecado que vive em mim. Pois eu sei que o que é
bom não vivem em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque
ainda que a vontade de fazer o bem esteja em mim, eu não consigo
fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero
fazer, esse faço. Mas se faço o que não quero, já não sou eu
quem faz, mas pecado que vive em mim.

Assim, eu sei que é isto que acontece comigo: quando quero fazer
o que é bom, só posso escolher o que é mau. Dentro de mim sei que
gosto da Lei de Deus. Mas vejo que uma lei diferente age em meu
corpo, lei que luta contra aquela que minha mente aprova. Ela me
torna prisioneiro da lei do pecado que age em meu corpo. Como sou
infeliz! Quem me livrará deste corpo que está me levando para a
morte? Mas dou graças a Deus, por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo!

Portanto, esta é a minha situação: no meu pensamento eu sirvo a


Lei de Deus, mas na prática sirvo a lei do pecado”.2

Nesse confronto, depois que o espírito eleva a matéria até certo


grau, chega-se a um ponto de equilíbrio em que nem matéria nem
espírito prevalecem – um ponto neutro. Mais adiante, o poder do
espírito prevalece sobre a força inerente à matéria. Então, ele
torna-se o CONDUTOR da matéria e penetra em definitivo o arco
ascendente da elipse (SETA PARA CIMA), denominado ARCO EVOLUTIVO.

Nas três etapas seguintes, o espírito rege a matéria e ela (a


matéria) serve aos desígnios espirituais: é moldada pelo espírito
e se torna o veículo de sua luz. Essas três últimas etapas
constituem a ASCENÇÃO ESPIRITUAL. Há, portanto, três etapas
descendentes, uma de luta (neutra) e três ascendentes. Todas sete
devem ser cumpridas na evolução desta humanidade. Uma das
condições para essa ascensão é a gradual renúncia do livre-
arbítrio.

A existência é um aprendizado contínuo, e a involução é guiada


pela Providência Divina. Essa involução é, na verdade, um passo

2
adiante, pois assim o espírito poderá retomar o caminho da Lei de
Deus.

Na atual transição planetária, do 5º para o 7º Ciclo, muitos


espíritos serão transportados para planetas ou planos cármicos
mais primitivos que a Terra e lá prosseguirão sua existência.
Terão, assim, condições de desenvolver aspectos e atributos
POSITIVOS, bem como de SERVIR, pois estarão inseridos num estado
de consciência e num ambiente cujas vibrações correspondem às
suas. Poderão, também, se alcançarem condições, ser encaminhados
para o Umbral de Capela, conforme Tia Neiva foi esclarecida, numa
de suas viagens ao nosso “Planeta-Mãe”, acompanhada do comandante
Johnson Planta:

“Ainda preocupada com os exus da caverna, Neiva perguntou:

- E os espíritos, os desencarnados que ainda estão na Terra,


principalmente aqueles atribulados pelo ódio, que irá acontecer a
eles?

- Virão para cá – foi a estranha resposta.

Neiva porém se sentia mais alerta e insistiu.

- Não será melhor eles ficarem onde estão? Será que eles não
prefeririam assim? Não estão eles lá por vontade de Deus?

- Não, respondeu ele. Deus não poderia querer que espíritos vivam
assim. Ele não obriga espírito algum a ter um corpo aleijado ou
qualquer outra situação humilhante, seja na Terra ou em outros
planos. Isso sucede apenas pela própria vontade dos espíritos,
pelo seu livre arbítrio”.3

Essa é a finalidade do Umbral de Capela, explicado em detalhes


noutra visita de Tia Neiva ao nosso planeta-mãe, da qual
extrairemos alguns trechos a seguir:

“Johnson explicou que pedira a presença de Stuart para colocá-la


mais à vontade, uma vez que os dois se conheciam melhor. Tião
sorriu e disse:

- Neiva, então você veio conhecer o “umbral” de Capela?

Ela olho-o sem compreender e Tiãozinho apressou-se em explicar.

- Aqui, Neiva, é um dos mundos de Capela que se parece com o


Umbral que André Luiz descreveu por meio de Chico Xavier. Só que
o Umbral a que eles se referem é uma casa transitória, um ponto
intermediário entre a Terra e Capela.

3
(...)

Aqui existe uma divisão em vinte e um departamentos estanques(*),


como se fossem mundos separados.os espíritos que desencarnam na
Terra passam pelas casas transitórias e, tão pronto completam seu
tratamento, são encaminhados para cá. O departamento escolhido é
de acordo com sua problemática. Geralmente ele vai encontrar e
conviver com espíritos da mesma gradação, sem os benefícios da
diversificação da Terra. Lá, ele aprendia, acumulava lições na
liberdade de condição de encarnado. Se era maldoso, a bondade dos
outros equilibrava suas ações. Aqui, a situação muda, pois os
espíritos tem as mesmas condições dele. Só assim ele irá se
sentir na sua própria carne as coisas que costumava fazer aos
outros. Assim como um criminoso contumaz, que ao ser perseguido
por outros criminosos sente todos os terrores do atentado à sua
vida. Só assim ele se conscientiza, toma conhecimento do que é
ser vítima, ser perseguido. Aqui, ele se lamenta porque percebe a
oportunidade que perdeu, como encarnado. Faz então um
autojulgamento e sua auto-condenação e depois, na convivência
áspera, no conflito equilibrado, ele evolui e muda de
departamento sempre no processo de ser colocado junto aos iguais.

A organização é perfeita nos mínimos detalhes. Há, por exemplo,


um setor para onde vão as velhinhas intransigentes, essas
matronas que não perdoam as travessuras dos mais jovens e acham
que o Mundo não vale nada. Aqui, na convivência com outras
velhinhas do mesmo tipo mental, elas se suturam daquela maneira
de ser e compreendem seu erro”.4

Os espíritos que insistirem em permanecer envolvidos nas


correntes negativas geradas pelo ódio, forças involutivas, em
sintonia com os mundos negros, sofrerão involução COMPULSÓRIA
(forçada), ou seja, seus corpos intermediários, resistentes à
elevação, serão DESINTEGRADOS, para que o núcleo espiritual
(CENTELHA DIVINA) retroceda a etapas primordiais na matéria, em
novos corpos, refazendo seu percurso pelo reino mineral, pelo
vegetal, pelo animal e pelo humano. Ou seja, serão “resetados”,
numa REVERSÃO determinada pela Justiça Divina.

Salve Deus!

4
(*) estanque: o mesmo que vedado, isolado.

1 – Mensagem de Pai Seta Branca, 31 de dezembro de 1983;

2 – A Bíblia na Linguagem de Hoje – Novo Testamento, pags.441 e 442 (1986);

3 – “2000 – A Conjunção de Dois Planos”, pag.68 (1974);

4 - “2000 – A Conjunção de Dois Planos”, pags.94/95 (1974);

5
ESQUEMA DE EVOLUÇÃO DO HOMEM
(fig.1)

Arco Descendente (involução) Arco Ascendente (evolução)

4ª Etapa – Transição

(fase atual da humanidade)

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